Buscar

Teorias Sobre o Amor

Prévia do material em texto

16
 Teorias Sobre o Amor 
no Campo da 
Psicologia Social
Theories About Love In The Field 
Of Social Psychology
Teorías Sobre El Amor En El Campo 
De La Psicología Social
Ar
tig
o
Priscilla de Oliveira 
Martins-Silva, Zeidi 
Araujo Trindade & 
Annor da Silva Junior
 
Universidade Federal 
do Espírito Santo
16
PSICOLOGIA: CIÊNCIA E PROFISSÃO, 2013, 33 (1), 16-31
17
Pretende-se, neste ensaio teórico, realizar 
uma revisão da literatura científica sobre o 
amor em relacionamentos românticos no 
campo da Psicologia e no da Psicologia social. 
Para isso, serão destacadas e analisadas as 
principais teorias observadas na literatura. Os 
primeiros estudos sobre o amor na Psicologia 
datam da primeira década do século XX 
(Rubin, 1988; Sternberg, 1997; Hendrick 
& Hendrick, 1986). De acordo com Rubin 
(1988) e De Andrade (2011), desde esse 
período até os dias de hoje, muitas pesquisas 
foram realizadas com o objetivo de discutir o 
fenômeno. Para isso, foram propostas teorias 
sobre o amor (Freud, 1996/1922; Reik, 1944; 
Maslow, 1962; Rubin, 1970; Clark & Mills, 
Resumo: Este é um ensaio teórico sobre o fenômeno amor em relacionamentos românticos no campo 
da Psicologia e no da Psicologia social. São apresentadas as primeiras teorias sobre o amor na Psicologia, 
e, posteriormente, são abordadas em maior profundidade três teorias da Psicologia social: os estilos de 
amor de John Alan Lee, a teoria de apego, de Phillip Shaver, Cindy Hazan e Donna Bradshaw, e a teoria 
triangular do amor, de Robert J. Sternberg. São apresentados os aspectos teóricos, empíricos e metodológi-
cos de cada teoria, e sua análise permitiu observar que o amor é um fenômeno complexo e detectar a 
presença de divergências teóricas e metodológicas. A complexidade é observada na diversidade teórica e 
nos resultados de pesquisas encontrados. Teoricamente, foi registrada divergência na forma como o amor 
é concebido; metodologicamente, houve o predomínio de abordagens quantitativas, com a presença de 
diferentes escalas. Identifica-se que algumas questões precisam ser mais bem investigadas, assim como os 
instrumentos de medidas adotados. Nota-se, assim, que essa área de estudo ainda está em processo de 
evolução e que a realização de mais pesquisas pode contribuir para o desenvolvimento do campo. Ao final, 
sugere-se o estudo da interação da cultura via crenças e valores na vivência do amor e maior utilização de 
abordagens qualitativas.
Palavras-chave: Amor. Relações interpessoais. Psicologia social. Estados emocionais.
Abstract: The present study is a theoretical essay about the phenomenon of love in romantic relation-
ships in the field of psychology and social psychology. The first theories on love in psychology are presented. 
After, three theories of social psychology are discussed in greater depth: love styles, by John Alan Lee, the 
adult attachment theory, by Phillip Shaver, Cindy Hazan and Donna Bradshaw, and the triangular theory of 
love, by Robert J. Sternberg. The contributions of each theory on theoretical, empirical and methodological 
issues are presented. Two aspects were observed: that love is a complex phenomenon and the presence 
of theoretical and methodological differences among the three theories. The complexity is observed in 
theoretical approach diversity and in research results. Theoretically, there is disagreement on how love 
is conceived. Methodologically, there is a predominance of quantitative research with different scales. It 
is observed that further investigation on the theme is needed, as well as on the scales adopted. Therefore, 
the love field of study is still in process of evolution, so further research may contribute to this field. It is 
suggested that it is important to study the interaction of culture, values and beliefs in the experience of 
love and to use more qualitative approaches in the research about love.
Keywords: Love. Interpersonal relationships. Social psychology. Emotional States.
Resumen: Este es un ensayo teórico sobre el fenómeno amor en relaciones románticas en el campo de la 
Psicología y en el de la Psicología social. Son presentadas las primeras teorías sobre el amor en la Psicología, 
y, posteriormente, son abordadas en mayor profundidad tres teorías de la Psicología social: los estilos de 
amor de John Alan Lee, la teoría de apego, de Phillip Shaver, Cindy Hazan y Donna Bradshaw, y la teoría 
triangular del amor, de Robert J. Sternberg. Son presentados los aspectos teóricos, empíricos y metodológi-
cos de cada teoría, y su análisis permitió observar que el amor es un fenómeno complejo y detectar la 
presencia de divergencias teóricas y metodológicas. La complejidad es observada en la diversidad teórica 
y en los resultados encontrados de investigaciones. Teóricamente, se registraron divergencias en la forma 
de como el amor es concebido; metodológicamente, hubo el predominio de abordajes cuantitativos, con 
la presencia de diferentes escalas. Se identificó que algunas cuestiones necesitan ser mejor investigadas, así 
como los instrumentos de medidas adoptados. Se nota, así, que esa área de estudio aún está en proceso 
de evolución y que la realización de más investigaciones puede contribuir para el desarrollo del campo. Al 
final, se sugiere el estudio de la interacción de la cultura vía creencias y valores en la vivencia del amor y 
una mayor utilización de abordajes cualitativos.
Palabras claves: Amor. Relaciones interpersonales. Psicología social. Estados emocionales.
 
Teorias Sobre o Amor no Campo da Psicologia Social
Priscilla de Oliveira Martins-Silva, Zeidi Araujo Trindade & Annor da Silva Junior
PSICOLOGIA: 
CIÊNCIA E PROFISSÃO, 
2013, 33 (1), 16-31
18
1979; Walster & Walster, 1978; Lee, 1988; 
Shaver, Hazan, & Bradshaw, 1988; Sternberg, 
1988), levantados os benefícios e os prejuízos 
que uma relação amorosa pode trazer para os 
indivíduos (Dessen & Braz, 2005) e avaliados 
os fatores que interferem e comprometem 
os relacionamentos amorosos (Sprecher & 
Metts, 1999; Dessen & Braz, 2005). Mais 
recentemente, o foco de atenção tem 
permanecido no entendimento dos fatores 
de satisfação e insatisfação do relacionamento 
conjugal e dos fatores de ajustamento e 
desajustamento das relações (Wachelke, 
De Andrade, Cruz, Faggiani, & Natividade, 
2004; De Andrade, 2011; Andrade, Garcia, 
& Cano, 2009), especialmente aqueles que 
se referem à manutenção e à dissolução 
conjugal (Dessen & Braz, 2005).
As pesquisas sobre o amor já consolidadas 
nos Estados Unidos (Graham & Christiansen, 
2009) ainda são consideradas incipientes no 
Brasil, porém, encontram-se em processo 
de evolução a partir da primeira década 
do século XXI (Andrade & Walcheke, 
2011). Nessa evolução, destaca-se que o 
amor tem sido objeto de estudo articulado 
com outros temas, como, por exemplo, 
a satisfação conjugal (Wachelke et al., 
2004; Andrade, Garcia, & Cano, 2009), os 
relacionamentos amorosos via internet (Dela 
Coleta, Dela Coleta, & Guimarães, 2008), 
as habilidades sociais em relacionamentos 
românticos (Villa, Del Prette, & Del Prette, 
2007) e a compreensão do amor como 
uma representação social (Martins-Silva, 
2009; Andrade & Wachelke, 2011), entre 
outros. Além disso, o amor também tem sido 
estudado por meio de teorias específicas 
existentes, como o desenvolvimento da 
versão brasileira da Escala de Componentes 
do Amor (Hernadez, 1999; Cassepp-Borges, 
& Teodoro, 2007; Gouveia, Fonseca, 
Cavalcanti, Diniz, & Dória, 2009).
Mesmo diante do maior interesse de 
pesquisadores sobre o tema, constata-se que 
o amor como campo teórico de conhecimento 
na Psicologia e na Psicologia social ainda 
apresenta lacunas e inconsistências teóricas 
e metodológicas (Berscheid, 2006) que 
justificam a realização deste ensaio teórico. 
Proposta semelhante foi realizada por Reis 
(1992) aoapresentar as principais teorias, 
contudo, o presente artigo se distingue daquele 
por extrapolar a discussão ao apresentar os 
avanços teóricos e metodológicos realizados 
nestes mais de vinte anos.
Para a revisão de literatura, estruturou-se o 
texto em três partes além da introdução: (a) 
na segunda, apresentam-se, de forma sucinta, 
as teorias que deram origem à discussão sobre 
o amor em Psicologia, mais especificamente, 
no campo clínico da Psicologia (Sternberg, 
1997), (b) na terceira parte, apresentam-se 
mais detalhadamente as teorias de maior 
repercussão (Graham, & Christiansen, 2009) 
no campo da Psicologia social, e, (c) na 
quarta, são apresentadas as considerações 
finais.
As primeiras teorias sobre o 
amor no campo clínico da 
Psicologia
Com base em Sternberg (1997), pode-se 
afirmar que três são as primeiras teorias 
sobre o amor no campo da Psicologia. Todas 
nasceram do campo clínico da área, sendo 
duas da corrente psicanalista e uma da corrente 
humanista. Trata-se, respectivamente, das 
teorias de Sigmund Freud, de Theodor Reik 
e de Abraham H. Maslow.
Para Freud (1996/1922), o amor em relação 
a um objeto externo ocorre apenas após a 
construção do ideal de ego do indivíduo. 
Sendo assim, Freud, ao elaborar a teoria sobre 
o desenvolvimento psicossexual, propõe que 
a escolha de um objeto de amor externo só 
é possível quando o indivíduo teve primeiro 
Teorias Sobre o Amor no Campo da Psicologia Social
Priscilla de Oliveira Martins-Silva, Zeidi Araujo Trindade & Annor da Silva Junior
PSICOLOGIA: 
CIÊNCIA E PROFISSÃO, 
2013, 33 (1), 16-31
19
toda a sua energia libidinal direcionada para 
si mesmo. Diante dessa proposição, Freud 
(1996/1914) elabora que o narcisismo é um 
aspecto importante para a construção de 
relações amorosas. O objeto de amor externo 
é, então, escolhido a partir daquilo que é 
observado como algo que falta ao indivíduo.
Outra teoria que procurou explicar o amor 
foi proposta por Reik (1944). Esse autor, 
também psicanalista, propõe uma teoria 
diferente da teoria psicanalista tradicional. 
Enquanto para Freud o amor está baseado 
na energia libidinal, ou seja, o amor e o 
desejo são um função do outro, para Reik, 
o amor e o desejo possuem diferentes forças 
motivadoras. Mais especificamente, o autor 
argumenta que o amor, diferentemente do 
desejo, que é um interesse apaixonado por 
um outro corpo, é um interesse apaixonado 
por outra personalidade. 
A terceira teoria, pertencente à corrente 
humanista, foi proposta por Maslow (1962), 
e também contribuiu nessa fase inicial com 
proposições teóricas sobre o amor. O autor 
argumenta que existem dois tipos de amor; 
são eles: D-love (deficiency love/ amor 
deficiente) e B-love (being love/ amor)1. O 
primeiro tipo (D-love) teria as propriedades 
do amor proposto por Freud, ou seja, o 
sentimento de amor em relação à outra 
pessoa surge com o objetivo de sanar as 
próprias deficiências; já o outro tipo (B-love) 
ocorre entre pessoas auto-realizadoras, que 
podem amar outras pessoas pelo que elas 
de fato são. 
Essas três proposições foram contribuições 
importantes para o estudo do amor e serviram, 
pelo menos em parte, de fundamento para 
que outras proposições teóricas sobre o 
tema pudessem se materializar, sobretudo 
no campo da Psicologia social. 
Os estudos sobre o amor no 
campo da Psicologia social
Este tópico do artigo está estruturado em 
quatro subtópicos: no primeiro, apresentam-
se as considerações iniciais acerca do 
desenvolvimento das teorias do amor na 
Psicologia social; no segundo, terceiro e 
quarto tópicos, abordam-se, respectivamente, 
a teoria dos estilos de amor, a teoria de 
apego (adulto), a teoria triangular do amor, 
bem como as considerações analíticas e as 
aplicações empíricas de cada uma dessas 
teorias.
Considerações iniciais
A primeira proposta teórica que abordou o 
amor romântico dentro da Psicologia social 
procurou fazer a distinção entre amar e gostar 
(Rubin, 1970). Nessa perspectiva, Rubin 
sustenta que o amor é uma atitude em relação 
a uma pessoa em particular que envolve 
uma predisposição para pensar, sentir e se 
comportar de certa forma em relação a essa 
pessoa. A partir da proposta de Rubin, outras 
propostas teóricas surgiram com o objetivo de 
definir o amor. 
Walster e Walster (1978) definiram o amor 
em dois tipos: amor-companheiro e amor-
apaixonado. Essa teoria propõe que o amor 
possui dois estágios: o primeiro seria uma 
atração apaixonada que depois se transformaria 
em amor companheiro, caso o relacionamento 
sobrevivesse ao estágio inicial da paixão. Outra 
teoria surgida no mesmo período foi a proposta 
de Clark e Mills (1979). Esses autores estudaram 
a atração interpessoal em relacionamentos 
de troca e em relacionamentos românticos, 
e, de acordo com os resultados encontrados, 
propuseram que os relacionamentos de troca 
estão baseados em questões econômicas; já 
os relacionamentos em que existe amor estão 
baseados em motivos altruístas.
1 Tradução nossa. 
Optou-se por 
manter o termo 
original em inglês.
Teorias Sobre o Amor no Campo da Psicologia Social
Priscilla de Oliveira Martins-Silva, Zeidi Araujo Trindade & Annor da Silva Junior
PSICOLOGIA: 
CIÊNCIA E PROFISSÃO, 
2013, 33 (1), 16-31
20
Essas primeiras propostas teóricas, com 
exceção da proposta de Rubin, contribuíram 
no sentido de abordar o amor como um 
fenômeno complexo e multidimensional 
(Neto, 2007). Contudo, de acordo com 
Hendrick e Hendrick (1986), esses esforços 
eram muito mais teóricos do que empíricos. 
Uma proposta teórica que rompeu esse 
padrão foi a de John Alan Lee, a qual foi 
denominada estilos de amor.
Os estilos de amor
A teoria dos estilos de amor foi proposta 
inicialmente em 1970, e está baseada na 
concepção de que o amor é aprendido e 
que os estilos de amor refletem a diversidade 
humana nas maneiras de amar (Neto, 2007). 
Para definir os estilos de amor existentes 
nos relacionamentos humanos, Lee utilizou 
vários métodos. Primeiro, foi feito um 
levantamento do que seria amor em livros 
de romance, em filmes e em livros do campo 
de conhecimento da Filosofia e da Psicologia. 
Depois, foi feita uma categorização dos 
dados levantados, chegando-se aos estilos 
propostos. Para verificação da aplicabilidade 
desses estilos, foram realizadas entrevistas 
com pessoas heterossexuais e homossexuais, 
as quais confirmaram os tipos propostos (Lee, 
1988). 
Devido à complexidade do tema e à 
impossibilidade de afirmar quantos estilos 
de relacionamento existem, Lee parte 
da possibilidade de avaliar os tipos de 
relacionamento a partir de seus componentes 
primários, e usou a metáfora da roda de 
cores para explicar a sua teoria. Assim 
como as cores possuem cores primárias 
que, misturadas a outras cores primárias, 
formam cores diferentes, existem estilos de 
amor denominados primários que, ao serem 
misturados a outros estilos de amor, também 
primários, podem originar estilos de amor 
secundários. Os três estilos primários de amor 
que caracterizam as pessoas são:
l Eros. Neste estilo, as pessoas sabem 
descrever de forma clara que tipo físico é o 
mais atrativo em sua concepção, e sentem 
grande excitação ao observar pessoas que 
se parecem com o tipo físico de seu gosto. 
Demonstram querer conhecer o amado de 
forma rápida e intensa e procuram expressar 
seu prazer em estar com o outro de forma 
verbal e tátil. 
l Ludus. Caracteriza-se pela diversão e pela 
falta de compromisso com um único parceiro. 
Está associado a pessoas que não querem 
comprometimento com o amor. Pessoas de 
estilo ludus acham que vários tipos físicos são 
atraentes e não veem contradição em amar 
vários parceiros igualmente ao mesmo tempo. 
l Storge. Neste estilo, o amor, para as 
pessoas, é uma amizade especial. Paraelas, 
é importante conhecer o parceiro como um 
amigo, antes de qualquer interação sexual. 
Não se verifica uma preferência por um tipo 
físico, uma vez que a questão emocional está 
em primeiro plano. 
Lee indica que, a partir dos três estilos de 
amor descritos, várias outras formas de amor 
com características diferentes podem ser 
derivadas. Contudo, o autor apresenta apenas 
seis tipos, chamados de estilos secundários. 
A seguir, estão caracterizados sucintamente 
os seis estilos.
l Eros + ludus = mania. É caracterizado 
por ser irracional, obsessivo e dependente. As 
pessoas têm a necessidade de estar amando, 
mas têm medo de que o amor seja difícil 
e doloroso. Apresentam comportamentos 
exagerados para demonstrar o seu amor ou 
para demonstrar ciúmes. 
Teorias Sobre o Amor no Campo da Psicologia Social
Priscilla de Oliveira Martins-Silva, Zeidi Araujo Trindade & Annor da Silva Junior
PSICOLOGIA: 
CIÊNCIA E PROFISSÃO, 
2013, 33 (1), 16-31
21
l Ludus + storge = pragma. As pessoas 
que possuem este estilo de amor são realistas 
e práticas, por isso estão em busca de um 
parceiro compatível, ou seja, que se adapte 
as suas expectativas. É mais provável que 
escolha um parceiro que tenha os mesmos 
interesses, a mesma classe social e a mesma 
religião, entre outros aspectos.
l Eros + storge = ágape. Caracterizado 
pelo amor fraternal, pela gentileza e pelo 
altruísmo. É o amor baseado na concepção 
do dever com o outro. Nesse sentido, é um 
amor baseado na disposição para se dedicar 
ao próximo e na ausência de cobranças em 
termos de reciprocidade. 
l Storge + eros = predomínio storge. 
As pessoas que se enquadram neste tipo 
enfatizam mais os sentimentos de carinho e 
cuidado do que a intimidade sexual. Além 
disso, acreditam que o amor é um dever para 
aqueles que precisam, e que é essencial para 
uma vida completa. 
l Ludus + eros = predomínio ludus. Este 
estilo é concebido como uma experiência 
interessante e divertida. Essas pessoas 
são caracterizadas pela facilidade em 
conhecer outras pessoas e pelo interesse 
em experimentar os diferentes tipos de 
relacionamentos, sem apresentar, contudo, 
grandes emoções em seus relacionamentos. 
l Storge + ludus = predomínio storge. O 
foco do relacionamento está em um convívio 
prazeroso, no qual as emoções são expressas 
de forma discreta. Para essas pessoas, o 
convívio ocorre quando é conveniente 
para ambas as partes, não havendo grandes 
alterações da rotina cotidiana em função do 
parceiro.
De acordo com Lee, as pessoas podem 
variar de um estilo para o outro segundo 
suas experiências da vida. O autor afirma, 
entretanto, que é importante avaliar 
qual o estilo preferencial do indivíduo 
em determinado momento, seja para 
autoconhecimento, seja para reconhecer o 
estilo de amor do parceiro, seja para procurar 
um parceiro com um estilo de amor mais 
adequado ao seu. Lee, em seu trabalho, 
procurou conhecer as diferentes maneiras 
de amar, mas deixou brechas para que a sua 
teoria fosse aprimorada, expandida e testada 
empiricamente.
Considerações analíticas e 
aplicações empíricas
A partir da teoria sobre os estilos de amor 
(Lee, 1988), diferentes autores procuraram 
testá-la por meio de escalas de atitude 
que conseguissem mensurar os seis estilos 
propostos (Lasswell & Lasswell, 1976; 
Hendrick & Hendrick, 1986). Dessa forma, 
com a proposta de testar a teoria, psicólogos 
sociais utilizaram o conceito de atitude para 
a identificação dos estilos propostos por Lee. 
A escala que obteve maior confiabilidade, 
consistência interna adequada e uma 
distribuição fatorial consistente com os seis 
estilos de amor foi a produzida por Hendrick 
e Hendrick, denominada LAS (Love Attitudes 
Scale). A medida no conjunto possuiu um total 
de 42 itens distribuídos igualmente entre os 
seis estilos de amor. A LAS foi utilizada de 
diversas formas com o objetivo de fornecer 
maior compreensão sobre a teoria dos estilos 
de amor e sobre o comportamento humano 
e o amor. Os achados das pesquisas indicam 
que os estilos de amor são decorrência da 
socialização, e não de fator genético (Waller & 
Shaver, 1994), por isso, as questões de gênero 
(Hendrick & Hendrick, 1986; Davies, 2001) 
e as diferenças culturais entre as diferentes 
sociedades (Neto, 2007), assim como as 
experiências amorosas anteriores e a situação 
em que se encontra o relacionamento 
amoroso (Hendrick & Hendrick, 1986), 
interferem na atitude relativa ao amor. 
Os achados 
das pesquisas 
indicam que os 
estilos de amor 
são decorrência 
da socialização, 
e não de fator 
genético (Waller 
& Shaver, 1994).
Teorias Sobre o Amor no Campo da Psicologia Social
Priscilla de Oliveira Martins-Silva, Zeidi Araujo Trindade & Annor da Silva Junior
PSICOLOGIA: 
CIÊNCIA E PROFISSÃO, 
2013, 33 (1), 16-31
22
De acordo com esses achados, para 
os homens, os estilos mais desejáveis 
socialmente são eros e ludus, enquanto, para 
as mulheres, é o estilo ágape. É interessante 
notar que, para ambos (homens e mulheres), 
observou-se correlação negativa para o estilo 
mania (Davies, 2001). Em outra pesquisa 
que avaliou os tipos mais observados entre 
homens e mulheres, verificou-se que os 
homens assumem mais significativamente o 
estilo ludus, e as mulheres, os estilos storge, 
pragma e mania (Hendrick & Hendrick, 
1986). As diferenças de gênero podem ser 
explicadas pelo tipo de socialização feminina 
e masculina (Davies, 2001; Hendrick & 
Hendrick, 1986).
Sobre as diferenças culturais, as explicações 
são baseadas nas diferenças culturais em 
termos de individualismo e coletivismo (Neto, 
2007). Neto, ao estudar alunos universitários 
portugueses, britânicos e indianos, identificou 
que os indianos revelaram escores mais 
elevados para pragma, mania e ágape do 
que os britânicos e os portugueses. Contudo, 
alguns achados não são consistentes nas 
diferentes pesquisas. Hendrick e Hendrick 
(1986), por exemplo, demonstraram que 
alunos universitários orientais (que possuem 
culturas coletivistas) possuem baixos escores 
para eros, enquanto Neto não observa 
essa diferença entre alunos universitários 
de cultura coletivista e individualista; a 
conclusão que Neto apresenta é que, 
em todo o mundo moderno, as pessoas 
experimentam o amor apaixonado de forma 
semelhante. 
Diferenças nos estilos de amor também 
foram identificadas em relação à experiência 
amorosa anterior. Os indivíduos que 
relataram nunca ter amado tiveram escores 
baixos para eros e ágape, enquanto indivíduos 
que se apaixonaram mais de duas vezes 
tiveram escores elevados nesses dois estilos. 
Também foi observada diferença significativa 
para o estilo ludus. Os indivíduos que se 
apaixonaram mais de três vezes tiveram 
escore alto para ludus, e os indivíduos que se 
apaixonaram apenas uma vez tiveram escore 
baixo para ludus (Hendrick & Hendrick, 
1986).
Em um estudo brasileiro (Andrade & Garcia, 
2009) em que foi aplicada a escala proposta 
por Hendrick e Hendrick a 509 homens 
e mulheres recrutados em um site de 
relacionamentos, foi identificado que as 
pessoas que se declararam apaixonadas 
possuíam escores significativamente mais altos 
nas dimensões eros, ágape, ludus e mania, 
confirmando os achados de Hendrick e 
Hendrick, que indicam que a situação em que 
as pessoas se encontram no relacionamento 
amoroso interfere na maneira como o amor 
é avaliado. O coeficiente de confiabilidade 
alfa de Cronbach da versão brasileira das 
subescalas (por tipo de amor) variou de 
0,55 a 0,81. Os resultados da análise fatorial 
exploratória demonstraram consistência 
na estrutura com seis dimensões da escala, 
contudo, dos 42 itens iniciais, cinco foram 
excluídos após o procedimento fatorial, por 
não atingirem carga fatorial maior que 0,3 no 
respectivo fator. 
Embora diferentesautores tenham contribuído 
para o teste empírico da teoria, observa-se 
que, em um estudo com o objetivo de realizar 
uma meta-análise (Graham & Christiansen, 
2009) sobre a confiança das medidas da 
escala proposta por Hendrick & Hendrick, 
a consistência interna do instrumento nos 
itens eros, storge e mania era inferior a 0,7 
se considerado o intervalo de confiança de 
0,95. Além disso, os resultados demonstraram 
que nenhum modelo de regressão surgiu 
como estatisticamente significativo. Também 
foi observado que diferentes subescalas 
eram mais significativas de acordo com 
determinadas características dos participantes. 
A subescala eros, por exemplo, parece 
produzir resultados mais significativos com 
participantes casados do que com solteiros 
(Graham & Christiansen, 2009). 
Teorias Sobre o Amor no Campo da Psicologia Social
Priscilla de Oliveira Martins-Silva, Zeidi Araujo Trindade & Annor da Silva Junior
PSICOLOGIA: 
CIÊNCIA E PROFISSÃO, 
2013, 33 (1), 16-31
23
Esses achados revelam que o amor é um 
fenômeno complexo e que mais estudos 
precisam ser feitos para a sua compreensão. 
É possível que os instrumentos de medida 
propostos precisem ser revistos e ampliados 
no sentido de conseguir mensurar o que de 
fato têm por objetivo mensurar.
A teoria do apego adulto
A teoria do apego foi construída na década 
de 70 e no início dos anos 80, por J. Bowlby, 
em uma série de três volumes intitulada 
Attachament and Loss. A teoria tem como 
objetivo descrever e explicar, dentro de uma 
visão funcionalista e etológica, como bebês 
se tornam emocionalmente apegados à figura 
cuidadora e como sentem grande desconforto 
quando separados dessa figura (Shaver, 
Hazan, & Bradshaw, 1988).
Essa teoria se baseia na proposição de 
que a evolução da espécie humana 
equipou o ser humano com vários sistemas 
de comportamentos que aumentam a 
possibilidade de sobrevivência e o sucesso 
reprodutivo. De acordo com Bowlby (2002), 
o sistema de apego é fundamental para 
o funcionamento dos outros sistemas, 
como o sistema exploratório, o sistema de 
acasalamento e o sistema de cuidado. O 
sistema de apego tem a função de possibilitar 
a proximidade entre o cuidador e o bebê, 
para que o cuidador, então, proteja o 
bebê de predadores e de outras ameaças 
à sobrevivência, e é composto por vários 
comportamentos, dentre os quais se podem 
citar: chorar, rir, pegar, andar e olhar, entre 
outros.
Shaver, Hazan e Bradshaw, com interesse 
em pesquisar sobre o amor e verificando 
que as pesquisas nesse campo possuíam 
um arcabouço teórico próprio limitado e 
ainda incipiente, propuseram a utilização da 
teoria de apego, de J. Bowlby, em estudos 
que envolvessem adultos. De acordo com 
os autores, o próprio Bowlby acredita que 
seja profícua a extensão de sua teoria para a 
compreensão do amor adulto, afirmando que 
o comportamento de apego é característico do 
ser humano em toda a sua existência. 
Os estudos que relacionam a teoria do apego 
ao amor adulto partem do pressuposto que 
os modelos internos de funcionamento 
aprendidos na infância tendem a manter-se e a 
ser reforçados na interação com os outros. Isso 
acontece porque os indivíduos são propensos 
a se colocar em situações que reforçam os 
seus modelos precoces de funcionamento. As 
propostas mais representativas para a teoria de 
apego no adulto utilizam os três padrões de 
apego delineado por Mary Ainswoth: apego 
seguro, apego ansioso/ambivalente e apego 
evitativo (Shaver, Hazan, & Bradshaw, 1988).
Considerações analíticas e 
aplicações empíricas
Com o objetivo de demonstrar que os 
comportamentos relacionados ao amor têm 
correspondência com os padrões de apego, 
Shaver, Hazan e Bradshaw (1988) aplicaram 
questionário no qual as pessoas deviam 
marcar as frases que mais se adequavam ao 
mais importante relacionamento amoroso 
que tiveram. A pesquisa foi aplicada aos 
leitores de um importante jornal de Denver 
(EUA) e replicada em uma população de 
universitários. De acordo com os resultados, a 
proporção de padrões de apego permaneceu 
estável nos dois estudos: 50% classificaram-se 
como pertencentes ao padrão seguro, 25%, ao 
padrão evitativo e 25%, ao padrão ansioso. Os 
dados não demonstraram diferenças de acordo 
com o sexo. Esses resultados, conforme os 
autores, não são diferentes dos encontrados por 
Mary Ainsworth em seus estudos com crianças. 
Essa pesquisa também verificou que a forma 
como a pessoa descreve seu relacionamento 
Teorias Sobre o Amor no Campo da Psicologia Social
Priscilla de Oliveira Martins-Silva, Zeidi Araujo Trindade & Annor da Silva Junior
PSICOLOGIA: 
CIÊNCIA E PROFISSÃO, 
2013, 33 (1), 16-31
24
está de acordo com o padrão de apego 
em que esse relacionamento se enquadra. 
As pessoas com padrão de apego seguro 
descrevem seus relacionamentos como 
felizes, amigáveis e confiáveis e enfatizam a 
capacidade de aceitar e de apoiar o parceiro 
apesar das suas falhas. Esses relacionamentos 
tendem a ser mais duradouros; em média, 
duram 10,02 anos. As pessoas com padrão 
evitativo apresentaram medo de intimidade, 
altos e baixos emocionais e ciúmes. O 
tempo de duração do relacionamento desses 
indivíduos foi, em média, de 5,97 anos. Já 
as pessoas com o padrão de apego ansioso 
indicaram experiências que envolvem 
obsessão, desejo de reciprocidade e união, 
altos e baixos emocionais, grande atração 
sexual e ciúmes. O tempo de duração dos 
relacionamentos dessas pessoas foi de 4,86 
anos, em média. É importante considerar 
que, entre os três grupos, a média de idade 
era a mesma (36 anos).
Outra pesquisa verificou a relação entre o 
padrão de apego do adulto e as reações 
ao término de uma relação afetiva (Davis, 
Shaver, & Vernon, 2003). Para isso, foi 
elaborado um questionário que utilizou 
a escala Close Relationships Mesures, de 
Brennan et al. (1988), que foi diponibilizado 
na internet. Os resultados demonstraram 
que o padrão de apego seguro estava 
associado a estratégias de enfrentamento 
sociais, ou seja, busca de amigos e família 
para suporte. Já o padrão de apego ansioso 
estava relacionado a grande preocupação de 
perda do parceiro, grande sofrimento físico e 
psíquico, tentativas exageradas de restauração 
do relacionamento, motivação sexual 
relacionada ao parceiro, comportamento 
irritadiço e vingativo, estratégias de 
enfrentamento disfuncionais e resolução 
desordenada. O padrão de apego evitativo 
apareceu fortemente associado à evitação 
e à estratégia de enfrentamento focada em 
si mesmo. Esse padrão também apareceu 
associado negativamente a sofrimento e a 
reações de busca de proximidade após o 
término do relacionamento.
Verifica-se, então, que os autores que 
propõem a teoria do apego buscam 
caracterizar os padrões de apego e relacioná-
los ao comportamento na relação amorosa. 
Essa teoria inovou a forma de conceber o 
amor, uma vez que utilizou como suporte 
teórico a Psicologia evolutiva, que pode ser 
considerada um marco teórico importante 
tanto para a Psicologia do desenvolvimento 
quanto para a Psicologia social (Shaver & 
Mikulincer, 2006). Essa nova possibilidade 
de compreender o amor proporcionou 
uma ampliação na compreensão dos fatores 
que podem interferir na construção de um 
relacionamento amoroso; contudo, pesquisas 
ainda precisam ser feitas para entender 
como e porquê os sistemas de apego se 
desenvolvem da forma como o fazem (Shaver 
& Mikulincer, 2006).
Uma questão que merece análise sobre 
a teoria do apego (adulto) é a proposição 
que a forma como se dá a relação entre o 
cuidador e a criança direciona como essa 
criança vai estabelecer laços amorosos em 
seu futuro. Essa proposição retira a ênfase 
no fato de que o indivíduo também faz parte 
de vários contextos sociais, além da família, 
que também, de alguma forma, influenciamo indivíduo. Estudos sobre resiliência, 
realizados por Werner e Smith (1982) e 
descritos por Yunes (2003), revelaram que 
algumas crianças que viveram em ambientes 
considerados de risco (pobreza, estresse 
perinatal, cuidados parentais deficientes – 
pais alcoólatras ou com distúrbios mentais) 
não desenvolveram problemas relacionados 
à aprendizagem, ao comportamento ou 
aos aspectos afetivo-emocionais, ou seja, 
tornaram-se “adultos competentes capazes 
de amar, trabalhar, brincar/divertir-se e ter 
expectativas” (Yunes, 2003, p. 79). Esses 
achados indicam que outros fatores, além da 
família, também contribuem para a maneira 
Teorias Sobre o Amor no Campo da Psicologia Social
Priscilla de Oliveira Martins-Silva, Zeidi Araujo Trindade & Annor da Silva Junior
PSICOLOGIA: 
CIÊNCIA E PROFISSÃO, 
2013, 33 (1), 16-31
25
como o indivíduo vai lidar com as relações 
afetivas em sua vida. 
Os estudos sobre resiliência indicam que 
o ser humano pode manifestar resultados 
desenvolvimentais esperados (afetivo, 
comportamental e cognitivo) apesar dos 
riscos presentes no ambiente, que podem 
comprometer esse processo. Além disso, 
esses estudos também demonstram que, 
mesmo com a presença de riscos no 
ambiente, o nível de certas competências 
é mantido e que o ser humano possui a 
capacidade de recuperar-se das adversidades 
que experiencia ao longo da sua trajetória 
de vida (Silva, Elsen, & Lacharité, 2003). Os 
resultados encontrados permitem verificar 
que os modelos afetivos aprendidos na 
vivência familiar são de grande importância 
para o indivíduo, mas isso não significa 
que esses modelos sejam inteiramente 
reproduzidos. 
Essa teoria, embora tenha buscado entender 
o comportamento humano de maneira 
abrangente, utilizando em seu corpo teórico 
conceitos de etologia e de aprendizagem 
como os de adaptação e flexibilidade, limita 
as possibilidades humanas de mudança. 
Vários autores questionam a generalização 
dos padrões de interação primários para 
as relações futuras, durante o ciclo vital 
(Dalbem & Dell’Aglio, 2005).
Quanto à consistência da teoria do apego 
(Bowlby, 2002), outros questionamentos 
também podem ser feitos. Beslky (1999), 
de acordo com Dalbem e Dell’Aglio (2005), 
por exemplo, questiona sobre o que leva 
algumas crianças a desenvolverem um apego 
seguro com seus cuidadores, enquanto 
outras crianças estabelecem um padrão de 
apego inseguro, e questiona, ainda, por que 
algumas crianças desenvolvem apego seguro 
mesmo que os cuidadores não estejam tão 
próximos.
Esses são questionamentos que apontam as 
lacunas e as limitações da teoria do apego. 
Dessa forma, embora as pesquisas nessa 
perspectiva tenham mostrado relevância 
científica, mais pesquisas devem ser realizadas 
para que essas perguntas sejam respondidas.
A teoria triangular do amor
Para Sternberg (1988; 1997), elaborador da 
teoria triangular do amor, esse sentimento 
é composto por três elementos básicos: 
comprometimento/decisão, intimidade e 
paixão. De acordo com Beach e Tesser (1988), 
os três elementos propostos por Sternberg 
estão presentes em várias discussões sobre 
o tema.
O primeiro elemento é o comprometimento/
decisão, que é entendido sob dois aspectos: 
um de curto prazo e outro de longo prazo. 
O aspecto de curto prazo refere-se à decisão 
sobre a existência de amor na relação, ou 
seja, se um dos pares ama o outro, e o 
aspecto de longo prazo está relacionado 
ao comprometimento em manter o amor 
(Sternberg, 1988). 
O segundo aspecto é a intimidade, que, 
para Sternberg ( 1988; 1997), se refere à 
proximidade e aos laços emocionais no 
relacionamento a dois. Em um estudo 
sobre a intimidade (Thelen, Wal, Thomas, 
& Harmon, 2000), foi verificado que essa 
questão representa um fator importante da 
vida humana, por isso, a dificuldade em 
estabelecer intimidade com outros pode 
trazer consequências negativas para a vida do 
indivíduo. Inclusive, é interessante ressaltar 
que problemas relacionados à intimidade 
estão entre as razões mais comuns que levam 
os casais a procurarem a psicoterapia (Thelen 
et al., 2000).
O terceiro aspecto descrito por Sternberg 
(1988; 1997) é a paixão, que, para o autor, 
Teorias Sobre o Amor no Campo da Psicologia Social
Priscilla de Oliveira Martins-Silva, Zeidi Araujo Trindade & Annor da Silva Junior
PSICOLOGIA: 
CIÊNCIA E PROFISSÃO, 
2013, 33 (1), 16-31
26
significa atração física e consumação sexual. Acrescenta ele, entretanto, que, apesar de a atração 
física e a consumação sexual serem os componentes principais, em alguns relacionamentos, 
outros aspectos podem contribuir para a paixão, como a autoestima, a afiliação, a dominância 
e a submissão, entre outros.
A partir da delimitação dos três elementos fundamentais para a existência do amor, Sternberg 
(1988) argumenta que é possível fazer a combinação desses elementos e obter diferentes tipos 
de amor. Para melhor compreensão, o autor correlaciona a sua teoria à figura geométrica do 
triângulo. Dessa forma, os três elementos formam os três vértices do triângulo, e, combinados, 
formam os sete tipos de amor propostos, apresentados por meio da Figura 1, a seguir. É a partir 
dessa referência que o autor denominou a teoria de teoria triangular do amor.
Paixão + 
Comprometimento + 
Intimidade
(amor consumado)
Intimidade 
(gostar)
Intimidade + Paixão 
(amor romântico)
Intimidade + Comprometimento 
(amor romântico)
Paixão
(amor paixão)
Comprometimento
(amor vazio)
Paixão + Comprometimento
(amor inconsequente)
 
Figura 01. Os tipos de amor de acordo com a combinação dos três elementos do amor
Fonte: Sternberg (1988, p. 122)
A seguir, far-se-á sucintamente a descrição de cada um dos tipos de amor propostos:
l Gostar (elemento intimidade isolado). Tipo de amor presente nos relacionamentos de amizade. 
A pessoa pode se sentir próxima de outra e querer bem, mas sem a presença de intensa paixão 
ou de um comprometimento de longo tempo. 
l Paixão (elemento paixão isolado). Esse tipo de amor é caracterizado pela grande excitação 
mental e física. O indivíduo tende a idealizar o seu objeto de amor e a ter certa obsessão por ele. 
l Amor vazio (elemento comprometimento isolado). Tipo de amor geralmente presente em 
Teorias Sobre o Amor no Campo da Psicologia Social
Priscilla de Oliveira Martins-Silva, Zeidi Araujo Trindade & Annor da Silva Junior
PSICOLOGIA: 
CIÊNCIA E PROFISSÃO, 
2013, 33 (1), 16-31
27
relacionamentos de longo tempo, em que já 
estiveram presentes a paixão e a intimidade, 
mas em que, por diversas razões, esses 
elementos se dissiparam. 
l Amor romântico (intimidade associada 
à paixão). As pessoas envolvidas com base 
no amor romântico sentem-se atraídas 
pelo outro emocional e fisicamente. Com o 
tempo, podem perceber que a permanência 
do relacionamento é improvável ou ainda 
achar que o comprometimento é algo com 
que devem lidar apenas em um momento 
futuro.
l Amor companheiro (intimidade associada 
a comprometimento). Esse tipo de amor está 
presente em relacionamentos de amizade 
de longo prazo, e é mais característico de 
casamentos em que a atração física, maior 
fonte da paixão, já declinou.
l Amor inconsequente (paixão associada 
a comprometimento). Tipo de amor 
característico de relacionamentos baseados 
em amor à primeira vista. O comprometimento 
no relacionamento desse tipo está embasado 
na paixão, por isso, quando a paixão se 
desvanece, qualquer problema pode fazer 
com que o relacionamento acabe.
l Amor consumado (composto pelos três 
elementos básicos). Esse tipo de amor, na 
visão do autor, é aquele que a maioria das 
pessoas procura, pois ele consegue compor 
todos os elementos importantes para o 
relacionamento afetivo/amoroso. 
Além dos tipos de amor descritos, Sternberg 
(1988) salientaque cada indivíduo possui o 
seu triângulo amoroso em um relacionamento 
conjugal. Para elucidar a sua proposta, ele 
utiliza os conceitos da geometria e revela 
que é possível a existência de triângulos 
equiláteros, nos quais todos os elementos 
estão em equilíbrio, e de triângulos não 
equiláteros, nos quais há predominância de 
um ângulo sobre os demais. É importante 
ressaltar que o triângulo de cada indivíduo se 
modifica com o tempo, pois, segundo o autor, 
cada um dos três elementos possui tempo de 
evolução diferente. Pressupondo que cada 
indivíduo possua o seu triângulo amoroso, o 
autor indica que, para que um relacionamento 
seja bem sucedido, os triângulos amorosos 
dos indivíduos na dupla amorosa devem ser 
similares e evoluir ou modificar-se ao longo 
do tempo também de forma similar.
O objetivo de Sternberg, ao propor a sua 
teoria, é poder diagnosticar os relacionamentos 
e tratá-los de forma terapêutica. De acordo 
com a teoria, as divergências conjugais 
podem ser resultado de formato de triângulos 
divergentes.
Considerações analíticas e 
aplicações empíricas
No sentido de contribuir para a validação de 
sua teoria, Sternberg (1997) formulou uma 
escala para mensurar os três fatores propostos. 
Os resultados encontrados, de acordo com 
o autor, são encorajadores, uma vez que a 
escala mostrou possuir validade interna (todos 
os coeficientes alfa de Cronbach para cada 
subescala foram superiores a 0,90) e externa 
(correlação de 0,76 para as três subescalas).
No Brasil, três estudos foram feitos com 
o objetivo de avaliar as propriedades 
psicométricas da Escala Triangular do Amor 
de Sternberg (ETAS) e de adaptá-la à língua 
portuguesa (Hernandez, 1999; Cassepp-
Borges & Teodoro, 2007; Golveia et al., 
2009). Os três estudos indicam que a escala 
proposta por Sternberg tem problemas em 
relação à análise fatorial, pois há itens que não 
são saturados nos fatores esperados. Sendo 
assim, os três estudos propõem uma versão 
Teorias Sobre o Amor no Campo da Psicologia Social
Priscilla de Oliveira Martins-Silva, Zeidi Araujo Trindade & Annor da Silva Junior
PSICOLOGIA: 
CIÊNCIA E PROFISSÃO, 
2013, 33 (1), 16-31
28
reduzida da escala, na qual as propriedades 
psicométricas sejam mais adequadas. 
Uma discussão detalhada sobre os problemas 
encontrados na escala proposta por Sternberg 
é feita por Acker e Davis (1992). Segundo 
os autores, quando se observa uma elevada 
saturação de itens em fatores não esperados, 
é difícil defender a concepção de que existem 
fatores independentes, ou seja, que existem 
diferentes constructos que expliquem o 
amor. Nesse sentido, é bem mais provável 
que exista apenas um fator a ser explicado 
pela escala. 
Os resultados encontrados até o momento 
indicam que a teoria ainda está em 
construção, e, por isso, mais estudos precisam 
ser feitos no sentido de entender melhor 
a relação desses três componentes com a 
experiência do amor. Um estudo interessante 
nesse sentido é realizado por Yela (1996), no 
qual se verifica que é possível dividir o fator 
paixão em dois outros fatores: paixão erótica 
e paixão romântica. Todavia, a escala com 
três fatores (Sternberg, 1997) demonstra ser 
mais plausível do ponto de vista psicométrico 
(Cassepp-Borges & Teodoro, 2007).
Em um estudo de meta-análise (Graham 
& Christiansen, 2009), é verificado que 
a escala utilizada para avaliar as atitudes 
em relação aos três componentes do amor 
possui consistência interna adequada, 
com coeficiente de confiabilidade alfa de 
Cronbach de 0,9; contudo, observa-se 
certa interferência das características dos 
participantes em duas subescalas. A escala 
paixão apresentou maior significância 
estatística para pessoas brancas do que para 
pessoas não brancas, e a escala compromisso 
foi negativamente associada ao tempo 
de relacionamento. Além disso, os dados 
da meta-análise são consistentes com os 
resultados das pesquisas anteriores que 
indicam que a ETAS é uma medida para 
avaliar o amor romântico como um único 
fator (Graham & Christiansen, 2009). 
Os dados encontrados até o momento sobre 
a teoria triangular do amor demonstram 
que, embora os três componentes do amor 
propostos estejam presentes em vários 
estudos, o instrumento proposto para 
analisar os três fatores da teoria triangular 
do amor não tem se mostrado consistente 
com a proposição dos três fatores. Diante 
dessa realidade, é de grande relevância que 
o instrumento e a teoria possam ser revistos 
e ampliados com o objetivo de conseguir 
explicar melhor o fenômeno do amor. 
Considerações finais
Ao abordar a temática do amor neste ensaio 
teórico, alguns aspectos merecem destaque e 
considerações. Diante de distintas formas de 
conceber o amor, verificam-se divergências 
teóricas e metodológicas, o que indica 
pelo menos um ponto de consenso: a 
complexidade em abordar o fenômeno desses 
dois pontos de vista.
A complexidade é observada tanto na 
diversidade teórica quanto nos resultados 
encontrados. Teoricamente, verifica-se que 
duas teorias (teoria dos estilos de amor e 
teoria triangular do amor) entendem o amor 
como uma atitude, e que a terceira teoria 
concebe o amor como reflexo dos modelos 
internos de funcionamento aprendidos na 
infância. Sobre as duas primeiras teorias, 
verificam-se questões relacionadas aos 
instrumentos utilizados que merecem maiores 
estudos, questões essas referentes tanto a 
questões psicométricas (teoria dos estilos de 
amor e teoria triangular do amor) quanto à 
validade do constructo (teoria triangular do 
amor). Sobre a terceira teoria, verificam-se 
questionamentos relacionados à própria 
proposta teórica abordada que também 
precisam ser esclarecidos.
Teorias Sobre o Amor no Campo da Psicologia Social
Priscilla de Oliveira Martins-Silva, Zeidi Araujo Trindade & Annor da Silva Junior
PSICOLOGIA: 
CIÊNCIA E PROFISSÃO, 
2013, 33 (1), 16-31
29
Os resultados encontrados até o momento 
apresentam achados que contribuem para 
melhor compreensão do fenômeno amor, 
inclusive, é importante ressaltar que a 
tentativa de criar teorias que abarquem e 
sistematizem a complexidade do amor é 
válida e merece reverência; todavia, ainda 
existem muitas lacunas a serem preenchidas. 
Com o intuito de contribuir para a ampliação 
dos estudos sobre o amor, sugerem-se 
dois caminhos, além dos já mencionados 
anteriormente: compreender melhor a 
interação da cultura via crenças e valores 
na vivência do amor e maior utilização de 
abordagens qualitativas nas pesquisas.
Os dados demonstrados pela meta-análise 
realizada por Graham e Christiansen, com 
os dados da pesquisa de Neto (2007) e de 
Waller e Shaver (1994), indicam que as 
formas humanas de amar são influenciadas 
pelo processo de socialização, e revelam 
a importância de considerar a cultura e as 
crenças na proposta de compreensão do 
amor. Vários autores já têm demonstrado a 
importância da cultura no estudo do amor, 
já que este pode tomar diferentes formas 
de acordo com o contexto cultural e social 
(Beach & Tesser, 1988; Sprecher & Metts, 
1999; Andrade & Wachelke, 2011). Nesse 
sentido, acredita-se que o estudo das crenças 
e dos valores específicos de cada cultura e 
sociedade possam contribuir para ampliar a 
compreensão do fenômeno.
Outro aspecto que pode contribuir para o 
aprofundamento do tema é a integração 
de metodologias qualitativas nos estudos 
sobre o amor. Observa-se maior número de 
pesquisas quantitativas do que qualitativas 
relacionadas às propostas teóricas discutidas. 
As metodologias qualitativas têm como 
principais características positivas justamente o 
fato de serem utilizadas em objetos complexos 
(Flick, 2004) e de fundamentarem-se em uma 
estratégia baseada em dados coletados em 
interações sociais ou interpessoais, analisadas 
a partir dos significadosdos sujeitos e/ou do 
pesquisador (Chizotti, 1998).
Espera-se que este ensaio teórico sirva de 
fundamento para a realização de novas 
pesquisas sobre o tema, principalmente na 
realização de estudos teóricos e empíricos que 
possam contribuir para melhor compreensão 
do fenômeno. Afinal, o tema é instigante, 
e mesmo os poetas, em suas abstrações, 
apresentam dificuldades em decifrá-lo. 
Teorias Sobre o Amor no Campo da Psicologia Social
Priscilla de Oliveira Martins-Silva, Zeidi Araujo Trindade & Annor da Silva Junior
PSICOLOGIA: 
CIÊNCIA E PROFISSÃO, 
2013, 33 (1), 16-31
30
Cassepp-Borges, V., & Teodoro, M. (2007). Propriedades 
psicométricas da versão brasileira da Escala Triangular do Amor 
de Sternberg. Psicologia: Reflexão e Crítica, 20(3), 513-522.
Clark, M. S., & Mills, J. (1979). Interpersonal attraction in exchange 
and communal relationships. Journal of Personality and Social 
Psychology, 37, 12-24.
Chizzotti, A. (1998). Pesquisa em ciências humanas e sociais. 
São Paulo: Cortez.
Dalbem, J. X., & Dell’Aglio, D. D. (2005). Teoria do apego: 
bases conceituais e desenvolvimento dos modelos internos 
de funcionamento. Arquivos Brasileiros de Psicologia, 57(1-
2), 3-27. 
Davies, M. F. (2001). Socially desirable responding and impression 
management in the endorsement of love styles. The Journal of 
Social Psychology, 135(5), 562-570.
Davis, D., Shaver, R., & Vernon, M. L. (2003). Physical, emotional, 
and behavioral reactions to breaking up: The roles of gender, 
age, emotional involvement, and attachment style. Personality 
and Social Psychology Bulletin, 29(7), 871-884.
De Andrade, A. (2011). Relacionamentos românticos: modelos 
de qualidade e satisfação em relacionamentos de casal. Tese 
de doutorado. Programa de Pós-Graduação em Psicologia, 
Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória , ES.
Dela Coleta, A. S. M., Dela Coleta, M. F., & Guimaraes, J. L. 
(2008). O amor pode ser virtual? O relacionamento amoroso 
pela internet. Psicologia em Estudo, 13(2), 277-285.
Dessen, M. A., & Braz, M. P. (2005). As relações maritais e 
sua influência nas relações parentais: implicações para o 
desenvolvimento da criança. In M. A. Dessen & A. L. Costa 
Junior (Orgs.). A ciência do desenvolvimento humano: tendências 
atuais e perspectivas futuras (pp. 132-151). Porto Alegre: Artmed.
Acker, M., & Davis, M. H. (1992). Intimacy, passion and 
commitment in adult romantic relationships: A test of the 
triangular theory of love. Journal of Social and Personal 
Relationships, 9, 21-50.
Andrade, A. L. D., Garcia, A., & Cano, D. S. (2009). Preditores da 
satisfação global em relacionamentos românticos. Psicologia: 
Teoria e Prática, 11(3), 143-156.
Andrade, A. L. D., & Wachelke, J. (2011). The association of 
structural configurations of romantic relationships with beliefs 
about couple relationships: A social representations study. 
Anales de Psicología, 27, 834-842.
Andrade, A. L. D., & Garcia, A. (2009). Atitudes e crenças 
sobre o amor: versão brasileira da Escala de Estilos de Amor. 
Interpersona, 3(1), 89-102.
Beach, S. R. H., & Tesser, A. (1988). Love in marriage: A 
cognitive account. In R. J. Sternberg & M. L. Barnes (Eds.). The 
Psychology of Love (pp. 330-358). New York: Yale University.
Belsky, J. (1999). Interactional and contextual determinants of 
attachment security. In J. Cassidy & P. Shaver (Eds.). Handbook 
of attachment: Theory, research and clinical applications (pp. 
249-264). London: The Guildford Press. 
Berscheid, E. (2006). Searching for the meaning of “love”. In R. 
J. Sternberg & K. Weis (Eds.). The new psychology of love (pp. 
171-183). New Haven: Yale.
Brennan, K. A., Clark, C. L., & Shaver, P. R. (1998). Self-report 
measurement of adult attachment: An integrative overview. 
In J. A. Simpson & W. S. Rholes (Eds.), Attachment theory and 
close relationships (pp. 46-76). New York: Guilford. 
Bowlby, J. (2002). Apego: a natureza do vínculo (3a. ed.). São 
Paulo: Martins Fontes.
Referências
Priscilla de Oliveira Martins-Silva
Doutora em Psicologia pela Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória – ES – Brasil.
E-mail: priscillamartinssilva@gmail.com
Zeidi Araujo Trindade
Doutora em Psicologia pela Universidade de São Paulo e professora titular da Universidade Federal do Espírito 
Santo, Vitória – ES – Brasil.
E-mail: zeid@aol.com.br
Annor da Silva Junior
Doutor em Administração pela Universidade Federal de Minas Gerais e professor adjunto da Universidade 
Federal do Espírito Santo, Vitória – ES – Brasil.
E-mail: annorsj@fucape.br
Endereço para envio de correspondência:
Avenida Fernando Ferrari, 514, Goiabeiras. CEP: 29075-910. Vitória, ES.
Recebido 20/07/2011, 1ª Reformulação 15/03/2012, Aprovado 13/04/2012.
Teorias Sobre o Amor no Campo da Psicologia Social
Priscilla de Oliveira Martins-Silva, Zeidi Araujo Trindade & Annor da Silva Junior
PSICOLOGIA: 
CIÊNCIA E PROFISSÃO, 
2013, 33 (1), 16-31
31
Flick, U. (2004). Posturas teóricas. In U. Flick. Uma introdução à 
pesquisa qualitativa. Porto Alegre: Bookman.
 Freud, S. (1996). Alguns mecanismos neuróticos no ciúme, na 
paranóia e no homossexualismo. In Edição standard brasileira 
das obras completas de Sigmund Freud (V. XVIII, pp. 271-281). 
Rio de Janeiro: Imago (Trabalho original publicado em 1922).
Freud, S. (1996). Sobre o narcisismo: uma introdução. In Edição 
standard brasileira das obras completas de Sigmund Freud (V. 
XIV, pp. 75-109). Rio de Janeiro: Imago (Trabalho original 
publicado em 1914).
Graham, J. M., & Christiansen, K. (2009). The reliability of 
romantic love: A reliability generalization meta-analysis. 
Personal Relationships, 16, 49-66.
Gouveia, V. V., Fonseca, P. N., Cavalcanti, J. P. N., Diniz, P. K. C., 
& Dória, L. C. (2009). Versão abreviada da Escala Triangular do 
Amor: evidências de validade fatorial e consistência interna. 
Estudos de Psicologia, 14(1), 31-39.
Hendrick, C., & Hendrick, S. (1986). A theory and method 
of love. Journal of Personality and Social Psychology, 50(2), 
392-402.
Hernandez, J. A. E. (1999). Validação da estrutura da 
Escala Triangular do Amor: análise fatorial confirmatória. 
Aletheia, 9, 15-26.
Lasswell, T. E., & Lasswell, M. E. (1976). I love you but I am not in 
love with you. Journal of Marriage and the Family, 38, 211-224.
Lee, J. A. (1988). Love-styles. In R. J. Sternberg & M. L. Barnes 
(Eds.). The psychology of love (pp. 38-67). New York: Yale 
University.
Martins-Silva, P. O. (2009). Vivendo casamentos, separações e 
recasamentos: um estudo sobre o campo representacional 
da conjugalidade. Tese de doutorado. Programa de Pós-
Graduação em Psicologia, Universidade Federal do Espírito 
Santo, Vitória , ES.
Maslow, A. H. (1962). Toward a psychology of being. Princeton, 
NJ: Van Nostrand.
Neto, F. (2007). Love styles: A cross-cultural study of British, 
Indian, and Portuguese college students. Journal of Comparative 
Family Studies, 38(2), 239-254.
Reik, T. (1944). A psychologist looks at love. New York: Farrar 
& Rinehart.
Reis, B. F. (1992). O amor à luz da psicologia científica. Psicologia: 
Reflexão & Crítica, 5, 23-40.
Rubin, Z. (1970). Measurement of romantic love. Journal of 
Personality and Social Psychology, 16(2), 265-73.
Rubin, Z. (1988). Preface. In R. J. Sternberg & M. L. Barnes (Eds.). 
The psychology of love (pp. VII - XII). New York: Yale University.
Shaver, P. R., & Mikulincer, M. (2006). A behavioral system 
approach to romantic love relationships: Attachment, 
caregiving, and sex. In R. J. Sternberg & K. Weis (Eds.). The new 
psychology of love (pp. 35-64). New Haven: Yale.
Shaver, P., Hazan, C., & Bradshaw, D. (1988). Love as 
attachament: The integration of three behavioral systems. In 
R. J. Sternberg & M. L. Barnes (Eds.). The psychology of love 
(pp. 264-292). New York: Yale University.Silva, M. R. S., Elsen, I., & Lacharité, C. (2003). Resiliência: 
concepções, fatores associados e problemas relativos à 
construção do conhecimento na área. Paidéia, 13(26), 147-
156.
Sprecher, S., & Metts, S. (1999). Romantic beliefs: Their influence 
on relationships and patterns of change overtime. Journal of 
Social and Personal Relationships, 16(6), 834-851.
Sternberg, R. J. (1997). Construct validation of a triangular love 
scale. European Journal of Social Psychology, 27, 313-335.
Sternberg, R. J. (1988). Triangulating love. In R. J. Sternberg & 
M. L. Barnes (Eds.). The psychology of love (pp.119-138). New 
York: Yale University.
Thelen, M. K., Wal, J. S. V., Thomas, A. M., & Harmon, R. (2000). 
Fear of intimacy among dating couples. Behavior Modification, 
24(2), 223-240.
Villa, M. B., Del Prette, Z. A. P., & Del Prette, A. (2007). 
Habilidades sociais conjugais e filiação religiosa: um estudo 
descritivo. Psicologia em Estudo, 12(1), 23-32.
Wachelke, J. F. R., De Andrade, A. L., Cruz, R. M., Faggiani, 
R. B., & Natividade, J. C. (2004). Medida da satisfação em 
relacionamento de casal. Psico-USF, 9(1), 11-18.
Waller, N. G., & Shaver, P. R. (1994). The importance of 
nongenetic influences on romantic love styles: A twin-family 
study. Psychological Science, 5(5), 268-274.
Walster, E., & Walster, G. W. (1978). A new look at love. Reading, 
MA: Addison-Wesley.
Yela, C. (1996). Componentes básicos del amor: algunas 
matizaciones al modelo de Sternberg. Revista de Psicologia 
Social, 11(2), 185-201.
Yunes, M. A. M. (2003). Psicologia positiva e resiliência: o foco 
no indivíduo e na família. Psicologia em Estudo, 8(Esp.), 75-84.
Teorias Sobre o Amor no Campo da Psicologia Social
Priscilla de Oliveira Martins-Silva, Zeidi Araujo Trindade & Annor da Silva Junior
PSICOLOGIA: 
CIÊNCIA E PROFISSÃO, 
2013, 33 (1), 16-31

Continue navegando

Outros materiais