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Aulas Prof. Adhemar

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UNIVERSIDADE CATÓLICA
FACULDADE DE DIREITO
CIÊNCIA POLÍTICA
Prof. Adhemar Martins Bento Gomes
Anotações: Alessandro Timbó
A nossa bibliografia será bastante fracionada ao longo do programa.
Começaremos nesta primeira aula com o método histórico para inciar o estudo da Ciência Política. É fundamental para os operadores do Direito conhecerem profundamente como funciona o Estado no Estado Fundamental de Direito.
	
	
	Thomas Hobbes* (1588-1679), que escreveu no ano de 1651 a obra LEVIATHAN, ou Leviatã**, foi um matemático, teórico político e filósofo inglês, que defendia que o homem surgiu violento, nasce violento. “O homem é o lobo do homem.”
	Em contraposiçãoao pensamento ao lado, Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) diz que o homem nasce bom, mas a convivência com os outros homens é que o transforma (a inveja, a cobiça, os “pecados sociais”, a própria sociedade é quem deforma-o. Sua principal obra que nos interessa é “Do contrato social” (1762), composta de quatro livros.
	Portanto, Hobbes e Rousseau são autores contratualistas, mas divergem com relação à origem da violência.
A Revolução Francesa surgiu a partir dessas idéias contratualistas.
	
Capa da primeira edição de Leviatã (1651)
	** Leviatã é o nome de um animal pré-histórico que aterrorizava as populações na antiguidade. O Leviatã intimidava, imputava terror. O Estado era uma espécie de Leviatã, um monstro alado que vigiava a sociedade e cuidava para que os indivíduos não ultrapassassem seus limites.
“O estado surgiu para limitar e controlar a violência do homem, que nasceu violento, animal. O home é o lobo do homem, e como lobo, ela não respeita o direito dos outros”. O estado é necessário para controlar o ímpeto do homem. A sociedde cria o Estado como um mecanismo de exercer controle
O estado intervém para dar segurança. Esta aliança entre os membros da sociedade se chama de CONTRATO SOCIAL. (Contrato social, ou contratualismo, indica uma classe abrangente de teorias que tentam explicar os caminhos que levam à formação dos Estados e/ou manter a ordem social. Essa noção de contrato traz implícito o conceito de que as pessoas abrem mão de certos direitos para um governo ou outra autoridade a fim de obter as vantagens da ordem social. Nesse prisma, o contrato social seria um acordo entre os membros da sociedade, pelo qual reconhecem a autoridade, igualmente sobre todos, de um conjunto de regras, de um regime político ou de um governante).
NOTA: “A afirmação de que Rousseau originou a idéia do “contarto social” é completamente equivocada. A idéia foi discutida logamente por John Locke, cujos trabalhos foram publicados antes do nascimento de Rousseau. Na verdade, o famoso filósofo inglês Thomas Hobbes já havia abordado esta questão antes mesmo de Locke.” (Michael H. Heart, As 100 maiores personalidades da história. Pág. 437). Entretanto, segundo o Prof. Adhemar, foi Rousseau quem ordenou com propriedade os conceitos sobre o CONTRATO SOCIAL.”
Antes do século XVII (Antiguidade) as sociedades eram TEOCRÁTICAS, com seus estados fundamentados na divindade. Era a divindade que dava o poder ao Rei para exercer a função de controle sobre a população. Portanto, na Antiguidade, os Estados eram teocráticos pautados na revelação divina. Deus se revelava, e suas verdades não eram submetidas à contestação, eram DOGMÁTICAS. Deus comandava tudo, através dos reis e seus representantes, com a sua “verdade de revelação”.
Moisés estudou as origens da cultura Hebráica através da leitura da Bíblia Sagrada, pois esta era a única referência que ele tinha à disposição. Uma referência, apenas, teocrática. Com seus estudos e sua personalidade, influenciou (tráfego de influência) o Faraó, conseguindo libertar o povo - CANAÃ. Este povo era escravo mas a sua cultura, a sua vivência, as suas idéias de moralidade estavam imbutidos na cultura hebraica teocrática (em deus revelador) e monoteísta (um único deus). Os estudiosos dizem que Moisés conduziu aproximadamente 40.000 pessoas (Hebreus) em seu êxodo.
Moisés (1391 a.C. – 1271 a.C.) foi um profeta israelita, escritor da Pentateuco (05 primeiros livros do ANTIGO TESTAMENTO, da Bíblia Crsitã: TORÁ – Judaísmo: Gênesis; Êxodo; Levítico; Números; Deuterônimo). É o patriarca dos JUDEUS, considerado por eles o seu principal legislador e um dos mais importantes líderes religiosos desse povo. Moisés também é venerado no cristianismo, como um dos patriarcas bíblicos, profeta e santo do Antigo testamento, sendo também considerado um grande profeta pelos mulcúlmanos. De acordo com a Bíblia e a tradição judaico-cristã, Moisés realizou diversos prodígios apos uma epifania (súbita sensação de realização ou compreensão da essência de algo. O termo é usado nos sentidos filosófico e literal para indicar que alguém "encontrou finalmente a última peça do quebra-cabeças e agora consegue ver a imagem completa"). Liderou o povo judeu em fuga da escravidão no Antigo Egito, tendo instituído a Páscoa Judaica. Depois guiou seu povo através de um êxodo pelo deserto durante quarenta anos, que se iniciou através da famosa passagem em que Moisés abre o Mar Vermelho, para possibilitar a travessia segura dos judeus. Ainda segundo a Bíblia, recebeu no alto do Monte Sinai as Tábuas da Lei de Deus, contendo os Dez mandamentos.
Moisés subiu no Monte Sinai e desceu com as 10 regras sagradas. Estas regras estavam misturadas entre Regras Jurídicas, Regras Morais e Regras RELIGIOSAS. Neste momento apareceu pela primeira vez o Direito na Antiguidade (ocidental? - E o código de hamurabi?), com preponderância das regras de natureza religiosa, pois a sociedade, como explanado, era teocrática. Na antiguidade quem estava perto da divindade, estava perto do poder. Naquele período, tanto as verdades sociais, quanto a natureza física das coisas, eram reveladas por Deus. Galileu Galilei, por exemplo, sofreu muito quando, através de suas pesquisas científicas, comprovou que a terra girava em torno do sol.
Vindo para nossa realidade local, ainda sob o prisma da Teocracia e da divindade, chegou por aqui no Século XVI Diogo Álvares Corrêa, que deveria ter sido comido pelos índios (ontropofágicos, canibais) em sua chegada. Entretanto, Diogo, ao atirar para o alto em sua chegada, fazendo um enorme barulho, assustou os índios que, até etão, não conheciam armas de fogo. Assustados e temerosos, eles o batizaram de “Filho de Deus, sobrinho do trovão” (Tupã, ou Caramurú). Os índios, assim como os Hebreus, também buscavam todas as suas respostas nas dinvindades. Caramurú acabou casando com a filha do cacique, Paraguaçú, e a levou para a Europa. 
	Todos estes fatos são apenas para ilustrar como a humanidade começou sua organização em sociedade de uma maneira teocrática.
Não só a Ciência Política se preocupa com o Estado. A Teoria Geral do Estado, assim como o Direito Constitucional, também são pedras fundamentais para o entendimento do mesmo. 
O Direito Constitucional é a fonte de todos os outros direitos, é o direito que regula a relação do indivíduo com o Estado - esta entidade invisível que controla todos nós. O Direito Administrativo, que é um produto do Direito Constitucional, tem regras que disciplinam as relações do Estado. Assim como o Direito Tributário, Direito Eleitoral, etc. Todas estas são disciplinas jurídicas, capitaneadas pelo direito Constitucional, que se destinam à regulação do Estado.
	Todas estas disciplinas estudam a partir de um sentido VALORATIVO 
(bom, ruim, mau, precisa modificar, etc).
	
	
	Aristóteles foi quem concebeu os fundamentos da 
Ciência Política Antiga. 
(é visto ainda como um dos fundadores da filosofia ocidental)
	Maquiavel (“Os fins justificam os meios”, esta ética de orientação para o príncipe é de Natureza valorativa, analisando os fatos e atribuindo um valor aos seus interesses) concebeu os fundamentos da Ciência Política Moderna
	Ambos através de uma análise crítica de sua época por juízos de valores 
Já aTeoria Geral do Estado não tem esse caráter valorativo, mas sim um caráter DESCRITIVO. Por exemplo, vamos estudar a república, e suas características, mas sem discutir suas vantagens e desvantagens. Se eu disser que na República existe a elegibilidade e a temporalidade, distinguindo-se da Monarquia, a qual possui hereditariedade, e é vitalícia, esta análise é simplesmente descritiva, ou seja, pertence à Teoria Geral do Estado. No entanto, se for dito que há vantagens na Repúlica pois, existe um rodízio de poder, esta avaliação é valorativa, pertencente á Ciência Política. (Ex: se nós avaliarmos a recente deposição do presidente do Paraguai, estamos fazendo uma análise valorativa = Ciência Política). Destarte, o conhecimento das Ciências Políticas passa pela Teoria Geral do Estado. Sendo que a bibliografia irá se confluir em muitos momentos.
Neste nosso semestre vamos ter como objeto de estudo a Ciência Política, não apenas por uma questão social, mas sobretudo, por uma questão técnica, sob a visão jurista. Vamos aprender que Direito é norma, essencialmente, norma jurídica. 
Aqui será visto que o Estado tem o Monopólio (privilégio) da edição das normas escritas. E o Estado produz normas através do Poder Legislativo no Estado Moderno de Direito.
Na Antiguidade o monopólio da edição das normas era exercitado pelo Ditador, pois o estado e a pessoa do ditador se confundiam (Luis XIV, “L’État c’est moi" (Lé tá, cê moá) o Estado sou eu). É o chamado absolutismo real (e teocrático, pois o poder de Deus foi transferido para o Rei), poder absoluto. O monarca quando age, o faz com o poder da divindade, de maneira que ele não responde por seus atos à ninguém, nem mesmo perante à Deus.
Voltando ao Estado Moderno de Direito:
	As normas são produzidas pelo Poder Legislativo e sancionadas pelo Poder Executivo. 
Por isso precisamos conhecer profundamente a) como as regras são produzidas; b) por quê se produz; c) como elas são modificadas; se a norma é boa ou ruim; se foi bem feita; bem elaborada; se ela precisa ser revogada; se a sociedade precisa conceber novas normas; etc. 
Os Romanos foram o povo que mais tiveram aptidão para o Direito. Na verdade, essa aptidão nasceu na necessidade de manter a imensa Roma em ordem. Foi em Roma que:
1) Separarou-se pela primeira ves as normas religioas das normas jurídicas (Este processo de separação dos direitos é denominado de LAICIZAÇÃO; separação; vem de “laico”. Até o surgimento da sociedade Romana, as normas eram misturadas (normas religiosas, morais e jurídicas juntas), os Hebreus eram exemplo disso com os 10 mandamentos;
2) Fizeram o primeiro código Civil da Humanidade (CORPUS JURIS CIVILIS, este código foi resgatado depois da Revolução Francesa, pelo código de Napoleão - 21 de março de 1804);
3) Criaram a figura do Juíz;
4) Criaram os direitos sucessórios, os direitos de obrigação (contratuais), por isso que existem muitas citações em latim.
Em suma: “Os Romanos legislaram para a eternidade” (Anatole France)
Após a queda do Império Romano houve a tenebrosa Idade Média, apagaram-se as luzes. A cultura romana ficou homiziada (escondida) nos monastérios da Igreja Católica, que guardou os papiros da cultura Romana até o Renascimento. Apenas com a Renascença a cultura Greco-romana foi re-estabelecida. Quando as relações de poder mudaram, o poder não estava mais em Deus e sim no Povo que elege seus representantes. As normas tinham que ser estabelecidas, e necessariamente escritas. Quem vai aprovar as normas é o Poder Político (tripartido: Legislativo, Executivo e Judiciário).
NOTA 1: Apesar de parecer contraditório, pela figura ditatorial que ele simbolizou, foi Napoleão quem implementou os ideais da revolução Francesa. Foi Napoleão quem mandou fazer o Código Civil Francês em 1804. Embora o Código Napoleônico não tenha sido o primeiro a ser criado, é considerado o primeiro a obter êxito irrefutável e a influenciar os sistemas legais de diversos outros países. Foi neste momento que a Corôa Portuguesa veio para o Brasil. O que foi bom para o país. Dom João percebeu que as repúblicas estavam suplantando as monarquias na Europa inteira e, antes de sair do Brasil de volta para Portugal, aconselhou Dom Pedro que desligasse o Brasil de Portugal caminhando no sentido republicano.
NOTA 2: SÍRIA. Nos dias de hoje existe uma República Teocrática, com poder transitório e eletivo. Entretanto, a religião mulçumana manda no presidente através de um conselho dos Aiatolás, que está acima do poder político do presidente. Há, inclusive, uma Guarda Mulçumana. A guerra civil na Síria afeta, inclusive o líbano. Estes conflitos político-culturais afetam as condições existenciais da Sociedade.
A influência desse poder sobre os indivíduos é uma relação de natureza política. Na tentativa de resolver os problemas da convivência. Por isso, a política vem de “pólis” uma palavra grega que quer dizer “cidade estado”, é uma cidade em que mora um grupo de homens habitando um território. A pólis pressupões um grupo de pessoas convivendo junto num territótio. A inter-relação entre estes membros é política, pois eles se relacionam entre si, e com o poder estatal.
Por isso, nós podemos dizer que os ELEMENTOS CONSTITUVTIVOS DO ESTADO são: um 1) POVO (aglomerado social), habitando um 2) TERRITÓRIO* (desta sociedade onde ele planta, mora, habita, se distrai) e alí se mantém de uma forma fixa, permanente, mas com um 3) poder soberano (SOBERANIA – um poder acima do qual não existe outro poder). Este poder soberano influi sobre estes habitantes e mantém aquela jurisdição territorial. O poder soberano pertence ao ESTADO, portanto, inflencia, mas não é influenciado.
	* OBS: João Ubaldo Ribeiro, na bibliografia sugerida “Política. Quem manda, por que manda, como manda”, discorda dessa necessidade de TERRITÓRIO para que exista um Estado (pág. 48): “Nem a nação nem o Estado, como se pode deduzir, necessitam, para sua existência, de um território fixo, delimitado, exclusivo. A nação cigana se espalha por todo o mundo, sem perder sua identidade. Da mesma forma, indivíduos dispersos por muitos países podem considerar se, e ser considerados, cidadãos de um mesmo Estado. Assim acontece, por exemplo, com os chamados “governos do exílio” e ocorreu durante a Segunda Guerra Mundial, quando resistentes à ocupação nazista organizaram governos fora de seus países.”
“O homem é um animal politico” é uma expressão GREGA. O Homem tem que morar na pólis, um território delimitado, com o aspecto dos equipamentos sociais destinados à sociedade.
O homem com sua intelegigência e com sua capaciade de criar instrumentos com as mãos, se assemelha à divindade. Esta divindade era festejada desde a Antiguidade em função do caráter teocrático das sociedades, que tinham verdades de revelação. E com sua curiosidade de conhecer sua origem em seu processo evolutivo, o homem fez as seguintes perguntas: “quem eu sou? quem é ele? quem nós somos?” E esta busca incessante não tem limites. Desde a origem mais remota da humanidade, nas pirâmides por exemplo, já existiam estes questionamentos: “decifra-me ou te devoro” (inscrição presente em uma das pirâmides).
Nessa evolução humana, muito tempo depois do início da racionalização (Homero e Hesíodo, Séc. IX e VIII a.C.) aconteceu no século das luzes (início do Séc. XVIII d.C.), o ILUMINISMO*, que antecedeu o CONTRATUALISMO. O entendimento de contratualismo só foi possível porque houve o Iluminismo anteriormente. E o homem que deu o primeiro ponta pé foi René Decartes com a célebre frase “penso, logo existo”, ou seja, não fui criado por Deus, nem vim de Adão e Eva. Esta é uma teoria típica evolucionista. Surgiam assim as verdades da RAZÃO, e não da revelação.
	ILUMINISMO (Decartes) ( ( ( ( CONTRATUALISMO (Hobbes e Rousseau)
*Iluminismo: ou Era da Razão, foi um movimento cultural de elite de intelectuais do século VXIII na Europa, que procurou mobilizar o poder da razão, a fim de reformar a sociedade e o conhecimentoprévio. Promoveu o intercâmbio intelectual e foi contra a intolerância e os abusos da Igreja e do Estado. Originário do período compreendido entre os anos de 1650 e 1700, o Iluminismo foi despertado pelos filósofos Baruch Spinoza (1632-1677), John Locke (1632-1704), Pierre Bayle (1647-1706) e pelo matemático Isaac Newton (1643-1727). Príncipes reinantes, muitas vezes apoiaram e fomentaram figuras do Iluminismo e até mesmo tentaram aplicar as suas ideias de governo. O Iluminismo floresceu até cerca de 1790-1800, após o qual a ênfase na razão deu lugar ao ênfase do romantismo na emoção e um movimento Contra-Iluminismo ganhou força.
O centro do Iluminismo foi a França, onde foi baseado nos salões e culminou com a grande Encyclopédie (1751-1772) editada por Denis Diderot (1713-1784) com contribuições de centenas de líderes filosóficos (intelectuais), tais como Voltaire (1694 -1778) e Montesquieu (1689-1755). Cerca de 25.000 cópias do conjunto de 35 volumes foram vendidos, metade deles fora da França. As novas forças intelectuais se espalharam para os centros urbanos em toda a Europa, nomeadamente Inglaterra, Escócia, os estados alemães, Países Baixos, Rússia, Itália, Áustria e Espanha, em seguida, saltou o Atlântico em colônias européias, onde influenciou Benjamim Franklin e Thomas Jefferson, entre muitos outros, e desempenhou um papel importante na Revolução Americana. Os ideais políticos influenciaram a Declaração de Independência dos Estado Unidos, a Carta dos Direitos dos Estados Unidos e a Declaração Francesa dos Direitos do Homem.
Ainda que importantes contemporâneos venham ressaltando as origens do Iluminismo no século XVII tardio, não há consenso abrangente quanto à datação do início da era do Iluminismo. Boa parte dos acadêmicos simplesmente utilizam o início do século XVIII como marco de referência, aproveitando a já consolidada denominação Século das Luzes . O término do período é, por sua vez, habitualmente assinalado em coincidência com o início das Guerras Napoleônicas (1804-1815). 
O Iluminismo é, para sintetizar, uma atitude geral de pensamento e de ação. Os iluministas admitiam que os seres humanos estão em condição de tornar este mundo um mundo melhor - mediante introspecção, livre exercício das capacidades humanas e do engajamento político-social. Immanuel Kant, um dos mais conhecidos expoentes do pensamento iluminista, num texto escrito precisamente como resposta à questão O que é o Iluminismo?, descreveu de maneira lapidar a mencionada atitude: "O Iluminismo representa a saída dos seres humanos de uma tutelagem que estes mesmos se impuseram a si. Tutelados são aqueles que se encontram incapazes de fazer uso da própria razão independentemente da direção de outrem. É-se culpado da própria tutelagem quando esta resulta não de uma deficiência do entendimento mas da falta de resolução e coragem para se fazer uso do entendimento independentemente da direção de outrem. Sapere aude! Tem coragem para fazer uso da tua própria razão! - esse é o lema do Iluminismo".
Os pensadores iluministas tinham como ideal a extensão dos princípios do conhecimento crítico a todos os campos do mundo humano. Supunham poder contribuir para o progresso da humanidade e para a superação dos resíduos de tirania e superstição que creditavam ao legado da Idade Média. A maior parte dos iluministas associava ainda o ideal de conhecimento crítico à tarefa do melhoramento do estado e da sociedade.
Entre o final do século XVII e a primeira metade do século XVIII, a principal influência sobre a filosofia do iluminismo proveio das concepções mecanicistas da natureza que haviam surgido na sequência da chamada revolução científica do século XVII. Neste contexto, o mais influente dos cientistas e filósofos da natureza foi então o físico inglês Isaac Newton. Em geral, pode-se afirmar que a primeira fase do Iluminismo foi marcada por tentativas de importação do modelo de estudo dos fenômenos físicos para a compreensão dos fenômenos humanos e culturais. No entanto, a partir da segunda metade do século XVIII, muitos pensadores iluministas passaram a afastar-se das premissas mecanicistas legadas pelas teorias físicas do século XVII, aproximando-se então das teorias vitalistas que eram desenvolvidas pelas nascentes ciências da vida
NOTA 3:
Há uma pesquisa recente, sobre a partícula de Deus (de Higgs), que surge exatamente deste pensamento inicial do Iluminismo de Descartes, que defendia a pesquisa e consequente comprovação como forma para se chegar na verdade pela razão. A partir de Decartes se passou a buscar na razão, na lógica do homem, a resposta para as questões de Natureza Física e Social. 
	
	René Descartes, por vezes chamado de "o fundador da filosofia moderna" e o "pai da matemática moderna", é considerado um dos pensadores mais importantes e influentes da História do Pensamento Ocidental. Inspirou contemporâneos e várias gerações de filósofos posteriores; boa parte da filosofia escrita a partir de então foi uma reação às suas obras ou a autores supostamente influenciados por ele. Muitos especialistas afirmam que a partir de Descartes inaugurou-se o RACIONALISMO DA IDADE MODERNA. (“Penso, logo existo”). Criou o método cartesiano misturando (álgebra + geometria); Sistemas de coordenadas; Teoria Heliocêntrica; Fundou a Filosofia Moderna; Ceticismo Metódico; Discurso sobre o método (Influenciou Newton).
Surgiu um movimento em decorrência ao Iluminismo entitulado de ENCICLOPEDISMO, com dois importantes autores: Diderot e d’Alembert. Era necessário construir uma enciclopedia*, pois havia muitas verdades racionais que deveriam ser dinfundidas pela humanidade. As conquistas das explicações dos fenômenos químicos, físicos e sociais; o novo conhecimento.
*Apenas os nobres tinham acesso à essa publicação naquele momento inicial.
	Ao lado das descobertas de natureza física foram surgindo as sociais, foi desta maneira que surgiu “O contrato Social” e o “Leviatã”, de Rousseau e Hobbes respectivamente. 
d’Alembert: Jean le Rond d'Alembert (1717-1783) Paris, foi um filósofo, matémático e físico francês, que participou na edição da Encyclopédie, a primeira enciclopédia publicada na Europa. Manteve também correspondência com os nomes mais notáveis da época como Voltaire, Rousseau, Euler... Seus principais feitos foram no campo da astronomia e em matemática, com estudos de equações com derivadas parciais e seu uso na física. Também provou que todas as equações polinomiais a uma variável de grau N tem exatamente N soluções. Porém, é mais conhecido por seu trabalho em parceria com Diderot, reunindo todas as descobertas científicas da época em um livro denominado “Encyclopèdie”, no qual foi responsável pela redação de vários artigos e pela elaboração do prefácio
Thomas Hobbes: (1588-1679) foi um matemático, teórico político, e filósofo, autor de LEVIATÃ (1651) e Do Cidadão (1651). Na obra Leviatã, explanou os seus pontos de vista sobre a natureza humana e sobre a necessidade de governos e sociedades. No estado natural, enquanto que alguns homens possam ser mais fortes ou mais inteligentes do que outros, nenhum se ergue tão acima dos demais por forma a estar além do medo de que outro homem lhe possa fazer mal. Por isso, cada um de nós tem direito a tudo, e uma vez que todas as coisas são escassas, existe uma constante guerra de todos contra todos. No entanto, os homens têm um desejo, que é também em interesse próprio, de acabar com a guerra, e por isso formam sociedades entrando num CONTRATO SOCIAL. De acordo com Hobbes, tal sociedade necessita de uma autoridade à qual todos os membros devem render o suficiente da sua liberdade natural, por forma a que a autoridade possa assegurar a paz interna e a defesa comum. Este soberano, quer seja um monarca ou uma assembléia (que pode até mesmo ser composta de todos, caso em que seria uma democracia), deveria ser o Leviatã, uma autoridade inquestionável. A teoria política do Leviatã mantém no essencial as ideias de suas duas obras anteriores, Os elementosda lei e Do cidadão (em que tratou a questão das relações entre Igreja e Estado). Portanto, Hobbes defendia a ideia segundo a qual os homens só podem viver em paz se concordarem em submeter-se a um poder absoluto e centralizado. 
Jean-Jacques Rousseau: (1712-1778) foi um importante filósofo, teórico político, escritor e compositor autodidata suíço. É considerado um dos principais filósofos do Iluminismo e um precursor do romantismo. Havia inovado muitas coisas no campo da música, o que lhe rendeu um convite de Diderot para que escrevesse sobre isso na famosa Enciclopédia. Politicamente, expõe suas ideias no Do contrato social/Contrato Social. Procura um Estado social legítimo, próximo da vontade geral e distante da corrupção. A soberania do poder, para ele, deve estar nas mãos do povo, através do corpo político dos cidadãos. Segundo suas ideias, a população tem que tomar cuidado ao transformar seus direitos naturais em direitos civis, afinal "o homem nasce bom e a sociedade o corrompe". Até então, Rousseau toma posição contra a teoria do estado de natureza hobbesiano. O homem natural de Rousseau não é um "lobo" para seus companheiros. Mas ele não está inclinado a se juntar a eles em uma relação duradoura e a formar uma sociedade com eles. Ele não sente o desejo. Seus desejos são satisfeitos pela natureza, e a sua inteligência, reduzida apenas às sensações, não pode sequer ter uma ideia do que seria tal associação. O homem tem o instinto natural, e seu instinto é suficiente. Esse instinto é individualista, ele não induz a qualquer vida social. Para viver em sociedade, é preciso a razão ao homem natural. A razão, para Rousseau, é o instrumento que enquadra o homem, nú, ao ambiente social, vestido. Assim como o instinto é o instrumento de adaptação humana à natureza, a razão é o instrumento de adaptação humana a um meio social e jurídico. A obra Do Contrato Social, publicada em 1762, propõe que todos os homens façam um novo contrato social onde se defenda a liberdade do homem baseado na experiência política das antigas civilizações onde predomina o consenso, garantindo os direitos de todos os cidadãos, e se desdobra em quatro livros. No CONTRATO SOCIAL ele aborda como passa o homem do estado natural ao civil e quais são as condições essenciais desse pacto?, as principais ideias são desenvolvidas a partir de um princípio central, a soberania do povo, que é indivisível. Mais a frente no livro, a corrupção dos governantes quanto à vontade geral é criticada, garantindo-se o direito de tirar do poder tal governante corrupto. Assim, se esse é o limite, o povo é submisso à lei, porque em última análise, foi ele quem a criou; sendo a lei a condição essencial para a associação civil. Aborda ainda as possíveis formas de governo, que são a democracia, a aristocracia e a monarquia, e suas características e princípios. Para Rousseau, a democracia é boa em cidades pequenas, a aristocracia em Estados médios e a monarquia em Estados grandes. Mostra como o abuso dos governos pode degenerar o Estado. Ainda, que o principal objetivo de uma sociedade política é a preservação e prosperidade dos seus membros.
Observando as ideias contidas no livro O Contrato Social, não é difícil entender porque certas pessoas chamam a obra de “a Bíblia da Revolução Francesa”. Foi grande a influência política de suas ideias na França. A inspiração causadora das revoluções se baseiam principalmente no conceito da soberania do povo, mudando o direito da vontade singular do príncipe para a vontade geral do povo.
Na transição para a vida em sociedade Rousseau é claro em escrever que: “O que o homem perde pelo contrato social é a liberdade natural e um direito ilimitado a tudo quanto aventura e pode alcançar. O que com ele ganha é a liberdade civil e a propriedade de tudo o que possui.” 
Referindo-se a lei, Rousseau não considera as leis vigentes satisfatórias (leis instituídas na monarquia, na aristocracia). Sua intenção é estabelecer um padrão das leis (que seria uma forma de superar as oposições entre indivíduo e Estado), baseado na igualdade, sendo esse critério indispensável para o contrato social. Portanto, a justiça estabelecida na lei deve ter reciprocidade entre os indivíduos, cada um tendo seus direitos e deveres, tanto o soberano quanto os súditos. Por isso, as leis devem representar toda a sociedade, sendo consideradas como vontade geral (não no sentido de uma união das vontades individuais e sim da vontade do corpo político ).
Portanto, as leis estabelecidas no contrato social asseguram a liberdade civil através dos direitos e deveres de cada cidadão no corpo político da sociedade. Mas para isso, cada cidadão deve “doar-se” completamente, submetendo-se ao padrão coletivo.
 “Encontrar uma forma de associação que defenda e proteja a pessoa e os bens de cada associado com toda a força comum, e pela qual cada um, unindo-se a todos, só obedece contudo a si mesmo, permanecendo assim tão livre quanto antes. Esse, o problema fundamental cuja solução o contrato social oferece”. (ROUSSEAU, 1978, p. 32)
Contudo o contrato de Rousseau oferece outra solução: a separação nominal jurídica do público e do privado. Tal separação é o que garante a igualdade política a cada pessoa que passa a ser um cidadão de direitos e deveres na esfera pública e com liberdade comercial e livre expressão de ideias, uma vez que é um indivíduo único. Tal princípio de separação, além de ser uma tentativa lógica de equacionar o problema – liberdade e igualdade – é um pesado ataque a ordem política feudal, na qual os laços de sangue e de parentesco determinavam o tratamento político diferenciado e limitavam a participação política de cada cidadão.
O Estado, tal como é proposto por Rousseau no Contrato Social, assegura a liberdade de cada cidadão através da independência individual privada e da livre participação política. 
Nicolau Maquiavel (1469 —1527) renascentista, foi um historiador, poeta, diplomata e músico italiano do Renascimento. É reconhecido como fundador do pensamento e da ciência política moderna, pelo fato de haver escrito sobre o ESTADO e o GOVERNO como realmente são e não como deveriam ser. Os recentes estudos do autor e da sua obra admitem que seu pensamento foi mal interpretado historicamente. Desde as primeiras críticas, feitas postumamente por um cardeal inglês, as opiniões, muitas vezes contraditórias, acumularam-se, de forma que o adjetivo maquiavélico, criado a partir do seu nome, significa esperteza, astúcia, aleivosia, maldade. O "Príncipe" é provavelmente o livro mais conhecido de Maquiavel e foi completamente escrito em 1513, apesar de publicado postumamente, em 1532. A partir da Reforma e da Contra-Reforma o autor e suas obras passaram a ser vistos como perniciosos, sendo forjada a expressão "os fins justificam os meios", não encontrada em sua obra. Em sua obra O Príncipe, defendeu a centralização do poder político e não propriamente o absolutismo. Suas considerações e recomendações aos governantes sobre a melhor maneira de administrar o governo caracterizam a obra como uma teoria do Estado moderno. Uma leitura apressada ou enviesada de Maquiavel poderia levar-nos a entendê-lo como um defensor da falta de ética na política, em que "os fins justificam os meios". Para entender sua teoria é necessário colocá-lo no contexto da Itália renascentista, em que se lutava contra os particularismos locais. Durante o século XVI, a península Itálica estava dividida em diversos pequenos Estados, entre repúblicas, reinos, ducados, além dos Estados da Igreja. As disputas de poder entre esses territórios era constante, a ponto de os governantes contratarem os serviços do condottieri (mercenários) com o intuito de obter conquistas territoriais. Uma interpretação alternativa diz que ao escrever O Príncipe, Maquiavel tentava alertar o povo sobre os perigos da tirania, tendo entre seus adeptos, Baruch de Espinoza e Jean-Jacques Rousseau. Este último escreveu "(…) é o que Maquiavel fez ver com evidência. Fingindo dar lições aos reis,deu-as, e grandes, aos povos." Foi defendida recentemente por estudiosos da obra dele como Garret Mattingly.
A política é uma imperiosa necessidade das pessoas para evoluir e continuarem juntas. As pessoas, ao se organizarem, geram necessariamente uma relação de Poder (quem primeiro pensou nessa necessidade de poder foram os Gregos, com o termo “pólis” – um grupo de pessoas convivendo num determinado terrítório, CIDADE-ESTADO). E os Romanos chamavam este mesmo conceito de civitas (latin).
	O Poder que na Antiguidade era TEOCRÁTICO, evoluindo no século XVIII com o Iluminismo e as idéias contratualistas (Hobbes e Rousseau) para DEMOCRACIA, tendo o homem e sua liberdade como centro do poder. Tudo isso foi em nome da SEGURANÇA, da estabilidade.
	CIÊNCIA POLÍTICA
DEFINIÇÃO
Ciência Política é o estudo da política – dos sistemas políticos, das organizações políticas e dos processos políticos. Envolve o estudo da estrutura (e das mudanças de estrutura) e dos processos de governo – ou qualquer sistema equivalente de organização humana que tente assegurar segurança, justiça e direitos civis;
Existe no interior da Ciência Política uma discussão acerca do objeto de estudo desta ciência, que, para alguns, é o ESTADO e, para outros, o PODER. A primeira posição restringe o objeto de estudo da ciência política; a segunda amplia.
ABRANGÊNCIA DA METODOLOGIA
A Ciência política abrange diversos campos, como a teoria e a filosofia política (a filosofia é a mãe de todas as ciências), os sistemas políticos, ideologia, teoria dos jogos, economia política, geopolítica, geografia política, análise de políticas públicas, política comparada, relações internacionais estudos de admninsitração públcia e governo, processo legislativo, direito público (como o direito institucional) e outros;
A ciência política usa métodos e técnicas que podem envolver tanto fontes primárias (documentos históricos, registros oficiais) quanto secundárias (artigos acadêmicos, pesquisas, análise estatística, estudos de caso e construção de modelos). 
ATUAÇÃO DO CIENTISTA POLÍTICO
Cientistas políticos estudam a distribuição e transferência de poder em processos sociais. Por causa da mistura de interesses contraditórios, a política é um exemplo aplicado da Teoria dos Jogos. Os cientistas políticos olham os ganhos (como o lucro privado de pessoas ou das empresas ou da sociedade), e as perdas (como o empobrecimento de pessoas ou da sociedade) como resultados de um jogo em que existem regras não explícitas que a pesquisa deve explicitar;
Cientistas políticos medem o sucesso de um governo e de políticas específicas examinando muitos fatores como estabilidade, justiça, riqueza material e paz. Desenvolvem tanto teses positivas, analisando as políticas, quanto teses normativas, fazendo recomendações específicas;
Suas teorias frequentemente servem de base para ação, opção e prática de outros profissionais, como jornalistas, grupos de interesses especiais, políticos e o eleitorado. Podem trabalhar como assessores de políticos, ou até mesmo se candidatarem a cargos políticos.
Regulação É DIFERENTE DE Controle.
ARISTÓTELES, PLATÃO E A DEMOCRACIA GREGA
Na Grécia antiga, para Aristóteles, a política deveria estudar a polis e as duas estruturas e instituições (a sua constituição e conduta). É considerado o pai da Ciência Política ANTIGA, porque considerou a política a ciência “maior”, ou mais importante do seu tempo. Criou, ainda, um método de observação que permitiu uma sistematização e explicação dos fenômenos sociais. Preocupava-se com um governo capaz de garantir o bem-estar geral (o bom governo);
Antes de Aristóteles, seu mestre, Platão, relata a teoria política de Sócrates no livro A REPÚBLICA, em que se posiciona criticamente frente à democracia direta grega, e propõe um regime no qual “os reis fossem sábios e os sábios fossem reis”.
(O professor falou que Platão não escreveu nada, dava aulas nas ruas, era considerado um desvirtuador da juventude, por isso foi condenado à beber cicuta, e morreu. Mas na verdade, essa é a história de Sócrates – Mestre de Platão. Este, através de seus diálogos, e Xenofonte, ambos discípulos de Sócrates, foram os disseminadores dos conhecimentos de mestre).
Para Aristóteles na Antiguidade, para dirigir a polis era preciso que o governante fosse um Filósofo (amante do conhecimento), que fosse competente e entendesse do assunto.
Jesus fez uma revolução moral, também não deixou nada escrito assim como Sócrates. Mas pregou “amai ao próximo como a ti mesmo”. Isso tem uma profundeza inatingível até hoje.
Livros a serem lidos
POLÍTICA – Aristóteles
A REPÚBLICA – Platão
A POLÍTICA - Maquiavel
ESTADO, GOVERNO E SOCIEDADE – Norberto Bobbio (capítulo III)
MAQUIAVEL
No século XVI, Maquiavel e a sua obra dão origem à Ciência Política Moderna. A sua preocupação era a criação de um governo eficaz que unificasse e secularizasse a Itália;
Defende um príncipe ou dirigente de governo sem preocupações morais ou éticas, um dirigente que não olha a sensibilidade para atingir seus fins. A política era assim a arte de governar, ou seja, uma técnica que permitisse ao dirigente ou governante alcançar os fins independentemente dos meios, não visa à realização geral, mas sim pessoal;
Introduziu, ainda, um método comparativo-histórico, fazendo comparação entre dirigentes da sua época e de épocas anteriores através de exemplos. Introduziu, também, e reforçou a importância do Estado e da Instituição Estatal.
MONTESQUIEU
No século XVIII, Montesquieu, em pleno iluminismo, difunde idéias políticas que têm por base a ação humana. A geografia dos Estados ou a geopolítica se torna um elemento importante na análise política. Introduz o método comparativo de base geográfica;
Faz a distinção entre república, monarquia e despotismo, afirmando que este último deveria ser erradicado. Na república o poder pertence ao povo ou a uma parte esclarecida deste; na monarquia o poder pertence ao monarca; no despotismo o poder pertence a um indivíduo, o déspota, que governa sem honra e que utiliza o terror e a violência como métodos do poder;
Montesquieu apresenta a teoria da separação de poderes, de forma que o poder seja descentralizado das mãos de uma só pessoa para que não o use em proveito próprio. Resolvia-se então o perigo do despotismo (TIRANIA) com a institucionalização da separação dos poderes. 
PENSADORES DO SÉCULO XIX
Augusto Comte alertou para a necessidade de analisar com objetividade os fenômenos ou fatos políticos; propôs a teoria positivista, que está expressa na bandeira brasileira, nos dizeres “ordem e progresso”;
Alexis de Tocqueville chama a atenção para o estudo do sistema democrático norte-americano. Na sua análise introduziu um conjunto de entrevistas, o que lhe permitiu realizar análises comparativas;
	Karl Marx introduz uma nova perspectiva de abordagem dos fenômenos políticos e de poder, uma vez que faz uma análise do pondo de vista econômico e social, considerando o fenômeno político como consequência das RELAÇÕES DE PRODUÇÃO, e o regime político como reflexo da organização das forças produtivas.
SÉCULO XX
A Ciência Política é reconhecida nas universidades como forma de combater o “caciquismo” no poder local e a corrupção nos partidos políticos;
Após a Segunda Guerra Mundial, a Ciência Política ganha relevo e se torna uma disciplina autônoma nas universidades. Além disso, ganha força a análise de sistemas eleitorais e também do comportamento do eleitorado;
Os fenômenos que contribuíram para o reforço da Ciência Política foram a proliferação dos sistemas democráticos, dos partidos políticos e de organizações internacionais. Estes fatos levaram ao aumento de estudos, o que suscitou também uma maior proliferação da Ciência Política.
NOTA 3: Lênin criou a ditadura do proletariado para viabilizar as idéias de Marx (não foi Marx quem criou a revolução Russa). As teorias de Marx e Hegel eliminavamo Direito de Propriedade Privada e o Direito de Herança, que passaram a ser do Estado, ou seja, a riqueza seria coletiva, acabando as distâncias econômicas entre as pessoas. (O Marxismo sabe dividir mas não sabe produzir. Já o Capitalismo sabe produzir, mas não sabe repartir - cria pobreza, concentra riqueza)
Hoje em dia está se procurando uma terceira via, intermediária, o que talvez ocorra com o exemplo da China.
NOTA 4: O que está acontecendo atualmente na China contraria um pouco a teoria de Marx. A China na política é Marxista - ausência de liberdade; mas na economia é capitalismo, absorveu o seu know-how de produção. E pode produzir com uma massa disciplinada de cidadãos, controlada pelo exército, com um baixíssimo custo.
SCOCIALISMO REAL é a experiência da vivência socialista (Rússia, China, Cuba, Coréia do Norte)
	PODER
CONCEITO
“PODER é a CAPACIDADE de INFLUENCIAR O COMPORTAMENTO de pessoas.” Esta capacidade só se exterioriza no processo. O poder só se torna visível ao manisfestar-se, é analisado na ação, no processo, na inter-relação das pessoas, NÃO na elaboração intelectual abstrata.
Poder = kratos (demo – cracia, auto –cracia, sofo – cracia)
NOTA sobre Lula: 
- Lula colocou um industriário com vice-presidente pra diminuir o temor que os Bancos e o Poder Econômico tinham de sua possível vitória para a Presidência (o poder maior de um sistema democrático presidencialista). Lula é uma exceção à regra, apesar de ter apenas o ensino médio, possui uma enorme capacidade de negociação.
- Lula instituiu a mais valia (dar o dinheiro para as populações mais pobres), que havia sido criada no governo FHC como a “bolsa escola” (por Ruth Cardoso), na forma da BOLSA FAMÍLIA. Os menos favorecidos passaram a ter acesso ao crédito, pessoas que antes não passavam nem na porta dos Bancos. Lula se identificou de forma tal como o poder que conseguiu sobreviver ao Mensalão. Ele utilizou o poder para aumentar sua capacidade de influenciação sobre as massas.
- “Ou Lula enlouqueceu, ou ninguém conhece Lula”. (o que ele é capaz para se manter no poder? Onde está a Ética?). Ele pode ter tática de negociação, mas não tem refinamento para ser presidente da república. Entretanto, ele está sendo um grande regente, sendo assistencialista com os menos favorecidos (mais valia) e mantendo o poder dos bancos e o Poder Econômico dos mais ricos.
	TEORIAS DO PODER
Na filosofia política o problema do poder foi apresentado sob três aspectos, à base dos quais podem-se distinguir as três teorias fundamentais do poder:
Uma teoria não exclui a outra, todas falam sobre a capacidade de influenciação.
SUBSTANCIALISTA (o poder é uma substância)
O poder é concebido como uma coisa que se possui e que se usa com outro bem qualquer. Típica interpretação Substancialista é a de Hobbes: “O poder de um homem… consiste nos meios de que presentemente dispõe para obter qualquer visível bem futuro.”
Análoga também a definição de Bertrand Russel, segundo o qual o poder consiste “na produção dos efeitos desejados” e pode assumir enquanto tal três formas:
Poder físico e constritivo – que tem a sua expressão concreta mais visível no poder militar (“porradoterapia”, constritivo porque faz uma constrição, obriga; poder físico para manter a ordem, é ao jato d’água na democracia moderna)
Poder pscicológico – a base de ameaça e punição ou promessas e recompensas, em que consiste principalmente o domínio econômico (dominar economicamente pela promessa de recompensa, ou pela ameaça de punição – “eu vou votar no homem que prometeu o bolsa família”. É por exemplo, o poder que o patrão exerce sobre a empregada doméstica, ou seja, a capacidade de influenciação invisível é pscicológica)
Poder mental – que se exerce através da persuasão e da discursão e tem a sua forma elementar, presente em todas as sociedades (a lógica do diálogo, na persuasão, na educação, influo porque CONVENÇO. – É o convencimento de uma criança que pergunta “por quê” e o responsável através de orientação o convence de qual caminho deve ser seguido. Este é um poder substancialista mental. É uma pena que o Governador Jacques não tenha tido poder mental para negociar com os professores, deveria ter chamado o presidente do sindicao pra jantar em Ondina)
TODOS ESTES TRÊS SÃO SUBSTANCIALISTAS!
SUBJETIVISTA (poder é uma atitude subjetiva; de quem “tem o direito para tal” right)
Poder é a capacidade do sujeito de obter certos efeitos e não uma coisa que serve para alcançar os objetivos. Locke dizia que “o fogo tem o poder de fundir metais”, do mesmo modo que o soberano tem o poder de fazer as leis, fazendo as leis, de influi sobre a conduta dos súditos. Esse modo de entender o poder é o adotado pelos juristas para definir o direito subjetivo; um sujeito ter um direito subjetivo significa que o ordenamento jurídico lhe atribuiu o poder de obter certos efeitos.
O direito subjetivo é a capacidade que tem o indivíduo cidadão de exercer um direito que lhe foi atribuído pela lei. Estes direitos surgem do Estado, da convivência em comum (são diferentes dos direitos naturais, oferecidos pela natureza (liberdade), direitos objetivos)
RELACIONAL (o poder é uma relação)
Esta é a mais aceita no discurso político contemporâneo. Por poder se deve entender uma relação entre dois sujeitos, dos quais o primeiro obtém do segundo um comportamento que não ocorreria, em caso contrário. Robert Dahl diz que “a influência é uma relação entre atores, na qual um ator induz outros atores a agirem de um modo que, em caso contrário, não agiriam”. Enquanto relação entre dois sujeitos, o poder assim definido está estritamente ligado ao conceito de liberdade; os dois conceitos podem então ser definidos um mediante a negação do outro: “o poder de A implica a não liberdade de B”. “A liberdade de A implica o não poder de B”. Ou seja, quem define os rumos é A, o detentor do poder relacional. Liberdade não está restrita ao poder de ir e vir.
	Nenhum destes TRÊS ENFOQUES (substancialista, subjetivista e relacional) ANULAM-SE ENTRE SI.
Ulisses, “o ardiloso”, segundo a tradução de Virgílio (um poeta latino, que escrevia em latim), tinha um poder muito grande na antiguidade, por sua capacidade de influenciar as pessoas, uma típica expressão do poder Relacional. Foi ele quem fez o Cavalo de Tróia, depois de dez anos de guerra. Um presente dos gregos para Tróia. Algum troiano que suspeitou do cavalo, enfiou uma lança no dorsso do cavalo, que titilou (tremeu), e se escutou um gemido.
	O Direito escrito, o chamado DIREITO POSITIVO, pertence apenas ao Estado.
O PODER DO ESTADO
É a capacidade que tem a Instituição Estatal de influenciar sobre o comportamento das pessoas,(teoria RELACIONAL) os seus cidadãos, com o monopólio da:
Elaboração da lei, o Direito positivo – atividade legislativa;
Aplicação da lei a casos particulares – atividade judicial;
Administração dos negócios públicos, executar a lei – atividade administrativa e executiva.
- O Estado pode até vestir a roupa do poder privado, como é o caso da Petrobrás com capital misto com o bjetivo de administrar o monopólio da extração do Petróleo, estabelecida por lei. Nos Estados Unidos a exploração é toda particular, assim como era na Venezuela até a década de 1950, a partir daí passou a ser completamente estatal neste país. O Estado como organização é chamado de PESSOA JURÍDICA.
- O Ato Institucuional de 1964 que rasgou a Constituição de 1946, mudando a essência da organização do país, por isso que se chama “institucional”.
- A imunidade parlamentar serve para garantia do bom exercício dos mandatos (mandato popular), pois os políticos não podem ser retrirados de sua função por um julgamento comum. Esta função é de interesse de todos. Por isso que eles têm o direito subjetivo de serem julgados por uma côrte especial - Supremo Tribunal Federal. Muitos acham que este poder subjetivo concebido aos políticos federais deveria ser revisto,pois muitos políticos usam este poder em benefício próprio.
- A lei é que dá o nome, a Constituição Federal, o “Município de Salvador”. Se alguém entrar em juízo com o nome errado o Juíz não aceita a petição. Por isso, quando for entrar com uma ação contra um membro público tem que se saber exatamente qual o nome.
- O nome do Brasil no exterior é República do Estados Unidos do Brasil.
O PODER POLÍTICO
Se a política tem a ver com o poder e se o poder visa alterar o comportamento das pessoas, o ato político possui dois ASPECTOS:
Um interesse. Um interesse que deseja ver corporificado pela pretendida, seja ele ditado por conveniências pessoais, de grupo, religiosas, morais, econômicas, etc
Uma decisão. O objetivo configurado pelo interesse só pode ser conseguido por uma decisão que efetivamente venha alterar o comportamento das pessoas, seja esta decisão imposta, consensual, da maioria, etc.
Estado e Sociedade são coisas distintas. Houve uma época em que se confundia estes conceitos, achando-se que o Estado fosse uma Sociedade organizada juridicamente. Isto será devidamente estudado futuramente no ponto “Sociedade Civil”.
	AS GRANDES DICOTOMIAS
1. O QUE É DICOTOMIA?
Distinção em que se pode demonstrar a capacidade de:
1.1. Dividir um universo em duas esferas, conjuntamente exaustivas, no sentido de que todos os entes daquele universo nelas tenham lugar, sem nenhuma exclusão, e reciprocamente exclusivas.
1.2. Estabelecer uma divisão que é ao mesmo tempo total e principal, enquanto tende a fazer convergir em sua direção outras dicotomias que se tornam, em relação a ela, secundárias.
2. A PRIMEIRA GRANDE DICOTOMIA PÚBLICO/PRIVADA
2.1. Através do Corpus Juris Civilis, os romanos deixaram para o mundo ocidental a dupla dicotômica Direito público/Direito privado, como a grande divisão do Direito aceita até os nossos dias. Ao fazer essa dicotomia classificaram de forma distinta os direitos que até então eram uma coisa só (regras MORAIS, RELIGIOSAS e A JURÍDICAS). Fizeram esta distinção NO direito.
2.2. Um jurista Romano chamado Ulpiano estabeleceu os critérioS distintivoS para direito público e direito privado, estabelecendo a) o critério do SUJETIO e b) o critério do INTERESSE. Toda vez que o Sujeito tivesse um interesse público (de todos) se trataria de Direito Público, o mesmo ocorrendo com o Direito Privado.
	Essa dicotomia é fundamental para a convivência em sociedade, o ideal, é que elas convivam mas não se misturem.
2.3. O critério do sujeito distingue as ações do Estado como entidade pública das ações dos indivíduos como entes particulares.
2.4. O critério do interesse distingue se o interesse é comum a todos os cidadãos, isto é, é coletivo, é público dos interesses de caráter individual ou particular.
2.5. Uma norma jurídica poderá então ser interpretada se é de Direito público ou de Direito privado aplicando-se estes critérios
AS DICOTOMIAS DECORRENTES
SOCIEDADE DE IGUAIS E SOCIEDADE DE DESIGUAIS
O termo, ou esfera, sociedade de iguais compreende aquele grupo social onde não existe hierarquia ou subordinação, a exemplo da sociedade da natureza, onde havia a generalidade promiscuidade. Um outro exemplo, já na sociedade moderna, é a chamada sociedade de mercado (sem subsído!! Pois se houver subsídio, deixa de ser sociedade de iguais) - arranjo social econômico para relações de caráter econômico em que as partes devem estar no mesmo nível de condições, isto é, sem subordinação, sem hierarquia, sem subsídio estatal da atividade econômica.
Outros exemplos onde não há subordinação: sociedade entre irmãos, parentes, amigos, cidadãos, hóspedes e inimigos, estas são, do ponto de vista hierárquico, “de iguais”.
Enquanto o termo, ou esfera da, sociedade de desiguais caracteriza-se pela existência de hierarquia e subordinação entre os membros do grupo social. A exemplo do Estado, onde existe governantes e governados, da família, onde existe a hierarquia entre pais e filhos. A sociedade entre Deus e os homens é outro exemplo de hierarquia e subordinação, entretanto
LEI E CONTRATO
Relativa às fontes respectivamente do direito público e do direito privado: a lei e o contrato (ou mais em geral o assim dizer “negócio jurídico”). A lei é o instrumento do Direito positivo (PÚBLICO), regulando as inter-relações sociais e as relações dos cidadãos com o Estado. Enquanto o contrato é um instrumento das inter-relações, negócios jurídicos entre os particulares (PRIVADO). A lei se relaciona com o Direito público para sua produção e também com o Direito privado na sua regulação e o contrato se relaciona com o Direito privado. (Eu posso estabelecer um contrato de locação, mas há uma lei do inquilinato que garante a regulamentação destes contratos. Ou seja, é imposta uma disciplina). Mas as duas partes só celebram se concordarem entre si.
NOTA: Às vezes o Estado se veste com os contratos de características privadas, são os Contratos Administrativos, que se revestem em contrapartida, com as beneces que goza o Estado. Por exemplo, num contrato de locação entre um particular e o Estado para locação de um imóvel destinado a uma escola pública, o Estado não pode ser despejado, pois a educação não pode ser interrompida.
 JUSTIÇA CUMUTATIVA E JUSTIÇA DISTRIBUTIVA
É a terceira distinção que conflui na dicotomia público/privado. A justiça comutativa (entre os particulares, pelos contratos) é a que preside às trocas (escambo) ao estabelecer um equilíbrio valorativo (entre o que é trocado para não gerar um desequilíbrio), uma equivalência entre as partes na área privada através dos contratos; e a justiça distributiva é aquela na qual se inspira a autoridade pública na distribuição de honras ou obrigações na área pública de interesse geral através de lei (só pode ser feita pelo ESTADO), a exemplo do programa federal Bolsa Família e do programa de cotas para negros, índios e estudantes da rede pública para ingresso na universidade.
NOTA 1: Antes da eleição de Dilma haviam sido distribuídas 12 milhões de bolsas-família, beneficiando 60 milhões de pessoas. Este é um poder substancialista psicológico, pelo poder econômico. Não retira as desigualdades, mas passaram a ter alguma inclusão social.
NOTA 2: Para se alcançar o conhecimento do todo, a universidade dividiu por disciplinas. Esta divisão, seguindo a essência do pensamento metodológico científico, que segmenta pra melhorar o foco sobre o objeto, facilitou a apreensão do conhecimento.
NOTA 3: A Transdisciplinariedade (interdisciplinar) é um conceito novo, da década de 70, que prega que não existe nada isolado, as disciplinas trasam entre si. Unidisciplinaridade dá margem à distorções, os fatos são examinados em suas consequências sem se apreciar todas as causas.
NOTA 4: O Código Civil trata do “guagido” (ou choro do menor) como o ponto inicial para se considerar o início da pessoa física para qualquer indivíduo. Entretanto, o Direito já proteje este indivíduo antes mesmo dele nascer.
Bibliografia: 
- Teoria do Direito e do Estado de Miguel Reale. Saraiva
- Teoria Geral do Estado: Said Maluf, primeiro capítulo.
 
	RELAÇÕES ENTRE DIREITO E ESTADO
Estado e Direito se intercomunicam, as Dicotomias não o fazem.
	“Estado: é uma organização destinada a manter, pela aplicação do Direito, as condições universais de ordem social”. (O foco desta definição é jurídico).
	“Estado é a nação jurídica e politicamente organizada”. De Michel Foucault aborda o aspecto sociológico do Estado.
	“Direito é o conjunto das condições existenciais* da sociedade, que ao Estado cumpre assegurar”.
* As condições de existência é que o cidadão esteja livre, para que possa trabalhar, morar, estudar, etc; alguém tem que lhe protejer para que você não seja assaltado. As condições existenciais que a sociedade precisa ter hoje em dia: saúde trabalho, educação, segurança, lazer, etc.
Para o estudo do fenômeno estatal, tanto quanto para a iniciação na carreirajurídica, o primeiro problema a ser enfrentado é o das relações entre Estado e Direito.
Dividem-se as opiniões em três grupos doutrinários, que são os seguintes. As controvérsias entre Estado de Direito acontecem entre estas três visões:
Teoria Monística
Chamada também do ESTATISMO JURÍDICO, segundo a qual o Estado e o Direito confundem-se em uma só realidade. Os dois fenômenos sunt unum et idem (expressão em latin usada por Hans Kelsen, que quer dizer: “um e o mesmo”, ou seja, é uma coisa única e o mesmo ).
Kelsen foi o alemão criador da Teoria Pura do Direito. Kelsen é uma figura muito importante para o Direito, pois ele conseguiu no Século XX que o Direito se tornasse uma ciência com método próprio, pois ele estabeleceu uma objetividade para o Direito até então não existente. Segundo ele, direito é norma escrita, norma que só existe quando é escrita pelo Estado. Kelsen criou a Teoria Normativa do Direito, ou seja, a partir da norma jurídica ele montou a teoria do Direito. Desta forma, o Estado cria o direito e o direito cria o Estado, institucionalizando-o juridicamente. É importante observar que o Estado tem também o direito exclusivo (monopólio) de escrever a norma e de aplicar a sanção. O direito positivo é temporal e espacial.
Para os monistas só existe o direito estatal, pois não admitem eles a ideia de qualquer regra jurídica fora do Estado. O Estado é a fonte única do Direito, porque quem dá a vida ao Direito é o Estado através da “força coativa” de que só ele dispõe.
Foram precurssores do monismo jurídico antes de Kelsen: Hegel, Hobbes e Jean Bodin. Desenvolvida por Rodulf von Ilhering (Alemão) e John Austin, alcançou esta teoria a sua máxima expressão com a escola técnico-jurídica liderada por Jellinek e com a escola vienense de Hans Kelsen.
Porque o Estado tem o monopólio de criar o direito (positivo, escrito – a maior fonte de direito que existe, pois existe um direito que não é escrito, que será visto na teoria dualista), e o Direito é criado pelo Estado, por isso que é “sunt unum et idem”. A norma de Direito criada pelo próprio Estado cria ele mesmo (esta definição é fundamental para colocar na prova!!!)
Teoria Dualística
Também chamada pluralística, plural, que sustenta serem o Estado e o Direito duas realidades distintas, independentes e inconfundíveis. Esta defende o contráio de Kelsen, sem desconsiderá-lo mas acrescentando conceito, porquê para os dualistas o Estado não é a fonte única do Direito nem com este se confunde. O que provém do Estado é apenas uma categoria especial do Direito: o direito positivo. Mas existem também os princípios de direito natural (direito não escrito, que não é criado pelo Estado, decorre da própria natureza e surge com o homem na prórpia natureza; é inerente à natureza, sendo da natureza o direito natural não tem delimitação nem espacial nem temporal), as normas de direito costumeiro (consuetudinário, consuetudo consuetudinis = costume. Na Inglaterra existe muito direito consuetudinário) e as regras que se firmam na consciência coletiva (Importantíssimas. Por exemplo, na Inglaterra já foi regulamentado o casamento gay, uma regra que até então era apenas da consciência coletiva) que tendem a adiquirir positividade (esta é uma diferença importante, pois o contrário não pode ocorrer, ou seja, o direito positivo não pode criarr o direito natural) e que, nos casos omissos ou não*, o Estado deve acolher para lhe dar juridicidade. Além do Direito não escrito existe o direito canônico, (direito da relgião Católica Apostólica Romana, que não tem sanção aplicada pelo Direito Civil) que independe da força coativa e do poder civil, e o Direito das associações menores, (As associações, condomínios, possuem regras que caso não cumpridas, dão direito ao lesado ir até a justiça reclamar seu cumprimento. Ou seja, pode-se reclamar na justiça determinadas regras que não são civis mas o direito considera-as) possuem regras que o Estado reconhece e empara.
O direito Natural não tem limitação espacial nem temporal (atemporal).
Afirma esta corrente que o Direito é criação social, não estatal.
NOTA: Os homens produzem a Cultura, que nada mais é tudo aquilo que se adiciona à Natureza. Esta não pode ser produzida pelos animais inferiores. Mas o homem cria à semelhança do seu criador, a própria Natureza.
O direito civil brasileiro assegura, na hipóstese de morte dos pais, a proteção do menor com o pátrio poder transferido para os avós. Entretanto, hoje em dia, com o exemplo da Cássia Eler, que teve seu filho adotado pela companheira Lan-Lan, pois ambos os pais do menor estavam mortos, e foi dada juridicidade a uma regra de consciência costumeira. Neste caso não é um caso omisso, pois os próprios avós, que ainda estão vivos, concordaram que a companheira ficasse com a guarda do filho de Cássia. (Direito é fato social, não é norma apenas).
Teoria do Paralelismo
Segundo a qual o Estado e o Direito são realidades distintas, porém necessariamente interdependentes.
Esta terceira corrente, procurando solucionar a antítese monismo-pluralismo, adotou a concepção racional da graduação da positividade jurídica, definida com raro brilhantismo pelo eminente mestre da Filosofia do Direito na Itália, Giorgio Del Vecchio.
Reconhece a teoria do pluralismo a existência do direito não-estatal, sustentando que vários centros de determinação jurídica surgem e se desenvolvem fora do Estado, obedecendo a uma graduação de positividade. Pondera o Estado como centro de irradiação da positividade.
	Alguns dizem que a teoria do parelelismo é um corolário (que caminha em consequência) da teoria do pluralismo.
Centros de determinação jurídica: o casamento gay, o qual a sociedade fermentou este conceito através das associações de homossexuais, foi fruto de um centro de irradiação da positividade. Assim como os Sem-terra conseguiram reivindicar e cristalizar em lei a reforma agrária. Não é uma reforma agrária como a de Cuba ou a da Antiga União Soviética, mas uma reforma agrária capitalista. Entretanto, apesar de ter sido conseguida a reforma, os sem-terra continuaram lutando, agora, pela efetivação do cumprimento da lei da reforma agrária, para que os assentamentos sejam cumpridos mais rapidamente.
No Brasil o divórcio foi uma luta de muitos anos, pois tanto o casamento religioso quanto o casamento civil eram indissolúveis. Até que surgiu a “Campanha do Divórcio” em alguns centros de determinação jurídica, e posteriormente foi fornecido um ordenamento à separação, para que as pessoas pudessem contrair novas núpcias.
	Tem que ser observado uma graduação para ser alcançada a positividade jurídica. Ou seja, há um longo caminho para se cristalizar as idéias pelo parlamento positivando-as em leis. É uma conquista.
- Assim como hoje está contecendo a evolução do casamento (legal) de pessoas do mesmo sexo.
- Estado e Direito se intercomunicam, as dicotomias não.
3.1) Teoria tridimensinal do Estado e Direito.
É exemplo de concepção do paralelismo.
FATO, VALOR e NORMA são os três elementos (momentos ou fatores), integrantes do Estado como realidade sócio-ética-jurídica.
	O FATO de existir uma relação permanente do poder, com uma discriminação entre governantes e governados.
	Um VALOR ou um complexo de valores, em virtude do qual o poder se exerce.
	Um complexo de NORMAS que expressa à mediação do Poder na atualização dos valores da convivência social.
A teoria tridimensional do Estado e do Direito visa contornar as impropriedades dessas soluções parciais, FATO, VALOR E NORMA.
3.2) Teoria geral do Estado. Tríplice aspecto:
	O aspecto SOCIOLÓGICO, quando estuda organização estatal como fato social;
	O aspecto FILOSÓFICO (ou AXIOLÓGICO), quando estuda o Estado como fenômeno político-cultural;
	O aspecto JURÍDICO, quando encara o Estado como órgão central de positivação do Direito.
	NAÇÃO E ESTADO
Estado é a Nação jurídica politicamente organizada.
(NA APRESENTAÇÃO DE SLIDEDO PROFESSOR ESTE PONTO ESTÁ COMO “SOBERANIA”).
Nação é o aglomerado humano que tem:
a mesma RELIGIÃO ou mais de uma;
a mesma LÍNGUA ou mais de uma;
a mesma cultura ou mais de uma;
a mesma ETNIA ou mais de uma;
Todos estes substantivos são apenas subtratos, que, separadamente, não definem necessariamente uma nação como tal. Mas existe um outro elemento psicológico que é completamente abstrato, a VONTADE INDOMÁVEL de se autogovernar, de ser independente, de viver junto. Este é o caracter que, ao lado de outros, forma uma nação. Este é o único caracter que tem que estar presente num aglomerado para que seja considerado como uma nação.
- A diáspora que ocorreu após a queda de Jerusalém levou os Judeus pelo mundo afora, inclusive, para o Brasil, chegando em Pernambuco. Este é um exemplo de nação, um aglomerado humano, mas que não possui um território fixo hoje em dia, eles estão distribuídos pelo mundo.
- O povo Palestino, é outro exemplo, de uma nação que não tem uma soberania sobre seu território, mas este está sob a soberania (administração de Israel). Ou seja, tanto os Judeus, quanto os Palestinos, possuem esta vontade indomável (vontade indômita) de viver juntos, de reconquistar o seu território, de casar entre si, etc. 
- Para resolver o problema após a diáspora, a ONU criou dois estados, o Palestino e o Judaico. Israel surgiu como um Estado. Entretanto, os Palestinos não aceitaram, pois eles queriam Jerusalém sobre sua jurisdição. Ou seja, o povo judeu instalou o Estado de Israel, mas o povo Palestino não instalou o seu Estado, pois não aceitaram a proposta. De maneira que, como os Palestinos não aceitaram seus domínios sugeridos pela ONU, Israel invadiu as áreas que deveriam ser destinadas ao povo Palestino, gerando guerrilha entre estes povos, com o surgimento de lutas terroristas e líderes como Yasser Arafat (que era engenheiro formado pela universidade de Cairo). 
- Um bom filme para se entender essa questão da palestina é “Laurence da Arábia”, um filme mais antigo, no formato de documentário, muito elucidativo sobre a questão do povo árabe.
- Outro exemplo de nações que não estão necessariamente contidas num território são os Bascos na Espanha, ou ainda os Irlandeses sobre a soberania Inglesa. Na Irlanda existe uma divisão religiosa entre cristãos e protestantes, sendo que os primeiros ficaram ao lado dos Ingleses, e os outros queriam a independência da Irlanda, partindo para o terrorismo (Assistir ao filme “O inimigo oculto” com Harisson Ford e Brad Pitt.
A Nação quando se organiza política e juridicamente se transforma num Estado.
Os três elementos morfológicos essenciais do Estado, sem os quais o mesmo não existe, ou elementos constitutivos, são:
Povo (equivale à Nação)
Território
Soberania (o Poder Soberano é exatamente a organização política e jurídica)
NOTA 1: O Timor Leste, que fica na Indonésia e era uma colônia portuguesa, foi um problema político que solicitou a designação de um mediador neutro, o brasileiro Sérgio Vieira de Melo. Após a saída de Portugal colonizador do Timor Leste, uma série de problemas começaram a acontecer. Sérgio Vieira de Melo foi o escolhido para mediar a negociação entre a Indonésia, que era detentora anterior do território, antes da invasão Portuguesa (e após sua saída quis invadir e retomar suas posses), e o povo local do Timor Leste que queria manter sua independência após a saída de Portugal, preservando a distância com a Indonésia. Este povo do Timor Leste não era formado mais apenas por indonésios. Eles estavam enrriquecidos com a cultura, com a religião, com alguns costumens, deixados pelos portugueses, de maneira que não queriam retornar ao domínio da Indonésia. Foi Sérgio que, apesar de ter sido morto por um atentado terrorista posteriormente, conseguiu após um plebicito a confecção de uma constituição local, consequentemente possibilitando que o povo do Timor Leste conseguisse viver bem.
	Soberania = suprema potestas
 (nenhum outro poder está acima deste, era assim que os Romanos chamavam este Poder Soberano).
Quando dizemos que tem “GOVERNO”, dizemos que existe o Poder Soberano. É a Soberania que vai dar as características do Estado, ou seja, é uma característica inerente à constituição do Estado. É um poder que não está sujeito a nenhum outro, que não se curva a nehuma outra forma de poder. A Soberania é uma autoridade do Estado acima do qual não existe outra autoridade. Mas quando o Estado é invadido e ocupado, as instituições do estado perdem o Poder, pois aparece um poder mais forte que o anterior. O povo não desaparece, nem o território, mas a autoridade do poder soberano foi colocada em questão.
NOTA 2: A França quando foi ocupada pelo Terceiro Reich (ou Grande Reich Alemão) se transformou num Estado Imperfeito, pois havia o mesmo povo francês, no mesmo território, sob o comando do Marechal Petém, um herói francês da primeira Guerra Mundial, mas que seguia as orientações de Hitler. Ou seja, tem a aparência de Estado, mas não havia soberania legítima francesa. Esta atitude de “deixar um local como representante” é uma forma inteligente de se evitar revoluções contra o poder interventor. Petém, é hoje considerado um traidor.
NOTA 3: Portugal fez um grande trabalho conseguindo manter todo o território Brasileiro unificado com inúmeros fortes ao longo de toda sua extensão. Apesar de todas as invasões nós conseguimos um feito muito importante em manter toda esta nação unificada, falando a mesma língua. Aqui não houve movimentos separatistas. (A China, que é um país com dimensões continentais semelhantes a do Brasil, possui inúmeros dialetos espalhados por seu território).
- Napoleão teve um papel importante na formação e independência do Brasil. Quando ele invadiria Portugal, toda corte se mudou para a colônia. E quando Napoleão foi derrotado, Dom João antes de voltar para Portugal e retomar seu país, deixou aqui seu filho D. Pedro para que se tornasse o primeiro imperador deste novo país. Ele aconselhou D. Pedro que começasse uma dinastia aqui, uma dinastia soberana independente de Portugal. De maneira que o Brasil começou a ser soberano a partir de 1823, independente de Portugal, mas que não podia ser mais “L’État c’est moi" (Lé tá, cê moá), pois a França já havia instituído sua Revolução francesa pautada no contratualismo por Napoleão, implementando o Estado de Direito com o Código Napoleônico. De maneira que D. João sugeriu a D. Pedro que instituísse a Repúbliaca.
Conceito
	Fonte de Poder Soberano. Na verdade, o entendimento de um poder soberano é relativamente simples, mas o que importará para nós agora é a FONTE de onde emana este Poder.
A Soberania no conceito da Escola Clássica:
UNA porque não pode existir mais de uma autoridade soberana em um mesmo território.
INDIVISÍVEL, segundo a mesma linha de raciocínio que justifica sua unidade.
INALIENÁVEL por sua própria natureza. A vontade é personalíssima: não se aliena, não se transfere a outrem.
IMPRESCRITÍVEL no sentido de que não pode sofrer limitação no tempo.
	Poder = Capacidade de Influenciar
	Pode legítimo (autoridade): Poder de mando ( Dever de obediência*.
	* Quem desobedecer a ordem (legal) pode ser preso, por isso, tem o dever de obediência. Mas se a ordem for ilegal se constitui um abuso de poder, isto é crime. Na cadeia hierárquica militar, se uma ordem ilegal for cumprida, respondem por ela tanto quem mandou, quanto quem cumpriu a mesma.
	
Diversas teorias
	a) Teoria da Soberania Absoluta do rei (teocrática)
	
	b) Teoria da Soberania Popular (teocrática)
	
	c) Teoria da Soberania Nacional (racionalista)
	
	d) Teoria da Soberania do Estado
	
	d.1) e d.2) Escolas Alemã e Austríaca (subdivisão do ítem anterior).
	
	e) Teoria negativa (conceito abstrato, absolutista)
	
	f) Teoria realista ou institucionalista (une a teoria da Nação (c) e a do Estado (d), a FONTE + o EXERCÍCIO)
A grande questão analisada é sobre afonte do poder soberano, de onde ele vem:
Esta Teoria da Soberania Absoluta do Rei é uma teoria de natureza teocrática, o poder vem de Deus. Era basicamente o poder das tribos da antiguidade. Começou a ser sintetizada na frança, no Século XVI, tendo como um dos seus mais destacados teóricos Jean Bodim, que sustentava: a soberania do rei é originária dele (não deve a ninguém), é ilimitada (não tem limites); absoluta, perpétua e irresponsável (não responde a nada) em face de qualquer outro poder temporal ou espiritual. A idéia de Bodim era justificar o tipo de poder no Século XVI, ele teorizou fundamentando este tipo de poder com a história, com os exemplos da antiguidade (Nabuco Donosor, Erodes, Salomão, Davi, os Césares, etc). Firmou-se esta doutrina da soberania absoluta nas monarquias medievais, consolidando-se nas monarquias absolutistas e alcançando a sua culminância na doutrina de Maquiavel (que criou ou seu manual de soberania, para que ela fosse exercida de forma agradável, de maneira que o soberano fosse aplaudido pelos governados. Lembremos que ele é o pai da Ciência Política Moderna, o da antiga é Aristóteles.
A TEORIA DE SOBERANIA POPULAR é também uma teoria de natureza teocrática, que teve como cânones inlfuentes da igreja católica apostólica romana, como Altuzio, Marsilio de Pádua, Francisco de vitoria, Soto, Molina, Mariana, Suarez e outros teólogos e canonistas de chamada Escola Espanhola. Reformulando a doutrina no direito divino sobrenatural, criaram eles o que denominaram teoria do direito divino providencial: o poder público vem de Deus, sua causa eficiente, que infunde a inclusão social do homem e a consequente necessidade de governo na ordem temporal. Mas os reis não recebem o poder por ato de manifestação sobrenatural da vontade de Deus, senão por uma determinação providencial da onipotência divina. É o “eu entrego à Deus”. Esta não tem nada a ver com a democracia, nada com o Contrato Social; DIREITO DIVINO PROVIDENCIAL (que foi transmitido de Deus para os Homens)
Já a teoria da soberania Nacional tem a ver com o Contrato Social (teoria de Rousseau), com democracia verdadeiramente. Ganhou corpo com as ideias político-filosóficas que fomentaram o liberalismo e inspirram a revolução Francesa: ao símbolo da Corôa opôs os revolucionários liberais o símbolo da Nação. A Coroa não pertence ao rei; O Rei é que pertence à Corôa. Esta é um princípio, é uma tradição, de que o Rei é depositário, não prOprietário. Pertence à escola Clássica Francesa, da qual Rousseau foi o mais destacado expoente. Desenvolveram-na Esmein, Hauriou, Paul Duez, Villey, Berthélemy e outros. A soberania é originária da Nação, no sentido estrito de população nacional (ou povo nacional), não do povo em sentido amplo. Os Contratualistas defenderam esta Teoria que já é RACIONALISTA, ou seja, vem da razão do homem, de sua discussão entre os homens. É a verdade de razão que vem dos iluminsitas. Se esta fosse possível de verdade, se o poder de fato pertencesse ao povo, os Palestinos já seriam soberanos. Ou seja, o poder, na verdade, não pertence ao povo.
	Verdades de Revelação ( Teorias Teocráticas
	Verdades de Razão ( Teorias Racionalistas
Já o grupo que defende a TEORIA DE SOBERANIA DO ESTADO, que também é Iluminista, diz que a fonte do poder soberano não está no povo, na nação, está no ESTADO ORGANIZADO JURIDICAMENTE. Esta é visão de Kelsen do direito, sob a visão da TEORIA MONÍSTICA. Neste grupos estão as duas escolas Alemã e Austríaca, as quais divergem fundamentalmente da Escola Francesa. Seu expoente máximo, Jellinek, parte do princípio de que a soberania é a capacidade de autodeterminação do Estado por direito próprio e exclusivo. Para as escolas alemã e austríaca, lideradas, respectivamente, por Jellinek e Kelsen, que sustentam a estatalidade integral do Direito, a soberania é de natureza estritamente jurídica, é um direito do Estado e é de caráter absoluto, isto é, sem limitação de qualquer espécie, nem mesmo do direito natural cuja existência é negada. A soberania é um poder de direito e todo direito provém do Estado, o tecnicismo jurídico alemão e o normativismo kelseniano levam à conclusão lógica de que o poder de soberania é ilimitado e absoluto. Logo, toda forma de coação estatal é legítima, porque tende a realizar o direito como expressão da vontade soberana do Estado.
A TEORIA NEGATIVA nega a necessidade de Soberania, pois defende que a idéia de Soberania é intrínseca ao Estado, é um CONCEITO ABSTRATO. O que é preciso saber é: como se exercita a soberania? e não tentar conceituá-la. É da mesma natureza absolutista. Esta resume que Estado, Nação, Direito e Governo são uma só e única realidade. A partir desta Teoria podemos dizer então que Luiz XIV estava certo (“L’État c’est moi”).
A TEORIA REALISTA OU INSTITUCIONALISTA esta é um fusão da Teoria da Soberania da Nação acrescentanda a Teoria da Soberania do Estado. Ou seja, ela diz que existe sim de fato uma soberania, mas esta só se objetiva, adquire função concreta, só se cristaliza, quando o Poder Jurídico organiza o Estado. Modernamente, vem ganhando terreno em face das novas realidades mundiais. É forçoso admitir que a soberania é originária da Nação, mas só adquire expressão concreta e objetiva quando se institucionaliza no órgão estatal, recebendo através deste o seu ordenamento jurídico-formal dinâmico. A soberania é originariamente da Nação (quanto à fonte e ao poder), mas, juridicamente, do Estado (quanto ao seu exercício).
Mas é importante observar que há limitações à soberania. A soberania é limitada por:
	
LIMITAÇÕES
(do Poder Político)
	Direito Natural
	
	Direito Grupal
	
	Direito Internacional
	A soberania é limitada pelos princípios de DIREITO NATURAL, pelo DIREITO GRUPAL, isto é, pelos direitos dos grupos particulares que compõem o Estado (grupos biológicos, pedagógicos, econômicos, políticos, espirituais, etc.), bem como pelos imperativos da coexistência pacífica dos povos na órbita internacional (direito internacional).
- No Brasil, por exemplo, existem as populações indígenas (ameríndios) que são tuteladas pelo Estado, e que foram defendidas pelo cantor Sting que levou o índio Raoní para a Inglaterra querendo pressionar o governo Brasileiro a fazer a demarcação de terras dos índios. Fernando Henrique, para não ficar com a imagem internacional de “explorador do povo indígena”, cedeu à esta pressão midiática realizada por Sting. Ou seja, o poder soberano do Brasil, assim como de qualquer outro Estado Nação mundo a fora, pode estar sujeito a imposições (por mais que seja categórico o conceito de que o Poder soberano é um dos elementos Constitutivos do estado).
- Outro exemplo de interferência internacional na Soberania do Brasil era o que acontecia com a influência do FMI na gestão econômica do país. Esta interferência foi muito criticada pelos movimentos ideológicos de esquerda.
- O Banco Mundial, assim como o Fundo Monetário Inernacional, foram instituições de caráter internacional criadas após a Segunda Guerra Mudial, com o intuito de emprestar dinheiro a juros baixos para promoção de inclusão social, e desenvolvimento estrutural, nos países que necessitassem. Mas o dinheiro só é emprestado mediante garantias da adimplência do país solicitante. Ou seja, na verdade havia uma exploração ideológica pela esquerda, pois ninguém é obrigado a se dirigir ao FMI. Mas é importante que fique claro que estas são instituições financeiras e não nações. Mas havia uma crítica importantes à estas instituições durante a Guerra Fria, pois achava-se que era um domínio imposto pelos Estados Unidaos, pois quem empresta o dinheiro são os países desenvolvidos. “Maaaaassss…” (como diz o Prof. Adhemar) quando o Muro de Berlim (???) caiu, os Alemães comunistas foram bater no FMI.
- Um outro caso de limitação da soberania aconteceu com general Pinochet, líder da revolução chilena. Apesar do bom relacionamento com a Inglaterra (pois Pinochet ajudou Margareth Tatcher quando a Inglaterra

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