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CURSO DE EUBIOSE Módulo 4: Raças A evolução cíclica da humanidade 1 / 42 ANTROPOGÊNESE AS RAÇAS HUMANAS Conforme a doutrina da Cadeia Planetária, as Raças Humanas, ou Raças–Mães, são em número de sete. A relação entre a natureza sétupla dos princípios humanos guarda uma equivalência perfeita com o Plano Arquetipal, que definiu as unidades setenais desde os 7 Planetas Sagrados, os 7 subplanos ou 7 regiões dos Planos Cósmicos, os 7 Globos de uma Cadeia Planetária, as 7 Rondas de um Globo, as 7 Raças-Mães de uma Ronda etc. Nessa ampla abordagem, é preciso observar que cada Raça–Mãe, com as suas respectivas sub–raças e inumeráveis desdobramentos em ramos raciais, clãs e famílias, é inteiramente distinta da Raça que a precede e da que a sucederá, obediente a uma nova onda de vida na Ronda. Segundo esses estudos, estamos na 5ª Raça–Mãe da 4ª Ronda. É dizer que outras 4 Raças–Mães já foram concluídas na 4ª Ronda da Terra, como Globo da 4ª Cadeia do 4º Sistema de Evolução. Em princípio, pode-se dizer que, para completar essa Ronda, deverão surgir mais duas novas Raças–Mães para as quais importarão as experiências das duas últimas sub-raças da 5ª Raça–Mãe, isto é, da 6ª (Bimânica) e da 7ª (Atabimânica). Convém dizer que a 5ª Raça–Mãe, ou Ariana, mesmo sendo a representativa do atual ciclo de mais de um milhão de anos, no entanto coexiste com grandes aglomerados humanos ainda com estados de consciência pertencentes a Raças passadas, particularmente a 4ª Raça (Atlante) e a 3ª Raça (Lemuriana). As quatro Raças – Mães já concluídas na Terra, em ordem de aparecimento, são conhecidas esotericamente com os nomes de Adâmica, Hiperbórea, Lemuriana e Atlante. 1ª RAÇA-MÃE = ADÂMICA • NOME DA RAÇA: Adâmica; também conhecida a Raça dos “Filhos da Ioga”. • CONSTITUIÇÃO: Etérica. Sombras psico etéricas, os chayas da tradição oriental. CURSO DE EUBIOSE Módulo 4: Raças A evolução cíclica da humanidade 2 / 42 • ERA GEOLÓGICA: Primordial. • SISTEMA OU PERÍODO GEOLÓGICO: Laurenciano, Cambriano e Siluriano. • CONTINENTE/HABITAT: Jambu Dwipa; Calota Polar Norte; “Ilha Branca”; a “ponta do Monte Meru”, segundo os textos orientais dos “Puranas”. • NOME DOS HABITANTES: Chayas; “Filhos das águas” ou Selenitas; Adâmicos, Polarianos ou do “Continente Polar”. • ASCENDÊNCIA: Pitris Barishads ou Progenitores Lunares, esses, conhecidos como os “Sem Osso”, cuja origem era a Lua (4º Globo da 3ª Cadeia do 4º Sistema). Os Pais “sem osso” não poderiam dar vida a seres “com ossos”, portanto, esses surgiram como formas etéricas, emanadas do corpo etérico tação de seus Progenitores, estando esses em meditação. • ÉGIDE: A 1ª Raça surgiu sob a égide de Netuno (o Deus mitológico “das águas”), porém, para os iniciados, o planeta governante foi Urano. • GERAÇÃO: Não foram gerados fisicamente, mas, sim, formados pelo divino poder da Vontade (Kriya-Shakti), como projeções etéricas dos Barishads. • REPRODUÇÃO: Suas formas assexuadas, quase protistas, reproduziam-se por cissiparidade (1:2:4:8:16:32). Inicialmente em 2 metades iguais; depois em partes desiguais, produzindo descendentes menores que cresciam – por sua vez – e produziam, pelo mesmo processo, novos filhos. CURSO DE EUBIOSE Módulo 4: Raças A evolução cíclica da humanidade 3 / 42 • VEÍCULO EXTERIOR: O veículo exterior era o Duplo Etérico, originalmente emanado do corpo etérico dos Pitris Barishads, que bem o desenvolveram na 3ª Cadeia, mas, internamente, o corpo era de matéria Astral. Com esse veículo etérico, podia ficar em pé, caminhar, correr, ou deixar- se arrastar a grandes distâncias pela força dos ventos mais poderosos. Alguns veículos, filamentosos e prateados, eram de estatura maior do que a da média atual do ser humano. Na “fronte”, apresentavam uma protuberância, como indício de um olho embrionário que seria melhor definido na 2ª Raça–Mãe e plenamente desenvolvido na 3ª Raça. • ESTADO DE CONSCIÊNCIA: Focados no Princípio Átmico os Adâmicos, quase que inconscientes, eram dirigidos pelos Primeiros Rishis ou Reis Divinos daquela Raça. Por intermédio do “Fio de Vida” ou “Sutratmã”, recebiam dos seus Dirigentes os comandos e, assim, agiam em formas etéricas, desprovidos de veículos mais densos para a perfeita manifestação no plano físico do Globo. • SENTIDO DESENVOLVIDO: Audição. Respondiam ao Som, o que faz lembrar o texto bíblico da Criação: “No Princípio era o Verbo...”. Para esse sentido, duas protuberâncias laterais à fronte davam indícios das futuras orelhas. • IMPACTO: Correspondiam às impressões do “Fogo”, como seu elemento. A tradição esotérica observa que os veículos dos Adâmicos eram “indestrutíveis ao fogo e à água”. I. Origem O nome ADÂMICA deriva-se de Adam-Kadmon (que representa o Cosmos todo, como se fora um Grande Ser), o “Homem Celeste” do 2o. Trono, que se projetou na Terra como Adam-Heve, protótipo terrenal da criatura humana. Daí os nomes: Adão e Eva. As sementes de vida que deram origem à primeira Raça humana foram impulsionadas a despertar a consciência átmica, asseguradas por um fio de vida – o fio de Sutratmã. As primeiras criaturas eram consideradas Chayas, “Sombras” psico etéricas, Filhos da Ioga, Etéricos, Filhos das Águas ou Selenitas (derivada de Selene ou Lua na mitologia grega). CURSO DE EUBIOSE Módulo 4: Raças A evolução cíclica da humanidade 4 / 42 Como seres de origem da Lua, eles vieram para a Terra a fim de completar sua evolução. Eram projeções dos veículos mentais de seus progenitores, os Pitris (Pais) Lunares, ou Barishads, que projetaram seus Chayas (Sombras) ou formas humanas fluídicas, etéricas, enquanto mergulhados na meditação da Ioga. Portanto, não foram gerados fisicamente, mas autogerados, surgindo do poder da Vontade (Kriya-Shakti), de seus progenitores. Daí, serem chamados de “Filhos da Ioga”. Em corpos sutis, quase sem matéria densa, os Chayas podiam viver em pé, deitados, correr. “Nem o fogo nem a água poderia destruí-los”. Em verdade, o Fogo era seu elemento e eles não tinham consciência da água. Só tinham um sentido desenvolvido que era a audição. Segundo as primitivas escrituras do Oriente, tiveram o Sol como planeta governante; mas os iniciados dizem que foi Urano, que, misticamente, é o seu representante. Ilha Branca – 1o. Continente A respeito do primeiro Continente surgido na Terra, chamado pelas escrituras arcaicas de “Ilha Branca”, o Autor do livro “Os Mistérios do Sexo”, Henrique José de Souza, escreveu o seguinte: “O quarto Globo, que é a Terra, já desenvolveu três Rondas ou Ciclos completos de vida e, portanto, de vidas terrenas, segundo a Doutrina do Oriente, e, ao iniciar sua quarta Ronda, a atual, já recebeu germes vitais de seu antecessor e vizinho Planeta, a Lua; à frente de tais elementos, vinha uma humanidade celeste, a dos Pitris ou ‘Pais Lunares”. “Desceram na ‘Ilha Sagrada’ ou região do Polo Norte da Terra (Polo Espiritual e não geográfico), onde estabeleceram a sua morada em continente paradisíaco, denominado ‘Ilha Branca’ em diferentes teogonias”. “Provavelmente, o eixo da Terra estivesse colocado em posição diferente do atual. Seu eixo de rotação coincidiria com o Plano da Eclíptica. Naquele remotíssimo período da História da Terra, depois de sofrer inenarráveis convulsões, emergia aospoucos das águas efervescentes o mencionado Continente a que se deu o nome de ‘Ilha Branca’, também chamado de ponta do ‘Monte Meru’, em pleno Polo Norte. E sete promontórios, como se representassem, em síntese, os próprios Globos ou Astros, os Dwipas ou Continentes futuros, se formaram no ponto de junção, ao qual se dá o nome de ‘Pushkara’, termo sânscrito que se pode traduzir por ‘Mar de Leite ou de Manteiga Clarificada’, nome, aliás, que designará o sétimo Continente, ainda adormecido nas profundezas dos mares”. CURSO DE EUBIOSE Módulo 4: Raças A evolução cíclica da humanidade 5 / 42 II. Aspecto Físico Os seres da primeira Raça-Mãe tinham forma filamentosa e a cor prateada. Praticamente não possuíam consciência. Apresentavam uma protuberância na porção superior correspondente à fronte, com aparência de um botão convexo, indício de um olho embrionário, que se distinguiu na segunda Raça e só se desabrochou no começo da terceira. As orelhas eram como duas rodelas de aspecto esponjoso e flácidas, em cujo centro se localizava o conduto auditivo externo. III. Reprodução Os seres Adâmicos eram assexuados e se reproduziam pela cissiparidade, como os protistas. No princípio, dividiam-se em duas partes iguais, que, mais tarde, foram se tornando desiguais, fazendo surgir descendentes menores que cresciam e reproduziam, pelo mesmo processo, outros descendentes. O estudo do embrião humano revela que a primeira etapa de sua vida intrauterina, cujo corpo é de um conglomerado de células resultantes de divisões mitóticas sem nenhuma aparência humana, equivale-se ao processo reprodutivo da primeira Raça. IV. Sub-Raças Na 1ª Raça-Mãe, não houve definição de Sub-Raças. Houve apenas a caracterização de sete gradações de densidade das substâncias etéricas de que as mesmas eram constituídas. Essa Raça expressa a “Queda do Espírito na Matéria”, ou melhor, a descida de Atmã. O “Espírito” começa a se materializar, isto é, se revestir dos veículos mais densos. Somente as Escolas Esotéricas têm conhecimento da 1ª Raça-Mãe, uma vez que não se pode falar em fósseis, pela inexistência de veículos físicos naquela era. o – O – o CURSO DE EUBIOSE Módulo 4: Raças A evolução cíclica da humanidade 6 / 42 2ª RAÇA-MÃE = HIPERBÓREA • NOME: Hiperbórea, a Raça dos Filhos do Suor ou “Nascidos do Suor”. • ERA GEOLÓGICA: Paleolítico ou Primário. • SISTEMA OU PERÍODO GEOLÓGICO: Devoniano, Carbonífero e Permiano. • ASCENDÊNCIA: Contando com os veículos desenvolvidos na 1ª Raça, os Hiperbóreos tiveram como Progenitores os Pais ou Pitris Solares ou Agnisvatas. • ÉGIDE: A Raça foi criada sob a égide de Júpiter. • VEÍCULO EXTERIOR: Inicialmente, construído do subplano Astral do Plano Físico e, finalmente, do Etérico Físico. O anterior passou a ser o interno do segundo. Tal como na raça anterior, ainda eram desprovidos dos corpos ou veículos emocional e mental concreto. • VEÍCULO INTERIOR ADQUIRIDO: Budhi (que se vem unir ao Atmã já interiorizado deste a 1ª Raça-Mãe). • ESTADO DE CONSCIÊNCIA: Focado no Princípio Búdico, como um aspecto da “vida energia” ainda, e não de atributo intuitivo plenamente desenvolvido, o que ocorrerá, naturalmente, nas Raças futuras, na curva ascendente da atual Ronda. Apoiados interiormente nesse princípio, os Hiperbóreos eram dirigidos pelos “Reis Pastores”, como que vivendo “em rebanhos”. Possuíam uma consciência mais coletiva do que individual. CURSO DE EUBIOSE Módulo 4: Raças A evolução cíclica da humanidade 7 / 42 • FORMA: Mal definida, a forma arborescente dos Hiperbóreos ainda trazia os traços filamentosos dos seres da 1ª Raça. Acompanhando a exuberância do Reino Vegetal, os corpos etéricos dos Hiperbóreos, desprovidos de desejos e apegos, adquiriram proporções gigantescas precedendo as formas físicas ciclópicas da Raça seguinte ou Lemuriana. Apresentava-se em vários matizes brilhantes, com traços vestigiais de vegetais e animais de Rondas anteriores. Os Hiperbóreos mais desenvolvidos, de coloração amarelo-ouro, já esboçavam aparência semi-humana. I. Reprodução Como na primeira Raça, não havia geração física. Um ser gerava outro usando o próprio substrato etérico. Multiplicavam-se por dois tipos de reprodução: 1o Tipo: os assexuados – ainda desprovidos do veículo do desejo – desdobravam-se por cissiparidade, como os Adâmicos ou da 1ª Raça, o que era característico dos chayas, no modelo de divisão vegetal concebido em Rondas anteriores. 2o Tipo: os Nascidos do Suor, ou seja, aqueles que nasciam de uma espécie de “brotamento” como se fossem bagas de suor excretadas pelos seus genitores. Nasciam já com uma vaga indicação dos dois sexos. Daí serem chamados de “andróginos latentes”. Eram desprovidos do veículo do desejo, e, segundo os antigos hindus, a definição do sexo só se manifestou na Raça seguinte (Lemuriana). Na reprodução, o Hiperbóreo expelia de si, inconscientemente, um “brotamento” em forma ovalada, uma espécie de miniatura de si mesmo. Como se tratava de criaturas etéricas, aqueles “brotamentos” cresciam nutridos, ligados ao aura do “progenitor”, até se desenvolverem completamente, separando-se, então, gradualmente, de seu criador após terem formado a sua própria esfera áurica. II. Aspectos físicos A Segunda Raça, Hiperbórea, originou-se dos Adâmicos, utilizando-se dos veículos desenvolvidos da matéria etérica, os chayas. No decorrer da 2ª. Raça, os Elementais, sob a direção das Hierarquias Superiores, passaram a elaborar partículas mais densas e, com elas, cobriram os chayas, tornando esses veículos parte da estrutura interna dos Hiperbóreos. Segundo antigas escrituras do Oriente, a parte externa dos seres da 1ª Raça passou a ser a parte interna dos da 2ª Raça. CURSO DE EUBIOSE Módulo 4: Raças A evolução cíclica da humanidade 8 / 42 Com o passar do tempo, a adaptação das partículas mais densas da matéria etérica levou à formação de uma tela que resultou no duplo etérico. No livro “Os Mistérios do Sexo”, de Henrique José de Souza, pode-se ler: “Para o pleno desenvolvimento de seus indivíduos, os espíritos da natureza, também chamados elementais, construíram em torno dos chayas moléculas mais densas de matéria, formando uma espécie de urdidura protetora, de maneira que o exterior (chaya) da primeira raça tornava-se o interior da segunda, equivalente ao seu duplo etérico”. Assim, pouco a pouco, a Primeira Raça foi desaparecendo ou sendo assimilada a segunda. Os chayas passaram a constituir o “duplo etérico” dos Hiperbóreos. Com o surgimento da Segunda Raça, deram-se os primeiros passos para se criar uma humanidade física. Suas formas, mescladas entre filamentosas e arborescentes, com brilhantes matizes, de coloração amarelo-ouro - já em meados do ciclo da 2ª. Raça -, apresentavam aparências semi-humanas, principalmente na conformação do crânio e das faces. Não se pode esperar da Ciência acadêmica a confirmação da existência dessa Raça, pois que a mesma não deixou vestígios físicos, por se tratar de uma estrutura ainda etérica, de partículas diferenciadas nos sete subplanos etéricos. As fontes de pesquisa baseiam-se nos registros da Ciência Oculta, do acervo da Sabedoria Iniciática das Idades, outrora apresentada sob vários nomes para se chegar ao atual de Eubiose. III. Sentidos Ao sentido da audição,da 1ª Raça, foi acrescido o Tato, dado que, com maior solidificação da matéria e dos corpos, se tornou possível percebê-los pelo contato direto. Dentre as impressões táteis, incluem-se não só as de superfície, consistência, como também as de temperatura e pressão. A presença dos dois sentidos, Audição e Tato, correspondiam nessa Raça aos impactos dos elementos Fogo e Ar. Segundo os registros teosóficos, os Hiperbóreos conseguiam produzir sons suaves que lembravam melodias indefiníveis. Com o decorrer da evolução, foram apresentando perfis que lembravam os humanos, principalmente na parte superior do corpo, com destaque para a face, que foi a primeira parte do corpo a ter contornos humanos. Contudo, as formas ainda eram muito heterogêneas. Flutuando ou sendo arrastados por fortes rajadas de vento, aqueles primitivos seres emitiam sons uns para os outros. CURSO DE EUBIOSE Módulo 4: Raças A evolução cíclica da humanidade 9 / 42 IV. O Continente Hiperbóreo A Terra, nos seus primórdios, era um globo ígneo, cujos seres em evolução não tinham forma física e densa como a nossa e, portanto, podiam manter-se indestrutíveis frente à ação do fogo, do ar e da água. Segundo as tradições, a Terra, depois de tremendas convulsões, teve o surgimento do seu primeiro Continente chamado “ponta do Monte Meru”, ou “Jambu”, um ambiente paradisíaco, em área correspondente a que, hoje, está coberta por enormes geleiras, região do Polo Norte e que, a bem dizer, na época, recebia suficiente iluminação solar, dotando o território das condições favoráveis do clima tropical. Durante milhões de anos, à medida que a crosta terrestre se consolidava, as condições ambientais para uma vida física se firmavam na Terra. Acompanhando o processo de evolução do Globo, foi surgindo o Segundo Continente, o Hiperbóreo, apresentando condições melhores do que as anteriores para abrigar uma raça com mais recursos físicos que a anterior. Concomitantemente, nessa era, o Reino Vegetal desenvolve-se em formas arborescentes. Conforme se lê no livro “La Religión de la Naturaleza”, de Eduardo Alfonso, o Hiperbóreo adquire o “etereossoma”, corpo vital predominante nas plantas, e que, na correspondência biológica, veio se expressar posteriormente como o conjunto formado pela placenta e suas vilosidades coriônicas, verdadeiras raízes fixadas na matriz ou útero materno. A 2ª. Raça, portanto, teve por berço aquele continente denominado pela mitologia esotérica, ou dos arquivos ocultos, com o nome de “Plaska Dwipa” ou “Continente Hiperbóreo”. Abarcava a faixa no planeta que hoje corresponde a todo o Norte da Ásia, sendo que, ao Sul, era limitado pelas águas, que mais tarde se transformaram no Deserto de Gobi. Incluía também o que hoje compreende a região da Groenlândia, Suécia, Noruega, Spitzbergen, Ilhas Britânicas e metade superior do América do Norte. Conforme o livro “Atlântida e Lemúria”, de W. Scott – Elliot, há indícios geológicos da existência do Continente Hiperbóreo, demonstrados pela análise dos estratos de rochas encontrados cerca de 12.800 metros de profundidade. Segundo os estudos teosóficos, os seres criados nas duas primeiras Raças tinham formas grotescas, sendo também consideradas Bhutas na tradição oriental, com o sentido de sombras espectrais. Contudo, na ocasião de se prover de uma consciência para aquelas criações ou “Bhutas”, para transformar aquelas “Sombras” em futuros “Seres Pensantes”, capazes de evoluírem por si próprios como verdadeiros Homens, foi necessário o concurso de Seres Intermediários com “Poderes Espirituais”, componentes das Hierarquias Criadoras, procedentes de Cadeias anteriores. CURSO DE EUBIOSE Módulo 4: Raças A evolução cíclica da humanidade 10 / 42 A partir da necessidade do concurso dos Seres mais evoluídos das Cadeias anteriores, para auxiliar no progresso dos primeiros humanos, ainda em formas frustras, grotescas, surgiram as naturais resistências daqueles que, embora superiores aos terrestres, teriam dificuldades para encarnarem com veículos ainda em condições tão precárias como eram os disponíveis nas duas primeiras Raças, com traços e condições ainda quase animalescas. Segundo a narrativa esotérica, foi esse o motivo que levou o Chefe da Hierarquia dos Assuras, e todas as hostes sob seu comando, a recusar encarnar nos primórdios da Humanidade. O Continente Hiperbóreo, após violentos cataclismos, foi quase totalmente submerso. Suas terras só tornariam a emergir por ocasião da primeira catástrofe atlante. Seus limites meridionais se acham apagados, sepultados debaixo da formação diluviana russo- siberiana. Sobre as condições como terminou a Segunda Raça Hiperbórea, diz Helena Petrovna Blavatsky: “Os ‘Nascidos do Suor’, da Segunda Raça, formaram a Segunda Humanidade, composta de monstros semi-humanos e gigantescos os mais heterogêneos. Foi a primeira tentativa da Natureza Material para construir corpos humanos físicos”. “As sempre floridas terras do Segundo Continente - entre outras a Groenlândia -, que gozavam de ‘Eterna Primavera’, foram sucessivamente transformadas, de Éden que era, em ‘Hades Hiperbórea’. Tal transformação foi provocada pelo deslocamento das grandes massas de águas do Globo, ao mudarem de leito os oceanos; e a maior parte da Segunda Raça pereceu nessa primeira e tremenda agonia causada pela evolução e consolidação do Globo durante o período humano. Já ocorreram quatro desses cataclismos e um quinto nos espera, para quando soar a hora devida...”. V. Origem da palavra Hiperbóreo A palavra Hiperbóreo tem origem grega. O mito de Hiperbórea faz alusão a uma região além da Trácia, ao norte da Grécia. Os gregos antigos trataram-na como uma região “mais além do vento do norte”. A esse “vento”, deram-lhe o nome de Bóreas. Na mitologia grega, um dos doze “trabalhos” de Hércules faz citação ao “país dos Hiperbóreos” com seu “céu eternamente azul”. Narra o mito que o herói grego, seguindo os passos da “corça de Cerinia”, mais além do “norte”, deparando-se com a fonte do Saber. Consagrada à Diana (em grego Artemis), irmã gêmea de Apolo, a corça de Cerinia tinha os CURSO DE EUBIOSE Módulo 4: Raças A evolução cíclica da humanidade 11 / 42 pés de bronze e os cornos de ouro; trazia a marca do sagrado e, portanto, não podia ser morta. O herói que teve como tarefa apanhá-la viva, a perseguiu por muito tempo, adentrando numa região mais ao norte que a Trácia, isto é, mais além do território onde soprava o Bóreas. o – O – o CURSO DE EUBIOSE Módulo 4: Raças A evolução cíclica da humanidade 12 / 42 TERCEIRA RAÇA-MÃE = LEMURIANA • NOME: Lemuriana ou Lemúrica. A última fase dessa Raça durou 18 milhões de anos. Através das datações a seguir podemos aquilatar os antiquíssimos tempos em que essa Raça se desenvolveu. A formação e evolução dos seres ocorreram concomitantes com a evolução do nosso Globo em sua 4ª Ronda. • ERA GEOLÓGICA: Secundária ou Mesolítico. • SISTEMA OU PERÍODO GEOLÓGICO: Triásico, Jurássico e Cretáceo. Para termos uma ideia do quanto foi longo o período de formação dessa Raça, sabemos, hoje, que os períodos geológicos - que compõem a Era Mesolítica - denominados Triásico, Jurássico e Cretáceo se estenderam de 250 a 65 milhões de anos atrás. Surgimento dos répteis, organismos animais mais complexos do que os peixes originários da era paleolítica ou primária do Continente Hiperbóreo.Megalossauros, dinossauros, pterodátilos e outros animais gigantescos desenvolvem-se em meio às grandes florestas de pinheiros e palmeiras, além de outras plantas mais complexas do que os enormes fetos vegetais dos tempos hiperbóreos. É, nessa era, também, que surgem as primeiras plantas com flores e as primeiras aves. São encontrados os primeiros fósseis de mamíferos e, em terra, aparecem diversos grupos de répteis, inclusive voadores, muito embora a fauna desse período não seja tão diversificada quanto à fauna do período anterior, uma vez que houve uma grande extinção em massa no início do Triásico. Seu final é marcado por uma nova extinção em massa que, segundo alguns cientistas, se deveu ao impacto de um grande meteoro que teria causado uma drástica mudança no clima, extinguindo os dinossauros, todavia, devem-se considerar as fontes esotéricas cuja concepção é outra. Para os estudiosos da Sabedoria Iniciática, a Lemúria foi o continente em que os cataclismos frequentemente se davam à custa de erupções vulcânicas, daí dizer- se que ela foi destruída “pelo fogo” ao longo de milhões de anos. • CONTINENTE / HABITAT: Shalmali Dwipa é o continente lemuriano ou lemúrico das escrituras orientais. CURSO DE EUBIOSE Módulo 4: Raças A evolução cíclica da humanidade 13 / 42 Lemúria é o 3º Continente da Ciência Oculta. Também conhecido como Continente Austral, foi considerado entre os geólogos como o Gondwana dos antigos indianos. O nome Lemúria foi originalmente adotado por um cidadão inglês, Sir Sclater, em consideração ao fato de ter sido naquele imenso continente o provável local onde os animais lemuróides surgiram. Incluía a maior parte das zonas de terra firme do planeta, restando dele alguns territórios como a Tasmânia, Ilha de Páscoa, Madagascar, Austrália, entre outros. Os estudos paleontológicos dão fortes indícios de que, pela semelhança entre os fósseis de animais e de plantas encontrados na África e na Índia, provavelmente essas regiões foram ligadas, fazendo parte de um grande continente desaparecido. Estratos de rochas da era geológica da Lemúria podem ser encontrados a uma profundidade de 4.500 metros do solo, conforme os registros de W. Scott- Elliot (“Atlântida e Lemúria – continentes perdidos”, ed. Pensamento). No decorrer das eras, o 3º continente teve que suportar numerosos cataclismos desencadeados por erupções vulcânicas e maremotos que acabaram destruindo seus territórios, observando-se que, em um texto do livro “Os Mistérios do Sexo”, se estima há sete milhões de anos a era da “grande convulsão vulcânica que destruiu quase toda a Lemúria”. É de se considerar que, no decorrer da evolução da 3ª Raça, ocorreram fortes variações climáticas além do aumento da força da gravidade no planeta, o que fizeram extinguir os últimos vestígios da 2ª Raça ou Hiperbórea, assim como também foram desaparecendo os primeiros Lemurianos, caracterizados pelas suas gigantescas dimensões. • ASCENDÊNCIA: A Raça teve como ascendentes os Pitris Kumaras, os Manus-karas que, segundo as teogonias orientais, são componentes de futura Hierarquia que anteciparam sua aparição no cenário do Plano Arquetipal do Eterno para vir dotar de Mente as criaturas que comporiam a 3ª Raça-Mãe. A Sabedoria Iniciática trata-os como “Senhores de Vênus”, Seres da Hierarquia do 5º Raio Divino, os Luciferinos das hostes auxiliares do 5º Luzeiro. Tais Pitris, para contribuir com a formação da Raça, teriam trazido três presentes dotados de um profundo significado. Em resumo, foram esses os presentes: o “mel”, a “formiga” e o “trigo”. No seu simbolismo, o “mel” tinha a ver com a Sabedoria Divina, para nutrir os novos cérebros com a “Ambrosia dos Deuses”, considerada, por antigas teogonias, como fonte de ensinamentos que proporcionaram a descoberta e o uso do fogo; do manuseio dos metais; a linguagem falada; os princípios radiculares das artes e das ciências; os desenhos das primitivas CURSO DE EUBIOSE Módulo 4: Raças A evolução cíclica da humanidade 14 / 42 invenções (roda, polia, plano inclinado; balança; torno; pêndulo) etc. Quanto às abelhas, insetos especiais desenvolvidos por Eles, não ofereceram o mel como nutriente físico, mas revelaram, por meio da organização da colmeia, um modelo perfeito de coletividade como referência para as primeiras organizações sociais da Humanidade. O “trigo” representava o alimento físico de que as criaturas humanas agora haviam de obter para atender as funções do corpo físico, até que as gramíneas fossem aprimoradas para dar origem aos cereais, como a aveia, a cevada, o painço, o milho etc. Finalmente, o mais intrigante dos presentes foi a “formiga”. Ela veio como força renovadora, ameaçando o fruto resultante do esforço humano na proporção de suas falhas, de suas pendências cármicas, para que houvesse o necessário ajuste e a necessária harmonia no nosso Globo. • ÉGIDE: Vênus e Marte. Vênus, como Planeta Sagrado, condicionou o aparecimento dos primeiros seres da 3ª Raça, a bem dizer, com os biótipos hermafroditas, onde não se distinguia ainda os traços anatômicos do sexo. Sob a égide de Vênus, foi possível desenvolver o Mental (Manas) conectado ao “Espírito” ou aos princípios superiores, como o Budhi e o Atmã. Com essa tríade, Atmã-Budhi-Manas, ficava de fato constituído o primeiro autêntico ser humano. Enquanto Vênus influenciava favoravelmente ao desenvolvimento da Mente e sua ligação espiritual, entra em cena o Planeta Marte, cuja égide influenciou na formação dos instintos e na divisão do sexo, caracterizando os opostos complementares e nova forma de gerar, fisicamente, seus descendentes. • GERAÇÃO: Torna-se física, pois que, até então, se processava de modo hiperfísico nos subplanos etéreos da matéria. Nas três primeiras sub-raças lemurianas, a reprodução se fazia pelas “gotas do suor”, tal como fizeram os da Raça Hiperbórea. A geração ovípara surge da 3ª para a 4ª sub-raça, cujos filhotes conseguiam sair dos ovos, caminhar sozinhos e desenvolverem-se como formas hermafroditas, portadores dos dois sexos num mesmo corpo. Conforme a tradição esotérica, os Pitris Kumaras ou Makaras, os “Senhores de Vênus”, usaram essas formas como veículos para atuarem em meio àquela humanidade nascente. Na 4ª sub-raça, um dos sexos começou a predominar e a criatura já se notava com indícios da definição anatômica que progrediu fisicamente a dualidade sexual. Na 6ª e 7ª sub-raças lemurianas, a geração viria a ser por conta da união física entre os seres de sexos opostos (masculino CURSO DE EUBIOSE Módulo 4: Raças A evolução cíclica da humanidade 15 / 42 e feminino), só que os ovos, também definidos em “machos e fêmeas”, passaram a ser gestados, isto é, desenvolvidos dentro do útero da mãe. • CORPO / VEÍCULO: Os corpos da 1ª Raça- Mãe, os chayas, quase desprovidos de mente, estavam destinados a iniciar as experiências no Globo terrestre, ainda ígneo. Como formas filamentosas e grotescas, não seria possível vê-las por serem constituídas de matéria hiperfísica. Ao passar para a 2ª Raça- Mãe, as primitivas formas, envolvidas por um invólucro mais denso do plano etérico, ainda assim não permitiriam ser percebidas pelo sentido comum da visão. A veste exterior tornou-se cada vez mais densa, até atingir o estado semelhante ao atual, perceptível à visão física. Em meados da 3ª Sub- raça Lemuriana, sob a influência da Lua e suas forças de cristalização, houve progressiva solidificação das estruturas ósseas,o que pouco a pouco foi dotando a criatura humana de sustentar-se em pé, possibilitando a diferenciação do cérebro em relação ao dos animais. Dado ao desgaste natural da matéria física de seus corpos, os Lemurianos não só dependiam do prana que absorviam respirando o ar, mas, também, necessitaram comer alimentos líquidos e sólidos de onde retiravam seus nutrientes que, pelos estudos teosóficos, dentre eles estavam dois dos alimentos mais perfeitos da Natureza: leite materno e ovos. Está narrado, também, que a capacidade de ver e a posição em pé permitiam-lhes colher frutos e nozes de muitas árvores silvestres, além de dar-lhes vantagem para a caça, conseguindo carne animal para se alimentarem. Um desvio, porém, levou alguns povos à prática do canibalismo associada à manipulação nefasta dos raios lunares e seu emprego como magia negra. Desse ponto negativo, surgem as raízes humanas dentre as causas que futuramente resultaram na “queda atlante”, por conta da ação dos “rackshasas negros”, conforme é narrado na história da 4ª Raça- Mãe. Concomitantemente à formação do corpo físico, a criatura adquiria o corpo emocional, ressaltando traços instintivos da experiência animal, o que acabou por limitar o poder expansivo do corpo vital ou duplo etérico, responsável pela exuberância das formas das Raças anteriores. Pela limitação do poder expansivo do duplo etérico e pela densificação das estruturas orgânicas do corpo físico, a força ou energia vital foi direcionada para duas novas finalidades: geração sexual e geração cerebral, ou melhor, criação mental. Dessa forma, anularam-se os mecanismos de reprodução assexuada das duas Raças anteriores. O ancestral fenômeno, segundo o livro “La Religión de la Naturaleza”, repercute até nossos dias na embriogênese humana, expressando-se no 3º mês de vida intrauterina, CURSO DE EUBIOSE Módulo 4: Raças A evolução cíclica da humanidade 16 / 42 morfologicamente falando, com o aparecimento do sexo biológico, até então imperceptível nos dois meses anteriores. Outro sinal revelador daquela remota era está no aparecimento das fendas branquiais no feto humano em certa fase da gestação, remontando a drástica adaptação do aparelho respiratório do lemuriano na atmosfera ainda quente do planeta Terra. • IMPACTOS: À consciência dos contatos com fogo e o ar, despertada nas 1ª e 2ª Raças–Mães, foi acrescentada a percepção da água. A definição dual do sexo e o mental tendo aparecido na 3ª Raça deu as primeiras características da Humanidade da 4ª Cadeia, a Humanidade propriamente dita. Com o impacto das funções antagônicas desses dois setores num mesmo ser, teve início a primeira etapa da responsabilidade perante a Lei de Evolução. Com a missão de guiar aquela humanidade nascente, sujeita a imprevisíveis consequências da divisão do sexo, manifestou-se, na face da Terra, a Grande Hierarquia Oculta; essa mesma Hierarquia que, conduzindo os humanos seres desde remotas eras, os auxilia a burilar o mental de tal modo que, atingindo o grau de pureza correspondente ao da sua origem, fará desaparecer a definição do sexo para que o andrógino potencial, em cada um, desperte-se de modo consciente, equilibrado, “Uno com o Pai”, conforme explica o Autor de “Os Mistérios do Sexo”. • LINGUAGEM: Durante as 1ª. e 2ª. Sub-Raças, a linguagem consistia apenas em gritos, que vocalizavam as sensações de dor, prazer, espanto, interjeições de amor e ódio, tristeza e alegria. Na 3ª. Sub-Raça, à linguagem inicialmente em vogais acrescentou-se as consoantes, tornando-a monossilábica: vogal + consoante. Tal linguagem firmou-se na 4ª Sub-Raça, tendo algumas dessas expressões sido encontradas, milhões de anos depois, pós-atlante, na primitiva civilização egípcia, e dentre elas: “Ka” e “Ra”, com os respectivos sentidos de “corpo astral” e “Espírito”. De modo limitado, foi a Raça Lemuriana quem começou a desenvolver a linguagem falada, mais tarde aproveitada na linguagem Maya, que se constituiria de vocábulos com radicais lemurianos, passando a ser a linguagem representativa da 4ª Raça-Mãe ou Atlante. No livro “Os Mistérios do Sexo”, o Autor, H. J. de Souza, comenta que tais radicais são notados até mesmo na língua sânscrita, já em CURSO DE EUBIOSE Módulo 4: Raças A evolução cíclica da humanidade 17 / 42 plena 5ª Raça-Mãe ou Ariana, como, por exemplo, na palavra Makara, usada para designar um Assura, ou seja, um “Mu-Ka-Ra”, com o sentido de “corpo ígneo”, como era o veículo dos membros da Hierarquia dos Assuras. • FORMA / CARACTERES GERAIS: Os Lemurianos, inicialmente, eram de estatura gigantesca e poderosos física e psiquicamente. Lutavam contra os megalossauros, pterodátilos e construíram grandes estruturas de rochas. O desenvolvimento psíquico no astral dava-lhes estranhos poderes de obter objetos e animais e até mesmo de decidir a rendição de um inimigo. Como só receberam o Mental em meados da 3ª Sub-Raça, obedeciam estritamente e sem esforço a qualquer impulso provindo dos Reis Divinos, saídos dentre os da Hierarquia dos Agnisvatas, sob cujas ordens construíram grandes cidades, monumentos e templos ciclópicos. Os gigantes de pedra da Ilha de Páscoa, no Oceano Pacífico, são alguns dos remanescentes arquitetônicos daquela época. Os textos esotéricos descrevem-nos com a pele avermelhada em vários matizes, fronte deprimida ou inclinada, nariz achatado, mandíbulas volumosas e salientes. Por outro lado, narram que os hermafroditas mais evoluídos, os “andróginos divinos”, “eram de cor de ouro velho brilhante, com o fulgor que lhes provinha da própria Mônada na sua tríplice manifestação atmânica, búdica e manásica” (“Mistérios do Sexo”, de H. J. de Souza). Em função de um menor grau de adensamento da matéria, a força de gravidade era menos intensa, possibilitando, assim, a estatura gigantesca dos Lemurianos, bem como as enormes dimensões dos elementos da flora e da fauna. As criaturas em formas hermafroditas, surgidas na 3ª Sub-raça da 3ª Raça-Mãe, serviram de veículos aos “Senhores de Vênus”. Com o passar do tempo, houve um adensamento do planeta e, com o aumento da força da gravidade, pelas leis de seleção e adaptação, houve progressiva redução nas dimensões dos elementos da Natureza e da própria Raça Humana. Os estudos teosóficos, na palavra autorizada de H. P. Blavatsky, em sua obra “A Doutrina Secreta”, consideram que “O gênero humano da Terceira Raça é o mais misterioso de todas as cinco raças até agora desenvolvidas”. O mistério a que se referia a Autora está no “como” a geração, no princípio assexuada, chegou a se transformar numa geração sexuada e, gradativamente, os recém-nascidos foram perdendo a autonomia de suas aptidões natais de sobrevivência e cada vez mais dependendo do seio materno e dos cuidados de seus progenitores. CURSO DE EUBIOSE Módulo 4: Raças A evolução cíclica da humanidade 18 / 42 • SENTIDO: Os textos teosóficos apontam para o desenvolvimento de um órgão físico em apoio a um novo sentido: a visão. Segundo aqueles estudos, um olho estabelecido no centro da fronte dava-lhes o poder de ver fisicamente. Assim, o Lemuriano ficou dotado de audição, tato e visão. Com o transcorrer da evolução, lateralmente e abaixo do olho frontal, foram surgindo os olhos que progrediram para os atuais aparelhos da visão humana. Os seres, assim dotados, podiam ver com maior amplitude do que vemos atualmente, viam “adiante e atrás”. Ao final da 3ª Raça e início da 4ª Raça (Atlante), o olho frontal sofreuum processo de “interiorização” na cabeça, constituindo o que conhecemos hoje como a glândula pineal ou epífise. Desse modo, como descreve o texto do livro “Os Mistérios do Sexo”, de Henrique José de Souza, “Os órgãos visuais desenvolveram pela refulgência de um só olho no centro da fronte que, depois, foi involuindo para tornar-se o terceiro olho da visão interior ou espiritual, com a qual se relaciona a glândula pineal”. Explica o Autor que os dois olhos, látero-subfrontais, só vieram ter pleno funcionamento no final da 3ª Raça (7ª sub–raça) e início da 4ª Raça-Mãe. Do citado livro, dentre os muitos registros sobre os atributos da 3ª Raça, pode-se ler o seguinte: “Os Lemurianos eram senhores de um poder psíquico fantástico, difícil de ser entendido pelo raciocínio de nossos dias. Tal poder lhes permitia obter tudo o que desejassem no seu ambiente: um animal, um objeto, a rendição de um inimigo. Não era o Mental, então nulo e incipiente, que lhes dava grande força, mas o desenvolvimento psíquico ou astral”. Cabe lembrar que esses poderes utilizados em tempos remotos da Humanidade acham-se inadequados para os dias atuais, cujo estado de consciência deve estar focado na Mente e em seus poderes, mais apropriados para a época do que os poderes psíquicos ou decorrentes do corpo astral. Sabem os membros da SBE que tais poderes psíquicos, onde se inclui a hipnose, não têm o respaldo da Grande Fraternidade Branca, fiel defensora do Plano Arquetipal da evolução do Globo. • ESTADO DE CONSCIÊNCIA: Aos princípios anteriores (Atmã e Budhi) juntou-se Manas, o Mental. Todavia, o estado de Consciência estava focado no Corpo Emocional. A separação dos sexos, tendo ocorrida sob a influência de Marte (Lohitânga, em sânscrito), tinha por característica a CURSO DE EUBIOSE Módulo 4: Raças A evolução cíclica da humanidade 19 / 42 natureza passional, ou psíquica, em seres quase desprovidos do Mental. A separação dos sexos, em sua versão esotérica como a “queda no sexo”, significou “a perda da consciência nas regiões do Espírito”, ou dos planos superiores de Manas, Budhi e Atmã. Na 3ª Raça- Mãe, a Mônada atingiu a última etapa na curva descendente da “Pravritti- Mârga”, em que a consciência suprema aderiu à matéria cada vez mais densa. Os princípios atmânico, búdico e manásico, ou suas correspondentes expressões (espiritual, intuicional e mental), constituintes da mônada humana, após imersão no máximo de densidade ocorrido na 4ª Raça, ou Atlante, entraria na base da curva ascendente, “Nivritti- Mârga”, no sentido de alcançar a origem divina. No Plano Arquetipal dessa Ronda, o período de ascensão, da “vida-consciência”, é a 5ª Raça-Mãe que representa seu início, após a “queda atlante”. A tal Raça, surgida no ciclo de Aries, o carneiro dos signos zodiacais, deu-se o nome de Ariana, para a qual foram patrocinados todos os recursos possíveis da Grande Hierarquia Oculta para que a criatura humana, pelos seus próprios esforços, atinja o mais elevado grau do desenvolvimento da Mente, condição básica para que, na 6ª Raça-Mãe, haja o desenvolvimento pleno da Intuição, faltando, para uma longínqua era futura (7ª Raça- Mãe), conquistar os poderes do sétimo princípio, atmânico (átmico ou crístico). “QUEDA DO ESPÍRITO NA MATÉRIA”: A divisão dos sexos teve forte impacto sobre o emocional. Esse impacto exaltou o poder das paixões sexuais, levando inclusive alguns Seres das Hierarquias formadoras dos humanos seres a perderem a consciência de si mesmos, de suas origens e objetivos. A “queda do Espírito na Matéria” teve na 3ª Raça-Mãe, em destaque, o sexo biológico e as tendências da sexualidade. Quanto à confusão gerada para a escolha entre os parceiros sexuais, em seus correspondentes graus hierárquicos, há uma passagem interessante na Bíblia - Antigo Testamento –, conforme se lê no Gênesis – cap. 6”: “Quando os homens começaram a multiplicar-se sobre a terra, e lhes nasceram filhas, os ‘Filhos de Deus’ viram que as filhas dos homens eram belas, e escolheram esposas entre elas. O Senhor disse então: ‘ Meu espírito não permanecerá para sempre no homem, porque todo ele é carne, e a duração de sua vida será só de cento e vinte anos. ’ Naquele tempo viviam gigantes na terra, como também daí por diante quando os ‘Filhos de Deus’ se uniam às filhas dos homens e estas geravam filhos. Estes são os heróis, tão afamados nos tempos antigos”. CURSO DE EUBIOSE Módulo 4: Raças A evolução cíclica da humanidade 20 / 42 Os acasalamentos entre Seres originários das já citadas Hierarquias com mulheres de classes menos evoluídas da 3ª Raça deram origem a tipos inferiores denominados Amanasas (“sem mente”). Uma complicação maior viria acontecer com acasalamentos dos Amanasas com seres animais, gerando “homens-animais” privados da linguagem monossilábica já conquistada pelos seus ascendentes humanos. Esse episódio está narrado em um livro, milhares de anos mais antigo do que a Bíblia, ao qual o Dr. Mario Roso de Luna considerou ser “o primeiro volume dos Comentários dos sete volumes troncais secretos do Kiuti” (“O Simbolismo das Religiões”, M.R. de Luna). Esse livro- pináculo, ainda desconhecido das fontes dos historiadores ortodoxos, é intitulado “Livro de Dzyan” e de suas estâncias, comentadas na obra de W. Scott- Elliot (“Atlântida e Lemúria”), transcrevemos os seguintes textos: “E aqueles que não possuíam a centelha tomaram para si imensas fêmeas de animais. Com elas geraram raças mudas” (...). “Quando a Terceira se separou e pecou, procriando homens-animais, estes [os animais] tornaram-se ferozes, e os homens e eles, mutuamente destrutivos”. Seguem os textos narrando que os Seres Superiores fiéis aos propósitos de suas Hierarquias, diante do trágico acontecimento, assim se manifestaram: “Os Amanasas (sem mente) macularam nossas futuras moradas. Isto é Karma. Habitemos em outras. Ensinemo-los melhor, a fim de que não suceda o pior”. “Então todos os homens foram dotados de Manas. E viram o pecado dos sem–mente”. • AS RAÇAS MUDAS: Conforme entendemos dos poucos trechos supracitados, as “raças mudas” geradas do cruzamento dos Amanasas, os “sem mente”, com fêmeas animais que as confundiram com as mulheres primitivas, constituíram a origem dos macacos pitecóides. Nos estudos do supracitado Autor, há indícios de que fato semelhante ocorreu, posteriormente, por práticas de degenerados na 4ª Raça-Mãe, Atlante, resultando nas espécies de macacos hoje classificados antropóides. Das teorias esotéricas, ressalta uma defendida pelo Dr. Eduardo Alfonso, no seu livro “La Religión de la Naturaleza”, que, dentre os argumentos que contrariam os propostos pelos pesquisadores darwinistas, questiona a gênese da criatura humana a partir do macaco. Argumenta, cientificamente, o Autor que, se o ser humano procedesse do macaco, encontraríamos no estudo da embriologia o desenvolvimento do feto humano apresentando a fase “mono” (macaco), o que, em verdade, não é observado. CURSO DE EUBIOSE Módulo 4: Raças A evolução cíclica da humanidade 21 / 42 Como a Ciência humana fundamentada em “verdades temporárias”, vez por outra, tem que mudar suas referências, é de se esperar que os achados paleontológicos corroborem com os argumentos baseados na Ciência oculta, como é o caso do fóssil de fêmea pitecóide estimada ter existido há 4,4 milhões de anos, encontrado na Etiópia, em 1994, “batizado” Ardi, um diminutivo da espécie Ardipithecus ramidus, conforme publicação da conhecida revistaamericana “Science”. • DESTRUIÇÃO DA LEMÚRIA: Em resumo, pode-se dizer que vários fatores concorreram para a decadência da 3ª Raça-Mãe, o que, por certo, repercutiu na própria Natureza, que reagiu com forças catastróficas. Das causas humanas aqui apontadas, está o fato de a egoidade ter sido transformada no egocentrismo e no egoísmo, limitando o corpo das emoções desenvolver suas regiões superiores e sublimar-se no Amor Universal. Outra falha a considerar foi o fato do Mental ter sido colocado a serviço das emoções passionais (prazeres, apegos, paixões, mazelas etc.). Associado a essa falha, alguns dos Seres destinados a liderar e a orientar os lemurianos, conforme o compromisso de suas Hierarquias, com eles se confundiram e se perderam na eclosão das paixões carnais, após a separação do sexo. Diferentemente da Atlântida, o futuro continente que sucederia a Lemúria, ao invés de ser tragado pelas águas dos oceanos, o continente da 3ª Raça-Mãe foi devastado pelas cinzas ardentes e pela poeira incandescente de inúmeros vulcões. Os Lemurianos pereceram queimados e asfixiados no continente que testemunhou o processo de desintegração narrado nas antigas escrituras do Oriente. Em determinada porção do ainda continente lemuriano, há cerca de 8 milhões de anos, foram selecionados os mais aptos seres da sétima e última sub-raça da 3ª Raça-Mãe para comporem o contingente necessário para seguir para o Norte, para uma “Terra Sagrada”, onde, sob a proteção e a orientação de um Manu, foram preparados para inaugurar a 4ª Raça-Mãe, Atlante, fundando a primeira sub-raça atlante, a dos rmoahals. No já citado livro “Os Mistérios do Sexo”, o Autor escreveu o seguinte: “Há cerca de sete milhões de anos, no período Eoceno (da era Terciária ), houve uma grande convulsão vulcânica que destruiu quase toda a Lemúria, não subsistindo senão fragmentos, tais como a Austrália, Madagascar, a Ilha de Páscoa etc.” Complementa o assunto, referindo-se aos descendentes lemurianos, hoje, existentes no planeta, tais como os aborígenes da Austrália e da Tasmânia; os malaios, os papuas, os hotentotes; os dravídicos do sul da Índia; e todas as raças tipicamente negras. o – O – o CURSO DE EUBIOSE Módulo 4: Raças A evolução cíclica da humanidade 22 / 42 QUARTA RAÇA MÃE = ATLANTE ATLÂNTIDA, O 4º CONTINENTE Na história dos “continentes desaparecidos” dois temas são obrigatórios: Lemúria e Atlântida. Não há relato de catástrofe maior do que a que destruiu o 4º continente, a Atlântida, numa marcha de milhares de anos, por conta de quatro grandes cataclismos. A destruição não só afetou a posição do planeta Terra, inclinando-o no plano da eclíptica, por desviá-lo a 23 graus de seu primitivo eixo, como também o submeteu às condições de algo que não existia até então: as 4 estações do ano (primavera, verão, outono, inverno). Com ele, foram afetados também os Reinos da Natureza, mais particularmente o Hominal, com a exigência das quatro fases da respiração, do metabolismo das quatro fases da vida (infância, juventude, maturidade e velhice), do aparecimento dos quatro clássicos temperamentos (linfático, bilioso, nervoso, sanguíneo) e suas possíveis combinações, e outros detalhes que podem ser encontrados no capítulo do “ocultismo prático” desenvolvido no livro “O Verdadeiro Caminho da Iniciação”, de autoria de Henrique José de Souza. Quanto ao continente onde se desenvolveu a 4ª Raça-Mãe, Atlante, do livro “La Religión de la Naturaleza” do Dr. Eduardo Alfonso, citemos o seguinte: “Sem dúvida existiu uma comunicação terrestre entre a Europa, África setentrional e América do Norte”. Afirma o Autor que bastariam as evidências geológicas das costas atlânticas, de ambos os lados, para constatar as correspondências entre a América e a Europa. Além desses detalhes está a distribuição de animais semelhantes nesses territórios hoje afastados pelo oceano Atlântico. Segundo as estimativas de W. Scott-Elliot, fósseis de mamíferos e de árvores deciduifólias podem ser encontrados a profundidades de 1500 metros abaixo do solo atual (“Atlântida e Lemúria- continentes desaparecidos”, ed. Pensamento). Conforme as referências desse Autor, o 4º continente tinha como bloco mais importante, para o desenvolvimento da 4ª Raça-Mãe, o território que se estendia desde o leste da Islândia até à latitude onde se acha hoje o Rio de Janeiro (Brasil). Outra linha, cruzando do Texas (E.U.A) às ilhas do Norte europeu (Inglaterra, Escócia, Irlanda), dá uma pálida noção da extensão de parte desse continente, particularmente da área ocidental, a qual foi mais CURSO DE EUBIOSE Módulo 4: Raças A evolução cíclica da humanidade 23 / 42 afetada pela intensidade dos terremotos e dos maremotos, área posteriormente ocupada pelo oceano Atlântico. A Atlântida estabeleceu-se em meio aos restos de territórios dos continentes anteriores, particularmente aos da Lemúria e, consequentemente, com povos descendentes da 3ª Raça-Mãe em estados de consciência ainda atrasados, com ritos e costumes desatualizados e contrários à lei da evolução. Narrativas semelhantes sobre a existência desse continente estão apresentadas em documentos do Oriente e do Ocidente, destacando-se, pela antiguidade, o Livro de Dzyan. Seguem outros mais recentes como o manuscrito maia Troano, com origem estimada em 3.500 anos, e como as obras de filósofos de grande valor como a de Timeu e o Crítias de autoria do grande iniciado grego Platão (427-347 a. C). Posteriormente, já na era cristã, o Gênesis apresentou a versão bíblica dos tempos atlantes e seu primeiro e grande cataclismo, o “dilúvio universal”, cujo protagonista o lendário Noé, em verdade um Manu de nome Vaivásvata, antecipou a seleção dos mais aptos da 5ª sub-raça atlante, a semítica, para conduzi-los à “Terra Sagrada”, inatingível por qualquer cataclismo, e assim prepará- los, dotá-los de um quinto sentido para fundar a 5ª Raça-Mãe, a Ariana. A análise comparada da flora e da fauna, da linguagem, dos saberes e costumes dos povos antigos tem auxiliado aos estudiosos adquirir uma noção do que foi a Atlântida, do legado que seus povos deixaram para reorganização da sociedade humana, das ciências e das artes, mas também do legado de cultos equivocados, que muita influência ainda pode ser observada em linhagens raciais de descendentes atlantes, coexistindo com povos arianos da 5ª Raça- Mãe. • NOME: Atlante que vem da palavra Atlas, o nome do 4º Planetário, 4º Senhor: ATLAS-BEL. Atlas é aquele que, segundo a mitologia grega, carrega a abóbada celeste nas costas como meio de ajustar pendências ocorridas no plano evolucional da 4ª Raça-Mãe. • ORIGEM: Das últimas sub-raças lemurianas originou-se a 4ª Raça-Mãe, Atlante. Segundo os textos esotéricos, na segunda metade da era secundária, há cerca de oito milhões de anos, o Manu da 4ª Raça escolheu os mais aptos entre os remanescentes lemurianos, mais desenvolvidos moral e espiritualmente, para conduzi-los à “Terra Sagrada” e prepará-los para posteriormente dar origem aos primeiros atlantes, originalmente com muitas CURSO DE EUBIOSE Módulo 4: Raças A evolução cíclica da humanidade 24 / 42 características dos seus ancestrais, como o porte gigantesco de seus corpos e a cor da pele escura, porém, agora, de tonalidade avermelhada. As três primeiras sub-raças são tidas nas narrações esotéricas como as de “pele vermelha”, embora, posteriormente outras cores foram surgindo nas demais sub-raças seguintes chegando-se acor “branca” para os povos que se adaptaram nas regiões frias do hemisfério norte. • ERA GEOLÓGICA: Secundária, Terciária e início da Quaternária. • PERÍODO GEOLÓGICO PRINCIPAL: Eoceno (apogeu da Atlântida); Mioceno (1º. Cataclismo Atlante); Plioceno. • CONTINENTE: A Atlântida é conhecida nos textos esotéricos com os nomes de Kusha Dwipa – significando Terra dos Rutas, ou dos Vermelhos – e ainda como País de Mu, como também foi denominado pelos maias, habitantes pré-colombianos da América Central e Península do Yucatán (México). Em resumo, o 4º continente compreendia o Norte da Ásia, quase toda a costa oriental das Américas, atualmente costas atlânticas; ao Sul estendia-se pela Índia, Ceilão, Birmânia e Malásia. Costa ocidental da América, Pérsia, Arábia, Síria, Etiópia, regiões da bacia do Mediterrâneo, Itália meridional, Espanha, Escócia, Irlanda, Inglaterra são outras terras apontadas como outrora terras atlantes. O Brasil, como outras regiões daquele passado remoto, escapou ileso aos cataclismos que destruíram grande parte da Atlântida. As condições atmosféricas do planeta caracterizaram-se por um grau de umidade superior ao da Lemúria, exigindo mudanças no comportamento dos corpos dos novos habitantes. A esse fato, comenta o Dr. Eduardo Alfonso, no livro “La Religión de la Naturaleza”, que, no desenvolvimento fetal, encontra-se a fase correspondente àquela etapa histórica, quando a vida intrauterina se desenvolve imersa no líquido amniótico, fazendo, grosso modo, lembrar o atlante vivendo imerso na úmida atmosfera terrestre. • ASCENDENTES: A 4ª Raça-Mãe, fundada pelo Manu condutor das “sementes” raciais das últimas linhagens lemurianas, surge com os primeiros atlantes, considerados “povos pastores”, cujas migrações ficaram a cargo dos Reis Divinos, surgidos dentre os Pitris Agnisvatas ainda em plena 3ª Raça-Mãe. Ao mesmo tempo, as Hierarquias Criadoras continuavam CURSO DE EUBIOSE Módulo 4: Raças A evolução cíclica da humanidade 25 / 42 atuantes para a formação e o acompanhamento da 4ª Raça. Desse modo, assumiram várias funções como as abaixo relacionadas: • Assuras – agiram como orientadores ajudando no desenvolvimento da Vontade humana. • Agnisvatas – agiram como intelectuais para desenvolver a Inteligência humana. • Barishads – agiram como sacerdotes para desenvolver a Emoção humana. Os atributos da alma humana (Vontade, Inteligência, Emoção) subdivididos, cada um, em três regiões, desde uma raiz instintiva, como um pré-atributo, até a uma dimensão sublime, como um supra-atributo, desenvolvidos conjugadamente, evitaria que a criatura alcançasse um alto nível de intelectualidade, porém condicionado pelas forças instintivas de uma pré- Vontade ou os apelos passionais da pré– Emoção não desenvolvidos na mesma proporção. Por isso, se diz em 9 atributos da alma que se correspondem às 9 seções da Eubiose como esforços educativos para a almejada readaptação cósmica. Cabe lembrar que as criaturas humanas sempre tiveram suas mentes animadas por força de grandes intermediários denominados “Filhos da Mente Universal”, os Manassaputras (do sânscrito Mânasa-putras), desde o último período da 3ª Raça-Mãe, funcionando como “vasos” para os quais se destinam as experiências daqueles que, por esforço próprio, se iluminaram, superando o ciclo das reencarnações, tornando-se “Adeptos da Boa Lei”. Por isso, pode-se dizer que inúmeras gerações de Adeptos, componentes dos “Pramanthas” (no sentido figurado dessa palavra sânscrita), tiveram surgimento desde aquelas remotas eras, continuando as suas formações no período atlante e na atual etapa da 5ª Raça-Mãe, sob os auspícios e a direção da Grande Hierarquia Oculta. É preciso dizer que, apesar da 4ª Raça ter sido iniciada sob a orientação de Hierarquias Superiores, teve como herança negativa e desfavorável as pendências ocorridas por falhas das condutas humanas e de alguns componentes das hostes dos Pitris, que agiram na 3ª Raça. Todo esse contingente de forças e Seres fora do compasso evolucionário acabou por ser manipulado pela parte sombria do Quinto Senhor, ou Quinto Luzeiro, em oposição à direção do Sexto Senhor (“Anjo da Espada”) no cumprimento do plano arquetipal para o estabelecimento e progresso das raças seguintes. Isto quer dizer que a Atlântida começou já com oposição à sua marcha, o que viria à tona no final da 3ª sub-raça, a tolteca, pondo fim à Idade de Ouro ou o período áureo da 4ª Raça-Mãe, como se fosse a perda do Éden, Edon ou Paraiso Terrestre. A oposição do Quinto ao Sexto Luzeiro, envolvendo hostes e também os humanos atlantes deu realce ao chamado “livre arbítrio”, pervertendo a egoidade em egocentrismo e CURSO DE EUBIOSE Módulo 4: Raças A evolução cíclica da humanidade 26 / 42 egoísmo, bem como possibilitando a alternativa para seguir um ou outro caminho, utilizando-se dos conhecimentos para manipular forças da Natureza, segundo a intenção, boa ou má. A partir dos Seres já mais adiantados nos saberes ocultos e com maior poder, tiveram início duas organizações: a Fraternidade Branca e a Fraternidade Negra. Entre os polos positivo e negativo assim estabelecidos, a humanidade atlante teve que caminhar e optar por um lado ou outro. Desse ponto de vista pode-se dizer que houve uma oposição estratégica que resultou no apressamento da humanidade para adquirir maturidade e responsabilidade pelos seus próprios atos, mesmo que obtidas a duras penas, com muito sofrimento. • ÉGIDE: A 4ª Raça foi governada pelos “planetas sagrados” Lua e Saturno, que, apesar de destacar o lado deífico do espírito, também trazia à tona a sombra do animismo. Explica- se desta forma a facilidade de entrar em decadência quando havia vacilação por parte dos dirigentes dos povos atlantes, em meio a grandes pressões da “matéria tamásica”, que se acumulava no decorrer da vida do 4º continente. A influência negativa dos planetas regentes não tardou em comprometer o apogeu atlante, em pleno desenvolvimento da 3ª sub-raça, tolteca, generalizando a prática da magia negra, em particular por meio do hipnotismo ou hipnose, contrariando a boa prática do magnetismo com a qual se obtinha a prevenção e a cura de muitas doenças. O uso da magia negra chegou ao extremo de se usar ilicitamente os ‘Raios Lunares’, o que veio a provocar uma fenda na Lua e, consequente, a separação de um portentoso fragmento que veio a cair sobre o território atlante, abalando mais ainda a situação do Globo. • GERAÇÃO: Na raça atlante, o veículo físico atingiu o máximo de densidade e a reprodução dos corpos se fez do modo sexual, entre machos e fêmeas que, como no final da 3ª Raça, retinham o ovo no interior do útero até completar a gestação. Os recém-nascidos exigiam cada vez mais a proteção e os cuidados de suas mães’, consumindo por longo período o mais perfeito alimento da Natureza: o leite materno. • VEÍCULO: O corpo físico do atlante atingiu o máximo de densidade, com ossos e músculos mais resistentes e compondo estaturas com mais de 3 metros de altura nos da primeira sub- raça, os rmoahals. Nas sub-raças subsequentes, aos poucos, a estatura tornou-se mais CURSO DE EUBIOSE Módulo 4: Raças A evolução cíclica da humanidade 27 / 42 reduzida e a cor da pele, que anteriormente tinha tons avermelhados, passou a variações mais escuras ou mais claras, chegando-se ao amarelado dos povos asiáticos e ao branco daqueles que migraram mais em direção ao hemisfério Norte, conforme se lê noscomentários de W. Scott-Elliot. O Manu, que selecionou a “sementes” para moldar os primeiros atlantes, preservou os sentidos anteriormente conquistados, dentre os quais o mais antigo e o mais preciso o da audição, e, para o surgimento do quarto sentido (paladar ou gustação), despertou a sensibilidade da língua, como mais um recurso para examinar e identificar as impressões da matéria em sua diversidade na Natureza. Nessa condição, o corpo físico ficou habilitado para sustentar e ser permeado pelos demais veículos e princípios da constituição humana, no clímax da descida da mônada ou no Pravritti-mârga. Dentre os veículos de maior exigência sobre o corpo físico estava o veículo Kamásico, o corpo do desejo ou das emoções. • ESTADO DE CONSCIÊNCIA: A consciência dos primeiros atlantes focava-se no veículo Kamásico, onde a dor e o prazer têm seu principal campo de existência, desenhando seu destino sob o impacto das emoções associadas. O mental, ainda com pouco desenvolvimento e em sua lenta progressão, numa etapa posterior, passou a ser o foco da consciência, embora que, sob a forte carga emocional, acabou por atender as tendências “místico-devocionais”, obstaculizando o despertar das faculdades mais adiantadas do mental concreto e as bases para alcançar as regiões da razão, algo que continua sendo tentado até hoje na 5ª Raça- Mãe, a Ariana. Pode-se dizer que, no período atlante, encontram-se as raízes da religiosidade e da idolatria, o que de modo algum contribuíram para o crescimento espiritual da criatura humana. • CARACTERES GERAIS: Em resumo, como as demais raças raízes ou Raças-Mães, a Atlante desenvolveu sete sub-raças mantendo características comuns, como estatura humana maior do que a média da atual, densidade corporal maior do que das raças anteriores, sentido da gustação além dos três sentidos anteriores (audição, tato, visão). A cor avermelhada da pele, ao longo da adaptação dos povos atlantes, conforme o grau de luminosidade das várias áreas do planeta, sofreu variações em tons mais fortes ou mais claros, levando a alguns estudiosos proporem as classificações de “raças vermelhas, amarelas, brancas e morenas”, assim para os descendentes da 4ª Raça ficaram expressões conhecidas como “os peles CURSO DE EUBIOSE Módulo 4: Raças A evolução cíclica da humanidade 28 / 42 vermelhas”, referindo-se a alguns povos indígenas norte-americanos, os “amarelos” ou os de origem mongólica, no extremo Oriente etc. À medida que as formas humanas foram se aprimorando, a estatura dos atlantes tendeu a diminuir, enquanto que o cérebro cada vez mais se aprimorava como aparelho para atender as exigências do desenvolvimento da mente concreta. Os nomes das sete sub-raças atlantes, em ordem de aparecimento ao longo dos oito milhões de existência da 4ª Raça, foram os seguintes: • Rmoahal; • Tlavatli; • Tolteca; • Turaniana; • Semita; • Acadiana; • Mongólica. • SENTIDO: À Audição, ao Tato e à Visão, foi acrescentado a Gustação ou “Paladar”. Foram os atlantes, ao desenvolver esse novo sentido, que se interessaram pela produção dos alimentos, onde não faltaram frutas de diversas espécies, dentre as quais a maçã como fonte nutritiva principalmente para os povos do hemisfério norte ou áreas mais frias da Europa e da Ásia. Lembremo-nos aqui que esse fruto de especial sabor deve ter tido sua origem após a definição das 4 estações, dado que a macieira é árvore deciduifólia, por perder suas folhas no inverno e no outono, quando surgem os “pomos” que tantas referências existem nas tradições como no mito grego de Hércules (“maçãs de ouro da Árvore da Vida” no Jardim das Hespérides), na tradição popular cristã (“o fruto proibido da Árvore do Bem e do Mal”), em contos nórdicos etc. O desgaste aumentado da matéria física, densa, bioquímica, para sua reparação em equilíbrio com os “humores” perturbados, desadaptados após a primeira catástrofe, teve no sentido da gustação o grande auxílio da percepção dos sabores. Desse modo, nos alimentos naturais não só encontrava parte do prana físico, ainda que em menor proporção do que o do ar atmosférico, como obtinha também as impressões gustativas correspondentes aos tatwas necessários à organização e o ajuste das funções corporais. Vale dizer que, pelos sabores, pôde o ser humano identificar os alimentos para o equilíbrio dos três “humores”, etéricos, conhecidos na ciência oculta como “Vayu – Bílis – Fleuma”, CURSO DE EUBIOSE Módulo 4: Raças A evolução cíclica da humanidade 29 / 42 resultantes da combinação dos 5 tatwas, os 5 elementos ou as 5 forças sutis da Natureza. Na tradição aiurvédica, são seis os sabores básicos encontrados na Natureza (amargo, doce, salgado, ácido, picante, adstringente) e, por isso, pode-se considerar que uma refeição equilibrada é a que contem alimentos naturais caracterizados por esses sabores básicos ou combinados, nas proporções adequadas para o equilíbrio do próprio temperamento e das funções corporais. Para as criaturas humanas, cosmicamente desadaptadas após os drásticos eventos decorrentes do cataclismo, que despedaçou a Atlântida, inclinou o eixo terrestre, estabeleceu as estações e os temperamentos, o sentido da gustação, foi sem dúvida um grande auxiliar para dotar o regime alimentar como um dos recursos a bem da readaptação almejada até hoje por toda a humanidade, tal como é a finalidade eubiótica. • LINGUAGEM: As diferentes línguas que se desenvolveram na 4ª Raça correspondiam aos seus diferentes povos ou sub-raças. Da linguagem monossilábica desenvolvida na Lemúria, encontram-se traços marcantes na língua chinesa, fora isso, foi sendo substituída por uma linguagem do tipo aglutinante, mais adiantada, na maioria dos povos atlantes, progredindo mais ainda quando se tornou flexiva na prática dos descendentes semíticos e acadianos, tendo por base a língua tolteca, da 3ª sub-raça atlante. A linguagem do tipo flexivo passou como importante legado para a comunicação dos primeiros arianos da 5ª Raça-Mãe. • TEMPERAMENTOS: A inclinação do eixo da Terra, em relação à eclíptica (23º e 28 minutos), é resultante do 1º cataclismo ocorrido na Atlântida. Essa inclinação assinalou o final da “Satya-Yuga” atlante, o que é citado nos textos esotéricos como um acidente ocorrido há quatro milhões de anos, em meados do período Mioceno. Antes da inclinação do eixo, os atlantes gozavam da “Eterna Primavera”, expressão referida à Idade de Ouro, quando se dizia ter uma única estação terrestre e um único temperamento humano. Foi após a inclinação do eixo que passaram a existir as quatro estações e surgiram os quatro clássicos temperamentos humanos: nervoso, sanguíneo, linfático e bilioso. No livro “O Verdadeiro Caminho da Iniciação”, o Professor Henrique José de Souza, respaldado no conhecimento da fisiologia oculta da criatura humana, chama atenção para os riscos a que se submetem os humanos do atual estágio evolucional ao optarem por regimes alimentares inadequados para a natural restauração física e psico-mental em CURSO DE EUBIOSE Módulo 4: Raças A evolução cíclica da humanidade 30 / 42 situações absolutamente diferentes das que viveram em remotas eras, mais naturistas, em condições totalmente favoráveis às exigências metabólicas. No capítulo sobre “ocultismo prático”, comentando sobre a Idade de Ouro na Atlântida, em que havia uma única estação e os atlantes possuíam um só temperamento, o Autor assim concluiu: “Por isso eram puramente frugívoros(...). Só quando chegar aquela época (da Satya-Yuga ou Idade de Ouro) é que todos os temperamentos serão iguais, isto é, um só. Época, portanto, em que tudo e todos se modificarão, desde que a evolução humana corre "pari passu" com a do próprio globo terrestre”. Textos, ainda, do Autor: “Aqui nos limitaremos a dizer que é erro considerar a alimentação vegetariana como racional para o homem” (...). “Os animais herbívoros possuem os intestinos maiores que os carnívoros. E os nossos, que não se acham nas condições dos primeiros, demonstram que não podemos, de modo algum, ser exclusivamente vegetarianos”. (...). “Ademais, além de o homem não ter os intestinos do comprimento dos animais herbívoros, para ser vegetariano, sua constituição na época atual não é igual à dos tempos atlantes, como não o será futuramente em outras idades...” (...) Sobre o regime alimentar exigido pela Natureza para o equilíbrio das funções corporais e até mesmo psico-mentais seguem outros textos: “a um linfático, por exemplo, não se deve aconselhar a abstenção da carne, como a um pletórico (sanguíneo) se não deve dizer que faça uso da mesma.” Sobre a seleção dos alimentos em relação às quatro fases da vida, o Autor considera que o regime lácteo, ou com leite animal, é impróprio para o adulto, admitindo-o como exceção à regra para as crianças para as quais falta o leite humano, imprescindível para a boa formação do cérebro e de uma benéfica flora intestinal. • A QUEDA DA ATLÂNTIDA: Iniciado o primeiro cataclismo, outros continuaram a marcha devastadora do continente ao longo de milhares de anos. Os mapas revelados por W. Scott-Elliot, em sua obra “Atlântida e Lemúria”, dão uma noção ligeira dos territórios mais atingidos pelos cataclismos, prevalecendo os do lado ocidental, acima da linha do Equador, onde grande parte dessas regiões jaz no fundo do Oceano Atlântico. O apogeu alcançado no reinado da 3ª sub-raça atlante, tolteca, foi seguido por um período involutivo, pois que, ao lado dos ganhos conquistados, junto às heranças positivas da Lemúria, ainda estavam acesas antigas mazelas, como o animismo, o hipnotismo ou hipnose, o vampirismo etérico, o rito necromântico, as nidhanas ou tendências negativas impregnadas na própria natureza humana. CURSO DE EUBIOSE Módulo 4: Raças A evolução cíclica da humanidade 31 / 42 A influência negativa dos planetas regentes Lua e Saturno contribuiu para a generalização da magia negra e a ação de rackshasas negros, já uma vez decaídos na Lemúria e que, novamente, iniciaram a discórdia primeiramente entre Agnisvatas e Barishads, ou aqueles que tinham por missão orientar e acompanhar os povos atlantes. O primeiro embate entre “solares” e “lunares” no declínio da 4ª Raça foi alegorizado pelo poeta Valmiki, no clássico épico hindu, o “Râmâyama” (“as aventuras de Râma”), escrito 500 anos antes da era cristã. O confronto redundou na batalha entre o “Bem e o Mal”, entre a magia branca e a magia negra, a luta pela supremacia das forças divinas sobre os cegos poderes terrenos. Escreveu o Autor de “Os Mistérios do Sexo”, H.J de Souza: “Tais guerras, em verdade, tiveram suas origens nos próprios céus, da divina luta entre o Anjo da Espada e Anjo da Luz; foi da derrota deste e das hostes, que o acompanharam na sacrílega rebeldia, que a tradição passou para as bíblicas escrituras a lenda da ‘queda dos anjos’. Todavia, as interpretações da Igreja, como as de Milton, no seu ‘Paraíso Perdido’, estão muito longe de corresponder à verdade”. • OS QUATRO CATACLISMOS ATLANTES: O 1º cataclismo ocorreu há 4 milhões de anos e dividiu o continente em sete grandes ilhas. Afundados os territórios da primeira catástrofe, emergiram outras terras que hoje são reconhecidas como: grande parte da Europa meridional, o Egito, quase toda a África, parte da América do Norte e a Escandinávia (Dinamarca, Islândia, Noruega, Finlândia e Suécia). O primeiro cataclismo fez a Terra inclinar seu eixo em 23º em relação à eclíptica, submetendo-a ao regime das 4 estações do ano e suas repercussões em toda a Natureza, particularmente no Reino Hominal, desadaptando-o até mesmo cosmicamente. Com esse primeiro cataclismo, a Atlântida chegava ao fim da sua Idade de Ouro. A dimensão e o impacto da catástrofe ganharam narrativas nas várias tradições e povos antigos, tendo por temas centrais a “Perda do Paraíso e o Dilúvio Universal”. O 2º cataclismo aconteceu há 850 mil anos, ou seja, 3.150.000 anos após o primeiro. Afundaram quase que totalmente as sete grandes ilhas, as “Sete Hespérides”, ficando apenas duas ilhas continentais que a tradição denominou “Ruta” e “Daitya”, antes, respectivamente, ligadas à América do Norte e ao nordeste brasileiro. O 3º cataclismo ocorreu há 250 mil anos, afundando Daitya e grande parte de Ruta. O que restou de Ruta, entre América do Norte e Europa, ficou conhecido como ilha de Posseidon, que alguns historiadores antigos equivocadamente confundiram-na com o continente Atlante. CURSO DE EUBIOSE Módulo 4: Raças A evolução cíclica da humanidade 32 / 42 Conforme a cronologia esotérica, no ano 9.564 a.C. o 4º cataclismo afundou o que sobrou de “Ruta”, isto é, a ilha de Posseidon, restando dela pequenas ilhas atlânticas conhecidas como “Sete Canárias”, também confundidas na antiguidade como as “Hespérides” que, na mitologia grega, se referia as sete grandes ilhas originadas no 1º cataclismo. O “Codex Troanus” ou manuscrito Troano, produzido há cerca de 3.500 anos pelos maias da península mexicana de Yucatán, refere-se ao quarto e último cataclismo que tragou nas águas do Oceano Atlântico a ilha de Posseidon. Aqui, segue um trecho do manuscrito maia: “No ano 6 Kan, no ano 11º Muluc do mês Zac, ocorreram terríveis terremotos, que continuaram, sem interrupção até o 13º Chuen. A região das colinas de lodo, a terra de Mu, foi sacrificada (...). Por fim, a superfície cedeu e dez regiões foram violentamente separadas e dizimadas. Incapazes de resistir à força das convulsões, afundaram, com seus 64 milhões de habitantes, 8.060 anos antes de este livro ser escrito”. (“Atlântida e Lemúria”, W. Scott- Elliot). • A DECADÊNCIA: Desde os primórdios, o que dividiu a raça atlante em duas facções, uma evolucional outra involucional, foi uma questão moral, começada já na época dos rmoahals, que se acentuou no fim da era tolteca, sinalizando a decadência da 4ª Raça. Os Atlantes não eram muito espiritualizados a ponto de galgar, sem riscos, o nível elevado do mental concreto e dos poderes psíquicos. Em outras palavras, pode-se dizer que, na Atlântida, o Espírito manifestou-se na plenitude da energia, mas não da consciência que ainda teria de desenvolver-se em todo o caminho da ascensão (Nivritti-mârga), inaugurado com as primeiras sub-raças da 5ª Raça-Mãe ou Ariana. A “Vontade Divina” foi se apagando e, em lugar da Supravontade, tomou vulto a Autovontade, concomitantemente com a Autointeligência e a Autoemoção. Houve o desequilíbrio, gerando a rebeldia, a “lei do mais forte”, a competitividade selvagem e a escravidão. Os de maior poder material instituíram o autoritarismo e o culto às suas próprias personalidades, desprezando os símbolos sagrados que representavam a Divindade e seus Mensageiros. Na tentativa de superar a crítica situação, três Seres do Comando Central, ou da Oitava Cidade, procuraram intervir junto ao Rei da Quarta Cidade para recompor a relação com o Governo Espiritual, e, portanto, garantir as condições para a evolução dos povos atlantes e o advento natural da 5ª Raça-Mãe. Porém, seus esforçosforam em vão; não foram ouvidos, e, sim, sacrificados. Na tradição esotérica, seus nomes são Muísis, Muíska e Muká. Os dois primeiros Seres deram origem à história dos Gêmeos Espirituais, CURSO DE EUBIOSE Módulo 4: Raças A evolução cíclica da humanidade 33 / 42 os “Deva-Pis”, referidos num precioso trecho do Vishnu Purana, revelado no livro “Ocultismo e Eubiose”, de Henrique José de Souza. Eventos concomitantes a esse trágico acontecimento estão na origem histórica do culto ao Santo Graal. Para garantir a “sementeira” da 5ª Raça, o Manu Vaivásvata, há cerca de 1milhão de anos, escolheu os mais aptos entre os da 5ª sub-raça, semita, conduzindo-os à “Terra Sagrada ou Imperecível”, mundos subterrâneos da Agartha. Há cerca de 850.000 anos, surgiram as primitivas linhagens raciais numa emigração que, atravessando as cordilheiras do Himalaia, se espalhou pelo norte da Índia, formando a 1ª sub-raça da 5ª Raça-Mãe, os ários, sob a condução de Râma. As dificuldades aumentaram nas proximidades do reinado da 4ª sub-raça, dos turanianos, pelas naturais características de seus componentes, guerreiros brutais que as escrituras hindus descreviam com o nome de rackshasas, entre os quais, quando inimigos dos “deuses” e de quantos fossem defensores da lei da evolução, cabia-lhes a expressão de “rackshasas negros”. Nessa tumultuada transição, chegou-se ao clímax da materialidade. De posse do Saber, de modo prematuro, sem o devido amadurecimento emocional e um escasso progresso espiritual, sob forte influência das hostes contrárias ao Governo da Grande Hierarquia Oculta, não tardou que seguissem suas próprias iniciativas, causando desajustes de toda espécie, contrariando leis universais e naturais, gerando efeitos que lhes exigiriam ajustes no ciclo de reencarnações, sob a regência da lei cármica. A narrativa sobre a dramática situação da 4ª sub-raça, antecedendo ao 1º cataclismo, consta ter sido extraída de um dos mais antigos documentos do mundo, da era pré-cristã, o Livro de Dzyan, divulgado por W. Scott-Elliot, cujas linhas aqui transcrevemos: “Então a Quarta cresceu em orgulho. Dizia: nós somos reis; somos os Deuses... Construíram enormes cidades. Construíram-nas de terras e metais raros, e dos fogos vomitados, da pedra branca das montanhas e da pedra preta modelaram suas próprias imagens em seu tamanho e semelhança, e adoraram-nas”. Não faltarão documentos na tradição esotérica que correlacionem a decadência atlante e a posse da fruta da “Árvore do Bem e do Mal”, isto é, do Saber que libertou a criatura humana para dominar os recursos da Natureza, segundo a intenção, boa ou má. É dizer que a criatura humana a comendo, assimilou o acervo da Árvore da Mente Cósmica, descobriu as Leis do Universo e manipulou-as à custa de um alto preço como também teve que pagar o Divino e Rebelde Prometeu da mitologia grega. O Gênesis posteriormente viria a descrever a crítica etapa da evolução atlante, figurando o episódio entre o Portador do Conhecimento (Lúcifer) e a parte feminina de Adão, isto é, Eva. A simbologia arcaica CURSO DE EUBIOSE Módulo 4: Raças A evolução cíclica da humanidade 34 / 42 comprometeu o número 5 nessa narrativa e a tradição popular cristã interpretou essa fruta como sendo a maçã, “o fruto proibido” não definido no Gênesis. Maçã é palavra de origem latina, mala, correlacionada com malum cujo sentido é “algo do mal”. A fruta está figurada como “pomo da discórdia e, como “pomo de Adão” na altura do chacra laríngeo, com quinto centro de força, a contar de baixo para cima. Curioso lembrar que o ovário dessa fruta dá origem a 5 sementes e que, por ser a macieira uma árvore deciduifólia, confere sua procedência na decadência atlante quando estabeleceram-se as 4 estações, após o 1º cataclismo, época da formação das sete ilhas, “as sete Hespérides” onde encontrava-se o jardim com a “Árvore da Vida” produtora de “maçãs douradas”, as quais, conforme a mitologia grega, Hércules teria que as apanhar num de seus “doze trabalhos”. • DESCENDENTES E LEGADOS DA QUARTA RAÇA-MÃE: Considerando o comportamento atlante no apogeu e na decadência, muito do que vemos na humanidade atual, composta por povos ainda em vários estados de consciência, de evolução e progresso, que, a bem dizer, na sua maioria, não condiz com a tônica da 5ª Raça-Mãe, pode ser considerado atlante, não querendo dizer com isso que as heranças da 4ª Raça sejam desprezíveis, porque, aquelas de origem divina garantiram e continuam garantindo o humano avanço das ciências, das artes e das filosofias para que elas não se corrompam em falsos caminhos com riscos de lesa-evolução. Da descendência dos gigantescos rmoahals que migraram para as regiões mais frias do hemisfério norte, surgiram linhagens que, com o clareamento da pele e dos cabelos, deram origem aos tipos louros. Há indícios que os restos mortais encontrados nos estratos quaternários do solo da Europa Central possam ser de descendentes da 1ª sub-raça atlante. Dos tlavatlis, pouco se fala, porém, considera-se que também deixaram sua genealogia nas tribos de cor parda da Patagônia e também em descendentes da Europa Central. Dos toltecas restaram linhagens que governaram por milhares de anos os antigos povos do México e do Peru. Dos toltecas surgiram as bases para a colonização do Egito. Seus descendentes no México antigo aprenderam a construir templos, pirâmides e edificações surpreendentes. Do livro “Os Mistérios do Sexo”, de H.J. de Souza, extraímos o seguinte texto: “As misteriosas galerias subterrâneas das cidades toltecas eram utilizadas pelos seus mais ilustres representantes, quase sempre sacerdotes, para se comunicarem com determinadas regiões do mundo “jina” ou agartino, habitado por Seres de extraordinário saber e poder”. Os ramos raciais dos toltecas, no México antigo, foram CURSO DE EUBIOSE Módulo 4: Raças A evolução cíclica da humanidade 35 / 42 suplantados pelos astecas, cujo último imperador, Guatimozin foi supliciado pelo conquistador espanhol Fernando Cortés, no início do século XVI. Dos maias, restaram linhagens raciais em povos espalhados ainda em alguns estados mexicanos (Chiapas, Tabasco, Yucatán) e em alguns países da América Central (S. Salvador, Honduras, Guatemala). Atualmente, são considerados os descendentes mais representativos dos toltecas os índios “pele-vermelha” norte-americanos. Dos turanianos, os descendentes estabelecidos na Sibéria Oriental, distantes dos reinos mais turbulentos da Atlântida, surgiram as bases dos mongóis. Semitas e acadianos, como 5ª e 6ª sub-raças atlantes, após frequentes combates estabeleceram-se, há cerca de 100.000 anos, em várias regiões da Europa e norte da África. Os acadianos fixaram-se na bacia do Mediterrâneo e obtiveram grande saber em astronomia, que muito os auxiliou na arte de navegar. Seus descendentes fenícios foram exímios navegadores e comerciantes, com fortes indícios de suas presenças na América pré-colombiana, como bem descreveram Ludwig Schwennhagen, em seu livro “Fenícios no Brasil”, e Bernardo Ramos, em “Inscrições e Tradições da América Pré-Histórica”. Dos descendentes acadianos nos dias atuais, com maior preservação de costumes, estão os que habitam o território espanhol, denominados bascos. Os mongóis ocuparam ao longo de milhares de anos a grande extensão asiática, gerando o enorme contingente humano que resultou em expressivas populações hoje reconhecidas como sendo a dos chineses e a dos japoneses. De vários caldeamentos atlantessurgiram, no lado americano, povos como o maia, quíchua, tsental, nahuatl. Os descendentes atlantes estabelecidos no México deixaram surpresos os colonizadores espanhóis que, ao depararem-se com as construções e os costumes da América, reconheciam a similaridade com os existentes na Europa. Os significados da cruz, do ritual do batismo, do casamento com a união das mãos, do bolo sagrado, do jejum são muitos dos achados comparados nos dois lados do oceano Atlântico. Porém, o mais intrigante ainda encontra-se na tradição da arca ou argha, com representações em povos antigos do Ocidente e do Oriente, como os cheroquis da América do Norte, autóctones do México e Honduras, hindus, caldeus, assírios, egípcios, celtas e hebreus que, particularmente, veneravam-na como se fosse um “templo portátil” onde a Divindade pudesse manifestar-se. Em “Os Mistérios do Sexo”, de H.J. de Souza, comentando sobre a “arca” ou “barca de salvação” do Noé bíblico, o Autor refere-se ao CURSO DE EUBIOSE Módulo 4: Raças A evolução cíclica da humanidade 36 / 42 esforço de todos os Manus no sentido de “ selecionar e abrigar o povo eleito, de salvá-lo do dilúvio universal em sua grande arca (ou Agartha).” Dentre os descendentes atlantes na Europa, destacam-se os bascos no território espanhol e algumas linhagens em Gomera, uma das ilhas atlânticas das Canárias, restos da última ilha do continente atlântico, a de Posseidon. A similitude de traços nas artes dos guanches de Gomera foi encontrada nas esculturas, baixo-relevos em povos distantes, como os chineses e japoneses. Há registros revelando a presença de 13 letras do alfabeto maia com equivalentes sinais hieroglíficos egípcios. A linguagem hieroglífica, oriunda da Atlântida, já tinha sua representação fonética adotada no Egito antigo. O alfabeto fonético tanto foi usado pelos fenícios como pelos maias da península mexicana de Yucatán. Os caracteres ou letras assim gravadas eram considerados simples sinais para os sons. O desaparecimento da Atlântida, na versão de dilúvio universal, não se deu de modo abrupto, possibilitando que o Manu colhesse e conduzisse as “sementes” da 5ª sub-raça para lugar seguro, inatingível pelos terremotos e maremotos que despedaçariam o continente. Essas “sementes” preparadas foram conduzidas para habitar a Âryâvarta, a “terra dos Aryas”, hoje, norte da Índia. Iniciava-se assim a 5ª Raça-Mãe, sob o signo zodiacal do carneiro, ou aries, donde poder dizer que se trata de uma raça ariana. Até o momento, fala-se de cinco sub-raças manifestadas como povos “ários”, “ babilônio-assírio- caldeus”; “greco-latinos”; “célticos” e “teutônico-anglo-saxões”. Em outra classificação, podemos denominá-las: ária; caldaica; iraniana; céltica; teutônica. As duas últimas sub- raças, 6ª e 7ª, respectivamente denominadas bimânica e atabimânica terão como sede o território da América do Sul, particularmente, as terras brasileiras. o – O – o CURSO DE EUBIOSE Módulo 4: Raças A evolução cíclica da humanidade 37 / 42 QUINTA RAÇA-MÃE = ARIANA ORIGEM: Como prelúdio do desenvolvimento da Quinta Raça-Mãe, a qual pertencemos, a proto- história, em forma de lenda, narra o espetáculo terrível do continente atlante, cujo desaparecimento nas águas oceânicas não foi, todavia, completo, restando dele grandes territórios, permitindo a salvação de certos grupos raciais, que a Bíblia personificou no Dilúvio Universal, com a figura de Noé e seus descendentes: Sem, Cám e Jafet. Restabelecido em parte a adaptação terrestre no contexto cósmico, teve início o desenvolvimento da Quinta Raça-Mãe ou Arya, palavra de origem sânscrita que, literalmente, quer dizer “santo” ou “o que está no caminho da espiritualidade”, na curva ascendente do Nivritti-Mârga. Com uma atmosfera mais limpa, em abundância de água e farta vegetação, as novas condições terrestres permitiram a humanidade respirar, aliviada dos cataclismos, porém sujeita às privações do inverno e às limitações dos quatro clássicos temperamentos, até então inexistentes na criatura humana. Sob o impacto das sutis forças da Natureza (tatwas), o cérebro humano e suas conexões endócrinas aos poucos foram se restabelecendo para garantir o estado da Razão pelo progresso do mental. Aos quatro sentidos da Quarta Raça-Mãe, veio se juntar o olfato, mudando assim o foco da percepção das inúmeras impressões do paladar para as impressões mais refinadas dos aromas e suas correlações com o desenvolvimento do mental abstrato. No mito iniciático dos “Doze Trabalhos de Hércules”, há um episódio que alegoriza o encerramento do ciclo atlante de Taurus, por força e obra do herói grego. Desse modo, o poder dominante da 4ª sub-raça atlante, turânica ou torânica, simbolizado pela fúria do touro da ilha de Creta, cessou diante de um poder maior ou de Hércules, possibilitando que novos influxos dirigissem-se e abençoassem o berço dos Ários e as sementes nele plantadas pelo Manu Vaivásvata. Surgia assim, ao Norte da Índia, na Aryavarta, uma nova raça, a Quinta Raça-Mãe ou Ariana, sob as vibrações do signo zodiacal do carneiro, ou áries (em latim). Hércules foi o herói grego que veio subjugar “a tradicional magia atlante, representada no furioso touro, o quaternário inferior”, conforme palavras do Professor Henrique José de Souza (revista Dhâranâ nº 13/4, janeiro/junho de 1960). CURSO DE EUBIOSE Módulo 4: Raças A evolução cíclica da humanidade 38 / 42 A Raça Ariana corresponde à evolução atual da Humanidade. O nome ariano nos fornece duas interpretações, ou seja, a dos ários ou povos pertencentes à Aryavarta e também a que pode ser entendida pelo surgimento da Raça sob o signo zodiacal de áries (em latim), o carneiro. A Quinta Raça-Mãe teve início quando o Manu Vaivásvata (o Noé bíblico), em plena Quarta Raça-Mãe, colheu as “sementes raciais” selecionadas entre os membros de maior progresso moral e intelectual do povo semita, 5ª sub-raça atlante. O Manu conduziu aqueles que constituíram, na época, o “povo eleito” para a “Terra Sagrada”, a Agartha dos textos esotéricos, região imperecível, livre do alcance dos cataclismos que teriam início no continente atlante. Após a preparação da sementeira em local seguro, há cerca de 850.000 anos, deu-se a primeira emigração que, atravessando as cordilheiras do Himalaia, se espalhou pelo Norte da Índia, na antiguidade conhecido como “Aryavarta”, em sânscrito, “ A Terra dos Aryas”. Do ponto de vista iniciático, a Quinta Raça-Mãe, estando em desenvolvimento do mental, cosmicamente está sob a inspiração do Buda-Mercúrio para que haja direcionamento rumo ao estado de consciência imediatamente superior, que, na palavra autorizada do Professor Henrique José de Souza, não é outro senão Budhi, esse é o que proporciona a Intuição à criatura humana. Do citado Autor: (...) “Budhi implica no estado de consciência em que se sente a Unidade com o Universo, sem ideia de sentimento de separação”. (revista Dhâranâ, 87/88, 1936, “O que é Intuição”, H.J. de Souza). • COMPOSIÇÃO DA QUINTA RAÇA: “Há cerca de um milhão de anos, o Manu Vaivásvata selecionou na sub-raça semita, quinta sub-raça atlante, as sementes que deviam constituir a Quinta Raça-Mãe, conduzindo-as à Terra Imperecível”. Por essas palavras de Henrique José de Souza, no livro “Os Mistérios do Sexo”, pode-se dizer que o Manu precedeu sua seleção antes do primeiro cataclismo que despedaçou a Atlântida em sete principais regiões, ao final do grande reinado tolteca ou da terceira sub-raça atlante.Milhares de anos depois, os primeiros componentes da Quinta Raça-Mãe espalharam- se ao Norte da Índia. Os três primeiros grupos raciais que precederam ao grupo céltico estão na tradição esotérica representados pela primeira sub-raça ou ária estabelecida ao Norte da Índia; a segunda sub-raça ou caldaica, expandida nas planícies do Eufrates; e a terceira sub-raça ou iraniana, fixada na Pérsia (atualmente Irã). CURSO DE EUBIOSE Módulo 4: Raças A evolução cíclica da humanidade 39 / 42 1ª sub-raça ariana = ária A primeira sub-raça ariana ou dos ários teve por religião o Hinduísmo primitivo, regido pelo Código do Manu e a Lei de Castas. Essa Lei, ao longo de milhares e milhares de anos, foi sofrendo desastrosas interpretações e acabou tornando-se fonte de preconceitos e desentendimentos profundos na vida social da Índia, até que Gautama, o Buda, 600 anos antes da era cristã, viesse tentar restabelecer a prístina pureza dos saberes da Excelsa Fraternidade Branca e garantir a evolução de qualquer das criaturas humanas independentemente da vinculação à casta dos Brâmanes ou qualquer outra de menor vínculo espiritualista (Kshatriya, Vaiçyas, Çudras). Os ários foram os portadores do “Senzar”, uma linguagem sacerdotal originada na Agartha, “Terra Sagrada”, inatingível pelos fenômenos da Face da Terra. 2ª sub-raça ariana = caldaica Conforme a orientação esotérica no livro “Os Mistérios do Sexo”, de H. J. de Souza, a segunda sub-raça ariana, a caldaica, também intitulada ário-semita, conduzida pelo Manu Rama ou Ram, atravessou o Afeganistão e ocupou as planícies do rio Eufrates. O Manu adotou o símbolo zodiacal do carneiro, ou áries. Conforme citação de E. Schuré, os estudos de Fabre d’Olivet, a história de Rama pode estar simbolizada nos signos do Zodíaco que, lidos em ordem inversa, marcaram, mais tarde, os diversos graus para se alcançar a iniciação suprema (“Rama y Krishna”, Schuré, ed. Kier). O Sabeísmo foi a primitiva religião dos caldeus, reconhecendo o Princípio Deífico Universal e tributando culto aos Planetários e Deuses. 3ª sub-raça ariana = iraniana A terceira sub-raça ariana, a iraniana, conduzida pelo respectivo Manu, o primeiro dos Zoroastros, estabeleceu-se na Pérsia, hoje, região do Irã. Desse local, os iranianos difundiram-se pela Arábia e Egito, entrando em contato com antigos cultos e tradições ainda do período atlante. Cultivaram os mistérios do Fogo e desenvolveram importantes progressos na Astrologia e na Alquimia. A religião dos iranianos foi o Mazdeísmo, termo que procede de Ahura Mazda, a Divindade única, simbolizada pelo Sol Seguiram a essas três primeiras sub-raças arianas duas outras conhecidas como céltica e teutônica. CURSO DE EUBIOSE Módulo 4: Raças A evolução cíclica da humanidade 40 / 42 4ª sub-raça ariana = céltica A quarta sub-raça ariana, a céltica, povoou a Grécia, a Itália, a França, a Irlanda e a Escócia. Conduzidos pelo Manu Orfeu, os celtas distinguiram-se no culto das artes que caracterizaram fortemente a civilização ocidental. Dentre os monumentos dos cristãos primitivos ressalta, dentre os personagens bíblicos, a figura de Orfeu, rodeado de animais atraídos pelos misteriosos sons produzidos nas sete cordas de sua lira. 5ª sub-raça ariana = teutônica A quinta sub-raça ariana, a teutônica, estabeleceu-se ao Norte da Europa sob a liderança manúsica de Odin. Esse foi o grande herói dos Eddas, os conjuntos de consagrados cantos e poemas escandinavos, repositórios da Milenar Sabedoria das Idades, por que não dizer, os Vedas dos nórdicos. Foi na tradição dos antigos povos escandinavos que o genial Wagner se inspirou para suas magistrais composições musicais que, iniciaticamente, expressam a própria Antropogênese, a origem e o destino da Humanidade. Dentre as suas composições mais correlacionadas a Odin ou Wotan destacam-se: O Anel dos Nibelungos, As Walkírias, Siegfried e o Crepúsculo dos Deuses. Na mitologia escandinava, Odin é tratado como um deus e personalizado como um homem alto de pele clara, basta cabeleira ruiva e olhos azuis, próprios dos tipos que se tornaram representativos da “raça branca”, a bem dizer, da quinta sub-raça da Quinta Raça- Mãe, denominada teutônica ou germânica. Atribui-se aos feitos do Manu Odin as bases de uma civilização que seria esplendorosa na Europa, não fossem os eventos históricos que obstaculizaram a marcha daquele continente. Mesmo assim, muitos dos lampejos europeus, no ciclo cristão ou de Piscis, foram dignos de registro na História Geral da Humanidade, como, por exemplo, o movimento rosacruciano do século XIV e seus posteriores desdobramentos no Renascimento, nas Grandes Navegações, na Revolução de Cromwell, na Revolução Francesa, entre outros. Registro interessante é comungado pelos historiadores Ordonez e Brasseur, citados na obra “Os Grandes Iluminados” (Coletânea Aquarius, nº 3), sinalizando que Odin, também chamado Wotan ou Votam, teria saído da Europa, trazendo para a região agora denominada América Central, vários chefes e migrantes europeus. Como traços de sua passagem por essas terras ocidentais estão: a concepção da célebre “Cruz de Palenque” e a lenda guatemalteca em que Quetzalcoatl mata a serpente da Noite Nahoa. Semelhante narrativa é encontrada em uma lenda escandinava em que Odin mata a serpente da Árvore de Gogar, conferindo, assim, as correspondências troncais entre a América e a Europa. CURSO DE EUBIOSE Módulo 4: Raças A evolução cíclica da humanidade 41 / 42 6ª sub-raça ariana = bimânica Estamos atravessando o final do ciclo da 5ª. sub-raça da Raça Ariana: teutônica ou germânica, cujas sementes foram fixadas ao Norte da Europa pelo Manu Odin. Apesar de não ter completado sua evolução com o esplendor que se esperava, o ciclo teutônico deu sinais do poder do mental abstrato, que no momento deveria estar pautando o estado de consciência da humanidade atual. Falta para completar a presente ronda o despertar de dois outros estados de consciência, que, estando ainda como princípios superiores ao mental abstrato, exigem condições especiais para suas manifestações. Didaticamente classificando-os, Budhi é o primeiro deles, fundamentando o estado de consciência correspondendo à Intuição ou Razão Iluminada. As sementes da sub-raça ariana, a bimânica, foram lançadas para florescerem na América do Norte, onde particularmente concentraram-se grandes esforços do antigo movimento rosacruciano e de Adeptos que apoiaram o trabalho de Helena Petrovna Blavatsky. Por motivos vários, entre eles as experiências atômicas, resultando em crime de lesa evolução, além dos precedentes da interrupção da obra de H. P. Blavatsky, o país mais representativo da América do Norte, os Estados Unidos, perdeu o direito de sediar a sementeira da 6ª sub-raça ariana, a bimânica. As referidas sementes foram, no entanto, preservadas e conduzidas para local reservado na América do Sul para o surgimento da 7ª sub-raça ariana, sem prejuízo para essa, num fenômeno inédito de sinergia racial que marcará a grande apoteose da Quinta Raça-Mãe: “A Raça Cósmica” nas palavras do insigne etnólogo mexicano José Vasconcelos, a “Raça Supramental” anunciada por Aurobindo, a “Raça Dourada” das tradições transhimalaianas etc. Ocorre, então, um fenômeno especial, ou seja, essas duas últimas sub-raças arianas acabam por serem os pontos de partida para as duas Raças-Mães que finalizarão a presente ronda, daqui a alguns milênios. Existe uma razãoda simultaneidade do aparecimento da 6ª e 7ªª. sub-raças arianas. Este fenômeno deve-se ao fato da primeira estar em relação à manifestação de Budhi e a segunda por relacionar-se à Atmã, como estados de consciência, respectivamente. Esses dois princípios nunca se manifestam separadamente, pois, ligados a Manas, o mental abstrato, formam o conjunto indeformável da Tríade Superior, a própria Mônada de cada criatura humana. CURSO DE EUBIOSE Módulo 4: Raças A evolução cíclica da humanidade 42 / 42 7ª sub-raça = atabimânica O Itinerário de IO, iniciando a 1ª sub-raça da Quinta Raça-Mãe no hemisfério Norte, Planalto do Pamir, Norte da Índia, dirigiu-se para o Ocidente onde finalizará o atual ciclo civilizatório no hemisfério Sul, concluindo a 7ª sub-raça ariana denominada atabimânica, portadora dos estados de consciência correspondentes ao mental abstrato, ao búdico e ao princípio átmico. Suas sementes foram selecionadas pelo Manu Lorenzo-Prabasha- Dharma e firmadas em território delimitado pelos últimos marcos geográficos do Itinerário de IO. Dentre as citações em artigos do Professor H. J. de Souza destacam-se as palavras do eminente sociólogo mexicano José Vasconcelos: “É dentre as bacias do Amazonas e do Prata que sairá a Raça Cósmica, que realizará a concórdia universal, por ser filha das dores e das esperanças de toda a Humanidade” (revista Dhâranâ n° 21-22, julho 62/63, artigo “O Rei do Mundo”, cap. IV). Entre esses marcos geográficos, do Amazonas ao Prata, destacam-se o que, nos estudos esotéricos do Itinerário de IO, se denominam Sistemas Geográficos. No final dessa 5ª Raça-Mãe, as duas últimas sub-raças arianas – bimânica e atabimânica – se manifestarão concomitantemente, tendo o Brasil como sede da miscigenação racial para a formação dos novos caracteres biológicos, prevalecendo à potencialidade das glândulas endócrinas, como bem defendeu o ilustre etnólogo mexicano José Vasconcelos em sua obra intitulada “La Raza Cósmica”. Ocorre, então, um fenômeno de grande impacto, ou seja, elas acabam por serem os pontos de partida para as duas Raças-Mães, que finalizarão a presente ronda daqui a alguns milênios. Não obstante os estados de consciência búdica e átmica serem estados naturais pertencentes às futuras Sexta e Sétima Raças, as sementes ou Mônadas a encarnarem nas últimas sub-raças arianas constituirão o acervo das primeiras experiências correspondentes a esses estados que também, por esforços especialmente orientados por Mestres da Iniciação, poderão ser conquistados pelos seus discípulos. o – O – o ©Sociedade Brasileira de Eubiose®