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resumo direito das coisas - direitos reais

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RESUMO - DIREITO DAS COISAS OU REAIS – 1º B. – PROF. VITOR CONTE
(artigos 1225 – 1510 CC)
UNIDADE 1 :INTRODUÇÃO AO DIREITO DAS COISAS.
· BENS E COISAS
Bem é tudo que é útil para as pessoas 
ex: água, carro, animal, praça, area pública
Coisas é um tipo de bem que podemos nos apropriar e é dotado de valor econômico (sempre vai depender da situação); ser humano pode exercer domínio 
Ex: animal doméstico é bem e coisa, a depender da situação posso me apropriar, já animal silvestre é sempre bem
· CONTEÚDO
Eu exerço poderes/direitos sobre “coisas” 
· CLASSIFICAÇÃO SISTEMÁTICA DO DIREITO DAS COISASPOSSE = relação de fato
PLENO = propriedade
DIREITO DAS COISAS DIREITOS REAIS = resp. civil
LIMITADOS possui direito a coisas que pertencem a outra pessoa [= 
DE GOZO/FRUÍÇÃO
DE GARANTIA
· DIFERENÇA ENTRE DIREITOS PESSOAIS E REAIS
Direitos pessoais = a relação se forma de modo pessoal em relação de uma obrigação contraída [credor x devedor]
 Direitos reais = é o exercício de poder exercido pela pessoa (sujeito ativo) sobre a coisa perante todos os demais (erga omnes); sujeito passivo é toda a sociedade
 ∟ a relação jurídica de titularidade vincula os demais indivíduos (oponibilidade erga omnes)
 ∟ direito de sequela (reaver a coisa) = um poder do titular da coisa
 
· CARACTERISTICAS [ T.A.P.A ]
∟ PRINCÍPIO DA ADERÊNCIA: é o direito do indivíduo se aderir à coisa. Então, se a coisa deixar de existir, o direito não existe mais
∟ PRINCÍPIO DO ABSOLUTISMO: eficácia “erga omnes” e direito de sequela
∟ PRINCÍPIO DA TIPICIDADE [“numerus claúsus”; nº fechado; rol taxativo, não exemplificativo]: O direito das coisas só existe na lei, não é possível às partes criarem.
∟ PRINCÍPIO DA PERPETUÍDADE: uma vez existente o direito real, assim ele permanece, até que outra relação jurídica venha modificar
∟ OBRIGAÇÃO “PROPTER REM”: as obrigações são vinculadas à coisa, p. ex, as dívidas.
· DIFERENÇA ENTRE PROPRIEDADE (ART. 1228 CC), POSSE (ART.1196), DETENÇÃO (ART. 1198) E TOLERÂNCIA OU PERMISSÃO (ART. 1208)
Propriedade = propriedade é um direito subjetivo que confere ao seu titular [proprietário] a possibilidade de usar, fruir, dispor ou reaver [exercer os poderes]. [fruir = tirar proveito econômico [ex: aluguel]; dispor = dar uma destinação [ex: venda; dar]; reaver = tomar de volta de quem injustamente tem ]
Art. 1.228. O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha.
Posse = é uma situação de fato, onde uma pessoa exerce algum dos poderes sobre a coisa como se fosse o proprietário, não necessariamente sendo
Art. 1.196. Considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não, de algum dos poderes inerentes à propriedade.
A POSSE É O EXERCÍCIO, ENQUANTO A PROPRIEDADE É A TITULARIDADE
Detenção = é aquele que exerce a posse [indireta] em nome de outra pessoa devido a um vínculo de subordinação; a consequência disso é que o detentor não tem direito a nada da coisa [Ex1: o motorista da sanremo – exerce a posse em nome da empresa; ex2: caseiro - exerce a posse em nome do dono da fazenda] 
Art. 1.198. Considera-se detentor aquele que, achando-se em relação de dependência para com outro, conserva a posse em nome deste e em cumprimento de ordens ou instruções suas.
Tolerância/atos de permissão = por um ato de liberalidade do possuidor/proprietário alguém faz uso de uma coisa, sem ter a aparência de ser dono; não se torna o dono
Art. 1.208. Não induzem posse os atos de mera permissão ou tolerância assim como não autorizam a sua aquisição os atos violentos, ou clandestinos, senão depois de cessar a violência ou a clandestinidade.
 UNIDADE 3 : PROPRIEDADE (ART 1228 A 1368-A)
· CONSIDERAÇÕES INICIAIS
· NOÇÕES HISTÓRICAS (não vai cobrar na prova)
· FINALIDADE SOCIAL DA PROPRIEDADE
O direito de propriedade é reconhecido e protegido pela sociedade, mas, em troca, a ‘sociedade’ vai pedir uma contraprestação, qual seja: o direito deve ser exercido com finalidade A: de produção OU B: econômica OU C: social, em síntese, o respeito a função social da propriedade.
· FUNÇÃO SOCIAL (ART. 1228 §1º/ ART. 5º XXI CF)
Para cumprir sua função, a propriedade deve produzir, de modo a contribuir para a melhoria de condições, não só de seu titular, mas de todos, em respeito ao objetivo constitucional de construir uma sociedade justa e solidária. A função social correspode a servir de produtividade e moradia. [OBS: princípio do Poluidor Pagador -> ex: a vale] [direito coletivo > direito individual}
Art. 5º, XXIII CF: a propriedade atenderá sua função social
Art. 1.228.§ 1o O direito de propriedade deve ser exercido em consonância com as suas finalidades econômicas e sociais e de modo que sejam preservados, de conformidade com o estabelecido em lei especial, a flora, a fauna, as belezas naturais, o equilíbrio ecológico e o patrimônio histórico e artístico, bem como evitada a poluição do ar e das águas. [ROL EXEMPLIFICATIVO]
· ABUSO DO DIREITO DE PROPRIEDADE (ART. 1228 §2º C/C ART. 187)
O conteúdo da conduta é lícito, mas o ato é ilícito por conta de que resultado que ela produz ser contra o direito, por isso, todo o ato se torna ilícito [É vedado o abuso de direito]
Art. 1.228. § 2o São defesos [= vedados] os atos que não trazem ao proprietário qualquer comodidade, ou utilidade, e sejam animados pela intenção de prejudicar outrem.
Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.
· ELEMENTOS DA PROPRIEDADE (ART. 1228)
São 4 (o proprietário tem a faculdade de exercer): 1. USAR [não se refere ao momento que efetivamente estou fazendo; “usar” tem o significado de ter sob seu domínio; da propriedade estar dentro do campo de domínio da pessoa]; 2. FRUIR/GOZAR; 3. DISPOR e 4. REAVER.
· LIMITE DO DIREITO DE PROPRIEDADE POR NECESSIDADE PÚBLICA OU INTERESSE SOCIAL (ART. 1228 §3)
Art. 1.228.§ 3o O proprietário pode ser privado da coisa, nos casos de desapropriação, por necessidade ou utilidade pública ou interesse social, bem como no de requisição, em caso de perigo público iminente.
· EXPROPRIAÇÃO (ART. 1228 §4º E 5º) 
ESSE DISPOSITIVO SÓ SE APLICA AS ÁREAS RURAIS
É uma desapropriação diferente criada pelo CC, que tira de um particular e da para um particular [isso é muito criticado pelos doutrinadores], porque o possuidor tem que pagar uma indenização para o proprietário.
Se tiver os requisitos { [1], [2], [3], [4], [5] e [6] } o possuidor pode aplicar o §4º e tomar a propriedade, mas perante uma justa indenização
Art. 1228.§4o O proprietário também pode ser privado da coisa se o imóvel reivindicado [através de uma ação reivindicatória pelo proprietário, p.ex] consistir em [1] extensa área, [2] na posse ininterrupta e [3] de boa-fé [quando desconhece que a área é de alguém, p. ex], por [4] mais de cinco anos [o ajuizamento da ação reividicatória deve ser posterior a esse período para o possuidor alegar a expropriação], de [5] considerável número de pessoas, e estas [6] nela houverem realizado, em conjunto ou separadamente, obras e serviços considerados pelo juiz de interesse social e econômico relevante; § 5o No caso do parágrafo antecedente, o juiz fixará a justa indenização devida ao proprietário; pago o preço, valerá a sentença como título para o registro do imóvel em nome dos possuidores.
 ∟a aplicação desse paragrafo é em benefício do possuidorPode “tomar de volta [reaver]”: 1º: por autotutela (= tomar usando a força); 2º: ações possessórias; 3º: ações reivindicatórias
∟ são ações que o proprietário tem para reivindicar algo que está ilegalmente com alguém, mastem que observas as leis especiais
∟o fundamento dessa ação é a prova que é dono da propriedade [no caso de locação de imóvel é por meio da ação de despejo, não de reivindicatória]
· EXTENSÃO E LIMITES DA PROPRIEDADE (ART. 1229)
Eu só sou dono do que está acima ou abaixo daminha propriedade no/até o limite daquilo que eu consigo tirar de proveito do meu imóvel.
Se demais pessoas atingirem o limite de utilidade, o proprietário deverá receber indenização.
Art. 1.229. A propriedade do solo abrange a do espaço aéreo e subsolo correspondentes, em altura e profundidade úteis ao seu exercício, não podendo o proprietário opor-se a atividades que sejam realizadas, por terceiros, a uma altura ou profundidade tais, que não tenha ele interesse legítimo em impedi-las.
· RESTRIÇÕES
∟ VOLUNTÁRIA: os proprietários limitam a utilidade do imóvel [ex: condomínio limitado para moradia, então não pode ser feito de comércio].
∟ LEGAL: a restrição é inserida por lei [municípios e estados podem delimitar áreas comerciais e etc; determinadas áreas podem não ter indústria ou comércio por determinação legal].
∟ CUNHO SOCIAL (ART. 1230): se tiver na propriedade petróleo, jazidas, água e etc. você não tem a propriedade disso, mas você pode usar isso – menos para exploração – pois essas coisas pertencem à União. [o proprietário pode usar dos recursos desde que faça o repasse, e o uso tem que ser próprio.]
Art. 1.230. A propriedade do solo não abrange as jazidas, minas e demais recursos minerais, os potenciais de energia hidráulica, os monumentos arqueológicos e outros bens referidos por leis especiais. §único. O proprietário do solo tem o direito de explorar os recursos minerais de emprego imediato na construção civil, desde que não submetidos a transformação industrial, obedecido o disposto em lei especial.
· PRESUNÇÃO DE PLENITUDE E EXCLUSIVIDADE (ART. 1231)
A presunção de ser proprietário é relativa, ou seja, cabe prova em sentido contrário, porque pode estar, por exemplo, o proprietário proibido de exercer algum poder [não ser “plena”]
Art. 1.231. A propriedade presume-se plena e exclusiva [diretos reais são erga omnes], até prova em contrário.
· FRUTOS E PRODUTOS DA COISA (ART. 1232)
Os frutos e produtos da coisa pertencem, em regra, ao proprietário, salvo disposição legal ou contratual em sentido contrário [ex: os filhotes de uma fêmea pertencem a ela, não ao dono do macho -> isso é valido para qualquer animal que cria [sempre fica com a fêmea]
Art. 1.232. Os frutos e mais produtos da coisa pertencem, ainda quando separados, ao seu proprietário, salvo se, por preceito jurídico especial, couberem a outrem.
· DESCOBERTA (ARTS. 1233 A 1237)
ISSO É VÁLIDO PARA COISAS MÓVEISSe eu encontro algo que não tem dono e pego para mim é uma ocupação; é uma forma de aquisição de propriedade; aqui não tem dono então eu posso me “ocupar” da coisa; virar proprietário
Se eu encontrar algo perdido e que tem dono, a pessoa que achar a coisa não pode ficar com a coisa – de início – tem quem, antes:
1. TENTAR LOCALIZAR O DONO
∟tem 15 dias para tentar localizar [esse prazo não está no código civil, e sim no art 169 II CP, que fala que, acima de 15 dias com coisa alheia caracteriza o tipo penal de apropriação de coisa alheia]
2. COMUNICAR E LEVAR ISSO AS AUTORIDADE COMPETENTES
∟ na polícia ou em juízo; na autoridade policial ou judiciária 
∟ pode ser feito o depósito judicial
∟redigido o termo [contendo a declaração do inventor e as circuntâncias que achou a coisa], é dado conhecimento da descoberta atráves da imprensa e outros meios de informação.
∟ o juiz pode determinar a publicação no edital [se tiver um preço alto, se for baixo não precisa] por 2 vezes e comintervalo de 10 dias entre elas para o dono reclamar a coisa.
3. DEPOIS DE PUBLICADO NA IMPRENSA OU O EDITAL, O DONO TEM 60 DIAS PARA APARECER
SE DEPOIS DISSO A COISA NÃO ACHAR O DONO: fica para o município onde foi encontrada a coisa, que venderá em hasta pública [Do valor da venda será deduzido a recompensa e o restante será do município]; mas o município pode renunciar esse direito e a coisa ficar com a pessoa que achou.
· RECOMPENSA: Se o dono da coisa aparecer vai ter que pagar uma recompensa de, no mínimo, 5% do valor da coisa para quem encontrou + os gastos que teve com a coisa
· DIREITO DE RETENÇÃO: Quem encontrou não pode exercer sobre a coisa se o proprietário não quiser entregar a recompensa; não vai poder reter a coisa, tem que entregar
Art. 1.235. O descobridor responde pelos prejuízos causados ao proprietário ou possuidor legítimo, quando tiver procedido com dolo. [ = perdas e danos]
Art. 1.236. A autoridade competente dará conhecimento da descoberta através da imprensa e outros meios de informação, somente expedindo editais se o seu valor os comportar.
Art. 1.237. Decorridos sessenta dias da divulgação da notícia pela imprensa, ou do edital, não se apresentando quem comprove a propriedade sobre a coisa, será esta vendida em hasta pública e, deduzidas do preço as despesas, mais a recompensa do descobridor, pertencerá o remanescente ao Município em cuja circunscrição se deparou o objeto perdido. §único. Sendo de diminuto valor, poderá o Município abandonar a coisa em favor de quem a achou.
· AQUISIÇÃO DE PROPRIEDADE IMÓVEL [imobiliária]
Consiste em se tornar o titular do direito de propriedade que recai sobre uma coisa, isto é, se tornar o dono.
Fato jurídico = adquirir, modificar e entinguir
Podendo ocorrer atráves de usucapião, registro do título e acessão. 
Há divisões/maneiras em que a propriedade pode ser adquirida [pode adquirir de modo]:
A. ORIGINÁRIO: quando a pessoa adquirir a propriedade sem transmissão de propriedade de um para o outro, de forma autônoma (ex: usucapião)1º
B. DERIVADA: quando há uma transmissão de propriedade de uma pessoa para outra, existindo uma relação com o antigo proprietário ; sendo que o novo dono adquire nas mesmas condições que o anterior (ex:venda; se compra uma casa com hipoteca, vai responder perante o banco; se herdar um aparamento ...)
A. ONEROSA
2º
B. GRATUITA 
A. INTERVIVOS: ato entre pessoas vivas.
3º
B. CAUSA MORTIS: transferencia do falecido para seus herdeiros.
A. TÍTULO SINGULAR: quando as coisas são transferidas de forma individualizada; cada coisa deverá estar escrita [ex: uma cadeira, um celular e etc.]
4º
B. TÍTULO UNIVERSAL: quando é transmitida uma coletividade de patrimônio sem individualização (ex: quando uma empresa compra a outra)
· USUCAPIÃO [também chamado de prescrição aquisitiva] 
É UMA FORMA DE AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE IMOVEL DE MODO ORIGINÁRIO.
O usucapião [= “tomar pelo uso”] tem a ideia de trazer uma justiça baseada em distribuição de riqueza, que a pessoa dê uma finalidade para isso, sendo assim, fundada na função social da propriedade, ou seja, dando uma destinação a ela, podendo servir de moradia e/ou produção.
∟ REQUISITOS GERAIS:
1. POSSE CONTÍNUA E INCONTESTADA REQUISITO É PARA TODAS AS ESPÉCIES DE USUCAPIÃO
∟ CONTÍNUA = sem interrupção, vícios, defeitos
∟ INCONTESTADA = o proprietário ou possuidor que detenha legitimidade não podem ter feito oposição/ questionado a ilegitimidade da posse
∟ essa “contestação” do usucapião tem que ser de mérito
∟ O FATO DE ESTAR TRAMITANDO UMA AÇÃO POSSESSÓRIA NÃO DESCARACTERIZA A POSSE, INCONTESTADA, SALVO SE O POLO ATIVO GANHAR, POIS A CONTESTAÇÃO RETROAGIRÁ à DATA DE NOTIFICAÇÃO [não sendo considerado esse período para efeitos de calculo do tempo de posse sob o imóvel] 
 
OBS: AÇÃO DE USUCAPIÃO TEM NATUREZA DECLARATÓRIA: não constitui direito nenhum, apenas declara certo direito.
 2. COISA HÁBIL/DISPONÍVEL
∟ a coisa tem que ser possível de usucapião (ex: propriedade pública, terras indígenas não podem) 
3. “ANIMUS DOMINI”
∟ = “ a consciência de ser dono”; é a vontade de ser dono/proprietário (não quer dizer, necessariamente, não saber da existência do dono)
4. TEMPO
∟ depende de cada tipo/espécie de usucapião
JUSTO TÍTULO ≠ TÍTULO JUSTO
JUSTO TÍTULO = é a manifestação de vontade não atenta a forma necessária, por isso não vai produzir efeitos que normalmente se espera dela
 ∟ mas, mesmo assim, esse justo título comprova a manifestação
 ∟ por mais que não tenha os requisitos, serve como título que a pessoa tem a propriedade, só não faz o registro
TÍTULO JUSTO = quando a manifestação de vontade observaa forma recomendada pela lei para que essa manifestação se produza efeitos que dela se espera ( ex: escritura pública; sentença)
∟ ESPÉCIES DE USUCAPIÃO:Se um imóvel não tem registro, então não tem proprietário, logo, não vai se falar em usucapião, vai ter que ser feita uma matrícula do imóvel 
O usucapião pode ser utilizado como matéria de defesa, porque ele se constitui de fato [SÚMULA DO STJ 237] (tipo o que acontece com a União Estável em direito de família)
Formas de adquirir a propriedade imóvel, pode ser por: 1. Registro; 2. Usucapião e 3. Acessão
∟ no 2. e 3. Há um fato registrado e não o registro no cartório; nesses já adquire a propriedade com o preenchimento dos requisitos, a decisão judicial é só para declarar que a pessoa tem o bem; é proprietário e, assim, poder registrar
1. USUCAPIÃO ORDINÁRIO (ART. 1242)
Art. 1.242. Adquire também a propriedade do imóvel aquele que, [1] contínua e incontestadamente, com [2] justo título e [3] boa-fé, o [4] possuir por dez anos [no mínimo] 
EX: Se a pessoa tiver (ex: recibo) e está a 10 anos, pode ter direito ao usucapião; com esse recibo só tem a posse e com o usucapião vai passar a ter a propriedade.
2. USUCAPIÃO REGISTRAL OU TABULAR (ART. 1242 §ÚNICO)
É UMA ESPÉCIE DE USUCAPIÃO ORDINÁRIO
Artigo 1.242 § único. Será de [1] cinco anos o prazo previsto neste artigo se [2] o imóvel houver sido adquirido, onerosamente, com base no registro constante do respectivo cartório, cancelada posteriormente, [3] desde que os possuidores nele tiverem estabelecido a sua moradia, ou realizado investimentos de interesse social e econômico.
A pessoa adquire o imóvel com base no registro, mas, por alguma razão, o título é cancelado porque é nulo ou anulável – algo assim -, porém se possui os requisitos acima, pode adquirir por usucapião, mesmo depois de cancelado o registro.
Isso significa dizer que se a pessoa for proprietária registral do imóvel, mas após 5 anos o registro do cartório for anulado, significando que não houve propriedade, ela ainda continuará como proprietária [se preenchido os uutros requisitos].
➔ TANTO NO A. E B. O IMÓVEL NÃO TEM LIMITE DE TAMANHO, SÓ TEM QUE COMPROVAR O USO DO IMÓVEL
3. USUCAPIÃO EXTRAORDINÁRIO (ART. 1238)
Art. 1.238. Aquele que, [1] por quinze anos, [2] sem interrupção, nem oposição, [3] possuir como seu um imóvel, adquire-lhe a propriedade, [**] independentemente de título e boa-fé; podendo requerer ao juiz que assim o declare por sentença, a qual servirá de título para o registro no Cartório de Registro de Imóveis.
§único. O prazo estabelecido neste artigo reduzir-se-á a dez anos se o possuidor houver estabelecido no imóvel a sua moradia habitual [= residência] , ou nele realizado obras ou serviços de caráter produtivo. [ = produtividade]
➔ O QUE VAI DIFERENCIAR O U. ORDINÁRIO DO EXTRAORDINÁRIO. É QUE O ÚLTIMO NÃO TEM JUSTO TÍTULO, NEM PRECISA DE BOA FÉ E O PRAZO É DIFERENTE
4. USUCAPIÃO ESPECIAL RURAL (ART. 1239)
Art. 1.239. Aquele que, [1] não sendo proprietário de imóvel rural ou urbano, [2] possua como sua, por cinco anos ininterruptos, [3] sem oposição, [4] área de terra em zona rural [5] não superior a cinqüenta hectares, [6] tornando-a produtiva por seu trabalho ou de sua família, [7] tendo nela sua moradia, adquirir-lhe-á a propriedade.
TEM QUE USAR PARA PRODUTIVIDADE E MORADIA PRÓPRIA OU DA FAMÍLIA
5. USUCAPIÃO ESPECIAL URBANO (ART. 1240)
Art. 1.240. Aquele que [1] possuir, como sua, área urbana de [2] até duzentos e cinqüenta metros quadrados, [3] por cinco anos ininterruptamente e [4] sem oposição, [5] utilizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, [6] desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.
[Se a área for maior que 250 m² isso só vai poder entra com usucapião ordinário ou extraordinário. ]
§ 1o O título de domínio e a concessão de uso serão conferidos ao homem ou à mulher, ou a ambos, independentemente do estado civil.
§ 2o O direito previsto no parágrafo antecedente não será reconhecido ao mesmo possuidor mais de uma vez.
TANTO NO U. ESPECIAL RURAL QUANTO O URBANO, SÓ POSSO SER BENEFICIADO UMA ÚNICA VEZ DELES.
6. USUCAPIÃO POR ABANDONO DE LAR (ART. 1240-R)
Art. 1.240-A. Aquele que exercer, [1] por 2 (dois) anos ininterruptamente e [2] sem oposição, [3] posse direta, com exclusividade, sobre imóvel urbano de [4] até 250m² [5] cuja propriedade divida com ex-cônjuge ou ex-companheiro que abandonou o lar, [6] utilizando-o para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio integral, [6] desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural. 
§ 1o  O direito previsto no caput não será reconhecido ao mesmo possuidor mais de uma vez. 
Essa espécie de usucapião é muito criticada pelos doutrinadores
 └ 1ª crítica: resgata a discussão de culpa no casamento (em contraposição com a emenda 16/2010)
O imóvel é de propriedade do casal, mas durante a EU ou casamento o cônjuge/companheiro abandona o lar voluntariamente de forma injustificada (seria o ato do indivíduo sair de casa e não manter mais relação com os indivíduos nem com o imóvel comum = isso configuraria o abandono de lar)
Uma vez configurado o abandono do lar, se passado 2 anos, o cônjuge/convivente que ficou tem a posse exclusiva, desde que preenchido os demais requisitos 
O total da área do imóvel tem que ser de até 250m², mas, na vdd, só vou usucapir, em tese, 125m², pq como há a meação, metade do terreno de 250 já seria meu em uma partilha de bens
A doutrina tem entendido que seria interessante ser julgado no juiz cível, mas, na prática, os julgados são julgados pelos juízes de família, eles quem são os competentes
7. USUCAPIÃO COLETIVO (ART. 10 DO ESTATUTO DA CIDADE)
ESSA ESPÉCIE SÓ FUNCIONA NA CIDADE
Art. 10.  [1] Os núcleos urbanos informais [p.ex., favelas, comunidades.] [2] existentes sem oposição [3] há mais de cinco anos e [4] cuja área total dividida pelo número de possuidores seja inferior a duzentos e cinquenta metros quadrados por possuidor são suscetíveis de serem usucapidos coletivamente, [5] desde que os possuidores não sejam proprietários de outro imóvel urbano ou rural.  
§ 1o O possuidor pode, para o fim de contar o prazo exigido por este artigo, acrescentar sua posse à de seu antecessor, contanto que ambas sejam contínuas.
Um grupo de pessoas que ocupa determinada área de forma coletiva, não tendo noção de quanto é cada área de cada possuidor
∟ DECLARAÇÃO DE USUCAPIÃO (ART. 1241)
Art. 1.241. Poderá o possuidor requerer ao juiz seja declarada adquirida, mediante usucapião, a propriedade imóvel.
§único. A declaração obtida na forma deste artigo constituirá título hábil para o registro no Cartório de Registro de Imóveis [= cartório imobiliário]
Polo passivo = o proprietário registrado
∟ USUCAPIÃO COMO MEIO DE DEFESA (SÚM. 237 STF/ OBS: ART. 7º DA LEI 6.969/98)
Súmula 237 STF: O usucapião pode ser argüido em defesa.
 EM REGRA: A sentença do juiz que julgar improcedente a ação principal que a pessoa usa usucapião como meio de defesa não serve como regularização, a pessoa tem que ajuizar essa ação declaratória do usucapião e registrar depois
Art. 7 da Lei 6969/81: A usucapião especial poderá ser invocada como matéria de defesa, valendo a sentença que a reconhecer como título para transcrição no Registro de Imóveis.
 EXCEÇÃO: se se tratar de um imóvel de zona rural (o usucapião rural) não precisa de ação declaratória, a sentença valerá como registro.
 
∟ CONTAGEM DO TEMPO DE POSSE DO ANTECESSOR (ART. 1243) 
Art. 1.243. O possuidor pode, para o fim de contar o tempo exigido pelos artigos antecedentes, acrescentar à sua posse a dos seus antecessores (art. 1.207) [ = Art. 1.207. O sucessor universal continua de direito a posse do seu antecessor; e ao sucessor singular é facultado unir sua posse à do antecessor, para os efeitos legais.] , [1] contanto que todas sejam contínuas, pacíficas e, nos casos do art. 1.242 [usucapião ordinário e tabelar], com [**] justo título e de boa-fé.
Sucessão de posse é quando uma pessoa passa exercer a posse que até entãoera exercida por outro, ou seja, a posse é a mesma, então, se o adquiriu de má fé, o sucessor a posse também vai exercer a posse de má fé – mesmo não estando de má fé.[essa sucessão pode acontecer no caso de morte do possuidor ou doação -> nesses casos a posse contínua a mesma]
Sendo que, o sucessor a título singular e por ato entre vivos pode optar em somar a posse do seu antecessor à sua, ou, contar a sua da “estaca zero”. 
EXCEÇÃO A ESSA REGRA: se a sucessão da posse for entre pessoas vivas e a titulo oneroso e singular: 
A. O adquirente da posse pode manter a posse com todas as características que ela tem e contar o prazo do antecessor
OU
B. Dar início a uma nova posse 
Como regra, a posse mantem as mesmas características do antecessor e os prazos podem ser aproveitados
∟ CAUSAS QUE OBSTAM, SUSPENDEM OU INTERROMPEM A PRESCRIÇÃO (ART. 1244)
Art. 1.244. Estende-se ao possuidor o disposto quanto ao devedor acerca das causas que obstam, suspendem ou interrompem a prescrição ( =perda da pretensão devido ao decurso de um tempo), as quais também se aplicam à usucapião.
As causas impeditivas da prescrição são as circuntâncias que impedem que seu curso inicie e, as suspensivas, as que paralisam temporariamente o seu curso; superado o fato suspensivo, a prescrição continua a correr, computado o tempo decorrido antes dele.SUSPENSIVAS
Art. 197. Não corre a prescrição:
I - entre os cônjuges, na constância da sociedade conjugal;
II - entre ascendentes e descendentes, durante o poder familiar;
III - entre tutelados ou curatelados e seus tutores ou curadores, durante a tutela ou curatela.
Art. 198. Também não corre a prescrição:
I - contra os incapazes de que trata o art. 3o [= ABSOLUTAMENTE INCAPAZ, contra o relativamente corre a prescrição];
II - contra os ausentes do País em serviço público da União, dos Estados ou dos Municípios;
III - contra os que se acharem servindo nas Forças Armadas, em tempo de guerra.
Art. 199. Não corre igualmente a prescrição:
I - pendendo condição suspensiva;
II - não estando vencido o prazo;
III - pendendo ação de evicção.
· DA AQUISIÇÃO PELO REGISTRO DO TÍTULO (ART. 1245 A 1247)INTERRUPTIVAS
Art. 202. A interrupção da prescrição, que somente poderá ocorrer uma vez, dar-se-á:
I - por despacho do juiz, mesmo incompetente, que ordenar a citação, se o interessado a promover no prazo e na forma da lei processual;
II - por protesto, nas condições do inciso antecedente;
III - por protesto cambial;
IV - pela apresentação do título de crédito em juízo de inventário ou em concurso de credores;
V - por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor;
VI - por qualquer ato inequívoco, ainda que extrajudicial, que importe reconhecimento do direito pelo devedor.
Parágrafo único. A prescrição interrompida recomeça a correr da data do ato que a interrompeu, ou do último ato do processo para a interromper.
Art. 203. A prescrição pode ser interrompida por qualquer interessado.
Art. 204. A interrupção da prescrição por um credor não aproveita aos outros; semelhantemente, a interrupção operada contra o co-devedor, ou seu herdeiro, não prejudica aos demais coobrigados.
∟ PROPRIEDADE -> REGISTRO DO TÍTULO (ART. 1245)
Art. 1.245. Transfere-se entre vivos a propriedade mediante o registro do título translativo no Registro de Imóveis [ = cartório]
O registro do título é um ato solene; é uma forma de aquisição da propriedade (derivada)
Não há que se confundir o registro com a obrigação [a compra e venda gera obrigações, mas só isso não transfere a propriedade, isso só se transfere com o registro]
Art. 108. Não dispondo a lei em contrário, a escritura pública é essencial à validade dos negócios jurídicos que visem à constituição, transferência, modificação ou renúncia de direitos reais sobre imóveis de valor superior a trinta vezes o maior salário mínimo vigente no País.
 [a escritura pública não transfere a propriedade, é apenas o título de obrigações; é a transmissão de efeitos; gera obrigações, com a escritura pública em mãos, o comprador vai pagar o ITBI e aí fazer o pedido de registro, só então que vai haver a transmissão de propriedade, quando for registrado no cartório]
A ESCRITURA PODE SER FEITA EM QUALQUER CARTÓRIO DE NOTAS DO PAÍS, MAS O REGISTRO SÓ PODE SER FEITO NO CARTÓRIO DO LUGAR DO IMÓVEL, QUE É UM SÓ; O LUGAR DA MATRÍCULA
∟ MATRÍCULA (ART. 228 DA LEI Nº 6.015/73)
Art. 228 Lei 6015/73: A matrícula será efetuada por ocasião do primeiro registro a ser lançado na vigência desta Lei, mediante os elementos constantes do título apresentado e do registro anterior nele mencionado. 
A matrícula é o nº de cadastro/inscrição do imóvel no cartório.
A MATRÍCULA É A INSCRIÇÃO DO IMÓVEL NO CARTÓRIO E O REGISTRO SÃO AS ANOTAÇÕES FEITAS NA MATRÍCULA [TODO O HISTÓRICO DO IMÓVEL FICA LÁ REGISTRADO]
∟ LOCAL DA TRANSCRIÇÃO
O local da transcrição é o local que o imóvel está matriculado
Circunscrição = cartório = competência 
Já o imóvel só pode ser transcrito no cartório da sua circunscrição, ou seja, o competente por aquela área e, consequentemente, a matrícula também vai ter sido feita nesse mesmo cartório, porque ele que é o competente
∟ DESPESAS COM O REGISTRO [ART. 490 ]
Art. 490. Salvo cláusula em contrário, ficarão as despesas de escritura e registro a cargo do comprador, e a cargo do vendedor as da tradição.
Em média o valor com as despesas é de 5% do valor do imóvel [ =o valor da escritura pública + 2% do valor do ITBI + o registro]
∟ AUSÊNCIA DE REGISTRO (ART. 1245 §1º)
Art. 1.245. § 1o  Enquanto não se registrar o título translativo, o alienante continua a ser havido como dono do imóvel. [ = enquanto não for feito o registro, o proprietário é aquele que está com o nome no cartório, mesmo que tenha escritura pública]
Se não for feito o registro, os efeitos só vinculam às partes, não perante 3º [ = não vai ter efeito erga omnes]
∟ VALIDADE DO REGISTRO (ART. 1245 §2º)
Art. 1.245. § 2o Enquanto não se promover, por meio de ação própria, a decretação de invalidade do registro, e o respectivo cancelamento, o adquirente continua a ser havido como dono do imóvel.
O registro não tem prazo de validade, ele permanece até que outro registro o altere ou que ele seja anulado 
Se for lavrada 2 escrituras públicas do mesmo imóvel no mesmo dia, vai ser validada a que tem hora inferior
∟ EFICÁCIA DA PRESUNÇÃO (ART. 1246)
Art. 1.246. O registro é eficaz desde o momento em que se apresentar o título ao oficial do registro, e este o prenotar no protocolo.
A partir do momento do registro, retroage para a data do protocolo da escritura pública [ a eficácia/proteção que o registro dá retroage para a data do protocolo ]
A presunção da validade do registro é relativa, ou seja, cabe prova em contrário, podendo o registro ser anulado – se tiver algum vício – ou retificado
∟ RETIFICAÇÃO OU NULIDADE (ART. 1247)
Art. 1.247. Se o teor do registro não exprimir a verdade, poderá o interessado reclamar que se retifique ou anule.
§ único. Cancelado o registro, poderá o proprietário reivindicar o imóvel, independentemente da boa-fé ou do título do terceiro adquirente.
· ACESSÃO: [isso não cai na prova; só é para ler os artigos, não doutrina disso]
A. IMÓVEL A IMÓVEL 
AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE IMÓVEL
B. MÓVEL A IMÓVEL AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE MÓVEL
C. MÓVEL A MÓVEL
· ACESSO DE MÓVEL A IMÓVEL (ARTGS. 1253 A 1259) [essa é a mais comum; usual na prática]
∟ CONSIDERAÇÕES GERAIS
Acessão = acréscimo à propriedade [essa espécie é quando alguém constrói no terreno de outra pessoa ou no seu, mas com material de outra pessoa]
“Acessões artificiais e benfeitorias são institutos que não se confundem. As benfeitorias são incluídas na classe das coisas acessórias, conceituadas como obras e despesas feitas em coisas alheias para concervá-las [necessárias], melhorá-las [úteis], embelezá-las [voluptuárias]. Já as acessões artificiais inserem-se entre os modos de aquisição da propriedade imobiliárias, consistindo em obras que criam coisas novas, aderindo à propriedade pré-existente.”∟ PLANTAR, SEMEAR, CONSTRUIR EM TERRENO ALHEIO COM MATERIAL PRÓPRIO
Art. 1.255. Aquele que semeia, planta ou edifica em terreno alheio perde, em proveito do proprietário, as sementes, plantas e construções [ = são coisas móveis, mas quando são colocadas no solo se transformam em imóveis]; se procedeu de boa-fé, terá direito a indenização.
§único. Se a construção ou a plantação exceder consideravelmente o valor do terreno, aquele que, de boa-fé, plantou ou edificou, adquirirá a propriedade do solo, mediante pagamento da indenização fixada judicialmente, se não houver acordo.
Art. 1.256. Se de ambas as partes houve má-fé, adquirirá o proprietário as sementes, plantas e construções, devendo ressarcir o valor das acessões.
§único. Presume-se má-fé no proprietário, quando o trabalho de construção, ou lavoura, se fez em sua presença e sem impugnação sua.
Art. 1.257. O disposto no artigo antecedente aplica-se ao caso de não pertencerem as sementes, plantas ou materiais a quem de boa-fé os empregou em solo alheio.
§único. O proprietário das sementes, plantas ou materiais poderá cobrar do proprietário do solo a indenização devida, quando não puder havê-la do plantador ou construtor. 
 Há uma presunção relativa de que o proprietário seja o dono das plantações e construções 
OBS: SÓ FALO EM ACESSÃO QUANDO NÃO TIVER SIDO PREENCHIDOS OS REQUISITOS DO USUCAPIÃO, PORQUE SE FOI PREENCHIDO, ENTÃO O INDIVÍDUO VAI TER ADQUIRIDO POR USUCAPIÃO O TERRENO
HIPÓTESES:
1º) SE O INDIVÍDUO QUE PLANTOU ESTÁ DE BOA FÉ
 └ ele vai perder a construção/terreno, mas o proprietário vai indenizar por todos os gastos que esse indivíduo teve com a construção – não importa se o proprietário queria ou não a construção
 └ não cabe direito de retenção – por parte do indivíduo que construiu, até receber essa indenização.
2ª) SE O INDIVÍDUO QUE PLANTOU ESTÁ DE MÁ FÉ:
└ o indivíduo vai perder tudo + indenizar o proprietário por eventuais perdas e danos 
3º) O INDIVÍDUO QUE CONSTRUIU ESTÁ DE BOA FÉ E A CONSTRUÇÃO EXCEDER CONSIDERAVELMENTE O VALOR DO TERRENO:
└ quem construiu tem direito à ficar com o terreno/construção, mediante pagamento de uma indenização ao proprietário referente ao valor do terreno 
[essa hipótese vai ser como se o indivíduo que construiu tivesse comprando o terreno]
∟ PLANTAR, SEMEAR, CONSTRUIR EM TERRENO PRÓPRIO COM MATERIAL ALHEIO
Art. 1.254. Aquele que semeia, planta ou edifica em terreno próprio com sementes, plantas ou materiais alheios, adquire a propriedade destes; mas fica obrigado a pagar-lhes o valor, além de responder por perdas e danos, se agiu de má-fé.
HIPÓTESES:
1º) SE O INDIVÍDUO ESTÁ DE BOA FÉ(NÃO SABIA QUE O MATERIAL ERA DE OUTREM)
 └ vai adquirir o material + vai ter que indenizar o valor do material ao dono 
2ª) SE O INDIVÍDUO ESTÁ DE MÁ FÉ (SABIA QUE O MATERIAL ERA DE OUTREM):
 └ vai adquirir o material + indenizar o valor do material + pagar eventuais perdas e danos 
∟ CONSTRUÇÃO QUE INVADE PARCIALMENTE SOLO ALHEIO
Quando constrói em solo próprio, mas vai além da divisa e avança para o terreno/imóvel do vizinho a construção 
2 HIPÓTESES:
A. PROPORÇÃO NÃO SUPERIOR A VIGÉSIMA PARTE
1º) SE O INDIVÍDUO QUE CONSTRUIU ESTÁ DE BOA FÉ E NÃO TEM COMO DESFAZER A CONSTRUÇÃO:
 └ fica com a área invadida + indeniza (indenização = o valor da desvalorização da área invadida + o valor da área invadida)
2ª) SE O INDIVÍDUO QUE CONSTRUIU ESTÁ DE MÁ FÉ:
 └ fica com a área invadida + indenização que seria pago caso tivesse de boa-fé, vezes 10x o valor
B. PROPORÇÃO SUPERIOR A VIGÉSIMA PARTE
1º) SE O INDIVÍDUO QUE CONSTRUIU ESTÁ DE BOA FÉ:
 └ responde por perdas e danos = o valor da área invadida + a desvalorização do terreno do vizinho + valorização do seu terreno.
2ª) SE O INDIVÍDUO QUE CONSTRUIU ESTÁ DE MÁ FÉ:
 └ ele é obrigado a desfazer o que tiver sido feito + eventuais perdas e danos em dobro
· AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE MÓVEL
∟ USUCAPIÃO (ARTS. 1260 A 1262)
SÃO OS MESMOS REQUISITOS GERAIS DE AQUISIÇÃO POR USUCAPIÃO DE PROPRIEDADE IMÓVEL = POSSE CONTÍNUA E INCONTESTADA, TEMPO MÍNIMO, COISA DISPONÍVEL E ANIMUS DOMINI.
ESPÉCIES:
1. ORDINÁRIO
└ precisa de justo título
└ boa fé
└ prazo de 3 anos
2. EXTRAORDINÁRIO
└ independe de justo título
└ independe de boa fé
└ prazo de 5 anos
· OCUPAÇÃO (ART. 1263)
Art. 1.263. Quem se assenhorear de coisa sem dono para logo lhe adquire a propriedade, não sendo essa ocupação defesa por lei. (res nullius = coisa sem dono, p. ex, concha; res derectae = coisa abandonada, p ex, algo que foi jogado fora, um animal que ninguém tenha pegado ainda;)
É a prática do fato jurídico [quando a pessoa faz algo voluntariamente que implica em implicações legais, mesmo ela não tendo esse animus]
Quando pego a coisa para meu campo de domínio, me tornando proprietário
Esse tipo não depende do animus do indivíduo, basta pegar; exercer o “senhorio” sobre a coisa que já vira o dono
∟ ACHADO DE TESOURO (ARTS. 1264 A 1266)
[“tesouro” = qualquer coisa de valor; que tenha um valor agregado alto, mas não se tem mais memória de quem pode ser o dono desse tesouro]
HIPÓTESES:
1º) VOCÊ É O DONO DA PROPRIEDADE E ACHOU O TESOURO DENTRO DA SUA PROPRIEDADE
 └ então você é o dono do tesouro
2ª) SE QUEM LOCALIZOU O TESOURO FOI QUEM ESTAVA NA SUA PROPRIEDADE COM SUA AUTORIZAÇÃO
 └ vai ter que ser dividido meio a meio o valor do tesouro
3º) VOCÊ É O DONO DA PROPRIEDADE E SABE QUE PODE TER UM TESOURO LÁ, ENTÃO MANDA UMA PESSOA ENCONTRÁ-LO
 └ vai ser de acordo com o que foi ajustado entre as partes [ex: pode ter sido ajustado que seria pago apenas pelo serviço, os uma porcentagem sobre o valor do imposto, dentro outras coisas.]
4ª) SE QUEM ENCONTROU O TESOURO FOI UM INVASOR 
 └ ele não tem direito sobre o tesouro, o bem achado vai ser do dono da propriedade
Art. 1.266. Achando-se em terreno aforado, o tesouro será dividido por igual entre o descobridor e o enfiteuta, ou será deste por inteiro quando ele mesmo seja o descobridor.
· TRADIÇÃO [de propriedade de bens móveis] (ART. 1267 E 1268)
É a entrega da própria coisa ou algo que a simbolize
[Mas existe também a tradição da posse, mas aqui está se falando da tradição da propriedade, se o proprietário tiver emprestando ou alugando vai estar fazendo a tradição só da posse]
No momento que ocorre a tradição, quem recebe se torna o proprietário
Quem paga as despesas da tradição, em regra, é o vendedor [como no contrato de compra e venda]
∟ ESPECIFICAÇÃO (ARTS. 1269 A 1271)
Transformar matéria prima alheia em obra de arte [ex: pegar um bloco de madeira e transformar em uma estátua ]
“especificador” = aquele que transforma a matéria prima alheia em obra de arte
HIPÓTESES:
1º) SE TIVER DE BOA-FÉ
 └ fica com a coisa + indenizar o dono do material
2ª) SE TIVER DE MÁ-FÉ
 └ fica com a construção + indeniza o material + paga por eventuais perdas e danos 
∟ CONFUSÃO[1], COMISTÃO[2], ADJUNÇÃO[3] (ARTS. 1272 A 1274) [PROF FALOU QUE NÃO VAI CAIR]
· DIREITO DE VIZINHANÇA (ARTS. 1.277 A 1.313)
∟ CONSIDERAÇÕES GERAIS
Vizinho para o Direito Civil é todo aquele que pode sofrer interferência do mal uso da propriedade pelo outro [ Não é só aquele que está muro a muro; lado a lado,]
∟ USO ANORMAL DA PROPRIEDADE
“Anormal” = “contrário as normas -> todo e qualquer norma no sentido amplo [ex: jurídica, social, bens, costumes]
É o uso nocivo da propriedade de modo a pertubar/prejudicar a saúde, o sossego e a segurança dos vizinhos
Quando falo em interferência de a propriedade de outro, quer dizer que a pessoa está exercendo seu direito de propriedade, mas de forma além; excede seu direito de propriedade
Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.
∟ LIMITES ORDINÁRIOS DE TOLERÂNCIA
A. SAÚDE
B. SOSSEGO
C. SEGURANÇA
Como vai ser analisado essas interferências? R: no limite ordinário de tolerância; como é aceitável em uma situação pelo homem médio
∟TOLERÂNCIA EM RAZÃO DO INTERESSE PÚBLICO
O so nocivo precisa ser tolerado em razão do interesse público, se tiver danos, é indenizável
Pode-se exigir a redução ou eliminação, mesmo que tendo que ser tolerado.
Ex: hospital e escolas barulhentas
∟ DIREITO DE FAZER CESSAR AS INTERFERÊNCIAS
Tem certas atividades que não tem como cessar a interferência, mas tem que ser reduzido ao máximo essa interferência [ex: aplicando técnicas para diminuir/reduzir; sanções, como indenização]
Ex: complexo de tubarão instalar um filtro
∟ PRÉ-OCUPAÇÃO
= pessoa que ocupou o lugar antes e alega isso como justificativa
Não serve de argumento para justificar as interferências
∟ CATEGORIAS DE AÇÕES JUDICIAIS 
1º. AÇÕES INDENIZATÓRIAS
 └ SOBRETUDO AS AÇÕES COMINATÓRIAS: vai ser cominada uma multa, caso a pessoa descumpra
EX: entra com uma ação de obrigação de não fazer ou de fazer, sob pena de multa; caso descumpra, a pessoa terá que pagá-la. 
∟ INDENIZAÇÃO
Qualquer ação é cabível, inclusive cumulada com indenização
∟ ÁRVORES LIMITROFES ( ARTS. 1.282 A 1.284)
São aquelas que fazem a divisão entre propriedades [p ex: cerca viva] 
1. SE ESTIVEREM NA LINHA LIMITROFE: pertencem a ambos os proprietários, então os deveres com o cuidado e etc. . pertence a ambos, como os frutos também, caso dê
2. ÁRVORE NÃO ESTA NA LINHA DIVISÓRIA, MAS PRÓXIMO DO MURO/DIVISÃO, P.EX., E VAI PARA A ÁREA DO VIZINHO
 └ o vizinho, que tem seu terreno invadido, não é dono da árvore, mas pode cortar a parte que está passando para sua área, desde que isso não mate a árvore
 └ o dono da árvore tem que custear as despesas com a limpeza do vizinho 
 └ os frutos que caírem no solo do vizinho, pertencem a ele [caso caia em via pública, pertence ao dono da árvore]
∟ PASSAGEM FORÇADA (ART. 1.285)
Quando imóveis não tem acesso a via pública, nesses casos o vizinho vai ter que deixar que seja feita a passagem pela sua propriedade [ = passagem forçada; o vizinho não pode se opor] , mediante o pagamento de uma indenização, que é paga levando em conta a interferência que isso vai causar no vizinho [pago de uma só vez e uma única vez; gera uma obrigação prop terem; caso o dono venda o imóvel, não vai precisar ser paga outra indenização.] 
Caso a impossibilidade ocorra só em determinados períodos, então a passagem forçada só vai ser nesse período.
∟ PASSAGEM DE CABOS E TUBULAÇÕES [subterrâneos] (ART. 1.286 E 1.287)
É como se fosse a passagem forçada – tópico acima -, mas é para passar os cabos e tubulações para o recebimento de serviços essenciais de saúde pública.
O vizinho é obrigado a deixar passar os cabos e tubulações pela sua propriedade, esse vizinho é indenizado e uma única vez
Às vezes tem o acesso, mas é muito oneroso ou perigoso, por isso precisa fazer passagem na propriedade do vizinho 
O vizinho que o cabo passa na casa dele pode mudar todo o sistema de lugar que foi instalado na passagem, mas para fazer isso ele quem vai ter que custear tudo.
∟ ÁGUAS (ARTS. 1.288 A 1.296)
[Tem que ser interpretado e analisado com base na CF, porque lendo o CC fala que a água é particular, mas isso não existe porque a água é bem da União, o que as pessoas podem fazer é utilizar a água]
”imóvel superior” = de onde vem a água; 
“imóvel inferior” = para onde vai a água 
O VIZINHO SUPERIOR NÃO PODE IMPEDIR QUE OS IMÓVEIS INFERIORES RECEBAM ESSA ÁGUA, tem que deixar que siga naturalmente o curso/fluxo natural
O VIZINHO INFERIOR TAMBÉM NÃO PODE FAZER UMA BARRAGEM QUE VAI INUNDAR O VIZINHO SUPERIOR
ART. 1.291 [esse artigo é inconstitucional pela doutrina.]
∟ esse artigo diz, basicamente, que o vizinho não pode poluir a água que satisfaz as necessidades vitais do vizinho, mas, se poluir a água, vai ter que recuperar a água e indenizar; se não der para “tirar” a poluição, vai ter que desviar a água poluída. 
∟ LIMITES ENTRE PRÉDIO E DIREITO DE TAPAGEM (ART. 1.297 E 1.298)
O proprietário tem o direito de cercar/murar seu terreno dividindo as despesas com seu vizinho (1297), este direito chama-se de direito de tapagem e o muro pertencerá a ambos em condomínio forçado.
Para separar as casas dos vizinhos: pode ser por muro, cerca viva, vala, tatume e etc. . e quem custeia essas coisas são ambos os vizinhos – obrigação de ambos. [se algum dos vizinhos não quiser fazer, pode entrar com uma ação judicial obrigando a custear também]
Presume-se que essa separação é de ambos os vizinhos, se está na linha divisória [PRESUNÇÃO RELATIVA]
Cada vizinho pode utilizar meia espessura do muro (só se o vizinho tiver concorrido para o custeio do muro)
Se o vizinho quer mudar o tipo de “muro”, ele vai ter que custear isso.
∟ DIREITO DE CONSTRUIR ( ARTS. 1299 A 1.313)
ESSAS REGRAS NÃO SE APLICAM DENTRO DE UM CONDOMÍNIO EDILÍCIO
A liberdade de construir está limitada àquilo que consta nos regimentos e leis administrativas 
Por exemplo, para construir ou abrir uma janela ou varanda virada para casa de um vizinho tem ser respeitado a distância de 1,5 metros [isso é o mínimo que o CC está preocupado, mas a lei municipal pode determinar um espaço maior]
EM RELAÇÃO ÀS OBRAS QUE NÃO RESPEITAM O REGULAMENTO [OBRAS IRREGULARES], PODE SER AJUIZADA DUAS AÇÕES:
1. NUNCIAÇÃO DE OBRA NOVA
└ é feito durante o curso da obra, com o objetivo de embargar/impedir uma obra que está em curso
└ se for constatada irregularidade, vai ser desfeito o que estava irregular
 2. AÇÃO DEMOLITÓRIA
└ quando a obra já está pronta, 
└ o proprietário que está se sentindo prejudicado com a obra do vizinho tem o prazo de 1 ano e 1 dia - a partir de quando terminou a construção – para exigir a demolição da obra
· CONDOMÍNIO GERAL
∟ DISPOSIÇÕES GERAIS
É quando mais de uma pessoa exerce a propriedade que recai sobre a coisa móvel ou imóvel [“a coisa” = condomínio] 
 ex: condomínios de carros, helicópteros
NÃO NECESSARIAMENTE SÃO PRÉDIOS, ESTES SÃO CHAMADOS DE CONDOMÍNIOS EDILÍCIOS, QUE É UMA ESPÉCIE DE CONDOMÍNIO COM REGRAS PRÓPRIAS 
∟ NATUREZA JURÍDICA
 - TEORIAS: 
A. PROPRIEDADE INTEGRAL {essa que o CC usa}
 └ a propriedade é um direito único e exclusivo e, no caso de condomínio, esse direito de propriedade tem +1 titular, sendo que cada condômino tem o mesmo direito de propriedade, por isso que o uso de um não afasta o uso do outro
 └ a fração ideal que cada um colaborou não influência no direito do uso da coisa, porque a propriedade é uma só, exercida por mais de 1 pessoa
B. PROPRIEDADES PLÚRIMAS PARCIAIS 
 └ diz que cada proprietário tem um direito de propriedade próprio
 └ e o valor que a pessoa pagou influência no uso
C. PESSOA JURÍDICA COLEGIADA 
 └ aqui fala que o condomínio é uma pessoa jurídica, porque o condomínio é uma pessoa própria, diferente da pessoa dos condôminos, e estes serão seus assosiados.
 [o problema dessa teoria é que apesar de o condomínio ter CNPJ, isso não quer dizer que o condomínio é uma pessoa jurídica; o condomínio é um coletivo de condôminos.]
D. MODALIDADE ESPECIAL DE PROPRIEDADE
   └ fala que o condômino - que é uma disposição específica e pronta – tem natureza própria; regras próprias, então, de nada adianta tentar explicá-lo sobre a lógica de propriedade comum
∟ CLASSIFICAÇÃO
1. QUANTO À ORIGEM:
A. CONVENCIONAL
└ decorre de acordo das partes em comprar o condomínio 
B. ACIDENTAL
└ o condomínio se forma sem a vontade das partes [ex: sucessão hereditária do espólio]
2. QUANTO À ABRANGÊNCIA
A. UNIVERSAL
└ o condomínio recai sobre a coisa toda
 EX: empresários que compram um helicóptero juntos
B. PARTICULAR
└ condomínios que se formam sobre áreas específicas; recai sobre parte da coisa
 EX: condomínio edilício 
3. QUANTO AO MODO DE EXERCERA
 B 
 C
A
 B 
 C
PRO INDIVISO
PRO DIVISO
A. “PRO DIVISO”
└ embora seja de propriedade de várias pessoas, cada proprietário ocupa área específica
└ quando é DE FATO dividido o terreno que pertence a todos
└ apenas de fato, não no registro
└ PODE ALIENAR SUA PARTE SEM CONSENTIMENTO/DIREITO DE PREFERÊNCIA DOS OUTROS CONDÔMINOS
└ PODE ENTRAR COM USUCAPIÃO ENTRE ELES
└ PODEM ENTRARCOM AÇÃO REIVINDICATÓRIA
└ PODEM ENTRAR COM AÇÃO DE REITEGRAÇÃO DE POSSE
na AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE a pessoa tem a posse, mas é privado dela (seja por invasão de terra ou qualquer outro meio). Assim, a saída é ingressar com uma ação de reintegração de posse visando que o invasor seja desalojado do local.
No caso da AÇÃO REIVINDICATÓRIA, por sua vez, a pessoa tem o título de propriedade, mas não a posse, que está sendo exercida por outra pessoa.
 B. “PRO INDIVISO”
 └ o uso é exercido de forma inteira; sobre todos os bens; todos os proprietários usam o terreno; todos exercem todos os poderes
└ NÃO CABE USUCAPIÃO ENTRE OS CONDÔMINOS E NEM ALIENAÇÃO SEM CONSENTIMENTO [os condôminos tem que dar preferência aos outros condôminos na venda do seu terreno, se não der essa preferência, os condôminos podem pedir a anulação da venda em até 180 dias. (art. 504CC).]
 └ os condôminos tem preferencia sobre 3º
└ Os condôminos tem responsabilidade solidária
└ PODEM ENTRAR COM AÇÃO REIVINDICATÓRIA
· CONDOMÍNIO EDILÍCIO
∟ DEFINIÇÃO (ART. 1.331)
= um condomínio – ou seja, vários titulares do direito de propriedade – sendo que,há áreas dentro da propriedade que são de titularidade comum dos condôminos e outras privadas/exclusivas [é a visão de prédio cheio de apartamentos ou condomínios de casas]
∟ TUTELA JURÍDICA
A. INTERNA
└ regulamentado internamente pela convenção de condomínio ( = contrato que estimula deveres e direitos entre os proprietários)
B. EXTERNA
└ externamente é regulamentado pelo CC – que tem as regras que devem ser seguidas
└ a interna não pode ser contrária a essa
∟ PARTES SUSCETÍVEIS DE UTILIZAÇÃO INDEPENDENTE (ART. 1.331 §1º) + 1.338
As partes suscetíveis de utilização independente, tais como apartamentos, escritórios, salas, lojas e sobrelojas, com as respectivas frações ideais no solo e nas outras partes comuns, sujeitam-se a propriedade exclusiva, podendo ser alienadas e gravadas livremente por seus proprietários
└ EXCETO OS ABRIGOS PARA VEÍCULOS: que não poderão ser alienados ou alugados a pessoas estranhas ao condomínio, salvo autorização expressa na convenção de condomínio. [resolvendo o condômino alugar área no abrigo para veículos, preferir-se-á, em condições iguais, qualquer dos condôminos a estranhos, e, entre todos, os possuidores.]
PARA EMPRESTAR VAGA DE GARAGEM NÃO PRECISA DE AUTORIZAÇÃO
O §1º fala quais são as áreas privativas dentro de uma construção; as áreas que não são comuns [ex: vagas de garagem, sobreloja], cada uma dessas áreas tem o proprietário exclusivo/privado, sendo que, essas áreas podem ser usadas livremente pelo proprietário desde que respeitado as funções da propriedade; os poderes para a propriedade privada são plenos, sem precisar de autorização
 EXCETO: VAGAS DE GARAGEM
 └ não pode ser vendida ou alugada para 3º sem a autorização do condomínio [ = de todos os moradores]
 └ essa proibição ou regulamentação pode estar nas regras internas do condomínio 
 └ se um amigo quiser ele pode parar na minha vaga de garagem 
 └ ESSA RESTRIÇÃO NÃO É PARA O RESTO [EX: ESCRITÓRIO, SOBRELOJA], PODENDO ALUGAR OU VENDER ESSAS COISAS SEM O DIREITO DE PREFERÊNCIA 
OBS’S: EM RELAÇÃO À PROPRIEDADE PRIVADA, OS CONDÔMINOS TEM ACESSO/EXERCÍCIO LIVRE, SENDO QUE, O CONDOMÍNIO SÓ PODE LIMITAR ESSA PROPRIEDADE SE EU NÃO ESTIVER EXERCENDO-A DE ACORDO COM A FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE
 └ ex: as cláusulas de condomínio que proíbem animais de estimação na área privada – não comum – é nula [desde que o animal seja compatível com a propriedade urbana; não pode ser uma vaca, por ex. .]
TEM QUE SE ATENTAR PARA O ABUSO DE DIREITO
 └ EX: ter 20 cachorros em casa, já é abuso de direito
∟ PARTES DE UTILIZAÇÃO COMUM (ART. 1.331 §2º)
§ 2o O solo, a estrutura do prédio, o telhado, a rede geral de distribuição de água, esgoto, gás e eletricidade, a calefação e refrigeração centrais, e as demais partes comuns, inclusive o acesso ao logradouro público, são utilizados em comum pelos condôminos, não podendo ser alienados separadamente, ou divididos.
SAÚDE: se afeta a saúde por negligência do dono, no cuidado do animal, por ex. .
SOSSEGO: os latidos, em determinados casos.
SEGURANÇA: animais mais perigosos te que circular com a guia; focinheira
 └ TODOS ESSES REQUISITOS EM RELAÇÃO AOS VIZINHOS 
∟ FRAÇÃO IDEAL (ART. 1.331 §3º)
= o quanto a propriedade representa proporcionalmente em relação ao todo/solo [Dentro da estrutura de solo/terreno, qual o nº que aquela unidade ocupa? Qual aquela proporção em relação ao solo?]
 A REGRA DO CC: as despesas do condomínio são divididas de forma proporcional com a fração ideal, MAS, nas regras do condomínio podem definir que seja igual as despesas para todos, isso não é ilegal
As areas comuns do condomínio são mantidas financeiramente pelos próprios condôminos, no entanto, a forma dessa partilha varia de acordo com a Convenção de cada condomínio, podendo seguir o que o CC diz ou decidir dividir de modo igualitário.
∟ ACESSO A LOGRADOURO PÚBLICO (ART. 1.331 §4º)
Todas as unidades tem que estar conectadas ao acesso à via pública 
 └ toda a área de conexão – ex: rol de entrada, elevador e etc. – são áreas de transitação, então tem que transportar os animais na guia ou na coleira
 └ não pode ter regra falando que o animal só pode se locomover pela escada ou no colo, berço -> essa clausula é nula, a proibição só pode vir pela lei, não por acordo de vontades
TEM QUE LEVAR EM CONTA A SAÚDE, O SOSSEGO E A SEGURANÇA PARA SABER SE O ANIMAL PODE OU NÃO
[O animal é compatível com a propriedade privada, não com a área comum de laser; 
Pode exigir que só se use o elevador de serviço ou que só saia na entrada da garagem]
∟ TERRAÇO E COBERTURA(ART. 1.331 §5º)
A regra é que são áreas comuns, mas as regras de condomínio podem limitar como sendo privada.
§ 5o O terraço de cobertura é parte comum, salvo disposição contrária da escritura de constituição do condomínio
∟ INSTITUIÇÃO DO CONDOMÍNIO EDILÍCIO (ART. 1.332)
- CONTEÚDO
Art. 1.332. Institui-se o condomínio edilício por ato entre vivos ou testamento, registrado no Cartório de Registro de Imóveis, devendo constar daquele ato, além do disposto em lei especial:
I - a discriminação e individualização das unidades de propriedade exclusiva, estremadas uma das outras e das partes comuns;
II - a determinação da fração ideal atribuída a cada unidade, relativamente ao terreno e partes comuns;
III - o fim a que as unidades se destinam.
Para o condomínio edilício existir ele tem que ser criado, para isso é feito o
 1: ATO DE INSTITUIÇÃO, que fala a finalidade para que serve esse condomínio, a individualização da propriedade e a fração delas.
 └ o ato de instituição tem que ser levado a REGISTRO NO CARTÓRIO IMOBILIÁRIO.
Depois desse registro tem que ser feito a 
2: CONVENÇÃO DE CONDOMÍNIO = conjunto de regras que comporta por direitos e deveres condominiais
3: REGIMENTO/REGULARMENTO INTERNO: são regras menores dentro do condomínio normalmete votadas para a administração do condomínio; são criadas pelo sindico e aprovadas pelos condôminos
∟ CONVENÇÃO DE CONDOMÍNIO (ARTS. 1.333 E 1.334)
A convenção é um ato de vontade, então não pode ser acima da lei
Tem que ser feita a previsão dos valores e o modo de pagamento
 └ EX: o comum é que seja mensal o pagamento
Um acordo de vontade que vai regulamentar entre os condôminos direitos e obrigações;[a convenção é um estatuto onde coloca os direitos e deveres entre os condôminos]
 └ MAS, a convenção pode ter clausulas nulas se contrariar a lei 
- APROVAÇÃO E MUDANÇA NA CONVENÇÃO 
 É aprovado pelos condôminos de, No mín., 2/3 das frações ideais (condôminos)
∟ OBRIGATORIEDADE 
DEPOIS DE APROVADA A CONVENÇÃO, ELA PASSA A SER OBRIGATÓRIA; FAZ REGRA ENTRE OS CONDÔMINOS ATUAIS E FUTUROS
∟ REGISTRO – EFEITO ERGA OMNES
A convenção não precisa ser registrada no C.I, mas, enquanto não for registrada, não gerará efeitos erga omnes, sendo válida somente para quem participou dela
∟ QUOTA E MODO DE PAGAMENTO
- DESPESAS:A. ORDINÁRIAS
 └ são as comuns do dia a dia [EX: água, troca da lâmpada ]
B. EXTRAORDINÁRIAS 
 └ são as eventuais que vão depender da assembleia por quórum específico de aprovação [EX: troca de pastilha, reforma]
∟ ADMINISTRAÇÃO
Pode ser exercida pelo sindico, um condomínio, uma pessoa de fora ou uma pessoa jurídica própria para isso.
Tem que dizer na convenção qual o encargo do sindico, o que ele recebe exercendo isso, 
 └ o sindico é eleito para ser gestor por, no máximo, 2 anos 
 └ ele pode se recandidatar quantas vezes desejar; não tem limite
 └ acabado o prazo tem que ter uma assembleia para votar no novo candidato – que pode ser o mesmo, inclusive.
∟ ASSEMBLÉIAS 
São reuniões periódicas para deliberar assuntos dos condôminos que não respeitaram as regras
∟ SANÇÕES
Há sanções para punir os condôminos que não respeitaram as regras 
3. REGIMENTO INTERNO
É APROVADO PELA MAIORIA SIMPLES, MAS PARA MODIFICAR PRECISA DO QUÓRUM DE 2/3 
A convenção estabelece os direitos e deveres, já o regimento interno regulamenta como são usadas as áreas comuns 
∟ DIREITOS DOS CONDÔMINOS (ART. 1.335)
A. EXERCER LIVREMENTE A PROPRIEDADE PRIVADA
Desde que exerça de forma de acordo com a função social, destinação do condomínio 
A única limitação é sobre a vaga de garagem (art. 1.331 §1º)
A VONTADE DE UM GRUPO NÃO PODE PREVALECER SOBRE A LEI, POR ISSO QUE AS REGRAS PROIBITIVAS; QUE LIMITAM A LIBERDADE DO INDIVÍDUO EM ÁREAS PRIVADAS PODE SER NULA.
B. USAR AS ÁREAS COMUNS
É o direito de uso de todos os condôminos 
C. VOTAR E PARTICIPAR DAS ASSEMBLÉIAS 
Assembleia é como se fosse uma reunião de condomínio 
No texto da lei fala que não pode votar nem participar das reuniões o condômino que não esteja em dia com o pagamento do condomínio [Esse dispositivo tem que ser lido com cautela, porque na prática o inadimplente pode não votar, mas ele participa das reuniões e opina, já que quando ele tiver adimplido com as obrigações atrasadas ele vai votar e precisa estar a par das decisões e assuntos das reuniões]; [Se uma questão de marcar X versar sobre isso, geralmente tem que marcar conforme o que está no artigo do CC, mas em uma questão aberta pode falar que o condomínio inadimplente poderia participar – mas o voto não seria computado – porque depois ele ficaria adimplente e tem que saber o que está sendo discutido e decidido.] 
∟ DEVERES DOS CONDÔMINOS (ART. 1.336)
A. CONTRIBUIR COM AS DESPESAS
As despesas do condomínio são rateadas entre os condôminos da forma que ficar especificado na convenção, em regra, leva em conta a fração ideal
B. NÃO REALIZAR OBRAS QUE COMPROMETAM A SEGURANÇA
Refere-se as obras de natureza estrutural; aquelas que de alguma forma vai afetar a estrutura existente
C. NÃO ALTERAR FORMA E COR DA FACHADA E ESQUADRIAS EXTERNAS
D. RESPEITAR A DESTINAÇÃO DA EDIFICAÇÃO E SAÚDE, SOSSEGO, SEGURANÇA E BONS COSTUMES
 “bons costumes”
 └ tem que ser interpretado de forma casuística 
 └ aquilo que de certa forma atinge o valor geral
∟ SANÇÕES
Quando não respeitado os deveres, são aplicadas essas sanções:
A. INADIMPLÊNCIA (ART. 1.336 §1º)
Vai trazer um determinado tipo de sanção = juros moratórios convencionais, ou, não sendo previsto, juros de 1% ao mês (o máximo) + multa de até 2% sobre o débito 
B. DESRESPEITO AOS DEVERES (ART. 1.336 §2º)
Os deveres do inciso II ao IV[os de construção + bons constumes]
Pode ter multa específica que pode ser fixada na multa de condomínio, podendo ser até 5x o valor da despesa de condomínio. 
Se não tiver na convenção: vai ser criada uma assembleia para que se delibere e aprove essa multa [para assembleia tem que ter a aprovação de 2/3 dos condôminos]
C. DESCUMPRIMENTO REITERADO (ART. 1.337)
Constantemente o indivíduo pratica a violação dos deveres
Se não tiver previsto na convenção pode ser convocada uma assembleia extraordinária para decidir o valor da multa, tem que ter no mínimo o quórum – sempre é o total dos condôminos, não só dos presentes - de ¾ dos condôminos para a aprovação do valor, que pode chegar até 5x o valor do ato condominial
D. REITERADO COMPORTAMENTO ANTI-SOCIAL (ART. 1.337 §ÚNICO)
O comportamento “anti social” pode ser interpretado de várias coisas; “gerar incompatibilidade de convivência com os demais condôminos ou possuidores”
A mesma regra de cima do quórum, sendo que o máximo, aqui, é de 10x o valor cas cotas condominiais.
∟ PARTES ACESSÓRIAS (ART. 1339)
Não pode desmembrar do condomínio as partes acessórias
 └ EX: box de garagem 
Nas situações que a vaga de garagem é uma extensão do condomínio, não tem como vender nem nada
ART. 1338: a vaga da garagem
 └ tem que ler esse artigo em conjunto com o art 1331 §1º
 └ se o condomínio autorizar a venda para o 3º, tem que ser respeitado o direito de preferência 
∟ DESPESAS RELATIVAS À ÁREA COMUM DE USO EXCLUSIVO (ART. 1.340)
Esse artigo fala que se alguém tiver uso exclusivo de uma área que é comum do condomínio tem que pagar as despesas dessa área, não importa que o condômino não foi avisado sobre essa área quando comprou/ alugou o imóvel
∟ REALIZAÇÃO DE OBRAS (ART. 1341)
Realização pelo condomínio, visando segurar o interesse dos condôminos, precisa respeitar os quóruns mínimos estabelecidos por lei e, por isso, não podem ser alterados.
- SE VOLUPTUÁRIAS [apenas para o prazer dos condôminos [= “obras em áreas comuns para acréscimos]
Essas obras precisam de quórum mínimo de aprovação de 2/3 da totalidade dos condôminos.
- SE ÚTEIS [EX: instalação de câmera de vigilância, cerca elétrica]
Aprovação pela maioria absoluta dos condôminos 
- NECESSÁRIAS 
Podem ser realizadas independente de aprovação prévia, porque são obras necessárias
Mas se essas benfeitorias forem causar alto custo e forem urgentes, o sindico vai ter que marcar uma assembleia só para informar os condôminos disso [não precisa de aprovação dos condôminos, é só para informa-los] mas, não sendo urgentes e importarem em despesa excessiva, precisa de autorização da assembleia.
- OBRAS NECESSÁRIAS REALIZADAS PELO CONDÔMINO
Se o condomínio não fizer uma obra necessária, o condômino pode fazer diante da omissão do condomínio e depois ser reembolsado por isso, podendo abater nas despesas do condomínio 
- CONSTRUÇÃO DE OUTRO PAVIMENTO
Tem que ter a aprovação unânime, ou seja, de todos 
EX: construir outra torre, pavimento, mudar a destinação – ex: de comercial para residencial.
∟ TERRAÇO DE COBERTURA 
Se o terraço for área comum as despesas são de todos os condôminos, mas se for exclusivo, só o proprietário dessa área privada que custeia as despesas.
Essa área tem que ser conservada de modo que não haja danos às unidades imobiliárias vizinhas
∟ DÉBITOS DE CONDOMÍNIO (ART. 1345)
Passa com a coisa; são obrigações prop ter em = são débitos vinculados a coisa 
Esses débitos respondem tanto os proprietários quanto os possuidores, tendo responsabilidade solidária.
∟ SEGURO (ART 1346)
Todo condomínio tem que ter, sendo a responsabilidade é do sindico para contratar
EX: seguro de proteção, de incêndio e etc. .
∟ ADMINISTRAÇÃO DO CONDOMÍNIO (ART. 1341 A 1356)
- ESCOLHA DO SÍNDICO 
A adm. Gira em torno dele
Pode ser uma pessoa jurídica ou pessoa física 
Os condôminos que escolhem quem será o síndico em uma assembleia com esse objetiva 
PRECISA DE APROVAÇÃO EM UMA ASSEMBLEIA:
 ∟ não precisa de quórum mínimo 
 ∟ vai ser a maioria simples dos que estiverem nessa assembleia
O sindico fica no prazo máximo de 2 anos 
- COMPETÊNCIAS DO SINDICO [em geral, são atos de gestão]
a) CONVOCAR ASSEMBLÉIAS 
Se o síndico não convocar, no min. ¼ dos condôminos podem fazer
b) REPRESENTAR OS CONDÔMINOS 
Tanto judicial quanto extrajudicial
c) ATOS DE GESTÃO
É competência do síndico 
Mas o condomínio pode contratar uma empresa para ajudar o sindico 
-ESCOLHA DE OUTRA PESSOA COM PODERES DE REPRESENTAÇÃO 
Como para exercer os atos de gestora ou para ser sindico ou para ajudar o sindico 
- DESTITUIÇÃO DO SINDICO 
Com voto da maioria absoluta dos condôminos para destituí-lo
- ASSEMBLÉIA ANUAL
Tem que ter uma assembleia anual todoano para falar das contas dos condomínios; intuito de prestação de conta anual
É uma prestação de contas do ano que passou e uma previsão orçamentária do ano seguinte
- ASSEMBLÉIAS:
Quando estiver diante de uma assembleia que precisa de um quórum mínimo = só precisa de uma convocação [não faz a 2º]
Quando não tiver nº mínimo para a aprovação [quando for sempre por maioria simples] = então vai ter a regra da 2ª e 3ª convocação.
i. 1ª CONVOCAÇÃO
A 1ª eu marco para determinado dia a reunião e ela só vai acontecer se tiver mais da metade da totalidade de condôminos/fração ideal
Se não tiver o nº suficiente para começar a assembleia na 1ª convocação, marco uma segunda, que é a 2ª convocação 
ii. 2ª CONVOCAÇÃO
Quando o assunto for por votação de maioria simples e a 1ª convocação não ocorrer por falta do quórum, pode ser feita a 2º convocação, onde vai ser realizada a votação com o nª de pessoas que estiver presente, não precisa de um nº mínimo
- PROPORÇÃO DOS VOTOS
Os votos são computados pelo nº de fração ideal; fração do terreno, ou seja, quem tem mais terreno, tem mais voto
A regra da lei é pela fração ideal, mas na convenção pode decidir que o voto vai ser por unidade 
- ASSEMBLÉIA ORDINÁRIA 
Para debater assuntos do dia a dia 
- ASSEMBLÉIA EXTRAORDINÁRIA 
Que exigirem um quórum mínimo de aprovação
Pode ser convocada pelo síndico ou 1/4 dos condôminos 
· CONDOMÍNIO DE LOTES (ART 1358-A)
EX: alfaville
Chama de propriedade exclusiva o lote do indivíduo e as comuns que pertencem a todos
· EXTINÇÃO DO CONDOMÍNIO (1.320 a 1.322 CC) 
SÓ PARA O CONDOMÍNIO GERAL 
[regras para o condomínio pro indiviso -> quando todos exercem a propriedade e posse, sobretudo].
A. O CONDOMÍNIO PODE FAZER UMA OFERTA AOS DEMAIS CONDÔMINOS DE VENDER SUA PARTE, se nenhum deles quiser, então ele pode vender para 3º a parte dele
 ∟ se mais de um condômino quiser comprar: vai se ter direito [1]: o que tiver mais benfeitorias realizadas na coisa, se não tiver nenhum que tenha feito isso, [2]: vai ser para quem tem a maior fração/quinhão; se também não tiver ninguém com isso, [3]: todos tem que comprar, senão vai para a venda judicial.
Art. 1.322. Quando a coisa for indivisível, e os consortes não quiserem adjudicá-la a um só, indenizando os outros, será vendida e repartido o apurado, preferindo-se, na venda, em condições iguais de oferta, o condômino ao estranho, e entre os condôminos aquele que tiver na coisa benfeitorias mais valiosas, e, não as havendo, o de quinhão maior.
Parágrafo único. Se nenhum dos condôminos tem benfeitorias na coisa comum e participam todos do condomínio em partes iguais, realizar-se-á licitação entre estranhos e, antes de adjudicada a coisa àquele que ofereceu maior lanço, proceder-se-á à licitação entre os condôminos, a fim de que a coisa seja adjudicada a quem afinal oferecer melhor lanço, preferindo, em condições iguais, o condômino ao estranho.
- DIVISÃO DO CONDOMÍNIO GERAL
 I. FORMAS
As partes podem acordar que, durante um período depois da instituição do condomínio – por prazo não superior a 5 anos – o condomínio fique indivisível.
 ∟ isso pode ser renovado quantas vezes quiser, desde que não seja ultrapassado o prazo de 5 anos
 ∟ essa indivisibilidade pode ser feita no testamento também 
Art. 1.320. A todo tempo será lícito ao condômino exigir a divisão da coisa comum, respondendo o quinhão de cada um pela sua parte nas despesas da divisão.
§ 1o Podem os condôminos acordar que fique indivisa a coisa comum por prazo não maior de cinco anos, suscetível de prorrogação ulterior.
§ 2o Não poderá exceder de cinco anos a indivisão estabelecida pelo doador ou pelo testador.
§ 3o A requerimento de qualquer interessado e se graves razões o aconselharem, pode o juiz determinar a divisão da coisa comum antes do prazo.
Art. 1.321. Aplicam-se à divisão do condomínio, no que couber, as regras de partilha de herança (arts. 2.013 a 2.022).

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