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Eficiência energetiica em edificações editado(10_06) (2) (1)

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NATAN LEANDRO
GEOVANE E IVAN DE SOUSA
LEANDRO GABRIEL ANDRÉ
GUILHERME IGOR PEREIRA
EFICIÊNCIA ENERGÉTICA 
EM 
EDIFICAÇÕES
FLORIANÓPOLIS, MAIO DE 2018
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E 
TECNOLÓGICA DE SANTA CATARINA
DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE ELETROTÉCNICA
CURSO SUPERIOR DE SISTEMA DE ENERGIA
NATAN LEANDRO
GEOVANE IVAN DE SOUSA
LEANDRO GABRIEL ANDRÉ
GUILHERME IGOR PEREIRA
EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM EDIFICAÇÕES
Agradecimento
Projeto de Pesquisa submetido ao Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina como parte dos requisitos para obtenção de
Professor Orientador:
Professor Co-orientador:
sumário 
1. Introdução	5
1.1. DEFINIÇÃO DO PROBLEMA	5
1.2. Justificativa	5
1.3. Objetivo geral	5
1.4. Objetivos específicos	5
1.5. Metodologia	5
2. Desenvolvimento	6
2.1. Certificações	6
2.1.1. Certificações Nacionais	6
2.1.2. CERTIFICAÇÕES INTERNACIONAIS	6
2.2. Novas construções eficiência energética em edificações	7
2.3. Retrofit das edificações	10
2.3.1. Retrofit de climatização e sistema mecânico	11
2.3.2. Alternativas para o retrofit em ar condicionado	12
2.3.3. Retrofit de instalacões mecânicas	13
2.3.4. Retrofit iluminação e instalações elétricas	14
2.3.5. Retrofit em Instalações elétricas	15
2.3.6. Retrofit fachadas	16
2.4. Os meios de se beneficiar com a eficiência energética em edificações	18
lista de ilustrações 
Ilustração 1: Exemplo de etiqueta para edificação comercial, de serviço e pública 	9
Ilustração 2: Exemplos de etiquetas de edificações residenciais	10
lista de tabelas 
texto
Introdução 
DEFINIÇÃO DO PROBLEMA
Justificativa 
Objetivo geral
Com o grande crescimento das cidades e populações presentes nela começou a se ter a falta de espaço para construções de pequeno porte, obrigando o direcionamento do investimento em construções verticais (edifícios). Desse modo a demanda do consumo de energia também teve um aumento substancial.
	Por isso a preocupação com a eficiência energética em edificações, começou a ganhar vários adeptos ao assunto, o que possibilitou uma maior abrangência em torno do estudo sobre o mesmo, e tem como base a inovação e ampliação de investimentos na área como o principal meio de se modificar a situação atual, com isso descobrir meios de conciliar a construção civil a inovação tecnológica, não só de materiais efetivamente elétrico, mas também materiais utilizados do início até o fim da construção.
Hoje em dia possuímos meios de economizar energia de forma eficiente e sem causar danos a mais severos ao meio ambiente, utilizando os meios naturais como uma fonte renovável a fim diminuir o gasto e consumo. 
Segundo algumas fontes governo por sua vez criou incentivos a construções eficientes que possuem um cuidado com a utilização desnecessária, e que possibilita reutilização. Esses incentivos são os chamados selos verdes, que deixa o empreendimento muito bem-conceituado e com preço de mercado alto para a venda, também deixa possibilidade das construtoras de receber prêmios e ter maior conceito no âmbito de construções verticais (edifícios).
Objetivos específicos 
Metodologia 
Desenvolvimento
Certificações 
Certificações Nacionais
	Procel Edifica: Criado em 2003, esse programa visa aumentar a conservação e o uso adequado dos recursos naturais, reduzindo os impactos ambientais. Sua atuação é dividida em 6 ações: Capacitação, tecnologia, disseminação, regulamentação, habitação e eficiência energética e planejamento. Os selos são emitidos após a avaliação de empresas credenciadas pelo INMETRO e especialistas em eficiência energética.
	Selo Casa Azul: Ministrada pela Caixa Econômica Federal, o selo pode ser adquirido pelas construtoras, incorporados e associações que financiam as construções habitacionais.
	Etiqueta PBE Edifica: Desenvolvida em parceria entre INMETRO e Eletrobras. O PBE é formado por 38 programas de avaliação de conformidade, contemplando produtos de linha branca e as edificações em si.
CERTIFICAÇÕES INTERNACIONAIS
Selo LEED (Energy and Environmental Design): Presente em 160 países, seu principal objetivo é incentivar a construção de edificações voltadas para sustentabilidade. Os benefícios para a edificação que obtém o certificado são econômicos, sociais e ambientais. - Entidade GREEN (Green Building Council): Entidade responsável por entregar as certificações no Brasil, sugerindo a adoção de práticas sustentáveis em todo processo construtivo.
Novas construções eficiência energética em edificações 
Apesar do que muitos pensam, nos dias de hoje o mundo da construção civil se vê obrigado a preocupar-se com a sustentabilidade, isso por que os que compram esse tipo de construção, estão cada vez mais preocupados com o futuro.
Tendo o futuro como incerto, se o uso desenfreado de meios naturais não for parado ou reduzido de forma rápida e concreta. Essa situação levou algumas organizações nacionais e internacionais a encontrar algum meio de reduzir o consumo que acontece de maneira gradativa no Brasil e no mundo de recursos naturais.
Alguns estudos feitos no Brasil, identificou que o setor de construção civil, utiliza cerca de 44% da energia produzida no país. Deixando os estudiosos e o governo com uma pergunta,´´como poderíamos reduzir esse consumo?``, a resposta a essa pergunta foi clara, o consumidor. Pois quem melhor para procurar, avaliar, comprar e utilizar essas construções. Então surge uma nova pergunta ´´como fazer as empresas que produzem essas construções se adequar ao novo modo de construção?``. Dando a elas um meio de se diferenciar das demais, um selo uma etiqueta de qualidade e bom uso dos meios naturais.
Um meio de aplicar práticas de eficiência energética em edificações se torna um pouco mais complexo do que se pode observar no exemplo doméstico. Afinal, a eficiência energética nas construções não visa somente reduzir o consumo na obra, mas sim aplicar medidas que garantam uso inteligente de energia após a entrega, quando o empreendimento estará habitado e em pleno funcionamento. Medidas que valorizam o imóvel e garantem a sustentabilidade na construção civil. Exemplos:
	Envoltória
com telhado verde, pintura clara e vidros inteligentes, etc…
	Iluminação
Sensores de desligamento automático, energias renováveis (painéis fotovoltaicos, etc…)
	Condicionamento de ar
Ventilação natural, isolamento térmico, e renovação de ar-condicionado.
Para edificações que buscam etiqueta da´´ PROCEL EDIFICA`` (Programa Nacional de Eficiência Energética em Edificações – PROCEL EDIFICA, foi instituído em 2003 pela ELETROBRAS/PROCEL e atua de forma conjunta com os Ministérios de Minas e Energia, o Ministério das Cidades, as universidades, os centros de pesquisa e entidades das áreas governamental, tecnológica, econômica e de desenvolvimento, além do setor da construção civil.), devem receber primeiro da PBE avaliação A.
Figura 1: Exemplo de etiqueta para edificação comercial de serviço e pública
Figura 2: Exemplo de etiqueta para edificações residênciais. 
Figura 3: Etiqueta para áreas de uso comum
Figura 4: Etiqueta para áreas de unidade habitacional autônoma
Retrofit das edificações 
Com o passar dos anos, as edificações vão sofrendo avarias do tempo, se degradando muito. Onde eram construídas nas diretrizes, que nos dias atuais não são mais usuais. Por isso há uma demanda de intervenção nessas edificações, para se reabilitarem aos conceitos atuais, passando primeiramente por uma análise e estudo, e verificando as principais deficiências, assim entrando com uma reforma ou restauração, mais conhecido como retrofit.
O conceito de retrofit (“retro”, do latim, significa movimentar-se para trás e fit, do inglês, adaptação, ajuste) surgiu ao final dos anos 90 nos Estados Unidos e na Europa. Em seguida o conceito ganhou espaço em varios ramos, como o da construção civil, tendo foco atualização de edifícios
. objetivando valorizar antigas edificações, aumentar, a sua vida útil, incorporando os avanços tecnológicos e da utilização de materiais e processos de última geração, a redução de gastos em relação a eficiência energético dos equipamentos mais novos, como iluminação, climatização, ventilação e acústica. 
o conceito de retrofit vem ganhando espaço no mercado brasileiro, uma vez que a necessidade de modernização de edifícios e seus componentes cresce com o passar dos anos. Além de que a preocupação com a sustentabilidade torna relevante o desenvolvimento de metodologias que permitam a avaliação da eficiência dos materiais empregados nos processos de retrofit.
Uma grande vantagem de se aplicar o retrofit é a obtenção da Certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), conforme verificamos no capítulo 2.1.2. A certificação LEED propõe que o edifício economize despesas e recursos, enquanto promove conceitos como sustentabilidade e energia limpa. 
ASPECTOS nos PROCESSOS DE RETROFIT 
Ao tratarmos os aspectos nos processos de retrofit, temos que ter sempre em mente o grau de intervenção que vai ser utilizada, os profissionais envolvidos, os custos e as normas necessárias, os materiais e sua degradação, necessita todo um estudo e uma análise. Portanto, as intervenções a serem empreendidas em uma edificação dependem de suas características com isso foi feita uma classificação de acordo com os trabalhos a serem desenvolvidos.
- Retrofit Rápido: Engloba serviços de recuperação de instalações e revestimentos internos;
- Retrofit Médio: Além dos serviços de intervenção rápida, nesta categoria também entram as intervenções em fachadas e mudanças nos sistemas de instalações da edificação;
- Retrofit Profundo: Nesta categoria, além das atividades anteriores, estão as intervenções em que há mudanças de layout que engloba, desde a compartimentação até a própria estrutura dos telhados; -
Retrofit Excepcional: Esse tipo de intervenção ocorre, principalmente, em edificações históricas ou localizadas em áreas protegidas.
Como este trabalho tem o foco na eficiência energética em edificações vamos tratar dos mais usuais retrofit onde o consumo é maior como: iluminação, elevadores, fachadas, ar condicionado central, sistemas hidráulicos,, automação predial, entre muitos outros tópicos. 
Retrofit de climatização
Para começarmos a falar sobre o retrofit em sistema de climatização vamos observar a figura 1 e vimos que o maior consumidor de energia é o sistema de ar condicionado.
Figura 5: Divisão de consumo energético em uma edificação
Esta modalidade de retrofit se caracteriza principalmente pela busca de redução de consumo de energia que é responsável por consumir 40% a 50% da fatura elétrica das edificações. O uso dos equipamentos de ar-condicionado tem sido cada vez mais constante, modificando características de consumo de energia elétrica, assim trazendo impactos ao sistema elétrico. O princípio do sistema de ar-condicionado não mudou desde sua invenção, porém com os avanços da tecnologia, foram mudando seus componentes, seu rendimento e sua eficiência. Não basta apenas os equipamentos serem eficientes, as edificações são parte importante no condicionamento de ar. 
	Cada edificação possui seu tipo de condicionamento de ar, por isso cada caso deve ser estudado, mas em princípio todos possuem as mesmas deficiências, geralmente são equipamentos já ultrapassados, com durabilidade de vinte anos, por isso deve ser feita atualização destes equipamentos e junto também as instalações sobre todas as centrais de água gelada que podem estar comprometidas. 
	Um dos principais fatores para o maior consumo dos aparelhos antigos é quanto à falta de setorização, que está presente nos equipamentos mais modernos e eficientes e que possibilitam melhor distribuição de temperatura. Com isso, a automação é bastante aplicada, o que garante maior controle sobre os parâmetros de dimensionamento e contribuem tanto para o conforto dos usuários como também na eficiência energética dos aparelhos.
Os chillers, principal equipamento de um sistema de água gelada, necessita de substituição por novos equipamentos disponíveis no mercado, que podem dar um ganho de eficiência superior a 30%. E pode ser ainda maior com o uso de recursos como recuperadores de calor, distribuição de água em volume variável e aumento do diferencial de temperatura da água gelada e outras possibilidades técnicas dependendo a situação do projeto. Assim, a central distribui a cada ambiente uma cota de água para realizar a climatização adequada, que é feita a partir de um condensador refrigerado que contém água ou ar. Desta maneira, os ganhos obtidos variam conforme a solução encontrada e o grau de intervenção, o que gera diminuição de custos não só com energia, mas também com operação e manutenção dos aparelhos.
Alternativas para o retrofit em ar condicionado
Outro mecanismo de retrofit voltado para a climatização é a termoacumulacão, que age diretamente na geração e não na distribuição. Trata-se de um sistema de produção e acumulação de gelo ou água gelada em tanques, permitindo a redução do tamanho do compressor e, consequentemente, do custo inicial do equipamento. O deslocamento de carga para fora do horário de pico, a redução da potência instalada, além do melhor aproveitamento das diferentes modalidades de tarifa para reduzir o custo da energia. A princípio, sua aplicação destinava-se apenas a casos de cargas relativamente grandes, de pequena duração, mas a termoacumulacão também se aplica quando a questão é segurança para garantir duas ou mais horas de funcionamento em caso de falta de energia. Sistemas que têm cargas altas nas horas de ponta, ou seja, os que buscam deslocar estas cargas para as horas fora de ponta, em que as tarifas são menores são o principal alvo desta tecnologia. Por exemplo, os shoppings e os edifícios de escritórios que possuem fator de carga baixo e que disponham de doze horas para acumulação também são bons candidatos. O problema desse sistema é que possui um alto custo inicial de instalação e não são todas as edificações que possuem espaço em suas dependências para seu reservatório.
Retrofit realizado 
O Hotel Sofitel Rio Palace, após 20 anos de funcionamento e manutenção precária teve as instalações do sistema de ar condicionado atualizadas por meio do processo de retrofit. As instalações originais apresentavam vibrações e ruído, isto sem falar na necessidade de redução do consumo de água e de energia elétrica. Infelizmente, não foi possível instalar o sistema de termoacumulacão por não haver espaço físico para a montagem dos tanques de gelo. O processo de retofit térmico começou por um estudo da empresa Datum que calculou em 900 TR a capacidade térmica necessária, ou seja, uma economia de 465 TR em relacão ao sistema original de 1.365 TR. As vibrações foram eliminadas pelo reforço das bases das bombas que receberam amortecedores de mola. Os chillers foram posicionados sobre novas bases de concreto e também ganharam amortecedores, as torres de resfriamento receberam atenuadores de ruído e novos ventiladores. Realizado com o hotel em pleno funcionamento, os chillers originais foram retirados, ficando apenas um, até que os novos equipamentos fossem instalados. (BARRIENTOS, 2004 p.97 ) 
Retrofit de instalações mecânicas 
	Os elevadores também são grandes vilões das contas de eletricidade. O consumo energético tende a ser maior nos edifícios com dois ou mais elevadores, principalmente nos que não possuem indicadores de andares, compelindo o usuário a chamar todos os elevadores para ganhar tempo e gerando um grande desperdício de energia. No Brasil 15% dos elevadores em uso foram instalados há 35 anos ou mais, 40% tem mais de 15 anos e 20% são recentes, com cerca de 5 anos 
A modernização pode ser parcial ou total, dependendo da situação e de uma avaliação caso a caso”, A parcial concentra-se na renovação pontual de elementos, sejam eles estéticos ou tecnológicos, aproveitando parcialmente
outros sistemas existentes. Já a total engloba a substituição de todos os componentes do elevador
a modernização tecnológica inclui alterações na máquina de tração, quadro de comando e outros dispositivos com o objetivo de garantir o funcionamento do elevador com segurança. “Este é o item que apresenta melhor custo-benefício para o cliente, pois melhora o desempenho do elevador e diminui os custos para o edifício
Principais recursos tecnológicos trocados na modernização:
	Quadro de comando com inversor de frequência que desacelera gradualmente o elevador e transforma as viagens mais suaves, sem trancos;
	Sensores ópticos instalados no poço para identificar a posição da cabina e garantir seu nivelamento nas paradas, eliminando degraus;
	Sistemas de gerenciamento de acesso e tráfego para edifícios comerciais para reduzir filas;
	Botoeiras e comandos eletrônicos com painéis LCD e dispositivos de acessibilidade;
	Iluminação mais econômica com o uso de lâmpadas LED;
	Sistema de envio de diagnósticos via SMS aos técnicos responsáveis;
	Sistema de gerenciamento de acesso por biometria ou por cartão que proporciona maior segurança;
Figura 6: modernização quadro de comando elevador 
Um dos principais objetivos da modernização é a economia de energia e, consequentemente, redução da emissão de CO² para gerá-la. Isso acontece por inúmeros fatores. Um deles é por meio da utilização de inversores de frequência nos comandos eletrônicos, que reduzem os picos de partida e proporcionam economia na ordem de 40%. 
Retrofit iluminação e instalações elétricas
Um projeto de retrofit lumínico eficiente deve levar em consideração alguns pontos: Buscar o melhor aproveitamento possível de iluminação natural; Consultar as normas quanto aos índices mínimos de iluminância, de acordo com a atividade exercida; Escolher lâmpadas com maior rendimento, maior fluxo luminoso e menor consumo; Escolher luminárias que potencializem a distribuição da luz; Aplicar as superfícies materiais de boa refletância, que absorvem pouca luz; Aplicar dispositivos de automação como as lâmpadas dimerizadas que permitem melhor aproveitamento da 
Um bom desempenho energético deve equilibrar fatores como acústica, ventilação e iluminação. Uma janela de vidro contribui com iluminação natural, mas também eleva a temperatura. Assim a economia em iluminação se converte em gastos maiores com o condicionamento de ar. Em climas quentes as aberturas para iluminação e ventilação devem ser sempre protegidas da insolação direta. A utilização de brisas pode reduzir a radiação direta, mas causa um sombreamento do ambiente que pode ser minimizado com cores claras nas paredes.
A climatização e a iluminação podem ser ajustadas em cada divisão e em cada módulo de modo a aproveitar, por exemplo, a energia natural, e/ou os momentos em que a energia elétrica é mais barata. Assim para que uma edificação possa competir no mercado imobiliário é necessário que ela apresente algum nível de automação, principalmente dentro do setor comercial.
Tecnologias Ativas: Os sistemas ativos só devem ser utilizados quando se esgotarem os passivos e estes tenham apresentado resultados insuficientes. Esse tipo de solução engloba equipamentos e dispositivos necessários à utilização dos espaços, ao conforto do usuário e a operacionalidade das edificações.
Segundo dados fornecidos pela Eletrobras, 20% da energia elétrica produzida no Brasil são consumidos em iluminação. A busca por fontes de luz mais eficientes que pesem menos na conta tem sido um grande incentivador das inovações do setor.
Existem várias técnicas que devem ser escolhidas de acordo com cada caso. Alguns se baseiam apenas na substituição de luminárias ou Lâmpadas por outras de maior eficiência, já outros, têm como diretriz a mudança completa do layout e distribuição das luminárias. Nem todas as intervenções estão diretamente relacionadas a substituição de equipamentos, a busca pelo maior aproveitamento da luz natural é o objetivo principal, uma vez que reflete em redução considerável do consumo energético, assim muitas vezes, apenas mudanças no posicionamento das luminárias ou abertura de novos vãos resolvem o problema.
O retrofit lumínico deve observar o conceito de qualidade suficiente, ou seja, o melhor conjunto de iluminação para cada tipo de uso, mesmo que o investimento tenha que ser um pouco maior, a satisfação com os resultados compensará.
Retrofit em Instalações elétricas
Readequar as instalações elétricas prediais reduz o consumo de energia e é indispensável para garantir a segurança dos usuários.
Quando se trata de instalações elétricas, os danos podem ser ainda maiores, uma vez que instalações antigas e fora de parâmetros normativos de segurança podem causar choques elétricos e incêndios, colocando em risco a vida de funcionários e moradores do edifício. Muitas empresas estão investindo na modernização de suas estruturas, a fim de estar em conformidade com as normas técnicas vigentes, adaptá-las às novas tecnologias e reduzir o consumo de energia.
A etapa inicial do projeto de retrofit precisa ser baseada em um levantamento das condições operacionais das instalações. Nesse processo, identificam-se os pontos fracos e a necessidade de adequar as instalações às normas regulamentadoras. De maneira geral, um projeto de retrofit custa de R$5 mil a R$50 mil, dependendo do tamanho e das características específicas do edifício. Do investimento total, a maior parte do custo está relacionada às obras civis. O retorno do investimento pode ser obtido de dois a três anos.
Principais problemas encontrados em instalações elétricas antigas:
	Mau estado de fios e cabos utilizados;
	Execução inadequada das instalações elétricas;
	Modificações das características iniciais do projeto;
	Aumento de carga sem supervisão técnica;
	Falta de manutenção e estado precário de conservação;
	Desequilíbrio de cargas entre ramais;
	Proteções inadequadas;
	Superaquecimento de contatos, equipamentos e fiações;
	Falta de conformidade com normas técnicas.
Principais soluções que podem ser aplicadas:
	Condutores elétricos em boas condições e de procedência conhecida;
	Somente técnicos devem executar trabalhos em instalações elétricas;
	As instalações devem ser feitas de acordo com o projeto inicial;
	Não sobrecarregar as instalações elétricas;
	Revisão preventiva do sistema elétrico a cada cinco anos;
	Usar circuitos separados para iluminação e tomados;
	Instalar o fio terra e o dispositivo DR para evitar choques;
	Devem ser instalados disjuntores ou fusíveis nos quadros de luz;
	Utilizar o dispositivo de proteção contra surtos (DPS);
	Seguir a norma ABNT 5410.
Retrofit fachadas
Na Construção Civil, o retrofit é a intervenção realizada em um edifício com o objetivo de incorporar melhorias ou melhorar seu estado de utilidade, recuperando o que estava subutilizado ou inutilizado, valorizando tanto o imóvel quanto o seu entorno.
Portanto, a aplicação das técnicas do retrofit faz com que edificações possam ganhar fachadas renovadas, instalações com comodidade e conforto, tecnologia e melhoria na relação custo/benefício de seus equipamentos, valorizando o imóvel, mesmo que suas características arquitetônicas permaneçam preservadas.
Os meios de se beneficiar com a eficiência energética em edificações 
No Brasil, possuímos alguns meios de controle sobre as construções novas que procuram se ajustar a esse novo mundo de sustentabilidade, um deles é a PROCEL EDIFICA, que tem como objetivo principal reduzir a perda de (energia, água, ventilação e etc...) meios naturais, e também reduzir danos diretos ao meio ambiente.
Uns dos benefícios de se construir de forma consciente, é a possibilidade de conseguir um selo de construção sustentável. Fornecido pela PBE Edifica, que faz parte do Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE) e foi desenvolvida em parceria entre o Inmetro e a Eletrobras/PROCEL Edifica. Para ter a possibilidade de conseguir a
etiqueta da PBE a construção tem que passar por uma avaliação da OIA-EEE (Órgão de Inspeção e avaliação vinculado ao Inmetro – Eficiência energética em edificações).
As etiquetas podem ser obtidas para edificações comerciais, de serviços e públicas (Figura 1) e edificações residenciais, sendo estas de 3 tipos: unidades habitacionais autônomas (casas ou apartamentos), edificações multifamiliares e áreas de uso comum (Figura 2).
Conclusão 
Como podemos perceber nos dias atuais, há uma grande demanda nos sistemas geradores de energia, por isso há uma preocupação em buscar meios alternativos de minimizar esses efeitos. Podemos observar que, nas construções das edificações já tem uma preocupação com a eficiência energética desde o projeto até o fim da obra, já buscando materiais mais resistentes, equipamentos mais modernos, com consumo de energia bem menor e principalmente a implementação da automação nos edifícios deixando-o inteligente, buscando a sua melhor funcionalidade e garantindo maior conforto aos seus usuários. 
A redução do consumo de energia em edificações antigas, como abordamos no trabalho, é possível conseguir uma redução considerável, podendo chegar até 40% da sua fatura, o termo que foi utilizado foi o retrofit, que é a atualização e a modernização dessas edificações, deixando com conceitos atuais.
E por fim, o incentivo do governo pela etiquetagem das edificações PROCEL EDIFICA, selo casa azul, etiqueta PBE EDIFICA, e também os selos internacionais LEED e entidade GREEN, assim o edifício que possuem um desses selos tem sua valorização maior no mercado.
Referências bibliográficas
WEBARCONDICIONADO, Setor de Jornalismo do Portal. Retrofit: modernizando os sistemas de climatização.Disponível em: <http://www.webarcondicionado.com.br/retrofit-modernizando-sistemas-de-climatizacao>. Acesso em: 10 jun. 2018. 
BONAFÉ, Gabriel. Por que modernizar elevadores? Disponível em <https://www.aecweb.com.br/cont/m/rev por-que-modernizar-elevadores_11030_10_0>. Acesso em: 10 jun. 2018. 
BARRIENTOS, Maria Izabel G.G.. RETROFIT DE CONSTRUÇÕES: METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO. In: I CONFERÊNCIA LATINO-AMERICANA DE CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL X ENCONTRO NACIONAL DE TECNOLOGIA DO AMBIENTE CONSTRUÍDO, 1., 2004, SÃo Paulo. Anais... . Rio de Janeiro: Proarq, 2004. p. 1 3. 
BARRIENTOS, Maria Izabel Garrido Garcia. RETROFIT DE EDIFICAÇÕES: ESTUDO DE REABILITAÇÃO E ADAPTAÇÃO DAS EDIICAÇÕES ANTIGAS ÁS NECESSIDADES ATUAIS. 2004. 235 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Arquitetura, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2004.

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