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Aula.12.D.Coisas

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DIREITO 
DE VIZINHANÇA
PROFESSOR: DENIS DE SOUZA LUIZ
www.denis-souza.blogspot.com.br
As normas referentes ao direito de construir visam o regramento das relações que devem imperar entre os vizinhos, quando um deles resolver construir. 
Envolve tanto a superfície do solo quanto o subsolo e o espaço aéreo. 
LIMITAÇÕES AO DIREITO DE CONSTRUIR
As A liberdade de construir de um não pode colocar em risco ou causar prejuízo ao outro vizinho. 
Conseqüências: indenização, demolição, ou até mesmo o embargo da obra (telhados que vertem goteiras, janelas/terraços/varandas a menos de metro e meio, ruínas, desmoronamentos, bate-estacas, etc). 
LIMITAÇÕES AO DIREITO DE CONSTRUIR
DIREITO DE CONSTRUIR
“Art. 1.299. O proprietário pode levantar em seu terreno as construções que lhe aprouver, salvo o direito dos vizinhos e os regulamentos administrativos”.
DIREITO DE CONSTRUIR
“Art. 1.300. O proprietário construirá de maneira que o seu prédio não despeje águas, diretamente, sobre o prédio vizinho”. 
Trata-se da vedação do ESTILICÍDIO.
A figura jurídica do ‘estilicídio’ visa atender às situações criadas pelos proprietários que deixam ficar os beirados dos telhados dos seus prédios urbanos a gotejar sobre prédios vizinhos. 
DIREITO DE CONSTRUIR
Art. 1.301. É defeso abrir janelas, ou fazer eirado, terraço ou varanda, a menos de metro e meio do terreno vizinho.
DEVASSAMENTO DA PROPRIEDADE VIZINHA
DIREITO DE CONSTRUIR
Art. 1.301. É defeso abrir janelas, ou fazer eirado, terraço ou varanda, a menos de metro e meio do terreno vizinho.
§ 1° As janelas cuja visão não incida sobre a linha divisória, bem como as perpendiculares, não poderão ser abertas a menos de setenta e cinco centímetros.
§ 2° As disposições deste artigo não abrangem as aberturas para luz ou ventilação, não maiores de dez centímetros de largura sobre vinte de comprimento e construídas a mais de dois metros de altura de cada piso.
Súmula 120 do STF: “Parede de tijolos de vidro translúcido pode ser levantada a menos de metro e meio do prédio vizinho, não importando a servidão sobre ele”. AINDA TEM APLICAÇÃO.
Súmula 414 do STF: “Não se distingue a visão direta da oblíqua na proibição de abrir janela, ou fazer terraço, eirado, ou varanda, a menos de metro e meio do prédio de outrem”. CANCELADA. 
DIREITO DE CONSTRUIR
ZONA RURAL
“Art. 1.303. Na zona rural, não será permitido levantar edificações a menos de três metros do terreno vizinho”.
DIREITO DE CONSTRUIR
PAREDE-MEIA – CONDOMÍNIO NECESSÁRIO
Art. 1.306. O condômino da parede-meia pode utilizá-la até ao meio da espessura, não pondo em risco a segurança ou a separação dos dois prédios, e avisando previamente o outro condômino das obras que ali tenciona fazer; não pode sem consentimento do outro, fazer, na parede-meia, armários, ou obras semelhantes, correspondendo a outras, da mesma natureza, já feitas do lado oposto”.
DIREITO DE CONSTRUIR
ALTEAMENTO
 AUMENTAR A PAREDE-MEIA
“Art. 1.307. Qualquer dos confinantes pode altear a parede divisória, se necessário reconstruindo-a, para suportar o alteamento; arcará com todas as despesas, inclusive de conservação, ou com metade, se o vizinho adquirir meação também na parte aumentada”.
O Art. 1.313. do Código Civil, em decorrência da realização de obras, reconhece que o proprietário ou ocupante é obrigado a tolerar que o vizinho adentre no seu imóvel, desde que haja prévio aviso, nas seguintes hipóteses: 
Se o vizinho, temporariamente, dele for usar usar, quando indispensável à reparação, construção, reconstrução ou limpeza de sua casa ou do muro divisório. Ex.: o proprietário deve tolerar a entrada do vizinho para reparos em paredes ou corte de galhos de árvores. Esse direito de tolerância é aplicado aos casos de limpeza ou reparação de esgotos, goteiras, aparelhos higiênicos, poços e nascentes e ao aparo de cerca viva (art. 1.313, § 1.º, do CC). 
Para o vizinho apoderar-se de coisas suas, inclusive animais que ali se encontrem casualmente. Ex.: o vizinho entra no imóvel de outrem para pegar uma bola de futebol ou um gato perdido. Uma vez sendo entregue a coisa buscada pelo vizinho, o proprietário pode impedir novas entradas no imóvel (art. 1.313, § 2.º, do CC). 
DIREITO DE CONSTRUIR
DIREITO DE PENETRAÇÃO
ÁRVORES
LIMÍTROFES
Presunção de condomínio quanto à árvore cujo tronco estiver na linha divisória – segundo o art. 1.282, “a árvore, cujo tronco estiver na linha divisória, presume-se pertencer em comum aos donos dos prédios confinantes”. 
Árvore situada na linha divisória, pertence a ambos os proprietários, na proporção de metade para cada um, e se for cortada a madeira será dividida pela metade.
Não pode um dos confrontantes arrancá-la sem o consentimento do outro. Se a sua presença estiver causando prejuízo e não obtiver o consentimento do vizinho, deverá recorrer ao Judiciário
ÁRVORES LIMÍTROFES
Frutos caídos naturalmente são de propriedade da pessoa em cujo solo eles caíram, se este for propriedade particular. 
Aplica-se a regra do art. 1284: pertencem ao dono do solo onde tombarem, se este for de propriedade particular. 
Tal regra constitui exceção ao princípio de que o acessório segue o principal.
Todavia, se caírem em uma propriedade pública, o proprietário continuará sendo o seu dono, cometendo furto quem deles se apoderar. 
ÁRVORES LIMÍTROFES
ÁRVORES LIMÍTROFES
PASSAGEM FORÇADA
O art. 1.285 assegura ao proprietário de prédio que se achar encravado, sem acesso à via pública, nascente ou porto, o direito de, mediante pagamento de indenização, constranger o vizinho a lhe dar passagem, cujo rumo será judicialmente fixado, se necessário. 
PASSAGEM FORÇADA
O imóvel encravado não pode deixar de ser explorado economicamente e de ser aproveitado, por falta de comunicação com a via pública.
O instituto da passagem forçada atende, pois, ao interesse social. 
O direito é exercitável contra o proprietário contíguo e, se necessário, contra o vizinho não imediato. O direito de exigir que o vizinho lhe deixe passagem só existe quando o encravamento é natural e absoluto.
PASSAGEM FORÇADA
Não pode ser provocado pelo proprietário. Não pode este vender a parte do terreno que lhe dava acesso à via pública e, depois, pretender que outro vizinho lhe dê passagem
Mesmo que exista uma saída para a via pública, constatando-se dificuldade, insuficiência, inadequação ou, até mesmo, periculosidade do percurso, permitir-se-á ao magistrado interpretar o dispositivo de forma extensiva, concedendo ao proprietário necessitado outra saída para que seu imóvel tenha a sua utilização ampliada e possa atender às necessidades de exploração econômica.
PASSAGEM FORÇADA
Passagem Forçada
Servidão Predial
Instituto de Direito de Vizinhança.
Imóvel encravado e imóvel serviente.
Direito real de gozo ou fruição.
Imóvel dominante e imóvel serviente.
Obrigatória
Não é obrigatória (facultativa)
Há pagamento obrigatório de indenização ao imóvel serviente.
Não há pagamento obrigatório de indenização ao imóvel serviente.
Cabe ação de passagem forçada
Cabe ação confessória.
PASSAGEM FORÇADA X SERVIDÃO PREDIAL
PASSAGEM DE CABOS 
E TUBULAÇÕES
O proprietário é, igualmente, obrigado a tolerar, mediante recebimento de indenização, que atenda também à desvalorização da área remanescente, a passagem, através de seu imóvel, de cabos, tubulações e outros condutos subterrâneos de serviços de utilidade pública (ex.: luz, água, esgoto, etc.), em proveito de proprietários vizinhos, quando de outro modo for impossível ou excessivamente onerosa (art. 1286). 
PASSAGEM DE CABOS E TUBULAÇÕES 
O Proprietário prejudicado pode exigir que a instalação seja feita de modo menos gravoso ao prédio onerado, bem como, depois, seja removida, à sua custa, para outro local do imóvel (art. 1286, parágrafo único).
Se as instalações oferecerem grave risco, será facultado ao proprietário do prédio onerado exigir a realização de obras de segurança (art. 1287). 
PASSAGEM DE CABOS E
TUBULAÇÕES 
DAS ÁGUAS
Questão regulada pelo Código Civil e Código das Águas.
Dono do prédio inferior tem obrigação de suportar águas que correm naturalmente do prédio superior (chuva e fonte); sendo proibidas obras que piorem a situação do prédio inferior.
As águas que fluem artificialmente não podem ser lançadas ao prédio inferior, senão mediante servidão de passagem própria, que exclui o direito de indenização.
Nascentes e coleções d‘águas não podem impedir ou desviar cursos naturais.
Proibidas construções que possam poluir águas de poços.
DAS ÁGUAS

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