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Elenusa Oltramari Resumo de Oclusão e Disfunção Temporo Mandibular – Prova I Conceitos: Moldagem: Ato de reproduzi em negativo uma determinada área - é o ato de selecionar, manipular, inserir o material de moldagem em uma moldeira, posicioná-la na boca do paciente e mantê-la imóvel até a completa reação de polimerização do material e em seguida, removê-la. Moldeira: Dispositivo que serve para condicionar e conduzir o material de moldagem à boca. Molde: Cópia em negativo de uma determinada área – produto de uma moldagem Modelo: Reprodução positiva da área moldada - com que pode ser levado ao laboratório a réplica dos dentes e arcadas com seus detalhes anatômicos. Hidrocolóides Irreversíveis – Alginato: Os principais fatores responsáveis pelo sucesso desse material são a facilidade de manipulação, conforto para o paciente e o baixo custo. Tipo I: presa rápida - 1 a 2 mim Tipo II: presa Normal - 2 a 4 mim Obs.: Tais tempos de presa podem ser alterados com a relação água-pó e temperatura. Propriedades físico-químicas: Atóxico (não libera subprodutos) Fluidez limitada Elasticidade (baixa resistência ao rasgamento) Recuperação elástica: 97,3% Adere a moldeira através de retenções mecânicas Obs.: A estabilidade dimensional pode ser alterada em função da sinérese (perda do conteúdo de água para o ambiente) e pela embebição (ganho de água, quando submerso), o que indica que o vazamento do gesso deve ser o mais imediato possível. Indicações do Alginato: antagonistas, confecções de próteses totais e parciais, moldeiras individuais, modelos de estudo, moldagens de transferência de trabalhos protéticos, diagnóstico e construção de aparelhos ortodônticos, modelos para clareamento. Trabalhos com pouca necessidade de exatidão e fidelidade. Contra indicações do Alginato: preparos cavitários e próteses fixas, moldagens com muita precisão. Materiais utilizados: Alginato, moldeiras de estoque, cubeta de borracha, espátula para manipulação, cera utilidade, frasco medidor de água e de pó. Protocolo Clínico: Posição da cadeira sentada: linha da comissura labial reta ao cotovelo. Paciente em posição sentado. Plano oclusal paralelo ao chão. Profilaxia das superfícies dentárias. Bochecho – para remoção de mucina, permitindo um melhor contato do Alginato com as superfícies a serem moldadas, tornando a moldagem mais precisa, além de resfriar a boca aumentando o tempo de trabalho. Escolha das moldeiras e provas - esterilizada, adequada ao tamanho e forma da arcada, observando o comprimento e a largura de forma que todos os elementos dentários e os tecidos moles circunvizinhos sejam incluídos Adequar o tamanho da moldeira com cera 7 – individualização das moldeiras = Realizar alívios nas áreas referentes aos freios e bridas, obtendo-se assim, um contorno adequado da anatomia do fundo do vestíbulo ou do assoalho bucal. Na moldeira superior a colocada na porção do palato, com o objetivo de reduzir a distância entre a moldeira e o palato. Porção pó e água – indicada pelo fabricante – 15g do pó para 40 ml de água = PRIMEIRO A ÁGUA E DEPOIS O PÓ. Tempo de manipulação: 1 min. Tempo Carregar a moldeira: 20 seg. Tempo em boca: 1 min 20 seg. Tempo de Gelificação: curto – inicia antes da moldagem ir para a boca, lento: perda de tempo clinico e tédio para o paciente. Carregar a moldeira Umidecer os lábios do paciente. Introdução da moldeira: levar a moldeira com alginato em boca, levar com a mão direita e com o espelho ou dedo da mao esquerda afastar o lábio. Centralizar a moldeira: deixar o cabo da moldeira mais próximo da linha média. Aprofundização da moldeira: aprofundar de posterior para anterior – não deixar encostar a moldeira no dente. Obs.: Pacientes com alto grau de sensibilidade (náuseas) devem ser medicados com anti-heméticos (Plasil intramuscular 30 minutos antes da moldagem) ou terem anestesiados as áreas do palato mole, por meio de anestesia tópica ou injetável. Contenção da moldeira – manter a moldeira em boca por cerca de 2 a 4 min Remoção da moldeira: dedo lá traz na região de molar fazer entrar ar para desprender, e remover em um movimento único. Remoção dos excessos. Lavar os moldes em água corrente para eliminação da mucina e/ou sangue = retardam a presa do gesso tornando a superfície do modelo enfraquecido, poroso e pouco resistente. Desinfecção dos moldes – borrifar hipoclorito de sódio a 1%, armazenar em saco plástico por 10 min., lavar novamente em água corrente. Vazar em até 15 min – devido os processos de sinerése e embebição. Modelos de Gesso: O gesso odontológico é composto de sulfato de cálcio hemihidratado (CaSO4.H2O), solúvel em água, obtido através do processo de calcinação da gipsita, mineral comum na natureza. Classificados do tipo: Tipo I: em desuso, substituído por hidrocolóides e elastômeros. Tipo II – comum ou paris: cristais porosos em forma irregular Tipo III – pedra: cristais densos e forma prismática Tipo IV – pedra especial modificado/melhorado de alta resistência: cristais mais densos e mais prismáticos Tipo V – extra duro de expansão modificada. Reação de Presa: reação de cristalização com liberação de calor. Materiais: Gesso Cubeta de borracha Espátula para manipulação Recortador de modelo Espátula nº 7 ou 31 para o vazamento Faca para gesso Cera rosa nº7 Balança para gesso com graduação em gramas Frasco medidor de água Vibrador Protocolo: verter em 15 minutos. Acrescentar a pó sobre a água Proporção de 100 mg para 36 ml. Espatulação manual vigorosa em forma de 8 por cerca de 1 min. Acrescentar em uma das extremidades e deixar escoar por toda a arcada dentária, até o preenchimento total do molde Base plana do modelo: cerca de 2cm de altura. Esperar entre 45 à 60 min para a completa presa do gesso. Remoção do modelo do molde, cuidando para não fraturar - em maiores dificuldades, colocar a moldeira sob água corrente e proceder a remoção. Cuidados finais: analisar criticamente o modelo verificando a precisão dos detalhes copiados e se necessário re-moldar. Remova as bolhas, ocasionalmente existentes, com o auxilio de um esculpidor hollenback/bisturi/lecron, cuidando para não alterar a anatomia oclusal. Recortador: Limite posterior - apoiar a base inferior o modelo sobre a máquina de corte formando um ângulo de 90º entre a pedra de corte e a rafe. Recortar a base inferior – com a base apoiada sobre a mesa da máquina proceder o corte com aproximadamente 2 mm de espessura. Recortar região póstero lateral - de acordo com os limites anatômicos de modo que se obtenha aproximadamente 1cm de largura. Recortar limites laterais (do segundo molar ate o canino) – aproximadamente 4 cm de comprimento. Recortar limite anterior - Corte paralelo as faces vestibulares dos incisivos centrais, laterais e caninos de ambos os lados, a partir de um plano paralelo à face distal do canino. Cuidados finais: lavar os modelos em água corrente para eliminar a lama de gesso decorrente do corte. Avaliar os modelos de forma isolada e articular, observando as porções do corte e o conjunto como um todo. Um Modelo de Estudo deve possuir as seguintes características: Precisão anatômica - anatomia dentária; contornos dos tecidos moles Isentas de bolhas e porosidade Isentas de distorções Sistema Estomatognático: entidade anatomo-funcional. Facial (VII) Trigêmio (V) Glossofaringeo (IX) Hipoglosso (XII) O Aparelho Estomatognático - AE, é uma entidade fisiológica, funcional, perfeitamente definida e integrada por um conjunto heterogêneo de órgãos e tecidos, cuja biologia e fisiopatologia são absolutamente interdependentes, envolvidos nos atos funcionais e parafuncionais Função: Sucção Deglutição Mastigação Fonética Respiração Expressão e estética facial e, postura da mandíbula da língua e do osso hióide = harmonia facial. Anatomia que contempla o sistema estomatognático: osso, músculos, articulações, ligamentos (é um limitante de movimento), dentes, glândulas, sistema vascular, sistema nervoso, língua, lábios ebochechas. Unidades fisiológicas básicas que integram a unidade funcional do AE: mecanismo neuromuscular, ATM’s, oclusão dental, periodonto. Sistema neuromuscular: elemento ativo do aparelho estomatognático, demais estruturas passivamente recebem e transmitem a ação das forças. = sistema nervoso se divide em central (encéfalo e medula espinhal) e periférico (neurônios). O SNC constitui-se do encéfalo e da medula espinhal. O encéfalo abrange o cérebro, o cerebelo e o tronco encefálico. No cérebro distinguem-se: o córtex motor que se relaciona com os movimentos voluntários dos músculos estriados, o córtex sensorial que se relaciona com a sensibilidade profunda e cutânea e o tálamo que é o centro de passagem de todas as sensações, com exceção do olfato. O cerebelo tem como função principal a coordenação e refinamento dos movimentos musculares, sendo também importante na postura e tônus muscular. No tronco encefálico distinguem-se o mesencéfalo, a ponte e o bulbo. A principal estrutura do sistema nervoso periférico é o neurônio (célula nervosa), que é composto de um corpo celular e seu processo (axônio) que conduz impulsos para e do corpo celular. Um neurônio aferente conduz impulsos nervosos em direção ao SNC, enquanto um neurônio eferente conduz impulsos para a periferia por meio de axônios. A detecção e subseqüente transmissão de um evento nocivo é chamada de nocicepção. Nervos aferentes primários com terminais periféricos (receptores) são conhecidos como nociceptores. Sistema muscular: principal mm da mastigação é o masseter. Compõe-se: de músculos esqueléticos, também chamados músculos estriados, que atuam sob controle voluntário e estão envolvidos com os movimentos, postura e equilíbrio, e de músculos lisos que atuam sob controle involuntário e encontram-se nas paredes dos vasos sangüíneos e em estruturas como bexiga urinária, intestinos, estômago e músculo cardíaco. Tipos funcionais dos músculos: Esqueléticos: origem (lado que o movimento é feito) e inserção (parte móvel do movimento) em ossos. Lisos. Divididos em: Agonistas: fazem o movimento principal Sinergistas: vai auxiliar o agonista na mesma direção Antagonistas: direção diferente ao antagonista Estabilizadores: estabilizam os osso e articulações a ação dos agonistas. Músculo temporal: Origem: linha temporal superior e assoalho da fossa temporal. Inserção: processo coronóide e borda anterior do ramo na mandíbula. Vascularização: pelas artérias temporais profunda anterior, média e posterior Função: elevação no terço anterior e médio, retração no terço posterior, posição mandibular. Músculo masseter: Origem: Porção superficial: 2/3 anteriores do arco zigomático Porção profunda: superfície média do arco zigomático. Inserção: superfície lateral externa do ramo e ângulo da mandíbula. Inervação: nervo masseterino (ramo do trigêmeo). Vascularização: artéria masseterina (ramo da artéria maxilar). Função: elevar a mandíbula e ocluir os dentes. Músculo pterigóideo Medial: Origem: face medial da lâmina lateral da fossa pterigóidea na base do crânio. Inserção: porções posterior e inferior da superfície medial do ramo ascendente e ângulo da mandíbula. Inervação: nervo pterigóideo (ramo do trigêmeo). Vascularização: artéria pterigoidea medial (ramo da artéria maxilar). Função: elevar estabiliza lateralmente a mandíbula. Músculo Pterigóideo Lateral: Origem: Ventre superior: superfície infratemporal da asa maior do osso esfenóide, Ventre Inferior: superfície do processo pterigóide do osso esfenóide Inserção: Ventre superior: disco articular (menisco) e cápsula da ATM Ventre Inferior: fossa pterigoidea (colo do côndilo) Inervação: nervo pterigoideo lateral (ramo do trigêmeo), Vascularização: artéria pterigoidea lateral (ramo da artéria maxilar). Função: protrusão mandibular, tracionar os discos nos movimentos protrusivos. Músculo gênio-hióideo: Origem: tubérculos genianos inferiores na superfície interna da sínfise mandibular. Inserção: superfície anterior do corpo do osso hióide. Inervação: nervo genio-hióideo (ramo do nervo hipoglosso). Vascularização: artérias lingual e sublingual. Função: movimentar o osso hióide para frente. Músculo milo-hióideo: Origem: linha milo-hióidea da mandíbula (da raiz do último molar à sínfise mandibular). Inserção: corpo do osso hióide e rafe milo-hióidea. Inervação: nervo milo-hióideo (ramo do nervo mandíbula). Vascularização: artéria submentoniana (ramo da artéria facial). Função: elevar o soalho da boca e com ele a língua, e se os dentes estão ocluídos, auxiliar na deglutição. Músculo Digástrico: Origem: Ventre posterior: incisura mastóidea do temporal Ventre anterior: fossa digástrica da mandíbula. Inserção: no tendão intermediário, aderindo ao osso hióide por uma alça fibrosa. Inervação: nervos milo-hióideo (ramo do trigêmeo) e facial. Vascularização: artérias submentoniana, occipital e auricular posterior. Função: puxar o mento para trás e para baixo na abertura da boca, auxiliando assim o pterigóideo lateral na protrusão da mandíbula. Músculo estilo-hióideo. Origem: borda posterior do processo estiloide. Inserção: corpo do osso hióide, na junção com o corno maior. Inervação: ramo estilo-hióideo (do nervo facial). Vascularização: artéria auricular posterior. Função: tracionar o osso hioide para cima e para trás. ISOTÔNICA: quando o músculo ao se contrair tem somente um de seus extremos de inserção fixo, e se encurta sem aumentar a tensão de suas fibras (ex.: abrir e fechar a boca). ISOMÉTRICA: quando o músculo ao se contrair tem os dois extremos de inserção fixos, não podendo se encurtar, o que gera um aumento da tensão de suas fibras (ex.: hábito de apertamento dentário ou bruxismo). ATM: Características: presença de cápsulas fibrosas que envolve todas as articulações, revetistida por uma membrana sinovial. Posição favorável para o disco e entre 10 e 12 horas – em boca fechada. A articulação temporomandibular pode ser tecnicamente considerada uma articulação ginglemoartroidal, por realizar movimentos de rotação (ginglemoidal) e translação (diartroidal). As ATMs se projetarão ligeiramente para anterior quando da ausência de todos os dentes e são, juntamente com o sistema neuromuscular, as referências que se mantêm durante toda a vida do homem. Possuem todos os elementos de uma articulação sinovial, incluindo um disco articular. O côndilo é revestido de uma camada fibrocartilaginosa, posiciona-se antero superiormente na fossa mandibular e, apoia-se anteriormente contra a eminência articular, que é protegida por uma camada fibrocartilaginosa em toda a superfície de relacionamento funcional. O disco articular (menisco) com forma bicôncava está colocado entre ambas as superfícies articulares, e apresenta a inserção do feixe superior do músculo pterigóideo lateral (no disco articular), e do feixe inferior na fossa pterigoidea (colo do côndilo). Posteriormente ao côndilo, encontra-se a zona bilaminar com vascularização e inervação própria, que não é apropriada para suportar o côndilo. A irrigação dos elementos que constituem as ATMs é conduzida por ramos das artérias temporal superficial, timpânica anterior, meníngea média e auricular posterior. A inervação se dá a partir dos receptores localizados em: • Regiões posteriores e laterais da cápsula e ligamento lateral externo – inervados pelo nervo aurículo-temporal. • Região anterior da cápsula – inervada pelos nervos temporais profundos posteriores e massetérico. • Região anterior (articular) do menisco e membrana sinovial contendo poucos receptores. Receptores nas ATMs: • Os receptores de Ruffini que determinam o ângulo de abertura da boca e variam dependendo do grau de abertura. • Os receptores de Pacini que são ativados juntos ou transitoriamente com os de Ruffini e assinalam o início e o fim do movimento, e suas respostas não dependem da direção nem da posição inicial do movimento. • Os receptores de Golgi que respondem à pressões fortes nos tecidos articularese são protetores. • As Terminações Nervosas Livres que são nociceptivas e respondem pela dor. Ligamentos da ATM: Temporomandibular com origem na superfície lateral da eminência articular do osso temporal e inserção no colo da mandíbula. Estilomandibular com origem no processo estilóide e inserção no ângulo da mandíbula. Esfenomandibular com origem na espinha do osso esfenóide e inserção na língula mandibular. Capsular com origem no osso temporal, ao longo da fossa mandibular e eminência articular, e inserção na face lateral do côndilo. Princípios Fundamentais da Oclusão: Oclusão: Estudo das relações estáticas e dinâmicas entre as superfícies oclusais, e entre estas todos os demais componentes do aparelho estomatognático. Oclusão Fisiológica: quando há harmonia entre os determinantes anatômicos e as unidades fisiológicas do sistema estomatognático, não gerando patologias aos tecidos. Oclusão Patológica: alguns dos fatores não estão em harmonia, passando da tolerância do organismo desencadeando algum tipo de anomalia - sintomatologia pequena e imperceptível que com o passar do tempo pode se agravar -. Estão relacionadas com sistema nervoso, postural, saúde geral, saúde dos tecidos locais, tolerância dos tônus musculares e falta de higiene oral que leva a perda de dentes alterando a oclusão. Oclusão Ideal: oclusão natural que apresenta todas as guias oclusais (todos os movimentos guiados pelos dentes – como lateralização, abertura e fechamento -) normais, ausência de contatos prematuros ou interferências oclusais, número suficiente de dentes, ausências de sinais e sintomas no aparelho mastigatório. Alem disso a estética dentaria, não ter abalamento do periodonto e apresentar estabilidade e proteção das ATM’s. Requisitos para avaliar uma oclusão ideal: Máxima distribuição dos esforços em cêntrica (longo eixo do dente) Guia anterior harmônica – movimentos guiados de canino a canino. Desoclusão dos posteriores na protrusão – mandíbula para frente –deve tocar só canino e incisivo Desoclusão dos posteriores do lado de balanceio – movimentos de lateralidade – o lado contrario do movimento deve estar em desoclusão. Sem interferência dental sobre o lado de trabalho quando se faz lateralidade. Relação cêntrica: É a relação da mandíbula com a maxila quando o conjunto côndilo-disco, ficam propriamente alinhados, e se encontram na posição mais superior e anterior contra a eminência articular, independente da posição dos dentes ou da dimensão vertical. Posição da mandíbula que independe da posição dos dentes, aonde a musculatura acima e abaixo do osso hióide e o côndilo estão em equilíbrio, ou seja, é uma posição de descanso. É uma posição reproduzível, confortável e usada para restabelecer a oclusão nos quadros de Disfunção e em reabilitações extensas com próteses fixas e móveis. Reabilitações: Paciente que apresenta um padrão mandibular – com dentes suficientes para reabilitar a mordida – sem sintomatologia: realizar em posição de MIH Paciente que apresenta um padrão mandibular – com dentes suficientes para reabilitar a mordida – com sintomatologia: reabilitar em posição de relação cêntrica. Paciente desdentado total: reabilitar em posição de relação cêntrica. Realização de trabalhos protéticos pequenos em apenas um hemi-arco: realizar em posição de MIH = porque há uma referência/padrão de oclusão definido. Realização de trabalhos protéticos extensos: realizar em posição de relação cêntrica Pacientes com parafunção: realizar em posição de relação cêntrica. Reabilitação de dentes apenas na região anterior, não tendo dentes bi-laterais na região posterior: realizar em posição de relação cêntrica. Pacientes aonde a discrepância entre a RC e MIH é muito grande: realizar em posição de MIH Obs.: A diferença entre a RC e MIH normal é de 1 a 3 mm acima disso é considerado cêntrica longa. Modelos de estudos: realizar em posição de relação cêntrica = para identificar os contatos prematuros que desviam a mandíbula para MIH. Pacientes com falta de apenas um elemento dentário: realizar em posição de MIH = para não modificar todas a oclusão do paciente. Por que utilizar o registro em RC? Estável e reproduzível; identifica os contatos prematuros que desviam a mandíbula para MIH; no articular, a montagem em MIH não permite o retorno à posição de RC e a verificação do contato prematuro. RELEMBRANDO: O sistema estomatognático apresenta uma memória que leva a mandíbula automaticamente em oclusão máxima/intercuspidação máxima – maior contato entre os dentes -. Placa de oclusão em acrílico – placa miorelaxante: devido sua base lisa, a musculatura não estabelece sua função de memória de oclusão máxima, logo, a musculatura se posiciona automaticamente em uma oclusão de relação cêntrica solucionando alguns casos de disfunção articular, associado também a tratamentos psíquicos. Dimensão vertical: altura gerada através de dois pontos referidos aleatoriamente, sendo um na maxila e um na mandíbula, podendo variar de 2 a 3 mm. Usa-se como parâmetro para determinar a dimensão vertical é a estética facial do paciente como o selamento labial e etc. Dimensão vertical em oclusão: mm elevadores contraídos; não pode ser maior que a de encontrada na DV de repouso. Dimensão vertical em repouso: mm elevadores em equilíbrio com os depressores. Espaço funcional livre: espaço que existe entre a intercuspidação máxima e a dimensão vertical livre. Trespasse: quanto um dente passa através do outro, seja ano sentido: Horizontal – overget: distânica entre as bordas incisais dos incisivos superiores à face vestibular dos incisivos inferiores, medida no plano horizontal. Vertical – overbait: distância entre a borda incisal dos incisivos superiores e inferiores, quando eles se sobrepoem. Trespasse negativo: pacientes classe II – mandíbula aberta anterior não havendo contato entre os dentes. Trespasse topo a topo: mordida topo a topo Trespasse positivo: pacientes classe III, aonde os incisivos inferiores tocam na vestibular dos incisivos superiores (atresia de maxila). Obs.: Zona neutra é o espaço entre as bochechas e a língua. Mordida profunda: paciente que tem overbait acentuado aonde os incisivo inferior bate na gengiva do lado palatino dos incisivos superiores. Contatos oclusais: Prematuro: ocorre antes que os outros dentes se toquem. Interfere nos movimentos mandibulares e elimina parcial ou totalmente uma ou mais guias oclusais. Interferência oclusal: contato que ocorre nos dentes posteriores durante os movimentos da mandíbula e maxila. Por gerarem forças horizontais pode determinar traumas oclusais localizados. Curvas de Compensação: Servem para diminuir o esforço mm exigido para executar movimentos mandibulares. Curva de Spee: linha imaginaria que tangia a ponta das cúspides vestibulares dos dentes inferiores desde o canino passando pelos molares e indo até o centro de rotação do condigolo = logo, eles estão em curva, começa mais baixos nos caninos e mais altos nos molares. Curvas de Wilson: Linha imaginaria, no plano frontal, que toca os verices das cúspides vestibulares e linguais dps dentes posteriores inferiores e superiores de um lado ate os vértices das cúspides linguais e vestibulares do lado oposto = dentes inclinados, ponte da cúspide lingual e vestibular fazem a curva. Curvas de Monson: é a curva de oclusão na qual as cúspides e bordas incisais dos dentes inferiores tocam ou se contornam a um segmento de uma esfera, com 8 polegadas de diâmetro, cujo centro se localiza na glabela = é o conjunto destas curvas aonde formam uma esfera, sendo que o seu centro é a glabela. Movimentos Mandibulares: Bordejantes: quando a mandíbula se move através dos limites externos máximos do movimentos, são reprodutíveis Intra-bordejantes: quando a mandíbula se move livre e fácil dentro dos limites externos do movimento durante a fala, mastigação... não são reprodutíveis. Abertura e fechamento Protrusão Retrusão Lateralidade Lateroprotrusão Lateroretrusão Etapas do diagrama dePosselt: Posição e movimento da mandíbula: determinou a posição de oclusão cêntrica; é o ponto aonde ocorrem os contatos iniciais dos dentes no arco de fechamento em relação cêntrica. Movimento de rotação pura: o côndilo não sai da cavidade, apenas fica no seu eixo de rotação = abertura ou fechamento da mandíbula. Arco de translação: sai do movimento de rotação pura para o movimento de rotação e translação do côndilo até a abertura máxima. Obs.: O arco habitual são movimentos bordejantes habituais que vão da máxima intercuspidação até a máxima abertura bucal. Posição de Repouso ou Repouso Fisiológico: O EFL é um ponto de 2 a 3 mm. RC = EFL =DVR – DVO. Relação centrica/Repouso = espaço funcional livre = dimensão vertical de repouso – dimensão vertical de oclusão. Máxima intercuspidação: é uma posição de acomodação com o maior numero de contatos dentários, não importando a posição da cabeça da mandíbula. É muito variável e dependente da idade – devido os desgastes dentários e movimentações dentárias - e tratamentos realizados. Extra: Odontologia convencional – pacientes normais: ao sair da centrica para máxima intercuspidação há um deslize para frente. Centrica longa: ajuste oclusal com contato posterior e anterior sem deslize de plano inclinado. Gnatologia: a relação centrica coincide com a máxima intercuspidação. Guia lateral: movimento de deslocação do côndilo durante a lateralidade. Lado de Trabalho: Lado em que a mandíbula é deslocada em sua função. O côndilo do lado de trabalho realiza o Movimento de Bennet (para baixo, para frente e para dentro). As cúspides de suporte deslizam nas vertentes guias do antagonista. – sobreposto Lado de Balanceio: Lado oposto ao de trabalho, aonde ocorre a desoclusão dos dentes. - sobreposto Movimento de Bennett: translação para frente e para baixo da mandíbula – sobreposto. Movimentos da Mastigação: são movimentos circulares em forma de gota – sobreposto Movimentos de Desoclusão: Guia anterior: Trajeto percorrido pela borda incisal dos incisivos inferiores na superfície palatina dos superiores, desde a MIH até topo-a-topo. Movimento de protrusão: pode apresentar contato apenas dos incisivos (guia incisiva) e de incisivos e caninos (guia anterior), sem haver contato nos elementos posteriores. Guia Lateral: Trajeto percorrido pela borda incisal dos caninos inferiores na superfície palatina dos superiores, desde a MIH até topo-a-topo. Movimentos de lateralidade: pode ser quando apenas o canino inferior do lado que a mandíbula está se direcionando toca o canino superior (guia canina) ou, quando ocorre a desoclusão lenta dos grupos dentários (canino pré-molares e molares se tocam durante o movimento de lateralidade. Oclusão balanceada bilateral: movimento de protrusão e lateralidade aonde os dentes posteriores tocam junto com os dentes anteriores = é a oclusão de pacientes portadores de prótese total – esta toca dos dentes mantém a prótese que não tem estabilidade no lugar, gerando assim sua estabilidade. Oclusão mutuamente protegida: dentes anteriores vão proteger os dentes posteriores nos movimentos de lateralidade e protrusão aonde tem uma posição e tamanho melhor para resistir às forças em outros ângulos que não são os do longo eixo. Quando os molares ocluem primeiro protegendo os incisivos em momentos de máxima intercuspidação. Guia anterior: delimita o vértice das cúspides no sentido Antero-Posterior - ? Guia condilar: movimento de protrusão e de Bennett - ? Articuladores e Arco Facial: aparelho destinado a fixação dos modelos, para registrar as relações intermaxilares em três dimensões e reproduzir os movimentos mandibulares de interesse protético. Objetivos: análise oclusal; reabilitação oclusal (diagnósticos); Montagem de Dentes Artificiais; Análise Ortognática; Elaboração de Trabalhos Provisórios. Limitações: instrumento rígido e não reproduz todos os registros clínicos. Classificação de Weinberg: Arbitrário: teorias impiricas. Oclusor ou charneira: baseado na concepção de imutabilidade da distancia vertical de oclusão e de outras relações maxilo-mandibulares = mantém sempre a mesma dimensão do ângulo de abertura e fechamento. Semi Ajustável: Permite o ajuste da trajetória condilar, trajetória incisal e ângulo de Bennett – o ângulo de Bennett é medido no movimento de lateralidade, aonde o ângulo formado entre a posição inicial ate a posição final do movimento = se projeta no plano horizontal mas é medido e visto no plano sagital. Totalmente ajustáveis: geram uma maior perfeição de medidas, permitindo os ajustes na trajetória condilar, trajetória incisal, ângulo de Bennett, distância bi condilar e ângulo de Fischer – quase igual lateralidade mas é medido em outro plano, ou seja, no plano vertical - , triângulo de bonwill e altura das hastes. Classificação quanto ao tipo de construção mecânica - articulador semi ajustável: Arcon: possui o ramo inferior independente do ramo superior – se largar separa –; o ramo superior abriga a caixa articular; o ramo inferior sustenta as esferas condilares. Não Arcon: peças superior e inferior são fixas entre si, aonde o superior contem as esferas condilares e o inferior tem a caixa articular. Partes e componentes do articulador: Ramos: tem 2 são dispostos horizontalmente, são paralelos entre si e abrigam as bolachas, as guias condilarese as esferas condilares. Postes: São dois perpendicular ao ramo inferior e unidas a ele na porção mais posterior do ramo. Plaquetas ou Bolachas: aonde são presos os modelos de gesso, podem ser plásticas ou metálicas e admitem a utilização simultânea do articulador. Guia Condilares: são duas e constuídas pelas caixas articulares e esferas condilares, graduam os movimentos de protrusão e lateralidade do paciente e, simulam os movimentos dos côndilos mandibulares. Vão nos mostrar a inclinação da cavidade glenoide, ângulo de Bennett – aleta que vai mostrar, o movimento de Bennett fica dentro da cavidade glenoide -, ângulo de Fischer e distância intercondilar. Guia incisal: está na parte anterior e mediana, tem como finalidade orientar os movimentos da haste incisal do ramo superior. Registra a amplitude dos movimentos de lateralidade. Arco Facial: é um acessório que serve para orientar a fixação do modelo superior –no semi ajustável- no articulador (primeiro modelo a ser ajustado). É instalado na região do ouvido obedecendo o plano de frankfurd. O que tem no arco: Ramo horizontal Furquilha ou garfo de mordida Posicionadores auriculares ou olivas Apoio nasal Parafusos fixadores Chave fixadora Conceitos: Inclinação da cavidade glenóidea: formada no plano horizontal e que vai servir de parâmetro para isso é a eminência articular do osso temporal. Determina a amplitude de abaixamento da mandíbula durante a protrusão ou lateralidade. Este movimento se projeta no ângulo sagital = quanto mais inclinada, maior a abertura bucal. Ângulo de Bennett: ângulo formado no plano sagital na trajetória de movimento para medial do côndilo de balanceio, determina a amplitude de deslocamento medial da mandíbula para o lado de balanceio, se projeta no plano horizontal – saiu da cavidade e fez a protrusão para a lateral no plano horizontal. Ângulo de Fisher: formado entre o plano horizontal e a trajetória de movimento para medial do côndilo de balanceio e, projeta-se no plano frontal. = também se mede no côndilo de balanceio, o articulador semi ajustável não mede! Distância intercondilar: e a distância que vai ter entre os dois côndilos, no semi ajustável se tem valores aproximados, nos totalmente ajustáveis vai se dar uma medida exata/ individualizada. ...Relembrando Dimensão vertical de Oclusão: resultado da medida da base inferior do nariz ate o final do mento, com os dentes em oclusão. Dimensão vertical de Repouso: resultado da medida da base inferior do nariz ate o final do mento, com os dentes levemente separados. Espaço Funcional Livre: é o resultado da dimensão vertical de oclusão – dimensão vertical de repouso.Relação Cêntrica: oclusão de relaxamento do côndilo, localizada mais para a posterior. – é possível detectar contato prematuros. Máxima Intercuspidação: oclusão habitual de muitos pacientes, com o contato máximo de dentes, localizada mais para a anterior. Relação cêntrica Longa: quando a distância entre a relação cêntrica e a máxima intercuspidação for maior que 3 mm. Montagem do articulador: divide-se em 2 partes: Uso do arco facial: serve para moldar o modelo superior. No plano vertical: dimensão vertical de oclusão No plano horizontal: relação cêntrica. Posicionamentos: Garfo: Plastificar a godiva e aplicá-la na face superior e/ou inferior do garfo em 3 pontos: região de molares e centrais. Posicionar no paciente na arcada superior, sempre respeitando os limites de linha média. Obs.: se a mordida do paciente for muito profunda e atravessar a godiva, expondo o metal do garfo, deve-se reenbasar e refazer o registro. Posicionamento e montagem: Posicionar o garfo no arco Hastes horizontais ligeiramente abertas e previamente ajustadas na cavidade auricular do paciente. Introdução do garfo previamente registrado na boca do paciente – manter o garfo em posição com o auxilio dos polegares. Introdução dos posicionadores condilares na cavidade auricular e hastes horizontais respeitando o Plano de Frankfurt (linha tragus da orelha, infraorbitário) = ajuste dos parafusos. Obs.: Haste, arco e garfo quando mais próximo de 90 º melhor. Instalação do naso paralelo as hastes horizontais = ajuste final dos parafusos fazendo com que o arco fique estável na face do paciente. Ajuste e confirmação da distância intercondilar Soltar os parafusos das hastes (superiores) – manter apertados os parafusos do garfo! Ajuste no articulador da distancia intercondilar estabelecida (ramo superior e inferior) e ajustar as angulações em Bennet (15º) e glenóide (30º). Adaptar os posicionadores condilares nas faces externas das guias condilares. Confeccionar sulcos retentivos na base dos modelos em gesso e hidratá-lo com água para melhorar a adesão. Preencher com gesso o espaço entre o modelo e as bolachas e realizar acabamento do mesmo = cuidar para que a caixa e a aleta estejam bem encostadas. Retirar o arco facial do articulador. Fazer o registro da relação maxilo-mandibular com cera 7 e tiras de longe, manipulando o paciente em relação cêntrica. Virar o articulador de cabeça para baixo Encaixar o registro da relação maxilo-mandibular. Confeccionar sulcos retentivos na base dos modelos em gesso e hidratá-lo com água para melhorar a adesão. Posicionar o modelo inferior e estabelecer a união do modelo inferior com o superior com o auxilio de godivas. Ajustar os ângulos de Bennet (15º) e inclinação da cavidade glenóide (30º) = Esferas condilares têm que estar encostadas nas caixas condilares. Regular o pino incisal deve estar no marco zero, estabelecendo um paralelismo entre os ramos. Obs.: Ao tirar a cera do meio dos modelos, a dimensão vertical de oclusão vai ser alterada, por isso, devemos sempre considerar a altura da cera. = a cada 1 mm de cera na oclusão dos dentes posteriores, gera um aumento de 3 mm na oclusão dos dentes anteriores, logo, há uma diferença de 2 mm no pino incisal. Fechar o articulador Preencher com gesso o espaço entre o modelo e as bolachas e realizar acabamento do mesmo. Estabilizar o articulador com o auxilio de borrachas Calibragem das angulações do articulador: Realizar o registro mandibular protrusivo Levar o registro protrusivo ao articular, ajustar entre os modelos e regular o ângulo da guia condilar. Realizar o registro mandibular em lateralidade Levar o registro de lateralidade ao articular, ajustar entre os modelos e regular o ângulo de Bennett do lado direito e esquerdo. Técnica de Registro Maxilo-Mandibular: Posição centrica: relação centrica e máxima intercuspidação Posição excentrica: lateralidade e protrusão. Fatores para um correto registro maxilo-mandibular: O paciente deve estar neuro muscularmente relaxado – relação cêntrica. Não deve apresentar sintomatologia extra e intra-capsular, músculos e ATM Posicionamento do paciente adequado à técnica de manipulação – quanto mais deitado o paciente estiver, mais fácil será de encontrar a relação centrica. Já de pé, a facilidade é de encontrar a máxima intercuspidação habitual. Escolha de um bom material de registro Registro correto no plano vertical (dimensão vertical oclusal = posição na qual os dentes mandibulares tocam os maxilares) e no plano horizontal (relação centrica). Técnica de manipulação adequada – o paciente sentado. Manipulação do paciente para chegar em relação cêntrica: são 3 técnicas. Bi manual de Peter: paciente em supina; posicionado atrás do paciente, segurar a região mentoniada com os polegares e apoiar os demais dedos na região da borda da mandíbula. Convencional ou Ramfjord modificada: paciente mais sentado; posicionado lateral ao paciente, com o polegar na base alveolar abaixo dos incisivos inferiores e os demais dedos vão segurar a base mandibular. Leaf Gauge ou Folhas de Long: o paciente mordendo as tiras de Long durante um determinado tempo, ao colocar realizar o registro oclusal a mordida vai diretamente para a oclusão cêntrica. Manipulação do paciente – relaxamento neuromuscular: Treinar a abertura e fechamento do paciente Abertura máxima de 2 cm Quanto menor a abertura mandibular, maior é a precisão de acertar o registro! Não exercer pressão Conferir 3 vezes o 1º contato em relação centrica. Obs.: A precisão para achar o registro da RC independe da técnica em si, mais sim da condição de relaxamento neuromuscular do paciente. Relação centrica (RC): relação da maxila com a mandíbula quando o conjunto côndilo/disco está apropriadamente alinhado na posição mais anterior e superior contra a parede posterior da eminência articular. Tal posição independe de dentes, e sim um relacionamento músculo esquelético. Máxima Intercuspidação Habitual (MIH): É o fechamento habitual do paciente que depende do relacionamento dental e depende do sistema neuro muscular (stress). Obs.: Quando a MIH e RC são a mesmas chama-se de oclusão cêntrica. Sistema Neuromuscular: a partir do primeiro contato dentário o sistema neuromuscular é ativado procurando uma posição de MIH, porém, para o registro de RC, não pode haver tal lembrança muscular. Materiais utilizados para a desmemorização da MIH para obtenção da RC: Jig: uma bolinha de resina duraley, com cerca de 2 a 3mm, localizada na região anterior – proteger a mucosa com papel metálico pra evitar alergias ou impactação do material -. Jig em forma de platal: uma plataforma reta com um leve declínio – os incisivo encosta na parte reta da plataforma – Jig inclinado: apenas há uma plataforma de declínio aonde os incisivos a tocam. = formato platal. Tiras de Long: tiras calibradoras de acetato ou outro plástico com 50,8 mm de comprimento, 12,7 mm de largura e cerca de 0,25 mm de espessura. O espaçador deve ser colocado até que não haja mais contato entre os dentes. Obs.: As tirar de Long ou Jig servem para que não haja o contato prematuro/primeiro contato com a desprogramação da musculatura. Placa Miorrelaxante: A placa é o próprio registro superior, tendo que se obter apenas o registro de cera inferior. Em casos de perfuração da placa, o mesmo ocorre exatamente no contato prematuro recuperando a memória do primeiro contato (MIH), levando a perda da função da placa. Obs.: pacientes com disfunção cêntrica é importante mante-ló em RC porque ela vai causar um relaxamento neuromuscular Registro: antes de se confeccionar o Jig ou obter o registro, deve-se verificar o primeiro contato prematuro em RC e anotar. O registro é tanto mais fiel quanto mais próximos estivermos deste contato. Durante o registro não pode haver contato entre os dentes. Materiais para registro: Cera 7 ou 9: sofre grande alteração em 48 h, devendo ser resfriada. Pode ser re-embasada com pastaZinquenólica/ Lisanda, melhorando a estabilidade dimensional. Silicona Tipo Pesada: material rígido que oferece resistência ao fechamento, prejudicial para precisão, baixa resistência a compressão, armazenamento requer um recipiente seco e selado – cerca de 7 dias sem distorcer. Resina Acrilica – Duraley: muito usada em registro de casquetes, é bem preciso, rígido e pode ser guardado dentro da água para não quebrar. ... outros materiais: Poliéter, Silicona para Registro, Godiva de Baixa Fusão. Requisitos dos materiais para registro: baixa resistência ao fechamento não ser tóxico possuir pouca alteração dimensional após a presa = nenhum tem precisão absoluta, apresentam alterações dimensionais, por isso, utilizá-los o quanto antes. Boa capacidade de reprodução Fácil manipulação Custo reduzido Oclusão Ideal: “Partindo-se da premissa de que a oclusão normal é o mais usual, observa-se que a oclusão individualizada não coincide com a oclusão ideal” = não existe oclusão ideal, é hipotética porque somos resultados de um fator genético e ambiental! Oclusão normal: Individuo com 28 dentes, corretamente ordenados no arco superior e inferior com harmonia e com as forças estáticas e dinâmicas tem estáveis, sã e esteticamente atrativa. A gengiva deve estar sadia, com cor rósea, sem sangramento e boa aderência, o osso alveolar integro, sem reabsorções e a ATM livre de dor, ruído ou outra disfunção. Chaves de oclusão propostas por Angle e Andrews: Chave I: Relação Molar ou chave de oclusão de Angle: Cúspide mésiovestibular o primeiro molar superior oclui no sulco mésio vestibular do primeiro molar inferior. Ainda pode se analisar nesta chave a relação pré-molares, caninos e linha média. Chave II: Angulação mesio-distal dos dentes: A linha que passa pela coroa e a raiz dental configura uma curva de convexidade anterior necessária à estabilização funcional de cada dente em particular e de todo o arco em conjunto. A inclinação mésio distal dos dentes corresponde á união dos pontos desta curva. Tal angulação é resultado da ação de forças oriundas da musculatura facial. Planos inclinados cuspídeos são determinantes no posicionamento mesiodistal do longo eixo dos dentes originando uma componente de mesialização, denominada por Angle de componente anterior de força. Obs.: A distribuição ideal dos dentes segue a proporção de um inferior para sustentação de dois superiores. Chave III: Inclinação vestíbulo-lingual/palatina dos dentes: Os dentes permanentes não se implantam perpendicularmente nos processos alveolares, e sim obedecem à direção dos raios de uma esfera. No arco superior, no sentido vestíbulo palatino notamos que a raíz dos incisivos centrais inclinam-se fortemente para palatino; diminui nos laterais e caninos, atingindo valores bem menores nos pré-molares e molares. No arco inferior a raíz dos incisivos centrais e laterais têm inclinação lingual, sendo que esta diminui acentuadamente ao nível dos caninos. O primeiro pré-molar se implanta verticalmente e a partir do segundo pré-molar o longo eixo radicular inclina-se vestibularmente aumentando à medida que se distaliza no arco. Chave IV: Áreas de contato inter-proximal rígidas: Em virtude da disposição em arco dos dentes, eles se contatam através das faces proximais. Com a movimentação fisiológica há formação de uma área de contato, sendo que a localização da área de contato é variável de acordo com o dente considerado. Incisivos: mais próximo à borda incisal Caninos, pré-molares e molares: esta área permanece no terço oclusal, porém, encontra-se deslocada no sentido ocluso cervical. Obs.: Um dente escora no outro evitando mesialização ou distalização dos dentes anulando forças. Chave V: Ausência de rotações dentais: A perfeita ordenação dos dentes (oclusão normal) só é possível se cada peça ocupar o seu devido lugar, sem giroversões, torções, ou outra alterações. Além disso, dentes rotacionados ocupam maior espaço no arco dental. Chave VI: Curva de Spee: A observação cuidadosa dos arcos dentais, quando vistos por vestibular, demonstra que as superfícies oclusais não se adaptam a uma área plana e sim ligeiramente curva (côncava ao nível dos dentes inferiores e convexa nos superiores). A curva de Spee corresponde à linha que une o ápice das cúspides vestibulares dos dentes superiores, tendo seu ponto mais baixo em correspondência com a cúspide mesio vestibular do primeiro molar permanente. Essa organização curvilínea do plano de contato oclusal das arcadas permite obter a estabilização dentária e mandibular, bem como a eficácia mastigatória. ... outras chaves de oclusão: poderíamos acrescentar outras 4 chaves para oclusão normal: Configuração dos arcos dentais Equilíbrio dos dentes Guias de oclusão dinâmica Harmonia facial