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CAPÍTULO 1
Planejamento estratégico e estratégia: 
conceitos e aPlicação
A partir da perspectiva do saber fazer, neste capítulo você terá os seguintes 
objetivos de aprendizagem:
 3 Conceituar estratégias. 
 3 Diferenciar planejamento estratégico, estratégias e planejamento. 
 3 Elaborar um planejamento estratégico.
10
 Administração Estratégica
10
11
Planejamento estratégico e estratégia: 
conceitos e aPlicação
11
 Capítulo 1 
contextualização
Você já deve ter percebido que o mercado atual vive um cenário de 
constante mudança, muita instabilidade, influência direta pelas decisões locais 
e globais e o aumento da concorrência. Dessa forma, apenas as empresas 
bem estruturadas e com um bom planejamento conseguirão permanecer no 
mercado extremamente competitivo. 
É muito comum ouvir relatos de empresas familiares ou empresas de 
pequeno porte que faliram devido à falta de planejamento, assim como outras 
que conseguiram recuperar seu espaço no mercado depois de grandes 
reestruturações em sua administração e a determinação de seus objetivos e 
estratégias.
É muito mais simples tomar decisões estratégicas se tiver como objetivo o 
desenvolvimento e progresso da organização.
A seguir veremos a importância da estratégia, do planejamento e do 
planejamento estratégico nas empresas para alcançarem seus objetivos 
da melhor maneira, pois não adianta ter uma boa estratégia se não tiver 
planejamento.
“Para quem não sabe aonde vai, qualquer caminho é válido.” (Lewis 
Carroll)
Definição De estratégia
Para começar nosso assunto, vamos conhecer um pouco mais sobre a 
origem da palavra estratégia. 
O termo estratégia vem do grego “Strategós”, que significa a arte ou ciência 
de conduzir forças militares para derrotar o inimigo ou abrandar os resultados 
da derrota. Até a época de Napoleão era utilizado apenas pelos militares, 
depois seu significado ampliou-se, incorporando um contexto, considerando 
medidas econômicas e políticas para aumentar as chances de vitória.
A estratégia é um termo muito utilizado em nosso dia a dia em várias áreas:
• O técnico do time X utilizará a mesma estratégia do último jogo para 
conquistar a liderança do campeonato.
12
 Administração Estratégica
12
• O candidato A ofendeu o candidato B como estratégia para desviar o foco 
do debate.
• A estratégia da empresa XPTO para atingir a classe A foi o lançamento 
do produto ABC.
O que há de comum em todos esses exemplos? O que é exatamente 
estratégia?
Estratégia é o meio utilizado para se alcançar um 
determinado objetivo. No ambiente empresarial, a estratégia está 
relacionada a objetivos financeiros, produtivos, mercadológicos, 
competitivos, etc.
Para Oliveira (2003), o conceito básico de estratégias é 
estabelecer quais serão os caminhos, os cursos, os programas de 
ação que devem ser seguidos para alcançar os objetivos e desafios 
estabelecidos, ou seja, ter em mente aonde se quer chegar.
Hoje
Futuro
Estr
atég
ias 
(o q
uê) 
Táti
cas
(com
o)
Figura 1- Estratégia: caminho para chegar a um objetivo
Fonte: Adaptado de Maximiano (2003).
Para alcançar as metas e os objetivos, é muito importante saber utilizar 
os recursos da empresa. Numa empresa, a estratégia está relacionada à arte 
de utilizar, adequadamente, os recursos físicos, financeiros e humanos, tendo 
em vista a minimização dos problemas e a maximização das oportunidades. A 
avaliação deste processo é feita através do confronto entre os pontos fortes, 
fracos e neutros da empresa, de um lado, e suas oportunidades e ameaças 
perante seu ambiente de outro lado. 
Estratégia é o 
meio utilizado 
para se alcançar 
um determinado 
objetivo. No ambiente 
empresarial, a 
estratégia está 
relacionada a objetivos 
financeiros, produtivos, 
mercadológicos, 
competitivos, etc.
o conceito básico 
de estratégias é 
estabelecer quais 
serão os caminhos, os 
cursos, os programas 
de ação que devem 
ser seguidos para 
alcançar os objetivos e 
desafios estabelecidos, 
ou seja, ter em mente 
aonde se quer chegar.
13
Planejamento estratégico e estratégia: 
conceitos e aPlicação
13
 Capítulo 1 
Assim como no campo militar, a estratégia empresarial também está 
associada ao inimigo (concorrente) e aos resultados (lucros). Você sabe 
quais são os concorrentes da sua empresa ou da empresa em que trabalha? 
No livro A Arte da Guerra o autor Sun Tzu, um general chinês, 
traz outras estratégias utilizadas no campo militar há 2.500 anos e 
que ainda são aplicadas nas empresas nos dias atuais.
Acesse: Você encontra outras curiosidades sobre estratégia e 
tática acessando:
http://www.ogerente.com.br/novo/artigos_ler.php?canal=10&canall
ocal=36&canalsub2=116&id=379 v
Acesse: Nesse link você terá acesso a uma entrevista muito 
interessante com um especialista em estratégias, confira!
http://www.ogerente.com.br/novo/artigos_ler.php?canal=10&canall
ocal=36&canalsub2=116&id=1083
De acordo com Fernandes e Berton (2005, p. 9) “a administração 
estratégica é o processo de planejar, executar e controlar, conduzindo a 
organização por meio de uma estratégia ampla, abrangendo as áreas de 
marketing, de operações, de pessoal e de finanças”. 
Figura 2 - Administração Estratégica
14
 Administração Estratégica
14
Podemos verificar que a administração estratégica envolve os conceitos 
principais da administração, o Ciclo PDCA: P (plan ou planejar), D (do ou 
executar), C (check ou controlar) e A (act ou agir corretivamente), reutilizando 
uma estratégia bem planejada de forma integrada visando ao crescimento da 
organização.
Se o objetivo da estratégia é o alcance das metas e objetivos, a 
administração estratégica é, segundo Fernandes e Berton (2005), a 
melhor utilização dos recursos disponíveis pela empresa, envolvendo suas 
ferramentas administrativas que permitirão obter o sucesso desses processos, 
visando à melhoria contínua e à sobrevivência no mercado marcado pela 
competitividade.
As estratégias empresariais nascem para solucionar problemas presentes 
ou evitá-los no futuro, bem como para satisfazer às necessidades internas 
ou externas da organização.Vale destacar também que a estratégia compõe 
a essência do planejamento estratégico e a sua boa formulação poderá 
proporcionar vantagem competitiva à organização.
Você sabe o que seria vantagem competitiva para uma 
organização? 
Atividade de Estudos: 
Leia o caso abaixo e responda:
1) Você consegue identificar as estratégias da Gillette?
 _________________________________________________
 _________________________________________________
 _________________________________________________
 _________________________________________________
2) Como ela conseguiu administrar estrategicamente a empresa 
com o passar do tempo?
 _________________________________________________
 _________________________________________________
 _________________________________________________
 _________________________________________________
As estratégias 
empresariais nascem 
para solucionar 
problemas presentes 
ou evitá-los no 
futuro, bem como 
para satisfazer às 
necessidades internas 
ou externas da 
organização.
15
Planejamento estratégico e estratégia: 
conceitos e aPlicação
15
 Capítulo 1 
GILLETTE
KING CAMP GILLETTE nasceu em 5 de maio de 1855. Seu pai 
era titular de mais de 20 patentes, entre elas de um isqueiro de gás. 
Um dos irmãos possuía a patente de um tinteiro que não virava e nem 
vazava. KING CAMP GILLETTE tinha um sonho que era uma casa 
de apartamentos onde poderiam viver 300 famílias, mas ninguém 
queria perder o tempo nem sequer analisando tal projeto.
Aos 36 anos de idade, WILLIAMPAINTER, seu empregador 
lhe deu um conselho de ouro... Que desenvolvesse um produto 
barato e que fosse consumido em grandes quantidades. Alguma 
coisa que todos utilizassem e fosse descartável, o que produziria 
a chance de voltar a ser comprado. Esse era, segundo William 
Painte, a chance dele produzir uma mina de ouro que lhe permitiria 
além de rico, ficar famoso.
ALGO BARATO E DESCARTÁVEL. Enquanto continuava 
a viajar vendendo rolhas de garrafas para a Indústria cervejeira, 
observava tudo, pesquisava os costumes dos povos que visitava 
em seu trabalho de “VENDEDOR VIAJANTE”, se informava de 
hábitos alimentares, das vestimentas, passatempos. Procurava 
por alguma carência que lhe desse a ideia para desenvolver um 
produto “Descartável, barato e utilizado por todos”. 
No ano de 1.895, no dia de seu aniversário de 40 anos, 
enquanto afiava sua navalha para se barbear, que despertou a 
ideia... Estava aí um problema para todos os homens da terra que 
devia ser solucionado. Parar de afiar a navalha, sentar o fio, mudar 
o conceito de manter a estética pessoal por alguma situação mais 
simples e fácil e sem tantas tralhas e prática. Esse era um mercado 
imenso e mais que necessário.
Junto a WIMAS NICKERSON, um professor do INSTITUTO 
TECNOLÓGICO ILIAMCO DE MASSACHUSETTS - USA, inventor 
da bomba Pneumática, um gênio da mecânica. NICKERSON 
desenhou as maquinarias necessárias para fabricar as navalhas 
descartáveis, enquanto King Camp contratava com as indústrias 
de aço a compra da matéria prima em lâminas de espessura e 
propriedades de resistência adequada, e mantinha os contatos 
junto aos banqueiros para o financiamento do empreendimento. 
O novo sistema de barbear foi patenteado em 1901, 
originando, no mesmo ano, a empresa AMERICAN SAFETY 
16
 Administração Estratégica
16
RAZOR, presidida por King Gillette, que mais tarde deu origem à 
atual Gillette. O nome da primeira máquina de afeitar, ganhou o 
nome de: -’’SAFETYRAZOR’’.
Os primeiros cinco mil dólares gastaram-se rapidamente. 
Em 1903, já sob o controle de JOHN JOYCE, foram lançados 
os primeiros produtos, com um preço de 5 dólares por suporte e 
1 dólar por cada pacote de 20 lâminas. “A AMERICAN SAFETY 
RAZOR VENDEU 51 UNIDADES DO PRIMEIRO E 168 PACOTES 
DE LÂMINAS”.
A empresa expandiu rapidamente a sua atividade para o 
estrangeiro e apostou numa forte promoção da marca em todos 
os mercados, com campanhas de publicidade muito apelativas. 
Estava lançado o produto descartável, podendo ser utilizado por 
todos, simples e barato. 
Estudando o individualismo do consumidor, apostaram em 
designers específicos para cada camada de consumidores e 
deram destaque para o desenvolvimento personalizado, chegando 
até os mais pudentes, tendo lançado máquinas maciças em: - 
“OURO, PRATA E OUTROS MATERIAIS PERSONALIZADOS”. 
O rosto perfeitamente barbeado de KING CAMP GILLETTE foi 
destaque nas propagandas e serviu de apoio as campanhas a nível 
mundial, estampado em milhões de pacotes de lâminas e caixas 
de máquinas. King Camp Gillette faleceu em 10 de julho de 1.932. 
A maior demonstração de flexibilidade e força competitiva 
da GILLETTE deu-se nos anos 60, quando a rival: - WILKINSON 
SWORD, FUNDADA EM 1772 POR HENRY NOCK lançou as 
primeiras lâminas de aço inoxidável, mais resistentes e duráveis. 
No entanto, a Gillette prosseguiu a sua estratégia de 
desenvolvimento de novos produtos, mantendo a liderança com a 
Gillette Sensor e a Gillette Sensor Excel e apostando nas mulheres 
peludas, com a GILLETTE SATIN CARE FOR WOMEN. 
Quando a Gillette introduziu o primeiro isqueiro descartável, no 
início dos anos 70, a BIC desafiou-a com a memorável campanha 
“FLICK MY BIC”. No final da década, a GILLETTE acenou a 
bandeira branca da rendição e retirou o CRICKET do mercado.
Na guerra das máquinas de barbear descartáveis, as armas 
eram a: - “GILLETTE GOOD NEWS E A BIC SHAVERS”. Depois 
17
Planejamento estratégico e estratégia: 
conceitos e aPlicação
17
 Capítulo 1 
de milhões de dólares gastos em publicidade, cada uma das 
empresas controlava cerca de metade do mercado. Em 1992, a 
BIC adquiriu a “WITE-OUT PRODUCTS” para competir com a 
LIQUID PAPER, da Gillette.
Fonte: Disponível em: <http://www.sdr.com.br/HistoriasdasMarcas/208.
htm >. acesso em : 20 ago. 2010.
Planejamento estratégico
Depois de conhecermos o significado e a aplicação da estratégia chegou 
o momento de estudarmos o planejamento estratégico.
O planejamento estratégico corresponde ao processo de formulação 
e implementação de estratégias para melhor aproveitar as oportunidades 
e neutralizar as ameaças do ambiente empresarial em que se encontra a 
organização. (TAVARES, 2005). 
Ou seja, os objetivos do planejamento estratégico são:
• dar forma para o negócio da empresa;
• procurar antever os movimentos do mercado e preparar a empresa para as 
mudanças que deverão ocorrer;
• pensar antes de fazer;
• avaliar prováveis cenários futuros e estar preparado para agir em cada cenário.
Dessa forma, percebemos que o planejamento estratégico será 
responsável por fornecer as informações necessárias para a tomada de 
decisão e posterior ação dos gestores. A sua sustentação será baseada 
na análise do ambiente interno e nas necessidades e influências vindas do 
ambiente externo, a fim de obter resultados significativos para a organização.
Planejamento Estratégico = planejamento + decisão
Possivelmente, você deve acreditar que o planejamento constitui uma 
atividade altamente complexa, com um elevado custo de implementação 
e, consequentemente, acessível apenas às grandes empresas, certo? A 
realidade, entretanto, é muito diferente. 
O planejamento 
estratégico 
corresponde 
ao processo de 
formulação e 
implementação de 
estratégias para 
melhor aproveitar 
as oportunidades 
e neutralizar as 
ameaças do ambiente 
empresarial em 
que se encontra 
a organização. 
(TAVARES, 2005). 
18
 Administração Estratégica
18
Na verdade, o planejamento constitui uma atividade inerente ao ser 
humano. Isto é, mesmo que de maneira informal, cada um de nós desenvolve 
diariamente pelo menos um processo de planejamento. Por exemplo, para ir 
a uma festa, é comum buscarmos informações sobre o local e as pessoas 
que também irão, além de informações sobre o tempo, para, assim, escolher 
a roupa de acordo. Em seguida, em função das informações obtidas com este 
diagnóstico, decidimos qual roupa que devemos vestir. O próximo passo é a 
ação, ou seja, vestir a roupa, sair de casa para cumprir nosso objetivo (nos 
divertirmos na festa). 
Enquanto caminhamos para a festa, muitas vezes pensamos alguma 
coisa como: “ainda bem que eu trouxe um casaco, pois está esfriando”. 
Este exemplo, ainda que muito simples, constitui um processo de 
planejamento composto por diferentes etapas: (1) objetivo: ir para a festa, 
(2) diagnóstico: obter informações sobre onde e quem estará na festa, o tipo 
de festa, além de informações sobre o tempo, (3) decisão: escolher a melhor 
roupa em função do diagnóstico realizado, (4) ação: vestir a roupa e sair para 
a festa e (5) avaliação: comentar consigo mesmo sobre a escolha correta ou 
não da roupa que estamos usando. 
No caso das pequenas empresas, acontece algo parecido com este 
exemplo, uma vez que, mesmo sendo informal, elas desenvolvem processos 
de planejamento geralmente constituídos por etapas como: 
•	 Definição	de	objetivos: as pequenas empresas, ainda que não o façam 
por escrito, deveriam ter seus objetivos muito claros. Todo empresário 
deveria saber o que quer em termos de faturamento, lucro, participação no 
mercado, crescimento futuro, etc. 
•	 Diagnóstico: para facilitar o alcance destes objetivos, os dirigentes das 
empresas deveriam “ficar de olho” nas manobras dos concorrentes,procurar obter informações com os clientes, com os fornecedores, etc. para 
tomar decisões mais acertadamente. 
•	 Decisão/ação: em função das informações que obtêm no dia a dia, os 
empresários podem desenvolver suas estratégias para manter a fidelidade 
dos clientes, para enfrentar a concorrência e para continuar ocupando seu 
lugar no mercado. 
Estas etapas, ainda que sejam desenvolvidas de uma maneira informal, 
constituem um processo de planejamento. Entretanto, na medida em que 
o volume de negócios aumenta, os dirigentes da empresa começam a 
19
Planejamento estratégico e estratégia: 
conceitos e aPlicação
19
 Capítulo 1 
sentir a necessidade de adotar um processo de planejamento formal, sob a 
orientação de um profissional especializado para não “perder fôlego” diante 
da concorrência. 
O desenvolvimento deste processo envolve uma série de atividades em 
toda a organização. Desde a alta administração até os níveis hierarquicamente 
inferiores, todos têm participação, embora de forma diferenciada. 
Esta diferenciação acontece porque as organizações apresentam níveis 
distintos de responsabilidades e participação no processo decisório – o nível 
institucional, o intermediário e o operacional, como veremos a seguir.
O nível institucional, também chamado de estratégico, é aquele que se 
localiza no ponto mais alto da hierarquia. É neste nível que se encontram os 
principais dirigentes e onde são tomadas as principais decisões. Dessa forma, 
o que se decide neste nível serve como parâmetro ou como orientação para 
as decisões que devem ser tomadas no nível intermediário. 
O nível intermediário, também chamado de gerencial ou tático é 
aquele que está hierarquicamente subordinado ao institucional, onde são 
formuladas as estratégias funcionais. Onde estão os gerentes de divisões ou 
departamentos e as decisões aqui tomadas têm como fonte aquelas que são 
originadas do nível institucional. 
Quanto ao nível operacional, ou técnico, é aquele hierarquicamente 
subordinado ao intermediário, incluindo as pessoas que têm como principal 
responsabilidade a execução das várias rotinas e tarefas. As decisões 
tomadas neste nível dizem respeito à programação das atividades básicas da 
organização, tais como a elaboração da folha de pagamento, o atendimento a 
clientes, a efetivação das vendas, etc.
Figura 3- Níveis de decisão e tipos de planejamento
Fonte: Oliveira (2003, p. 45)
O desenvolvimento 
deste processo 
envolve uma série de 
atividades em toda a 
organização. Desde 
a alta administração 
até os níveis 
hierarquicamente 
inferiores, todos têm 
participação, embora 
de forma diferenciada. 
20
 Administração Estratégica
20
Você consegue identificar claramente esses níveis na sua 
empresa?
Para que a ferramenta de planejamento estratégico seja utilizada com 
sucesso e contribua de modo que traga vantagens competitivas para a 
empresa, é preciso dividir o planejamento em partes menores, conforme 
veremos a seguir. Para tanto, é necessário fazer uma análise fragmentada 
da organização, ou seja, planejamentos menores, conforme definido por 
Oliveira (2003):
O planejamento estratégico é mais complexo, pois cuida de toda a 
organização, por isso leva mais tempo para a execução.
O planejamento tático deriva do planejamento estratégico, apresenta 
soluções mais rápidas, já que envolve um planejar segmentado, ou seja, 
planejar por partes, o que torna o processo mais rápido e, em alguns casos, 
mais eficiente.
O planejamento operacional é a formalização, através de documentos 
escritos, das metodologias de desenvolvimento e implantação estabelecidas. 
Ou seja, são, basicamente, os planos de ação ou planos operacionais, em que 
não podem faltar as informações:
• os recursos necessários para seu desenvolvimento e implantação;
• os procedimentos básicos a serem adotados;
• os produtos ou resultados finais esperados;
• os prazos estabelecidos;
• os responsáveis por sua execução e implantação.
21
Planejamento estratégico e estratégia: 
conceitos e aPlicação
21
 Capítulo 1 
Para ficar mais fácil de compreendermos as diferenças entre os tipos de 
planejamento, observemos uma comparação entre o planejamento estratégico, 
o tático e o operacional no quadro 1:
Planejamento Estratégico Planejamento Tático Planejamento Operacional
É de responsabilidade da alta 
administração.
É desenvolvido em níveis 
inferiores.
Desenvolve-se na área 
operacional.
Afeta a empresa num todo. Afeta partes da empresa. Afeta setores específicos.
Longo Prazo. Médio a curto prazo. Curto Prazo.
Estabelece os objetivos da 
empresa e suas estratégias.
É baseado nos objetivos 
do plano do planejamento 
estratégico.
É um conjunto de partes 
homogêneas do planejamen-
to tático.
Quadro 1 - Comparativo Planejamento Estratégico, Tático e Operacional
Fonte: Adaptado de Oliveira (2003, p.49)
 Podemos perceber que o planejamento tático oferece resultados mais 
rápidos, pois fica restrito apenas a um setor ou área especifica o que lhe 
confere um maior conhecimento e dedicação àquela área.
Atividade de Estudos: 
CASO TOYOTA
Um dos casos mais longo de planejamento estratégico foi o da 
Toyota, segundo a revista Exame, em reportagem feita por Correa 
(2007), uma revolução silenciosa que levou 50 anos para atingir 
seu objetivo. A montadora japonesa viveu sua pior crise no período 
pós Segunda Guerra. A beira da falência, o presidente da empresa, 
Eiji Toyoda (primo do fundador), pediu ao engenheiro Taiichi Ohno, 
que reinventasse o processo produtivo da montadora. Ohno 
resolveu o problema passando um pente fino em cada etapa do 
processo de fabricação de automóveis, reduzindo desperdícios e 
eliminando estoques altos, comum nas outras montadoras. Assim 
nascia o chamado Sistema Toyota de Produção. Durante cinco 
décadas, a Toyota dedicou-se a aprimorar seu método, tornando a 
produção enxuta e eficiente, método que depois foi copiado pelas 
principais montadoras do mundo. Como dito anteriormente, esse 
processo demorou 50 anos para atingir seu objetivo. Pois no final 
de abril desse ano a montadora japonesa assumiu o posto de 
maior fabricante de carros do planeta, desbancando os 73 anos 
de liderança da americana General Motors. A Toyota chega nesse 
posto pensando no futuro. O planejamento é a palavra chave na 
22
 Administração Estratégica
22
companhia. O departamento de pesquisa e desenvolvimento já 
está avaliando como serão os carros da montadora em 2030, e as 
pesquisas são para criar automóveis que os clientes queiram (ou 
precisem) comprar. 
Fonte: CORREA, Cristiane. Por dentro da maior montadora do mundo. 
Exame, São Paulo, n. 892, p. 22-30, maio 2007. IEF. Negócio próprio: o 
sucesso tem um preço. Disponível em: Acesso em: 29 maio 2007. 
1) Você conhecia essa história do planejamento estratégico da 
Toyota?
 _________________________________________________
 _________________________________________________
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2) Que outra empresa você conhece teve sucesso fazendo uso do 
planejamento estratégico?
 _________________________________________________
 __________________________________________________________________________________________________
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23
Planejamento estratégico e estratégia: 
conceitos e aPlicação
23
 Capítulo 1 
Acabamos de conhecer os níveis de tomadas de decisão da empresa, na 
próxima seção veremos quais as etapas para a elaboração do planejamento 
estratégico.
fases Do Planejamento estratégico
Depois de estudarmos os conceitos de estratégia e planejamento vamos 
partir para a prática e aprender como elaborar um planejamento estratégico.
As fases de elaboração do planejamento estratégico compreendem 
principalmente a coleta de informações e o tratamento destas, que seriam 
as fases iniciais de análise, tais procedimentos nortearão as ações futuras e 
darão sequência ao planejamento.
• Fase I – Diagnóstico estratégico: analisa como está a empresa, 
identifica	a	visão,	a	análise	interna,	a	análise	externa	e	a	análise	dos	
concorrentes da empresa;
• Fase II – Missão da empresa: verifica a razão de ser da organização, 
desde o estabelecimento da missão, propósitos atuais e potenciais, 
a estruturação e debate dos cenários, estabelecimento de postura 
estratégica, estabelecimento de macroestratégias e macropolíticas;
• Fase III – Instrumentos prescritivos e quantitativos: estabelece o 
como chegar ao objetivo desejado, abrange os instrumentos prescritivos; 
estabelecimento de objetivos, desafios e metas; estabelecimento de 
estratégias e políticas funcionais, estabelecimento de projetos e planos de 
ação e instrumentos quantitativos;
• Fase IV – Controle e avaliação: verifica-se como a empresa está indo, por 
meio de avaliação de desempenho, comparação do desempenho com os 
objetivos e metas traçados, análise do desvio dos objetivos, tomada de 
ação corretiva, acompanhamento da eficiência da ação corretiva e adição 
de informações ao processo de planejamento.
Muita informação? Não se preocupe, veremos cada uma dessas etapas e 
desses conceitos no capítulo 5. Aguarde.
Enquanto isso, faça uma reflexão sobre:
24
 Administração Estratégica
24
Atividade de Estudos: 
1) Qual é o principal objetivo da sua empresa?
 _________________________________________________
 _________________________________________________
 _________________________________________________
2) Quais os principais concorrentes?
 _________________________________________________
 _________________________________________________
 _________________________________________________
3) Quais os principais desafios?
 _________________________________________________
 _________________________________________________
 _________________________________________________
 _________________________________________________
 _________________________________________________
 _________________________________________________
Acesse:http://br.hsmglobal.com/notas/55691-michael-porter-
--uma-estrategia-competitiva-as-empresas-brasileiras e leia uma 
entrevista com Michael Portes, considerado o maior especialista 
em estratégia no mundo, sobre estratégias para empresas 
brasileiras.
algumas consiDerações
Planejar é uma das funções vitais de todo administrador e a sua formulação 
implicará o futuro da organização. No âmbito organizacional, a união da 
função planejar com as estratégias empresariais dá sentido ao planejamento 
estratégico, uma ferramenta administrativa que vem reformulando as práticas 
e visões organizacionais.
25
Planejamento estratégico e estratégia: 
conceitos e aPlicação
25
 Capítulo 1 
Um bom planejamento estratégico é fundamental na administração de uma 
empresa, no entanto, muitos dirigentes ainda não utilizam essa ferramenta 
gerencial.
O planejamento, se bem aplicado, pode servir como uma grande 
ferramenta para o gestor empresarial, tornando a empresa mais competitiva. 
As empresas precisam planejar-se com uma visão de longo prazo e muito 
clara sobre seus objetivos para poder principalmente diferenciar-se de seus 
concorrentes. 
Para o sucesso do planejamento, é necessário o envolvimento de todos 
da empresa, pois o alinhamento das metas entre a equipe é fundamental.
referências 
FERNANDES, Bruno Henrique Rocha; BERTON, Luiz Hamilton. 
Administração Estratégica: da competência empreendedora à avaliação de 
desempenho. São Paulo: Saraiva, 2005.
MAXIMIANO, Antônio César Amaru. Teoria Geral da Administração: da 
revolução urbana à revolução digital. 3.ed. São Paulo: Atlas, 2002.
OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de. Planejamento Estratégico: 
conceitos, metodologia, práticas. 19 ed. São Paulo: Atlas, 2003.
TAVARES, Mauro Calixta. Gestão Estratégica. 2 ed. São Paulo: Atlas, 2005.
26
 Administração Estratégica
26

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