Buscar

Recuperação Judicial Geral/ falência, S/a, Assembleias resumo geral

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Recuperação Judicial Geral – para todas as empresas
Recuperação Judicial Especial ( plano especial ) – Para microempresa e empresa de pequeno porte, estas podem escolher entre a geral ou especial.
Lei da Rec. Judicial – 11.101/05
Empresas fora da lei que não podem falir, nem se recuperar: Empresas públicas, sociedades de economia mista e aquelas que precisam de credibilidade pública do mercado ( sociedade de capitalização, plano de saúde, linha complementar, instituição financeira, consórcio, cooperativa de crédito, seguradoras ).
Foro para reger essa recuperação: Onde a empresa tem seu principal estabelecimento, ou seja, onde tiver seu maior volume de bem.
Para requerer a recuperação: Tem que existir a pelo menos 2 anos e não pode ter nos últimos 5 anos ter usado a recuperação judicial, não ter falido, não ter sido condenado por crime falimentar. Art 58
Créditos sujeitos a recuperação: Todos os créditos existentes na data do pedido, ainda que não vencidos, exceto: credores fiscais, fiduciários, arrendatários, titular de reserva de domínio, adiantamento de contrato de cambio para exportação.
Obs: Começou o processo de Rec. Judicial, não pode desistir.
3 tipos de recuperação: ordinária, especial e extrajudicial.
Ordinária:
Pedido de recuperação:
Na petição tem que ter: As causas da dificuldade econômica; motivos das dificuldades econômicas; dados dos sócios e administradores; a relação de todo o patrimônio, incluindo contas bancarias da empresa; lista de crédito e dos credores; 3 anos de documentação contábil (exercício social), livros, etc; laudo de viabilidade econômica elaborada por um economista; Tudo que for possível para provar ao juízo que a empresa é viável, já que a recuperação judicial é feita quando a empresa esta passando por uma situação transitória/ reversível ( contratos, extratos bancários, ações judiciais, etc).
 Petição inicial
 Analise formal ( manda emendar ou não ) 
 Despacho de processamento: autorização para que a empresa comece o processo de proposição de recuperação, nesta fase o juiz nomeia um administrador judicial, que diferentemente da falência, onde seu dever é administrar a empresa, este irá apenas fiscalizar os administradores.
- Nomeação de administrador
- Suspensão de todas as ações e execuções, exceto as de quantia ilíquida, fiscais e trabalhistas.
- Intimar o ministério público
- Proibir a alienação/ oneração do ativo
 Publicação do despacho – 60 dias improrrogáveis – para apresentar o plano de recuperação judicial, sob pena de se não apresentar, falir. 
No plano há a liberdade de negociação, exceto: créditos trabalhistas vencidos até 1 ano do pedido de recuperação e créditos salariais até 5 s.m. vencidos nos meses antes do pedido (até 30 dias).
Art. 50, esse plano são as medidas da empresa para sair do buraco, pode ser qualquer medida lícita, exemplo, fusão, cisão, incorporação, venda da empresa, aumento de ativos através de venda de ações, intervenção de credores, aumento de capital/ diminuição, mudança de gestão, administração; desconto dos valores, parcelamento dos valores da dívida; DESDE DE QUE, CLARO, OS CREDORES CONCORDEM.
Nesse mesmo prazo, caso, por exemplo, algum credor não foi mencionado e quiser fazer parte da recuperação, terá 15 dias para se habilitar (julgadas administrativamente pelo adm da empresa) e 10 dias para impugnação, caso haja, o credor terá 5 dias para se defender. 
Manifestação dos credores: São 30 dias para impugnação e se houver, haverá assembleia com os credores ( 150 dias do despacho ), concedendo a recuperação SE:
- Aprovado por maioria simples dos credores de créditos trabalhistas, independente do valor.
- Aprovado pelos credores titulares de créditos com garantia real que representem mais da metade do valor total de créditos com garantia real presentes em assembleia e pela maioria simples dos credores presentes dessa categoria.
- Aprovado pelos credores de créditos quirografários, com privilégio especial ou geral, subordinados que representem mais da metade do valor total desses créditos presentes em assembleia.
Sem objeções: O juiz concederá a recuperação.
Cumprimento do plano: Há recuperações que perduram muitos anos 5, 10, 20 anos (são os credores que aceitam), entretanto existe o chamado período crítico que dura 2 anos ( art. 61 ), porque se houver descumprimento, a falência é automática, o juiz expede de ofício o falimento da empresa. Art 54. Há a CONVOLAÇÃO da recuperação judicial em falência.
 No primeiro mês deve ser pago os primeiros 3 meses de salário atrasados e ao logo desses 2 anos deve ser cumprido rigorosamente o plano de recuperação, se após esses 2 anos houver descumprimento é os credores que decidem se haverá decretação de falência. Após o período estipulado, estando todas as inadimplências cumpridas, a empresa estará recuperada. Caso não, haverá falência ou execução.
A recuperação pode ser requerida como pedido da própria empresa de forma autônoma, como pode ser requerida nos 10 dias de contraditório da falência.
O despacho de processamento suspende todas as prescrições contra a empresa no prazo de 180 dias, nesse tempo pode ter assembleia e comitê.
Recuperação Judicial Especial (art. 70-72)
- Micro empresa ( até 360 mil por ano ) e empresa de pequeno porte ( 360 mil até 3 milhões por ano ).
- Facultativo, pode pedir a recuperação judicial, mas se não quiser, ordinária.
- Procedimento simplificado
- Exclusivos a créditos quirografários 
Créditos quirografários são aqueles que decorrem somente o simples encontro de vontade entre as partes, tendo como garantia a simples promessa do devedor de que, no vencimento, vai adimplir a obrigação.
-Único médio de pagamento: Parcelamento em até 36x mensais, iguais e sucessivas, com a primeira para até 180 dias da distribuição do pedido.
Recuperação extrajudicial (art. 161-166)
- Proposta e negociação diretamente entre empresário e credores
- Não cabe para créditos trabalhistas e tributários.
- O juiz apenas homologa:
Obrigatório: Se a adesão de no mínimo 3/5 de todos os créditos de cada espécie;
Facultativa: Se houver a adesão da totalidade dos credores.
Falência Lei 11.101/05
Extinção da empresa, causando o menor dano possível, ou seja, pagando o maior número de credores e obedecendo a linha de preferência. Essa empresa pode continuar funcionando, mas não na mão daquele que a fez entrar em dificuldade econômica.
Existem 3 fases ( declaratória, realização do ativo, encerramento).
Petição inicial originária ou de convolação do processo de recuperação em falência. 
Empresas fora da lei ( 11.101/05 ) que não podem falir, nem se recuperar: Empresas públicas, sociedades de economia mista e aquelas que precisam de credibilidade pública do mercado ( sociedade de capitalização, plano de saúde, linha complementar, instituição financeira, consórcio, cooperativa de crédito, seguradoras ). Essas quebram mediante liquidação extrajudicial e não falência.
Foro: universal, todos os tramites ocorrem no foro do principal estabelecimento, menos os trabalhistas e fiscais que continuam na sua vara até a execução. O juiz do processo trabalhista e fiscal devem requerer reservas para que quando houver a execução, a parcela referente a sua cota esteja garantida.
	FASE DECLARATÓRIA
Há dívidas incobráveis na falência, como obrigações gratuitas como promessa de doação e todas as despesas que os credores façam para cobrar o falido. Art. 5.
-Legitimidade passiva: qualquer empresa, menos as excluídas do rol de falência e recuperação, também excluídas, associações e fundações, pois são regidas por um regime de sociedade simples, nelas aplicamos o processo de insolvência civil.
-Legitimidade ativa: devedor (autofalência), credor, sócio, cônjuge ou herdeiro do empresário.
Causas: 
-Dívida de no mínimo 40 salários mínimos, podendo ter litisconsórcio ativo (juntar dívida).
-Práticas de atos de falência: evadir, fechar o estabelecimento sem deixar procurados, começar a vender tudo a preço de banana, pedir descontos a credores semser por meio da recuperação judicial, desviar patrimônio.
-Execução.
 Citação
- Confissão
- Depósito Elisivo: Se for uma falência baseada em dívida, o réu pode pagar essa dívida com juros, multa, atualização e honorário advocatício, não tendo, então, sua dívida decretada. Pode ser feito para encerrar o processo de falência ou como forma de garantia para se defender.
- Contestar os atos de falência
- Pode requerer a recuperação judicial que, se o juiz acatar, suspende o processo de falência e entra na fase de recuperação.
Se nenhum dos tópicos apresentados acima for logrado e o réu não tenha como reverter sua situação há a sentença de decretação de falência.
Sentença de decretação de falência: 
Requisitos necessários na sentença:
- Nomeação de administrador judicial: profissional idôneo, preferencialmente, advogado, contador, administrador ou economista. Pode ser pessoa jurídica, desde que nomeie uma pessoa física para representa-la. Esse administrador será remunerado e sua remuneração máxima poderá ser 5% do valor total de créditos e 2% para pequenas e empresas de pequeno porte. Ele não recebe totalmente sua remuneração, 60% de início e 40% caso cause algum dano para a massa falida, esse valor de 40% será usado para redimir perdas e danos.
- Convocar a 1 assembleia geral: Todos os credores participarão, menos os tributários e subordinados. Podem os credores indicar 4 pessoas ( um representante de credor trabalhista, credor de garantia real ou privilégio especial, credor quirografário ou privilégio geral e um representante de micro empresa ou empresa de pequeno porte ) para um comitê, o chamado comitê de credores, funciona da seguinte forma, toda vez que precisar da reunião de credores, ao invés de chamar uma assembleia, chama-se esse comitê. 
- Abre o prazo de 15 dias para habilitação de crédito, lacra o estabelecimento, nada entra ou sai e o que tiver ali será vendido para fazer dinheiro. 
- Manda ordem para o registro do comércio para que fique registrado a empresa como entidade falida.
- Torna indisponível todos os bens dos sócios e administradores da empresa.
- Fixa o termo legal da falência, a data presumida da falência.
- Os sócios podem ser presos, caso tentem evadir do local, pois eles têm o dever de informação.
Sentença declaratória de natureza constitutiva.
	FASE DE REALIAÇÃO DO ATIVO
Assim que declarada a falência, o administrador judicial fará a arrecadação dos bens, avaliação dos bene e a venda dos bens.
O que é vendido:
Venda dos bens segue uma ordem:
- A preferência é para vender a empresa inteira
- Unidades autônomas, filiais por exemplo.
- Blocos de móveis e imóveis
- Bens sem separado
Como será vendido:
- Leilão
- Proposta fechadas e sigilosas
- Pregão
-Após a arrecadação de capital pelas medidas anteriores, começa a correr o prazo de 15 dias para a habilitação de credores, passou desse tempo, se enquadra no ramo de crédito retardatário, receberá depois e se habilitado depois de extinto o processo, será chamado de crédito tardio; 
-Passado os 15 dias, terá 45 para o administrador faça o julgamento administrativo dos créditos ( de quem é, pra quem é, quem deve receber primeiro ).
-10 dias para impugnação
SE HOUVER IMPUGNAÇÃO, O JUIZ QUE JULGA.
Ordem dos créditos:
Concursais:
Trabalhistas: até 150 salários mínimos, o que passar vai pro número 6 de créditos quirografários.
Garantia Real: Hipoteca, penhora, anticrese, alienação fiduciária. Somente até o valor da garantia, se o crédito for maior que o valor do bem dado em garantia, o valor vai pro número 6 como crédito quirografário.
Tributos, sem multa tributária
Credito com privilégio especial
Crédito com privilégio geral
Créditos quirografários
Multas tributárias
Créditos subordinados, exemplo debentures subordinadas.
No pagamento são pagas:
- As instituições, como por exemplo, se no bem vendido havia pertences de terceiros.
- Reservas (feitas pelo juízo trabalhista e tributário)
- Extraconcursais: que vencem após a falência, incluindo a remuneração do administrador, como agua, luz, telefone.
- Créditos concursais.
APÓS PAGO O ÚLTIMO CENTAVO POSSÍVEL: FASE DE ENCERRAMENTO
	FASE DE ENCERRAMENTO
-Pago tudo possível, correrá o prazo de 30 dias para o administrador apresentar as contas, se aprovadas ele pode receber os 40% retidos, se desaprovadas, não receberá.
10 dias para impugnação
- Relatório da falência: contará o que foi vendido, para quem, por qual preço, pago para quem. Prazo de 10 dias para ser apresentado.
- Extinção da falência, mas não das obrigações.
- Extinção das obrigações:
Pelo pagamento integral da dívida.
Pagamento de ao menos 50% dos créditos quirografários.
Aqui se o devedor cumprir um dos 2 requisitos, pode empresariar livremente de novo.
Se não conseguir pagar:
5 anos, sem crime; Se tiver crime serão 10 anos.
Fusão é a união de 2 ou mais empresas criando uma que substituirá em todos os seus direitos e obrigações.
Incorporação: A empresa incorporadora incorpora a incorporada ao seu patrimônio. Ex: 2 empresas de jogos, uma maior que obtém o capital da menor, esta maior incorporará a menor ao seu espólio patrimonial.
Cisão: Quando uma entidade pode transferir seu patrimônio, parcial ou totalmente, se for total a empresa que fez esta total, deixará de existir.
Sociedades Anônimas Lei 6.404/76
Rege as sociedades anônimas ( também chamadas de companhia ) e as sociedade comanditas por ações.
Classificação das S/a:
De capital aberto: Aquela que há admissão de negociação de valores mobiliários (as ações) no mercado de capitais. Há necessidade de autorização da CVM (comissão de valores mobiliários, uma autarquia federal).
Logo, se uma empresa negocia suas ações na bolsa de valores, ela é uma sociedade de capital aberto.
De capital fechado: não admissão de negociação dos valores mobiliários no mercado de capitais.
Capital Social:
Obs: Da sociedade limitada é dividida em cotas e não ações.
- Dividido em ações
- Os sócios acionistas são responsáveis somente pelo preço de emissão de ações que subscrevem ou adquirem, ou seja, não há solidariedade pela integralização do restante das ações.
- Formado por bens ou dinheiro, não sendo admitida sua integralização por meio de prestação de serviços, ou seja, você só pode adquirir ações por cash ou, por exemplo, um imóvel, jamais por prestação de serviços.
Nome empresarial
Adota denominação e não firma ( nome empresarial formado por nome civil de um ou mais sócios ), com expressão que designe a atividade desenvolvida acompanhada da expressão s/a ou sociedade anônima no início, meio ou final do nome. Ex: Banco Itaú s/a, s/a alfa tecnologia, gama s/a transportes.
Poderá ser usada a expressão CIA ou companhia no início ou no meio do nome, nunca no final. Ex: Companhia de abastecimento de água, alfa CIA transportes, Banco CIA Itaú
É possível colocar o nome do fundador ou acionista que tenha contribuído para o êxito da sociedade. Uma espécie de homenagem aos fundadores e não um simples acionista.
Classificação das Ações: Ordinárias, preferencialistas e de fruição (de gozo).
Ordinárias: Oferecem direitos e vantagens a todos os acionistas.
Ações preferenciais: Atribuem uma vantagem política ou econômica ao detentor. 
Obs: Apesar de o preferencialista possuir certas vantagens, em regra, NÃO POSSUI DIREITO A VOTO.
Ações de fruição ou de gozo: São aquelas que substituem ações ordinárias ou preferenciais que foram amortizadas pela companhia. 
A amortização ocorre quando a sociedade apura o valor patrimonial da ação e paga o respectivo acionista. A sociedade não é obrigada a fazer isso, ela tem a faculdade.
De acordo com a circulação: Nominativas ou escriturais
Ações nominativas: Geram a emissão de um certificado e circulam por meio de registro em livro próprio, o chamado Livro de Transferência de Ações Nominativas. Este livro é obrigatório para as sociedades que emitem ações nominativas.
Ex: Sociedade vende uma ação para Fulano, logo, no livro estará o valor,a quantidade de ações, para quem, quando, etc. Fulano não pode, se for ação nominativa, de forma livre e avulsa vender sua ação, tem que ir à sociedade, declarar o quanto e a parcela que deseja vender para que seja feito o registro de transferência da ação.
Ações escriturais: São transferidas por meio de instituição financeira, não gerando um certificado, ou seja, na sua compra, não há a emissão de um certificado, apenas registro escritural que de forma contábil há a informação da sua quantidade de ações.
Obs: Salienta-se que atualmente não existem mais ações ao portador ou endossáveis no sistema brasileiro, já que os dispositivos da lei 6.404/76 que autorizavam a emissão destes tipos de ações foram revogados. 
Debêntures
Espécie de valor mobiliário emitido pelas sociedades anônimas que conferem ao seu titular um direito de crédito certo contra a companhia, nos termos do que dispuser sua escritura de emissão ou seu certificado. 
Eventual lucro ou prejuízo da companhia em nada afetarão o direito daquele que é titular da debênture.
A debênture é título executivo extrajudicial nos termos do art. 784, I do CPC.
Em relação a deliberação a respeito da emissão de debêntures cabe, em princípio de forma privativa à assembleia geral (art. 59 da lei 6.404/76), podendo em algumas hipóteses ocorrer a deliberação por parte do Conselho de Administração.
Partes Beneficiárias
Títulos que conferem aos seus titulares um direito eventual – diferente das debentures que são de crédito certo - contra a companhia, condicionado ao resultado positivo da companhia, ou seja, lucro anual.
Somente as companhias fechadas podem emitir as partes beneficiárias. 
Fechadas – beneFiciárias
Bônus de subscrição
Não apresenta direito de crédito aos seus titulares, mas sim o direito de preferência na subscrição de novas ações. Por exemplo, se há uma fila para adquirir ações, com o bônus de subscrição, você terá a preferência para compra-las.
Somente será exercido no caso de pagamento do preço de emissão da ação.
Os acionistas possuem preferência na subscrição da emissão dos bônus de subscrição.
Os bônus serão nominativos, ou seja, deverão indicar os respectivos titulares, não podendo ser ao portador. 
--------------------------------------------------Até aqui falamos de valores mobiliários.
Constituição das Sociedades Anônimas
Ato constitutivo das companhias (sociedades anônimas) é um ESTATUTO, por tal razão é tida como sociedade estatutária ou institucional.
Os requisitos para a constituição são:
-Subscrição, de pelo menos por 2 pessoas, de todas as ações em que se divide o capital social fixado no estatuto.
- Realização (efetivo pagamento), como entrada, de 10%, no mínimo, do preço de emissão das ações subscritas em dinheiro, não pode ser pago em bens. Obs: em alguns casos a lei exige percentual maior do que esse.
- Depósito, no Banco de Brasil s/a., ou em outro estabelecimento bancário autorizado pela Comissão de Valores Mobiliários (CMV), da parte do capital realizado em dinheiro. O prazo deste depósito será de 5 dias e será feito em favor da companhia que está sendo constituída que, somente poderá levanta-lo após a aquisição da personalidade jurídica. Ainda, em relação ao depósito, importante ressaltar que no caso de a companhia não for constituída no prazo de 6 meses após o depósito, este será devolvido ao subscritor.
Os acionistas
Acionista é o detentor de uma parcela do capital social, a chamada ação. Os acionistas possuem os chamados direitos essenciais que não podem ser retirados nem mesmo pelo estatuto, são eles:
- I: Participação nos lucros sociais: A divisão desse lucro é conhecida como dividendo. A lei prevê o recebimento de dividendos obrigatórios, nos termos do que foi previsto no estatuto social. Caso o estatuto tenha sido omisso, será a metade do lucro líquido dividido entre os acionistas; deduzidas às despesas destinadas a reserva, previstas no art. 202 da lei 6.404/76.
-II: Participação no acervo da companhia em caso de liquidação: em regra, após o pagamento de todos os credores, o ativo remanescente será partilhado entre os acionistas, nas devidas proporções.
-III: Fiscalização da gestão dos negócios sociais: apesar de o conselho fiscal ter uma de suas principais funções a fiscalização, não há impedimento para que os sócios também realizem a fiscalização. Tanto é assim que a Lei 6.404/76, no art. 105 autoriza a exibição por inteiro dos livros da companhia, quando requerida por acionistas com pelo menos 5% do capital social que afirmem a prática, por parte de qualquer dos órgãos da companhia, de atos que violem o estatuto ou lei.
-IV: Preferência para a subscrição de novas ações, partes beneficiárias conversíveis em ações, debêntures conversíveis em ações e bônus de subscrição: esta preferência será exercida na proporção das ações que o acionista possui.
-V: Direito de retirada: conhecido como direito de recesso, é assegurado mediante reembolso do valor de suas ações.
Acionista controlador: é a pessoa, natural (física) ou jurídica, ou grupo de pessoas vinculadas por acordo de voto, ou sob controle comum, que:
É titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de modo permanente, a maioria dos votos nas deliberações da assembleia geral e o poder de eleger a maioria dos administradores da companhia; e
Usa efetivamente seu poder para dirigir as atividades sociais e orientar o funcionamento dos órgãos da companhia.
Acordo de acionistas: Trata-se de contrato parassocial formado fora do estatuto social e poderá ser oposto a companhia (exigido seu cumprimento) quando arquivado na sua sede.
Tal acordo poderá versar sobre a compra e venda de ações, preferência para a aquisição de ações, exercício do direito a voto, ou do poder de controle. A eficácia do acordo perante terceiros somente ocorrerá, depois de averbados nos livros de registro e nos certificados das ações, caso tenham sido emitidos. 
Assembleia Geral
Órgão Máximo da sociedade anônima em que todos os acionistas têm direito de participar e possui competência para tratar de qualquer assunto relacionado ao objeto social. Ela divide-se em ordinária e extraordinária.
Ordinária: Ocorre uma vez ao ano nos 4 primeiros meses seguintes ao termino de seu exercício social e tem competência para tratar dos seguintes assuntos:
-tomar as contas dos administradores, examinar, discutir e votar as demonstrações financeiras;
- Deliberar sobre a destinação do lucro líquido do exercício e a distribuição de dividendos;
- Eleger os administradores (diretoria e conselho de administração) e os membros do conselho fiscal, quando for o caso;
- Aprovar a correção da expressão monetária do capital social.
O que não tiver na competência da Assembleia Ordinária deverá ser tratado na extraordinária que poderá se realizar quantas vezes foram necessárias. É possível e muito comum que a assembleia geral ordinária e extraordinária sejam cumulativamente convocadas e realizadas no mesmo local, hora e data, instrumentadas em ata única.
Competência para Convocação
        Art. 123. Compete ao conselho de administração, se houver, ou aos diretores, observado o disposto no estatuto, convocar a assembleia-geral.
        Parágrafo único. A assembleia-geral pode também ser convocada:
a) convocar a assembleia-geral ordinária, se os órgãos da administração retardarem por mais de 1 (um) mês essa convocação, e a extraordinária, sempre que ocorrerem motivos graves ou urgentes, incluindo na agenda das assembleias as matérias que considerarem necessárias;
b) por qualquer acionista, quando os administradores retardarem, por mais de 60 (sessenta) dias, a convocação nos casos previstos em lei ou no estatuto;
c) por acionistas que representem 5 %, no mínimo, do capital social, quando os administradores não atenderem, no prazo de oito dias, a pedido de convocação que apresentarem, devidamente fundamentado, com indicação das matérias a serem tratadas;  
d) por acionistas que representem 5 %, no mínimo, do capital votante, ou cinco por cento, nomínimo, dos acionistas sem direito a voto, quando os administradores não atenderem, no prazo de oito dias, a pedido de convocação de assembleia para instalação do conselho fiscal. 
O conselho de Administração
O conselho de administração junto com a diretoria fazem parte da administração da companhia, por isso é órgão com função administrativa, fixando os rumos gerais da sociedade anônima. 
Possui também função deliberativa, já que possui competência para deliberar sobre algumas matérias. Exemplo: Eleição dos diretores. 
O conselho de administração é composto por no mínimo 3 membros, eleitos pela assembleia geral e por ela destituíveis a qualquer tempo.
O conselho de administração, apesar de possuir grande importância, não será obrigatório em todas as sociedades anônimas. Nos termos da lei 6.404/76, somente será obrigatório nas companhias de capital aberto (aquelas que admitem a negociação dos valores mobiliários no mercado de capitais), de capital autorizado ( aquelas em que há prévia autorização no estatuto para aumento do capital social) e sociedades de economia mista (aquelas estatais em que há capital público e privado).
Diretoria
É órgão obrigatório e de representação da companhia. Juntamente com o conselho de administração, a diretoria é órgão de administração.
A S/a pode não ter conselho de administração, mas é obrigada a ter diretoria.
É formada por duas ou mais pessoas físicas, acionistas ou não e residentes no Brasil. Os membros são escolhidos pelo conselho de administração ou pela assembleia geral, no caso de inexistência deste.
As demais regras devem vir definidas no estatuto, que deverá ter:
- o número de diretores, ou o máximo ou o mínimo permitidos; vale frisar que no mínimo por lei são 2;
- o modo de sua substituição;
- o prazo de gestão, que não será superior a 3 anos, permitida a reeleição;
- as atribuições e poderes de cada diretos.
Conselho Fiscal
É órgão obrigatório, mas de funcionamento facultativo, com função de assessoramento técnico e fiscalização.
É composto por no mínimo 3 e no máximo 5 pessoas físicas, acionistas ou não, eleitos pela assembleia gera.
Só podem fazer parte do conselho fiscal pessoas que tenham sido administradoras ou conselheiras fiscais em outra sociedade anônima por no mínimo 3 anos ou que tenham curso superior.
Responsabilidade da companhia por atos de seus administradores perante terceiros
Em relação aos atos realizados pelos administradores, a sociedade sempre responderá. Já os administradores poderão ou não serem responsabilizados pessoalmente pelos atos realizados em nome da companhia. O regramento é o seguinte:
- no caso de realização de atos regulares a gestão, o administrador não assume responsabilidade pessoal por eles.
- No caso de atos de gestão praticados com dolo, culpa ou violação da lei ou do estatuto os administradores faltosos poderão responder perante a sociedade.
A ação de responsabilidade como administrador faltoso
A sociedade deliberará em assembleia acerca do ajuizamento da ação contra o administrador faltoso. Havendo deliberação neste sentido, a companhia ajuizará a competente ação de responsabilidade.
No caso de a companhia, mesmo havendo deliberação para tal, não ingressar com a ação no prazo de 3 meses, qualquer acionista poderá mover em nome próprio, para recuperar o prejuízo da companhia, ou seja, benefício da ação não será revertido ao acionista e sim a sociedade.
Caso a assembleia delibere por não ajuizar a demanda, acionistas que representem pelo menos 5% do capital social poderão ajuizar a demanda em questão.
A ação de responsabilidade proposta pelos acionistas em benefício da sociedade, não exclui a possibilidade de o acionista ou terceiro diretamente prejudicado por ato de administração proponha ação em seu benefício.

Continue navegando