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Cimento Portland Definição: pó fino com propriedades aglutinantes que endurece sob ação da água. 1818: Loui Vcat é considerado seu inventor 1824: Joseph Aspdin patenteia cimento portland O mais importante dos aglomerantes Origem do Nome Portland: A cor do cimento possuía semelhança com a cor da ilha de portland, ao sul da Inglaterra, por isso foi batizado de cimento portland. Fabricação no Brasil: 1939 – 05 fábricas 1953 – 15 fábricas 1992 – 56 fábricas 2008 – 58 fábricas 2013 – 84 fábricas 2017 – 100 fábricas https://cimento.org/cimento-no-brasil/ Etapas de produção do cimento: Extração da matéria prima (calcário e argila); Moagem da matéria prima; Mistura da matéria prima; Queima da matéria prima – clinquerização (1450°C); Resfriamento do clínquer; Moagem do clínquer + gesso*; Armazenamento em silo; Ensacamento e comercialização; *Regula o tempo de pega do cimento Composição do Cimento: Clínquer + adições Clínquer: calcário (75% a 80%) e argila (20% a 25%). Essência do cimento. Fabricação: queima a temperatura de clinquerização, brusco resfriamento e fina moagem. Adições: Matérias primas misturadas ao clínquer na fase de moagem (processo de produção). Consequência: obtenção de diversos tipos de cimento Portland. Razões da utilização das adições: Técnicas: propriedades específicas (durabilidade); Ecológicas: aproveitamento de resíduos poluidores e redução da emissão de CO2; Estratégicas: preservação de jazidas; Econômicas: baixo custo / diminuição do consumo de energia. Tipos de Adições: Materiais cimentícios - escória de alto forno: resistência a agentes químicos e ganho de durabilidade; Materiais pozolânicos – cinzas e sílica: maior impermeabilidade e ganho de durabilidade; Materiais não-reativo – fíler calcário: maior trabalhabilidade e retenção de água (contribuição limitada). Diminui a porosidade e permeabilidade. Componentes hidratáveis do cimento: C2S = silicato dicálcico. 14% a 35% (porcentagem desse componente em adição ao clínquer). Resistência após o primeiro mês. Superior resistência química. Baixo calor de hidratação. C3S = silicato tricálcico. 42% a 60%. Resistência no primeiro mês. Segunda maior liberação de calor de hidratação. Moderada resistência química. C3A = aluminato tricálcico. 6% a 13%. Resistência no primeiro dia. Produz a maior liberação de calor de hidratação. Fraca resistência química. C4AF = ferro aluminato tetracálcico. 5% a 10%. Pouco contribui para ganho de resistência. Baixo calor de hidratação. C3S e C3A = muito contribuem para liberação do calor de hidratação Principais Propriedades: Finura: Influencia a reação com a água; Mais fino: maior rapidez na reação; maior resistência à compressão; diminui a exsudação; aumenta a impermeabilidade, a trabalhabilidade e a coesão dos concretos; aumenta o calor de hidratação e a retração (fissuras). Expansibilidade: Em presença de teores elevados de cal libre (CaO) ou magnésio (MgO) – presentes no clínquer: aumento de volume (fissuração excessiva). É essencial que a pasta de cimento, após a pega, não sofra uma grande alteração de volume. Tempo de pega: Mudança do estado “fresco” para o “solidarizado”. Ocorre sempre acompanhada da elevação da temperatura. Pega: início – corresponde a uma rápida elevação da temperatura. Término: corresponde ao pico de temperatura. Calor de hidratação: Reações exotérmicas; causam fissuração Resistência à compressão: Ensaio a CP a 28 dias – cimento + areia. Curvas resistência x idade diferentes: composição e finura do cimento; Exsudação: Separação espontânea da água de mistura, que naturalmente aflora pelo efeito conjunto da diferença de densidades entre o cimento e a água e o grau de permeabilidade que prevalece na pasta – segregação dos constituintes das argamassas e concretos. Hidratação do cimento: Início pela superfície das partículas. É a área superficial da partícula de cimento que representa o material disponível para hidratação. A velocidade de hidratação depende da finura das partículas do cimento. Quanto mais fino, mais reativo é o cimento. Tipos de cimento: Os cimentos modernos possuem maiores teores de C3S e são mais finos. Consequência: maiores resistências aos 28 dias. Porém, os ganhos de resistência em maiores idades são menores. Não há como esperar a melhoria da resistência com a idade. Cimento Comum: CPI (cimento portland comum) e CPI - S (Cimento portland comum com adição) o Característica: basicamente constituído por clínquer e gesso. o Utilização: serviços de construção em geral que não necessitam de propriedades especiais do cimento. Cimento Composto: CPII-E (Cimento Portland Composto com Escória), CPII – Z (Cimento Portland Composto com Pozolana) e CPII – F (Cimento Portland Composto com Fíler). o Característica: possui aproximadamente 10% de adição. o Utilização: obras correntes de engenharia civil sob a forma de argamassa, concreto simples, armado e protendido, elemento s pré-moldados e artefatos de cimento. o CPII-32 é o cimento mais usual da construção civil Cimento de Alto-Forno: CPIII (Cimento Portland de Alto-Forno) o Característica: maior adição de escória de alto-forno (25% a 70%). o Aplicação: obras de concreto massa (barragens, peças de grandes dimensões, fundações de máquinas, pilares, obras em ambientes agressivos, pilares de pontes, pistas de aeroportos etc.) – baixo calor de hidratação. o CPIII é o cimento mais ecológico produzido no Brasil. Cimento Pozolânico: CPIV (Cimento Portland Pozolânico) o Característica: maior adição de materiais pozolânicos. Baixo calor de hidratação. o Aplicação: obras expostas à ação de água corrente e ambientes agressivos – menor permeabilidade. Ganho de resistência lento – exige cura por mais tempo. Porém, a resistência a longo prazo é alta. Cimento de Alta Resistência Inicial: CPV – ARI (Cimento Portland de Alta Resistência Inicial) o Características: dosagem diferenciada de calcário e argila na produção do clínquer e moagem mais fina. o Aplicação: blocos para alvenaria, blocos para pavimentação, tubos, meio-fio, postes, remoção rápida de fôrmas etc. Não deve ser utilizado em obras de concreto massa ou em elementos estruturais cm sessão de grande porte. Cimento Branco: CP – B (cimento Portland Branco, estrutural ou não) o Característica: composto basicamente de clínquer (caulim – sem o ferro contido na argila) e gesso. Transmite menos calor para o interior da edificação. Elevado custo. o Aplicação: Estrutural – concretos brancos para fins arquitetônicos. Não- estrutural – rejuntamento de azulejos e em aplicações não estruturais. Cimento Resistente à Sulfato: São designados pela sigla original de seu tipo acrescida de RS o Aplicação: Ambientes submetidos ao ataque de meios agressivos, como estações de tratamento de água e esgotos, obras em regiões litorâneas, subterrâneas e marítimas. Cimento Baixo calor de Hidratação: CP BC – cimento portland de baixo calor de hidratação o Características: baixo calor de hidratação, determinado pela sua composição. Retarda o desprendimento de calor. o Aplicação: peças de grandes massas de concreto evitando o aparecimento de fissuras de origem térmica, devido ao calor desenvolvido durante a hidratação do cimento. Nomenclatura: CP XX YY RR 1 - Cimento Portland 2 - Tipo de Cimento 3 – Tipo de Adição 4 – Classe de resistência à compressão aos 28 dias (Mpa) Classes de cimento: define a resistência mecânica aos 28 dias de idade: Resistência à compressão aos 28 dias Código de identificação da classe25 MPa 25 32 MPa 32 40 MPa 40 Normalização: Cimento Portland Comum (CPI, CPI – S) – NBR 5732; Cimento Portland Composto (CPII – E, CPII – Z, CPII – F) – NBR 11578 Cimento Portland Alto-Forno (CPIII) – NBR 5735 Cimento Portland Pozolânico (CP IV) – NBR 5736 Cimento Portland de Alta Resistência Inicial (CPV – ARI) – NBR 5733 Embalagem: Saco de papel kraft cm 25kg e 50kg ou a granel (silo). Principais Aplicações: Argamassas; Concretos; Blocos; Pré-Moldados; Artefatos. Impactos Ambientais causados pelos aglomerantes: Poluição do ar (produção e transporte); Degradação de jazidas (não-renováveis); Geração de resíduos.
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