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CHLOROPHYTA (Clorófitas ou algas verdes) Algas verdes, briófitas e plantas vasculares são os únicos grupos de organismos que apresentam clorofilas a e b, armazenam amido no interior dos plastos, têm paredes celulares de celulose, hemicelulose e substâncias pécticas. Além disso, a estrutura microscópica das células reprodutivas flageladas de algumas espécies de clorófitas assemelham-se aos anterozoides das plantas. Dados moleculares indicam fortemente que as algas verdes e as plantas terrestres (briófitas e plantas vasculares) formam um grupo monofilético Viridiplantae Ca. 17.000 espécies, fotossintetizantes, heterótrofas, simbiontes. Unicelulares, flageladas ou não, coloniais, filamentosas, ramificadas ou simples, cenocíticas, laminares ou parenquimatosas. Parede celular de celulose, e/ou carbonato de Cálcio ou Magnésio, e pectina. Flagelos geralmente 2 ou 4. Clorofilas a e b, caroteno e xantofila; de cor verde, verde amarelada, laranja, ferrugem ou avermelhada. Cloroplastos: geralmente pequenos e numerosos, com tilacoides organizados em pilhas formando granum (grana); pirenoides às vezes presentes. Reserva: Amido (armazenado nos cloroplastos) e lipídeos. Clorófitas: morfologia, ciclos de vida e ecologia Reprodução: divisão celular, fragmentação, zoósporos, aplanósporos e autósporos; iso até oogâmica; na maioria das espécies os gametas são unicelulares; nas Carofíceas células estéreis protegem os gametângios; o zigoto pode ter uma parede pluriestratificada, grande quantidade de substâncias de reserva e passar por uma fase de repouso; alternância de gerações iso ou heteromórfica. Habitat: dulcícolas, ca. 10% marinhas (bênticas), de águas quentes; solo, troncos de árvores, neve, gelo, rocha; simbiontes (fungos), epífitas e epizoicas, etc. CHLOROPHYTA (CLORÓFITAS) Algas da neve são peculiares por sua tolerância às temperaturas extremas, à acidez e aos altos níveis de irradiação e por apresentarem necessidades mínimas de nutrientes para o crescimento. A. Em muitas partes do mundo, como nas áreas alpinas do norte do México ao Alasca (EUA), a presença de grandes quantidades de algas da neve produz a chamada neve vermelha durante o verão. Esta fotografia foi tirada próximo a Beartooth Pass, em Montana. B. Zigoto dormente de alga da neve Chlamydomonas nivalis. No zigoto, a cor vermelha resulta dos carotenoides que servem para proteger a clorofila. C. A neve verde ocorre logo abaixo da superfície, geralmente próximo ao dossel das árvores, nas florestas alpinas. Ela está amplamente distribuída, ocorrendo ao sul desde o Arizona e até o Alasca e Quebec (Canadá), ao norte. Esta fotografia foi tirada em Cayuse Pass, Parque Nacional Monte Rainier, Washington. D. Zigoto de resistência da alga Chloromonas brevispina, encontrada na neve verde. E. Três zigotos de resistência, de cor alaranjada brilhante, de Chloromonas granulosa, a alga responsável pela neve alaranjada. O único zigoto amarelado se tornará alaranjado na maturidade. água doce, água salgada; solo, madeira e neve. Na citocinese formam ficoplasto (orientação paralela ao plano de divisão celular). São unicelulares, coloniais, filamentosas e laminares. Chlorophyceae Volvox – colonial, consiste de um esferoide oco, com 500- 60.000 células vegetativas, biflageladas, fotossintetizantes e poucas células reprodutivas, maiores, não flageladas, que após mitoses sucessivas formam esferoides juvenis, os quais eclodem do esferoide parental. Reprodução sexuada: oogâmica, sincronizada na colônia por uma célula indutora da sexualidade. Chlamydomonas – dulcícola, unicelular, 2 flagelos; cloroplasto: c/ estigma e pirenoide; parede celular glicoprotéica, não celulósica. Reprodução sexuada (isogamia) e assexuada por divisão simples ou zóosporos; meiose zigótica. Pediastrum boryanum Volvox Chlorococcum infusionum clorofícea unicelular não móvel Hydrodictyon clorofícea colonial não móvel Frictschiella clorofícea filamentosa ramificada Flagelos 2, 4 ou mais. Têm alternância de gerações com meiose espórica, ou ciclo vital de fase diploide dominante e meiose gamética. Marinhas, de água doce. Filamentosas, cenocíticas e laminares. O fuso mitótico é persistente durante a citocinese. Ulvophyceae Codium células grandes, cenocíticas (mitoses nucleares sucessivas sem formação de parede celular) ramificadas ou não; paredes celulares somente são produzidas nas fases reprodutivas; algumas têm talo com impregnações de Ca e outras produzem compostos secundários que reduzem a herbivoria por peixes. Cladophora ocorre em água doce e salgada; forma filamentos longos e ramificados; comum em águas tropicais e temperadas. Ulva: talo achatado, liso, com 2 camadas de células de espessura, fixo ao substrato por um apressorio; reprodução sexuada isogâmica e ciclo de vida com alternância de gerações isomórfica. Ciclo de vida - Ulva Charophyceae Unicelulares, coloniais, filamentosas e parenquimáticas; ocorre em água doce e salobra. Spirogyra: filamentosa, não ramificada, envolvida por uma bainha de mucilagem; ocorre em água doce. Reprodução assexuada por divisão simples ou fragmentação; reprodução sexuada isogâmica; meiose zigótica. Divisão celular em Micrasteria thomasiana. A metade menor de cada indivíduo-filho crescerá até o tamanho da metade maior, atingindo o tamanho normal da espécie. As desmídias constituem um grupo dulcícola relacionado com Spirogyra. A maioria das espécies é unicelular, com indivíduos formados por duas semicélulas ligadas por uma constrição estreita, o istmo. Coleochaete: cresce sobre rochas ou sobre plantas submersas; tem forma discoide, o crescimento é apical ou periférico; células com 1 cloroplasto e 1 pirenoide. Micrasteria Closterium Reprodução sexuada oogâmica; meiose zigótica. Gametângios distintos dos das demais algas por serem pluricelulares. Os anterídios são globosos, laterais nos nós; cada anterozoide é biflagelado, sem cloroplasto e com uma mancha ocelar. Pouco acima dos anterídios ocorrem os oogônios, grandes e verdes, recobertos por células grandes, tubulares e torcidas, que produzem a oosfera. Após a fecundação, o zigoto se circunda por uma parede resistente de esporopolenina. Este permanece preso ao talo parental e estimula o crescimento de células da camada que o recobre. Estas células são células especializadas ( células de transferência), e possivelmente estão relacionadas com o transporte de nutrientes, gametófito & esporófito. Haematococcus – fonte de astaxantina (antioxidante) Caulerpa taxifolia - invasora agressiva Ostreococcus tauri Ulva lactuca Trentepohlia – filamentosa, frequentemente forma liquens em associação simbióticas com fungos; produz grande quantidade de carotenoides, que funcionam na proteção contra a intensidade luminosa. Stomatochroon – parasita ou epífila; ocorre nos trópicos e subtrópicos. Cephaleuros - Gênero parasita de algumas plantas tropicais de importância econômica (café, manga, goiaba, etc.); ocorre nos trópicos e subtrópicos. Botryococcus Botryococcus braunii – colonial, 30-500 µm, formada por células elípticas embebidas numa matriz mucilaginosa. No ambiente natural e em águas paradas flutua devido à acumulação de óleos, que podem ultrapassar 80% da sua biomassa seca. Apresenta coloração verde, laranja, vermelha ou castanha. Tem sido investigada como fonte potencial de combustível.