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T. vaginalis

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TRICOMONÍASE VAGINALIS
INTRODUÇÃO
 T. vaginalis infecção genital transmitido durante o ato sexual e acomente milhares de mulheres o conhecimento do histórico do paciente é muito importante para o diagnóstico e para o tratamento, pois somente tratar da doença não significa que o paciente não poderá desenvolvê-la novamente e transmiti-la, portanto, saber das condições de vida do paciente , pode auxiliar tanto no controle da doença como também prevenir o contágio de outros. (Ministério da Saúde, 2005).
Descrito pela primeira vez em 1836,o tratamento desta infecção surgiu 50 anos após a descoberta do parasita. As dimensões de vaginalis variam de 10-30 mm de comprimento por 5-12 mm de largura, sua forma modifica-se facilmente. A forma típica é alongada, ovóide ou piriforme vive habitualmente sobre a mucosa vaginal, podendo ser observado em outros lugares do aparelho geniturinário ,cresce em meios artificiais complexos, em temperaturas entre 25-40 C e na faixa de pH de 5,5-6,0. Utilizam glicose, frutose, maltose, glicogênio ou amido como fonte de energia (ALMEIDA et al., 2011), causador da doença sexualmente transmissível (DST) não viral mais comum no mundo. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima-se que a tricomoníase acometa 170 milhões de pessoas anualmente no mundo ,os sinais e sintomas dependem das condições individuais, da agressividade e do número de parasitos infectantes pode haver sintomas de severa inflamação e irritação da mucosa genital, com presença de corrimento, o que leva a paciente a procurar o médico outras vezes a tricomoníase é assintomática , ocasionalmente,descoberta em um exame de rotina (LEHKER; ALDERETE).
 FISIOPATOLOGIA
É uma infecção genital causada pelo protozoário Trichomonas Vaginalis não possui a forma cística, apenas a trofozoítica, e é transmitido durante o ato sexual e através de fômites, já que o protozoário pode sobreviver durante horas em uma gota de secreção vaginal ou na água. 
O trofozoíto alimenta-se de açúcares em anaerobiose e produz ácidos que irritam a mucosa vaginal. é uma célula polimorfa que apresenta núcleo bem definido, com envelope nuclear. Possui uma organela própria para cada função, como toda célula eucarionte, mas sua energia é produzida por hidrogenossomos onde o ciclo respiratório é interrompido e o hidrogênio é liberado (NEVES, David, 2005).
O T. vaginalis possui quatro flagelos anteriores livres de tamanhos diferentes,um flagelo aderido à parede que constitui a membrana ondulante, um núcleo,hidrogenossomos, um axóstilo que se extende por todo o corpo celular, vários tipos de vacúolos, entre eles lisossomos, além de microtúbulos de estrutura variada (COSTAMAGNA et al, 2001). 
O movimento dos flagelos atrai o alimento e a membrana ondulante executa o movimento do protozoário. A membrana ondulante e a costa tem origem no complexo granular basal. O axóstilo é uma estrutura rígida e hialina de microtúbulos que se projeta através do centro do organismo. O corpo parabasal é uma estrutura em “V” onde se dispõe o aparato de Golgi composto de vesículas planas. O núcleo é elipsoide, está localizado próximo à borda anterior ,apresenta um pequeno nucléolo. Apresenta seis cromossomos. O parasito se divide longitudinalmente por fissão binária. O citoplasma é rico em glicogênio e pode conter vacúolos com bactérias ou eritrócitos. O retículo endoplasmático está localizado ao redor da membrana nuclear.
É um protozoário desguarnecido de mitocôndrias, porém possui hidrogenossomos
ou grânulos densos, nos quais a enzima piruvato ferredoxina oxirredutase transforma o piruvato em acetato e libera ATP e hidrogênio molecular (DE CARLI ,G. A. et al, 2005).
A infecção por T. vaginalis vem apresentando frequências mais elevadas em populações gestantes e HIV positivas (SALAWU; ESUME, 2016;TESTARDINI et al, 2016).
Essa inflamação é caracterizada por um infiltrado de leucócitos, entre os quais estão as células-alvo do vírus da imunodeficiência humana, os linfócitos T CD4+ e os macrófagos, nos quais o HIV pode se ligar e obter acesso o protozoário pode ocasionar pontos hemorrágicos na mucosa, facilitando o acesso do vírus à corrente sanguínea, facilitando a entrada do vírus, gerando uma probabilidade 8 vezes maior de se contrair o HIV comparado aos indivíduos não infectados. O protozoário tem aptidão de degradar o inibidor de protease leucocitária secretória, um fator conhecido por impedir o ataque do vírus às células. Deste modo, o diagnóstico e tratamento adequado do T. vaginalis implica em uma redução de transmissão do HIV (DE CARLI ,G. A. et al, 2005). A tricomoníase expande a porta de saída para HIV positivos e a porta de entrada para HIV-negativos (MUNDODI, V. et al, 2004).
SINAIS E SINTOMAS
Os sintomas aparecem entre três e nove dias após o contato com o parasito são corrimento amarelo ou esverdeado de odor forte, ardência ou dor ao urinar, vermelhidão e coceira intensa na região genital, e dor durante a relação sexual o período de incubação do parasito varia entre 4 a 8 dias ,costuma atingir mulheres entre 16 e 35 anos de idade e manifesta corrimento esbranquiçado espumoso, edema, prurido, queimação, escoriações, ulcerações e sangramento após relações sexuais ,nos homens, a parasitíase geralmente é assintomática ou subclínica, o que justifica o fato da parasitíase ser mais diagnosticada em mulheres costuma viver na vagina ou na uretra, mas pode também ser encontrado em outras partes do sistema geniturinário ,por estar na parte interna da vagina, essa doença causa microlesões e dores, e pode até levar ao desenvolvimento de outras DSTs,vários autores a associam com a transmissão do vírus da imodeficiência humana, o HIV, pois T. vaginalis é um facilitador para o vírus do HIV, a incidência de mulheres com tricomoníase acometidas pelo HIV.
Apresenta tropismo pelas células de defesa do organismo, podendo exercer um papel de carreador de partículas virais, facilitando a replicação viral no hospedeiro(GUENTHNER; SECOR;DEZZUTI, 2005; REDOM-MALDONADO, 1998).
Sintomas costumam iniciar durante ou após a menstruação, podendo ficar meses sem apresentar nenhum sintoma, dificultando o tratamento após a descoberta.
TRATAMENTO
A primeira medida indicada é a abstinência sexual, pois é necessário um reequilíbrio do organismo para assim evitar o aumento, deve-se procurar realizar preventivo onde com a queixa para a enfermeira ira encaicha-la na agenda com o médico ginecologista que solicitará exames laboratoriais como coleta da secreção vaginal, cultura de secreção ou PCR, exame de sangue que avalia se há infecção no organismo.
 No Papanicolau a coloração possibilita a visualização do núcleo ovalado e do citoplasma basofílico de T. vaginalis é possivel a melhor visualização de seu núcleo e de seus flagelos comparada à de duas outras técnicas de coloração (Giemsa,Gram e Papanicolaou) (KARAMAN et al, 2008; MENEZES et al, 2016) que ocasiona uma resposta imune agressiva com inflamação do epitélio vaginal e exocérvice é indicado o uso de antibióticos e quimioterápicos, sendo obrigatório o tratamento conjunto do parceiro sexual para evitar a reinfecção. 
Nas mulheres, o tratamento oral é de dose única simultaneamente ao tratamento tópico, com o uso de creme vaginal
Estudos clínicos randomizados mostram que com o uso de metronidazol, que é uma droga derivada do nitroimidazole, antimicrobiana, que foi especialmente desenvolvida para o tratamento da tricomoníase.
Apesar de seu uso excessivo, por mais de 50 anos, o metronidazol continua sendo a droga de escolha no tratamento e profilaxia das infecções por T. vaginalis há cura entre 90-95%, enquanto com tinidazol, 86-100%. Estudos comparando a dose única de 2 g de metronidazol e tinidazol mostram que o emprego do tinidazol oferece resultados semelhantes e até superiores ao metronidazol. O tratamento dos parceiros sexuais alivia os sintomas, oferece a cura microbiológica e reduz o risco de transmissão (FORNA; GULMEZOGLU, 2003).
DIAGNOSTICO E PAPEL DE ENFERMAGEM SEGUNDO OREN
Diagnóstico laboratorial éfeito pela visualização direta de trofozoítos em amostra de secreção vaginal, uretral e prostática poren o isolamento e cultivo do protozoário é o método mais sensível para o diagnóstico desta patologia(swab cérvico vaginal) a mulher realizará o exame sem ter feito a higiene vaginal pelo menos há 18 horas antes da colheita do material e deve estar sem o uso de tricomonicidas, tanto vaginais como orais há pelo menos 15 dias.
Preservativos, é o cuidado com os fômites (instrumentos ginecológicos, toalhas, roupas íntimas) e o tratamento do doente e de todos os seus parceiros são as formas de prevenção .
Em 1958 a enfermeira Dorothea Oren descreveu sua teoria do autocuidado sob o principio de que os pacientes podem cuidar de si mesmo ,desempenhando atividades de vida diária em benefício do seu próprio bem estar sendo capazez de atingir suas necessidades ,Oren referente ao sistema de apoio-educação, em que a pessoa consegue executar ou deve aprender a executar medidas de autocuidado terapêutico, onde o enfermeiro possui um papel essencial na promoção de recursos para que o cliente seja um agente do autocuidado .
O enfermeiro é de grande importância, pois por meio de habilidades especificas e compreensão da patologia é o responsável pelo fornecimento de informações aos pacientes sobre as infecções vulvo vaginais, medidas profiláticas e tratamentos específicos, além de estimular o autocuidado.
Ao examinar uma mulher com queixa ginecológica, o enfermeiro deve abordar na entrevista vários aspectos inclusive, higienização intima, número de parceiros, uso de preservativo nas relações, se a paciente faz uso de medicamentos, fatores psicogênicos, fatores endócrinos entre outros; na sequência deve-se examinar a genitália externa em busca de alterações como: eritema,edema, rubor, escoriações, secreção além verificar possíveis sintomas que a paciente apresente. (SMELTZER; BARE, 2006).
Deve oferecer atendimento complementar como aconselhamentodeve oferecer atendimento complementar como aconselhamento e sorologia para anti- HIV, VDRL, Hepatite B e C, vacinas contra hepatites entre outros.
Trofozoítos de Trichomonas vaginalis
CONCLUSÃO
Concluimos que o diagnóstico precoce desta doença é importante visto que o tratamento implica na redução da morbidade, enfermeiros que atuam na área de saúde da mulher podem estar aptos a diagnosticar e realizar os cuidados necessários para gerenciar controlar as infecções do trato geniturinário porem por tratar-se em uma doença pouco mencionda passa muitas vezes despercebida o desenvolvimento de pesquisas sobre o tema é essencial e a divugação na mídia, não só desta patologia mas de todas que põem em risco a qualidade de vida das mulheres.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Tese de Patricia Abreu Pinheiro Lemos 2017, artigo google acâdemico 19/05/2018
http://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/6633/tricomoniase_vaginal.htm: Rodrigo Antonio Brandão Neto Médico Assistente da Disciplina de Emergências Clínicas do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP ,última revisão ,03/02/2016.
Portal da Saúde – Ministério da Saúde – www.saude.gov.br 
(Ministério da Saúde, 2005).(NEVES, David, 2005) ,COSTAMAGNA et al, 2001
(DE CARLI ,G. A. et al, 2005).GUENTHNER; SECOR;DEZZUTI, 2005; REDOM-MALDONADO, 1998 ,KARAMAN et al, 2008; MENEZES et al, 2016) FORNA; GULMEZOGLU, 2003).SMELTZER; BARE, 2006). Giemsa,Gram e Papanicolaou) (KARAMAN et al, 2008; MENEZES et al, 2016) (LEHKER; ALDERETE).

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