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Meio ambiente e políticas públicas+2018+ +aula+4

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Evolução das políticas ambientais e Política Nacional do Meio Ambiente
MAPP Aula 4
ETAPAS DA POLÍTICA AMBIENTAL
1ª : Fins do século xix até em torno da 1ª Guerra: disputa em tribunais
2ª : Da década de 50 até recentemente: política de comando e controle
3ª : Atualmente: política mista (comando e controle e instrumentos econômicos).
Fase da disputa em tribunais
Conflitos relacionados a externalidades negativas resolvidos em tribunais
Problemas associados: alto custo, morosidade e acúmulo de processos, soluções caso a caso
Exemplos: os casos da Fundição Trail e da Fábrica de papel do Uruguai
Fase da política de comando e controle
Características iniciais: 
Imposição de padrões de emissão
Determinação da melhor tecnologia disponível para abatimento
Problemas associados:
Grau de informação dos órgãos de regulamentação, tendência à adoção de tecnologias end of pipe, favorecimento de fornecedores de tecnologias, morosidade etc.
Promulgação da NEPA – National environmental policy act – em 1970
Marco na história da gestão ambiental pelo Estado
Instituição dos estudos de impacto ambiental (EIAs) e relatórios de impacto ambiental (RIMAs)
Estabelecimento do Conselho de Qualidade Ambiental, órgão ligado ao poder executivo, com a atribuição de elaborar anualmente o relatório do Congresso sobre a qualidade ambiental do país.
Início do estabelecimento de padrões de qualidade ambiental para ar e água nos EUA, França, Japão e Alemanha.
Fase mista: comando e controle e instrumentos econômicos
Ampliação da legislação e dos instrumentos de regulação ambiental em todo o mundo
Adoção progressiva dos instrumentos econômicos, dos instrumentos de comunicação e dos acordos voluntários.
Alguns instrumentos de comunicação
Informação ao público
Criação de redes 
Selos ambientais
Marketing ambiental
Sistemas de gestão ambiental
Acordos voluntários
Públicos
Privados: Atuação responsável, CEMPRE...
Política ambiental no Brasil
Código florestal de 1934 (Decreto 23.793), tratava da questão das matas nativas, sendo posteriormente reformado pela Lei 4.771 de 1965 
Código das águas de 1934 (Decreto 24.643), estabelecia normas de uso dos recursos hídricos, com especial atenção ao seu aproveitamento hidrelétrico (Vinha, 2003p.147);
Decreto-lei 25, de 30/11/1937: Patrimônio cultural
Organiza a proteção do patrimônio histórico e artístico nacional. A partir do tombamento, fica proibida a demolição ou mutilação, sem prévia autorização do SPHAN, dos bens de valor etnográfico, arqueológico ou natural;
Comissão executiva de defesa da borracha de 1947 (Lei nº 86): estabelecia medidas visando a assistência econômica da borracha natural; foi reestruturada em 1967;
 
Outros eventos importantes
Lei 4771, de 15/09/1965: Código Florestal
Determina a proteção de florestas nativas e define como áreas de preservação permanente uma faixa de 30 a 500 metros das margens dos rios, lagos e reservatórios, além dos topos de morro, locais acima de 1800 metros de altura e encostas com declividade superior a 45º.
 
Lei 5197, de 03/01/1967: Fauna silvestre
Proíbe o uso, perseguição e comércio de animais silvestres e a caça profissional, além da amadora sem autorização do IBAMA. Criminaliza a exportação de peles e couros de anfíbios e répteis.
Decreto 73.030 de 1973: Criação da Secretaria Especial do Meio Ambiente – SEMA, vinculada ao Ministério do Interior
 
Outros eventos importantes
Lei 6453, de 17/10/1977: Atividades nucleares
Lei 6766, de 19/12/1979: Parcelamento do solo urbano
Estabelece as regras para loteamentos urbanos, proibidos em áreas de preservação ambiental, terrenos alagadiços e onde a poluição representar perigo à saúde.
 
Lei 6803, de 02/07/1980: Zoneamento industrial nas áreas críticas de poluição
Atribui aos estados e municípios o poder de estabelecer limites e padrões ambientais para a instalação e licenciamento das indústrias, exigindo Estudo de Impacto Ambiental. 
Lei 6938, de 17/10/1981: Política Nacional do Meio Ambiente
Define que o Ministério Público (promotor de justiça ou procurador da república) pode propor ações de responsabilidade civil por danos ao meio ambiente, devendo o poluidor recuperar e/ou indenizar prejuízos causados. Estabelece a necessidade de EIA/RIMA (regulamentados em 1986 pela Resolução 001/86 do CONAMA) antes da implantação do empreendimento (obra civil, indústria ou aterro sanitário). Dispõe ainda sobre o direito à informação ambiental.
Em seu art. 9º, estabelece os seguintes instrumentos:
Estabelecimento de padrões de qualidade ambiental
Zoneamento ambiental
Avaliação de impactos ambientais
Licenciamento e revisão de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras.
Foram também criados o Sistema Nacional de Meio Ambiente (Sisnama) e o Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama)
Estrutura legal
A estrutura legal é composta pelas leis que regem as questões referentes ao meio ambiente
no Brasil, As leis são produzidas em diferentes níveis:
• pelo Congresso Nacional (União),
• pela Assembléia Legislativa (Estados),
• pela Câmara de Vereadores (Municípios).
Os Conselhos de Meio Ambiente também podem produzir deliberações, assim como os órgãos do Poder Executivo produzem portarias e normas.
Os programas e projetos são ações prioritárias dos governos – como os programas de educação ambiental, por exemplo – que podem ocorrer nos três níveis: federal, estadual e municipal.
Também são comuns programas como o da Agenda 21 que, do mesmo modo, acontecem nos três níveis.
Questões relevantes em PP ambientais
Necessidade de incorporação dos interesses dos vários agentes e grupos sociais envolvidos na formulação e implementação 
Instrumentos: educação ambiental, EIA-Rimas, audiências públicas, conselhos e comitês, transparência nas informações etc.
Necessidade de cooperação inter-esferas de governo – destaque para o papel da dimensão local na implementação e monitoramento das políticas
Questões relevantes em PP ambientais
Gestão de eventuais conflitos da agenda ambiental com outras agendas
Algumas considerações sobre a política nacional de meio ambiente
Privilegiamento dos mecanismos de comando e controle
Aparato legal e normativo robusto; dificuldades de implementação
Conflitos da agenda ambiental governamental com outras agendas, sobretudo da área econômica
Conflitos de interesse: o Código Florestal e o agronegócio
Baixa articulação entre as esferas de governo 
Algumas considerações sobre a política nacional de meio ambiente
Não utilização de um modelo “ex-ante” – incorporação dos interesses dos vários grupos sociais envolvidos – na formulação e implementação de políticas.
Desequilíbrio na correlação de forças entre a visão preservacionista/de desenvolvimento sustentável e a de desenvolvimento a todo custo, dentro da esfera pública.
Política e gestão pública ambiental
Política pública ambiental: “o conjunto de objetivos, diretrizes e instrumentos de ação que o poder público dispõe para produzir efeitos desejáveis sobre o meio ambiente”.
Gestão ambiental pública: “a ação do poder público conduzida segundo uma política pública ambiental”¹
¹BARBIERI, J.C. Gestão ambiental empresarial. Conceitos, modelos e instrumentos. São Paulo: Saraiva, 2007. p.60
Referências bibliográficas
BARBIERI,J.C. Gestão ambiental empresarial. São Paulo: Saraiva, 2007.
 MOTA, J.A. O valor da natureza. Rio de Janeiro: Garamond, 2006.
TOGEIRO DE ALMEIDA, L. Política ambiental. Uma análise econômica. São Paulo: Unesp, 1998.
THOMAS;CALLAN. Economia ambiental. São Paulo: Campus, 2010.
LUSTOSA et al. Política de meio ambiente. In: May, P. (org) Economia do meio ambiente. SP: Elsevier, 2010

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