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MANDADO DE SEGURANÇA 3

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA – VARA CÍVEL DA COMARCA DE _________________-___.
________________________(Nome, prenome, estado civil, profissão, CPF ou CNPJ, e-mail, endereço - cf. art. 319, II do CPC/2015), por seu infra firmado, vem respeitosamente perante Vossa Excelência, impetrar:
MANDADO DE SEGURANÇA, de acordo com os dispositivos da Lei nº 12.016/2009, 
contra: Ato do SECRETÁRIO DA PREFEITURA MUNICIPAL DE ____________, (Nome, prenome, estado civil, profissão, CPF ou CNPJ, e-mail, endereço - cf. art. 319, II do CPC/2015), pelos fatos e fundamentos jurídicos que a seguir passa a expor:
Na data de __/__/____, o impetrante participou do concurso público de provas e títulos para o cargo de ____________, no qual obteve o 3º lugar dentre os demais concorrentes, conforme resultado em anexo.
O edital estipulava 06 (seis) vagas para o cargo de ____________, que foram preenchidas pelas seguintes pessoas: ____________, ____________(...)
Entretanto, 03 destes candidatos tiveram colocação inferior a do impetrante. Porém, mesmo assim, foram chamados pela digna autoridade coatora, desobedecendo, assim, a ordem de classificação do concurso.
Houve por parte do Digníssimo Secretário flagrante desrespeito ao estipulado pela Constituição Federal, e ao direito líquido e certo do impetrante, que assegura aos aprovados em concurso público o ingresso nos cargos, obedecida a ordem de classificação.
Vejamos como se manifesta a jurisprudência:
DIREITO ADMINISTRATIVO. RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA. CONCURSO PÚBLICO. APROVAÇÃO FORA DO NÚMERO DE VAGAS PREVISTO NO EDITAL. MERA EXPECTATIVA DE DIREITO. PRORROGAÇÃO DO PRAZO DE VALIDADE. ATO DISCRICIONÁRIO. RECURSO IMPROVIDO. 1. O candidato aprovado em concurso público fora do número de vagas previsto no edital tem mera expectativa de direito à nomeação. Com isso, compete à Administração, dentro do seu poder discricionário e atendendo aos seus interesses, nomear candidatos aprovados de acordo com a sua conveniência, respeitando-se, contudo, a ordem de classificação, a fim de evitar arbítrios e preterições. 2. A prorrogação do prazo de validade de concurso público é ato discricionário da Administração, sendo vedado ao Poder Judiciário o reexame dos critérios de conveniência e oportunidade adotados. 3. Recurso ordinário improvido. (Recurso em Mandado de Segurança nº 25501/RS (2007/0236342-3), 5ª Turma do STJ, Rel. Arnaldo Esteves Lima. j. 18.08.2009, unânime, DJe 14.09.2009). 
APELAÇÃO CÍVEL E REEXAME NECESSÁRIO - ADMINISTRATIVO - MANDADO DE SEGURANÇA - CONCURSO PÚBLICO - CANDIDATO APROVADO DENTRO DO NÚMERO DE VAGAS PREVISTO NO EDITAL - DIREITO COMPLETO À NOMEAÇÃO E POSSE - ATO OMISSIVO DA AUTORIDADE COATORA QUE SE REVELA ILEGAL - MANDADO DE SEGURANÇA JULGADO PROCEDENTE EM PRIMEIRO GRAU - SENTENÇA MANTIDA - RECURSO VOLUNTÁRIO IMPROVIDO - REEXAME NECESSÁRIO REALIZADO COM MANUTENÇÃO INTEGRAL DA SENTENÇA, EM PARTE COM O PARECER MINISTERIAL. 1. O candidato aprovado em concurso público fora do número de vagas previsto no edital tem mera expectativa de direito à nomeação. Com isso, compete à Administração, dentro do seu poder discricionário e atendendo aos seus interesses, nomear candidatos aprovados de acordo com a sua conveniência, respeitando-se, contudo, a ordem de classificação, a fim de evitar arbítrios e preterições, o que haverá ser feito dentro do prazo do edital ou da prorrogação dele. 2. Todavia, o candidato aprovado em concurso público, dentro do número de vagas previstas no edital, como na hipótese, não possui mera expectativa de direito, mas direito completo à nomeação e posse, de sorte que se revela antijurídico e ilegal o ato omissivo da autoridade coatora que se recusa a nomear e empossar o candidato aprovado em tais condições. 3. Irrelevante, para a hipótese, o fato de o concurso ter sofrido prorrogação do prazo de validade, na medida em que ao determinar a abertura de concurso público a administração pratica ato vinculado ao tornar pública a existência de cargos vagos e o interesse em provê-los. Portanto, até expirar o lapso de eficácia jurídica do certame, tem o poder-dever de convocar os candidatos aprovados no limite das vagas que veiculou no edital, respeitada a ordem classificatória. Farto precedente jurisprudencial do Superior Tribunal de Justiça. Segurança concedida. Recurso voluntário improvido. Reexame necessário realizado, com manutenção da sentença. Determinação de expedição de ordem imediata à autoridade coatora para nomeação e posse da impetrante. (Procurador de Justiça - Exmo. Sr. Dr. Olavo Monteiro Mascarenhas). (Apelação Cível - Lei Especial nº 2009.023564-8/0000-00, 4ª Turma Cível do TJMS, Rel. Dorival Renato Pavan. maioria, DJ 10.12.2009). 
MANDADO DE SEGURANÇA - CONCURSO PÚBLICO - CANDIDATO APROVADO E CLASSIFICADO - DIREITO À NOMEAÇÃO - PRAZO DE VALIDADE DO CONCURSO - PRAZO QUE SE CONTA A PARTIR DA HOMOLOGAÇÃO DO ATO. 1. O candidato aprovado e classificado no concurso público, dentro do número de vagas ofertados pela Administração Pública tem direito à nomeação, dentro do prazo de validade do concurso e de acordo com a ordem de classificação. 2. Segurança denegada. (Mandado de Segurança nº 20103003325-7 (94494), Tribunal Pleno do TJPA, Rel. Maria Helena D. Almeida Ferreira. j. 25.08.2010, DJe 10.02.2011). 
EMBARGOS INFRINGENTES EM APELAÇÃO CÍVEL - MANDADO DE SEGURANÇA - CONCURSO PÚBLICO - CANDIDATO APROVADO DENTRO DO NÚMERO DE VAGAS PREVISTO NO EDITAL - DIREITO COMPLETO À NOMEAÇÃO E POSSE - ATO OMISSIVO DA AUTORIDADE COATORA QUE SE REVELA ILEGAL - RECURSO PROVIDO. O candidato aprovado em concurso público fora do número de vagas previsto no edital tem mera expectativa de direito à nomeação. Com isso, compete à Administração, dentro do seu poder discricionário e atendendo aos seus interesses, nomear candidatos aprovados de acordo com a sua conveniência, respeitando-se, contudo, a ordem de classificação, a fim de evitar arbítrios e preterições, o que haverá de ser feito dentro do prazo do edital ou da prorrogação dele. Todavia, o candidato aprovado em concurso público, dentro do número de vagas previstas no edital, como na hipótese, não possui mera expectativa de direito, mas direito completo à nomeação e posse, de sorte que se revela antijurídico e ilegal o ato omissivo da autoridade coatora que se recusa a nomear e empossar o candidato aprovado em tais condições. Irrelevante, para a hipótese, o fato de o concurso ter sofrido prorrogação do prazo de validade, na medida em que ao determinar a abertura de concurso público a administração pratica ato vinculado ao tornar pública a existência de cargos vagos e o interesse em provê-los. Portanto, até expirar o lapso de eficácia jurídica do certame, tem o poder-dever de convocar os candidatos aprovados no limite das vagas que veiculou no edital, respeitada a ordem classificatória. Farto precedente jurisprudencial do Superior Tribunal de Justiça. Recurso conhecido e provido. (Embargos Infringentes em Apelação Cível - Lei Especial nº 2009.022754-8/0001-00, 2ª Seção Cível do TJMS, Rel. Dorival Renato Pavan. maioria, DJ 17.11.2010). 
APELAÇÃO CÍVEL. MANDADO DE SEGURANÇA. CONCURSO PÚBLICO . CANDIDATO APROVADO E CLASSIFICADO DENTRO DO NÚMERO DE VAGAS. DIREITO SUBJETIVO À NOMEAÇÃO. I - Os candidatos aprovados em concurso público dentro do número de vagas previstas no edital têm direito subjetivo à nomeação. II - A contratação temporária de servidores para as vagas para as quais existem candidatos aprovados e classificados em concurso ainda válido converte a mera expectativa de direito em direito líquido e certo. (Apelação Cível nº 25.313/2009 (90.611/2010), 1ª Câmara Cível do TJMA, Rel. Jorge Rachid Mubárack Maluf. j. 15.04.2010, unânime, DJe 28.04.2010). 
 (grifos nossos)
No mesmo sentido estabelece a Súmula nº 15 do Supremo Tribunal Federal:
"Dentro do prazo de validade do concurso, o candidato aprovado tem direito à nomeação, quando o cargo for preenchido sem observância da classificação."
Diante do exposto, requer:
a) sejaconcedido o presente Mandado de Segurança para o fim de suspender o ato impugnado de nomeação das pessoas acima indicadas que tiveram colocação inferior ao impetrante, e, consequentemente, determinar a inclusão do nome do mesmo na lista dos nomeados;
b) a notificação da autoridade coatora, de acordo com o art. 7º, inciso I da Lei 12.016/2009;
c) que se dê ciência do feito ao órgão de representação judicial da PREFEITURA MUNICIPAL, enviando-lhe cópia da inicial.
d) a intimação do representante do Ministério Público;
Dá-se a causa o valor de R$ ______.
Nestes Termos,
Pede deferimento.
____________, ___ de __________ de 20__.
____________
OAB/UF

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