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Tempestades Severas

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Tempestades Severas (supercélulas) 
O que são tempestades?
A tempestade em si pode ser uma única nuvem cumulonimbos, um aglomerado delas, ou uma linha de nuvens que em alguns casos se estende por mais de 100 quilômetros. E em geral, tempestades severas estão associadas a tempestades organizadas e apresentam ao menos uma das seguintes características: granizo, tornado, eventos fortes. Embora os relâmpagos não sejam considerados como uma das características para definir uma tempestade severa, a maioria das tempestades severas está associada a um grande número de descargas atmosféricas.	Comment by Rafaela ': http://www.inpe.br/webelat/homepage/menu/infor/tempestades/tipos.php 
Como se formam?
Tempestades particulamentes severas são associadas a uma grande instabilidade vertical potencial( por exemplo, ar quente e úmido sob ar mais seco, com ar mais frio acima).
Ocasionalmente, as chamadas tempestades de supercélulas podem se desenvover a medida que novas celulas, que se formam a jusente, são varridas para cima pelo movimento de uma célula mais antiga. Elas têm aproximadamente o mesmo tamanho que os agrupamentos de células de tempestades, mas são dominadas por uma corrente ascendente gigante e correntes descendentes fortes e localizadas.
Tempestades Severas 	Comment by Rafaela ': https://www.passeidireto.com/arquivo/1000942/10_tempestades-severas-e-tornados 
As tempestades severas são capazes de produzir granizo, ventos de rajadas intensos na superfície, enchentes, relâmpagos e tornados. Assim como as tempestades elétricas de massas de ar, elas se formam quando o ar úmido é forçado a ascender numa atmosfera instável. Mas as tempestades severas só se formam em áreas com um potente cisalhamento vertical do vento, o que faz a corrente ascendente inclinar-se durante a fase madura.
	A Figura 10.4 é um modelo representando os movimentos atmosféricos dentro de uma tempestade severa. A tempestade está se movendo da esquerda para a direita. Ventos fortes na região superior fazem com que o sistema incline-se de forma que as correntes ascendentes movem-se para cima das correntes descendentes e por sobre elas. Este fenômeno é muito importante para o desenvolvimento, à existência prolongada e para a propagação do sistema. Quando a precipitação se torna pesada demais para as correntes ascendentes suportarem, ela cai dentro das correntes descendentes ao invés de caírem sobre as correntes ascendentes, como acontece nas tempestades elétricas de massas de ar. Daí, as correntes ascendentes permanecem intensos e não se dissipam. Como as correntes ascendentes fluem sem se enfraquecer, elas são capazes de atingir velocidades de mais de 50 nós.
	As correntes ascendentes podem ser tão fortes que o topo da nuvem é capaz de introduzir-se bastante na estável estratosfera, uma condição conhecid a por sobrelev anta men to . Em alguns casos, o topo da nuvem pode extender-se a mais do que 18 quilômetros (60.000 pés) acima da superfície. As violentas correntes ascendentes mantêm as pedras de gelo (granizo) suspensas na nuvem tempo bastante para elas cresçam até tamanhos consideráveis. Uma vez que estejam grandes o suficiente, elas ou caem pela base da nuvem juntas com a corrente descendente ou uma intensa corrente ascendente pode arremessá-las para fora pelo lado da nuvem, ou até mesmo pela base da bigorna. E, realmente, aeronaves já encontraram granizo em ar claro a vários quilômetros de uma tempestade. Além disso, correntes descendentes intensas na região superior da nuvem podem produzir belas mammas.
	Quando olhamos mais de perto para a metade inferior de uma trovoada severa (Fig. 10.5), vemos que a corrente descendente é alimentada pelo ar circundante mais seco que é entranhado no sistema. Quando uma certa quantidade da precipitação que está caindo se evapora, ela resfria o ar e, de fato, produz a corrente descendente. O ar frio que atinge o chão age como uma cunha, forçando o ar quente e úmido da superfície a subir e entrar no sistema. Assim sendo, a corrente descendente ajuda a manter a corrente ascendente e vice-versa, de forma que a tempestade severa é capaz de manter a si mesma – por várias horas em alguns casos.
Figura 10.4 – Um modelo simplificado descrevendo o movimento do ar e outras características associadas com as tempestades severas. A severidade dependa da intensidade da circulação. Figura 10.5 – Metade inferior de uma linha de instabilidade severa e algumas características associadas a elas.
Supercélula e Linha de Instabilidade 
 Há dois tipos principais de tempestades severas: a supercélula e a linha de instabilidade. A supercélula é uma enorme tempestade cujas correntes ascendentes e correntes descendentes estão tão suficientemente equilibradas que ela é capaz de manter-se como uma entidade isolada por horas a fio. A Figura 10.8 mostra uma supercélula ao leste do Colorado. Tempestades deste tipo são capazes de produzir correntes ascendentes que podem exceder 90 milhas por hora, saraiva do tamanho de uma laranja, ventos destruidores na superfície e tornados grandes e duradouros.
A linha de instabilidade se forma como uma linha de tempestades severas. Algumas vezes elas estão bem ao longo de uma frente fria, mas mais freqüentemente elas ficam a uns 100 a 300 quilômetros na dianteira dela. Estas linhas de instabilidade pré frontais podem ser causadas por ar superior fluindo sobre a frente fria e desenvolvendo-se sob a forma de ondas, à semelhança das ondas que se formam a sotavento de cadeias de montanhas. Note na Fig. 10.9 que a parte da onda que se move para baixo inibe a formação de nuvens, enquanto a parte ascendente, a cerca de 100 quilômetros da frente fria, favorece o levantamento. É nesta região que as nuvens e as tempestades se formam numa atmosfera instável.
Uma outra causa possível das linhas de instabilidade pré frontais é mostrada na Fig. 10.10. O mapa mostra condições que levam a tempestades severas sobre as Planícies Centrais, especialmente durante a primavera. Um ciclone das latitudes médias em desenvolvimento se forma como uma onda aberta com uma frente fria, uma frente quente e três massas de ar distintas. Atrás da frente fria, ar seco e frio sopra vindo do norte. No ar quente, à frente da frente fria, ar seco e quente avança proveniente do sudoeste. Mais além ao leste, ar quente, mas muito úmido se move para o norte a partir do Golfo do México. Ao longo da frente fria – onde ar frio e seco toma o lugar do ar quente e seco – não há umidade suficiente para se formarem tempestades. Contudo, no seio do ar quente, onde o ar seco mais denso encontra o ar úmido menos denso, ocorrem convergência e levantamento. É ao longo desta fronteira (chamada de linha seca) que as linhas de instabilidade se formam. Uma vez que estas tempestades se desenvolvem, o escoamento do ar frio pelo chão inicia o levantamento necessário para gerar novas (e possivelmente mais severas) tempestades.
Tempestades severas estão freqüentemente associadas com enchentes repentinas (“flash floods”) – enchentes que se ocorrem repentinamente com pouco ou nenhum sinal prévio. Tais alagamentos normalmente acontecem quando as tempestades severas estacionam ou movem-se muito lentamente, provocando uma intensa precipitação sobre uma área relativamente pequena. Nos últimos anos, esse tipo de enchentes ceifaram uma média de mais de 100 vidas por ano e foram responsáveis por danos incalculáveis a propriedades e safras. Uma destas tempestades se abateu a leste de Ohio durante o mês de junho de 1990, tomando a vida de dúzias de pessoas e causando danos da ordem de milhões de dólares. (Um exemplo de uma terrível tempestade com enchente repentina que destuiu a vida de mais de 135 pessoas é dado na seção Foco na p. 252).
A região das Planícies Centrais é mais suscetível aos tornados porque ela proporciona as condições a tmosféricas pro pícias para o desenvolvimento de tempestades severas que geram tornados. Nesta região (sobretudo na primavera) o ar quente e úmido da superfície é coberto pelo ar superior mais frio e seco,produzindo uma atmosfera instável. Quando um forte cisalhamento do vento existe e o ar da superfície é forçado a ascender, grandes tempestades elétricas capazes de gerar tornados podem se formar. Consequentemente, a freqüência de tornados é maior durante a primavera e menor durante o inverno, quando o ar quente da superfície está ausente.
A Formação de um Tornado - Apesar de não se saber tudo a respeito da formação de um tornado, nós sabemos que os tornados tendem a se formar com tempestades severas que giram e que ar instável é essencial para o seu desenvolvimento. Uma condição atmosférica que freqüentemente leva a tempestades elétricas com tornados na primavera está ilustrada na Fig. 10.23.
 Tempestades severas também costumam produzir correntes de ar descendentes de alta intensidade (em alguns casos, velocidades superiores a 100 km/h), conhecidas como rajadas e microrrajadas. Rajadas possuem em geral extensão de até 10 km e duram de uns poucos minutos a algumas dezenas de minutos. Microrrajadas são rajadas de curta duração (entre 5 e 15 minutos) e que afetam regiões de poucos quilômetros de extensão (tipicamente de 1 a 3 km).
Estudo de caso

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