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Legislação sobre Agrotóxicos

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MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO - MAPA 
SUPERINTENDÊNCIA FEDERAL NO PARANÁ 
SERVIÇO DE FICALIZAÇÃO DE INSUMOS AGRÍCOLAS - SEFIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LEGISLAÇÃO FEDERAL DE AGROTÓXICOS 
(legislação básica e complementar) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 3 
Sumário 
1º - LEGISLAÇÃO BÁSICA 
Ato / Número / Data Ementa 
 
LEI N
o
 7.802, de 11/07/1989. 
 
 
Dispõe sobre a pesquisa, a experimentação, a produção, a embalagem e rotulagem, 
o transporte, o armazenamento, a comercialização (...) de agrotóxicos, seus 
componentes e afins, e dá outras providências. 
LEI N
o
 9.974, de 06/06/2000. 
 
Altera a Lei n
o
 7.802, de 11 de julho de 1989. Embalagens vazias. (compilado na 
Lei 7.802/89) 
LEI N
o
 9.294, de 15/07/1996. 
 
Dispõe sobre as restrições ao uso e à propaganda de produtos fumígeros, bebidas 
alcoólicas, medicamentos, terapias e defensivos agrícolas, nos termos do § 4° do art. 
220 da Constituição Federal. 
LEI N
o
 9.605, de 12/02/1989. 
 
Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades 
lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências. 
LEI N
o
 9.784, de 29/01/1999. 
 
Regula o processo administrativo no âmbito da Administração Pública Federal. 
DECRETO Nº 4.074, de 04/01/2002 Regulamenta a Lei n
o
 7.802, de 11 de julho de 1989. 
DECRETO Nº 5.549, de 22/09/2005 
Dá nova redação e revoga dispositivos do Decreto n
o
 4.074, de 4 de janeiro de 
2002. Embalagens vazias. (compilado no Decreto 4.074/02) 
DECRETO Nº 5.981, de 06/12/2006 
Dá nova redação e revoga dispositivos do Decreto n
o
 4.074, de 4 de janeiro de 
2002. Registro por equivalência. (compilado no Decreto 4.074/02) 
DECRETO Nº 6.913, de 23/07/2009 
Acresce dispositivos ao Decreto no 4.074, de 4 de janeiro de 2002. Agricultura 
Orgânica. (compilado no Decreto 4.074/02) 
DECRETO Nº 2.018, de 1º/10/1996 Regulamenta a Lei nº 9.294, de 15 de julho de 1996. Propaganda. 
 
2º - LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR 
Ato / Número / Data Ementa 
INST. NORMATIVA. Nº 36, de 24/11/2009. 
Credenciamento e Fiscalização de Entidade de Pesquisa. (Já compilada com as 
modificações da IN Nº 42/2011) 
INST. NORM. CONJ. Nº 25, de 14/09/2005. Obtenção de RET. 
INST. NORM. CONJ. Nº 2, de 20/06/2008 Impurezas relevantes para registro e pós registro. 
ATO Nº 09, de 17/04/2012. Regras para os laudos de impurezas. 
PORTARIA Nº 45, de 10/12/1990. Limites aceitáveis nas análises químicas (tolerância). 
INST. NORMATIVA. Nº 36, de 10/11/2006. Manual do Vigiagro. (parte específica para agrotóxicos) 
INST. NORMATIVA. Nº 51, de 04/11/2011. Importação de Agrotóxicos e Outros. 
INST. NORMATIVA. Nº 5, de 02/04/2012. Tratamento sementes e mudas, exclusivamente para Exportação. 
INST. NORMATIVA. Nº 66, de 27/11/2006. Empresas Prestadoras de Serviços Fitossanitários - EPSF. 
INST. NORM. CONJ. Nº 1, de 15/04/2008. Registro Emergências Quarentenárias, Fitossanitárias. 
INST. NORM. CONJ. Nº 1, de 23/02/2010. Registro para Culturas com Suporte Fitossanitário Insuficiente. 
INST. NORM. CONJ. Nº 2, de 23/01/2006. Registro de Agentes Biológicos de Controle. 
ATO Nº 29, de 07/07/2011 Entendimentos sobre o registro de Agentes Biológicos de Controle. 
INST. NORM. CONJ. Nº 1, de 23/01/2006. Registro de Produtos Semioquímicos. 
INST. NORM. CONJ. Nº 3, de 10/03/2006. Registro de Agentes Microbiológicos. 
INST. NORMATIVA. Nº 32, de 26/10/2005. Registro de Produtos Bioquímicos. 
INST. NORM. CONJ. Nº 1, de 27/09/2006. Registro de Produtos Técnicos exclusivos para exportação. 
INST. NORMATIVA Nº 46, de 06/10/2011. Regulamento Técnico de Orgânicos e lista de substâncias permitidas. 
INST. NORM. CONJ. Nº 1, de 24/05/2011. Registro de Produtos Fitossanitários para a Agricultura Orgânica. 
INST. NORM. CONJ. Nº 2, de 02/06/2011. Estabelece as especificações de referência de alguns produtos para AO. 
 4 
ÍNDICE 
 
LEIS .............................................................................................................................................................. 5 
LEI Nº 7.802, DE 11 DE JULHO DE 1989. .............................................................................................................. 5 
LEI Nº 9.974, DE 6 DE JUNHO DE 2000. ............................................................................................................. 13 
LEI Nº 9.294, DE 15 DE JULHO DE 1996. ............................................................................................................ 14 
LEI Nº 9.605, DE 12 DE FEVEREIRO DE 1998. .................................................................................................. 16 
LEI Nº 9.784, DE 29 DE JANEIRO DE 1999. ........................................................................................................ 21 
 
DECRETOS ............................................................................................................................................... 30 
DECRETO Nº 4.074, DE 04 DE JANEIRO DE 2002. ........................................................................................... 30 
DECRETO N
O
 5.549, DE 22 DE SETEMBRO DE 2005. ...................................................................................... 88 
DECRETO Nº 5.981 DE 6 DE DEZEMBRO DE 2006. ......................................................................................... 88 
DECRETO Nº 6.913, DE 23 DE JULHO DE 2009. ............................................................................................... 88 
DECRETO Nº 2.018, DE 1º DE OUTUBRO DE 1996. .......................................................................................... 89 
 
LEGISLAÇÕES COMPLEMENTARES ............................................................................................... 91 
INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 36, DE 24 DE NOVEMBRO DE 2009 .............................................................. 91 
INSTRUÇÃO NORMATIVA CONJ. Nº 25, DE 14 DE SETEMBRO DE 2005 ................................................. 110 
INSTRUÇÃO NORMATIVA CONJ. Nº 2, DE 20 DE JUNHO DE 2008 ............................................................ 119 
ATO Nº 09, DE 10 DE ABRIL DE 2012 .............................................................................................................. 120 
PORTARIA Nº 45, DE 10 DE DEZEMBRO DE 1990 ......................................................................................... 128 
INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 36, DE 10 DE NOVEMBRO DE 2006 ............................................................ 129 
INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 51, DE 4 DE NOVEMBRO DE 2011 .............................................................. 133 
INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 5, DE 2 DE ABRIL DE 2012........................................................................... 138 
INSTRUÇÃO NORMATIVANº 66, DE 27 DE NOVEMBRO DE 2006 ............................................................ 145 
INSTRUÇÃO NORMATIVA CONJ. Nº 1, DE 15 DE ABRIL DE 2008 ............................................................. 155 
INSTRUÇÃO NORMATIVA CONJ. Nº 1, DE 23 DE FEVEREIRO DE 2010 ................................................... 160 
INSTRUÇÃO NORMATIVA CONJ. Nº 2, DE 23 DE JANEIRO DE 2006 ........................................................ 168 
ATO Nº 29, DE 07 DE JULHO DE 2011 .............................................................................................................. 170 
INSTRUÇÃO NORMATIVA CONJ. Nº 1, DE 23 DE JANEIRO DE 2006 ........................................................ 171 
INSTRUÇÃO NORMATIVA CONJ. Nº 3, DE 10 DE MARÇO DE 2006 .......................................................... 177 
INSTRUÇÃO NORMATIVA CONJ. Nº 32, DE 26 DE OUTUBRO DE 2005 ................................................... 186 
INSTRUÇÃO NORMATIVA CONJ. Nº 1, DE 27 DE SETEMBRO DE 2006 ................................................... 191 
INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 46, DE 6 DE OUTUBRO DE 2011. ................................................................ 197 
INSTRUÇÃO NORMATIVA CONJUNTA Nº 1, DE 24 DE MAIO DE 2011 .................................................... 200 
INSTRUÇÃO NORMATIVA CONJUNTA Nº 2, DE 2 DE JUNHO DE 2011 .................................................... 205 
 
 5 
LEIS 
LEI Nº 7.802, DE 11 DE JULHO DE 1989. 
Dispõe sobre a pesquisa, a experimentação, a produção, a embalagem e rotulagem, o transporte, o 
armazenamento, a comercialização, a propaganda comercial, a utilização, a importação, a exportação, o 
destino final dos resíduos e embalagens, o registro, a classificação, o controle, a inspeção e a fiscalização 
de agrotóxicos, seus componentes e afins, e dá outras providências. 
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a 
seguinte Lei: 
Art. 1º A pesquisa, a experimentação, a produção, a embalagem e rotulagem, o transporte, o 
armazenamento, a comercialização, a propaganda comercial, a utilização, a importação, a exportação, o 
destino final dos resíduos e embalagens, o registro, a classificação, o controle, a inspeção e a fiscalização 
de agrotóxicos, seus componentes e afins, serão regidos por esta Lei. 
Art. 2º Para os efeitos desta Lei, consideram-se: 
I - agrotóxicos e afins: 
a) os produtos e os agentes de processos físicos, químicos ou biológicos, destinados ao uso nos setores de 
produção, no armazenamento e beneficiamento de produtos agrícolas, nas pastagens, na proteção de 
florestas, nativas ou implantadas, e de outros ecossistemas e também de ambientes urbanos, hídricos e 
industriais, cuja finalidade seja alterar a composição da flora ou da fauna, a fim de preservá-las da ação 
danosa de seres vivos considerados nocivos; 
b) substâncias e produtos, empregados como desfolhantes, dessecantes, estimuladores e inibidores de 
crescimento; 
II - componentes: os princípios ativos, os produtos técnicos, suas matérias-primas, os ingredientes inertes 
e aditivos usados na fabricação de agrotóxicos e afins. 
Art. 3º Os agrotóxicos, seus componentes e afins, de acordo com definição do art. 2º desta Lei, só 
poderão ser produzidos, exportados, importados, comercializados e utilizados, se previamente registrados 
em órgão federal, de acordo com as diretrizes e exigências dos órgãos federais responsáveis pelos setores 
da saúde, do meio ambiente e da agricultura. 
§ 1º Fica criado o registro especial temporário para agrotóxicos, seus componentes e afins, quando se 
destinarem à pesquisa e à experimentação. 
§ 2º Os registrantes e titulares de registro fornecerão, obrigatoriamente, à União, as inovações 
concernentes aos dados fornecidos para o registro de seus produtos. 
§ 3º Entidades públicas e privadas de ensino, assistência técnica e pesquisa poderão realizar 
experimentação e pesquisas, e poderão fornecer laudos no campo da agronomia, toxicologia, resíduos, 
química e meio ambiente. 
§ 4º Quando organizações internacionais responsáveis pela saúde, alimentação ou meio ambiente, das 
quais o Brasil seja membro integrante ou signatário de acordos e convênios, alertarem para riscos ou 
desaconselharem o uso de agrotóxicos, seus componentes e afins, caberá à autoridade competente tomar 
imediatas providências, sob pena de responsabilidade. 
§ 5º O registro para novo produto agrotóxico, seus componentes e afins, será concedido se a sua ação 
tóxica sobre o ser humano e o meio ambiente for comprovadamente igual ou menor do que a daqueles já 
 6 
registrados, para o mesmo fim, segundo os parâmetros fixados na regulamentação desta Lei. 
§ 6º Fica proibido o registro de agrotóxicos, seus componentes e afins: 
a) para os quais o Brasil não disponha de métodos para desativação de seus componentes, de modo a 
impedir que os seus resíduos remanescentes provoquem riscos ao meio ambiente e à saúde pública; 
b) para os quais não haja antídoto ou tratamento eficaz no Brasil; 
c) que revelem características teratogênicas, carcinogênicas ou mutagênicas, de acordo com os resultados 
atualizados de experiências da comunidade científica; 
d) que provoquem distúrbios hormonais, danos ao aparelho reprodutor, de acordo com procedimentos e 
experiências atualizadas na comunidade científica; 
e) que se revelem mais perigosos para o homem do que os testes de laboratório, com animais, tenham 
podido demonstrar, segundo critérios técnicos e científicos atualizados; 
f) cujas características causem danos ao meio ambiente. 
Art. 4º As pessoas físicas e jurídicas que sejam prestadoras de serviços na aplicação de agrotóxicos, seus 
componentes e afins, ou que os produzam, importem, exportem ou comercializem, ficam obrigadas a 
promover os seus registros nos órgãos competentes, do Estado ou do Município, atendidas as diretrizes e 
exigências dos órgãos federais responsáveis que atuam nas áreas da saúde, do meio ambiente e da 
agricultura. 
Parágrafo único. São prestadoras de serviços as pessoas físicas e jurídicas que executam trabalho de 
prevenção, destruição e controle de seres vivos, considerados nocivos, aplicando agrotóxicos, seus 
componentes e afins. 
Art. 5º Possuem legitimidade para requerer o cancelamento ou a impugnação, em nome próprio, do 
registro de agrotóxicos e afins, argüindo prejuízos ao meio ambiente, à saúde humana e dos animais: 
I - entidades de classe, representativas de profissões ligadas ao setor; 
II - partidos políticos, com representação no Congresso Nacional; 
III - entidades legalmente constituídas para defesa dos interesses difusos relacionados à proteção do 
consumidor, do meio ambiente e dos recursos naturais. 
§ 1º Para efeito de registro e pedido de cancelamento ou impugnação de agrotóxicos e afins, todas as 
informações toxicológicas de contaminação ambiental e comportamento genético, bem como os efeitos 
no mecanismo hormonal, são de responsabilidade do estabelecimento registrante ou da entidade 
impugnante e devem proceder de laboratórios nacionais ou internacionais. 
§ 2º A regulamentação desta Lei estabelecerá condições para o processo de impugnação ou cancelamento 
do registro, determinando que o prazo de tramitação não exceda 90 (noventa) dias e que os resultados 
apurados sejam publicados. 
§ 3º Protocolado o pedido de registro, será publicado no Diário Oficial da União um resumo do mesmo. 
Art. 6º As embalagens dos agrotóxicos e afins deverão atender, entre outros, aos seguintes requisitos: 
I - devem ser projetadas e fabricadas de forma a impedir qualquer vazamento, evaporação, perda ou 
 7 
alteração de seu conteúdo; 
I - devem ser projetadas e fabricadas de forma a impedir qualquer vazamento, evaporação,perda ou 
alteração de seu conteúdo e de modo a facilitar as operações de lavagem, classificação, reutilização e 
reciclagem; (Redação dada pela Lei nº 9.974, de 2000) 
II - os materiais de que forem feitas devem ser insuscetíveis de ser atacados pelo conteúdo ou de formar 
com ele combinações nocivas ou perigosas; 
III - devem ser suficientemente resistentes em todas as suas partes, de forma a não sofrer enfraquecimento 
e a responder adequadamente às exigências de sua normal conservação; 
IV - devem ser providas de um lacre que seja irremediavelmente destruído ao ser aberto pela primeira 
vez. 
Parágrafo único. Fica proibido o fracionamento ou a reembalagem de agrotóxicos e afins para fins de 
comercialização, salvo quando realizados nos estabelecimentos produtores dos mesmos. 
§ 1
o
 O fracionamento e a reembalagem de agrotóxicos e afins com o objetivo de comercialização somente 
poderão ser realizados pela empresa produtora, ou por estabelecimento devidamente credenciado, sob 
responsabilidade daquela, em locais e condições previamente autorizados pelos órgãos competentes. 
(Incluído pela Lei nº 9.974, de 2000) 
§ 2
o
 Os usuários de agrotóxicos, seus componentes e afins deverão efetuar a devolução das embalagens 
vazias dos produtos aos estabelecimentos comerciais em que foram adquiridos, de acordo com as 
instruções previstas nas respectivas bulas, no prazo de até um ano, contado da data de compra, ou prazo 
superior, se autorizado pelo órgão registrante, podendo a devolução ser intermediada por postos ou 
centros de recolhimento, desde que autorizados e fiscalizados pelo órgão competente.(Incluído pela Lei nº 
9.974, de 2000)
 
§ 3
o
 Quando o produto não for fabricado no País, assumirá a responsabilidade de que trata o § 2
o
 a pessoa 
física ou jurídica responsável pela importação e, tratando-se de produto importado submetido a 
processamento industrial ou a novo acondicionamento, caberá ao órgão registrante defini-la.(Incluído pela 
Lei nº 9.974, de 2000) 
§ 4
o
 As embalagens rígidas que contiverem formulações miscíveis ou dispersíveis em água deverão ser 
submetidas pelo usuário à operação de tríplice lavagem, ou tecnologia equivalente, conforme normas 
técnicas oriundas dos órgãos competentes e orientação constante de seus rótulos e bulas.(Incluído pela Lei 
nº 9.974, de 2000) 
§ 5
o
 As empresas produtoras e comercializadoras de agrotóxicos, seus componentes e afins, são 
responsáveis pela destinação das embalagens vazias dos produtos por elas fabricados e comercializados, 
após a devolução pelos usuários, e pela dos produtos apreendidos pela ação fiscalizatória e dos 
impróprios para utilização ou em desuso, com vistas à sua reutilização, reciclagem ou inutilização, 
obedecidas as normas e instruções dos órgãos registrantes e sanitário-ambientais competentes. (Incluído 
pela Lei nº 9.974, de 2000) 
§ 6
o
 As empresas produtoras de equipamentos para pulverização deverão, no prazo de cento e oitenta dias 
da publicação desta Lei, inserir nos novos equipamentos adaptações destinadas a facilitar as operações de 
tríplice lavagem ou tecnologia equivalente.(Incluído pela Lei nº 9.974, de 2000) 
Art. 7º Para serem vendidos ou expostos à venda em todo território nacional, os agrotóxicos e afins ficam 
obrigados a exibir rótulos próprios, redigidos em português, que contenham, entre outros, os seguintes 
 8 
dados: 
Art. 7
o
 Para serem vendidos ou expostos à venda em todo o território nacional, os agrotóxicos e afins são 
obrigados a exibir rótulos próprios e bulas, redigidos em português, que contenham, entre outros, os 
seguintes dados: (Redação dada pela Lei nº 9.974, de 2000) 
I - indicações para a identificação do produto, compreendendo: 
a) o nome do produto; 
b) o nome e a percentagem de cada princípio ativo e a percentagem total dos ingredientes inertes que 
contém; 
c) a quantidade de agrotóxicos, componentes ou afins, que a embalagem contém, expressa em unidades 
de peso ou volume, conforme o caso; 
d) o nome e o endereço do fabricante e do importador; 
e) os números de registro do produto e do estabelecimento fabricante ou importador; 
f) o número do lote ou da partida; 
g) um resumo dos principais usos do produto; 
h) a classificação toxicológica do produto; 
II - instruções para utilização, que compreendam: 
a) a data de fabricação e de vencimento; 
b) o intervalo de segurança, assim entendido o tempo que deverá transcorrer entre a aplicação e a colheita, 
uso ou consumo, a semeadura ou plantação, e a semeadura ou plantação do cultivo seguinte, conforme o 
caso; 
c) informações sobre o modo de utilização, incluídas, entre outras: a indicação de onde ou sobre o que 
deve ser aplicado; o nome comum da praga ou enfermidade que se pode com ele combater ou os efeitos 
que se pode obter; a época em que a aplicação deve ser feita; o número de aplicações e o espaçamento 
entre elas, se for o caso; as doses e os limites de sua utilização; 
d) informações sobre os equipamentos a serem utilizados e sobre o destino final das embalagens; 
d) informações sobre os equipamentos a serem usados e a descrição dos processos de tríplice lavagem ou 
tecnologia equivalente, procedimentos para a devolução, destinação, transporte, reciclagem, reutilização e 
inutilização das embalagens vazias e efeitos sobre o meio ambiente decorrentes da destinação inadequada 
dos recipientes; (Redação dada pela Lei nº 9.974, de 2000) 
III - informações relativas aos perigos potenciais, compreendidos: 
a) os possíveis efeitos prejudiciais sobre a saúde do homem, dos animais e sobre o meio ambiente; 
b) precauções para evitar danos a pessoas que os aplicam ou manipulam e a terceiros, aos animais 
domésticos, fauna, flora e meio ambiente; 
c) símbolos de perigo e frases de advertência padronizados, de acordo com a classificação toxicológica do 
 9 
produto; 
d) instruções para o caso de acidente, incluindo sintomas de alarme, primeiros socorros, antídotos e 
recomendações para os médicos; 
IV - recomendação para que o usuário leia o rótulo antes de utilizar o produto. 
§ 1º Os textos e símbolos impressos nos rótulos serão claramente visíveis e facilmente legíveis em 
condições normais e por pessoas comuns. 
§ 2º Fica facultada a inscrição, nos rótulos, de dados não estabelecidos como obrigatórios, desde que: 
I - não dificultem a visibilidade e a compreensão dos dados obrigatórios; 
II - não contenham: 
a) afirmações ou imagens que possam induzir o usuário a erro quanto à natureza, composição, segurança 
e eficácia do produto, e sua adequação ao uso; 
b) comparações falsas ou equívocas com outros produtos; 
c) indicações que contradigam as informações obrigatórias; 
d) declarações de propriedade relativas à inocuidade, tais como "seguro", "não venenoso", "não tóxico"; 
com ou sem uma frase complementar, como: "quando utilizado segundo as instruções"; 
e) afirmações de que o produto é recomendado por qualquer órgão do Governo. 
§ 3º Quando, mediante aprovação do órgão competente, for juntado folheto complementar que amplie os 
dados do rótulo, ou que contenha dados que obrigatoriamente deste devessem constar, mas que nele não 
couberam, pelas dimensões reduzidas da embalagem, observar-se-á o seguinte: 
I - deve-se incluir no rótulo frase que recomende a leitura do folheto anexo, antes da utilização do 
produto; 
II - em qualquer hipótese, os símbolos de perigo, o nome do produto, as precauções e instruções de 
primeiros socorros, bem como o nome e o endereço do fabricante ou importador devem constar tanto do 
rótulo como do folheto. 
Art. 8º A propaganda comercial de agrotóxicos, componentes e afins, em qualquer meio de comunicação, 
conterá, obrigatoriamente, clara advertênciasobre os riscos do produto à saúde dos homens, animais e ao 
meio ambiente, e observará o seguinte: 
I - estimulará os compradores e usuários a ler atentamente o rótulo e, se for o caso, o folheto, ou a pedir 
que alguém os leia para eles, se não souberem ler; 
II - não conterá nenhuma representação visual de práticas potencialmente perigosas, tais como a 
manipulação ou aplicação sem equipamento protetor, o uso em proximidade de alimentos ou em presença 
de crianças; 
III - obedecerá ao disposto no inciso II do § 2º do art. 7º desta Lei. 
Art. 9º No exercício de sua competência, a União adotará as seguintes providências: 
 10 
I - legislar sobre a produção, registro, comércio interestadual, exportação, importação, transporte, 
classificação e controle tecnológico e toxicológico; 
II - controlar e fiscalizar os estabelecimentos de produção, importação e exportação; 
III - analisar os produtos agrotóxicos, seus componentes e afins, nacionais e importados; 
IV - controlar e fiscalizar a produção, a exportação e a importação. 
Art. 10. Compete aos Estados e ao Distrito Federal, nos termos dos arts. 23 e 24 da Constituição Federal, 
legislar sobre o uso, a produção, o consumo, o comércio e o armazenamento dos agrotóxicos, seus 
componentes e afins, bem como fiscalizar o uso, o consumo, o comércio, o armazenamento e o transporte 
interno. 
Art. 11. Cabe ao Município legislar supletivamente sobre o uso e o armazenamento dos agrotóxicos, seus 
componentes e afins. 
Art. 12. A União, através dos órgãos competentes, prestará o apoio necessário às ações de controle e 
fiscalização, à Unidade da Federação que não dispuser dos meios necessários. 
Art. 12A. Compete ao Poder Público a fiscalização: (Incluído pela Lei nº 9.974, de 2000) 
I – da devolução e destinação adequada de embalagens vazias de agrotóxicos, seus componentes e afins, 
de produtos apreendidos pela ação fiscalizadora e daqueles impróprios para utilização ou em desuso; 
(Incluído pela Lei nº 9.974, de 2000) 
II – do armazenamento, transporte, reciclagem, reutilização e inutilização de embalagens vazias e 
produtos referidos no inciso I. (Incluído pela Lei nº 9.974, de 2000) 
Art. 13. A venda de agrotóxicos e afins aos usuários será feita através de receituário próprio, prescrito por 
profissionais legalmente habilitados, salvo casos excepcionais que forem previstos na regulamentação 
desta Lei. 
Art. 14. As responsabilidades administrativa, civil e penal, pelos danos causados à saúde das pessoas e ao 
meio ambiente, quando a produção, a comercialização, a utilização e o transporte não cumprirem o 
disposto nesta Lei, na sua regulamentação e nas legislações estaduais e municipais, cabem: 
Art. 14. As responsabilidades administrativa, civil e penal pelos danos causados à saúde das pessoas e ao 
meio ambiente, quando a produção, comercialização, utilização, transporte e destinação de embalagens 
vazias de agrotóxicos, seus componentes e afins, não cumprirem o disposto na legislação pertinente, 
cabem: (Redação dada pela Lei nº 9.974, de 2000) 
a) ao profissional, quando comprovada receita errada, displicente ou indevida; 
b) ao usuário ou a prestador de serviços, quando em desacordo com o receituário; 
b) ao usuário ou ao prestador de serviços, quando proceder em desacordo com o receituário ou as 
recomendações do fabricante e órgãos registrantes e sanitário-ambientais; (Redação dada pela Lei nº 
9.974, de 2000) 
c) ao comerciante, quando efetuar venda sem o respectivo receituário ou em desacordo com a receita; 
c) ao comerciante, quando efetuar venda sem o respectivo receituário ou em desacordo com a receita ou 
recomendações do fabricante e órgãos registrantes e sanitário-ambientais; (Redação dada pela Lei nº 
 11 
9.974, de 2000) 
d) ao registrante que, por dolo ou por culpa, omitir informações ou fornecer informações incorretas; 
e) ao produtor que produzir mercadorias em desacordo com as especificações constantes do registro do 
produto, do rótulo, da bula, do folheto e da propaganda; 
e) ao produtor, quando produzir mercadorias em desacordo com as especificações constantes do registro 
do produto, do rótulo, da bula, do folheto e da propaganda, ou não der destinação às embalagens vazias 
em conformidade com a legislação pertinente; (Redação dada pela Lei nº 9.974, de 2000) 
f) ao empregador, quando não fornecer e não fizer manutenção dos equipamentos adequados à proteção 
da saúde dos trabalhadores ou dos equipamentos na produção, distribuição e aplicação dos produtos. 
Art. 15. Aquele que produzir, comercializar, transportar, aplicar ou prestar serviços na aplicação de 
agrotóxicos, seus componentes e afins, descumprindo as exigências estabelecidas nas leis e nos seus 
regulamentos, ficará sujeito à pena de reclusão de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, além da multa de 100 (cem) 
a 1.000 (mil) MVR. Em caso de culpa, será punido com pena de reclusão de 1 (um) a 3 (três) anos, além 
da multa de 50 (cinqüenta) a 500 (quinhentos) MVR. 
Art. 15. Aquele que produzir, comercializar, transportar, aplicar, prestar serviço, der destinação a resíduos 
e embalagens vazias de agrotóxicos, seus componentes e afins, em descumprimento às exigências 
estabelecidas na legislação pertinente estará sujeito à pena de reclusão, de dois a quatro anos, além de 
multa. (Redação dada pela Lei nº 9.974, de 2000) 
Art. 16. O empregador, profissional responsável ou o prestador de serviço, que deixar de promover as 
medidas necessárias de proteção à saúde e ao meio ambiente, estará sujeito à pena de reclusão de 2 (dois) 
a 4 (quatro) anos, além de multa de 100 (cem) a 1.000 (mil) MVR. Em caso de culpa, será punido com 
pena de reclusão de 1 (um) a 3 (três) anos, além de multa de 50 (cinqüenta) a 500 (quinhentos) MVR. 
Art. 17. Sem prejuízo das responsabilidades civil e penal cabíveis, a infração de disposições desta Lei 
acarretará, isolada ou cumulativamente, nos termos previstos em regulamento, independente das medidas 
cautelares de estabelecimento e apreensão do produto ou alimentos contaminados, a aplicação das 
seguintes sanções: 
I - advertência; 
II - multa de até 1000 (mil) vezes o Maior Valor de Referência - MVR, aplicável em dobro em caso de 
reincidência; 
III - condenação de produto; 
IV - inutilização de produto; 
V - suspensão de autorização, registro ou licença; 
VI - cancelamento de autorização, registro ou licença; 
VII - interdição temporária ou definitiva de estabelecimento; 
VIII - destruição de vegetais, partes de vegetais e alimentos, com resíduos acima do permitido; 
IX - destruição de vegetais, partes de vegetais e alimentos, nos quais tenha havido aplicação de 
 12 
agrotóxicos de uso não autorizado, a critério do órgão competente. 
Parágrafo único. A autoridade fiscalizadora fará a divulgação das sanções impostas aos infratores desta 
Lei. 
Art. 18. Após a conclusão do processo administrativo, os agrotóxicos e afins, apreendidos como resultado 
da ação fiscalizadora, serão inutilizados ou poderão ter outro destino, a critério da autoridade competente. 
Parágrafo único. Os custos referentes a quaisquer dos procedimentos mencionados neste artigo correrão 
por conta do infrator. 
Art. 19. O Poder Executivo desenvolverá ações de instrução, divulgação e esclarecimento, que estimulem 
o uso seguro e eficaz dos agrotóxicos, seus componentes e afins, com o objetivo de reduzir os efeitos 
prejudiciais para os seres humanos e o meio ambiente e de prevenir acidentes decorrentes de sua 
utilização imprópria. 
Parágrafo único. As empresas produtoras e comercializadoras de agrotóxicos, seus componentes e afins, 
implementarão, em colaboração com o Poder Público, programas educativos e mecanismos de controle e 
estímulo à devolução das embalagensvazias por parte dos usuários, no prazo de cento e oitenta dias 
contado da publicação desta Lei. (Incluído pela Lei nº 9.974, de 2000) 
Art. 20. As empresas e os prestadores de serviços que já exercem atividades no ramo de agrotóxicos, seus 
componentes e afins, têm o prazo de até 6 (seis) meses, a partir da regulamentação desta Lei, para se 
adaptarem às suas exigências. 
Parágrafo único. Aos titulares do registro de produtos agrotóxicos que têm como componentes os 
organoclorados será exigida imediata reavaliação de seu registro, nos termos desta Lei. 
Art. 21. O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de 90 (noventa) dias, contado da data de sua 
publicação. 
Art. 22. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. 
Art. 23. Revogam-se as disposições em contrário. 
Brasília, 11 de julho de 1989; 168º da Independência e 101º da República. 
JOSÉ SARNEY 
Íris Rezende Machado 
João Alves Filho 
Rubens Bayma Denys 
Este texto não substitui o publicado no DOU de 12.7.1989. 
 
 
 
 
 
 
 13 
LEI Nº 9.974, DE 6 DE JUNHO DE 2000. 
 
 
Altera a Lei n
o
 7.802, de 11 de julho de 1989, que dispõe sobre a pesquisa, a experimentação, a 
produção, a embalagem e rotulagem, o transporte, o armazenamento, a comercialização, a propaganda 
comercial, a utilização, a importação, a exportação, o destino final dos resíduos e embalagens, o registro, 
a classificação, o controle, a inspeção e a fiscalização de agrotóxicos, seus componentes e afins, e dá 
outras providências. 
Já compilada na Lei 7.802/89 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 14 
LEI Nº 9.294, DE 15 DE JULHO DE 1996. 
Foram selecionados alguns artigos vinculados aos agrotóxicos. 
 
Dispõe sobre as restrições ao uso e à propaganda de produtos fumígeros, bebidas alcoólicas, 
medicamentos, terapias e defensivos agrícolas, nos termos do § 4° do art. 220 da Constituição Federal. 
 
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a 
seguinte Lei: 
Art. 1º O uso e a propaganda de produtos fumígeros, derivados ou não do tabaco, de bebidas alcoólicas, 
de medicamentos e terapias e de defensivos agrícolas estão sujeitos às restrições e condições 
estabelecidas por esta Lei, nos termos do § 4° do art. 220 da Constituição Federal. 
Parágrafo único. Consideram-se bebidas alcoólicas, para efeitos desta Lei, as bebidas potáveis com teor 
alcoólico superior a treze graus Gay Lussac. 
 
(...) 
Art. 8° A propaganda de defensivos agrícolas que contenham produtos de efeito tóxico, mediato ou 
imediato, para o ser humano, deverá restringir-se a programas e publicações dirigidas aos 
agricultores e pecuaristas, contendo completa explicação sobre a sua aplicação, precauções no 
emprego, consumo ou utilização, segundo o que dispuser o órgão competente do Ministério da 
Agricultura e do Abastecimento, sem prejuízo das normas estabelecidas pelo Ministério da Saúde 
ou outro órgão do Sistema Único de Saúde. 
 
Art. 9
o
 Aplicam-se ao infrator desta Lei, sem prejuízo de outras penalidades previstas na legislação em 
vigor, especialmente no Código de Defesa do Consumidor e na Legislação de Telecomunicações, as 
seguintes sanções:(Redação dada pela Lei nº 10.167, de 27.12.2000) 
I - advertência; 
II - suspensão, no veículo de divulgação da publicidade, de qualquer outra propaganda do produto, por 
prazo de até trinta dias; 
III - obrigatoriedade de veiculação de retificação ou esclarecimento para compensar propaganda 
distorcida ou de má-fé; 
IV - apreensão do produto; 
V – multa, de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) a R$ 100.000,00 (cem mil reais), aplicada conforme a 
capacidade econômica do infrator; (Redação dada pela Lei nº 10.167, de 27.12.2000) 
VI – suspensão da programação da emissora de rádio e televisão, pelo tempo de dez minutos, por cada 
minuto ou fração de duração da propaganda transmitida em desacordo com esta Lei, observando-se o 
mesmo horário. (Inciso incluído pela Lei nº 10.167, de 27.12.2000) 
VII – no caso de violação do disposto no inciso IX do artigo 3oA, as sanções previstas na Lei no 6.437, de 
20 de agosto de 1977, sem prejuízo do disposto no art. 243 da Lei n
o
 8.069, de 13 de julho de 1990. 
(Incluído pela Lei nº 10.702, de 14.7.2003) 
§ 1° As sanções previstas neste artigo poderão ser aplicadas gradativamente e, na reincidência, 
cumulativamente, de acordo com as especificidade do infrator. 
§ 2° Em qualquer caso, a peça publicitária fica definitivamente vetada. 
§ 3
o
 Considera-se infrator, para os efeitos desta Lei, toda e qualquer pessoa natural ou jurídica que, de 
forma direta ou indireta, seja responsável pela divulgação da peça publicitária ou pelo respectivo veículo 
de comunicação.(Redação dada pela Lei nº 10.167, de 27.12.2000) 
§ 4
o
 Compete à autoridade sanitária municipal aplicar as sanções previstas neste artigo, na forma do art. 
12 da Lei n
o
 6.437, de 20 de agosto de 1977, ressalvada a competência exclusiva ou concorrente: 
(Parágrafo incluído pela Lei nº 10.167, de 27.12.2000) 
I – do órgão de vigilância sanitária do Ministério da Saúde, inclusive quanto às sanções aplicáveis às 
agências de publicidade, responsáveis por propaganda de âmbito nacional; (Inciso incluído pela Lei nº 
10.167, de 27.12.2000) 
II – do órgão de regulamentação da aviação civil do Ministério da Defesa, em relação a infrações 
verificadas no interior de aeronaves; (Inciso incluído pela Lei nº 10.167, de 27.12.2000) 
 15 
III – do órgão do Ministério das Comunicações responsável pela fiscalização das emissoras de rádio e 
televisão; (Inciso incluído pela Lei nº 10.167, de 27.12.2000) 
IV – do órgão de regulamentação de transportes do Ministério dos Transportes, em relação a infrações 
ocorridas no interior de transportes rodoviários, ferroviários e aquaviários de passageiros. (Inciso incluído 
pela Lei nº 10.167, de 27.12.2000) 
§ 5
o
 O Poder Executivo definirá as competências dos órgãos e entidades da administração federal 
encarregados em aplicar as sanções deste artigo. (Incluído pela Lei nº 10.702, de 14.7.2003) 
 
Art. 10. O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo máximo de sessenta dias de sua publicação. 
 
Art. 11. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. 
 
Art. 12. Revogam-se as disposições em contrário. 
 
Brasília, 15 de julho de 1996; 175º da Independência e 108º da República. 
 
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 16 
LEI Nº 9.605, DE 12 DE FEVEREIRO DE 1998. 
 
Foram selecionados alguns artigos vinculados aos agrotóxicos. 
 
Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio 
ambiente, e dá outras providências. 
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a 
seguinte Lei: 
CAPÍTULO I 
DISPOSIÇÕES GERAIS 
Art. 1º (VETADO) 
 
Art. 2º Quem, de qualquer forma, concorre para a prática dos crimes previstos nesta Lei, incide nas penas 
a estes cominadas, na medida da sua culpabilidade, bem como o diretor, o administrador, o membro de 
conselho e de órgão técnico, o auditor, o gerente, o preposto ou mandatário de pessoa jurídica, que, 
sabendo da conduta criminosa de outrem, deixar de impedir a sua prática, quando podia agir para evitá-la. 
 
Art. 3º As pessoas jurídicas serão responsabilizadas administrativa, civil e penalmente conforme o 
disposto nesta Lei, nos casos em que a infração sejacometida por decisão de seu representante legal ou 
contratual, ou de seu órgão colegiado, no interesse ou benefício da sua entidade. 
Parágrafo único. A responsabilidade das pessoas jurídicas não exclui a das pessoas físicas, autoras, co-
autoras ou partícipes do mesmo fato. 
 
Art. 4º Poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica sempre que sua personalidade for obstáculo ao 
ressarcimento de prejuízos causados à qualidade do meio ambiente. 
 
Art. 5º (VETADO) 
CAPÍTULO II 
DA APLICAÇÃO DA PENA 
 
Art. 6º Para imposição e gradação da penalidade, a autoridade competente observará: 
I - a gravidade do fato, tendo em vista os motivos da infração e suas conseqüências para a saúde pública e 
para o meio ambiente; 
II - os antecedentes do infrator quanto ao cumprimento da legislação de interesse ambiental; 
III - a situação econômica do infrator, no caso de multa. 
 
Art. 7º As penas restritivas de direitos são autônomas e substituem as privativas de liberdade quando: 
I - tratar-se de crime culposo ou for aplicada a pena privativa de liberdade inferior a quatro anos; 
II - a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do condenado, bem como os 
motivos e as circunstâncias do crime indicarem que a substituição seja suficiente para efeitos de 
reprovação e prevenção do crime. 
Parágrafo único. As penas restritivas de direitos a que se refere este artigo terão a mesma duração da pena 
privativa de liberdade substituída. 
 
Art. 8º As penas restritivas de direito são: 
I - prestação de serviços à comunidade; 
II - interdição temporária de direitos; 
III - suspensão parcial ou total de atividades; 
IV - prestação pecuniária; 
V - recolhimento domiciliar. 
 
 17 
Art. 9º A prestação de serviços à comunidade consiste na atribuição ao condenado de tarefas gratuitas 
junto a parques e jardins públicos e unidades de conservação, e, no caso de dano da coisa particular, 
pública ou tombada, na restauração desta, se possível. 
 
Art. 10. As penas de interdição temporária de direito são a proibição de o condenado contratar com o 
Poder Público, de receber incentivos fiscais ou quaisquer outros benefícios, bem como de participar de 
licitações, pelo prazo de cinco anos, no caso de crimes dolosos, e de três anos, no de crimes culposos. 
Art. 11. A suspensão de atividades será aplicada quando estas não estiverem obedecendo às prescrições 
legais. 
 
Art. 12. A prestação pecuniária consiste no pagamento em dinheiro à vítima ou à entidade pública ou 
privada com fim social, de importância, fixada pelo juiz, não inferior a um salário mínimo nem superior a 
trezentos e sessenta salários mínimos. O valor pago será deduzido do montante de eventual reparação 
civil a que for condenado o infrator. 
 
Art. 13. O recolhimento domiciliar baseia-se na autodisciplina e senso de responsabilidade do condenado, 
que deverá, sem vigilância, trabalhar, freqüentar curso ou exercer atividade autorizada, permanecendo 
recolhido nos dias e horários de folga em residência ou em qualquer local destinado a sua moradia 
habitual, conforme estabelecido na sentença condenatória. 
 
Art. 14. São circunstâncias que atenuam a pena: 
I - baixo grau de instrução ou escolaridade do agente; 
II - arrependimento do infrator, manifestado pela espontânea reparação do dano, ou limitação 
significativa da degradação ambiental causada; 
III - comunicação prévia pelo agente do perigo iminente de degradação ambiental; 
IV - colaboração com os agentes encarregados da vigilância e do controle ambiental. 
Art. 15. São circunstâncias que agravam a pena, quando não constituem ou qualificam o crime: 
I - reincidência nos crimes de natureza ambiental; 
II - ter o agente cometido a infração: 
a) para obter vantagem pecuniária; 
b) coagindo outrem para a execução material da infração; 
c) afetando ou expondo a perigo, de maneira grave, a saúde pública ou o meio ambiente; 
d) concorrendo para danos à propriedade alheia; 
e) atingindo áreas de unidades de conservação ou áreas sujeitas, por ato do Poder Público, a regime 
especial de uso; 
f) atingindo áreas urbanas ou quaisquer assentamentos humanos; 
g) em período de defeso à fauna; 
h) em domingos ou feriados; 
i) à noite; 
j) em épocas de seca ou inundações; 
l) no interior do espaço territorial especialmente protegido; 
m) com o emprego de métodos cruéis para abate ou captura de animais; 
n) mediante fraude ou abuso de confiança; 
o) mediante abuso do direito de licença, permissão ou autorização ambiental; 
p) no interesse de pessoa jurídica mantida, total ou parcialmente, por verbas públicas ou 
beneficiada por incentivos fiscais; 
q) atingindo espécies ameaçadas, listadas em relatórios oficiais das autoridades competentes; 
r) facilitada por funcionário público no exercício de suas funções. 
 
Art. 16. Nos crimes previstos nesta Lei, a suspensão condicional da pena pode ser aplicada nos casos de 
condenação a pena privativa de liberdade não superior a três anos. 
 
 18 
Art. 17. A verificação da reparação a que se refere o § 2º do art. 78 do Código Penal será feita mediante 
laudo de reparação do dano ambiental, e as condições a serem impostas pelo juiz deverão relacionar-se 
com a proteção ao meio ambiente. 
 
Art. 18. A multa será calculada segundo os critérios do Código Penal; se revelar-se ineficaz, ainda que 
aplicada no valor máximo, poderá ser aumentada até três vezes, tendo em vista o valor da vantagem 
econômica auferida. 
 
Art. 19. A perícia de constatação do dano ambiental, sempre que possível, fixará o montante do prejuízo 
causado para efeitos de prestação de fiança e cálculo de multa. 
Parágrafo único. A perícia produzida no inquérito civil ou no juízo cível poderá ser aproveitada no 
processo penal, instaurando-se o contraditório. 
 
Art. 20. A sentença penal condenatória, sempre que possível, fixará o valor mínimo para reparação dos 
danos causados pela infração, considerando os prejuízos sofridos pelo ofendido ou pelo meio ambiente. 
Parágrafo único. Transitada em julgado a sentença condenatória, a execução poderá efetuar-se pelo valor 
fixado nos termos do caput, sem prejuízo da liquidação para apuração do dano efetivamente sofrido. 
 
Art. 21. As penas aplicáveis isolada, cumulativa ou alternativamente às pessoas jurídicas, de acordo com 
o disposto no art. 3º, são: 
I - multa; 
II - restritivas de direitos; 
III - prestação de serviços à comunidade. 
 
Art. 22. As penas restritivas de direitos da pessoa jurídica são: 
I - suspensão parcial ou total de atividades; 
II - interdição temporária de estabelecimento, obra ou atividade; 
III - proibição de contratar com o Poder Público, bem como dele obter subsídios, subvenções ou doações. 
§ 1º A suspensão de atividades será aplicada quando estas não estiverem obedecendo às disposições 
legais ou regulamentares, relativas à proteção do meio ambiente. 
§ 2º A interdição será aplicada quando o estabelecimento, obra ou atividade estiver funcionando sem a 
devida autorização, ou em desacordo com a concedida, ou com violação de disposição legal ou 
regulamentar. 
§ 3º A proibição de contratar com o Poder Público e dele obter subsídios, subvenções ou doações não 
poderá exceder o prazo de dez anos. 
 
Art. 23. A prestação de serviços à comunidade pela pessoa jurídica consistirá em: 
I - custeio de programas e de projetos ambientais; 
II - execução de obras de recuperação de áreas degradadas; 
III - manutenção de espaços públicos; 
IV - contribuições a entidades ambientais ou culturais públicas. 
 
Art. 24. A pessoa jurídica constituída ou utilizada, preponderantemente, com o fim de permitir, facilitar 
ou ocultar a prática de crime definidonesta Lei terá decretada sua liquidação forçada, seu patrimônio será 
considerado instrumento do crime e como tal perdido em favor do Fundo Penitenciário Nacional. 
(...) 
CAPÍTULO V 
DOS CRIMES CONTRA O MEIO AMBIENTE 
 
Seção III 
Da Poluição e outros Crimes Ambientais 
Art. 54. Causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam resultar em danos à 
saúde humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou a destruição significativa da flora: 
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. 
 19 
§ 1º Se o crime é culposo: 
Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa. 
§ 2º Se o crime: 
I - tornar uma área, urbana ou rural, imprópria para a ocupação humana; 
II - causar poluição atmosférica que provoque a retirada, ainda que momentânea, dos habitantes das áreas 
afetadas, ou que cause danos diretos à saúde da população; 
III - causar poluição hídrica que torne necessária a interrupção do abastecimento público de água de uma 
comunidade; 
IV - dificultar ou impedir o uso público das praias; 
V - ocorrer por lançamento de resíduos sólidos, líquidos ou gasosos, ou detritos, óleos ou substâncias 
oleosas, em desacordo com as exigências estabelecidas em leis ou regulamentos: 
Pena - reclusão, de um a cinco anos. 
§ 3º Incorre nas mesmas penas previstas no parágrafo anterior quem deixar de adotar, quando assim o 
exigir a autoridade competente, medidas de precaução em caso de risco de dano ambiental grave ou 
irreversível. 
 
Art. 55. Executar pesquisa, lavra ou extração de recursos minerais sem a competente autorização, 
permissão, concessão ou licença, ou em desacordo com a obtida: 
Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa. 
Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre quem deixa de recuperar a área pesquisada ou explorada, nos 
termos da autorização, permissão, licença, concessão ou determinação do órgão competente. 
 
Art. 56. Produzir, processar, embalar, importar, exportar, comercializar, fornecer, transportar, 
armazenar, guardar, ter em depósito ou usar produto ou substância tóxica, perigosa ou nociva à 
saúde humana ou ao meio ambiente, em desacordo com as exigências estabelecidas em leis ou nos 
seus regulamentos: 
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. 
§ 1
o
 Nas mesmas penas incorre quem: (Redação dada pela Lei nº 12.305, de 2010) 
I - abandona os produtos ou substâncias referidos no caput ou os utiliza em desacordo com as 
normas ambientais ou de segurança; (Incluído pela Lei nº 12.305, de 2010) 
II - manipula, acondiciona, armazena, coleta, transporta, reutiliza, recicla ou dá destinação final a 
resíduos perigosos de forma diversa da estabelecida em lei ou regulamento. (Incluído pela Lei nº 
12.305, de 2010) 
§ 2º Se o produto ou a substância for nuclear ou radioativa, a pena é aumentada de um sexto a um 
terço. 
§ 3º Se o crime é culposo: 
Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa. 
 
Art. 57. (VETADO) 
 
Art. 58. Nos crimes dolosos previstos nesta Seção, as penas serão aumentadas: 
I - de um sexto a um terço, se resulta dano irreversível à flora ou ao meio ambiente em geral; 
II - de um terço até a metade, se resulta lesão corporal de natureza grave em outrem; 
III - até o dobro, se resultar a morte de outrem. 
Parágrafo único. As penalidades previstas neste artigo somente serão aplicadas se do fato não resultar 
crime mais grave. 
 
Art. 59. (VETADO) 
 
Art. 60. Construir, reformar, ampliar, instalar ou fazer funcionar, em qualquer parte do território nacional, 
estabelecimentos, obras ou serviços potencialmente poluidores, sem licença ou autorização dos órgãos 
ambientais competentes, ou contrariando as normas legais e regulamentares pertinentes: 
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa, ou ambas as penas cumulativamente. 
 
 20 
Art. 61. Disseminar doença ou praga ou espécies que possam causar dano à agricultura, à pecuária, à 
fauna, à flora ou aos ecossistemas: 
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. 
(...) 
 
Art. 82. Revogam-se as disposições em contrário. 
 
Brasília, 12 de fevereiro de 1998; 177º da Independência e 110º da República. 
 
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO 
Gustavo Krause 
 
Este texto não substitui o publicado no D.O.U. de 13.2.1998 e retificado no DOU de 17.2.1998 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 21 
LEI Nº 9.784, DE 29 DE JANEIRO DE 1999. 
Regula o processo administrativo no âmbito da Administração Pública Federal. 
 
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a 
seguinte Lei: 
 
CAPÍTULO I 
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS 
Art. 1
o
 Esta Lei estabelece normas básicas sobre o processo administrativo no âmbito da Administração 
Federal direta e indireta, visando, em especial, à proteção dos direitos dos administrados e ao melhor 
cumprimento dos fins da Administração. 
§ 1
o
 Os preceitos desta Lei também se aplicam aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário da União, 
quando no desempenho de função administrativa. 
§ 2
o
 Para os fins desta Lei, consideram-se: 
I - órgão - a unidade de atuação integrante da estrutura da Administração direta e da estrutura da 
Administração indireta; 
II - entidade - a unidade de atuação dotada de personalidade jurídica; 
III - autoridade - o servidor ou agente público dotado de poder de decisão. 
 
Art. 2
o
 A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade, finalidade, 
motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, 
interesse público e eficiência. 
Parágrafo único. Nos processos administrativos serão observados, entre outros, os critérios de: 
I - atuação conforme a lei e o Direito; 
II - atendimento a fins de interesse geral, vedada a renúncia total ou parcial de poderes ou competências, 
salvo autorização em lei; 
III - objetividade no atendimento do interesse público, vedada a promoção pessoal de agentes ou 
autoridades; 
IV - atuação segundo padrões éticos de probidade, decoro e boa-fé; 
V - divulgação oficial dos atos administrativos, ressalvadas as hipóteses de sigilo previstas na 
Constituição; 
VI - adequação entre meios e fins, vedada a imposição de obrigações, restrições e sanções em medida 
superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento do interesse público; 
VII - indicação dos pressupostos de fato e de direito que determinarem a decisão; 
VIII – observância das formalidades essenciais à garantia dos direitos dos administrados; 
IX - adoção de formas simples, suficientes para propiciar adequado grau de certeza, segurança e respeito 
aos direitos dos administrados; 
X - garantia dos direitos à comunicação, à apresentação de alegações finais, à produção de provas e à 
interposição de recursos, nos processos de que possam resultar sanções e nas situações de litígio; 
XI - proibição de cobrança de despesas processuais, ressalvadas as previstas em lei; 
XII - impulsão, de ofício, do processo administrativo, sem prejuízo da atuação dos interessados; 
XIII - interpretação da norma administrativa da forma que melhor garanta o atendimento do fim público a 
que se dirige, vedada aplicação retroativa de nova interpretação. 
 
CAPÍTULO II 
DOS DIREITOS DOS ADMINISTRADOS 
Art. 3
o
 O administrado tem os seguintes direitos perante a Administração, sem prejuízo de outros que lhe 
sejam assegurados: 
I - ser tratado com respeito pelas autoridades e servidores, que deverão facilitar o exercício de seus 
direitos e o cumprimento de suas obrigações; 
II- ter ciência da tramitação dos processos administrativos em que tenha a condição de interessado, ter 
vista dos autos, obter cópias de documentos neles contidos e conhecer as decisões proferidas; 
 22 
III - formular alegações e apresentar documentos antes da decisão, os quais serão objeto de consideração 
pelo órgão competente; 
IV - fazer-se assistir, facultativamente, por advogado, salvo quando obrigatória a representação, por força 
de lei. 
 
CAPÍTULO III 
DOS DEVERES DO ADMINISTRADO 
Art. 4
o
 São deveres do administrado perante a Administração, sem prejuízo de outros previstos em ato 
normativo: 
I - expor os fatos conforme a verdade; 
II - proceder com lealdade, urbanidade e boa-fé; 
III - não agir de modo temerário; 
IV - prestar as informações que lhe forem solicitadas e colaborar para o esclarecimento dos fatos. 
 
CAPÍTULO IV 
DO INÍCIO DO PROCESSO 
Art. 5
o
 O processo administrativo pode iniciar-se de ofício ou a pedido de interessado. 
Art. 6
o
 O requerimento inicial do interessado, salvo casos em que for admitida solicitação oral, deve ser 
formulado por escrito e conter os seguintes dados: 
I - órgão ou autoridade administrativa a que se dirige; 
II - identificação do interessado ou de quem o represente; 
III - domicílio do requerente ou local para recebimento de comunicações; 
IV - formulação do pedido, com exposição dos fatos e de seus fundamentos; 
V - data e assinatura do requerente ou de seu representante. 
Parágrafo único. É vedada à Administração a recusa imotivada de recebimento de documentos, devendo o 
servidor orientar o interessado quanto ao suprimento de eventuais falhas. 
 
Art. 7
o
 Os órgãos e entidades administrativas deverão elaborar modelos ou formulários padronizados para 
assuntos que importem pretensões equivalentes. 
 
Art. 8
o
 Quando os pedidos de uma pluralidade de interessados tiverem conteúdo e fundamentos idênticos, 
poderão ser formulados em um único requerimento, salvo preceito legal em contrário. 
 
CAPÍTULO V 
DOS INTERESSADOS 
Art. 9
o
 São legitimados como interessados no processo administrativo: 
I - pessoas físicas ou jurídicas que o iniciem como titulares de direitos ou interesses individuais ou no 
exercício do direito de representação; 
II - aqueles que, sem terem iniciado o processo, têm direitos ou interesses que possam ser afetados pela 
decisão a ser adotada; 
III - as organizações e associações representativas, no tocante a direitos e interesses coletivos; 
IV - as pessoas ou as associações legalmente constituídas quanto a direitos ou interesses difusos. 
 
Art. 10. São capazes, para fins de processo administrativo, os maiores de dezoito anos, ressalvada 
previsão especial em ato normativo próprio. 
 
CAPÍTULO VI 
DA COMPETÊNCIA 
Art. 11. A competência é irrenunciável e se exerce pelos órgãos administrativos a que foi atribuída como 
própria, salvo os casos de delegação e avocação legalmente admitidos. 
 
Art. 12. Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver impedimento legal, delegar parte da 
sua competência a outros órgãos ou titulares, ainda que estes não lhe sejam hierarquicamente 
 23 
subordinados, quando for conveniente, em razão de circunstâncias de índole técnica, social, econômica, 
jurídica ou territorial. 
Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo aplica-se à delegação de competência dos órgãos 
colegiados aos respectivos presidentes. 
 
Art. 13. Não podem ser objeto de delegação: 
I - a edição de atos de caráter normativo; 
II - a decisão de recursos administrativos; 
III - as matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade. 
 
Art. 14. O ato de delegação e sua revogação deverão ser publicados no meio oficial. 
§ 1
o
 O ato de delegação especificará as matérias e poderes transferidos, os limites da atuação do delegado, 
a duração e os objetivos da delegação e o recurso cabível, podendo conter ressalva de exercício da 
atribuição delegada. 
§ 2
o
 O ato de delegação é revogável a qualquer tempo pela autoridade delegante. 
§ 3
o
 As decisões adotadas por delegação devem mencionar explicitamente esta qualidade e considerar-se-
ão editadas pelo delegado. 
 
Art. 15. Será permitida, em caráter excepcional e por motivos relevantes devidamente justificados, a 
avocação temporária de competência atribuída a órgão hierarquicamente inferior. 
 
Art. 16. Os órgãos e entidades administrativas divulgarão publicamente os locais das respectivas sedes e, 
quando conveniente, a unidade fundacional competente em matéria de interesse especial. 
 
Art. 17. Inexistindo competência legal específica, o processo administrativo deverá ser iniciado perante a 
autoridade de menor grau hierárquico para decidir. 
 
CAPÍTULO VII 
DOS IMPEDIMENTOS E DA SUSPEIÇÃO 
Art. 18. É impedido de atuar em processo administrativo o servidor ou autoridade que: 
I - tenha interesse direto ou indireto na matéria; 
II - tenha participado ou venha a participar como perito, testemunha ou representante, ou se tais situações 
ocorrem quanto ao cônjuge, companheiro ou parente e afins até o terceiro grau; 
III - esteja litigando judicial ou administrativamente com o interessado ou respectivo cônjuge ou 
companheiro. 
 
Art. 19. A autoridade ou servidor que incorrer em impedimento deve comunicar o fato à autoridade 
competente, abstendo-se de atuar. 
Parágrafo único. A omissão do dever de comunicar o impedimento constitui falta grave, para efeitos 
disciplinares. 
 
Art. 20. Pode ser argüida a suspeição de autoridade ou servidor que tenha amizade íntima ou inimizade 
notória com algum dos interessados ou com os respectivos cônjuges, companheiros, parentes e afins até o 
terceiro grau. 
 
Art. 21. O indeferimento de alegação de suspeição poderá ser objeto de recurso, sem efeito suspensivo. 
 
CAPÍTULO VIII 
DA FORMA, TEMPO E LUGAR DOS ATOS DO PROCESSO 
Art. 22. Os atos do processo administrativo não dependem de forma determinada senão quando a lei 
expressamente a exigir. 
§ 1
o
 Os atos do processo devem ser produzidos por escrito, em vernáculo, com a data e o local de sua 
realização e a assinatura da autoridade responsável. 
 24 
§ 2
o
 Salvo imposição legal, o reconhecimento de firma somente será exigido quando houver dúvida de 
autenticidade. 
§ 3
o
 A autenticação de documentos exigidos em cópia poderá ser feita pelo órgão administrativo. 
§ 4
o
 O processo deverá ter suas páginas numeradas seqüencialmente e rubricadas. 
 
Art. 23. Os atos do processo devem realizar-se em dias úteis, no horário normal de funcionamento da 
repartição na qual tramitar o processo. 
Parágrafo único. Serão concluídos depois do horário normal os atos já iniciados, cujo adiamento 
prejudique o curso regular do procedimento ou cause dano ao interessado ou à Administração. 
 
Art. 24. Inexistindo disposição específica, os atos do órgão ou autoridade responsável pelo processo e dos 
administrados que dele participem devem ser praticados no prazo de cinco dias, salvo motivo de força 
maior. 
Parágrafo único. O prazo previsto neste artigo pode ser dilatado até o dobro, mediante comprovada 
justificação. 
 
Art. 25. Os atos do processo devem realizar-se preferencialmente na sede do órgão, cientificando-se o 
interessado se outro for o local de realização. 
 
CAPÍTULO IX 
DA COMUNICAÇÃO DOS ATOS 
Art. 26. O órgão competente perante o qual tramita o processo administrativo determinará a intimação do 
interessado para ciência de decisão ou a efetivação de diligências. 
§ 1
o
 A intimação deverá conter: 
I - identificação do intimado e nome do órgão ou entidade administrativa; 
II - finalidade da intimação; 
III - data, horae local em que deve comparecer; 
IV - se o intimado deve comparecer pessoalmente, ou fazer-se representar; 
V - informação da continuidade do processo independentemente do seu comparecimento; 
VI - indicação dos fatos e fundamentos legais pertinentes. 
§ 2
o
 A intimação observará a antecedência mínima de três dias úteis quanto à data de comparecimento. 
§ 3
o
 A intimação pode ser efetuada por ciência no processo, por via postal com aviso de recebimento, por 
telegrama ou outro meio que assegure a certeza da ciência do interessado. 
§ 4
o
 No caso de interessados indeterminados, desconhecidos ou com domicílio indefinido, a intimação 
deve ser efetuada por meio de publicação oficial. 
§ 5
o
 As intimações serão nulas quando feitas sem observância das prescrições legais, mas o 
comparecimento do administrado supre sua falta ou irregularidade. 
 
Art. 27. O desatendimento da intimação não importa o reconhecimento da verdade dos fatos, nem a 
renúncia a direito pelo administrado. 
Parágrafo único. No prosseguimento do processo, será garantido direito de ampla defesa ao interessado. 
 
Art. 28. Devem ser objeto de intimação os atos do processo que resultem para o interessado em imposição 
de deveres, ônus, sanções ou restrição ao exercício de direitos e atividades e os atos de outra natureza, de 
seu interesse. 
 
CAPÍTULO X 
DA INSTRUÇÃO 
Art. 29. As atividades de instrução destinadas a averiguar e comprovar os dados necessários à tomada de 
decisão realizam-se de ofício ou mediante impulsão do órgão responsável pelo processo, sem prejuízo do 
direito dos interessados de propor atuações probatórias. 
§ 1
o
 O órgão competente para a instrução fará constar dos autos os dados necessários à decisão do 
processo. 
 25 
§ 2
o
 Os atos de instrução que exijam a atuação dos interessados devem realizar-se do modo menos 
oneroso para estes. 
 
Art. 30. São inadmissíveis no processo administrativo as provas obtidas por meios ilícitos. 
 
Art. 31. Quando a matéria do processo envolver assunto de interesse geral, o órgão competente poderá, 
mediante despacho motivado, abrir período de consulta pública para manifestação de terceiros, antes da 
decisão do pedido, se não houver prejuízo para a parte interessada. 
§ 1
o
 A abertura da consulta pública será objeto de divulgação pelos meios oficiais, a fim de que pessoas 
físicas ou jurídicas possam examinar os autos, fixando-se prazo para oferecimento de alegações escritas. 
§ 2
o
 O comparecimento à consulta pública não confere, por si, a condição de interessado do processo, mas 
confere o direito de obter da Administração resposta fundamentada, que poderá ser comum a todas as 
alegações substancialmente iguais. 
 
Art. 32. Antes da tomada de decisão, a juízo da autoridade, diante da relevância da questão, poderá ser 
realizada audiência pública para debates sobre a matéria do processo. 
 
Art. 33. Os órgãos e entidades administrativas, em matéria relevante, poderão estabelecer outros meios de 
participação de administrados, diretamente ou por meio de organizações e associações legalmente 
reconhecidas. 
 
Art. 34. Os resultados da consulta e audiência pública e de outros meios de participação de administrados 
deverão ser apresentados com a indicação do procedimento adotado. 
 
Art. 35. Quando necessária à instrução do processo, a audiência de outros órgãos ou entidades 
administrativas poderá ser realizada em reunião conjunta, com a participação de titulares ou 
representantes dos órgãos competentes, lavrando-se a respectiva ata, a ser juntada aos autos. 
 
Art. 36. Cabe ao interessado a prova dos fatos que tenha alegado, sem prejuízo do dever atribuído ao 
órgão competente para a instrução e do disposto no art. 37 desta Lei. 
 
Art. 37. Quando o interessado declarar que fatos e dados estão registrados em documentos existentes na 
própria Administração responsável pelo processo ou em outro órgão administrativo, o órgão competente 
para a instrução proverá, de ofício, à obtenção dos documentos ou das respectivas cópias. 
 
Art. 38. O interessado poderá, na fase instrutória e antes da tomada da decisão, juntar documentos e 
pareceres, requerer diligências e perícias, bem como aduzir alegações referentes à matéria objeto do 
processo. 
§ 1
o 
Os elementos probatórios deverão ser considerados na motivação do relatório e da decisão. 
§ 2
o
 Somente poderão ser recusadas, mediante decisão fundamentada, as provas propostas pelos 
interessados quando sejam ilícitas, impertinentes, desnecessárias ou protelatórias. 
 
Art. 39. Quando for necessária a prestação de informações ou a apresentação de provas pelos interessados 
ou terceiros, serão expedidas intimações para esse fim, mencionando-se data, prazo, forma e condições de 
atendimento. 
Parágrafo único. Não sendo atendida a intimação, poderá o órgão competente, se entender relevante a 
matéria, suprir de ofício a omissão, não se eximindo de proferir a decisão. 
 
Art. 40. Quando dados, atuações ou documentos solicitados ao interessado forem necessários à apreciação 
de pedido formulado, o não atendimento no prazo fixado pela Administração para a respectiva 
apresentação implicará arquivamento do processo. 
 
Art. 41. Os interessados serão intimados de prova ou diligência ordenada, com antecedência mínima de 
três dias úteis, mencionando-se data, hora e local de realização. 
 26 
 
Art. 42. Quando deva ser obrigatoriamente ouvido um órgão consultivo, o parecer deverá ser emitido no 
prazo máximo de quinze dias, salvo norma especial ou comprovada necessidade de maior prazo. 
§ 1
o
 Se um parecer obrigatório e vinculante deixar de ser emitido no prazo fixado, o processo não terá 
seguimento até a respectiva apresentação, responsabilizando-se quem der causa ao atraso. 
§ 2
o
 Se um parecer obrigatório e não vinculante deixar de ser emitido no prazo fixado, o processo poderá 
ter prosseguimento e ser decidido com sua dispensa, sem prejuízo da responsabilidade de quem se omitiu 
no atendimento. 
 
Art. 43. Quando por disposição de ato normativo devam ser previamente obtidos laudos técnicos de 
órgãos administrativos e estes não cumprirem o encargo no prazo assinalado, o órgão responsável pela 
instrução deverá solicitar laudo técnico de outro órgão dotado de qualificação e capacidade técnica 
equivalentes. 
 
Art. 44. Encerrada a instrução, o interessado terá o direito de manifestar-se no prazo máximo de dez dias, 
salvo se outro prazo for legalmente fixado. 
 
Art. 45. Em caso de risco iminente, a Administração Pública poderá motivadamente adotar providências 
acauteladoras sem a prévia manifestação do interessado. 
 
Art. 46. Os interessados têm direito à vista do processo e a obter certidões ou cópias reprográficas dos 
dados e documentos que o integram, ressalvados os dados e documentos de terceiros protegidos por sigilo 
ou pelo direito à privacidade, à honra e à imagem. 
Art. 47. O órgão de instrução que não for competente para emitir a decisão final elaborará relatório 
indicando o pedido inicial, o conteúdo das fases do procedimento e formulará proposta de decisão, 
objetivamente justificada, encaminhando o processo à autoridade competente. 
 
CAPÍTULO XI 
DO DEVER DE DECIDIR 
Art. 48. A Administração tem o dever de explicitamente emitir decisão nos processos administrativos e 
sobre solicitações ou reclamações, em matéria de sua competência. 
 
Art. 49. Concluída a instrução de processo administrativo, a Administração tem o prazo de até trinta dias 
para decidir, salvo prorrogação por igual período expressamente motivada. 
 
CAPÍTULO XII 
DA MOTIVAÇÃO 
Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatose dos fundamentos 
jurídicos, quando: 
I - neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses; 
II - imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções; 
III - decidam processos administrativos de concurso ou seleção pública; 
IV - dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório; 
V - decidam recursos administrativos; 
VI - decorram de reexame de ofício; 
VII - deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem de pareceres, laudos, 
propostas e relatórios oficiais; 
VIII - importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato administrativo. 
§ 1
o
 A motivação deve ser explícita, clara e congruente, podendo consistir em declaração de concordância 
com fundamentos de anteriores pareceres, informações, decisões ou propostas, que, neste caso, serão 
parte integrante do ato. 
§ 2
o
 Na solução de vários assuntos da mesma natureza, pode ser utilizado meio mecânico que reproduza 
os fundamentos das decisões, desde que não prejudique direito ou garantia dos interessados. 
 27 
§ 3
o
 A motivação das decisões de órgãos colegiados e comissões ou de decisões orais constará da 
respectiva ata ou de termo escrito. 
 
CAPÍTULO XIII 
DA DESISTÊNCIA E OUTROS CASOS DE EXTINÇÃO DO PROCESSO 
Art. 51. O interessado poderá, mediante manifestação escrita, desistir total ou parcialmente do pedido 
formulado ou, ainda, renunciar a direitos disponíveis. 
§ 1
o
 Havendo vários interessados, a desistência ou renúncia atinge somente quem a tenha formulado. 
§ 2
o
 A desistência ou renúncia do interessado, conforme o caso, não prejudica o prosseguimento do 
processo, se a Administração considerar que o interesse público assim o exige. 
 
Art. 52. O órgão competente poderá declarar extinto o processo quando exaurida sua finalidade ou o 
objeto da decisão se tornar impossível, inútil ou prejudicado por fato superveniente. 
 
CAPÍTULO XIV 
DA ANULAÇÃO, REVOGAÇÃO E CONVALIDAÇÃO 
Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de legalidade, e pode 
revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos. 
 
Art. 54. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis 
para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada 
má-fé. 
§ 1
o
 No caso de efeitos patrimoniais contínuos, o prazo de decadência contar-se-á da percepção do 
primeiro pagamento. 
§ 2
o
 Considera-se exercício do direito de anular qualquer medida de autoridade administrativa que 
importe impugnação à validade do ato. 
 
Art. 55. Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público nem prejuízo a 
terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela própria 
Administração. 
 
CAPÍTULO XV 
DO RECURSO ADMINISTRATIVO E DA REVISÃO 
Art. 56. Das decisões administrativas cabe recurso, em face de razões de legalidade e de mérito. 
§ 1
o
 O recurso será dirigido à autoridade que proferiu a decisão, a qual, se não a reconsiderar no prazo de 
cinco dias, o encaminhará à autoridade superior. 
§ 2
o
 Salvo exigência legal, a interposição de recurso administrativo independe de caução. 
§ 3
o
 Se o recorrente alegar que a decisão administrativa contraria enunciado da súmula vinculante, caberá 
à autoridade prolatora da decisão impugnada, se não a reconsiderar, explicitar, antes de encaminhar o 
recurso à autoridade superior, as razões da aplicabilidade ou inaplicabilidade da súmula, conforme o caso. 
(Incluído pela Lei nº 11.417, de 2006). 
 
Art. 57. O recurso administrativo tramitará no máximo por três instâncias administrativas, salvo 
disposição legal diversa. 
 
Art. 58. Têm legitimidade para interpor recurso administrativo: 
I - os titulares de direitos e interesses que forem parte no processo; 
II - aqueles cujos direitos ou interesses forem indiretamente afetados pela decisão recorrida; 
III - as organizações e associações representativas, no tocante a direitos e interesses coletivos; 
IV - os cidadãos ou associações, quanto a direitos ou interesses difusos. 
 
Art. 59. Salvo disposição legal específica, é de dez dias o prazo para interposição de recurso 
administrativo, contado a partir da ciência ou divulgação oficial da decisão recorrida. 
 28 
§ 1
o
 Quando a lei não fixar prazo diferente, o recurso administrativo deverá ser decidido no prazo 
máximo de trinta dias, a partir do recebimento dos autos pelo órgão competente. 
§ 2
o
 O prazo mencionado no parágrafo anterior poderá ser prorrogado por igual período, ante justificativa 
explícita. 
 
Art. 60. O recurso interpõe-se por meio de requerimento no qual o recorrente deverá expor os 
fundamentos do pedido de reexame, podendo juntar os documentos que julgar convenientes. 
 
Art. 61. Salvo disposição legal em contrário, o recurso não tem efeito suspensivo. 
Parágrafo único. Havendo justo receio de prejuízo de difícil ou incerta reparação decorrente da execução, 
a autoridade recorrida ou a imediatamente superior poderá, de ofício ou a pedido, dar efeito suspensivo ao 
recurso. 
 
Art. 62. Interposto o recurso, o órgão competente para dele conhecer deverá intimar os demais 
interessados para que, no prazo de cinco dias úteis, apresentem alegações. 
 
Art. 63. O recurso não será conhecido quando interposto: 
I - fora do prazo; 
II - perante órgão incompetente; 
III - por quem não seja legitimado; 
IV - após exaurida a esfera administrativa. 
§ 1
o
 Na hipótese do inciso II, será indicada ao recorrente a autoridade competente, sendo-lhe devolvido o 
prazo para recurso. 
§ 2
o
 O não conhecimento do recurso não impede a Administração de rever de ofício o ato ilegal, desde 
que não ocorrida preclusão administrativa. 
 
Art. 64. O órgão competente para decidir o recurso poderá confirmar, modificar, anular ou revogar, total 
ou parcialmente, a decisão recorrida, se a matéria for de sua competência. 
Parágrafo único. Se da aplicação do disposto neste artigo puder decorrer gravame à situação do 
recorrente, este deverá ser cientificado para que formule suas alegações antes da decisão. 
 
Art. 64-A. Se o recorrente alegar violação de enunciado da súmula vinculante, o órgão competente para 
decidir o recurso explicitará as razões da aplicabilidade ou inaplicabilidade da súmula, conforme o caso. 
(Incluído pela Lei nº 11.417, de 2006). 
Art. 64-B. Acolhida pelo Supremo Tribunal Federal a reclamação fundada em violação de enunciado da 
súmula vinculante, dar-se-á ciência à autoridade prolatora e ao órgão competente para o julgamento do 
recurso, que deverão adequar as futuras decisões administrativas em casos semelhantes, sob pena de 
responsabilização pessoal nas esferas cível, administrativa e penal. (Incluído pela Lei nº 11.417, de 2006). 
 
Art. 65. Os processos administrativos de que resultem sanções poderão ser revistos, a qualquer tempo, a 
pedido ou de ofício, quando surgirem fatos novos ou circunstâncias relevantes suscetíveis de justificar a 
inadequação da sanção aplicada. 
Parágrafo único. Da revisão do processo não poderá resultar agravamento da sanção. 
 
CAPÍTULO XVI 
DOS PRAZOS 
Art. 66. Os prazos começam a correr a partir da data da cientificação oficial, excluindo-se da contagem o 
dia do começo e incluindo-se o do vencimento. 
§ 1
o
 Considera-se prorrogado o prazo até o primeiro dia útil seguinte se o vencimento cair em dia em que 
não houver expediente ou este for encerrado antes da hora normal. 
§ 2
o
 Os prazos expressos em dias contam-se de modo contínuo. 
§ 3
o
 Os prazos fixados em meses ou anos contam-se de data a data. Se no mês do vencimento não

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