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Modelo diário de campo (1)

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CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER
GABRIELA GEROLDO TREVIZAM, RU 1371864
PORTFÓLIO – DIÁRIO DE CAMPO
UTA – EDUCAÇÃO E TRABALHO
MÓDULO A – FASE I
PIRACICABA
2018
A INCLUSÃO NA REALIDADE DE UM COLÉGIO PARTICULAR
	Estamos ouvindo falar muito sobre inclusão e a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência) que foi sancionada em 06 de julho de 2015, busca assegurar e promover, em condições de igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais das pessoas com deficiência, visando à sua inclusão social e cidadania.
O que nos perguntamos é se essa Lei está sendo aplicada. No Cap. IV – DIREITO À EDUCAÇÃO, no Art. 27, a Lei diz que a educação constitui direito da pessoa com deficiência, assegurados sistema educacional inclusivo em todos os níveis e aprendizado ao longo de toda a vida, de forma a alcançar o máximo desenvolvimento possível de seus talentos e habilidades físicas, sensoriais, intelectuais e sociais, segundo suas características, interesses e necessidades de aprendizagem. Será que nas escolas existe a preocupação em cumprir a lei, promovendo a inclusão dos alunos com deficiência? O aluno com necessidades especiais tem atendimento diferencial? Fui a campo observar essas questões.
Estagiando no Colégio Portal do Engenho, um colégio privado no município de Piracicaba, situado no bairro da Vila Rezende, e estando em conversa com a coordenadora Camila, explicando sobre a realização do meu trabalho, e perguntando como o colégio trabalha com a inclusão, ela me relatou o caso de um aluno da educação infantil, do maternal, onde no início do ano passado, foi percebido que o aluno se comportava de modo diferente dos demais. Os pais não tinham relatado nada até então, e quando foram chamados para uma conversa, disseram que perceberam essa diferença em seu filho mas que não tinham investigado até o momento.
O colégio indicou um Neurologista. Enquanto não vinha o retorno do neurologista com o laudo, a professora tinha que acompanhar o aluno em todas as suas atividades de perto, ele não podia ficar sozinho, pois ele não permanecia sentado, e não tinha a oralidade desenvolvida, questão que preocupou bastante a equipe escolar uma vez que “A aprendizagem da linguagem é a condição mais importante para o desenvolvimento mental, porque, naturalmente, o conteúdo da experiência histórico-social, não está consolidado somente nas coisas materiais; está generalizado e reflete-se de forma verbal na linguagem’’ (Vygotsky, 1989, p.114). O fechamento do laudo demorou e foi apenas em meados do segundo semestre que o aluno foi diagnosticado.
Nesse tempo, enquanto o laudo não era fechado, a professora enfrentou muitos desafios ao ter que conduzir a turma junto com o aluno que necessitava de um acompanhamento individualizado. Para não prejudicar a turma nos aspectos de desenvolvimento pedagógico, a auxiliar de sala ficou praticamente só com o aluno.
Observei que o colégio possui rampas de acesso desde a entrada e em todas as salas de aulas, quadra, biblioteca. O colégio também possui banheiro adaptado para cadeira de rodas.
Fiquei feliz em constatar que neste colégio há um esforço conjunto para se promover a inclusão mas, sei também que nem todos os portadores de necessidades especiais têm este direito assegurado. Pude constatar através de relatos de pessoas que trabalham no colégio, no que diz respeito ao cumprimento da Lei de Inclusão que:
- O colégio busca cumprir a lei no que diz respeito ao Cap. IV – Do Direito à Educação. O Art. 27 no parágrafo único, que diz que é dever do estado, da família, da comunidade escolar e da sociedade assegurar educação de qualidade à pessoa com deficiência, colocando-a a salvo de toda forma de violência, negligência e discriminação, a meu ver está sendo cumprido.
_ No Art. 28, que diz que incumbe ao poder público assegurar, criar, desenvolver, implementar, incentivar, acompanhar e avaliar, estão sendo cumpridos os seguintes itens:
VIII – participação dos estudantes com deficiência e de suas famílias nas diversas instâncias de atuação da comunidade escolar;
X – adoção de práticas pedagógicas inclusivas pelos programas de formação inicial e continuada de professores e oferta de formação continuada para o atendimento educacional especializado;
XI – formação e disponibilização de professores para o atendimento educacional especializado, de tradutores e intérpretes da Libras, de guias intérpretes e de profissionais de apoio;
XV – acesso da pessoa com deficiência, em igualdade de condições, a jogos e a atividades recreativas, esportivas e de lazer, no sistema ecolar;
XVI – acessibilidade para todos os estudantes, trabalhadores da educação e demais integrantes da comunidade escolar às edificações, aos ambientes e às atividades concernentes a todas as modalidades, etapas e níveis de ensino;
XVII – oferta de profissionais de apoio escolar.
Com esse diário de campo, pude perceber que a observação e registro me enriqueceram como futura educadora. Segundo MANTOAN (2005, p. 24-26), “Na escola inclusiva professores e alunos aprendem uma lição que a vida dificilmente ensina: respeitar as diferenças, esse é o primeiro passo para construir uma sociedade mais justa’’. 
O laudo determinou que era um caso de Autismo. Diante disso, o colégio contratou uma auxiliar para acompanhar o aluno em todas as suas atividades.
A coordenação pedagógica montou uma coletânea de textos sobre o caso com propostas de atividades a serem realizadas. Semanalmente, a professora se reunia com a coordenadora para discutir sobre avanços e retrocessos do aluno, buscando contribuir com seu desenvolvimento.
O processo de avaliação do aluno é diferenciado dos demais, levando em consideração suas particularidades. Por exemplo, enquanto a professora espera que os outros alunos consigam contar de 01 a 20 sequencialmente, e estabeleçam relações entre os números e as quantidades, espera-se que o aluno em questão consiga se expressar de alguma maneira.
Referências Bibliográficas
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm (Acesso em:19/04/2018)
MANTOAN, Maria Tereza Égler; MARQUES, Carlos Alberto. A integração de pessoas com deficiência: contribuições para uma reflexão sobre o tema. São Paulo: Ed. SENAC, 1997.
VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. São Paulo: Ed. Martins Fontes, 1989.

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