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Autores Contratualistas 
1. Partem do princípio de que a sociedade não tem um Estado (instituição) para 
interferir na vida dos indivíduos, eles vivem no chamado estado de natureza. 
2. Esses indivíduos, por sua vez, resolvem criar, por motivos diversos entre os 
autores, um Estado, esse momento é denominado de pacto ou contrato social. 
3. Surge então a existência de uma sociedade com uma instituição estatal 
administrando a sociedade, chamada de estado civil. 
 
Primeiro autor: Thomas Hobbes 
Pontos específicos: 
1. Todos os seres humanos são maus por natureza 
2. Eles vivem uma situação na qual não há nenhum controle 
3. Dessa maneira, no estado de natureza há, necessariamente, conflitos entre as 
pessoas 
4. Os indivíduos no estado natureza tem um direito natural: o direito à vida 
5. Esse direito pressupõe além do ato de viver em si, a utilização de todos os 
meios necessários para a concretização da vida 
6. Esses meios resultam no que Hobbes chama de “estado de guerra de todos 
contra todos”, pois ele parte do princípio de que se o indivíduo tem naturalmente 
o direito à vida, ele vai fazer o que bem entender para conseguir preserva-lo, 
uma vez que não há Instituição Estado que traga ordem para impedi-lo 
7. O indivíduo, então, vai lutar de todas as maneiras possíveis para fazer valer o 
seu direito e defender sua vida 
8. A forma mais logica então é a de agir de forma preventiva para manter os 
recursos necessários à sobrevivência 
9. Já que não há o conceito de propriedade privada na teoria Hobbesiana, as 
pessoas utilizam determinado território, mas não são proprietárias dele, pois 
qualquer outro mais forte ou com características superiores as suas podem tomar 
para si aquela propriedade 
10. Nesse sentido, as pessoas tendem a se defender 
11. Por isso o estado de natureza é uma guerra, as pessoas se antecipam imaginando 
que outros vão ataca-lo, e ao invés de esperar o outro atacar para então se auto 
defender, elas atacam antes, supondo que o outro tem o mesmo pensamento de 
ataca-lo pensa 
12. O fazem como uma forma de autoproteção 
13. Nessa situação, surge o problema de que o homem vive sempre em insegurança 
e, por isso, em dado momento vão parar e raciocinar o que é melhor: viver em 
constante estado de guerra ou abrir mão de parte das prerrogativas próprias do 
ser humano para que todos vivam de forma menos violenta 
14. Os homens, então, se unem em consenso e criam um contrato social: a criação 
do Estado 
15. Na criação do Estado, cada ser humano vai transferir o seu direito natural ao 
Estado - não só o direito à vida, mas suas consequências também 
(principalmente o direito de uso da força e a liberdade de fazer o que bem 
entender) 
16. O Estado surge, portanto, com o objetivo de garantir a segurança dos indivíduos 
17. A soberania, ao contrário do estado de natureza, é transferida para um único 
individuo 
18. Nesse sentido, Hobbes impõe a criação de um estado absolutista, uma vez que a 
força só vai poder ser exercida pelo estado se o poder for centralizado em uma 
única mão 
19. O indivíduo, portanto, abdica dos seus direitos 
20. Para ele, a soberania do estado precisa ser totalmente absoluta, pois, se houver 
algum concorrente à soberania, retorna-se ao estado de natureza 
21. Compete ao Estado, portanto, garantir a segurança, a liberdade, a igualdade, a 
educação e a propriedade material. 
 
 
Segundo autor: John Locke 
 
1. No estado de natureza o ser humano não é nem bom, nem ruim, mas sim 
neutro, com tendência de ser uma pessoa boa 
2. No estado de natureza existem não apenas o direito natural a vida, mas o 
direito à propriedade privada e o direito de punir 
3. Pressupõe a existência de 2 leis gerais (aplicada a todos os indivíduos): leis 
da natureza e leis de Deus - que não são criadas pelo ser humano, por isso 
ainda é estado de natureza 
4. Por logica, o estado de natureza de Locke é bom, diferente de Hobbes 
5. Os seres humanos não criam conflito entre si 
6. Os direitos naturais são intrínsecos aos indivíduos 
7. No estado de natureza um reconhece os limites do outro (direito da 
propriedade privada), reconhecem ainda o que é seu e o que é do outro 
8. A propriedade privada oferece a subsistência necessária para manter o 
princípio do direito à vida 
9. As pessoas que cometerem algum tipo de delito ou invadirem a propriedade 
de outras pessoas sofrem punições 
10. As pessoas que sofrerem a ação tem o direito natural de punir, indo ao 
território daquele que cometeram o delito e fazendo a mesma coisa 
11. O direito de punir não é uma resposta desproporcional ao ato sofrido, 
diferente de Hobbes 
12. Uma vez que obedecem às leis da natureza e de Deus, punem de forma 
proporcional 
13. Os indivíduos comercializam produtos entre si, portanto, a vida é boa no 
estado de natureza 
14. Sendo assim, ainda que tudo seja bom, surge a necessidade de criação do 
Estado, porque falta no estado de natureza 3 elementos básicos: 
15. Primeiro ponto: leis criadas pelos homens a partir do consentimento, o que 
faz com que eles sejam livres, já que as outras leis não foram criadas por ele 
16. Segundo ponto: falta no estado de natureza juízes imparciais no direito da 
decisão de punir 
17. Terceiro ponto: um poder coercitivo, alguém que ponha em prática o que foi 
definido no julgamento 
18. Justificativa de Locke para a criação do estado civil: surge para garantir a 
boa vida que o indivíduo já tem no estado de natureza, para dar continuidade 
a ela 
19. Esse estado é criado tendo como base, principalmente, o consentimento. 
20. Os indivíduos são titulares dos direitos naturais, mas é o estado quem age em 
seu nome, há, portanto, a cessão dos direitos 
21. Uma vez criado o Estado, há a separação de poderes para limita- lo, para não 
o tornar um estado absolutista como em Hobbes 
22. Os poderes são separados entre: legislativo, executivo e federativo (poder 
responsável pelas relações internacionais) 
23. Só com a separação de poderes não há centralização nas mãos de só uma 
pessoa 
24. Fala da necessidade de eleições 
25. Para Locke, é dado o direito de votar ao povo (nobreza). O rei teria poder 
limitado, executando a legislação criada pelo parlamento 
26. E, assim, um poder controla o outro poder 
27. Na visão de Locke, o indivíduo exerce seu direito de liberdade natural no 
momento das eleições, escolhendo seus representantes 
28. O estado de Hobbes é intervencionista com o objetivo de garantir a 
segurança, já para Locke, o estado intervém somente quando há necessidade 
29. Locke é criador da teoria liberal “estado como entidade invisível” 
 
 
Terceiro autor: Rousseau 
 
 
1. Rousseau observa a esfera social e sustenta o aspecto jurídico do Estado 
2. Trabalha com 3 momentos, não 2, como nos autores anteriores: Estado de 
natureza, Estado de sociedade e Contrato social 
3. O estado de natureza é a situação na qual não há Estado, nele os homens são 
naturalmente bons 
4. Ao contrário de Hobbes e Locke, no estado de natureza o homem não é sociável, 
não há contato entre os indivíduos 
5. O indivíduo vivia bem, porque não tinha contato com outras pessoas e não sabia 
o significado de propriedade privada 
6. Em determinado momento, com o crescimento populacional, os indivíduos 
passam a se encontrar e a manter contato entre si, como explicito na sua máxima 
7. Esse primeiro grupo social começa a se precaver quando vê as outras pessoas 
chegarem. Elas passam a ter noção do conceito de propriedade privada 
8. O ser humano passa a buscar não mais o que precisa, mas o que acha que vai 
precisar, e é onde surge a corrupção 
9. “O homem é bom por natureza,a sociedade que o corrompe” 
 
10. Nesse sentido, o estado de natureza vai deixando de ser bom, pois surgindo a 
propriedade privada o homem vai passar a ter conflitos 
11. Essa transição para o estado de sociedade não é algo bom segundo Rousseau, 
porque vai ter como objetivo garantir a propriedade privada, que gera 
desigualdade 
12. O estado de sociedade não garante a igualdade porque as pessoas em si não são 
iguais em condições econômicas 
13. No estado civil os eleitos serão sempre os ricos, porque apesar de todos serem 
iguais perante a lei, na hora de uma eleição os ricos terão mais oportunidade e 
recursos para serem eleitos 
14. Uma vez eleito, os ricos perpetuam a desigualdade social 
15. No estado de sociedade, as pessoas não são livres como garantido por lei, porque 
elas só podem ir e vir limitadas pelo dinheiro que tem, além disso, elas não vão 
eleger quem elas querem, mas quem está disponível 
16. A liberdade e a igualdade são falsas nesse sentido, pois, na pratica, do ponto de 
vista material, não existem 
17. Já no terceiro momento, Rousseau propõe a criação do contrato social, em que 
os indivíduos saem do estado de sociedade que é ruim 
18. Primeiro passo: As pessoas saem da condição alienada em que estão, elas 
precisam se dar conta de que não são livres, pois fazem aquilo que outros 
definem para fazê-lo 
19. O segundo passo é a implantação de uma democracia direta, na qual o indivíduo 
participa do processo de criação da lei, fazendo critica a democracia 
representativa em que o representado apenas obedece a lei 
20. Critica a Hobbes e Locke, pois a única forma de garantir a liberdade política é na 
situação em que todos os indivíduos HOMENS, estariam em conjunto criando as 
leis em que se submetem, participando do processo em que se criam as leis 
21. Terceiro ponto: Vontade geral = fazer aquilo que é o certo. Todos os indivíduos 
sabem o que é certo e errado, independe do fato concreto que estão vinculados. 
22. É quando os indivíduos olham para o fato concreto que eles cometem a 
corrupção, pois abandonam seus princípios do que é verdadeiro e justo 
23. Já que a lei é reflexo da vontade geral, toda lei vai ser justa 
24. O legislador é aquela pessoa de bom caráter que mostra as demais pessoas o que 
é a vontade geral. É uma pessoa excepcional, espécie de conselheiro que abre os 
olhos dos outros 
25. Já que ele pressupõe uma democracia direta, coloca a situação do exercício da 
soberania popular “o povo é soberano porque não cede e nem transfere seus 
direitos naturais, sempre permanece com ele” 
26. Quando o indivíduo cria a lei é chamado de soberano, quando a cumpre é 
chamado de súdito 
27. Os executores da lei são chamados de governo, mas no sentido de exercer uma 
função. 
28. Se garante assim a liberdade e igualdade (econômica), pois não há distinção de 
ricos e pobres de acordo a vontade geral, portanto, a lei criada garante o fim da 
desigualdade social 
29. 4 características da soberania: inalienável, indivisível, infalível e absoluta. 
30. Se toda essa hipótese altruísta der errado, a medida alternativa é que se deve 
surgir um ditador com paradigmas romanos, para solucionar o problema em 
determinado período 
31. Ele teria a função de levar as pessoas do estado de sociedade para o contrato 
social, e depois que o fizesse seria uma pessoa comum (essa teoria é alvo de 
muitas críticas) 
32. Revolução Francesa ocorreu com base nos pensamentos de Rousseau

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