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6ª AULA CIRCULAÇÃO ENDOSSO E CESSÃO

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6ª AULA – CIRCULAÇÃO DO TÍTULO DE CRÉDITO Professora: Luciana Castro 
 
ENDOSSO - art. 11 a 20, LUG 
 
FUNÇÃO DOS TÍTULOS DE CRÉDITO - agilizar a CIRCULAÇÃO DE RIQUEZAS ANTECIPA VALOR a ser recebido no futuro. 
 
 “É UMA DECLARAÇÃO CAMBIÁRIA, ACESSÓRIA, QUE NORMALMENTE TEM POR OBJETIVO E EFEITO A TRANSMISSÃO DO TÍTULO”. 
 Essa transferência se dá por meio do ENDOSSO 
 
 condicionado à tradição do título - princípio da cartularidade 
Definição MEIO PRÓPRIO E SEGURO DE TRANSFERÊNCIA DOS TÍTULOS DE CRÉDITO inclui todos os direitos inerentes a ele 
 
Pressuposto do endosso: condição para o que o título de crédito circule por meio de endosso unilateral1 
Cláusulas à ordem2 expressa cláusula presumida 
art. 11, LUG tácita sua nulidade não compromete a validade dos demais princípio da autonomia – art. 17, LUG 
 art. 17, L. 7357/85 
não à ordem expressa impeditiva 
art. 286 e seguintes, CC circula por meio cessão civil bilateral – art. 290, CC 
 art. 17, §1º, L. 7357/85 natureza contratual 
CLÁUSULA NÃO À ORDEM NÃO SE PRESUME3 só transmite – não garante 
 sua nulidade compromete a validade das posteriores 
� Pelo princípio da LITERALIDADE a vontade deve ser FORMALIZADA NO TÍTULO 
Endosso é feito no próprio título 
FORA DO TÍTULO–NÃO PRODUZIRÁ EFEITOS CAMBIAIS 
SE NÃO HOUVER ESPAÇO, pode ANEXAR UM PAPEL QUE CIRCULARÁ NO TÍTULO– é um ALONGAMENTO DO TÍTULO–NÃO É UM DOCUMENTO ADICIONAL em circulação 
(ALONGUE OU ALONGAMENTO DO TÍTULO) 
 
Validade simples assinatura verso 
 
Endossante ou endossador alienante do crédito o primeiro será sempre o tomador (aquele que endossa) 
 (deixa de ser o credor, o endossatário passa a ser o credor) 
Endossatário adquirente do crédito somente o credor pode alienar o crédito 
 
1
 BENEFICIÁRIO DA LETRA DE CÂMBIO deve MANIFESTAR A VONTADE DE TRANSFERIR O TÍTULO para outra pessoa 
2
 Necessário conter cláusula à ordem nos títulos para que POSSAM SER ENDOSSADOS. 
Na NOTA PROMISSÓRIA, NA LETRA DE CÂMBIO (art. 11 da LUG) e no CHEQUE (art. 17 da Lei nº 7.357/85) CLÁUSULA À ORDEM É IMPLÍCITA– só não podem ser endossados se estiver EXPRESSA 
A CLÁUSULA NÃO À ORDEM. 
3
 RISCAR CLÁUSULA à ordem NÃO SIGNIFICA EMPECILHO PARA O ENDOSSO– deve conter cláusula NÃO À ORDEM (ou equivalente) EXPRESSA. 
NÃO HÁ LIMITES PARA O NÚMERO DE ENDOSSOS 
Efeitos 1) Transferência da titularidade do crédito4 Transfere TODOS OS DIREITOS DO TÍTULO– transfere propriedade do documento – transferência da posse. 
 2) Responsabilidade do endossante como coobrigado – art. 15, LUG 
 
pode apresentar o TÍTULO PARA ACEITAÇÃO 
ENDOSSATÁRIO AGE EM PRÓPRIO NOME pode LEVÁ-LO PARA PROTESTO 
TRANSFERIR NOVAMENTE 
AJUIZAR AÇÕES NECESSÁRIAS 
 
O endosso PODE OU NÃO IDENTIFICAR a pessoa que irá receber o título. 
 
Espécies em branco – art. 13 e 14, LUG não identifica o endossatário título passa a circular COMO TÍTULO AO PORTADOR 
 (não se torna ao portador –APENAS CIRCULA). SÓ PODERÁ SER LANÇADO NO VERSO DO TÍTULO 
 Aquele que recebe o título ENDOSSADO EM BRANCO– pode ENDOSSAR NOVAMENTE (INCLUSIVE ENDOSSO EM PRETO). 
 PODE TAMBÉM APENAS ENTREGAR (SEM ASSINAR) 
 em preto identifica o endossatário. Ex: “endosso à” 
 maior segurança 
 
 
• Endosso parcial é nulo5 - art. 12, LUG 
• Endosso condicional não existe – art. 12, LUG 
RESPONSABILIDADE DO ENDOSSANTE: 
• O endossante se obriga pelo aceite e pagamento do título – art. 15, LUG - Endossante – DEIXA DE SER TITULAR – se torna COOBRIGADO– responde pela ACEITAÇÃO E 
PELO PAGAMENTO (salvo se houver cláusula em sentido contrário) –devedor indireto do título. 
• Vale para LETRA DE CÂMBIO, NOTAS PROMISSÓRIAS (art. 15 da LUG) e CHEQUE (art. 21 da Lei nº 7.357/85); bem como para os títulos que possuem APLICAÇÃO DA 
LUG (DUPLICATAS). 
• CC02 –REGRA INVERTIDA– (art. 914) –TÍTULOS ATÍPICOS6– endossante SÓ RESPONDE SE HOUVER CLÁUSULA expressa NESSE SENTIDO. 
Nos TÍTULOS TÍPICOS– quem ENDOSSA NÃO PROMETE PAGAR DIRETAMENTE–MAS GARANTE ao seu ENDOSSATÁRIO E AOS SEGUINTES QUE O TÍTULO SERÁ ACEITO E 
PAGO– endossante pode ser chamado a pagar o título –garantia –DEVEDOR INDIRETO 
 
4
 TODAS AS GARANTIAS SÃO TRANSFERIDAS ao endossatário (garantias PESSOAIS E REAIS). 
5
 Endosso deverá transferir SEMPRE A TOTALIDADE DOS DIREITOS DO TÍTULO– não possível CISÃO DO DIREITO MENCIONADO NO TÍTULO (x para a e y para b) 
HÁ NECESSIDADE DE APRESENTAR O TÍTULO que estará na POSSE DO TITULAR. 
6
 [...] é certo que os títulos atípicos, embora sejam títulos de crédito, não são títulos executivos, na medida em que a executividade pressupõe um reconhecimento legal específico. A tipicidade 
não atinge mais os títulos de crédito, mas atinge ainda os títulos executivos. Um exemplo de título [de crédito] atípico usado no país é o chamado FICA, ou vacapapel, que visa a instrumentalizar 
os direitos decorrentes do contrato de parceria pecuária. Neste contrato, o objeto é a cessão de animais para cria, recria, invernagem e engorda, mediante partilha proporcional dos riscos e dos 
frutos ou lucros havidos. O título (vaca-papel) representaria justamente o direito ao recebimento dos lucros e à devolução dos animais entregues” 
Lei 8.088/90 (Dispõe sobre a atualização do Bônus do Tesouro Nacional e dos depósitos de poupança e dá outras 
providências) – art. 19 – aparentemente determinou a IMPOSSIBILIDADE DE ENDOSSO EM BRANCO –“TODOS OS 
TÍTULOS, VALORES MOBILIÁRIOS E CAMBIAIS SERÃO EMITIDOS SEMPRE SOB A FORMA NOMINATIVA, SENDO 
TRANSMISSÍVEIS SOMENTE POR ENDOSSO EM PRETO.”–STJ ENTENDE SER POSSÍVEL O ENDOSSO EM BRANCO E 
CIRCULAR EM BRANCO– interpretação no sentido de NECESSIDADE DE COMPLETAR O ENDOSSO (INDICANDO O 
ENDOSSATÁRIOque é beneficiário) no momento do RECEBIMENTO APENAS. 
• ENDOSSO SEM GARANTIA7 – Endossante pode endossar DECLARANDO QUE NÃO SE RESPONSABILIZA (se exime unilateralmente de garantir o pagamento do título de 
crédito) – nesse caso o endosso deve vir com alguma expressão como “SEM GARANTIA” ou “SEM RESPONSABILIDADE”. Endosso apenas TRANSFERIRÁ A TITULARIDADE 
DO TÍTULO– CLÁUSULA EXPRESSA NO TÍTULO: a NÃO RESPONSABILIDADE só valerá para aquele que INSERIU A CLÁUSULA. 
 
• PROIBIÇÃO DE NOVO ENDOSSO8 - Endossante pode LIMITAR A SUA RESPONSABILIDADE ao endossatário – endossatário poderá endossar a outra pessoa - O endossante 
que proibiu o novo endosso não responde pelo pagamento do título aos endossatários posteriores. (art. 15 da LUG). 
 
OUTRAS MODALIDADES DE ENDOSSO: 
 Endosso impróprio endosso mandato9 transfere ao endossatário o poder de cobrar o valor contido no título 
 dar quitação em nome do endossante 
 não há transferência transfere a posse do documento mas não o direito sobre o valor 
 de titularidade cláusula “por procuração”, “valor em cobrança” ou similar – art. 18, LUG – não se presume 
(serve para legitimar a posse DEVE SER SEMPRE EM PRETO 
 do endossatário) 
 endosso caução10 
 ou art. 19, LUG transfere o título de crédito como instrumento de garantia de pagamento 
 endosso garantia (ex. de expressão: “por caução” ou “em penhor” ou “valor em garantia”) 
 
Bem móvel – penhor –regra é que o bem fique de posse do credor (art. 1.431 CC02) – para que o banco fique com o bem, necessário o 
endosso-garantia (impróprio) na cártula. 
 
Não se presume – deve estar claro que é endosso-garantia sem menção será presumido endosso comum. 
 
Duas figuras surgem: 
 
 
 
 
7
 RARAMENTE SERÁ UTILIZADA– quem recebe terá menor garantia de recebimento da quantia –REDUZ A CONFIANÇA NO TÍTULO. 
8
 NÃO TEM O MESMO EFEITO DA CLÁUSULA NÃO À ORDEM (transferência apenas por cessão de crédito) – proibição de novo endosso é RESTRIÇÃO DE RESPONSABILIDADE–ENDOSSANTE SÓ 
TERÁ OBRIGAÇÃO com seu ENDOSSATÁRIO DIREITO e não para com os posteriores 
9
 Não visa transferência do título – quem o faz não quer deixar de ser credor – é constituição de procurador que irá praticar por ele atos necessários para recebimento do crédito – transfere o 
exercício do direito sem dispor dele. O mandatário/procurador – pode exercer todos os direitos – não pode endossar o título – pode realizar um endosso-mandato (como se fosse 
substabelecimento) – é um contrato de mandato – não uma relação cambial. 
10
 Não se pretende transferir o título – apenas entregá-lo como garantia de alguma obrigação – constitui um penhor sobre o documento. Ex. A pede empréstimo ao Banco B – poderia dar 
qualquer bem em garantia (ex. carro) – nesse caso ele dará o título de crédito em garantia por meio do endosso-caução – “se eu não te pagar você tem legitimidade para receber esses 
créditos”. 
� Endossante-pignoratício: 
 
• proprietário do documento e credor do título – mas devedor do endossatário-pignoratício por outra obrigação – deve cumprir sua obrigação ou o endossatário-
pignoratício poderá fazer valer seus direitos de credor sobre o título em garantia. 
• não é o devedor principal do título – e sim de outra obrigação – a execução dessa obrigação não poderá se dar com base no título dado em garantia. 
• quando quitar a obrigação garantida – faz jus à devolução do título. 
 
� Endossatário-pignoratício: 
 
• Possuidor legítimo do título – mas não proprietário. 
• Pode agir como se fosse o endossante exceto endossando o título para outra pessoa. 
• Qualquer endosso por ele realizado será presumido como endosso-mandato. 
• O endossatário-pignoratício – age em nome próprio – demais coobrigados não podem opor a ele exceções que seriam oponíveis ao endossante – pignoratício. 
 
 
 Endosso póstumo ou tardio realizado posteriormente ao vencimento do título de crédito é válido11 
 (art. 20, LUG) 
 após o protesto ou expirado o prazo para protesto efeito de cessão civil 
 
ENDOSSO X CESSÃO DE CRÉDITO: AMBOS TRANSFEREM CRÉDITO como OBJETIVO FINAL. 
 
� ENDOSSO é a FORMA PRÓPRIA DE TRANSFERÊNCIA DO TÍTULO DE CRÉDITO–CESSÃO DE CRÉDITO destinada a transferir QUALQUER TIPO DE CRÉDITO (INCLUSIVE 
TÍTULOS). 
 
� Endosso é declaração UNILATERAL DE VONTADE– cessão de crédito é BILATERAL– depende do ENCONTRO DE DUAS VONTADES. 
 
� ENDOSSO É LITERAL, escrito no PRÓPRIO DOCUMENTO– cessão pode se dar de QUALQUER FORMA. 
 
� ENDOSSO NÃO DEPENDE de COMUNICAÇÃO AO DEVEDOR–cessão de crédito só produz efeitos quando NOTIFICADA AO DEVEDOR (art. 290 CC02). 
 
� NO ENDOSSO, em regra, ENDOSSANTE RESPONDE PELO PAGAMENTO (DEVEDOR INDIRETO) – na CESSÃO DE CRÉDITO O CEDENTE, em regra, SÓ RESPONDE PELA 
EXISTÊNCIA DO CRÉDITO. 
 
� NO ENDOSSO O DEVEDOR NÃO PODERÁ ALEGAR VÍCIOS na relação entre ele e o ENDOSSANTE AO ENDOSSATÁRIO (imune às questões da relação anterior – 
AUTONOMIA– maior segurança) – na cessão de créditos é possível o DEVEDOR PODE OPOR AS EXCEÇÕES PESSOAIS EM RELAÇÃO AO CEDENTE AO CESSIONÁRIO. 
 
11
 embora pouco comum – produz os mesmos efeitos do endosso anterior ao vencimento.

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