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Direito do transporte aereo

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Contrato de transporte
Origem 
O contrato de transporte, inicialmente, estava dentro do Codigo comerical que foi largamente revogado pelo CC. O contrato de transporte tem sua genese no direito maritimo, com transporte comercial de carga, por isso seu primeiro assento se deu no codigo comercial. Com a evolucao legislativa, em 1916 nao havia tido o desenvolvimento do transporte aereo e ainda era feito principalmente por trem. No sec. XX a lei das estradas de ferro, foi nossa primeira legislacao a prever responsabilidade objetiva. 
Direito brasileiro
- Lei das Estradas de ferro 
- CF art. 178 “A lei disporá sobre a ordenação dos transportes aéreo, aquático e terrestre, devendo, quanto à ordenação do transporte internacional, observar os acordos firmados pela União, atendido o princípio da reciprocidade”
- CC art. 730 à 756
Com o tempo houve o desenvolvimento da aviacao comercial, e ainda assim o contrato de transporte (aereo, terrestre, maritimo) foi tipificado somente em 2002, com o CC. Quando se foi pensado esse CC na parte do transporte nao se pensou nos termos de contrato aereo, tinha a ideia de transporte terrestre apenas. Num dos primeiros arts que fala sobre esse contrato, é mencionado convencoes internacionais, como sendo significativas no que dizem respeito ao contrato de transporte aereo, quase nao tendo importancia o terrestre. 
Conceito legal
- CC Art. 730 “Pelo contrato de transporte alguem se obriga mediante retribuicao, a transpoertar, de um lugar para o outro, pessoas ou coisas” 
-Clausula implicita de incolumidade: em todo contrato de transporte ha essa clausula, de que o sujeito deve ser transportado em perfeito estado de um lugar para o outro. 
Caracteristicas:
GERAIS
- Bilateralidade: No contrato de transporte coletivo, há de se partir da idéia de que o transportado recebe um benefício maior do que a prestação que ele dá, pois o preço da passagem é inferior ao benefício que ele, individualmente, recebe com o transporte.
- Comutatividade: quando firma o contrato ja sabe exatamente qual ‘e seu conteúdo,como vai ser cumprido e seu objeto
- Consensualidad: acordo de vontades das partes. 
- Informalidade: natureza juridica de bilhete de passagem = prova de existencia do contrato de transporte, nao é o contrato em si, ja que ele ‘e inrfomal. Contrato que se configura pelo comportamento das partes. 
- Onerosidade:o contrato de transporte é, de regra, um contrato oneroso, mas poderá não sê-lo. Sendo gratuito, poderá ser no interesse do transportador ou simplesmente benévolo.
CC art. 736 – Nao se subordina as normas do contrato de transporte o feito gratuitamente, por amizade ou cortesia. PU – nao se considera gratuito o transporte quando, embora feito sem remuneracao, o transportador auferir vantagens indiretas. 
STJ 145 – No transporte desinteressado, de simples cortesia, o transportador so sera civilmente responsavel por danos causados ao transportado quando incorrer em dolo ou culpa grave. 
ESPECIFICAS
- Deslocamento: transporte ‘e o fato material do deslocamento (objeto principal do contrato). Excluídas as aula de pilotagem e utilizacao de aeronave para filmagem de saltos aereos. 
- Consumo: geralmente ‘e um contrato de consumo (excecao – contratos de transporte maritimo). 
- O controle da operacao de transporte deve estar inteiramente nas maos do transportador.Condutar do veiculo ou da aeronave subordinado as ordens da pessoa por ele deslocada ou pelo proprietario ou por quem detenha a poesse do objeto transportado = locacao de servicos. (excecao: taxi. Apesar de dizermos qual o trajeo que queremos, eh uma prestacao de servico de transpote)
- Inicio e termino do contrato de transpote aéreo: como ha a subordinacao do passageiro as ordens da transportadora, o contrato inicia quando o passageiro entrega o cartao de embarque aos funcionarios da empresa. Segue regras de direito publico, sendo entao mais sofisticado.
Elementos do contrato 
- Pessoais
Transportadora: empresa de transporte titular de uma licença de exploração valida 
Passageiro: sujeito passivo do contrato de transporte – é irrelevante saber quem paga o preço 
- Reais
Bagagem: pode ser registrada ou não registrada e o transporte de bagagens é contrato acessório ao contrato de transporte
Carga: quando esta sendo levado apenas o produto solto, não há nenhum individuo viajando junto 
- Formais
Titulos de transporte: bilhete de passagem, de bagagem e declaração de especial interesse na entrega de bagagens 
 
                                              Legislacao aplicavel 
Normas constituicionais (hierarquia maxima) 
CF – art. 178: respeitar os direitos envolvidos em tratados internacionais que digam respeito ao transporte. A lei vai ordenar o transporte domestico, e quanto ao transporte aereo internacional sera relacionado a convencoes, acordos e etc.  
 
CF – art. 5 : a lei dispora sobre a defesa do consumidor. O contrato de transporte aereo na sua esmagadora maioria ‘e um contrato de consumo, por isso esse artigo esta incluso na legislacao aplicavel.  
 
Lei ordinaria/ especial  
CBA (Codigo brasileiro de aeronautica): importante, porque regula as diversas facetas do transporte aereo. Regula a tripulacao,a matricula dos avioes (cada aviao tem uma matricula propria e todos devem estar registrados na ANAC) e alem disso o transporte domestico. O que nao ‘e aplicado no CBA ‘e o que ele fala sobre responsabilidade civil. No CBA a responsabilidade civil dele ‘e subjetiva, e no direito do consumidor a responsabilidade ‘e objetiva, por isso ha essa inaplicabilidade.  
 
Lei ordinaria/ especial (regula uma coletividade de pessoas) 
CDC – art. 14: trata da responsabilidade objetiva dos eventos que envolvem dieito do consumidor.  
 
Lei ordinaria/ geral 
CC arts. 730 a 750: regula o contrato de transporte em geral, podendo ser qualquer tipo de transporte 
 
Lei ordinaria/ especial 
Convencao de Montreal – regula o transporte aereo intertnacional, e entrou em vigor para o Brasil em julho de 2006. No final dos anos 80 a industria da aviacao ja estava mais do que estabelecida e nao presicaria mais desses tetos indenizatorios, houve entao uma mudanca de paradigma, a protecao era da industria emergente, e agora passou a ser em favor da pessoa para qual os servicos sao prestados.  
 
Essa ideia de nao ter teto esbarra em problemas: seguro e tentativa de deslocar a competencia da jusridicao para as cortes americanas, por que la ha dano punitivo e ‘e sem limite. Decidiram fazer um sistema de duplo nivel de responsabilizacao: 1 nivel – responsabilidade objetiva com teto de responsabilizacao em 116 mil direito espciais de saque (ponderacao de moedas composta de 5 moedas). 2 nivel – responsabilidade subjetiva com inversao do onus da prova, sem limite.  
 
Colocamos a convencao de montreal no nosso ordenamento juridico sem nenhuma reserva, ninguem falou sobre. O entendimento do judiciario ‘e a de que nao existe limite indenizatorio no Brasil, a responsabilidade sempre sera objetiva por conta do CDC. E mesmo assim aprovamos essa convencao sem nenhuma reserva dos artigos que tratam do limite indenizatorio.  
 
PROBLEMAS 
Excludente de responsabilidade: 
CDC art. 14 $3 –  fornecedor nao responde quando nao houver defeito ou quando for culpa exlusiva do consumidor ou de terceiro. X   CC art. 734 – transportador nao responde quando houver forca maior.  
 
O CDC ‘e lei especial que prevalece sobre lei geral, mas nesse caso o CC ‘e mais benefico para o consumidor, como resolver entao? Deve haver uma atualizacao do criteiro de solucao de antinomias, a fim de favorecer o proprio consumidor. Deve ver no sistema de defesa do consumidor o que ‘e mais benefico para ele. Nesse caso entao, exlcuiria a incidencia do CDC e aplicaria o CC, pois ‘e mais favoravel ao consumidor.  
 
                                                      Transporte domestico 
Art. 215 CBA – considera-se domestic todo transporte em que os pontos de partida, intermediaries e de destinoestejam situados em territorio nacional. $unico – o transporte nao perdera este carater se, por motivo de forca maior, a aeronave fizer escala em territorio estrangeio, estando porem, em territorio brasileiro os seus pontos de partida e chegada.  
 
                                                  Transporte internacional 
Convencao de Montreal art.1.2 – Para os fins da presente convencao, o transpote entre dois pontos dentro de um territorio de um so estado parte, sem uma escala acordada no territorio de outro estado, nao se considerara transporte internacional.  
 
Hipoteses: Rio – Lisboa – Rio com escala na ida em Recife e no Porto e na volta em Salvador.  
Problemas tecnicos: viagem interrompida em Recife. Voo ‘e domestico ou internacional?  
‘E internacional, apesar de ter parado em Recife. Porque nao estava imaginando que fosse parar la e ficar indefindamente. 
Escala prevista em Recife. Problemas com o aviao (pax retidos na aeronave por 3 horas ate o desembarque). ‘E domestico ou internacional? 
Internacional, pois o ponto de partida e de chegada ‘e em outro pais. Nao interessa onde vai parar entre Rio – Lisboa, o voo vai sempre ser considerado como internacional. ‘E importante a intencao das prtes, que foi celebrar um contrato de voo internacional.  
                                                         Aplicabilidade da CM 
Art. 1.1 CM – a presente convencao aplica-se a todas as operacoes de transporte internaiconal de pessoas, bagagens ou mercadorias em aernova efetuadas a titulo oneroso. A presente convencao aplica-se igualmente as operacoes grautitas de transpote em aeronva efetuadas por uma empresa de transportes aereos.  
Pressuportos concorrentes: 
- transpote internacional 
- de pessoas, bagagem ou mercadorias (empresarial) 
- efetuado por aeronave (nao precisa ser aviao, pode ser helicoptero por exemplo)  
- efetuado por uma empresa de transportes aereos: essa empresa de transporte aereo ‘e aquele que tem um registro nos orgaos competentes (ANAC) para a atividade de transporte, deve ter licenca valida para exploracao dos transportes aereos.  
- a titulo oneroso ou gratuito: distincao entre o transporte desinteressado e o transporte interessado 
 
De pessoas bagagem ou mercadorias 
Polemica: 
- Animais : Nao existe regulacao para isso, ao fazer transporte de animal tem que ser de porte pequeno para ser levado na cabiune mas se for de porte medio ou grande ‘e no porao do aviao. Quando acontece algum problema com o animal a jurisprudencia anda oscliante, nao havia antigamente dano moral pois era considerado um bem. Mas hoje em dia esta sendo progressivamente alterada, e ja esta sendo dado dano moral ou material.  
 
- Cadaveres: quando ocorre acidente no aviao que esta transportando cadaver, haveria que dar dano moral se fosse no Brasil.  
Ex. Quando airton senna faleceu o corpo veio da Italia e o piloto na forca aerea se recusou a transportar o corpo dele no porao, pois seria indigno, foi uma comocao tao grande que o caixao foi colocado dentro do aviao da classe economica.  Se tivesse ocorrido algo com o corpo dele teria dano moral ou talvez dano material com gasto de caixao e etc.  
 
Efetuado por aeronaves 
- Convencao sobre Aviacao Civil internacional firmada em chicago em 1944 (Convencao de Chicago) 
- Anexo 7 : “Toda maquina que pode sustentar-se na atmosfera por reacoes do ar que nao sejam as reacoes deste contra a superficie da terra”.  
 
Efetuado por empresa de transporte aereo 
- Titula de licenca valida que ‘e proferida pela ANAC 
 
A titulo oneroso 
- Lembrar transporte de cortesia/desinteressado/interessado  
 
                                                                       Linhas gerais  
- A insercao do two tier system de responsabilidade com responsabilidad objetiva da transportadora ate o limite de 100 mil euros, e responsabilidade subjetiva baseada na culpa quando o montante indenizatorio exceda a cifra mencionada , sem teto indenizatorio.   
- A substituicao da indenizacao no caso de atraso , perda, derstruicao ou avaria de bagagem despachada a partir do seu peso pleo limite de 1000 euros por passegiros.  Nos nao temos esse limite no Brasi, pode ser muito mais do que isso, dependendo da situacao em que se encontra. Ex. Casamento: a noiva perde a bagagem com o vestido de noiva dentro.  
- A inclusao da responsabilidade da transpotadora contratual e a transportadora de fato, originaria da Convencao de Chicago. Tem dois tipos de transportadora, pois hoje em dia ha  aliancas aereas, e ambas serao responsaveis. 
 
                                                   Transporte cumulativo 
Tem um contrato e duas ou mais transportadoras. No Brasil a responsabilidade desse transporte vai ser solidaria, porque existem um negocio previo entre elas para poder permitir para o consumidor esse tipo de transporte.  
 
‘E preciso que tenha gavido um negocio previo entre os diversos transportadores, do ual nasca a autorizacao de cada empresa para a venda de bilhetes representativos de um so contrato com o usuario. A unidade do contrato ha de ter sido previamente autorizada por todos os participantes do transporte cumulativo.  
 
                                                   Transporte Sucessivo 
Tem diversos contratos com duas ou mais transportadoras. Ha tantas relacoes juridicas entre credor e devedor quantos forem os trechos do itinerario; cadeia de contratos, cada um com obrigado independente dos demais.  
Ex. Se uma agencia de viagem vende duas passagens de duas transportadoras diferentes para um passageiro, com possibilidade de conexao dos trechos : 
GIG – GRU : TAM  
GRU- BSB : GOL 
Sucessivo: com obrigacoes divisiveis e responsabilidade limitada a cada trecho respectivo . 
                                             Regras gerais sobre transporte aereo 
Antes de viajar: 
- controle de preco de passagens: no rbasil vige a regra da liberdade tarifaria, ou seja, pode cobrar o preco que quiser mas as vezes ha promocoes.  
 
- preco crianca: crianca ate 3 anos de idade paga so 10% do valor da passagem se ela viajar no colo dos pais. Se nao viajar com ela no colo, pagara integralmente pelo assento.  
 
- seguro viagem: obrigatorio? Nao precisa desse seguro pois a responsabilidade ja ‘e da transportadora.  
 
- alteracoes e desistencias: encargos e reembolsos- a companhia aerea pode cobrar se quisermos alterar a passagem, temos diversas regras tarifarias, quanto mais barata for a passagem mais caro sera para fazer qualquer alteracao e mais custoso sera o reembolso. Existem companhias aeras estrangeiras que vendem passagens como nao reembolsaveis, mas no Brasil nao se perde tudo, pode levar multa/encargos mas nao se perde a psssagem integralmente. Quanto mais cara for a passagem, o encargo de alteracao vai ser menor.  
 
- probicao de transferencia de bilhetes: bilhete aereo ‘e personalissimo, compra e nao pode passar adiante mesmo que nao va mais viajar.  
 
- bagagem de mao: a racio dos tribunais ‘e de que se o sujeito tiver lugar para colocar em cima do seu assento a bagagem a resonsabilidade ‘e dele, mas se a teve que colocar num lugar distante a transportadora assume o risco. Mas isso ;e resolvido no campo probatorio.  
 
- bagegem despachada: declracao de valor de bagagem – tem gente que coloca coisas de valor dentro de bagagem despachada, o que nao deve ser feito, mas as vezes o objeto ‘e grande e nao tem outro jeito. O que pode fazer em relacao a isso? Se for algo de valor alto ‘e fazer uma declaracao de valor de bagagem.  Caso contrario, tambem sera uma questao probatoria.    
 
- transporte internaiconal: visto e vacinacao: existem paises que exigem visto , e se chegar no pais sem o visto nao podera entrar . A companhia responde, pois ‘e obrigacao dela conferir e barrar. E tem outros paises que precisam de vacinacao, antes de sair do pais ja deve ter conferido esse aspecto e se nao for conferido a companhia aerea devera ser responsabilizada.  
 
- ataraso: 1,2 e 4 horas,de 1 hora devera ter direito a ligacao , ou comunicacao, com atraso de 2 horas devera ter lanche , de 4 devera ter acomodacao/ cancelamento/ pretericao de embarque 
 
Durante o voo 
- alteracao de lugar: a vaga no aviao ‘e garantida mas o lugar nao, entao pode haver mudancas de assento.  
- refeicoes: cobranca – pode haver cobranca de refeicao, pois o contrato ‘e de transporte.  
- problemas disciplinares:o aviao pode parar no meio da viagem, e esta obrigado a aceitar o comando do piloto e das aeromocas.  
 
Apos o voo 
- devolucao de bagagem : danos prazo maximo = 7 dias  
- extravio e perda: extravia: voos domesticos: 30 dias e voos internaiconais : 21 dias 
Apos esses prazos a bagagem ‘e considerada perdida, e a questao sera em relacao de quantificacao do dano.

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