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O POSITIVISMO E O EVOLUCIONISMO NA HISTÓRIA
Positivismo
Quando pensamos acerca do positivismo, a primeira ideia que nos vem à mente é a  associação da palavra com algo positivo, o que pode levar você a refletir sobre se o período positivista teria sido um momento em que a mente do homem, ligada ao aspecto positivo, ganhou fortalecimento.
Vamos começar a nossa análise conhecendo o conceito de positivismo.
O positivismo pode ser entendido como uma busca pelo conhecimento científico. Ele foi uma teoria sociológica inaugurada por August Comte (1798-1857), que buscava nas ações dos indivíduos explicações para vários fatores sociais, contrariando, principalmente, a metafísica e a Teologia. O positivismo buscava demonstrar que explicações para diversos acontecimentos não apareciam somente nas ciências ditas racionais, a Matemática e a ciência, como até aquele momento pregava o racionalismo.
Podemos afirmar que houve uma passagem do pensamento iluminista para o positivista e para que nossa discussão fique mais completa, analisaremos agora um pouco do iluminismo, um movimento intelectual que assenta suas bases no racionalismo.
Sua influência foi muito importante para moldar a sociedade contemporânea, estando seus ideais presentes, por exemplo, na Revolução Americana, na Francesa e na Industrial.
Herdeiro do humanismo e do renascimento, via com otimismo as realizações humanas e entendia que a razão era o princípio norteador do homem, que assim passava a adquirir plena consciência de seus atos.
Defendia a valorização da experimentação e buscava explicações para  além do universo religioso, que havia permeado épocas anteriores, atrelando o conhecimento a uma busca por luz dentro de um universo considerado de trevas, pois havia essa visão consolidada em relação à Idade Média, seria a Idade das Trevas e o iluminismo traria luz para esse mundo que habitava a escuridão.
Legado positivista
De acordo com Barros (2011:91), o positivismo acrescentou ao ideal iluminista de Progresso, o conceito de Ordem, com o objetivo de conciliar as classes, uma maneira de encobrir a expressão marxista de dominação de classe. Comte, seu maior representante, era considerado um positivista conservador, equiparando os métodos das ciências naturais às sociais e afirmando a necessidade de uma rigorosa neutralidade das ciências sociais.
Ainda de acordo com Barros, o discurso de ordem e progresso do positivismo constituiu zelosamente uma das estratégias mais favoráveis ao desenvolvimento da burguesia ascendente. Pregava-se a conciliação das classes, mas, na verdade, o que buscava era a submissão dos trabalhadores aos industriais, que seriam os responsáveis por garantir o progresso positivista. A educação das massas seria orientada pela educação positivista, preparando os proletários para respeitarem e reforçarem as leis naturais que determinavam a concentração do poder e da riqueza nas mãos dos industriais.       
Karl Heinrich Marx (1818-1883) nasceu em Treves, capital da província alemã do Reno. Como filósofo político, economista e teórico social de origem judaica exerceu grande  influência no pensamento socialista e nos movimentos políticos revolucionários dos séculos  XIX e XX. Durante sua conturbada vida escreveu diversas obras, sendo que, “O Capital”  (1867) é  considerada a mais importante.
Legado positivista
No século XIX, o ideal positivista auxiliou a consolidar a visão de que a sociedade era um corpo que precisava ter seus órgãos em correto funcionamento, com espaço delimitado para o cérebro (que seriam os industriais) e os braços e pernas (que representariam a classe trabalhadora), fortalecendo a ideia de uma correta junção das classes, onde cada um teria um papel específico a ser cumprido, não devendo dele se distanciar. Assim, o ideal da revolução perde todo o seu sentido e espaço, calando as vozes que pudessem vir a se opor a essa mentalidade.
Sociedade--------------- Industriais
 Classe trabalhadora
 Classe trabalhadora
Interessante falarmos que o ideal positivista esteve fortemente presente no ideário da proclamação da república brasileira, ocorrida no ano de 1889, conforme podemos observar na constituição da bandeira brasileira de cunho republicano, que apresenta o lema Ordem e Progresso. Essa frase era uma velada alusão ao fato de que sem a ordem, o país não conseguiria se desenvolver - mentalidade muito presente no conjunto das Forças Armadas brasileiras - responsáveis diretas pelo fim da monarquia no Brasil.
O positivismo afirmava ainda que cada ramo do saber deveria passar por três estágios diferentes, seriam eles:
ESTÁGIO TEOLÓGICO: Existente na juventude do ser humano, onde o mundo é visto a partir de crenças religiosas, que geram a interpretação do que está ao nosso redor. O espírito humano explica fenômenos por meio da vontade de agentes sobrenaturais.
ESTÁGIO METAFÍSICO: Também chamado de estado abstrato – está presente na idade adulta e se caracteriza por ser um meio termo entre o homem e a sua relação com a religião e com a razão. Os deuses são substituídos por princípios abstratos relacionados à natureza e a noção de causa passa a ser analisada a partir da noção de lei. É um contraponto à explicação teológica para os fenômenos.
ESTÁGIO POSITIVO: Alcançado na idade adulta, é o estágio no qual o homem começa a buscar explicações para os porquês das coisas, substituindo a noção de causa pela de lei, principalmente o das leis positivas da natureza, permitindo prever um determinado futuro. Nesse estado, o espírito humano encontra a ciência.
O positivismo sob a ótica das pesquisas históricas
No que diz respeito à construção da pesquisa histórica, os positivistas defendiam que os acontecimentos históricos deveriam ser analisados à luz de uma intensa objetividade, com a utilização da razão, e a escrita da história deveria ser feita com o uso de fontes relacionadas a documentos escritos e legitimados pelo Estado. SOMENTE FONTES OFICIAIS
Essa seria uma forma de escrever a história oficial, sem os questionamentos que temos hoje, onde era garantida a reprodução de uma escrita da história com objetivos extremamente específicos. Os pensadores positivistas propunham uma construção da escrita assentada na neutralidade do historiador, na separação do que é pertinente ao sujeito e do que é para o objeto, ou seja, entre o pesquisador e o objeto do seu trabalho. SEPARAÇÃO ENTRE PESQUISADOR E OBJETO DE PESQUISA. 
Como exemplo de um importante teórico do positivismo, citamos David Hume (1711-1776). Ele defendia a experiência e a observação como elementos importantes para a construção da ciência do homem. Pretendeu implantar nas ciências humanas as propostas das ciências exatas, consolidadas a partir da observação e experimentação. Não pensava na natureza da alma e só se amparava na experiência.
Agora, tratando um pouco sobre o evolucionismo, ele pode ser entendido como um ramo que aborda a evolução orgânica das espécies e é um tema que sempre intrigou estudiosos de diferentes épocas. As perguntas “de onde viemos ? o que somos ?” são algo que sempre intrigou a mente humana mas, antes do século XIX e das concepções de Charles Darwin, essa questão não havia ganho o espaço que conseguiu dentro das discussões nas sociedades.
A partir do momento que o homem passa a questionar a si com o advento do pensamento racional expresso no Iluminismo, novos questionamentos passam a fazer parte do universo dos homens e a célebre pergunta acerca de nossas origens começa a ganhar mais corpo. Até o século XVIII havia um reinar da Teoria Criacionista, mas isso começou a ganhar uma nova concepção a partir do XIX.
O primeiro teórico evolucionista foi Jean-Baptiste de Lamarck, ele considerava que um organismo podia ser modelado e determinado pelo meio no qual vivia, se adaptando para garantir a sua sobrevivência. Ele defendia a teoria da evolução, que um organismo mais simples poderia se desenvolver a partir de modificações no seu ambiente e porsuas necessidades. Um dos exemplos usados por Lamarck para corroborar sua teoria eram as girafas. Segundo ele, elas iam ficando com seu pescoço alongado peça necessidade de alcançar os galhos mais altos das árvores. Suas reflexões ficaram conhecidas como a Teoria dos Caracteres Adquiridos e após algum tempo elas passaram a não ter mais credibilidade, o que ainda assim não desmerece sua importante contribuição para a Biologia e seus estudos, obtendo inclusive a admiração de Charles Darwin. 
Lamarck foi considerado o primeiro grande evolucionista por suas proposições, mas ainda faltava a aplicação prática das teorias desse grande teórico da evolução.
Outro importante estudioso do evolucionismo foi Charles Darwin (1809-1872). Ele foi um grande naturalista e seus estudos basearam-se na observação das espécies e seu comportamento. Suas análises se iniciam quando é convidado a tornar-se membro de uma expedição científica a bordo do navio Beagle, passando assim 5 anos de sua vida navegando pela costa do Pacífico e América do Sul, o que lhe permitiu coletar espécies das mais variadas possíveis. Para onde ia, ele coletava plantas, animais, rochas e todo tipo de elemento que julgava útil para a sua análise. Sua grande questão era explicar como as espécies apareciam e desapareciam, surgindo em sua mente vários questionamentos.
O positivismo sob a ótica do evolucionismo – Darwin
Seu trabalho de coleta acabou por fomentar a sua Teoria da Evolução resultando em um famoso livro Origem das espécies por meio da seleção natural, ou a preservação das raças favorecidas na luta pela vida, que foi intensamente criticado na época por lançar as bases de uma análise diferenciada sobre a origem de todas as espécies, mudando totalmente a forma de pensar a vida na Terra.  
Em seu livro, ele defende a Teoria da Evolução Biológica e afirma que ocorre por seleção natural, onde esse tipo de seleção impediria o aumento da população. Ele defende que alguns indivíduos de uma espécie são mais fortes, correm mais rápido, são considerados melhores e mais aptos, mais inteligentes e sobreviverão e se reproduzirão, enquanto outros, considerados mais fracos e inferiores, perecerão e isso, com o passar do tempo, levará a formação de uma espécie mais forte e superior.
Claro que a teoria de Darwin foi contestada. Ela afirmava algo totalmente diferente daquilo que havia sido o pensamento dominante por séculos e gerou um grande número de questionamentos. Mas, também, legitimou o pensamento de uma sociedade em evolução e que já tinha o positivismo entranhado em si.
A teoria de Darwin era importante para justificar a ascensão de uma burguesia que se via como a legítima condutora da sociedade que então se formava. Assim, as ideias de Darwin passaram a ser aplicadas para as sociedades, dando origem ao surgimento de correntes baseadas na sobrevivência dos mais aptos dentro de uma “selva de pedra”.
LIVRO: A ORIGEM DO HOMEM E A SELEÇÃO SEXUAL
Nesse livro, Darwin aborda a inserção dos macacos em nossa árvore genealógica, incluindo-os junto aos homens em uma única “família” genealógica, o que favoreceu a sua origem da evolução humana. Para ele, novas espécies não eram criadas e sim, derivadas de ancestrais comuns.
Daí surge a teoria de que o homem tenha evoluído do macaco, o que causou grande impacto na época e que até os dias atuais ainda é o cerne de um grande debate entre a ciência e a religião.
	Leia com atenção o fragmento abaixo: "Dentre as diversas correntes filosóficas que caracterizaram o século XIX, certamente o positivismo foi a mais influente no Brasil." (LINS, Ivan. A história do positivismo no Brasil. Rio de Janeiro: Brasiliana, 2004. p. 56). O autor trata da influência do positivismo em certos setores da sociedade brasileira finissecular, como, por exemplo, os militares. Entre as opções abaixo, assinale aquela que apresenta uma informação falsa a respeito do positivismo:
	( )o positivismo influenciou fortemente a criação da sociologia durkheimiana.
	( )o positivismo chegou aos militares brasileiros através das aulas de matemática ministradas por Benjamin Constant na Escola Militar da Praia Vermelha.
	( )o positivismo influenciou parte da geração brasileira de 1879, que reuniu pensadores críticos ao regime monárquico.
	( X )o positivismo foi criado por Karl Marx e pode ser considerado uma das variações do materialismo histórico.
	( )o positivismo foi criado pelo filósofo francês Augusto Comte e está fundamentado no culto à ciência.
 
A resposta marcada como certa é a quarta opção, porém está errada, certo.
Fiquei em dúvida entre a segunda e a última, pois a questão fala nos militares e Benjamin Constant era positivista e professor de matemática e Augusto Comte foi o “pai “ do positivismo.
Poderia me tirar esta dúvida?

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