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TCC REDES DE TELECOM IMPLANTAÇÃO DE ANTENA SMALL CELL NO METRORIO (1) (1)

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
CRISTIANE DA SILVA GOMES RICARDO CAETANO DOMINGUES THIAGO DA SILVA ARAUJO
IMPLANTAÇÃO DE ANTENAS SMALL CELL NO METRÔRIO
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2016
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IMPLANTAÇÃO DE ANTENAS SMALL CELL NO METRÔRIO
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO APRESENTADO À UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA A OBTENÇÃO DO TÍTULO DE TECNÓLOGO EM REDES DE TELECOMUNICAÇÕES.
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ORIENTADOR: FLÁVIO SEIXAS
IMPLANTAÇÃO DE ANTENAS SMALL CELL NO METRÔRIO
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO APRESENTADO À UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA A OBTENÇÃO DO TÍTULO DE TECNÓLOGO EM REDES DE TELECOMUNICAÇÕES.
ORIENTADOR: PROFº. MSC FLÁVIO SEIXAS
Aprovada em Rio de Janeiro, de de 2016. BANCA EXAMINADORA:
Professora MSc Sônia Regina dos Santos Almeida.
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
Professor MSc Flávio Seixas. UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
Professor Especialista Antônio Alves Sérgio Cavalcante.
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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
AGRADECIMENTOS
A Deus por nos ter dado saúde e força para superar as dificuldades.
A esta universidade, seu corpo docente, direção e administração que oportunizaram a janela que hoje vislumbramos um horizonte superior, eivado pela acendrada confiança no mérito e ética aqui presente.
A nosso orientador Flávio Seixas, pelo suporte no pouco tempo que lhe coube, pelas suas correções e incentivos.
A nossa família, pelo amor, incentivo e apoio incondicional.
E a todos que direta ou indiretamente fizeram parte da nossa formação, o nosso muito obrigado.
DEDICATÓRIA
As maravilhas de Deus estão a nosso dispor por toda a vida, basta que lutemos para conquistar o espaço que é nosso no mundo. Dedicamos este TCC a nossa família pela fé e confiança demonstrada. Aos nossos amigos pelo apoio incondicional. Aos professores pelo simples fato de estarem dispostos a nos ensinar. A nosso orientador pela paciência demonstrada no decorrer do trabalho. Enfim, a todos que de alguma forma tornaram este caminho mais fácil de ser percorrido. Obrigado a todos que fizeram parte da nossa longa e feliz trajetória.
"... Importante, em verdade, é o homem que está na arena, com a face coberta de poeira, suor e sangue; que luta com bravura, erra e, seguidamente, tenta atingir o alvo. É aquele que, no sucesso, melhor conhece o triunfo final dos grandes feitos e que, se fracassa, pelo menos falha com ousadia, de modo que o seu lugar jamais será entre as almas tímidas, que não conhecem nem a vitória, nem a derrota..."
Theodore Roosevelt
RESUMO
Conforme observações sobre reclamações feitas por usuários em relação a cobertura celular nas linhas e estações do metrô no Rio de Janeiro, este trabalho tem como objetivo planejar e implantar uma infraestrutura baseada em antenas small cell, observando o custo de planejamento, instalação e manutenção desses equipamentos. A proposta é instalar pequenos pontos de acesso sem fio e de baixa potência nas linhas e estações do metrô, com o objetivo de preencher áreas que não são cobertas pelo sinal da rede celular, disponibilizar conexão à internet via Wi-Fi e aumentar a capacidade de transmissão em pontos com grande concentração de usuários, melhorando a qualidade do serviço e a experiência do usuário.
Palavras-chave: Redes de Telecomunicações, Small Cell, Redes Heterogêneas
ABSTRACT
There are many customer complaints about cellphone signal lost in subway stations in Rio de Janeiro. This paper describes a cell phone network expansion project using small cells based platform. This paper also compares the costs related to deployment, operation and maintaining of such platform. The objective is deploying small cells based access points, providing lower energy consumption and covering areas that wouldn’t be covered by a conventional cellphone infrastructure. Additionally, such platform will provide internet access by WiFi and broad band, so as to offer a high data rate in high concentration user areas, as result, we expect improving the quality of service.
Keywords: Telecommunications Networks, Small Cell, Heterogeneous Networks
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Linha 1 e Linha 2 do MetrôRio ..................................................................... 18
Figura 2 – Ilustração de uma rede Heterogênea ........................................................... 27
Figura 3 – Cobertura da Estação macro-eNB e da Estação small cell .......................... 28
Figura 4 – Cobertura da Estação macro-eNB e da Estação small cell com CRE.......... 29
Figura 5 – Comunicação entre Estações utilizando ICIC .............................................. 30
Figura 6 – Comunicação utilizando eICIC ..................................................................... 31
Figura 7 – Plataforma LampSite .................................................................................... 35
Figura 8 – Plataforma SingleDAS.................................................................................. 36
Figura 9 – Pico Unidade de Rádio Remoto – pRRU3901 ............................................. 37
Figura 10 – Comutador Remoto – RHUB3908 .............................................................. 38
Figura 11 – Unidade de Banda Base – BBU3900/BBU3910 ......................................... 40
Figura 12 – Painel LMPT ............................................................................................... 41
Figura 13 – Painel UMPT .............................................................................................. 41
Figura 14 – Painel LBBP ............................................................................................... 41
Figura 15 – Painel UPEU .............................................................................................. 42
Figura 16 – Painel FAN ................................................................................................. 42
Figura 17 – Ponto de Interface – POI E15V67P04 ........................................................ 43
Figura 18 – Unidade de Rádio Remoto – RRU3908 ..................................................... 44
Figura 19 – Sistema de gerenciamento de rede – NMS M2000 .................................... 45
Figura 20 – Cabo Óptico CPRI ...................................................................................... 46
Figura 21 – Cabo UTB Cat.6 ......................................................................................... 47
Figura 22 – Cabo Irradiante........................................................................................... 48
Figura 23 – Infraestrutura de telefonia móvel instalada................................................. 51
Figura 24 – Arquitetura da Plataforma LampSite .......................................................... 53
Figura 25 – Arquitetura da Plataforma SingleDAS ........................................................ 55
Figura 26 – Diagrama Unifilar da Plataforma LampSite ................................................ 56
Figura 27 – Diagrama Unifilar da Plataforma SingleDAS ..............................................56
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Comparação entre as tecnologias ............................................................... 21
Tabela 2 – Cronograma de execução ........................................................................... 58
Tabela 3 – Custo de equipamentos............................................................................... 60
Tabela 4 – Custos do Projeto ........................................................................................ 60
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 13
CAPÍTULO 1 – CLIENTE.............................................................................................. 16
1.1. Concessão Metroviária do Rio de Janeiro – MetrôRio ........................................... 16
1.2. Infraestrutura atual ................................................................................................. 17
1.3. Necessidades do cliente......................................................................................... 20
1.4. Solução proposta.................................................................................................... 21
CAPÍTULO 2 – TECNOLOGIA SMALL CELL.............................................................. 24
2.1. Definição ................................................................................................................ 24
2.1.1. Estação Microcell (Microcélula) ............................................................... 25
2.1.2. Estação Picocell (Picocélula) .................................................................... 25
2.1.3. Estação Femtocell (Femtocélula).............................................................. 25
2.2. Redes Heterogêneas – HetNet .............................................................................. 26
2.2.1. Células internas e externas ...................................................................... 32
CAPÍTULO 3 – PLATAFORMAS E EQUIPAMENTOS ................................................ 35
3.1. Plataformas LampSite e SingleDAS da Huawei ..................................................... 35
3.1.1. Pico Unidade de Rádio Remoto – pRRU3901 .......................................... 37
3.1.2. Comutador Remoto – RHUB3908............................................................. 38
3.1.3. Unidade de Banda Base – BBU3900/BBU3910 ....................................... 39
3.1.4. Ponto de Interface – POI E15V67P04 ...................................................... 43
3.1.5. Unidade de Rádio Remoto – RRU3908 .................................................... 43
3.1.6. Sistema de gerenciamento de rede – NMS M2000 .................................. 44
3.1.7. Cabo óptico CPRI ..................................................................................... 46
3.1.8. Cabo UTP Categoria 6 – Cat.6 ................................................................. 46
3.1.9. Cabo Irradiante ......................................................................................... 47
CAPÍTULO 4 – O PROJETO ........................................................................................ 49
4.1. Escopo do projeto................................................................................................... 49
4.2. Nova topologia ....................................................................................................... 50
4.3. Plataforma LampSite .............................................................................................. 52
4.3.1. Arquitetura da Plataforma LampSite ......................................................... 52
4.4. Plataforma SingleDAS ............................................................................................ 54
4.4.1. Arquitetura da Plataforma SingleDAS ....................................................... 54
4.5. Etapas de implantação e cronograma .................................................................... 55
4.6. Planilha de custos .................................................................................................. 59
CONCLUSÃO ............................................................................................................... 61
REFERÊNCIAS............................................................................................................. 62
GLOSSÁRIO ................................................................................................................. 70
INTRODUÇÃO
Devido à necessidade do acesso às informações de forma rápida e instantânea, e também às facilidades que se apresentam com o surgimento de novas tecnologias, um dos temas mais discutidos e falados no mundo tecnológico é a telefonia celular. A história da telefonia celular é recente e, conforme a evolução acontecia, novos serviços surgiram com a utilização das tecnologias disponíveis. Na primeira geração da telefonia celular, ainda na década de 1980, o sinal utilizado nas transmissões sem fio é o analógico e, apesar de permitir transmissões na velocidade similar à conexão discada, essa primeira geração pouco chegou a ser utilizada para tráfego de dados, pois logo na década de 1990 começa a ser implantado a tecnologia de segunda geração (2G), que utiliza o sinal digital GSM (Global System for Mobile Communications). O GSM é estabelecido como o principal recurso de conversação, por oferecer todas as ferramentas necessárias para as operadoras. Para o uso de Internet móvel, no entanto, já está bastante defasado. Para o tráfego de dados é implantado o que ficou conhecido como 2,5G, que serviu como padrão de transição para a tecnologia 3G. A geração 2,5G utiliza as tecnologias GPRS (General Packet Radio Service) e EDGE (Enhanced Data Rates for GSM Evolution), que oferecem maiores velocidades para transmissão de dados.
Com o aumento dos serviços de banda larga móvel, é necessário criar sistemas de comunicações capazes de suportar o grande número de pessoas conectadas a rede, que utilizam muito das vezes, dispositivos celulares em ambientes relativamente pequenos, porém com grande fluxo de pessoas.
13
Em resposta ao aumento de pessoas conectadas, a tecnologia 3G começou a ser desenvolvida e no ano de 2000 a ITU-R (International Telecomunications Union – Radiocommunication Sector) aprovou de forma unânime as especificações técnicas para os sistemas de terceira geração (3G) sob a marca IMT-2000. As redes 3G utilizam as tecnologias WCDMA (Wide-Band Code Division Multiple Access) ou CDMA (Code Division Multiple Access). O WCDMA inclui as tecnologias HSPA (High Speed Packet Access) e a evolução HSPA+, também comercializado no Brasil com o nome de 3G e 3G+, respectivamente. Estas tecnologias preveem velocidades muito superiores às alcançadas pelas redes anteriores. Por fim, em março de 2008
foi definido o conjunto de especificações IMT-A (International Mobile Telecommunications – Advanced), surgindo a tecnologia 4G, que oferece desempenho e velocidades mais estáveis para os consumidores em comparação com a tecnologia anterior. As redes 4G conseguem alcançar velocidades que representam a verdadeira banda larga móvel: algo entre 50 e 100 Mbps, e utilizam- se principalmente da tecnologia LTE (Long Term Evolution). A LTE é uma tecnologia móvel de transmissão de dados que foi criada com base no GSM e WCDMA, com a diferença que dessa vez a tecnologia prioriza o tráfego de dados ao invés do tráfego de voz, proporcionando uma rede de dados mais rápida e estável.
A arquitetura atual da rede móvel celular consistente apenas de macrocélulas (Estações Rádio Base de grande porte) e não é suficiente para oferecer um bom desempenho a um grande número de usuários. Assim, em vez de as operadoras melhorarem a sua cobertura atravésdo posicionamento de novas macrocélulas, que são equipamentos caros, elas poderiam utilizar as antenas small cell de menor cobertura, conhecidas como micro/picocélulas, para atender essa demanda de usuários.
O maior desafio das operadoras de telecomunicações é melhorar a cobertura do sinal celular em ambientes fechados e com grande fluxo de usuários, como por exemplo, as linhas e plataformas do metrô no Rio de Janeiro, onde é quase unânime as opiniões negativas sobre o sinal celular, por não disponibilizarem de antenas que garantem essa cobertura. [1 – 3]
O objetivo deste trabalho é implantar nas linhas e estações do MetrôRio a tecnologia de antenas small cell, formadas por equipamentos com menor consumo de energia, mais barato e menor tempo de implantação, para preencher os locais onde o sinal da rede externa não chega e atender de forma rápida e econômica os passageiros que utilizam diariamente esse meio de transporte.
14
Será apresentado neste trabalho, no capítulo 1 (Cliente), a sua área de negócios, o cenário atual em que se encontra, suas necessidades de melhorias e a solução proposta nesse trabalho visando atendê-las.
No capítulo 2 (Tecnologia Small Cell), será apresentado a tecnologia usada no projeto, a sua definição, onde ela pode ser implantada e as técnicas que ela utiliza para apresentar um melhor desempenho na rede.
No capítulo 3 (Plataformas e Equipamentos), é apresentado as plataformas que se adaptam a infraestrutura do cliente para atender as suas necessidades, e as definições de cada equipamento que integram essas plataformas.
15
No capítulo 4 (O projeto), apresenta o escopo do projeto, que destacam as plataformas utilizadas na infraestrutura do cliente e como elas são compostas, as etapas e o cronograma de execução das atividades, apresentação do Layout de localização dos equipamentos, o diagrama de fluxo de dados, a nova topologia do cliente e a planilha de custos do projeto.
CAPÍTULO 1 – CLIENTE
Para entender melhor o cliente este capítulo apresenta o seu perfil, a área de negócios em que atua, o cenário atual em que se encontra sua infraestrutura, suas necessidades de melhorias e as possíveis soluções propostas visando atendê-las.
1.1 – Concessão Metroviária do Rio de Janeiro – MetrôRio
O MetrôRio (nome fantasia) localizado na Av. Presidente Vargas nº 2000 – Centro - Rio de Janeiro - CEP: 20210-031, Site: https://www.metrorio.com.br/, é a rede de metrô em operação no município do Rio de Janeiro, desde quando foi inaugurada a Linha 1 em março de 1979 em seguida a Linha 2 em novembro de 1981. Tem como missão Prover soluções de mobilidade urbana, com rapidez, previsibilidade e confiabilidade. Visando ser referência em mobilidade urbana nas Américas, admirada e respeitada pelos seus usuários, colaboradores, sociedade e acionistas, com geração de valor e busca permanente pela sustentabilidade.
É membro da ITP – International Association of Public Transport, entidade criada para defender mundialmente o setor de transporte público, a mobilidade sustentável e promover inovações ao segmento. Em dezembro de 2009, o MetrôRio passou a fazer parte do Grupo Invepar – Investimentos e Participações em Infraestrutura S.A, juntando-se à CART – Concessionária Auto Raposo Tavares (SP), LAMSA – Linha Amarela S.A (RJ) e CLN – Concessionária Litoral Norte (BA).
16
No dia 19 de dezembro de 1997, na Bolsa de Valores do Rio, o Consórcio Opportrans adquiriu o contrato de concessão com direito de explorar o serviço metroviário durante 20 anos, depois renovado até 2038, assumindo em abril de 1998 o controle do serviço de transporte público metroviário.
A empresa MetrôRio assumiu a concessão do metrô carioca e está sob seu controle a administração e a operação das Linhas 1 e 2, ficando as expansões da rede metroviária e aquisição de novos trens a cargo da Rio Trilhos (Governo do Estado).
Hoje são 36 estações ao longo de 42 quilômetros de vias construídas, utilizadas anualmente por 180 milhões de pessoas. Nos próximos anos, planeja-se que a rede de metrô do Rio de Janeiro tenha um acréscimo de 54 quilômetros divididos em duas linhas e 20 estações. A linha 3, de 22 quilômetros com 14 estações e a linha 4, de 32 quilômetros com 6 estações, totalizando 4 linhas e 56 estações. [4 – 8]
1.2 – Infraestrutura atual
Em 2013, a Concessionária conquistou a certificação ISO 9001, concedida para empresas que prezam pela excelência de operação.
Atualmente possui 42 km de trilhos e 22,65 km de metrô na superfície. Desde 2009, foram construídas novas estações (Cidade Nova e Uruguai) e realizado investimentos em infraestrutura, como a construção do estacionamento de trens na estação Central, construção de subestações de energia, o Centro de Manutenção e a compra de 19 trens em março de 2013 que atendem, preferencialmente, a Linha 2.
17
As operações metroviárias na Linha 1, entre as estações Uruguai e General Osório, compreendem 20 estações, e na Linha 2, entre as estações Pavuna e Botafogo, compreendem mais 26 estações (incluindo 10 estações do trecho compartilhado entre as duas linhas), ao longo de 42 km de extensão com 49 trens que estão incorporados à operação: 16 deles operam na Linha 1 e 26 na Linha 2, conforme ilustrado na Figura 1. E a partir de 2016, quando a Linha 4 (Barra da Tijuca - Ipanema) começar a operar, o sistema metroviário terá um aumento de 15 novas composições. Em março de 2014, a estação Uruguai, a 36ª do sistema, foi inaugurada. Com média de 26,5 mil usuários por dia, permitiu a ampliação do metrô para a região da Tijuca com total acessibilidade.
Também opera diretamente duas linhas de ônibus, sob a denominação “metrô na superfície”. As linhas do metrô na superfície são utilizadas para trazer até as estações metroviárias os passageiros de bairros que não são atendidos diretamente pelas linhas do metrô. [9 – 10]
Figura 1 – Linha 1 e Linha 2 do MetrôRio.
18
Fonte: Adaptada pelos autores, apud [11].
Além dos serviços de comodidade que o MetrôRio oferece como: Banheiros públicos, caixas eletrônicos/Bancos 24h, máquinas ATM, Redes de lojas, etc. Foi implantado um serviço de Wi-Fi (rede sem fio) gratuito nas estações de Botafogo, Flamengo, Largo do Machado, Catete, Glória, Cinelândia, Carioca, Uruguaiana, Presidente Vargas, Central, Praça Onze, Estácio, Afonso Pena, São Francisco Xavier, Saens Peña, Uruguai, São Cristóvão e Maracanã. A iniciativa foi contratada junto à empresa Linktel, operadora especializada em redes sem fio e, mais recentemente, passou a contar com os equipamentos produzidos pela Cisco - a Controladora 8500, os Access Points Cisco Aironet 2602-i e os equipamentos de gerência Cisco PRIME (arquitetura) e MSE, que integra as soluções Prime LMS (LAN Management Solutions) e Prime NCS (Network Control System). A infraestrutura foi implantada em topologia “estrela”, interligada com a central da concessionária e com os pontos de Wi-Fi dispostos nos mezaninos e nas plataformas para acesso dos usuários e estabelecimentos comerciais dentro das estações. O usuário preenche um cadastro único com informações básicas (serve para todas as estações do MetrôRio) – nome completo, RG, CPF e login/senha – para se conectar 02 vezes por dia com duração de 15min cada acesso, porque segundo informações essa é a média (30min) de permanência de embarque e desembarque dos usuários, e parâmetro usado para indicar a facilidade de parametrização da rede. Os dados coletados são usados pelo MetrôRio na otimização de sua comunicação, utilizando a base de dados para o envio de informações segmentadas via SMS ou e-mail (como horários de manutenção, ajuste de tarifas, entre outros). E aqueles que possuem o aplicativo da Linktel em seus dispositivos de outros locais também podem se conectar ao Wi-Fi do Metrô. A utilização do Wi-Fi é permitida somente nasestações, pois o sinal ainda não abrange os trens.
A Linktel também é responsável pela infraestrutura de rede oferecida aos mais de
200 comerciantes que estão instalados nas estações, entre eles lotéricas, lojas de consertos de roupas, manutenção de celulares e lanchonetes. A operadora monta a estrutura Wi-Fi dentro do estabelecimento e permite ou não se os usuários do metrô podem ter acesso a esse ponto, de acordo com a estratégia adotada pelo lojista. [12
19
– 14]
1.3 – Necessidades do cliente
Por conta do avanço das tecnologias wireless nos smartphones e aparelhos que utilizam essa tecnologia eles se tornaram indispensáveis no nosso dia a dia e uma reclamação comum com os atuais sistemas de comunicação sem fio é sua cobertura irregular, especialmente em ambientes indoors (internos) por causa da grande perda de sinal ao atravessar obstáculos como paredes. Como as antenas externas (da rede-macro) não podem aumentar seu poder de transmissão ilimitadamente para atingir áreas descobertas pelo seu sinal uma boa solução pode ser o uso de outros dispositivos que cubram esses espaços vazios de sinal.
Como a Linha 1 (Uruguai-General Osório) é 100% subterrânea, naturalmente, existe uma dificuldade para a recepção do sinal nestes trechos. No entanto, todas a s estações (nível plataforma e mezanino) oferecem a disponibilidade do sinal, segundo relato do gerente comercial Guilherme Dale, Invepar/MetrôRio.
Ainda segundo o gerente comercial Guilherme Dale, o primeiro contrato de uma operadora com o MetrôRio foi nos anos 80, e conforme informado pelo mesmo, o espaço é cedido às operadoras para a instalação de equipamentos. Atualmente o Metrô Rio têm contrato com as seguintes operadoras: Embratel, Vivo, Oi, Claro, Tim, Nextel, Amtore (fibra ótica), e mantem uma rotina de manutenção preventiva, executada pelos permissionários (operadoras) com a presença de técnicos do MetrôRio. [15]
20
Em resumo, a necessidade imediata do cliente é ter uma melhor cobertura de sinal nas estações e túneis da Linha 1, para atender a demanda de 21.887.000 usuários por ano, tomando como base a estação Central do Brasil que representou 13,08% de todo tráfego na Linha 1 em 2015, segundo a tabela nº 1267 do portal Geo Rio (http://portalgeo.rio.rj.gov.br/_pcontrole/content/out/content.asp?gcod=315). Considerando o horário de funcionamento da estação temos um valor aproximado de 3228 pessoas/hora ou 1076 pessoas, assumindo uma espera de 20 min. na estação durante os horários de pico.
1.4 – Solução proposta
Devido à dificuldade da recepção do sinal móvel nas linhas subterrâneas relatada no tópico anterior, o MetrôRio iniciou um estudo no intuito de identificar obstáculos existentes nas estações e em seus entornos. Com base nesse estudo, a empresa procurou tecnologias disponíveis que pudessem ser adaptadas à realidade de cada estação a fim de eliminar todas as barreiras existentes, atendendo assim às necessidades de todos.
O Metrô então propôs parceria entre as operadoras que já investem para utilizar o seu espaço e com isso passarão a utilizar uma nova tecnologia a fim de melhorarem suas coberturas. Sendo assim, abriram uma licitação a fim de analisar as propostas das empresas participantes.
Algumas soluções encontradas e comparadas na Tabela 1, foram instalar repetidores nas estações e túneis do Metrô, a implantação de Access Points (pontos de acesso à internet) ou utilizar antenas small cell.
Tabela 1 – Comparação entre as tecnologias.
	
	Repetidor
	Access Point
	Antena small cell
	Recebe Internet de provedores de
serviço
	NEE*
	Sim
	Sim
	Recebe dados na rede móvel celular
	NEE
	Não
	Sim
	Transmite dados na rede móvel celular
	NEE
	Não
	Sim
	Transmite dados em WiFi
	NEE
	Sim
	Sim
	Atende uma grande quantidade de
pessoas por dispositivo
	NEE
	Não
	Sim
*NEE (Necessário equipamento específico)
21
Fonte: Adaptada pelos autores, apud [16].
Um repetidor celular, também conhecido como reforçador de célula, é fisicamente instalado em algum ponto com deficiência de atendimento, em uma localização geográfica tal que permita a instalação de uma antena que possa se comunicar adequadamente com a BTS (Estação Rádio Base). Esta antena, conhecida como antena doadora, precisa ter características fortemente direcionais (ângulo de abertura horizontal muito estreito e lóbulos laterais diminutos, por exemplo, uma semi-parabólica) e um ganho suficiente para permitir a operação com margens confortáveis de nível de sinal, numa operação ponto a ponto.
Os sinais recebidos da BTS (os mesmos que um aparelho móvel sintonizaria) são levados ao repetidor, que os amplifica e os envia para um outro sistema irradiante encarregado de transmitir para toda a área com deficiência original de cobertura. Este sistema irradiante pode ser uma única antena ou um conjunto de antenas designado como antena de serviço, antena de cobertura ou antena servidora. Para esse caso são normalmente empregadas antenas do tipo painel, que permitem uma priorização (setorização) do atendimento da área desejada.
De forma recíproca, como os sistemas celulares operam inerentemente na modalidade Full-Duplex (transmissões feitas nos dois sentidos em simultâneo), os sinais gerados pelas estações móveis na área são recebidos pela antena de assinantes, amplificados e transmitidos para a BTS pela mesma antena doadora. [17
– 18]
Os Access Points funcionam provendo a WLAN, que é uma rede local sem fio implementada como alternativa para redes convencionais e que pode ser utilizada para redes de acesso à Internet. Nestes casos são denominadas redes Wi-Fi. As WLANs utilizam sinais de RF (Rádio Frequência) para a transmissão de dados, minimizando a necessidade de cabos de conexão dos usuários à rede. Desta forma, uma WLAN combina comunicação de dados com mobilidade dos usuários dentro da área de cobertura da rede, que pode atingir algumas centenas de metros. [19]
22
As antenas small cell foram inspiradas na tecnologia Wi-Fi que disponibiliza uma cobertura de sinal em um raio pequeno e de baixo custo. São dispositivos do mesmo tamanho de um Access Point que se conectam na rede móvel celular e distribuem o sinal para um grande número de celulares, tablets, etc. Os aparelhos conectados
nas antenas small cell utilizam tanto a tecnologia celular quanto o acesso à internet por provedores como DSL (Banda larga em linha fixa), a Cabo ou Fibra. Já os access points se conectam à Internet somente através de provedores desse serviço e a distribuição do seu sinal atende somente a rede Wi-Fi além de permitir um número limitado de conexões simultâneas. Os repetidores são aparelhos semelhantes aos pontos de wireless, eles funcionam como uma extensão em locais de pouco ou nenhum sinal, utilizando uma antena externa (similar em aspecto as antenas de TV espinha de peixe) acoplado a um repetidor que transfere os sinais da antena da operadora celular e vice e versa. [20]
A implantação de certo número de antenas small cell em uma área traz um ganho real na capacidade de cobertura em ambiente indoors e ainda desafoga a capacidade das antenas macro que precisam disponibilizar apenas um slot de conexão para cada antena small cell e esse distribui o sinal para os dispositivos ao seu redor.
Nossa empresa foi selecionada por oferecer esse diferencial de tecnologia. A solução proposta então foi instalar equipamentos e antenas small cell em todas as estações e túneis, trabalhando diretamente para o cliente MetrôRio que continuará cedendo o espaço para as operadoras usufruírem da infraestrutura, e desta forma oferecer ao cliente final um sinal de qualidade e sem interferências durante todo o seu percurso.
23
Após verificar a necessidade do cliente e escolhida a tecnologia que será utilizada, no capítulo 2 define-se a tecnologia small cell e apresenta algumas de suas características.CAPÍTULO 2 – TECNOLOGIA SMALL CELL
Este capítulo apresentada a tecnologia small cell, a sua definição, os locais em que pode ser implantada e as técnicas que utiliza para fornecer uma melhor capacidade de cobertura na rede.
2.1 – Definição
A grande variedade e crescimento de tablets, smartphones e outros dispositivos móveis que executam uma quantidade enorme de aplicativos continuam gerando uma demanda cada vez maior sobre as redes móveis, multiplicando o consumo de dados e tornando a capacidade de transmissão uma questão de importância fundamental. Por causa do congestionamento na rede, tanto com dados quanto com voz, a experiência dos usuários ficou degradada. A aquisição de espectro adicional, que é um recurso finito, é impraticável por razões de custo e de tempo. Uma das maneiras mais eficientes para melhorar a capacidade dentro de uma rede é reduzir o raio de cobertura das células, e deixá-las mais próximas umas das outras, resultando numa rede mais densamente compactada de células pequenas.
24
O termo small cell tem sido interpretado de maneiras diferentes pelo setor e pode incluir uma série de pequenos equipamentos de transmissão celular vi a rádio dentro de redes denominadas Hetnet (Redes Heterogêneas). São definidas como pequenos pontos de acesso sem fio de baixa potência que operam no espectro licenciado e não licenciado, fornecendo uma melhor capacidade de cobertura, podendo ser aplicadas em residências e empresas, bem como espaços públicos metropolitanos e rurais. Elas são classificadas como estações microcells, picocells e femtocells (geralmente unidades residenciais muito pequenas), DAS (Sistemas de Antenas Distribuídas) e RRUs (Unidade de Rádio Remoto). E o custo de planejamento, instalação e manutenção das antenas small cell é muito menor em comparação as grandes torres instaladas na rede-macro. [21 – 22]
2.1.1 – Estação Microcell (Microcélula)
É uma Estação Rádio Base (ERB ou BTS) da rede móvel alimentada por um baixo consumo de energia, que opera com potência de saída mais baixa e também provê cobertura para ambientes internos e externos. Desenvolvidas para cobrir áreas limitadas, embora a distância nem sempre é clara, elas são usadas para suprir o tráfego em regiões de alto fluxo de usuários. Também são dimensionadas para prover capacidade de tráfego e/ou cobertura em locais específicos como: edifícios, shoppings, centros de transporte, rodovias, ruas, cruzamentos movimentados, túneis e partes limitadas de edifícios vizinhos. As BTS’s podem ser instaladas dentro dos prédios e as antenas podem ser montadas nos tetos e nas paredes.
2.1.2 – Estação Picocell (Picocélula)
É uma pequena Estação Rádio Base celular desenvolvida especificamente para ambientes internos, estendendo a cobertura para áreas onde o sinal externo não consegue atingir. Este tipo de BTS tem raio de ação menor que uma Estação Microcell e a propagação de radiofrequência é limitada em locais estratégicos e fechados, como linhas de produção e subsolos de grandes edifícios, saguões de hotéis, estações de metrô, restaurantes, estacionamentos, centros comerciais, escritórios e quadras esportivas.
2.1.3 – Estação Femtocell (Femtocélula)
25
São pequenos AP’s (Pontos de Acesso) de baixa potência e baixo custo de instalação. Permite que ligações móveis em ambiente doméstico sejam direcionadas para redes maiores através de conexões de banda larga DSL ou a cabo, a partir do mesmo equipamento 3G. Em outras palavras, a tecnologia Femtocell foi concebida
para unir a telefonia celular de banda larga (3G e superiores) à Internet de alta velocidade em rede fixa residencial. [23 – 24]
2.2 – Redes Heterogêneas – HetNet
O planejamento de uma rede eficaz é essencial para lidar com o crescimento do tráfego de dados entre usuários e serviços que competem por recursos de rádio limitado. As operadoras aceitaram esse desafio, aumentando a capacidade com novos espectros radioelétricos, acrescentando técnicas de múltiplas-antenas, implementando modulação mais eficiente e esquemas de codificação. No entanto, estas medidas não são suficientes nos ambientes com maior fluxo de usuários e nas bordas das células onde o desempenho é significativamente menor.
As operadoras também estão adicionando pequenas células, bem integradas com a rede-macro, para ampliar as cargas de tráfego, manter amplo desempenho, o serviço de qualidade e ao mesmo tempo reutilizando o espectro de maneira mais eficiente.
Uma maneira de expandir uma rede-macro existente, mantendo-a como uma rede homogênea, é adicionando mais setores em Estações macro-eNBs (enhanced NodeB – rede de acesso LTE de ampla cobertura) ou implantando novas Estações macro-eNBs. No entanto, a redução da distância entre os sites da rede-macro só pode ser feita até certo ponto, pois encontrar áreas para a instalação de novos sites se torna cada vez mais caro e difícil, especialmente em centros urbanos. Uma alternativa, será a introdução de pequenas células através da adição de Micro Estações de baixa potência (eNB e HeNB) ou RRUs (Unidades de Rádio Remoto) para Estações macro-eNBs existentes. Fazendo com que o processo de instalação seja simples e barato, por se tratar de equipamentos bem menores.
26
As antenas small cell são adicionadas principalmente para aumentar a capacidade em hotspots (pontos de acesso Wi-Fi) com alta demanda de usuários e para preencher as áreas não cobertas pela rede-macro em ambientes externos e internos. Também melhoram a qualidade de serviço e desempenho da rede pelo
descongestionamento das grandes redes-macro. O resultado é uma rede heterogênea, conforme ilustrado na Figura 2, com grandes macrocélulas em combinação com as antenas small cell, fornecendo maiores taxas de bits por unidade de área.
Figura 2 – Ilustração de uma rede Heterogênea.
Fonte: Adaptada pelos autores, apud [25].
O planejamento de rede heterogênea já foi usado no padrão GSM, onde as pequenas e grandes células GSM são separadas através da utilização de diferentes frequências. No entanto, principalmente as redes LTE que sofrem com o limite de espectro de frequência, fazem a reutilização de uma frequência para maximizar a utilização da largura de faixa licenciada.
27
Em redes heterogêneas as células de diferentes tamanhos são classificadas como macro, micro, pico e femtocélulas; listadas em ordem decrescente de acordo com a potência da Estação Rádio Base. O tamanho real da célula depende não somente do potencial da Estação eNB, mas também da posição da antena, bem como o ambiente onde está localizada (interno ou externo).
A Micro Estações Rádio Base HeNB (Home eNB) é uma femtocélula de baixa potência introduzida nas especificações LTE Release 9 (R9), usada principalmente para fornecer cobertura indoor (interna) para assinantes de Serviços de Banda Larga. As HeNBs são de propriedade privada e são implantadas sem coordenação com a rede-macro. Se a frequência usada na femtocélula é a mesma frequência utilizada na macrocélula, e a femtocélula é usada somente para assinantes de Serviços de Banda Larga, então existe o risco de interferência entre as células.
A introdução de diferentes tamanhos de células e a geração de uma rede heterogênea aumenta a complexidade do planejamento da rede. Em uma rede com reutilização de frequência, a fronteira entre as duas células está localizada no ponto onde o SSDL (Sinal mais Forte de Downlink) é o mesmo em ambas as células. Em redes homogêneas, isto também coincide com o ponto de PLUL (Perda de Caminho para o Uplink) em ambas as células. Numa rede heterogênea, com os nós de alta potência nas células grandes e os nós de baixa potência nas células pequenas, o ponto SSDL não será necessariamente o mesmo que o ponto PLUL. Conforme ilustrado na Figura 3, a Estação macro-eNB (Nóde alta potência) está servindo a macrocélula, e uma Estação de baixa potência (Nó de baixa potência) está servindo a small cell e vemos o ponto de PLUL ocorrendo mais próximo da Estação macro- eNB do que o ponto de SSDL coberto pela Estação small cell. Nesse exemplo a borda da small cell foi configurada de acordo com o SSDL e o celular localizado na área cinza será atendido pela Estação macro-eNB.
Figura 3 – Cobertura da Estação macro-eNB e da Estação small cell.
28
Fonte: Adaptada pelos autores, apud [25].
Uma questão importante no planejamento de uma rede heterogênea é garantir que as antenas small cell realmente atendam um número suficiente de usuários. Uma maneira de fazer isto é aumentar a área atendida pela antena small cell, que pode ser feita através de um deslocamento de seleção de célula positiva para compensar o SSDL da small cell. Isso é chamado de CRE (extensão de intervalo de célula). Conforme ilustrado na Figura 4, com o CRE a cobertura da antena small cell é aumentada junto do SSDL e o celular de cor verde na área cinza será atendido pela Estação de baixa potência da small cell.
Figura 4 – Cobertura da Estação macro-eNB e da Estação small cell com CRE.
Fonte: Adaptada pelos autores, apud [25].
Um efeito negativo disso é o aumento da interferência no Downlink recebido pela Estação Móvel (Mobile Station - MS - Celular), localizado na região de CRE e servida pela Estação de baixa potência da small cell. Isso pode afetar a recepção dos canais de controle de Downlink em particular.
29
Uma característica adicionai da especificação 3GPP LTE pode ser utilizada para reduzir o problema de interferência nas redes heterogêneas com antenas small cell: A ICIC (Coordenação de interferência intercelular) foi introduzida na especificação R8. As Estações eNBs podem se comunicar utilizando ICIC através da interface X2 para reduzir a interferência intercelular nas estações móveis localizadas nas extremidades das células. A mensagem X2AP usada para isso é chamada de
"Informações de carga". Conforme ilustrado na Figura 5, por meio dessa mensagem uma Estação eNB pode informar a Estações eNBs vizinhas sobre: O nível de interferência Uplink por PRB (Bloco de Recursos Físicos); PRBs Uplink que são alocados para a borda da célula e estações móveis, portanto, são sensíveis a interferências de Uplink; e se a potência de Downlink Tx é maior ou menor do que um valor limite definido. As Estações eNBs que recebem estas mensagens podem utilizar as informações recebidas para otimizar o agendamento para as estações móveis nas bordas das células.
Figura 5 – Comunicação entre Estações utilizando ICIC.
Fonte: Adaptada pelos autores, apud [25].
30
A ICIC evoluiu para melhorar o suporte a implantações de redes heterogêneas, especialmente o controle de interferência de canais de controle Downlink. A eICIC (ICIC melhorada) foi introduzida na especificação LTE R10. A principal alteração é a adição de ICIC no domínio do tempo, realizada através do uso de ABS (Subframes quase vazios). O ABS inclui apenas os canais de controle e sinais de referência específicos para células, não há dados do usuário, e é transmitido com potência reduzida. Quando a eICIC é usada, a macro-eNB transmiti um ABS de acordo com um padrão semi-estático. Durante estes subframes, as estações móveis na borda, geralmente na região do CRE das small cell, pode receber informações de Downlink, dados de controle quanto de usuário. A macro-eNB irá informar a Estação eNB na small cell sobre o padrão de ABS. Conforme ilustrado na Figura 6.
Figura 6 – Comunicação utilizando eICIC.
Fonte: Adaptada pelos autores, apud [25].
Uma Micro Estação Rádio Base (pequena ERB de baixa potência e baixo consumo de energia), com características SON (Rede Auto Organizada) pode detectar as condições de rádio no ambiente e automaticamente planejar e configurar os parâmetros de rádio, como a frequência, o código de criptografia e a potência de transmissão. Diferente de uma Estação Rádio Base tradicional que não pode fazer isso. É por isso entre outras razões que uma Micro Estação Rádio Base custa 15% menos em termos de planejamento da rede. Além disso, ela pode detectar automaticamente as alterações de rádio no ambiente quando uma nova Micro Estação Rádio Base é implantada, e automaticamente otimizar os parâmetros de rede para códigos criptografados, células vizinhas, a potência de transmissão e entrega.
31
As principais vantagens da arquitetura HetNet é que ele permite a expansão gradual e flexível da capacidade com base na necessidade. Quando os hotspots são esporádicos, apenas algumas Micro Estações Rádio Base são necessárias, e elas podem usar as mesmas frequências como as macrocélulas. No entanto, para reduzir a interferência entre os dois, é utilizado a arquitetura de nuvem BB (Baseband –
Banda Base). Quando o número de tráfego nos hotspots aumenta e mais Micro Estações Rádio Base são implantadas, os engenheiros podem alocar portadoras para maximizar a capacidade. [25]
2.2.1 – Células internas e externas
Os pontos de acesso Wi-Fi internos são categorizados por partição e variam de acordo com o tamanho de cobertura (pequeno, médio ou grande). Para edifícios residências os hotspots são categorizados como multi-particionados de pequeno a médio porte. Para supermercados, metrô, salas de conferência, entre outras áreas com usuários em movimento e que exigem uma alta capacidade, os hotspots são categorizados como não-particionados e de tamanho médio. E grandes edifícios de escritórios, hotéis de luxo e locais onde a densidade e a demanda de usuários são elevadas, os pontos de acesso Wi-Fi internos são categorizados como multi- particionados e de grande porte.
No entanto, ambos os requisitos de cobertura e capacidade devem ser considerados para este cenário, devido à presença de elevadores e pisos elevados. Grandes hotspots internos não-particionados são normalmente centros de trânsito, onde a densidade de assinantes é alta e a maioria dos picos são esporádicos.
Para a cobertura indoor em grandes edifícios, uma solução comumente adotada é o DAS (Sistema de Antena Distribuída), um conjunto de antenas distribuídas dentro de um grande ambiente interno para melhorar tanto a cobertura de rede quanto os KPIs (Indicadores de Desempenho Chave), embora o aumento de capacidade seja limitado e principais tecnologias, tais como MIMO (Múltiplo-entrada e Múltipla saída), são difíceis de se adaptar à arquitetura já existente. Além disso, um DAS por si só não pode gerenciar e monitorar equipamentos dentro de casa, tornando difícil a localização de falhas na rede. Isso representa um obstáculo potencial para a satisfação do usuário e o TCO (Custo Total da Operação).
32
Baseado no conceito de Estação Rádio Base Distribuída, uma solução interna de próxima geração pode simplificar a implantação através da instalação de RRUs, que
podem ser configuradas de maneira flexível através de um software para a expansão de capacidade. Essa solução pode ser gerenciada e monitorada por uma central, permitindo a localização e resolução de falhas em qualquer RRU.
Já os pontos de acesso Wi-Fi externos se enquadram em três categorias – hotdots (pequenos pontos de acesso independentes), hotlines (pontos de acesso que seguem uma rua), e hotzones (grandes zonas de hotspot). Em um cenário de hotdot (uma loja de café), a demanda é alta, mas a cobertura é pequena e os usuários estão se movimentando pouco. Em um cenário de hotlines, a densidade de usuários e os requisitos de tráfego são elevados, com a sobreposição de edifícios empresariais ao redor, e isso deve ser considerado durante a implantação. A hotzone é normalmente um quadrado ou outro espaço de encontro público, onde a densidade de usuários e demanda são altas, mas apenas em determinados momentos.Qualquer hotspot externo pode utilizar uma solução outdoor (Externa) de Micro Estação Rádio Base, enquanto que um hotspot interno multi-particionado de pequeno a médio porte seria mais adequado para uma solução de "cobertura externa mais interna". Hotspots internos não-particionadas de pequeno a médio porte são bons para uma solução indoor de Micro Estação Rádio Base ou DAS, enquanto os grandes hotspots internos multi-particionados e não-particionados são adequados para uma solução interna de próxima geração.
33
As redes móveis do futuro vão precisar de uma grande capacidade de transmissão para melhorar a experiência dos usuários. Micro Estações Rádio Base devem ser implantadas com precisão em hotspots de tráfego offload (ponto de redução do tráfego da rede móvel) para desafogar as Estações macro-eNB, com uma boa coordenação macro-micro e impacto KPI mínimo. No entanto, qualquer Micro Estação Rádio Base deve ter uma fonte de energia, alimentadores e proteção contra surtos integrado, para minimizar os requisitos do site e os custos de implantação. Uma solução interna otimizada de próxima geração goza de vantagens naturais para permitir flexibilidade de implantação, a evolução suave de capacidade e localização remoto de falhas e correção. Determinados cenários de implantação foram identificados e agora as operadoras devem começar a combiná-las com suas próprias necessidades. [26]
34
A tecnologia, apesar de parecer complexa, apresenta certa facilidade na sua implantação. Após o estudo da tecnologia e sobre o ambiente de instalação, define- se no capítulo 3 quais plataformas e equipamentos serão usados nesse trabalho.
CAPÍTULO 3 – PLATAFORMAS E EQUIPAMENTOS
A tecnologia escolhida e suas particularidades necessitam de equipamentos específicos para seu pleno funcionamento. Este capítulo descreve as plataformas que trabalham com essa tecnologia e cada equipamento que faz parte dela.
3.1 – Plataformas LampSite e SingleDAS da Huawei
A plataforma LampSite ilustrada na Figura 7 é a principal solução de cobertura em profundidade da Huawei, gerenciada pelo mesmo OSS (Sistema de Suporte a Operações) da rede macro e com alcance de gestão E2E (fim a fim).
Figura 7 – Plataforma LampSite.
35
Fonte: Adaptada pelos autores, apud [27].
Esta plataforma utiliza módulos integrados para múltiplos modos de rede: a BBU3900/BBU3910 (Unidade de Banda Base) que abriga as BBPs (unidades de Processamento de Banda Base), a pRRU3901 (Pico Unidade de Rádio Remoto) e o RHUB3908 (Comutador Remoto), que podem ser instalados em vários ambientes, reduzindo os custos de implantação e operação. É uma plataforma inovadora, permite soluções internas, apresenta alto desempenho, grande capacidade, e evolução suave para redes LTE. Portanto, é ideal para grandes e médias áreas internas, como grandes edifícios de escritórios, locais de grandes dimensões e centros de transporte. [28]
A plataforma SingleDAS ilustrada na Figura 8 é uma solução DBS3900 (Estação Base Distribuída) da Huawei que permite o acesso de rádio para redes celulares. A plataforma modular consiste em uma BBU3900 e uma RRU3908 ou superior. Ambos os componentes apresentam uma instalação flexível, de fácil implantação do site em ambientes internos e externos, além do baixo consumo de energia. A DBS3900 suporta largura de banda até 100 Mbps, e proporciona taxas de transmissão de dados mais elevadas para os usuários. [29]
Figura 8 – Plataforma SingleDAS.
36
Fonte: Adaptada pelos autores, apud [30].
Em áreas internas, sinais de rádio estão sujeitos a bloqueio e absorção durante a propagação, causando atenuação de sinal e de cobertura. Particularmente em grandes edifícios, o rádio congestionamento de canais frequentemente ocorre devido à densidade celular excessiva. Para resolver estas questões, existe uma procura cada vez maior dos sistemas de cobertura indoor.
3.1.1 – Pico Unidade de Rádio Remoto – pRRU3901
A pRRU3901 ilustrada na Figura 9 é responsável pelo processamento de sinais de RF no Downlink e Uplink. Pode ser configurada para se comunicar com a BBU através de uma interface de comunicação física e com um dispositivo móvel através de uma interface sem fio. [31]
Figura 9 – Pico Unidade de Rádio Remoto – pRRU3901.
Fonte: Adaptada pelos autores, apud [31].
37
Uma pRRU pode ter duas ou três portas de transmissão. E com três portas de transmissão pode se configurar uma placa auxiliar Wi-Fi para se conectar à AC e fornecer serviços de acesso sem fio. Está conectado ao RHUB por um cabo UTP CAT5e ou cabos de categoria superior a uma distância de 100m, podendo chegar a um comprimento total de 200m se um extensor estiver instalado. Ela possui uma porta PWR que suporta 12V DC de alimentação através de um adaptador AC/DC;
uma porta CPRI_E0 que suporta a tecnologia PoE (fornecimento de energia via cabo Ethernet) e transmiti dados entre o RHUB e a pRRU; uma porta CPRI_E1 que não suporta a tecnologia PoE mas também transmite dados entre o RHUB e a pRRU; uma porta GE (Giga Ethernet) para backhaul de dados Wi-Fi (300 Mbit/s); cada porta suporta uma taxa de transferência de 1 Gbit/s; consome até 70W de energia com as três placas de RF auxiliares instaladas; mede 230mm de altura x 230mm de largura x 50mm de profundidade e pesa aproximadamente 3kg. [31]
3.1.2 – Comutador Remoto – RHUB3908
O RHUB3908 ilustrado na Figura 10 é um comutador remoto que fornece oito portas elétricas CPRIs para conectar cada porta a uma pRRU, sendo o máximo de oito pRRUs que o RHUB consegue suportar. Possui uma porta PWR para fornecimento de energia entre o RHUB e a pRRU; uma porta Power input socket para a entrada de alimentação AC; duas portas ópticas CPRIs para a transmissão de sinais entre o RHUB e a BBU com taxa de transferência de 9,8 Gbit/s em cada pota; uma porta EXT_ALM usada para o monitoramento de alarmes do sistema de alimentação reserva; um botão reset RST para inicializar configurações; um Ground screw usado para conectar o fio terra; consome aproximadamente 40W de energia; mede
43,6mm de altura x 482mm de largura x 310mm de profundidade e pesa aproximadamente 8kg.
Figura 10 – Comutador Remoto – RHUB3908.
38
Fonte: Huawei, 2014 [32].
O RHUB além fornece energia para a pRRU através de um módulo PoE interno, ele converge os dados de CPRI do dispositivo remoto RF e trabalha com a BBU e a pRRU para fornecer cobertura indoor. No Downlink o RHUB recebe os dados de banda base da BBU, divide os dados em rotas diferentes e o envia para a pRRU. Já no Uplink, o RHUB converge os dados recebidos da pRRU e os envia para serem processados pela BBU. [32 – 33]
3.1.3 – Unidade de Banda Base – BBU3900/BBU3910
Banda base refere-se a faixa de frequência original de um sinal de transmissão antes de ser modulado, e também pode se referir a um tipo de transmissão de dados em que os dados digitais ou analógicos são enviados através de um único canal não-multiplexado.
Uma típica estação de telecomunicações sem fio consiste na unidade de Processamento de Banda Base e a unidade de processamento de RF (Unidade de Rádio Remoto – RRU). A BBU3900/BBU3910 ilustrada na Figura 11 com sua configuração padrão, é uma unidade que processa o sinal de banda base em sistemas de telecomunicações e que possui um design modular, de tamanho reduzido, com baixo consumo de energia e de fácil instalação. Ela pode ser instalada em salas de equipamentos ou em armários de Telecom e conectada por fibra óptica com a RRU para estabelecer uma comunicação através da interface física. Suporta 1500 Mbps de taxa de transmissão na camada MAC; atende até
10.800 equipamentos de usuários; possui 86mm de altura x 442mm de largura x
310mm de profundidade e pesa aproximadamente 12kg (26,46kg na configuração completa).
39Na Plataforma LampSite, a BBU suporta seis portas CPRIs conectadas até seis grupos de RHUBs, em que cada grupo pode suportar no máximo quatro níveis de RHUBs em cascata, e entre eles o menor nível de RHUB não pode ser superior a 10 km. Já na plataforma SingleDAS (DBS – Estação Base Distribuída), uma BBU
oferece suporte a doze grupos de RRUs, em que cada grupo suportar no máximo seis níveis de RRUs em cascata.
Uma BBU localizada em uma célula da rede, é composta por um processador de sinal digital para processar sinais de voz e produzir um SAT (Tons de Áudio de Supervisão) para uma Estação Móvel (Ex: celular) dentro da célula, gerando sucessivas amostras SAT que são decodificadas em um tom contínuo, até que seja localizado o SAT gerado pela Estação Móvel e a comunicação seja estabelecida. Uma BBU pode abrigar várias unidades de Processamento de Banda Base que oferecem suporte a um ou vários modos de rede de processamento e com várias portas CPRIs para facilitar a configuração flexível em diferentes cenários. [34 - 35]
Figura 11 – Unidade de Banda Base – BBU3900/BBU3910.
Fonte: Adaptada pelos autores, apud [35].
40
a) Painel LMPT – LTE (Longo prazo de Evolução) Unidade de Processamento e Transmissão Principal – O painel LMPT ilustrado na figura 12, controla e gerencia a configuração de dispositivos, desempenho, rádio recursos e processos de sinalização da Estação eNodeB. Fornece a referência do clock, portas de transmissão e o link de manutenção conectando-se ao OMC
(Centro de Operação e Manutenção). O MAC (Controle de Acesso à Mídia)
pode ser o LMT (Terminal de Manutenção Local) ou cliente M2000.
Figura 12 – Painel LMPT.
Fonte: Huawei, 2012 [35].
b) Painel UMPT – Unidade Universal de Processamento e Transmissão Principal
– O painel UMPT ilustrado na Figura 13, executa funções OM (Operação e Manutenção), incluindo gerenciamento de configuração, gestão de equipamentos, monitoramento de desempenho, processamento de sinalização e comutação ativo/standby. Fornece a referência do clock, portas de transmissão, e o link de manutenção conectando-se ao OMC. O MAC pode ser o LMT ou cliente M2000. Fornece o canal IDX1 através do qual dados do painel de controle do usuário são baixados ou sinais de manutenção de cada placa na BBU são transmitidos para a porta de destino.
Figura 13 – Painel UMPT.
Fonte: Huawei, 2012 [35].
c) Painel LBBP – Unidade de Processamento de Banda Base LTE – O painel LBBP ilustrado na Figura 14, fornece portas CPRIs para comunicação com módulos de RF (Rádio Frequência). Processa os sinais de ligação ascendente e de ligação descendente da banda base.
Figura 14 – Painel LBBP.
41
Fonte: Huawei, 2012 [35].
d) Painel UPEU (UPEUa e UPEUc) – É uma abreviação para Unidade Universal de Interface de Energia e ambiente – O painel UPEUa ilustrado na Figura 15 converte -48 VCC na entrada de alimentação em +12 V DC e fornece uma potência de 300W de saída. O UPEUc converte -48 VCC na entrada de alimentação em 12 V DC. Um UPEUc fornece uma potência de 360W de saída e duas placas UPEUc fornece uma potência combinada de 650W.
Figura 15 – Painel UPEU.
Fonte: Huawei, 2012 [35].
e) FAN – O FAN é a unidade de ventilação da BBU3900/BBU3910 – O ventilador ilustrado na Figura 16 dissipa o calor da BBU3900/BBU3910. Ele monitora a temperatura de entrada, controla a velocidade de rotação dos ventiladores, e informa o status dos ventiladores para o LMPT ou UMPT no BBU3900/BBU3910.
Figura 16 – Painel FAN.
42
Fonte: Huawei, 2012 [35].
3.1.4 – Ponto de Interface – POI E15V67P04
O POI ilustrado na Figura 17 integra a combinação e a divisão dos sinais de frequências das diferentes operadoras e são compatíveis com todas as frequências e serviços, incluindo GSM, CDMA, UMTS e LTE. Gerando uma economia em equipamentos e no volume de serviços, pois elimina a necessidade de instalação de diversos componentes discretos por operadora num mesmo ambiente. A maneira com melhor custo-benefício para administrar a cobertura interna, que ajuda os administradores gerenciar múltiplas redes no site, com apenas um componente compacto e uma interface técnica fácil de usar. O POI pode ser customizado e tem fácil instalação (plug-and-play) e manutenção. Possui 266mm de altura x 482,6mm de largura x 420mm de profundidade e pesa 29kg. [36 – 37]
Figura 17 – Ponto de Interface – POI E15V67P04.
Fonte: Adaptada pelos autores, apud [38].
3.1.5 – Unidade de Rádio Remoto – RRU3908
43
A RRU3908 ilustrada na Figura 18 em um sistema de Estação Rádio Base é uma Unidade de Rádio Remoto que faz a modulação, a demodulação, o processamento de dados, a combinação e providencia a divisão do sinal da Estação Rádio Base e o
sinal de RF. Ela é responsável pela distribuição do sinal em um raio de 1200m e é geralmente instalada em torres, onde é conectada através de uma fibra ópti ca a um painel de controle e operação colocado no interior de um gabinete fechado. Juntos eles formam as BTS’s, que são amplamente utilizadas na comunicação celular GSM, CDMA, UMTS e LTE. Possui seis LEDs para exibir status de funcionamento (1); duas portas para o fornecimento de energia (2); duas portas CPRIs para transmissão e recepção (2); uma porta de alarme (2); uma porta de interligação RF (3); uma porta de antena RET (3); duas portas RF para transmissão e recepção das antenas (3); uma tomada de alimentação AC (4); uma tomada de alimentação DC (4); mede 485mm de altura x 380mm de largura x 170mm de profundidade e pesa aproximadamente 23kg. [39 – 40]
Figura 18 – Unidade de Rádio Remoto – RRU3908.
Fonte: Adaptada pelos autores, apud [40].
3.1.6 – Sistema de gerenciamento de rede – NMS M2000
44
O NMS M2000 ilustrado na Figura 19, é uma plataforma central usada para gerenciar de forma ininterrupta e segura uma ampla gama de elementos em redes corporativas sem fio, incluindo Estações eNodeBs, eCNS600s e IPCLKs. Possui
duas CPUs IBM x 3650 M4; 32 GB de memória; 8 x 300 GB de Disco Rígido e com
86mm de altura x 445mm de largura x 746mm de profundidade.
As funções básicas incluem plug and play, gerenciamento de configuração, gerenciamento de desempenho, gerenciamento de falhas, gerenciamento de segurança, gerenciamento de registros, gerenciamento de topologia, gerenciamento de software e gerenciamento de sistema.
Também proporciona verificações da integridade da rede, atualizações remotas, atualizações de NE (Elementos da Rede) em lotes, planejamento automático de Estações Base, otimização automática do relacionamento entre células vizinhas, comissionamento remoto de Estações Base, definição de alarmes no modo de manutenção e gerenciamento de compartilhamento de RAN.
O NMS utiliza um servidor de PC que pode ser implantado em um armário de rede de núcleo (como o eCNS600) ou gabinete. Devido ao pequeno tamanho, o servidor requer espaço mínimo e o mínimo de energia. O servidor é confiável com um tempo médio entre falhas de 4.772 dias e um tempo médio de reparo de 30 minutos, garantindo a disponibilidade do sistema de mais de 99,99%.
O NMS é uma boa ferramenta para o gerenciamento de grandes, médias e pequenas redes corporativas. Fornecendo monitoramento, relatórios e solução de problemas de recursos. [41 – 42]
Figura 19 – Sistema de gerenciamento de rede – NMS M2000.
45
Fonte: Huawei [42].
3.1.7 – Cabo óptico CPRI
O cabo óptico CPRI ilustrado na Figura 20 é um cabo de fibra óptica multimodo ou monomodo utilizado para conectar a BBU ao RHUB ou a RRU. A CPRI (Interface de Rádio Pública Comum) é uma cooperação da indústria, que visa definir uma especificação publicamente disponível para a interface interna de Estações Rádio Base entre os RECs(Equipamentos de Controle de Rádio) e os REs (Equipamentos de Rádio) locais ou remotos. As partes que colaboraram para definir a especificação são: Ericsson AB, Huawei Technologies Co. Ltd, NEC Corporation, Alcatel Lucent e Nokia Siemens Networks GmbH & Co. KG. A especificação CPRI permite a diferenciação de um produto flexível e eficiente para Estações Rádio Base e a evolução de tecnologia independente para equipamentos de rádio e controle de equipamentos de rádio. [43]
Figura 20 – Cabo Óptico CPRI.
Fonte: Adaptada pelos autores, apud [44].
3.1.8 – Cabo UTP Categoria 6 – Cat.6
46
Os cabos UTP de par trançado consistem basicamente em pares de fios de cobre isolados e trançados entre si, minimizando assim os efeitos da diafonia e do ruído. O trançamento dos pares aumenta também o balanceamento entre os condutores, maximizando o efeito de cancelamento de correntes, o que protege o par de interferências externas.
Os cabos UTP foram padronizados pelas normas da EIA/TIA-568-B e são divididos em 10 categorias, levando em conta o nível de segurança e a bitola do fio, onde os números maiores indicam fios com diâmetros menores.
O cabo UTP de categoria 6 (Cat.6) ilustrado a Figura 21 é utilizado para conectar o RHUB ao pRRU. Formado por quatro pares de fios de alta performance que permite suporte para aplicações com voz tradicional (telefone analógico ou digital), VoIP, Ethernet (10Base-T), Fast Ethernet (100Base-TX) e Gigabit Ethernet (1000Base-T). Que permite ainda, suporte para aplicações a 10Gbit/s sem investimentos adicionais na infraestrutura. [45]
Figura 21 – Cabo UTB Cat.6.
Fonte: AliExpress [46].
3.1.9 – Cabo Irradiante
47
Um cabo irradiante ilustrado na Figura 22, também conhecido como cabo fendido, permite a entrada e a saída de rádio frequência através de pequenas aberturas no
condutor externo ao longo de sua extensão. Ou seja, trata-se de um cabo coaxial modificado capaz de atuar como uma antena, distribuindo diversos tipos de sinais: AM, FM, GSM, Wi-Fi, WiMAX e outros. É um cabo usado em ambientes confinados como túneis rodoviários, ferroviários, metrôs e etc. Ele apresenta vantagens como: transmitir um grande número de serviços; serviços adicionais podem ser alocados mais tarde sem novos custos de instalação de cabos e equipamentos; menor impacto visual e aumenta a expectativa do período de confiabilidade do sistema. Enquanto um cabo coaxial comum de RF é utilizado para transportar um sinal de um ponto a outro, o cabo irradiante faz o mesmo papel de uma antena. [47 – 48]
Figura 22 – Cabo Irradiante.
Fonte: Adaptada pelos autores, apud [48].
48
O entendimento das soluções e equipamentos é fundamental para a implantação de um projeto. Para esse trabalho foram escolhidas as plataformas LampSite e SingleDAS da Huawei que utilizam a tecnologia de antenas small cell e que o capítulo 4 descreve a arquitetura dessas plataformas, o seu funcionamento na infraestrutura, entre outros pontos importantes para sua implantação.
CAPÍTULO 4 – O PROJETO
Este capítulo apresenta a arquitetura das plataformas utilizadas na infraestrutura do cliente e como elas são compostas, uma amostragem da nova topologia e localização dos equipamentos, o diagrama do fluxo de dados, o cronograma com as etapas de implantação e a planilha de custos do projeto.
4.1 – Escopo do projeto
O primeiro passo no escopo do projeto foi realizar um estudo do cliente onde foi verificado que a atual infraestrutura é configurada como topologia estrela, interligada com a central da concessionária e com os pontos de Wi-Fi dispostos nos mezaninos e nas plataformas para acesso dos usuários e estabelecimentos comerciais dentro das estações; que a cultura atual da empresa é de ceder seu espaço para que as operadoras instalem seus equipamentos; avaliou-se através de pesquisas a interação dos clientes com o serviço prestado pelas operadoras e foi constatado diversas reclamações na recepção do sinal; foram revisadas as ferramentas atuais e a conclusão obtida é que por ser a Linha 1 100% subterrânea, naturalmente, existe uma dificuldade para a recepção do sinal nestes trechos.
O segundo passo trata-se da instalação; como não existia infraestrutura montada para tal serviço no local, partimos do ponto zero, realizando a alocação da infraestrutura para dar início a instalação dos equipamentos onde primeiro será montado duas salas com os equipamentos necessários e depois a instalação dos demais equipamentos nas estações e túneis que será feita conforme o prazo estipulado pela nossa empresa.
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O terceiro passo, o piloto, trata-se de uma etapa experimental onde será analisado diversos aspectos do projeto e realizados testes dentro de um determinado prazo para posteriormente sua implantação definitiva; haverá um breve treinamento da equipe que fará a manutenção e o suporte para o cliente depois da implantação;
definição do serviço ao cliente, que ficará ciente de toda a estrutura e a forma de funcionamento do mesmo; finalizando as análises e depois de realizados os testes será realizada a avaliação do uso, para assim darmos início a implantação do projeto.
O quarto e último passo é a implantação; será definido a política de uso, deixando o cliente ciente dos seus direitos e responsabilidades; será realizado um treinamento para os funcionários do metrô que vão trabalhar em conjunto com nossos técnicos diariamente na manutenção preventiva e o bom funcionamento dos serviços prestados; será realizado um trabalho de conscientização junto aos usuários do metrô para deixá-los cientes do novo serviço oferecido e o seu diferencial diante do serviço anterior; depois de todos os usuários já cientes e usufruindo do serviço, será iniciado o trabalho de avaliação e com isso, caso haja falhas, realizado os ajustes necessários
4.2 – Nova topologia
Conforme ilustrado na Figura 23, os equipamentos da plataforma SingleDAS estão instalados nos túneis por onde passam as composições e os equipamentos da plataforma LampSite estão instalados nas estações onde os passageiros aguardam o momento de embarque.
Nos túneis, o cabo irradiante por onde o sinal é distribuído está conectado à RRU para processar os sinais de Downlink e Uplink dos dispositivos e os enviar por fibra óptica para a BBU, localizada em uma sala de equipamentos, onde os sinais de voz e dados passam por outra etapa de processamento e são encaminhados via fibra óptica para o POI que integra a combinação e a divisão dos sinais de frequências das diferentes operadoras.
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Nas estações o processo de comunicação entre os equipamentos é bem semelhante ao realizado dentro dos túneis, a pRRU recebe os sinais de Downlink e Uplink dos dispositivos para serem processados e enviados pelo cabo UTP Cat.6 até o RHUB onde é feita a comutação entre as pRRUs e a ligação via fibra óptica até a BBU,
localizada em uma sala de equipamentos, onde os sinais de voz e dados são processados e encaminhados via fibra óptica para o POI que integra a combinação e a divisão dos sinais de frequências das diferentes operadoras.
Com isso observa-se a nova topologia da Infraestrutura de telefonia móvel e onde os equipamentos de cada plataforma estão localizados.
Figura 23 – Infraestrutura de telefonia móvel instalada.
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Fonte: Adaptada pelos autores, apud [49].
4.3 – Plataforma LampSite
Para atender aos requisitos de comunicações móveis em cenários internos baseados nas características de cobertura indoor, a plataforma proposta consiste em Estações Rádio Base integradas com BBU3900/BBU3910 (Unidade de Banda Base), RHUB3908 (Comutador Remoto), pRRU3901 (Pico Unidade de Rádio Remoto), DCU (Unidade de Conversão Digital), usada apenas em cenários com cobertura GSM, utilizando fibras ópticas e cabos Ethernet Cat.6 para conexãoentre as portas CPRIs (Interface de Rádio Público Comum) e o NMS M2000 (Sistema de Gerenciamento de Rede) para o gerenciamento dos módulos anteriores. Esta solução é caracterizada pela grande capacidade de transmissão, configuração flexível, engenharia de construção simples, e um pequeno número de unidades integradas, proporcionando melhor cobertura indoor e atendendo aos requisitos de capacidade.
4.3.1 – Arquitetura da Plataforma LampSite
A arquitetura ilustrada na Figura 24 é composta pela BBU, o RHUB, a pRRU e gerenciados pelo NMS M2000. A BBU deve abrigar as BBPs (unidades de Processamento de Banda Base) para o UMTS (tecnologia 3G) e o LTE (tecnologia
4G), ao mesmo tempo as pRRUs devem ser configuradas com placas de expansão RF (Rádio Frequência) tanto para a rede celular quanto para a WLAN (Rede Local Sem Fios) e ser conectadas aos RHUBs com cabos CAT5e ou CAT6 Ethernet de
100m, podendo chegar a um comprimento total de 200m com a utilização de um extensor.
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A BBU suporta seis portas CPRIs, que podem se conectar a seis grupos de RHUBs. Cada grupo de RHUB é composto por quatro RHUBs em cascata e cada RHUB pode se conectar a um máximo de oito pRRUs.
Figura 24 – Arquitetura da Plataforma LampSite.
Fonte: Adaptada pelos autores, apud [50].
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Os sinais UMTS e LTE FDD são combinados em sinais CPRI-MUX na BBU e em seguida são encaminhados para o RHUB. As fibras ópticas são usadas para a conexão entre uma BBU e um RHUB e entre RHUBs. O RHUB se conecta as pRRUs por cabos CAT5e ou CAT6 Ethernet e fornece energia para as pRRUs através da tecnologia PoE (Alimentação pelo cabo Ethernet). Na Figura 24, Wi-Fi RF refere-se à Access Point. Os dados do Wi-Fi e da rede celular são transmitidos através de diferentes cabos Ethernet. Um cabo Ethernet independente deve ser usado para conectar a pRRU ao LSW (LAN Switch) para transmitir os dados dos usuários e plano de controle para serviços de acesso Wi-Fi. O AP é alimentado a partir do RHUB através da tecnologia PoE, portanto, o LSW não precisa suportar a função de PoE. O LSW pode ser reutilizado da rede existente ou recém-implantado, compartilhando de uma sala de equipamentos com o RHUB. Os dados de acesso Wi-Fi são transmitidos para a rede de acesso através do LSW. Em seguida, os dados de acesso Wi-Fi são encaminhados para o WLAN AC por roteamento de camada superior e os dispositivos de comutação. O AP é gerenciado pela WLAN
OSS (Operações de Suporte a Sistemas da Rede Local Sem Fios) porque a rede celular OSS não pode gerenciar dispositivos Wi-Fi. [50]
4.4 – Plataforma SingleDAS
A plataforma proposta consiste em um DAS (Sistema de Antenas Distribuídas) que inclui a BBU e as RRUs. Estes módulos podem ser configurados e instalados de forma flexível para atender uma variedade de requisitos de utilização, Além de ter um baixo consumo de energia. Suporta uma prática divisão de capacidade celular e permite que novas operadoras, bandas de frequência, células e tecnologi as de acesso de rádio sejam implantadas em uma rede existente.
Com a implantação da plataforma SingleDAS em vias férreas, a instalação e cobertura dos equipamentos pode chegar até 100 km e atender trens com velocidade de até 430 km/h, com taxas de Downlink e Uplink entre 50 a 100 Mbps. Além disso suporta múltiplas faixas de frequência, simplifica a implantação da rede e permite que o sistema se adapte para várias condições de frequência com maior flexibilidade. [51]
4.4.1 – Arquitetura da Plataforma SingleDAS
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A arquitetura ilustrada na Figura 25 é composta pela BBU, a RRU e gerenciadas pelo NMS M2000. A BBU deve abrigar as BBPs (unidades de Processamento de Banda Base) para o UMTS (tecnologia 3G) e o LTE (tecnologia 4G), e ser conectada aos RRUs com cabos ópticos CPRI. A BBU suporta doze portas CPRIs que podem se conectar a doze grupos de RRUs, em que cada grupo é composto por seis RRUs em cascata. Os sinais UMTS e LTE FDD são combinados em sinais CPRI-MUX na BBU e em seguida são encaminhados por fibra óptica para as RRUs que se comunicam com os dispositivos pelos sinais de Downlink e Uplink.
Figura 25 – Arquitetura da Plataforma SingleDAS.
Fonte: Adaptada pelos autores, apud [52].
4.5 – Etapas de implantação e cronograma
A instalação da infraestrutura de telefonia móvel será em etapas com atividades concatenadas ou paralelas as quais correspondem: o fornecimento dos equipamentos e materiais que deve se dar no local do objeto da instalação; a Implantação dos equipamentos especificados no capítulo 3 e os testes para aceitação da infraestrutura construída.
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O diagrama ilustrado na Figura 26 traz uma amostragem do fluxo de dados da plataforma LampSite e onde cada módulo de equipamento será instado nas estações de embarque e desembarque de passageiros.
Figura 26 – Diagrama Unifilar da Plataforma LampSite.
Fonte: Elaborada pelos autores, apud [53].
O diagrama ilustrado na Figura 27 traz uma amostragem do fluxo de dados da plataforma SingleDAS e onde cada módulo de equipamento será instado nos túneis por onde circulam as composições.
Figura 27 – Diagrama Unifilar da Plataforma SingleDAS.
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Fonte: Elaborada pelos autores, apud [53].
O cenário de Implantação dos equipamentos se dá na Linha 1 do MetrôRio, entre as estações Uruguai e General Osório, que compreendem 20 estações e onde teremos o seguinte cronograma de atividades, conforme ilustrado na Tabela 2:
a) Atividade 1 – Instalação de 4 Pico Unidades de Rádio Remoto – pRRUs em pontos estratégicos de cada uma das 20 estações na Linha 1, totalizando 80 pRRUs;
b) Atividade 2 – Instalação de 10 Unidades de Rádio Remoto – RRUs em pontos estratégicos localizados nos túneis da Linha 1;
c) Atividade 3 – Instalação de 1 Comutador Remoto – RHUB na sala de equipamentos localizada em cada uma das 20 estações na Linha 1, totalizando 20 RHUBs;
d) Atividade 4 – Instalação de 2 Unidades de Banda Base – BBUs em salas de equipamentos localizadas em estações estratégicas da Linha 1;
e) Atividade 5 – Instalação de 2 Pontos de Interface – POIs em salas de equipamentos localizadas em estações estratégicas da Linha 1;
f)	Atividade 6 – Passagem do cabo irradiante, dos cabos de fibra óptica CPRI e os cabos UTP Cat.6 usados para interligar os equipamentos;
g) Atividade 7 – Conectar as pRRUs aos RHUBs e esses as BBUs localizados nas plataformas para cobrir está área;
h) Atividade 8 - Conectar as RRUs localizadas nos túneis às BBUs que estão em pontos estratégicos para cobrir as linhas por onde passam as composições com os passageiros;
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i)	Atividade 9 – Conectar as BBUs aos POIs para que as operadoras se conectem com a rede interna e possam disponibilizar o sinal;
j) Atividade 10 – Treinamento de equipe para manutenção e suporte;
k) Atividade 11 – Análises e testes;
l) Atividade 12 – Treinamento do cliente, avaliação final e ajustes.
Tabela 2 – Cronograma de execução.
	ATIVIDADES
	DIAS
	
	01-05
	06-10
	11-15
	16-20
	21-25
	26-30
	31-35
	36-40
	41-45
	46-50
	51-55
	56-60
	Ativ.1
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Ativ.2
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Ativ.3
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Ativ.4
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Ativ.5
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Ativ.6
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Ativ.7
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Ativ.8
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Ativ.9
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Ativ.10
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Ativ.11
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Ativ.12
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
Fonte: Elaborada

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