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Pedologia I e II

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Pedologia 
1ª Prova 
Pedologia é a ciência que estuda o solo, sua forma, origem, classificação e propriedade. 
Portanto, é o estudo das coberturas superficiais da Terra. É a ciência do solo, responsável pela 
sua identificação, formação, classificação e mapeamento. 
 Relação entre a evolução humana e o solo 
Há 300 mil anos, os hominídeos nômades viviam em uma época de instabilidade climática. 
Tal civilização relacionava o solo à base de locomoção, ao crescimento de frutas e vegetais 
silvestres, barro para cerâmica e aos pigmentos para pinturas rupestres. Identificaram que solos 
diferentes geravam frutas e matérias-primas diferentes. 
Há 10 mil anos, os hominídeos se tornaram sedentários uma vez que o clima estabilizou. A 
fixação levou ao conceito de território e defesa dos seus limites, desenvolvimento da agricultura 
e maior previsibilidade da alimentação, surgimento das cidades e a necessidade de 
conhecimento do substrato. 
O avanço das civilizações precisava levar em conta a fertilidade dos solos, a disponibilidade 
de água e a baixa erodibilidade. Percebeu-se que grandes rios em terrenos semi-áridos geravam 
solos orgânicos nas planícies de inundação (processo geológico de avulsão). Portanto, as 
civilizações mais antigas tenderam a desenvolver-se às margens dos rios, como na região da 
Mesopotâmia, que se localiza entre os rios Tigre e Eufrates. 
As civilizações mais desenvolvidas são os Incas, no Peru, e apesar de terem solos ricos, eram 
secos, logo foi necessária a construção de canais de irrigação e terraços. Outra civilização são os 
indígenas brasileiros, esses usavam a técnica da queimada para a fertilização dos solos pobres, 
mas o cultivo durava no máximo 3 anos. 
As primeiras classificações dos solos surgiram em decorrência das civilizações agrícolas, que 
são na China há 6600 anos, eles dividiam o solo em nome classes baseadas na produtividade 
(era a base de cálculo de ITR da época). Na Grécia há 2500 anos Aristóteles e Theofastes 
relacionaram os solos com os tipos de plantas e Hipócrates na medicina afirmou que os solos 
estão para as plantas assim como o estômago está para os animais. E Catão, o Velho, em Roma, 
2200 anos antes do presente, criou, também, nove classes de solos; sendo o primeiro fértil e 
plano (vinhas) e o último íngreme e pedregoso (pastoreio). Gerou então o Tratado da 
Agricultura. Quanto mais escuro melhor é o solo! Os Árabes, no século I d.C. fizeram o tratado 
da irrigação (base em hidráulica), manuais e cultivo específico chegaram à Portugal e Espanha. 
Durante à Idade Média, século V e XV d.C. houve uma estagnação cultural, social e filosófica. 
Após a Idade Média, o surgimento da imprensa gerou progressos científicos, os alquimistas 
queriam saber o que faziam as plantas crescerem, baseando-se em quatro elementos únicos 
surgiu o “elixir da vegetação”, que dizia que toda matéria vegetal se originava da água do solo. 
O progresso nos estudos do solo. Após a Revolução Francesa (1789 – 1799), ocorreu um 
avanço da ciência (incluindo medicina), houve também um aumento da expectativa de vida, logo 
uma necessidade de aumento da produção alimentos, portanto um aumento da eficácia do 
plantio o que levou a investigação da química do solo. Em 1840, um químico alemão, Justus Von 
Liebig, prova que as plantas dependem de compostos químicos minerais. Com isso surge a 
necessidade da produção de fertilizantes minerais para aumentar a colheita, logo empresas 
como Vale Fertilizantes e Fosfertil, surgem no ramo. 
 Início da pedologia: 
A pedologia teve início em 1877-78 com o naturalista VasilyV. Dokuchaev, que comparava 
os solos da Ucrânia (clima seco) com os de Gorki (leste de Moscou, clima fio e úmido). As 
diferenças associadas por ele ao clima. Solos distribuídos em camadas horizontais da superfície 
até o contato com a rocha. Descrever detalhadamente estas camadas permitiria caracterizar 
cada solo diferente. Dokuchaev, descreveu o solo como um corpo dinâmico, criando o conceito 
de pedogênese. Posteriormente, Darwin afirma que espécies biológicas geram bioturbações, 
minhocas, formigas e cupins também fertilizam o solo. 
 Áreas que estudam os solos: 
A Edafologia é um ramo que estuda os terrenos, está ligada à agronomia (solo como sendo 
o local onde cultivam as plantas). No Brasil esse ramo é subdividido em fertilidade do solo e 
nutrição das plantas, biologia, física e conservação do solo. 
A Pedologia, estudo dos solos, é uma área mais abrangente, que envolve os níveis mais 
superficiais, arável, e subsuperficiais. As vantagens que esse estudo oferece aos geólogos são 
diversas, pois permitem uma análise tridimensional, possuem grande distribuição na paisagem 
e sofrem influência de fatores ambientais. 
Os solos estão ligados à geologia da seguinte forma: geologia econômica, na produção de 
fertilizantes para produção agrícola (os recursos minerais e gerados ou concentrados durante a 
pedogênese são alumínio, ferro, nióbio e turfeiras); hidrologia e hidrogeologia, na qualidade das 
águas, purificação e recarga dos aquíferos; geologia de engenharia, geologia urbana e geotecnia, 
no controle da urbanização; paleontologia, paleobiologia, na adaptação das espécies e na 
geologia ambiental por meio do controle da desertificação e da mitigação das mudanças 
ambientais. 
 Como os solos se formam: 
 
ROCHAS SOLOS 
 
Os solos se formam a partir de processos que resultam em inúmeras modificações na 
composição química dos minerais e nos aspectos físicos do material fonte. 
 Intemperismo físico: 
1. Alívio de pressão: As rochas 
encontram-se comprimidas a 
grandes profundidades. Com o 
alívio da pressão as rochas sofrem 
expansão (processo de isostasia), 
os níveis mais externos se 
expandem mais que os níveis 
mais internos, devido a 
hidratação dos minerais 
primários com consequente 
aumento do volume. Ocorre então o fraturamento paralelo à superfície, 
que permite a fácil penetração pela água. 
1.1. Esfoliação esferoidal (acebolamento, adjunção esferoidal): processo 
físico-químico. Processo de alteração intempérica desenvolvendo 
Intemperismo 
formas arredondadas 
concêntricas que se 
assemelham a cascas de 
cebolas, deixando, muitas 
vezes, blocos de rocha sã 
(boulders) perfeitamente 
arredondados no meio do 
solo autóctone ou da rocha 
parcialmente alterada. Se 
dá em rochas maciças e 
relativamente isotrópicas (basaltos, granitos, gabros, grauvacas..) que 
são inicialmente mais atacadas nos cantos de blocos fraturados, 
evoluindo em etapas de intemperismo progressivo no subsolo para as 
formas arredondadas quando se formam as "camadas" de esfoliação 
variavelmente alteradas. 
 
2. Congelamento/Degelo: A água 
do degelo se acumula em 
fissuras e poros da superfície 
(as fissuras surgem pelo próprio 
congelamento). A variação do 
clima abaixa a temperatura, 
causando o congelamento e 
consequente expansão da água 
(a água expande 9% do seu 
volume ao se congelar), que 
exerce uma força nas paredes das fissuras/poros, levando ao fraturamento. 
 
3. Termoclastia: Ocorre em regiões de grande amplitude de variação térmica 
entre o dia e a noite (no Saara a variação é de 25° C). Durante o dia, com as 
maiores temperaturas, as rochas sofrem expansão (devido a composição 
mineralógica da rocha, a 
expansão volumétrica do 
quartzo, por efeito da 
temperatura, é três vezes 
superior à do feldspato). Durante 
a noite a temperatura diminui e 
as rochas se contraem, 
ocorrendo o fraturamento. A 
baixa condutibilidade térmica 
estabelece um gradiente de 
temperatura entre a superfície e 
o interior. 
 
 Intemperismobiológico: 
1. Intemperismo químico: 
1.1. Liberação de ácidos húmicos pelas raízes. 
1.2. Lançamento de excreções ácidas pelos animais. 
1.3. Ação de bactérias na formação de sulfetos em ambientes redutores. 
2. Intemperismo físico: 
2.1. Rompimento da rocha pelas raízes em busca de água e sais minerais. 
2.2. Escavações dos animais em busca de alimentos e proteção. 
 
 Intemperismo Químico: Alteram as estruturas internas dos minerais por remoção 
e/ou adição de elementos. 
 Águas pluviais e subterrâneas (rasas): ricas em O2 ao entrar em contato com 
o CO2 da atmosfera adquirem caráter ácido devido a formação do ácido 
carbônico (H2CO3). 
 Ácidos flúvicos e/ou húmicos: processos biológicos de degradação da 
matéria orgânica e respiração das plantas geram um aumento da produção 
de CO2 do solo também contribuem para acidificação das águas. 
Quanto mais baixo o pH, maior será o intemperismo químico. 
 Mineral Primário + Solução de Alteração (água ácida)  Mineral Secundário 
(pode ser apenas a hidratação do primário ou ocorrer a formação de um 
novo mineral) + Solução de Lixiviação 
 Minerais residuais (já se encontravam no sistema antes do processo de 
intemperismo) + H2O (pH de 5 a 9)  Neoformados/Transformados (a 
estrutura do mineral permanece) + elementos móveis 
A transformação é típica dos filossilicatos (micas, ilitas e vermiculitas). 
1. Hidrólise: Reação entre o mineral e a água. É a reação mais comum no 
intemperismo dos silicatos. Ocorre a adição de água sem que se processem 
reações químicas. 
Anidrita  Gipsita 
CaSO4 + 2H2O  CaSO4.2H2O 
1.1. Total ou alitização: Sílica e bases (K+) TOTALMENTE eliminadas. 
Soluções de alterações permanentemente diluídas. É preciso alta 
pluviosidade e drenagem eficiente para que se tenha um rápido 
escoamento. 
Feldspato  Gibbsita 
KAlSi3O8 + 8H2O  Al(OH)3 + 3H4SiO4 + K+ + OH- 
O pH da água deve ser entre 5 e 9 para que a água leve a SiO2 e 
precipite o Al(OH)3. 
1.2. Parcial: A infiltração é menos eficiente, a sílica PARCIALMENTE 
eliminada. 
1.2.1 Monossialitização: Sílica parcialmente eliminada (66%) e bases 
totalmente eliminadas. O pH da água permanece entre 5 e 9, mas 
como a água permanece no sistema, não há eliminação da sílica. 
2 KAlSi3O8 + 11 H2O  Si2Al2O5(OH)4 + 4 H4SiO4 + 2 K+ + 2OH- 
Feldspato  caulinita 
Formam os argilominerais 1:1. 
1.2.2. Bissialitização: Sílica parcialmente eliminada (46%) e bases 
parcialmente eliminadas (87%). Ocorre o represamento da água. 
2,3 KAlSi3O8 + 8,4 H2O  Si3,7Al0,3O10Al2(OH)2K0,3 + 3,2 H2SiO4 + 2 k+ 
+ 2 OH- 
Feldspato  esmectita 
Geram os argilominerais 2:1. 
 
 
2. Salinólise: É “equivalente” à hidrólise parcial (bissialitização e pH entre 5 
e 9,6) em ambientes salinos (manguezais). 
3. Oxidação/Redução: Reação com oxigênio para formar óxidos ou com 
oxigênio e água para formar hidróxidos. A redução ocorre em ambientes 
subaquosos e anaeróbicos. A oxidação gera solos de tons vermelhos e 
amarelos e a redução tons verdes e cinzas. 
Sulfetos se oxidam para sulfatos. 
CaFe(Si,Al)2O6 + 5H2O  2H4SiO4 + FeOOH + Al3+ + Ca2+ + OH- 
Piroxênio  Goethita (ferralitização) 
Goethita  Hematita (desidratação) 
 Ferro gerado na hidrólise total ou parcial (substituindo Al nas caulinitas 
– monossialitização). 
A presença de goethita e hematita no solo geram os tons castanho, 
vermelho, laranja e amarelo dos solos tropicais. 
Pacotes superficiais de oxi-hidróxidos de Al e Fe + caulinita: Lateritas. 
Processos de alitização e Monossialitização: Laterização. 
4. Acidólise (hidrólise ácida): Ocorre em climas frios, onde não há 
decomposição total da matéria orgânica, formando ácidos orgânicos. 
A água possui pH menor que 5 (alumínio vai embora e sílica fica no 
sistema). Complexação de Fe e Al: solução (muita lixiviação). 
Por ocorrer a retenção da sílica, gera um solo rico em quartzo. Ocorre a 
decomposição dos minerais primeiros. 
4.1 Total: Ocorre em pH menor que três. Ocorre total remoção do 
alumínio e do potássio do sistema. 
KAlSi3O8 (feldspato) + 4 H+ + 4 H2O  3 H4SiO4 + Al3+ + K+ 
Podzolização: Sem minerais secundários. (Espodosolos/Podzólicos: solos 
constituídos apenas por minerais primários insolúveis – quartzo). 
4.2 Parcial: O pH da água encontra-se entre 3 e 5. Ocorre remoção parcial 
do alumínio e do potássio, retenção de sílica e formação de esmectitas 
aluminosas (aluminossialitização). 
Eluviação (translocação de Fe/Al de cima para baixo: horizonte E branco) 
e iluviação (ganho de Fe). 
5. Alcalinólise (hidrólise ácida): Ocorrência restrita. Regiões áridas e semi-
áridas. Soluções com reagentes básicos (Na, carbonato de cálcio, 
magnésio). O pH é maior que 9,6. Ocorre dissociação do H4SiO4 em 
H3SiO3-. Alumínio como Al(OH)4-. 
5.1. Total: Sílica e alumínio em solução em forma aniônica. Sem minerais 
secundários. O pH é acima de 11,3. 
5.2. Parcial: O meio não é suficientemente alcalino para que todo o Al e 
Si estejam como ânions. 
9 < pH < 10  alcalonodade nítida, meios menos concentrados: 
bissialitização. 
pH > 10  Meios mais concentrados, Al na forma aniônica reage com 
a sílica (tectossilicato): zeolitização. 
Feldspato  analcita 
 
 
 
6. Dissolução: Halita (NaCl), gipsita (CaSO4.2H2O) e carbonatos (CaCO3) são 
os materiais mais solúveis, em ordem decrescente  Se a calcita estiver 
em contato com água contendo CO2, ela irá se dissolver muito mais. A 
solubilidade do gás carbônico é maior em águas frias, mas se a 
temperatura da água aumenta, o CO2 escapa e leva a precipitação de 
CaCO3. 
 
 Perfil de alteração: 
 Conceito: Segundo a EMBRAPA solo é um sistema trifásico (sólido + líquido + 
gasoso). 
 Processos envolvidos na formação do solo: 
 Adição: Incorporação de matéria por fontes externas (matéria orgânica, 
poeiras, sais minerais). Sedimentação. 
 Perda: Lixiviação física (partículas) ou química (solução) para o lençol 
freático. Erosão. 
 Translocação: Eluviação da matéria orgânica, argila silicatada e óxidos 
(soluções laterais e verticais). 
 Transformação: Ruptura da rede cristalina dos minerais primários. Gênese 
dos argilominerais. Decomposição da matéria orgânica. 
 
 Identificação dos Horizontes do Solo: 
Um perfil de solo completo e bem desenvolvido possui 5 tipos de horizontes (horizontes 
principais). 
O  Horizonte de cobertura, orgânico, sobreposto a solos minerais, podendo estar 
ocasionalmente saturado com água. 
H  Horizonte orgânico, superficial ou não, sob condições de prolongada estagnação 
de água. 
A  Horizonte mineral, superficial ou em sequência a horizonte O ou H, de 
concentração de matéria orgânica decomposta e perda de componentes minerais (Fe, 
Al e argila). 
E  Horizonte mineral, perda de argilas, óxidos de ferro e alumínio ou matéria orgânica, 
individualmente ou em conjunto. Concentração residual de areia e silte (quartzo ou 
outros minerais resistentes) e/ou resultante descoramento. 
B  Horizonte subsuperficial, acumulação de argila, Fe, Al, Si, húmus, CaCO3, 
CaSO4 com bom desenvolvimento estrutural. 
C  Horizonte mineral inconsolidado sob o solum, pouco afetado por processos 
pedogenéticos, a partir do qual o solum pode ou não ter se formado. 
F  Horizonte mineral consolidado sob A, E ou B, rico em ferro e/ou alumínio e pobre 
em matéria orgânica, endurecimento irreversível da plintita, ou concentração 
promovida por translocação lateral de ferro e/ou alumínio. 
R  Camada mineral de material consolidado, que constitui substrato rochoso contínuo 
ou praticamente contínuo, a não ser pelas poucas e estreitas fendas que pode 
apresentar. 
 
 Formaçãodo solo: 
 
 Evolução: A rocha mãe em processos de desintegração devido aos agentes 
externos (chuva, vento, etc). A presença de material orgânico. Em seguida a 
formação inicial dos horizontes do solo e então constitui-se o solo. 
 
 Horizontes do solo: 
 
Camadas ou bandas aproximadamente paralelas à superfície. Os horizontes possuem 
aspectos e constituintes diferentes. São sobrepostos em uma sequência visível. Transição nem 
sempre bem distinta. 
 
 Horizontes diagnósticos X Solo: 
 HORIZONTE VÉRTICO: Geram os VERTISSOLOS. Horizonte mineral subsuperficial. 
Apresenta cores escuras, acinzentadas, amareladas ou avermelhadas. Fendas com 
pelo menos 1 cm de largura nos períodos mais secos do ano. Superfícies de fricção. 
A textura varia de argilosa a muito argilosa. Presença de argila expansiva. 
 A CHERNÔMICO: Geram os CHERNOSSOLOS. É um horizonte mineral superficial, 
relativamente espesso (mais de 25 cm). Alta saturação por bases predominando íons 
Ca2+ e/ou Mg2+. Cores escuras. Consistência muito dura e extremamente dura quando 
seco. Deve ter certo conteúdo de carbono orgânico (húmus). 
 A HÍSTICO: Geram o CAMBISSOLO. O horizonte B é incipiente. É um horizonte rico 
em material orgânico, coloração escura. Pode possuir até 40 cm de espessura. 
Depositados sobre os solos sob condições de excesso de água e atualmente drenado. 
Pode estar soterrado por material mineral. Pode chegar até 40 cm de espessura. 
 B INCIPIENTE: Também geram o CAMBISSOLO. Horizonte subsuperficial, pouco 
espesso, subjacente a horizonte A, Ap ou AB. Sobrejacente a C (bem evoluído). 
Alteração química e física em grau não muito avançado, porém o suficiente para o 
desenvolvimento de cor ou de estrutura. Pouco desenvolvido ou parcialmente 
intemperizado. 
 B ESPÓDICO: Geram os ESPODOSSOLOS. O horizonte B espódico vem logo abaixo do 
horizonte A ou E. Horizonte subsuperficial. Pouco espesso. Formado por acumulação 
iluvial de matéria orgânica e complexos organometálicos de alumínio, com presença 
ou não ferro iluvial. 
 B TEXTURAL: Geram os ARGILOSSOLOS. Presença de argila de baixa atividades. 
Horizonte subsuperficial. Textura franco-arenosa ou mais fina. Acumulo de argila 
iluvial retirada de A ou E. As argilas podem estar orientadas ou não, pode ter ou não 
matéria orgânica. O conteúdo de argila no horizonte B textural deve ser maior do que 
o do horizonte A e pode ou não ser maior que o horizonte C. 
 Geram o LUVISSOLO. Argila de alta atividade e são saturados em bases. 
 B PLÂNICO: Geram os PLANOSSOLOS. Encontram-se abaixo do horizonte A ou E. É um 
tipo especial de horizonte B textural. Acúmulo de argila iluvial retirada de A ou E. 
Apresenta mudança textural abrupta. Permeabilidade lenta ou muito lenta e cores 
acinzentadas ou escurecidas. Adensado com elevados teores de argila dispersa. Pode 
ser responsável pela retenção de lençol de água suspenso, de existência temporária. 
 HORIZONTE GLEI: Geram o GLEISSOLO. Abaixo de A ou E. Apresenta cores neutras. 
Espessura de 15 cm ou mais. Presença de água estagnada. Redução do ferro e 
prevalência do estado reduzido. Trata-se de um horizonte fortemente influenciado pelo 
lençol freático e regime de umidade redutor. Livre de oxigênio dissolvido. 
 B LATOSSÓLICO: Gera o LATOSSOLO. Horizonte logo abaixo do horizonte A. Encontra-se 
em avançado estágio de alteração. Intensa dessilicificação, lixiviação de bases. Presença 
de argilas do tipo 1:1 e minerais primários resistentes ao intemperismo. Acumulo 
residual de óxidos, sem acúmulo de argilas. Bastante espesso. 
 PLÍNTICO: Gera o PLINTOSSOLO. Presença de plintita igual ou superior a 15%. Espessura 
de pelo menos 15 cm. Apresenta um arranjamento de cores vermelhas e acinzentadas 
ou brancas, com ou sem cores amareladas ou brunadas. Mosqueados abundantes de 
cores avermelhadas. 
 B NÍTICO: Gera o NITOSSOLO. A com mais de 35% de argila. Textura argilosa ou muito 
argilosa. Sem incremento de argila do horizonte A para B. Argila de baixa atividade. 
Superfícies reluzentes descritas como cerosidade. Apresentam transição gradual ou 
difusa entre os suborizontes. 
 HORIZONTE H: Geram o ORGANOSSOLO. Essencialmente orgânico. Resultante da 
acumulação de resíduos vegetais, materiais depositados no solo sob condições de muita 
água. Horizonte H com espessura superior a 40 cm. 
 Não tem B diagnóstico ou horizonte Glei, plíntico ou vertico logo abaixo de A: Geram 
o NEOSSOLO. Solos pouco evoluídos constituídos por material mineral ou por material 
orgânico com menos de 20 cm. 
 
 
 
 
 
2ª Prova 
1) Tipos de reações de intemperismo químico 
Como visto anteriormente, o intemperismo químico ocorre por reações de hidrólise, 
oxidação/redução, dissolução e acidólise. Mas quais são os fatores que influenciam? 
Antes de falar sobre isso, vamos discutir sobre a distribuição dos tipos de reação pelo 
mundo. 
 
 As zonas de alteração química, representadas pelas cores amarela e cinza, se 
caracterizam pela ausência da água líquida (ou elevada evaporação – zonas desérticas) 
ou sua presença em estado sólido inviabilizando o intemperismo químico. 
 As áreas de alitização, representada pela cor vermelha, é marcada pela grande 
precipitação para que se tenha toda a lixiviação da sílica e das bases. Se encontram, 
principalmente, nas zonas de clima equatorial muito úmido, ou seja, baixas latitudes. 
Associação mineral de oxi-hidróxidos de ferro e de alumínio (goethita e gibbsita). 
Pode-se correlacionar a presença das cangas com o fato da área ter se encontrado nas 
áreas equatoriais, por exemplo, se há canga na Rússia, quer dizer que no passado esse 
país esteve em área de clima equatorial. 
 Em laranja no mapa esta destacada a zona de monossialitização. Portanto, percebe-se 
que tal área encontra-se em zonas de clima tropical úmido, com precipitação de média 
a alta e temperaturas superiores a 15°C. Em tal região ocorre a associação mineral de 
oxi-hidróxidos de ferro e argilominerais (goethita e caulinita). 
 As zonas de bissialitização, marcas em verde no mapa, se encontram em regiões de 
clima temperado e árido, logo a alteração e a lixiviação são pouco intensas. Pode 
englobar o processo de acidólise parcial, gerando as argilas 2:1 (esmectita aluminosa). 
 Por último, em amarelo claro temos a zona da acidólise total, que se forma nas zonas 
frias do globo terrestre, logo a matéria orgânica é degradada lentamente. A vegetação 
de tal local é marcada pela presença de líquens e coníferas. Gera solos podzólicos, ou 
seja, ricos em quartzo e matéria orgânica. 
Diante de todas as informações acima podemos responder à pergunta inicial: Quais são os 
fatores que controlam o intemperismo? 
1) CLIMA: 
Precipitação + Temperatura  determina o tipo e a velocidade do intemperismo numa 
região. 
Precipitação: quanto maior a disponibilidade de água e mais frequente for a sua 
renovação, mais complexas serão as reações químicas. Precipitação  lixiviação  
drenagem. 
 
Temperatura: acelera as reações químicas e aumenta a evaporação. A cada 10°C a 
velocidade das reações químicas aumenta 2 a 3 vezes. 
 
Figura 1: Evidências da influência da PRECIPITAÇÃO, TEMPERATURA E VEGETAÇÃO no intemperismo. 
 
2) ORGANISMOS: 
Influenciam de diferentes formas, sendo comum a penetração das raízes nas fendas da 
rocha, a presença de compostos húmicos, carcaças de animais, fazendo morada, a 
presença de micro-organismos, entre outras. Os organismos influenciam a qualidade da 
água de alteração, variando seu pH. 
Fornecem elementos minerais e protege o solo contra erosão. 
O homem também influencia, removendo a vegetação, revolvendo o horizonte A, 
adicionando corretivose fertilizantes. 
Exemplo: A minhoca faz buracos no solo e o aduba com seu esterco, além disso, abre 
caminhos para circulação de água, ar e raízes. 
 
3) TEMPO: 
Não havendo erosão acelerada, os horizontes vão se espessando e se diferenciando. 
Portanto o tempo condiciona a evolução do solo (solos jovens são menos evoluídos). O 
start para a formação dos solos é a deposição do último sedimento ou quando a rocha 
é exposta pela erosão. 
 
Tem primeiramente a formação de um neossolo, raso. Tal solo evolui para um solo 
intermediário pouco desenvolvido, podendo ser chamado de cambissolo. A evolução do 
cambissolo, pode dar origem ao argissolo e esse se evolui para um solo bem 
desenvolvido, formado pela erosão, deposição e/ou bioturbação, gerando o latossolo. 
Portanto, a diferença do neossolo e do latossolo é o tempo de exposição e sua alteração. 
Segundo especialistas em gênese de solos, são necessários 1000 anos para formação de 
1 cm de solo desenvolvido de granito. 
Os latossolos são os solos mais antigos na superfície terrestre, eles levam cerca de 5 
milhões de anos para se formar. 
 
4) RELEVO: 
Regula a velocidade do escoamento superficial. Relevos muito íngremes não geram solo 
pois a taxa de erosão é maior do que do intemperismo. 
 
 
 
A eliminação dos componentes solúveis depende da eficiência da infiltração. 
 
5) ROCHA: 
Autóctones (residual) Alóctones (transportado) 
Solo Residual é um material derivado do 
intemperismo da rocha e que não foi 
transportado de seu local original, ou seja, a 
decomposição do material é “in situ”. 
São aqueles que foram erodidos da rocha-
mãe, transportados e depositados em outro 
local. Os agentes de transportes podem ser o 
vento, a água, o gelo e a força da gravidade. 
Pode-se ter um solo alóctone sobre um autóctone. 
Quanto menos desenvolvido for o solo mais ele se parecerá com a rocha. Entretanto, o 
solo pode se desenvolver em materiais de origem diversa. 
 
 
2) Como se dá a diferenciação do solo a partir da rocha mãe? 
Por definição o intemperismo age na interface entre a atmosfera e a litosfera e inclui os 
processos que levam a desagregação das rochas expostas na superfície da Terra. São originadas 
partículas minerais discretas (produtos residuais) presentes na rocha matriz, que permanecem 
mais ou menos inalteradas, ao lado de novos minerais formados por intemperismo, além de 
materiais em solução. Os novos minerais produzidos por intemperismo resultam das reações de 
silicatos, sulfetos ou óxidos com água, que é mais abundante nos ambientes de intemperismo 
que nos de formação das rochas. 
 
O pequeno aumento de alguns minerais durante o intemperismo é chamado de aumento 
relativo, pois é em comparação ao geral. Não quer dizer que foi inserido mineral no solo. 
Minerais Produtos residuais Minerais em solução 
Quartzo Grãos de quartzo SiO2 
Feldspatos Argilominerais SiO2, K+, Na+, Ca²+ 
Hornblenda Argilominerais e “limonita” (hidróxido) SiO2, Ca²+, Mg+2 
Olivina “Limonita” (hidróx.) e hematita SiO2, Mg+2 
Tabela 1: Produtos de intemperismo resultante da transformação de alguns minerais comuns na Terra. 
 
Figura 2: Diagrama das diferenças de persistência com a profundidade, dos principais minerais componentes de um 
granodiorito. 
 
 Pela figura acima percebemos que minerais são “consumidos” enquanto outros são 
“formados” durante a alteração. Algumas possíveis transformações são relatadas na tabela 1. 
3) Série do intemperismo: 
 
É a série inversa à série de cristalização de Bowen (1922), uma vez que os últimos minerais 
a se cristalizar, quando em superfície, encontram-se mais próximos à condição de estabilidade. 
 
 
4) Classificação dos solos: 
 
1) Quanto a origem: 
 
 Solos eluviais ou residuais: Materiais que não sofreram movimentação após sua 
formação. 
O limite entre o regolitio e a rocha mãe é transicional ou gradual, portanto, pode-se 
dizer que é um limite tênue (não é bem marcado). 
Quando derivado de rochas ígneas é chamada de ortoeluvião, de metamórficas, 
paraeluvião e de rochas sedimentares, eoeluvião. 
Pode ser um solo maduro, ou seja, bem evoluído ou jovem, quando guarda 
características da rocha mãe ou é pouco espesso. 
 
 Solos coluviais ou transportados: Materiais que sofreram transporte e estão localizados 
nos sopés das vertentes. 
Pode se desenvolver sobre solos eluviais ou diretamente sobre a rocha. 
Colúvio-eluvial: O solo foi formado no local, mas começou a se movimentar, por isso não 
pode ser chamado de eluvial. Tal solo é formado pelo rastejo gravitacional de curta 
distância 
A divisão entre o solo eluvial e coluvial é feita por uma linha de pedra. Tal linha pode 
marcar uma fase úmida (drenagem) ou uma fase muito árida que gera uma 
desagregação da rocha (intemperismo físico sobrepondo o químico). 
O talus se diferencia dos colúvios pela presença de blocos de rocha. Tal depósito 
apresenta alta porosidade e baixa estabilidade. É formado próximo a rocha mãe que se 
encontra muito fraturada. 
 
Quando se diz que um solo é transportado, quer dizer que ele foi formado a partir da 
erosão, transporte e deposição de solos pré-existentes. 
 
 Solos aluviais (também são transportados): Material erodido, retrabalhado e 
transportados pelo curso d’água e depositado nos leitos e margens dos rios e lagos. 
São ruins para fundação uma vez que são incoesos, com muitos clastos e drenantes. Mas 
são importantes fontes de material de construção. 
 
 Solos Eólicos: Transportados pelo vento. 
 
 Solos orgânicos: Originados da decomposição e posterior apodrecimento de matérias 
orgânicas, sejam estas de natureza vegetal (plantas, raízes) ou animal. 
 
2) Classificação Taxonômica: 
 
Define grupos de elementos da natureza com base em características comuns, e dá 
nome a esses grupos. 
Vários grupos podem ser agregados, de forma a constituir um grupo de maior 
hierarquia. 
Os grupos criados são referidos como táxon. 
 
 Vantagens: 
 Organizar os conhecimentos científicos acumulados. 
 Estudar, entender e comunicar melhor suas descobertas. 
 
 Ordem, Subordem, Grande Grupo, Subgrupo, Família e Série. Muitas vezes apenas a 
classificação em ordem e subordem é suficiente, uma vez que as outras classificações 
ficam muito específicas, exigindo até mesmo análises químicas. 
 
 Os solos transicionam verticalmente e lateralmente. 
 Dificuldade de descrição, identificação e distinção (agravantes: solos / 
sedimentos transportados, necessidade de cavar quando não há corte natural 
(drenagem) /artificial (estrada)). 
 Limites arbitrários e diferenciações locais são definidas. 
 Ao contrário dos seres vivos, aparecem vários sistemas taxonômicos diferentes 
ao redor do globo. 
 “Numa sucessão vertical, uma passagem gradual entre duas fácies sugere que 
as mesmas estejam associadas, tendo sido geradas em ambientes deposicionais 
lateralmente contínuos. ” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 No campo deve-se trabalhar com a descrição/interpretação de um perfil modal e Pedon. 
 
Figura 3: Deve-se evitar zonas de inclusão. 
 Um “atributo diferencial” deve ser operacionalmente identificado (campo): 
 Cor do horizonte B: De fácil identificação em campo com o auxílio da tabela de 
cores – carta de Munsell. E sugere o tipo e/ou a quantidade de óxidos, que 
permite inferir as condições sob as quais se deram os processos pedogenéticos. 
 
3) Classificação Natural X Classificação Técnica: 
 
As primeiras classificações surgiram no século XIX e priorizavam somente um fator de 
formação do solo (relevo, rocha-mãe, clima ou vegetação). 
 
 As primeirasclassificações hierarquizadas consideravam 3 taxa no nível mais elevado e 
dependiam muito da experiência de quem classificava uma vez que não existiam 
parâmetros mensuráveis. 
 Zonal: Bem desenvolvido (clima + organismos). Solos maduros contendo os 3 
horizontes (A, B e C). Condições de boa drenagem. Tempo de exposição longo. 
 Intrazonal: Influência maior do relevo e material de origem. Excesso de 
umidade e salinidade. 
 Azonal: Sem horizontes bem definidos. Jovens/imaturos ou associados a 
materiais ou relevos que impediram o seu desenvolvimento (A-C ou A-R). Não 
possuem nenhuma subordem. 
 
 Sistemas Modernos de Classificação: Surgiu no século XX, com levantamentos 
pedológicos em vários países. Os sistemas em destaque são dos EUA, Brasil, França e 
Austrália. Há também o sistema da FAO/Unesco que são de abrangência e aceitação 
mundial. 
Tal sistema tem como base os horizontes diagnósticos, sendo que pode exigir análises 
químicas para refinamento pós-campo. Eles possuem maior objetividade na descrição. 
 
4) Classificação Norte-Americana: 
Tal classificação teve como motivação a falta de critérios claros para a definição dos 
solos da classificação de 1949 e recebeu o nome de Soil Taxonomy, 1975. 
Após os estudos passou de 6 categorias para 12 e surgiu o conceito de horizonte 
diagnóstico. 
A ausência/presença dos horizontes diagnósticos define 12 ordens de solo. 
A nomenclatura é derivada do grego e do latim para que houvesse reconhecimento 
mundial. 
Solo (ordens) Resumo das características 
Gelisols De climas frígidos, com camada permanentemente congelada (permafrost a 
uma profundidade de até 2m). 
Histosols Compostos essencialmente de materiais orgânicos (pelo menos 20-30% de 
matéria orgânica) em mais de 40 cm de espessura. 
Spodosols Com húmus ácido, horizonte E acinzentado e horizonte B com acúmulo 
iluvial de óxidos de ferro e/ou matéria orgânica. 
Andisols Solos pouco desenvolvidos, formados em depósitos de cinzas vulcânicas e 
outros materiais piroclásticos. 
Oxisols Solos bem desenvolvidos, com argila de atividade baixa (horizonte B com 
acúmulo residual de óxidos de ferro e de alumínio) 
Vertisols Solos ricos em argila de alta atividade que se expandem e contraem 
periodicamente formando fendas até 50 cm de profundidade. 
Aridisols Secos por mais de 6 meses do ano com mínimo de desenvolvimento de 
horizonte A mas com acúmulo de algum material no horizonte subsuperficial 
(carbonatos, etc) 
Ultisols Solos com horizonte B de acúmulo de argila iluvial e com baixos teores de 
bases trocáveis. 
Molisols Com horizonte A espesso, escuro e com alto teor de cátions básicos 
trocáveis (principalmente cálcio). 
Altisols Solos com horizonte B de acúmulo de argila iluvial e com altos teores de 
bases trocáveis. 
Inceptisols Solos exibindo um mínimo de desenvolvimento de horizontes em materiais 
fracamente intemperizados. 
Entisols Solos de origem recente, mais comumente sem horizontes pedogenéticos, 
exceto delgado horizonte A. 
Tabela 2: As 12 ordens do atual sistema de classificação dos EUA. 
Categoria Número 
de táxons 
Natureza das características de diferenciação 
Ordem 12 Processos de formação do solo como indicativos de horizontes 
diagnósticos, atributos mineralógicos e condições extremas de 
regimes de temperatura e umidade. 
Subordem 61 Subdivisões das ordens de acordo a presença ou a ausência das 
propriedades associadas com regimes hídricos do solo e tipos de 
horizontes diagnósticos. 
Grande 
Grupo 
316 Subdivisão das subordens de acordo com o grau da expressão do 
horizonte diagnóstico (tipo de semelhança, arranjo, saturação por 
bases, presença ou ausência de atributos diagnósticos). 
Subgrupo 2484 Atributos que indicam transição (“intergrades”) para táxons de 
outras ordens, subordens e grandes grupos ou para materiais que 
não são solos. 
Família Regimes de temperatura dos solos, textura e mineralogia da seção de 
controle dos pedons, propriedades importantes para o crescimento 
das raízes das plantas. 
Série 23000 
(nos EUA) 
Qualquer atributo do solo que pode ser consistentemente 
identificado ou não identificado como critério de uma classe de 
categoria superior. 
Tabela 3: Resumo das principais características diferenciais das seis categorias da Classificação dos EUA. 
 
Figura 4: Hierarquia do Sistema Americano de Classificação de Solos. 
Aquic Acrudox, clay 
1 – Oxisol (ox: elemento formativo da ordem) 
2 – Udox: ud (regime hídrico údico – úmido por até 90 dias no ano) (Subordem) 
3 – Acrudox: acr (caráter ácrico – argilas pouco reativas) (grande grupo) 
4 – Aquic: características intermediárias para aquiox (menos úmido) (subgrupo) 
5 – Clay: textura argilosa. 
A subordem Udept refere-se ao Inceptisol (ept de Inceptisol), com regime hídrico údico 
(ud de údico). O agrupamento ud de udico + ept de Inceptisol resulta em Udept. 
O uso de prefixos e sufixos gregos ou latinos é uma característica única da Soil 
Taxonomy. 
Essa classificação possui subdivisões complicadas, baseadas no regime de umidade do 
solo, por exemplo. E são de difícil compreensão e leitura. 
No sistema americano, a ordem dos Oxisols na sua grande maioria correlaciona-se com 
os Latossolos do sistema brasileiro, os Ultisols com os Argissolos de baixo potencial 
nutricional, os Alfisols com os Argissolos de alto potencial nutricional, os Inceptisols 
com os Cambissolos, os Entisols com os Neossolos, os Mollisols com os Chernossolos, 
os Spodosols com os Espodossolos, os Vertisols com os Vertissolos e os Histosols com 
os Organossolos. 
No Brasil ocorrem as ordens dos Oxisols, Ultisols, Alfisols, Inceptisols, Entisols, 
Mollisols, Spodosols, Vertisols e Histosols. 
 
5) Classificação da FAO/Unesco: 
 
A Sociedade Internacional de Ciência do Solo, em 1960, recomendou a publicação da 
legenda do mapa de solos do Mundo na escala 1 : 5.000.000, para representar os solos 
do globo terrestre como referencial. 
 
Em 1969 foi publicado o primeiro mapa de solos do Mundo com aproximações ao longo 
do tempo, em 1994 foi publicada com a legenda revisada, e 1998 como World Reference 
Base (WRB). 
 
Houve uma manutenção de alguns nomes históricos, em respeito às sensibilidades 
nacionais, por exemplo, o nome podzol é de origem russa, uma vez que foi descrito lá 
pela primeira vez (pod = sob + zol = cinza), ferralsol, de origem francesa (ferrugineux = 
ferruginoso) e andosol, é de origem japonesa e significa solo escuro. 
 
Essa classificação lança mão de horizontes diagnósticos e ao contrário da Soil Taxonomy 
as propriedades de campo são mais importantes do que as análises laboratoriais, uma 
vez que não são todos os países que possuem condições para investir na análise e estudo 
dos solos. 
 
Foram propostos 2 níveis categóricos: o primeiro composto por 32 grupos de referência 
básica (processos pedogenéticos = feições morfológicas especiais). O segundo são as 
subdivisões, composta por sufixos e prefixos referentes a processos secundários. 
 
Os regimes hídricos e térmicos dos solos não são especificados. 
 
 
Figura 5: Hierarquia da legenda dos solos da FAO (1994). 
Tal classificação é utilizada para demonstrar os potenciais produtivos e os problemas 
que os solos possuem ao redor do planeta. 
6) Classificação Brasileira: 
 
Os conceitos do Sistema Brasileiro de Classificação de Solos da EMBRAPA foram 
baseados não só no sistema de classificação de solos de BALDWING, KELLOG & THORP 
de 1938, modificado por THORP em 1949, como também no sistema de classificação da 
FAO. 
 
Em 1999, a EMBRAPA publicou a primeira edição, depois revisada e ampliada em 2006. 
Nome popular Rocha de Origem 
Salmorão 
Granitos e gnaisses pegmatíticosMassapé 
Gnaisses e xistos 
Terra arenosa branca 
Arenitos 
Terra arenosa catanduva 
Arenitos 
Terra roxa de campo 
Basaltos e arenitos (solo de baixa fertilidade) 
Terra roxa misturada 
Basaltos e arenitos (solo de média fertilidade) 
Terra roxa legítima 
Basaltos e diabásios (solo de alta fertilidade) 
 
A classificação dos solos do sistema brasileiro, até o presente, contempla os níveis de 
ordem, subordem, grande grupo e subgrupo. 
 
 
Figura 6: Hierarquia do Sistema Brasileiro de Classificação dos Solos. 
13 Ordens Características 
Argissolos Horizonte B com acúmulo de argila (antigo podzólico). 
Cambissolos Cambiar, horizonte B incipiente. 
Latossolo Latossol; horizonte B latossólico. 
Nitossolo Nítido (agregados com fases nítidas). 
Planossolo Plânico; horizonte B plânico. 
Plintossolo Plintita; horizonte plíntico. 
Luvissolo Saturado por bases; acúmulo de argilas. 
Chernossolo Chernozêmico; escuro, rico em bases. 
Espodossolo Spodos; horizonte B espódico. 
Vertissolo Vértico; horizonte vertico. 
Neossolo Novo; pouco desenvolvido. 
Gleissolo Glei; horizonte glei. 
Organossolo Orgânico; horizontes H ou O hísticos. 
Tabela 4: Nomenclatura das classes em nível de ordem, elementos formativos e respectivos significados. 
A classificação depende da identificação de horizontes diagnósticos: 
Horizontes diagnósticos superficiais 
Hístico Essencialmente orgânico, com até 40 cm de espessura. 
A chernozêmico Mineral superficial muito espesso (mais de 25 cm), escuro e rico em 
húmus e cálcio. 
A proeminente Mineral superficial, também escuro e espesso (de 25 a 75 cm), com 
baixos teores de cálcio. 
A húmico Semelhante ao A proeminente, porém mais espesso (mais de 75 
cm). 
A antrópico Muito modificado pelo uso contínuo do solo pelo homem. 
 
 
Horizontes diagnósticos subsuperficiais 
B textural Essencialmente orgânico, com até 40 cm de espessura. 
B plânico Tipo essencial de B textural adensado com mudança textural abrupta. 
B nítico Sem aumento de argila e com estrutura em blocos e com nítidas 
superfícies brilhantes. 
B latossólico Muito intemperizado com acúmulo residual de óxidos e sem aumento de 
argila. 
B incipiente Pouco desenvolvido e/ou parcialmente intemperizado. 
B espódico Com acúmulo iluvial de húmus e/ou ferro e alumínio. 
Vértico Horizonte (B ou C) com rachaduras e superfícies de fricção, típicas de 
argilas expansivas. 
Plíntico Com mais de 50% de plintita (ou “laterita” não endurecida). 
Concrecionado Com mais de 50% de petroplintita (ou “laterita” endurecida) na forma de 
concreções. 
Lintoplíntico Com mais de 50% de petroplintita consolidada (ou “laterita” endurecida) 
e cimentada. 
Glei Acinzentado fortemente influenciado pelo excesso de água. 
Plânico Tipo especial de horizonte Bt, adensado e com mudança textural 
abrupta. 
 
 Subordens: Considera-se atributos que remetem aos processos pedogenéticos. Incluem 
características diferenciais (cor do horizonte B, constituição do horizonte C – quando B 
for ausente, etc.). 
1) Tomando por exemplo um Neossolo (Ordem). 
Opções de Subordem: 
1–Litólico (A sobre R), 
2–Flúvico (A sobre C de origem fluvial), 
3–Regolítico (A sobre C de origem litológica), 
4–Quartzarênico (A sobre C de areias de quartzo) 
2) Agora, um Latossolo (ordem). 
Opções de Subordem: 
1–Bruno (B amarelo-azulado/brunado), 
2–Amarelo (B amarelo) 
3–Vermelho (B vermelho) 
4–Vermelho-Amarelo (B alaranjado) 
 
 Grande grupo: Consideram-se tipo, arranjo e grau de expressão dos horizontes. Ênfase 
na atividade da argila e saturação em bases ou alumínio ou sódio ou sais. 
1) Neossolo Flúvico Sódico (alta saturação em sódio). 
2) LatossoloVermelho... 
Eutroférrico (alto teor de ferro e alta saturação em bases). 
 
 Subgrupo: Consideram-se características extraordinárias (antripogênicas) ou então se o 
solo representa o conceito central da classe: 
1) Neossolo Flúvico Sódico Típico ou Vértico (quando também tiver algo de vertissolo) 
ou 
2) Latossolo Vermelho Eutroférrico Câmbico (algo intermediário entre os latossolos e 
os cambissolos). 
 Famílias e Séries: Propriedades físicas, químicas e mineralógicas. Condições ambientais 
não contempladas nas classes anteriores (ultradetalhe). 
 
7) Comparativo entre Classificações: 
Não existe um sistema de classificação melhor do que o outro, cada um tem suas 
características próprias, o quadro abaixo mostra as diferenças dos sistemas brasileiro, 
americano e internacional. 
 
Muitos afirmam que o Sistema Americano é melhor do que o Brasileiro, mas na prática 
como enquadrar os solos brasileiros no nível de subordem que exige dados precisos dos 
regimes hídricos? 
 
Somente os Estados Unidos e não o Brasil dispõe desses dados de regime de umidade 
no solo. 
 
Existem grandes diferenças nos enfoques dos sistemas de classificação dos solos do 
Brasil (SiBCS, 2006), dos Estados Unidos (SOIL TAXONOMY, 1999) e Internacional (WRB, 
1998). 
Critérios SiBCS Soil Taxonomy Sistema Internacional 
Hierarquia Descendente (ordem 
em direção à série) 
Ascendente (série em 
direção à ordem) 
Descendente (de 
ordem para 
subordem) 
Ordem Presença ou ausência 
de horizontes 
diagnósticos 
Presença ou ausência 
de horizontes 
diagnósticos 
Diferenciados com 
base nos processos 
pedogenéticos 
Nº de classes no 
1º nível 
13 12 12 
Subordem Atuação dos processos 
pedogenéticos 
Tipos de regime hídrico 
e de horizontes 
diagnósticos 
Prefixos e sufixos 
relacionados com o 
manejo 
Grande grupo Condições químicas 
pedológicas: tipo e 
arranjo dos horizontes 
sub superficiais 
Condições químicas 
pedológicas, ocorrência 
ou não de horizontes 
diagnósticos 
Não contempla 
Subgrupo Solos típicos ou 
intermediários 
Solos típicos ou 
intermediários 
Não contempla 
Família Não contempla Textura, mineralogia e 
temperatura 
Não contempla 
Série Não contempla Solo 
pedogeneticamente 
idênticos 
Não contempla 
 
Tabela 5: Principais diferenças entre os sistemas de classificação dos solos. 
 
Tabela 6: Comparação da classificação dos solos no primeiro nível de hierarquia. 
8) Laterização: 
Em 1807, Buchanan descreveu sobre materiais encontrados pela primeira vez na região de 
Malabar na Índia, que seria um depósito de laterita. Esse material, à medida que ficava exposto 
ao ar, mais coeso ficava parecendo um tijolo, que também era usado nas construções. Esse 
depósito de laterita de ferro foi desenvolvido através de gnaisses (gnaisse exposto e 
intemperizado por muito tempo). 
Em 1921, Belthier descreve um material semelhante na França, desta vez enriquecido em 
alumínio, ao qual deu o nome de Bauxita. 
Existem diferentes termos para denominar a laterita no mundo (canga, ferricrete, laterite, 
plinthite, etc). Obs.: canga é uma denominação somente para laterita de ferro. 
 O que são? 
São materiais incoesos ou compactos resultantes da ação de intenso intemperismo químico sob 
condições tropicais (tem que haver muita água). 
Presentes em grandes quantidades nas lateritas: Fe, Al, Ti, Mn, Caulinita, Fosfato. 
Presentes em quantidades mínimas nas lateritas: K, Si, Mg 
Obs.: A extração de ferro da laterita não é viável devido à contaminação com o fosfato. 
A laterização ocorre em regiões de clima tropical úmido, para que haja maior disponibilidade de 
água e em altos topográficos. Portanto, não há formação de canga em baixos topográficos, 
mesmo que tenha formação ferrífera. Lembrando que na parte mais alta ocorre a alitização, 
formando bauxita, e nas partes seguintes formam as lateritas ferruginosas. 
Laterização é então um conjunto de complexas reações químicas, mineralógicas e bioquímicas 
interligadas,agindo sobre rochas expostas na superfície terrestre. As reações são provocadas 
pelo contato das rochas com o ambiente de clima tropical úmido e finalizado com clima mais 
seco, que ao longo do tempo geológico transformam as rochas em lateritos. Portanto, a 
Laterização é um processo geológico estritamente dependente de climas específicos, sendo suas 
rochas importantes registros paleogeográficos, paleoclimáticos e paleobotânicos. 
 
 A Laterização é formada por: 
 
1) Acumulação relativa: preservação dos minerais primários e sua conservação no perfil 
devido à perda de matéria. Ex.: Concentração de apatita, cromita e cassiterita. 
 
2) Acumulação absoluta: destruição do material primário e formação de minerais 
secundários mais ricos que os primários no elemento de interesse. Ex.: Feldspato → 
bauxita. 
 Elementos de baixa solubilidade: depósito de Al e Ti → gibbsita e anatásio 
Migração de elementos mais solúveis para áreas onde há condições propícias para 
precipitação em fase secundária. 
 Depósitos de níquel e manganês → garnierita e pirolusita 
 
 Perfil laterítico por acumulação relativa: 
Processo pedogenético atuante em climas tropicais, onde uma profunda lixiviação 
(intemperismo químico) leva o solo a se enriquecer em óxidos e hidróxidos de ferro e/ou 
alumínio. 
 Nível Freático: 
O processo de Laterização tem relação direta com o nível freático 
flutuante. A zona vadosa é a região onde o solo fica saturado em 
água na estação chuvosa até o nível onde não fica saturada na 
estação seca. Portanto, para ocorrer Laterização precisa-se de um 
clima tropical com estações bem marcadas. A linha do nível freático 
passa pela zona mosqueada, que define o tanto que ele sobre e o 
tanto que ele desce. O nível acima da zona mosqueada, que é a 
crosta laterítica não sofre mais influência do nível freático. Na zona 
mosqueada, devido à presença de água, temos a oxidação/redução 
do ferro. 
 
 
 
 
 
 
 
 Oscilação do nível freático: 
Alta precipitação → Ambiente saturado → Se torna um ambiente redutor → tem-se o íon Fe2+ 
que se encontra em solução e pode ser mobilizado → Formam os mosqueamentos (Fe2+ que se 
juntou formando hematita) → Baixa precipitação → Nível freático abaixa → Ambiente se torna 
oxidante → Fe2+ em contato com ooxigênio se torna Fe3+ → o íon Fe3+ é imóvel → Formam-se as 
concreções ferruginosas. 
Todo esse processo também ocorre lateralmente (processo de acumulação absoluta, onde 
explica a migração do Fe, fazendo com que ocorra canga mesmo em terrenos de litologia sem 
presença de Fe). 
 Zona mosqueada: 
Na zona mosqueada não há texturas ou estruturas herdadas da rocha mãe, e há um colapso do 
volume. A parte branca corresponde ao quartzo e a caulinita, a amarela corresponde ao 
hidróxido de ferro e a parte vermelha corresponde ao óxido de ferro (hematita). 
 Depósitos de Bauxita: 
Caulinita → Gibbsita 
Ocorrem em condições 
oxidantes/redutoras, onde os cátions 
básicos (Ca2+, Mg2+ e K) são facilmente 
lixiviados. O Fe2+ é oxidado e substituído 
pelo alumínio que sai das extremidades 
da grade cristalina das argilas, podendo, 
então, ocorrer a formação do hidróxido 
de alumínio. 
 
Em meio úmido e permanentemente 
percolado → Latossolo Gibbsítico – Caulinítico friáveis 
Em meio úmido, saturado ou não, onde há oscilação do nível freático → Mosqueamento e 
concreções ferruginosas 
Em meio úmido com alternância de condições de umidade → carapaças endurecidas 
 
As lateritas podem ser classificadas baseadas na sua composição química, principalmente em 
relação ao conteúdo de Fe e Al, percentagem de óxidos e hidróxidos de Fe e Al , composição 
química e/ou mineralógica e aspectos físicos-
morfológicos. 
 Distribuição na paisagem: 
Os depósitos leteríticos são importantes pois 
“sustentam” a paisagem devido à sua grande 
resistência mecânica, protegendo a paisagem 
contra a erosão, causando, por vezes, inversão de 
relevo. 
Lembrando que as lateritas não se desenvolvem na 
parte mais alta do relevo. O que vemos hoje nas 
partes elevadas teriam sido formadas nas vertentes próximas aos vales. Houve erosão das partes 
mais elevadas, sendo que as áreas mais baixas lateritizadas são resistentes ao processo erosivo 
e se sobressaem na topografia. 
 Fatores que influenciam a formação de lateritas: 
1) Fator litológico 
Diferentes rochas formam diferentes lateritas 
2) Fator climático 
Alta pluviosidade e temperatura, sendo encontradas nas zonas tropicais 
3) Fator morfológico 
Relevo que permite boa drenagem, sem erosão e tectonicamente estável.

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