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A Fonoaudiologia e o Deficiente Auditivo Por: Patricia de Almeida Escobar Fonoaudióloga com formação na Metodologia Verbotonal – ARPEF Introdução: O termo deficiente auditivo é bastante abrangente, sendo aplicado para pessoas que perderam a audição tardiamente, como a presbiacusia (perda auditiva causada pela idade), crianças que por quadro de otites crônicas tiveram sua audição prejudicada a nível de orelha externa e / ou média, pessoas que sofreram acidentes com traumas locais ou acústicos, pessoas que vão perdendo a audição ao longo da vida por trabalharem em locais ruidosos, sem a devida proteção auricular (PAIR perda auditiva induzida por ruído) e entre outros. A audição e seu significado social: A audição é o sentido preferencial para a aquisição da linguagem. Muito antes do nascimento, o bebê já pode perceber os batimentos cardíacos e a voz da mãe, o que é muito prazeroso para ele. Após o nascimento, o poder ouvir dá uma sensação de segurança à criança. Outra fase importantíssima para o desenvolvimento da linguagem é o balbucio, quando a criança emite sons puramente por ser gostoso emití-los, e a mãe intuitivamente associa aquele som a algum significado, como: “m ama”, passa a ser “mamãe ou mamadeira”, a mãe devolve os sons para o bebê com um significado e ele com o tempo e a repetição acaba por interiorizar aquele significado, passando mais tarde a usá-lo para satisfazer seus desejos. O bebê com a perda auditiva também passar pela fase do balbucio, porém, como não tem o prazer de ouvir seus próprios sons, ou os que são devolvidos pela mae, acaba se calando e interrompendo o desenvolvimento da linguagem. A importância do Fonoaudiólogo: O Fonoaudiólogo tem dois papéis muito importantes. O primeiro é orientar a família e o segundo é trabalhar com a criança. A família precisará... De apoio e esclarecimento de como estimular o resíduo auditivo e o desenvolvimento global da sua criança, que deverá ser da maneira mais natural possível, porém, seguindo algumas “estratégias facilitadoras” A Criança precisará... De uma família bem preparada para ajuda-la, da estimulação do resíduo auditivo visando a retomada do balbucio, do prazer de ouvir e de emitir seus sons, mais tarde de tirar destes sons significados e assim dar continuidade ao seu desenvolvimento. O Fonoaudiólogo e o Surdo Tradicionalmente a atuação fonoaudiológica com o surdo tem sido subsidiada pela perspectiva oralista, apoiada na normalização da oralidade e centrada em práticas distantes dos usos sociais da linguagem (RANGEL; STUMPF, 2004). Em decorrência, grande parte dos surdos não é beneficiada pelo oralismo, uma vez que não se apropriam efetivamente da modalidade oral de linguagem, nem do português escrito, cujo ensino é baseado em estratégias orais. Segundo Giordani, 2004 apesar da perspectiva oralista ter se constituído, ao longo do século XX, como um discurso hegemônico, sob a justificativa de que era um meio eficaz para a integração social e escolar do surdo, os resultados relativos à apropriação dessa modalidade de linguagem, por parte de indivíduos com surdez profunda, não corresponderam às expectativas de seus proponentes. Tipos de avaliação para diagnóstico precoce: - Emissoes Oto Acústicas (EOA): São sons de pequeno nível de pressão produzidos pelo ouvido interno como parte de processo normal de audição e que podem ser medidos com um aparato adequado colocado no canal auditivo. Tambem conhecido como teste da orelhinha. Investiga a cóclea (orelha interna onde estão situadas as células auditivas). Deve ser feito com todos os bebês, de risco ou não, antes da alta da maternidade. Caso o bebê falhe neste teste, será encaminhado a outros como: - Impedanciometria: Exame utilizado para fornecer informações objetivas sobre a integridade do ouvido médio. Investiga as condições de orelha média (onde estão situados os ossículos e a tuba auditiva). BERA: (Audiometria de Tronco Cerebral) Indicado quando houver ausência de resposta nos procedimentos anteriores. Tem como objetivo avaliar a audição periférica e a condução nervosa até o cólico inferior (é uma região do sistema nervoso central que se localiza na superfície dorsal do mesencéfalo (teto mesencefálico) É uma técnica não invasiva e objetiva, que pode ser aplicadas em adultos e crianças de qualquer idade. Avaliação Comportamental: Investiga a reação da criança ao estímulo sonoro.
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