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Artigos ABC/.DS_Store __MACOSX/Artigos ABC/._.DS_Store Artigos ABC/Custeio ABC(1).pdf APLICAÇÃO DO CUSTEIO ABC EM UMA EMPRESA VAREJISTA DE GASES INDUSTRIAIS Rafaela Lopes de Azevedo (uepa ) raffa-azevedo@hotmail.com Bruna Gabrielly Teixeira da Silva (uepa ) bruna_gabrielly18@hotmail.com A busca constante por espaço e reconhecimento no mercado, pelas organizações, além de aspectos que as diferenciem da concorrência, conduz a adoção de métodos que auxiliem no conhecimento dos reais custos recorrentes na execução de suas ativvidades para assim empregarem, adequadamente, suas receitas em ações que promovam seu crescimento. Em virtude disso, o estudo objetiva apresentar informações, em uma empresa que comercializa gases industriais, acerca do comportamento de consumo dos recursos que validarão o planejamento de capital em cada departamento, bem como a otimização dos custos. Para isso, no estudo foi utilizada a metodologia de Custeio por Atividade, ou Custeio ABC, que visa identificar todos os custos relativos em cada atividade, pertinente aos departamentos presente na empresa, com intuito conhecer e assim minimizar determinados gastos que por vezes podem ser irrelevantes e ocasionarem a análise equivocada sobre o lucro. Por fim, foi observado que o departamento de compras, sendo um dos mais necessários à empresa, era o que concentrava mais custo para sua realização. Além disso, através dessa descoberta e da mensuração dos dados foi possível elaborar a DRE. Palavras-chave: Custeio por atividade; Custeio ABC; gases industriais; Análise de custos XXXVI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCÃO Contribuições da Engenharia de Produção para Melhores Práticas de Gestão e Modernização do Brasil João Pessoa/PB, Brasil, de 03 a 06 de outubro de 2016. XXXVI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCÃO Contribuições da Engenharia de Produção para Melhores Práticas de Gestão e Modernização do Brasil João_Pessoa/PB, Brasil, de 03 a 06 de outubro de 2016. . 2 1. Introdução O acirramento da concorrência conduz organizações a buscarem métodos que auxiliem na tomada de decisões fundamentais à sua permanência no segmento de mercado em que atuam. Segundo Megliorini (2012), com a competividade mais intensa a Gestão de Custos passou a ter mais importância no sentido de que pode oferecer informações pertinentes para acessorar a organização na condução lucrativa de seus negócios. Nesse contexto, para a mensuração de custos, dentre outras possibilidades existentes na literatura, destaca-se o Custeio Baseado em Atividades (ABC). Tal metodologia melhorou a gestão financeira à medida que permitiu identificar os custos com atividades associadas aos departamentos existentes na empresa, verificando de que forma essas atividades se relacionam com a geração de receitas e qual o respectivo consumo de recursos de sua parte. O presente artigo teve como referência de estudo uma empresa que comercializa gases industriais, localizada na cidade de Castanhal, estado do Pará, a mesma está no mercado há cerca de seis anos e atualmente tem dificuldade para competir no seu segmento, visto que empresas da capital paraense vieram competir na cidade onde ela está localizada. Tendo em vista, essa problemática objetivou-se identificar o efetivo consumo de recursos destinados ás atividades de cada departamento da entidade estudada, com o intuito de analisar os custos corretamente, para assim ajudar na melhoria de análise de rentabilidade da empresa. 2. Referencial Teórico Nesta seção encontra-se toda fundamentação teórica do estudo. 2.1. Evolução do custeio De acordo com Megliorini (2012), a identificação dos custos no processo de fabricação dos produtos antigamente era obtida a partir, apenas, da matéria-prima e da mão de obra direta. Diante disso, Araujo (1995) afirma que a partir da década de 1980 a relevância do custeio tradicional começa a ser questionada por acadêmicos e posteriormente pelo ambiente industrial. Pois, segundo Megliorini (2012), com a acentuação de equipamentos e maquinários no processo produtivo, proporcionada pelo avanço da tecnologia, a mão de obra direta passa a ser reduzida ao passo que custos indiretos na fabricação sofrem significativo aumento, visto que antes de 1980 o processo era executado predominantemente pela mão de obra. 2.3. Classificação dos custos XXXVI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCÃO Contribuições da Engenharia de Produção para Melhores Práticas de Gestão e Modernização do Brasil João_Pessoa/PB, Brasil, de 03 a 06 de outubro de 2016. . 3 Segundo Iudícibus e Marion (2008) os custos pertinentes a produção podem ser classificados e diferenciados da seguinte maneira: Custos Diretos: Custos apropriados diretamente ao produto e há o conhecimento do valor que o produto absorveu. A matéria-prima e a mão de obra direta, são exemplos desse custo; Custos Indiretos: Não são identificáveis no produto devido não possuírem medida exata e carecerem de estimativas de valores através do rateio. Vale ressaltar que no Brasil, a depreciação é tratada como custo indireto, devido o bem depreciar trabalhando ou não. De acordo com Oliveira et al. (2004), as taxas reconhecidas pela Receita Federal podem ser visualizadas no quadro 01 abaixo: Quadro 01 – Taxas de depreciação de acordo com o Regulamento de Imposto de Renda Ativo Imobilizado Taxa anual de depreciação (%) Edifícios e benfeitorias 4 Instalações 10 Maquinários 10 Móveis e utensílios 10 Semoventes - animais de tração 20 Computadores e periféricos – hardware 20 Programas de computador - software (amortização) 20 Veículos de carga 20 Veículos de passageiros 20 Máquina de terraplanagem 25 Motociclos 25 Tratores 25 Autor: Adaptado de Oliveira et al. (2004) Ainda segundo os autores, os custos podem ser variáveis ou fixos, independentemente de serem diretos ou indiretos. Custos Variáveis: São custos que variam na mesma proporção das variações ocorridas com determinados volumes das atividades; Custos Fixos: São custos que não se alteram mesmo que ocorram variações. XXXVI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCÃO Contribuições da Engenharia de Produção para Melhores Práticas de Gestão e Modernização do Brasil João_Pessoa/PB, Brasil, de 03 a 06 de outubro de 2016. . 4 O aumento dos custos indiretos na fabricação ocasionou um impacto considerável na obtenção dos custos de cada produto, visto que a incorporação a eles necessitam do rateio mediante direcionadores de valores. Em vista disso, e buscando atender às necessidades informacionais dos gestores, foram criados métodos de custeios adequados a identificação dos custos indiretos (MEGLIORINI, 2012). 2.2. Sistemas de Custeios 2.2.1. Custeio por absorção No custeio por absorção todos os custos são apropriados ao produto, sem distinção do tipo, se são variáveis ou fixos. (IUDÍCIBUS; MARION, 2008) 2.2.2. Custeio variável De acordo com Horngren, Foster e Datar (2000), no custeio variável todos os custos, diretos ou indiretos, são apropriados aos produtos e os custos tidos como fixos são excluídos do período e classificados como despesas. 2.2.4. Custeio baseado em atividade ou ABC ou Activity based costing No custeio ABC os custos indiretos são apropriados aos produtos através das atividades que cada departamento ou centro de custos possui. De acordo com esse sistema, os produtos utilizam-se das atividades e estas, por sua vez, se mantem através do consumo de recursos (RIBEIRO, 2009). Segundo Martins (2003): Atividade é uma ação que utiliza recursos humanos, materiais, tecnológicos e financeiros para se produzirem bens ou serviços. E composta por um conjunto de tarefas necessárias ao seu desempenho. As atividades são necessárias para a concretização de um processo, que é uma cadeia de atividades correlatas, inter- relacionadas. Os procedimentos para execução do custeio ABC acontecem, segundo Ribeiro (2009), da seguinte maneira: Acumulação dos custos indiretos de fabricação (CIF) aos seus respectivos departamentos de origem; Repasse dos CIFs às atividades que os geraram dentro de cada departamento; Apropriação dos CIFs acumulados nas atividades aos produtos. A atribuição dos custos aos produtos acontece mediante utilização de direcionador que compreende a um fator que indica o consumo das atividades pelos produtos atribuindo custos aos mesmos (MARTINS, 2003) XXXVI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCÃO Contribuições da Engenharia de Produção para Melhores Práticas de Gestão e Modernização do Brasil João_Pessoa/PB, Brasil, de 03 a 06 de outubro de 2016. . 5 Segundo Martins (2003) existe dois tipos de direcionadores: direcionador de primeiro estágio representa os custos transferidos dos centros de custos ou departamentos as atividades, ou seja, são indicadores de custeio de atividades, e o direcionador de segundo estágio demonstra a relação de custos das atividades com os produtos, servem para custear os produtos. A execução desses direcionadores requer a utilização do método de maneira adequada, em vista disso Ribeiro (2009) apresenta um esquema para contabilização do custeio da presente maneira: Departamentalização: Dividir a empresa em departamentos; Identificação dos gastos comuns a todos os departamentos: Acumulação de todos os gastos inerentes a cada centro de custos; Distribuição dos gastos comuns a todos os departamentos: Segregar despesas e custos de cada departamento; Identificação e/ou acumulação dos gastos incorridos em cada departamento: Identificar todos os gastos incorridos no departamento, tantos os transferidos quanto os exclusivos daquele centro; Identificação das atividades realizadas em cada departamento: Elaborar um rol das atividades executadas em cada departamento; Definição das atividades relevantes em cada departamento: Eleição das atividades mais expressivas para contabilização de custos no departamento; Atribuição de custos às atividades: Apropriação dos recursos consumidos em cada atividade; Atribuição de custos aos produtos: Transferência dos custos encontrados e apropriados nas atividades aos produtos. 3. Caracterização do objeto de estudo A empresa objeto de estudo é uma empresa que comercializa gases industriais, de caráter familiar, que conta com um motorista, um auxiliar de motorista, uma auxiliar administrativo e o proprietário da empresa. Essa entidade tem como clientela, empresas da área industrial e o seu catálogo de produtos oferece ao cliente seis tipos de gases, sendo acetileno, argônio, dióxido de carbono (CO2), Nitrogênio, Oxigênio e o Stargold que é a mistura do CO2 com o argônio. Dentre os gases comercializados, pode-se encontrar ainda o dióxido de carbono e o oxigênio variando por tamanho classificado pelo seu volume envasado no cilindro, como mostra o quadro 02: XXXVI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCÃO Contribuições da Engenharia de Produção para Melhores Práticas de Gestão e Modernização do Brasil João_Pessoa/PB, Brasil, de 03 a 06 de outubro de 2016. . 6 Quadro 02 – Produtos e variações comercializados pela empresa Produtos Variações Acetileno Argônio CO2 7kg 18kg 25kg Nitrogênio Oxigênio 1m 3 2m 3 3m 3 7m 3 10m 3 Stargold Fonte: Autoras (2016) No entanto, vale ressaltar que de todos os produtos comercializados, apenas não entrará no estudo o acetileno devido sua compra não possuir histórico suficiente como os demais. O seu processo compreende a compra e a venda de gases industriais comprimidos em cilindros, no qual ela compra gases de uma distribuidora de Belém para posteriormente vende-los seguindo uma rota diária, que engloba a área industrial de Castanhal e algumas empresas da cidade de Santa Maria. 4. Metodologia O presente trabalho utilizou o método de custeio baseado em atividade para analisar uma empresa comercializante de gases industriais, a mesma concedeu dados de seu exercício do ano de 2015. A aplicação do método ABC na entidade objeto de estudo se estruturou neste trabalho da seguinte forma: Levantamentos bibliográficos, através de uma revisão da literatura sobre os principais aspectos do Custeio Baseado em Atividades, para ter o fundamento geral do trabalho; Divisão da organização em departamentos, que foram identificados como, compras, armazenamento, vendas e manutenção; Mapeamento das atividades executadas em cada departamento; XXXVI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCÃO Contribuições da Engenharia de Produção para Melhores Práticas de Gestão e Modernização do Brasil João_Pessoa/PB, Brasil, de 03 a 06 de outubro de 2016. . 7 Alocação dos custos às atividades encontradas, através de direcionadores de recursos; Análise das informações obtidas para assim chegar ao cálculo dos custos de cada atividade. 5. Aplicabilidade 5.1. Departamentos e atividades Com a elaboração do fluxograma foi possível identificar os departamentos ou centro custos presentes na empresa, mostrados abaixo na figura 01: Figura 01 – Departamentos da empresa Fonte: Autores (2016) Seguindo a abordagem do custeio ABC, após departamentalizar o processo da empresa foi necessário mapear as suas respectivas atividades, como mostra a figura 02: Figura 02 – Mapeamento das atividades Fonte: Autores (2016) 5.2. Direcionadores de recursos Após identificar as atividades alusivas a cada departamento o próximo passo foi encontrar os direcionadores de primeiro estágio ou de recursos objetivando, posteriormente, alocar os recursos de cada atividade. Abaixo a figura 03 demonstra os departamentos, suas atividades e os respectivos direcionadores de recursos. Figura 03 – Departamentos, atividades e direcionadores XXXVI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCÃO Contribuições da Engenharia de Produção para Melhores Práticas de Gestão e Modernização do Brasil João_Pessoa/PB, Brasil, de 03 a 06 de outubro de 2016. . 8 Fonte: Autores (2016) 5.3. Análise de vendas e custos Para alocação dos custos de cada atividade, além dos direcionadores, foi necessário solicitar o histórico de vendas mais recente, que no caso foi do ano de 2015, para conhecimento do volume faturado e da quantidade vendida de cada produto, visto que haveria necessidade posteriormente. A figura 04 demonstra tais dados: Figura 04 – Histórico de vendas de 2015 Fonte: Autores (2016) XXXVI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCÃO Contribuições da Engenharia de Produção para Melhores Práticas de Gestão e Modernização do Brasil João_Pessoa/PB, Brasil, de 03 a 06 de outubro de 2016. . 9 Em seguida foram analisados os custos diretos e indiretos de todo ano de 2015, obtendo os seguintes resultados mostrados na figura 05: Figura 05 – Custos diretos e indiretos Fonte: Autoras (2016) Os salários dispostos na figura acima levam em consideração a função de cada colaborador de acordo com o sindicato do município, cujos valores incidem o encargo, obrigatório, de depósito do proprietário relativo ao FGTS de 8% e a retirada de 8% do salário do colaborador para o INSS e, ainda, 30% de periculosidade no caso do motorista, por transportar produtos perigosos. A figura 06 expõem os valores salariais dos colaboradores da empresa no período de trinta dias: Figura 06 – custo com mão de obra direta e indireta Fonte: Autoras (2016) 5.4. Departamentalização XXXVI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCÃO Contribuições da Engenharia de Produção para Melhores Práticas de Gestão e Modernização do Brasil João_Pessoa/PB, Brasil, de 03 a 06 de outubro de 2016. . 10 Obtendo todos os custos, diretos e indiretos, relativos ao ano analisado foi possível apropriá- los a seus departamentos correspondentes. É possível visualizar através da figura 07: Figura 07 – Departamentalização e apropriação dos custos Fonte: Autoras (2016) A apropriação dos custos aos departamentos aconteceu da seguinte maneira: Mercadorias: Resultante das compras realizadas no ano de 2015, cuja demonstração pode ser vista na figura 04 e foi um custo observado apenas no departamento de compras; Combustível: O consumo de combustível acontece nos departamentos de compra e venda. Foi registrado o gasto de R$ 14.400,00 (R$ 300,00/semana) no ano, além disso, para comprar os materiais é gasto R$ 71,78 para ir e voltar do fornecedor dando, aproximadamente, 135,6 km. Em 2015 as compras ocorreram a cada 18 dias resultando no custo R$ 1.435,60 no departamento de compras, e subtraindo do valor total gasto no ano obteve-se o custo no departamento de vendas; Materiais auxiliares: Valor alusivo a gasto com materiais de auxílio para contagem das mercadorias; Mão de obra direta: Custo obtido com salários e encargos dos colaborados no ano de estudo, o valor mensal pode ser visualizado na figura 06. No departamento de armazenamento o auxiliar de depósito é quem estoca os materiais cujo custo anual com o mesmo é de R$ 11.845,20. No caso do motorista, sua função é exercida tanto nas compras, ao transportar a mercadoria ao fornecedor, quanto nas vendas, diante disso foi necessário ratear os custos a cada departamento. Primeiro foi calculado o gasto mensal do colaborador que XXXVI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCÃO Contribuições da Engenharia de Produção para Melhores Práticas de Gestão e Modernização do Brasil João_Pessoa/PB, Brasil, de 03 a 06 de outubro de 2016. . 11 é R$ 15.399,00 trabalhando 48 horas semanais, no entanto os tempos gastos nas compras são de 06h: 30min. Através disso foi encontrado o valor de R$ 34,75, aproximadamente, gasto na realização das compras, multiplicando pelo total de viagens feitas ao fornecedor (19) o gasto anual no departamento será de R$ 660,34 e no de vendas será a diferença do salário anual por esse valor; Depreciação: Através das cotas de depreciação para o departamento de armazenamento foi auferido o valor de R$ 14.000,00. No departamento de compras e no de vendas há a utilização do mesmo veículo, logo o valor total de R$ 12.000,00 foi separado por meio do custo de R$ 33,85 para cada viagem ao fornecedor totalizando R$ 643,15 no ano e o restante foi atribuído às vendas; Energia da empresa: Custo anual com energia somente no armazenamento, pois é onde é utilizada; IPTU: Relativo ao imposto incidente ao espaço utilizado, logo somente ao departamento de armazenamento; EPI: Custo com equipamentos para manuseio dos produtos na estocagem, que são a cinta ergonômica e as luvas; Teste com cilindros: Custo de manutenção dos cilindros quando dez anos após serem fabricados; Mão de obra indireta: Salário e encargo referente ao colaborador responsável pela contagem das mercadorias no departamento de armazenamento; 5.5. Apropriação dos custos às atividades Posteriormente, os custos foram atribuídos às atividades identificadas em cada departamento, como mostrado na tabela 02. A apropriação dos custos pode ser visualizada na figura 08 logo abaixo: Figura 08 – Apropriação de custos às atividades XXXVI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCÃO Contribuições da Engenharia de Produção para Melhores Práticas de Gestão e Modernização do Brasil João_Pessoa/PB, Brasil, de 03 a 06 de outubro de 2016. . 12 Fonte: Autoras (2016) A estruturação realizada na figura 03, com os direcionadores de primeiro estágio, propiciaram a alocação dos custos a suas respectivas atividades. Em seguida foi analisada a significância de consumo que cada atividade exerce em seus departamentos. A análise pode ser vista na figura 09: Figura 09 – Consumo percentual de recursos Fonte: Autoras (2016) A tabela acima demonstra que todos os custos apropriados aos departamentos consomem 100% dos recursos de suas atividades. 5.6. Demonstração do resultado do exercício XXXVI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCÃO Contribuições da Engenharia de Produção para Melhores Práticas de Gestão e Modernização do Brasil João_Pessoa/PB, Brasil, de 03 a 06 de outubro de 2016. . 13 A fim de obter o lucro que a empresa alcançou no ano de 2015 foi reduzido da receita de vendas, através do histórico de dados fornecidos e demonstrado na tabela 04, todos os custos diretos e indiretos identificados no estudo. Com base nisso é possível visualizar a demonstração do resultado no período estudado na figura 10: Figura 10 - DRE Fonte: Autoras (2016) 6. Considerações finais Através da análise propiciada pelo método ABC, foi possível identificar as atividades executadas em cada departamento, bem como calcular o custo de cada atividade proporcionando apurar os dados e permitindo uma melhor tomada de decisão, chegando assim ao objetivo do trabalho, visto que foi possível identificar a atividade de maior valor e sugerir na conclusão da pesquisa o que podia ser minimizado ou até mesmo eliminado dentro do processo, de forma a melhorar o desemprenho competitivo da empresa. Neste trabalho, o departamento de compras merece uma maior atenção, tendo em vista que tal departamento consome cerca de 40% da receita de vendas da empresa, ressaltando que 39,26% dessa porcentagem são com a atividade de compra de mercadorias, ou seja, cerca de 96,55% no departamento de compras é consumido pela atividade mencionada. Considerando que se trata de uma comercializadora de gases, e que comprar mercadorias é vital para todo o processo produtivo da empresa, é necessário então sugerir novas formas de gerir esses custos para essa atividade. Na análise feita, foi possível identificar que a empresa não possui uma política de estoque coerente, ou seja, a compra de mercadorias é feita de acordo com a falta delas no estoque, nunca houve nenhuma pesquisa sobre a projeção de demanda de pedidos para assim chega até o ponto de pedido das mercadorias e, por conseguinte comprar de acordo com a demanda. XXXVI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCÃO Contribuições da Engenharia de Produção para Melhores Práticas de Gestão e Modernização do Brasil João_Pessoa/PB, Brasil, de 03 a 06 de outubro de 2016. . 14 É importante salientar que é de suma importância analisar o processo de momento de compra evitando comprar em excesso e gerar custos demasiados, fazendo assim com que essa atividade reduza seus custos. O departamento de vendas, que engloba a atividade de fazer a rota diária precisa também de um enfoque especial, pelo fato de que não existe o controle do dinheiro disponível para o combustível, acarretando custos a mais na atividade. Como sugestão para outros trabalhos, recomenda-se a análise dos outros departamentos e como reduzir custos desnecessários. Por fim, como demostrado nesse estudo, a ferramenta ABC se mostrou um instrumento de muita importância para a mudança de mentalidade no tocante a administração estratégica, o método permitiu um aprofundamento do conhecimento das atividades favorecendo um aperfeiçoamento do processo decisório do gestor da entidade. 7. Referências Bibliográficas CONGRESSO INTERNACIONAL DE CUSTOS, IV, 1995. Campinas – SP. Custos: Um instrumento de apoio à decisão. Campinas: CONGRESSO INTERNACIONAL DE CUSTOS, 16 a 20 out. 1995. 14p. HORNGREN, C; FOSTER, G; DATAR, S. Contabilidade de Custos. 9. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2000. IUDÍCIBUS, Sérgio de; MARION, José Carlos. Curso de contabilidade para não contadores. 5. Ed. São Paulo: Atlas, 2008. MARTINS, Eliseu. Contabilidade de custos. 9. Ed. São Paulo: Atlas, 2003. MEGLIORINI, Evandir. Custos: análise e gestão. 3. Ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2012. OLIVEIRA, Luís Martins de. et al. Manual de contabilidade tributária. 3. Ed. São Paulo: Atlas, 2004. RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade de custos. São Paulo: Saraiva, 2009. __MACOSX/Artigos ABC/._Custeio ABC(1).pdf Artigos ABC/Custeio ABC(2).pdf IDENTIFICAÇÃO DOS CUSTOS PELO MÉTODO DE CUSTEIO BASEADO EM ATIVIDADES - ABC. ESTUDO DE CASO EM UMA EMPRESA DO RAMO CALÇADISTA DO SERTÃO PARAIBANO Augusto Pereira Brito (UFCG ) augustobriito@hotmail.com Jose Bruno Maciel Nunes (UFCG ) bruno_sume@hotmail.com filipe emmanuel porfirio correia (UFCG ) emmanuelproducao@gmail.com Pablo Veronese de Lima Rocha (UFCG ) veronnese@live.com Mirelle Sampaio Pereira (UFCG ) sampaio.mirelle@gmail.com O objetivo deste trabalho é apresentar uma proposta de custeamento adotando o Método de Custeio ABC em uma empresa de pequeno porte do ramo calçadista localizada no sertão da Paraíba. Com a globalização as exigências do mercado aumentam cadda vez mais, o controle dos custos e a correta formação do preço é uma ferramenta essencial que possibilita uma gestão de qualidade, controles financeiros e as informações em tempo hábil que auxiliam na tomada de decisão estratégica para a empresa. A metodologia adotada foi um estudo de caso, a abordagem do problema é do tipo exploratória e qualitativa. Palavras-chave: Custeio ABC, Gestão de Custos e Setor Calçadista. XXXVI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCÃO Contribuições da Engenharia de Produção para Melhores Práticas de Gestão e Modernização do Brasil João Pessoa/PB, Brasil, de 03 a 06 de outubro de 2016. XXXVI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCÃO Contribuições da Engenharia de Produção para Melhores Práticas de Gestão e Modernização do Brasil João_Pessoa/PB, Brasil, de 03 a 06 de outubro de 2016. . 2 1. Introdução O mercado calçadista é um dos mais competitivos do Brasil, devido ao grande número de empresas estabelecidas no país, cujo mix atual de produtos varia constantemente, alterando tipos de artigos, estampas, acabamentos e cores. Desse modo, ambientes produtivos devem buscar a otimização e o aprimoramento de seus recursos internos para fins de melhoramento produtivo e competitividade mercadológica. Diante disso é notório a mudança das organizações em busca de melhorias, tanto na sua produtividade, quanto na eficiência, possibilitando assim um melhor posicionamento da mesma. De acordo com a gestão de custos, é possível agregar de forma correta a formação de preços de vendas dos produtos, ou até mesmo alcançar o menor custo possível para seus produtos e serviços, obtendo um retorno que possibilite sua competitividade e permanência no mercado. Conforme (MARTINS,2009) o auxílio ao controle e a ajuda na tomada de decisões fornece dados para o estabelecimento de padrões, orçamentos e outras formas de previsão e, num estágio imediatamente seguinte, acompanha efetivamente o acontecido, para comparar com os valores anteriormente definidos. Dentre as opções existentes de métodos de custeamento, um deles é o baseado nos centros de custos, que busca não somente a apuração do valor do produto, mas a demonstração dos custos das áreas de apoio e suporte à produção. Sendo assim, o presente trabalho tem como objetivo desenvolver um modelo de custeio e formação de preços para os produtos de uma empresa do ramo calçadista na Paraíba, que há cerca de 24 (vinte e quatro) anos, mantém o foco na produção de produtos esportivos, atendendo a 20 estados do território brasileiro. Tendo em vista que o preço é um “gerador de receita”, saber como formá-lo traz uma vantagem competitiva para a empresa. Nesse contexto, o modelo a ser proposto para identificar os custos e repassá-los de maneira precisa para o preço dos produtos será o Custeio Baseado em Atividades – ABC. 2. Fundamentação teórica 2.1. Método de custeio baseado em atividades (ABC) Segundo Crepaldi (2010), nas últimas décadas a contabilidade de custos vem evoluindo e se modernizando, deixando de ser simplesmente auxiliar na avaliação de estoques e de lucros globais, para ser um importante instrumento de controle e suporte à tomada de decisão. Os XXXVI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCÃO Contribuições da Engenharia de Produção para Melhores Práticas de Gestão e Modernização do Brasil João_Pessoa/PB, Brasil, de 03 a 06 de outubro de 2016. . 3 sistemas de custeio são utilizados para a apropriação dos custos em uma empresa. Os principais sistemas de custeio são: Custeio por Absorção ou Integral, Custeio Variável ou Direto, Custo Padrão, Centro de Custos (RKW), Unidade de Esforço de Produção (UEP) e Custeio Baseado em Atividades (ABC). O método de custeio ABC surgiu por volta da década de 80 quando as empresas relacionadas à indústria da automação estavam em dificuldade para vender seus produtos, pois os gerentes que desejavam automatizar seus processos não conseguiam justificar o grande investimento necessário para a compra dos equipamentos (BORNIA, 2010). Foi então desenvolvida uma importante ferramenta para as decisões gerenciais e estratégicas onde as companhias conseguiam cortar desperdícios, melhorar os serviços. O método ABC propicia uma avaliação mais precisa dos custos das atividades e dos processos, favorecendo a sua redução por meio de aprimoramentos contínuos e descontínuos, e assim, preenchendo o vazio representado pela distorção dos rateios volumétricos pregados pela tradicional contabilidade de custos. Esse sistema consiste na identificação, análise e alocação de custos aos processos da empresa, visando melhor gerenciar a lucratividade (CREPALDI, 2010). O custeio ABC é um método que identifica um conjunto de custos para cada transação ou evento na organização e este age como um direcionador de custos, logo, os custos indiretos podem ser alocados aos produtos de acordo com o número de eventos ou transações que os produtos geram ou consomem (CREPALDI, 2010). A ideia básica do ABC é tomar os custos das várias atividades da empresa e entender seu comportamento, encontrando bases que representem as relações entre os produtos e essas atividades. Este método pressupõe que as atividades consomem recursos, gerando custos e que os produtos usam tais atividades, absorvendo seus custos (BORNIA, 2010). Figura 1: Esquema do Custeio ABC Fonte: Nascimento, 2008, p.23 XXXVI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCÃO Contribuições da Engenharia de Produção para Melhores Práticas de Gestão e Modernização do Brasil João_Pessoa/PB, Brasil, de 03 a 06 de outubro de 2016. . 4 Como se pode observar na figura acima, os serviços consomem atividades que, por sua vez, consomem recursos, estes podendo ser materiais ou humanos juntamente a determinada tecnologia a fim de gerar os serviços (NASCIMENTO, 2008; MARTINS E ROCHA,2010) 3. Metodologia A metodologia adotada foi um estudo de caso, a abordagem do problema é do tipo exploratória e qualitativa, onde o estudo exploratório permite, portanto, aliar as vantagens de se obter os aspectos qualitativos das informações à possibilidade de quantificá-los posteriormente. Esta associação realiza-se em nível de complementaridade, possibilitando ampliar a compreensão do fenômeno em estudo. (PIOVESAN, 1995). A partir disso, realizou- se uma pesquisa descritiva a qual primeiramente foi desempenhada uma pesquisa bibliográfica conceituando os sistemas de custeio ABC. Posteriormente, aplicou-se um estudo de caso na empresa em análise, utilizando os métodos de Custeio Baseado em Atividades buscando contribuir de forma adequada, gerando informações oportunas para tomada de decisões gerenciais. Em termos práticos, a pesquisa procurou mostrar a realidade dos gastos na empresa estudada, a fim de fornecer informações aos gestores, se seus preços estão suprindo os custos e atingindo os objetivos esperados, evitando com isto, preços equivocados que podem gerar um comprometimento do negócio. Esse estudo foi elaborado por meio de análise de documentos e planilhas cedidos pela empresa estudada. Foram utilizadas informações dos demonstrativos contábeis evidenciando uma pesquisa de fontes primárias, na qual os dados foram colhidos e compilados pelo próprio pesquisador em uma planilha eletrônica de Excel, para o processamento e análise de conteúdo, o que levou a demonstrações e resultados da real situação do estudo em questão, obtendo uma visão mais clara dos objetivos da pesquisa. 4. Desenvolvimento A empresa atua no mercado calçadista há cerca de 24 (vinte e quatro) anos com foco na produção de produtos esportivos, atendendo a 20 estados do território brasileiro. A empresa produz dois modelos de chuteira, sendo uma de material sintético e outra de couro. A produção mensal da chuteira de sintético é de 58.000 pares e a produção mensal da chuteira de couro é de 45.000 pares. A seguir será detalhado o processo produtivo das chuteiras, os custos mensais analisdos da empresa e o custo de matéria prima de cada chuteira. XXXVI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCÃO Contribuições da Engenharia de Produção para Melhores Práticas de Gestão e Modernização do Brasil João_Pessoa/PB, Brasil, de 03 a 06 de outubro de 2016. . 5 4.1. Detalhamento dos dados da empresa 4.1.1. Processo produtivo chuteira O processo de transformação da matéria-prima tem início no setor do corte, onde serão cortados os cabedais, as palmilhas, os forros e todas as outras peças que irão compor o produto. O setor é abastecido com matérial sintético, espuma, forro e borracha da palmilha. O corte é realizado em uma máquina chamada balancim, onde o operador aperta um botão que aciona uma prensa hidráulica, esta possui uma navalha de aço que ao descer sobre a matéria- prima efetua o corte. Após o corte as peças seguem para o setor de serigrafia onde serão feitas as pinturas. Esse processo é bastante manual, feito com o auxilio de matrizes, nas quais os desenhos já estão pré-determinados. O operador coloca a peça embaixo da matriz, aplica a tinta na matriz e a peça é então pintada. Depois que o material passa pelo setor do corte e pelo setor da serigrafia dar-se-á início a produção do cabedal, que é a parte de cima do calçado. Essa etapa é feita no setor de costura, onde são costuradas as diversas partes irão compor o cabedal. Na preparação são colados no cabedal as seguintes peças: contraforte, espuma, ferradura e forro. Essas peças foram previamente cortadas no setor de corte. No setor de montagem serão unidos o cabedal com a palmilha e será colado o solado. Na fase de acabamento são retiradas as rebardas do material e lixadas algumas imperfeições. Por fim, os calçado são embalados em caixas e enviadas para a expedição ou estoque, finalizando assim o processo produtivo da fábrica. As duas chuteiras possuem o mesmo processo produtivo diferindo apenas no que diz respeito à matéria-prima e ao tempo de processamento. A chuteira de couro possui um tempo maior de processamento, pois devido à complexidade do material o corte e a costura se tornam mais minunciosos. No entanto, as partes de couro não possuem serigrafia, fazendo serigrafia apenas na parte sintética da chuteira (lingueta). Abaixo na tabela 1 segue a descrição do resultado de cada etapa do processo produtivo para a produção de 1 par. Tabela 1: Descrição do resultado Sintético: Couro: XXXVI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCÃO Contribuições da Engenharia de Produção para Melhores Práticas de Gestão e Modernização do Brasil João_Pessoa/PB, Brasil, de 03 a 06 de outubro de 2016. . 6 são cortadas 22 peças são cortadas 26 peças são pintadas 8 peças é pintada 1 peça são costurados 2 cabedais são costurados 2 cabedais são colados 2 cabedais são colados 2 cabedais são montados 1 par são montados 1 par são acabados 1 par são acabados 1 par são embalados 1 par são embalados 1 par Os produtos são produzidos em lotes de 200 pares. Para cada lote produzido é emitida uma fatura de venda. O PCP elabora ordens de produção por lotes. Para cada lote produzido é emitida uma solicitação de material ao almoxarifado. Após a produção o estoque recebe os produtos acabados por lotes, verifica e organiza no estoque ou envia para a distribuição. A seguir no quadro 1 são apresentados os itens de custo mensais da empresa que foram levantados apartir de contas anteriores. Quadro 1: Custo mensais da empresa Itens de Custo Valor Água R$ 700,00 Energia R$ 1.500,00 Aluguel R$ 5.000,00 Segurança Eletrônica R$ 150,00 Telefone/Internet R$ 400,00 Material de escritório R$ 100,00 Material de limpeza R$ 250,00 Manutenção de Máq/Equip R$ 1.000,00 Contador R$ 2.000,00 EPI R$ 441,22 Salários R$ 43.434,38 Total R$ 54.975,60 Abaixo no quadro 2 segue os setores da fábrica, a área física de cada um (mediu-se utilizando uma trena), a quantidade de funcionários, o salário de cada funcionário, as máquinas e suas respectivas potências (de acordo com o manual da máquina) e o gasto em reais de telefone/internet e material de escritório (coletado em contas anteriores). Quadro 2: Relação de custos por setores XXXVI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCÃO Contribuições da Engenharia de Produção para Melhores Práticas de Gestão e Modernização do Brasil João_Pessoa/PB, Brasil, de 03 a 06 de outubro de 2016. . 7 Setor Área (m²) Quant. Func. Salário Máquinas Potência das máq. (W) Telefone/ Internet (R$) Mat. de escritório (R$) RH 47,81 2 R$ 1.138,79 2 computadores 250W cada 66 18 R$ 2.567,44 1 ar condicionado 1.200W Almoxarifado 690,90 2 R$ 942,48 1 computador 250W 18 5 R$ 942,48 PCP 35,78 2 R$ 2.567,44 2 computadores 250W cada 87 75 R$ 1.138,79 1 ar condicionado 1.200W Manutenção 105,23 3 R$ 1.356,00 - - - - R$ 942,48 R$ 942,48 Estoque 760,45 2 R$ 942,48 1 computador 250W 54 0,33 2 R$ 942,48 Limpeza 25,04 2 R$ 785,40 - - - R$ 785,40 Vendas 35,78 2 R$ 2.567,44 1 computador 250W 175 1,67 R$ 2.567,44 1 ar condicionado 1.200W Corte 155,50 3 R$ 942,48 3 balancins 735 (cada) - - R$ 785,40 R$ 785,40 Serigrafia 107,50 3 R$ 942,48 - - - - R$ 785,40 R$ 785,40 Costura 306,70 7 R$ 942,48 7 máquinas de costura 368W (cada) - - R$ 785,40 R$ 785,40 R$ 785,40 R$ 785,40 R$ XXXVI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCÃO Contribuições da Engenharia de Produção para Melhores Práticas de Gestão e Modernização do Brasil João_Pessoa/PB, Brasil, de 03 a 06 de outubro de 2016. . 8 785,40 R$ 785,40 Preparação 147,08 4 R$ 942,48 3 pistolas de cola - - - R$ 785,40 R$ 785,40 R$ 785,40 Montagem 356,01 5 R$ 942,48 2 máquinas de conformar 4.000 (cada) - - R$ 785,40 R$ 785,40 1 forno 12.000 R$ 785,40 1 sorveteira (prensa pneumática) - R$ 785,40 1 máquina de costurar o solado 550W Acabamento 104,56 2 R$ 942,48 Lixadeira 368W - - R$ 785,40 Embalagem 176,80 3 R$ 942,48 - - - - R$ 785,40 R$ 785,40 A seguir são apresentados as matérias-prima utilizadas em cada modelo chuteira, bem como o seu consumo. O consumo foi calculado diferentemente para cada tipo de matéria-prima (peso, área, unidade, etc.). E analizado o custo unitário de cada peça, para assim saber quanto cada par cosuma de matéria prima. Quadro 3: Custos de matéria prima da chuteira sintética Chuteira sintética Material Descrição do Produto Preço Unid. Consumo Uni Custo Uni Sintético Verniz 1.7 amarelo R$ 9,57 m² 0,1793 m² R$ 1,72 Palmilha Tubox mag pal doble 1.20 R$ 3,71 m² 0,0398 m² R$ 0,15 Forro do cano EC 215 preto dublado PU R$ 4,93 m² 0,0675 m² R$ 0,33 Forro da gaspea EC 310B chumbo dublado PU 4mm R$ 5,14 m² 0,086 m² R$ 0,44 Espuma do cano Espuma PU 15mm exc R$ 9,00 m² 0,0191 m² R$ 0,17 XXXVI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCÃO Contribuições da Engenharia de Produção para Melhores Práticas de Gestão e Modernização do Brasil João_Pessoa/PB, Brasil, de 03 a 06 de outubro de 2016. . 9 Couraça Cola couraça Truline Artecola 36,12 Kg 0,0061 Kg R$ 0,22 Contra forte Contra forte CI R$ 7,04 m² 0,0178 m² R$ 0,13 Cola para preparação 1 Cola Uma spray RP 800 PE 14kg 11,50 Kg 0,0083 Kg R$ 0,10 Tinta vinil silk 1 Tinta silk vinil preta 47,76 Kg 0,0028 Kg R$ 0,13 Tinta vinil silk 2 Tinta silk vinil lilas 56,12 Kg 0,0028 Kg R$ 0,14 Transfers numeros Etiq. Transfer numeração 25 ao 43 0,04 par 2 par R$ 0,08 Linha encerada Cordone PA SZ 3 Preto 59,85 Kg 0,0004 Kg R$ 0,02 Linha Linha PA NZ 40 cor branco 66,96 Kg 0,03 Kg R$ 2,01 Linha 1 Linha PA NZ 60 cor branco 66,96 Kg 0,015 Kg R$ 1,00 Solados Solado PVC 1,54 par 1 par R$ 1,54 Cola Cola AM 737 adesivo 40,67 Kg 0,0026 Kg R$ 0,11 Cola 2 Cola AM 104 adesivo PVC 15,54 Kg 0,0083 Kg R$ 0,13 Cola 3 Thermelt B Brods HM 028 – Branca 41,71 Kg 0,0017 Kg R$ 0,07 Atacador Cadarço 1.20 verde adulto 0,41 par 1 par R$ 0,41 Arrebite Arrebite ilhós com calota IL 133 0,03 unidade 6 unidade R$ 0,18 Solvente 1 Lavador - 20 - 190 10 L 0,0032 L R$ 0,03 Prendedor Fix pin shoes 37mm verde R$ 0,02 unidade 2 unidade R$ 0,04 Cu MP R$ 9,15 Quadro 4: Custos de matéria prima da chuteira de couro Chuteira de couro Material Descrição do Produto Preço Unid. Consumo bruto Unid. Custo Uni Biqueira Vaqueta flooter vermelha 25 m² 0,0553 m² R$ 1,38 Lateral 1 Vaqueta flooter branca 25 m² 0,0465 m² R$ 1,16 Lateral 2 Vaqueta flooter branca 25 m² 0,0165 m² R$ 0,41 Trazeiro Vaqueta flooter vermelha 25 m² 0,0235 m² R$ 0,59 Trazeiro 1 Relax 1.6 vermelho 8,7 m² 0,008 m² R$ 0,07 Lingueta Verniz 1.7 vermelho 9,571 m² 0,0243 m² R$ 0,23 Cabeçote Relax 1.6 vermelho 8,7 m² 0,0073 m² R$ 0,06 Palmilha Tubox 3,714 m² 0,035 m² R$ 0,13 Forro do cano EC 215 vermelho dublado PU 4,921 m² 0,0675 m² R$ 0,33 Forro da gaspea EC 310B chumbo dublado PU 4mm 5,143 m² 0,086 m² R$ 0,44 Espuma do cano Espuma PU 15mm exc 9 m² 0,0191 m² R$ 0,17 Couraça Cola couraça Truline Artecola 36,12 Kg 0,0061 Kg R$ 0,22 Contra forte Contra forte CI 7,036 m² 0,0178 m² R$ 0,13 Cola para preparação 1 Cola Uma spray RP 800 PE 14kg 11,5 Kg 0,0083 Kg R$ 0,10 Transfers numeros Etiq. Transfer numeração 25 ao 43 0,04 par 2 par R$ 0,08 Linha encerada Cordone PA SZ 3 Preto 59,85 Kg 0,0004 Kg R$ 0,02 Linha Linha PA NZ 40 cor vermelho 66,96 Kg 0,03 Kg R$ 2,01 XXXVI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCÃO Contribuições da Engenharia de Produção para Melhores Práticas de Gestão e Modernização do Brasil João_Pessoa/PB, Brasil, de 03 a 06 de outubro de 2016. . 10 Linha 1 Linha PA NZ 60 cor vermelho 66,96 Kg 0,015 Kg R$ 1,00 Transfers etiq. Eiqueta tec. Bandeira Brasil 0,06 unidade 2 unidade R$ 0,12 Solados Solado PVC 1,54 par 1 par R$ 1,54 Cola AM 737 adesivo 40,67 Kg 0,0026 Kg R$ 0,11 Cola 2 AM 104 adesivo PVC 15,54 Kg 0,0083 Kg R$ 0,13 Cola 3 Thermelt B Brods HM 028 – Branca 41,71 Kg 0,0017 Kg R$ 0,07 Atacador Cadarço 1.20 laranja adulto 0,41 par 1 par R$ 0,41 Arrebite Arrebite ilhós com calota IL 133 0,03 unidade 6 unidade R$ 0,18 Solvente 1 Lavador - 20 - 190 10 L 0,0032 L R$ 0,03 Prendedor Fix pin shoes 37mm verde 0,02 unidade 2 unidade R$ 0,04 Encarte carreiro Cartelas tags para chuteiras 0,03 unidade 1 unidade R$ 0,03 Palmilha acabamento Palm. Jakar preto dublado EVA 3 5,443 m² 0,0318 m² R$ 0,17 Caixa coletiva Caixa chuteira ad 12prs 3,21 unidade 0,083 unidade R$ 0,27 Caixa individual Caixa Bau chuteira adulto 1,29 unidade 1 unidade R$ 1,29 Papel Bucha Papel seda soft 2,39 Kg 0,018 Kg R$ 0,04 Papel Seda Papel seda 0,02 unidade 1 unidade R$ 0,02 Fita Fita PP TR CI 6,34 unidade 0,0025 unidade R$ 0,02 Etiqueta Bau Etiqueta Branca Papel Couche 0,01 unidade 1 unidade R$ 0,01 Etiqueta Coletiva Etiqueta Branca Papel Couche 0,05 unidade 1 unidade R$ 0,05 CU MP R$ 13,07 4.1.2. Detalhamento dos custos unitários dos calçados Para calcular os custos unitários de cada calçado, foi necessário utilizar os custos indiretos de fabricação (CIF) a partir dos dados coletados na empresa, e feito uma proporcção entre os setores da empresa , conforme sua unidade de rateio. O quadro 5 mostra essa distribuição e os custos totais por setores. XXXVI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCÃO Contribuições da Engenharia de Produção para Melhores Práticas de Gestão e Modernização do Brasil João_Pessoa/PB, Brasil, de 03 a 06 de outubro de 2016. . 11 Quadro 5: Distribuição de custos totais por setores RH Almoxarifado PCP Manutenção Estoque Limpeza Vendas Corte Serigrafia Costura Preparação Montagem Acabamento Embalagem TOTAL Funcionário 2 2 2 3 2 2 2 3 3 7 4 5 2 3 42 R$ R$ 3.706 R$ 1.885 R$ 3.706 R$ 3.241 R$ 1.885 R$ 1.571 R$ 5.135 R$ 2.513 R$ 2.513 R$ 5.655 R$ 3.299 R$ 4.084 R$ 1.728 R$ 2.513 R$ 43.434 Água R$ 33 R$ 33 R$ 33 R$ 50 R$ 33 R$ 33 R$ 33 R$ 50 R$ 50 R$ 117 R$ 67 R$ 83 R$ 33 R$ 50 R$ 700 Energia R$ 23 R$ 339 R$ 18 R$ 52 R$ 373 R$ 12 R$ 18 R$ 76 R$ 53 R$ 151 R$ 72 R$ 175 R$ 51 R$ 87 R$ 1.500 Aluguel R$ 78 R$ 1.131 R$ 59 R$ 172 R$ 1.245 R$ 41 R$ 59 R$ 254 R$ 176 R$ 502 R$ 241 R$ 583 R$ 171 R$ 289 R$ 5.000 Segurança R$ 2 R$ 34 R$ 2 R$ 5 R$ 37 R$ 1 R$ 2 R$ 8 R$ 5 R$ 15 R$ 7 R$ 17 R$ 5 R$ 9 R$ 150 Telefone R$ 66 R$ 18 R$ 87 R$ 54 R$ 175 R$ 400 Material de escri. R$ 18 R$ 5 R$ 75 R$ 0 R$ 2 R$ 100 Material de limp R$ 4 R$ 57 R$ 3 R$ 9 R$ 62 R$ 2 R$ 3 R$ 13 R$ 9 R$ 25 R$ 12 R$ 29 R$ 9 R$ 14 R$ 250 Manutenção de Maq R$ 1.000 R$ 1.000 Contador R$ 95 R$ 95 R$ 95 R$ 143 R$ 95 R$ 95 R$ 95 R$ 143 R$ 143 R$ 333 R$ 190 R$ 238 R$ 95 R$ 143 R$ 2.000 EPI R$ 21 R$ 21 R$ 21 R$ 32 R$ 21 R$ 21 R$ 21 R$ 32 R$ 32 R$ 74 R$ 42 R$ 53 R$ 21 R$ 32 R$ 441 Total R$ 4.048 R$ 3.618 R$ 4.099 R$ 4.703 R$ 3.806 R$ 1.777 R$ 5.542 R$ 3.089 R$ 2.980 R$ 6.871 R$ 3.930 R$ 5.262 R$ 2.114 R$ 3.137 R$ 54.976 Como os setores de Recursos humanos, Manutenção e limpeza não têm como ser atrelado diretamente ao custo do produto, foi feito seu rateio para os demais (os itens em vermelho são os custos por setor que foram rateados), como mostra no quadro 6 a seguir: Quadro 6: Rateio de custos não atrelados ao produto RH Almo xarif ado PCP Man uten ção Esto que Li mp eza Ven das Cort e Seri graf ia Cost ura Pre para ção Mon tage m Aca bam ento Emb alag em TO TA L Total R$ 4.0 48 R$ 3.618 R$ 4.09 9 R$ 4.70 3 R$ 3.80 6 R$ 1.7 77 R$ 5.54 2 R$ 3.08 9 R$ 2.98 0 R$ 6.87 1 R$ 3.93 0 R$ 5.26 2 R$ 2.11 4 R$ 3.13 7 R$ 54. 976 Rateio do RH R$ 202 ,39 R$ 202,3 9 R$ 202, 39 R$ 303, 58 R$ 202, 39 R$ 202 ,39 R$ 202, 39 R$ 303, 58 R$ 303, 58 R$ 708, 36 R$ 404, 78 R$ 505, 97 R$ 202, 39 R$ 303, 58 Rateio da Manuten ção R$ 312, 91 R$ 938, 73 R$ 2.19 0,38 R$ 938, 73 R$ 1.56 4,56 R$ 312, 91 Rateio da Limpeza R$ 109,1 5 R$ 122, 89 R$ 114, 54 R$ 56, 55 R$ 113, 10 R$ 169, 66 R$ 169, 66 R$ 395, 86 R$ 226, 21 R$ 282, 76 R$ 113, 10 R$ 169, 66 Custo total por setor R$ 3.929 ,47 R$ 4.42 3,90 R$ 4.12 3,26 R$ 5.85 7,43 R$ 4.50 0,82 R$ 3.45 3,68 R$ 10.1 65,7 0 R$ 5.49 9,74 R$ 7.61 5,37 R$ 2.74 2,01 R$ 3.61 0,19 Com os custos totais por setor descobertos, calculou-se o custo unitário do setor de Almoxarifado, Planejamento e Controle da Produção, Estoque e Vendas, dividindo pelo número de lotes produzidos pela empresa no mês (103.000/200= 515). Já os setores de Corte, Serigrafia, Costura, Preparação, Montagem, Acabamento e Embalagem divididos por cada etapa do processo produtivo para a produção de 1 par, coletado na fase de detalhamento de dados da empresa. Após esse resultado foi dividido pela proporção da produção de cada chuteira (58.000 para chuteiras sintéticas e 45.000 para chuteiras de couro). No quadro 7, mostra os resultados desses cálculos. Quadro 7: Custo por lote para cada setor e chuteira Almoxarifa do PCP Estoque Vendas Corte Serigrafi a Costur a Preparaçã o Montagem Acabamento Embalage m TOTA L Custo por setor R$ 7,63 R$ 8,59 R$ 8,01 R$ 11,37 R$ 2,10 R$ 0,30 R$ 0,39 R$ 0,21 R$ 0,15 R$ 0,05 R$ 0,07 R$ 38,88 Custo Chut. SIN R$ 4,30 R$ 4,84 R$ 4,51 R$ 6,40 R$ 0,96 R$ 0,27 R$ 0,20 R$ 0,11 R$ 0,07 R$ 0,03 R$ 0,04 R$ 21,72 Custo Chut. COU R$ 3,33 R$ 3,75 R$ 3,50 R$ 4,97 R$ 1,14 R$ 0,03 R$ 0,20 R$ 0,11 R$ 0,07 R$ 0,03 R$ 0,04 R$ 17,16 Por fim, depois de obter o total do custo por lote e por chuteira, foi necessário dividir por 200, pois, cada lote contém 200 pares de chuteira, assim, obteve-se o seguinte XXXVI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCÃO Contribuições da Engenharia de Produção para Melhores Práticas de Gestão e Modernização do Brasil João_Pessoa/PB, Brasil, de 03 a 06 de outubro de 2016. . 14 resultado mostrado no quadro 8. E em seguinda, somou-se ao custo de matéria prima para cada chuteira para obter o custo unitário para cada tipo de chuteira, mostrado no quadro 9. Quadro 8: Custo indireto de fabricação de 1 par, por chuteira. Custo do par SIN R$ 0,11 Custo do par COU R$ 0,09 Quadro 9: Custo uniátio de cada par de chuteira. Custo IDF Custo de MP Total Custo Unitário SIN R$ 0,11 9,1506608 R$ 9,26 Custo Unitário COU R$ 0,09 13,071222 R$ 13,16 5. CONCLUSÃO Diante de todos os cálculos apresentados, conclui-se que o custo unitário é um valor confuso pelo fato de ser um processo simples, onde é composto apenas por 2 (dois) tipos de produto (chuteira sintética e couro), e não consome tanto das atividades de apoio. Com isso, não há tanta demanda para a programação da produção, solicitação ao almoxarifado, troca de máquinas, entre outros. Sendo assim, é necessário um estudo mais detalhado para uma melhor apreciação dos dados, uma vez que comprove se a matéria-prima detém de uma maior representatividade dos custos ou se está tendo desperdício na produção. Dessa forma, pecebe- se que a empresa frente ao mercado consumidor, por possuir um leque pequeno de modelos, não está sendo competitiva por não conseguir dimensionar seus custos com a matéria prima. Bem como se a mesma pretende aumentar a variedade de produtos, os custos consequentemente também aumentariam, diminuindo assim os lotes de produção. Ou seja, para a empresa aumentar a sua competitividade, o ideal seria aumentar os seus lotes de fabricação, logo, o custo unitário do produto seria reduzido. REFERÊNCIAS BORNIA, Antônio Cezar. Análise Gerencial de Custos. 3 ed. São Paulo: Atlas,2010. CREPALDI, Silvio Aparecido. Curso Básico de Contabilidade de Custos. 5 ed. São Paulo: Atlas,2010. MARTINS, Eliseu. ROCHA, Welington. Métodos de custeio comparados: custos e margens analisados sob diferentes perspectivas. São Paulo: Atlas, 2010. XXXVI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCÃO Contribuições da Engenharia de Produção para Melhores Práticas de Gestão e Modernização do Brasil João_Pessoa/PB, Brasil, de 03 a 06 de outubro de 2016. . 16 MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. 9 ed.São Paulo: Atlas, 2009 NASCIMENTO, Leonardo N. Um método para avaliação de custos dos equipamentos médico-hospitalares nos procedimentos de assistência à saúde. 101 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Elétrica) – Programa de Pós-graduação em Engenharia Elétrica, Universidade Estadual de Campinas, São Paulo: 2008. PIOVESAN A.; TEMPORINI E. R. - Pesquisa exploratória: procedimento metodológico para o estudo de fatores humanos no campo da saúde pública. Revista Saúde Pública vol. 29 N° 4 São Paulo – Agosto/1995. __MACOSX/Artigos ABC/._Custeio ABC(2).pdf Artigos ABC/Custeio ABC(3).pdf ESTRUTURAÇÃO DO MÉTODO DE CUSTEIO ABC NA UNIDADE CENTRO DA SICREDI CENTRO LESTE PARA UMA GESTÃO MAIS EFICIENTE Daniel Weirich Doki (ULBRA ) danieldw80@hotmail.com Adriana Porto (ULBRA ) adrianaporto2005@gmail.com Gilmar Luiz Colombelli (ULBRA ) gcolombelli@via-rs.net Claudia de Freitas Michelin (ULBRA ) cmichelin30@terra.com.br Marlon Soliman (UFSM ) marlonsoliman@gmail.com O Custeio Baseado em Atividades, conhecido como ABC, é um método de custeio que procura reduzir sensivelmente as distorções provocadas pelo rateio arbitrário dos custos indiretos que os outros métodos de custeio não levam em consideração. AA idéia básica do ABC é tomar os custos das várias atividades da empresa e entender seu comportamento, encontrando bases que representem as relações entre os produtos e essas atividades. A presente pesquisa vem demonstrar que a principal finalidade do Método de Custeio ABC é apropriar os custos às atividades executadas pela empresa e, então, apropriar de forma justa aos produtos as atividades segundo o uso que cada produto ou serviço faz dessas atividades. Para atingir as finalidades que se propõe, foi utilizado como método de trabalho pesquisa exploratória e descritiva, identificando as etapas do ABC que primeiramente foi realizado o mapeamento das atividades, detalhando ao máximo o conjunto de tarefas necessárias para a produção de bens ou serviços. Seguido da alocação dos custos às atividades por ordem de prioridade, ou seja, por rastreamento conhecido como direcionador de custos que é a relação da causa e efeito entre a ocorrência da atividade e a geração do custo e por último o rateio. Como resultado verificou-se que o ABC identificou de forma direta quais atividades consomem mais recursos, e também os custos de cada atividade de cada departamento e pode contribuir para a definição de metas de vendas dos produtos e serviços baseados na sua lucratividade, bem como serve de subsídio para elaboração de ações para a eliminação ou redução das atividades desnecessárias e que não agregam valor ao produto ou serviços. XXXIII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO A Gestão dos Processos de Produção e as Parcerias Globais para o Desenvolvimento Sustentável dos Sistemas Produtivos Salvador, BA, Brasil, 08 a 11 de outubro de 2013. XXXIII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO A Gestão dos Processos de Produção e as Parcerias Globais para o Desenvolvimento Sustentável dos Sistemas Produtivos Salvador, BA, Brasil, 08 a 11 de outubro de 2013. 1 Palavras-chaves: gestão de custos, custeio ABC, direcionadores XXXIII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO A Gestão dos Processos de Produção e as Parcerias Globais para o Desenvolvimento Sustentável dos Sistemas Produtivos Salvador, BA, Brasil, 08 a 11 de outubro de 2013. 2 1. Introdução Frente a forte concorrência entre as instituições financeiras em conquistar novos clientes, oferecer melhores produtos e serviços e com valores cada vez mais próximos, entende-se a necessidade de uma gestão dos custos mais eficiente a fim de viabilizar tal concorrência e possibilitar um melhor resultado. Para que isto seja possível, se faz necessário uma ferramenta que proporcione uma avaliação mais precisa dos custos das atividades e processos, favorecendo a sua redução. Para atender essa necessidade é que foi desenvolvido um novo sistema de custeio denominado ABC (Activity Based Costing). Pelo fato do método de custeio ABC não se limitar apenas ao custeio de produtos e serviços, mas ser uma poderosa ferramenta a ser utilizada na gestão de custos, auxiliando para fins gerenciais e estratégicos, trazendo uma visão mais clara dos custos e da lucratividade de maneira a melhorar a eficiência das atividades é que foi utilizado este método de custeio. Portanto, o presente trabalho realizado na Unidade Centro da Sicredi Centro Leste, que teve como problema de pesquisa “Como estruturar o método de Custeio ABC na Unidade Centro da Sicredi Centro Leste RS para uma gestão de custos mais eficiente?” estruturou novas ferramentas para possibilitar essa gestão de custos mais eficiente, atingindo desta forma o objetivo principal deste trabalho. Para que se atingir os objetivos propostos, esta prática de pesquisa contém informações sobre contabilidade de custos e explanações sobre suas terminologias, a classificação dos custos, os principais métodos de custeio, com ênfase no custeio ABC, inclusive para as empresas prestadoras de serviços e ainda algumas informações sobre cooperativismo de crédito. 2. Referencial teórico 2.1. Contabilidade de custos Segundo Leone (2000) a contabilidade de custos pode ser conceituada como o ramo da função financeira que acumula, organiza, analisa e interpreta os custos dos produtos, dos estoques, dos serviços, dos componentes da organização, dos planos operacionais e das atividades de distribuição para determinar o lucro, para controlar as operações e para auxiliar o administrador no processo de tomada de decisões e de planejamento. Para Martins (2008) a contabilidade de custos tem duas funções relevantes: o auxílio ao controle, fornecendo dados para o estabelecimento de padrões, orçamentos e outras formas de previsão, e ajuda às tomadas de decisões. Através destes conceitos, percebe-se que a contabilidade de custos se tornou uma ferramenta importante no auxilio de tomadas de decisões e planejamento das operações, clarificando o entendimento dos objetivos da contabilidade de custos. XXXIII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO A Gestão dos Processos de Produção e as Parcerias Globais para o Desenvolvimento Sustentável dos Sistemas Produtivos Salvador, BA, Brasil, 08 a 11 de outubro de 2013. 3 2.2. Custeio ABC O Custeio Baseado em Atividades, mais conhecido com ABC (Activity-Based Costing) é um método de custeio que procura reduzir sensivelmente as distorções provocadas pelo rateio arbitrário dos custos indiretos (MARTINS, 2008). O ABC pode ser aplicado, também, aos custos diretos, principalmente à mão de obra direta, porém, neste caso, não haverá diferenças significativas em relação aos chamados “sistemas tradicionais”, pois a diferença fundamental está no tratamento dado aos custos indiretos. Segundo Ching (2001) o ABC é um método de rastrear os custos de um negócio ou departamento para as atividades realizadas e de verificar como estas atividades estão relacionadas para a geração de receitas e consumo dos recursos. Num contexto de imprecisão dos métodos de custeio tradicionais, o custeio baseado em atividade surgiu num novo cenário de mercado global competitivo, com a proposta não só de minimizar as distorções surgidas na alocação dos custos indiretos de fabricação, como também na perspectiva de assinalar as “causas” que levam ao surgimento dos custos. Servir de instrumento para que os gestores possam a qualquer tempo, avaliar atividades que agregam ou não valor, estão entre algumas das funcionalidades deste método de custeio. O método ABC apresenta algumas características inovadoras em relação aos custeios conhecidos. É um método que possibilita avaliar com acurácia as atividades desenvolvidas em uma empresa (tanto industrial, quanto de serviços), utilizando direcionadores para atribuir os gastos indiretos de forma mais realista aos produtos e serviços. 2.2.1. Fases do custeio por atividades A metodologia ABC pode ser aplicada em qualquer tipo de organização, quer seja indústria, prestadores de serviços ou empresa comercial. Também pode ser aplicada em departamentos ou divisões específicas (JUNIOR, 2005). Segundo Reis e Teixeira (2004) uma vez identificadas às atividades relevantes, seus direcionadores de recursos e respectivos custos, o próximo passo é custear os serviços prestados. Para tanto se faz necessário o levantamento da qualidade e quantidade de ocorrência dos direcionadores de atividades por período e por serviço. As fases para sua utilização encontram-se a seguir: Efetuar o mapeamento dos principais processos existentes na organização; Identificar as principais atividades existentes em cada processo; Levantar os custos e os recursos associados a cada atividade (custo/atividade); Identificar as atividades que não agregam valor ao produto; Identificar os direcionadores de custos, que são os parâmetros para a adequada apropriação. XXXIII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO A Gestão dos Processos de Produção e as Parcerias Globais para o Desenvolvimento Sustentável dos Sistemas Produtivos Salvador, BA, Brasil, 08 a 11 de outubro de 2013. 4 2.2.2. Identificação e mapeamento das atividades Podem ser identificadas por departamentos, (centro de custos) auxiliares ou produtivas. A organização deve ser modelada em atividades, que, encadeadas, formam os processos. Essa visão de processo é uma importante diferença entre o ABC e os métodos tradicionais, pois facilita o apoio a ações de melhoria da empresa (BORNIA, 2002). A Identificação das atividades relevantes que são desenvolvidas por cada departamento envolvido na realização dos serviços é o primeiro passo necessário para a proposição do sistema de custeio ABC, onde o nível de detalhamento vai determinar a qualidade do modelo e, consequentemente, a adequabilidade das informações para os objetivos pretendidos. Quanto mais detalhadas forem as atividades, mais facilmente o gerente pode detectar possíveis melhorias, e as estimativas dos custos e desperdícios do sistema tornam-se mais acuradas (BORNIA, 2002). 2.2.3. Alocação dos custos às atividades A alocação dos custos deve representar o consumo dos insumos pelas atividades da melhor maneira possível, os custos a serem distribuídos são os custos indiretos, já que os custos diretos não apresentam dificuldade para serem alocados aos produtos (BORNIA, 2002). Considerando que a atividade é mais detalhada do que o centro de custos, muitos custos diretos em relação aos centros são indiretos em relação às atividades. O caso mais típico é o salário: um funcionário usualmente está lotado em um centro de custo, mas executa várias atividades. Assim, na distribuição desse custo para as atividades, devemos estimar a parcela do tempo do funcionário dedicada a cada atividade (BORNIA, 2002). Após a identificação das atividades é preciso determinar para cada custo indireto ocorrido um direcionador para que através desses direcionadores os custos indiretos possam ser transferidos para as atividades. Deve ser feita uma verificação sobre a relação de cada custo com o departamento (a atividade) que foi incorrido para a escolha do direcionador mais adequado a ser adotado. 2.2.4 Identificação dos direcionadores de custos (cost-drivers) Para custear as atividades que compõem os processos utilizam-se os direcionadores de custos, que são os fatores que fazem com que as atividades sejam realizadas (COGAN, 1994). Segundo Cogan (1994) para a seleção de um direcionador de custos, três fatores são levados em conta: a facilidade na obtenção dos dados necessários para o direcionador de custos escolhido (custo de medição); a correlação entre o consumo da atividade e o consumo real (grau de correlação); e a influência que um determinado direcionador terá no comportamento das pessoas (efeito comportamental). 3. Método de trabalho XXXIII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO A Gestão dos Processos de Produção e as Parcerias Globais para o Desenvolvimento Sustentável dos Sistemas Produtivos Salvador, BA, Brasil, 08 a 11 de outubro de 2013. 5 Esta pesquisa caracteriza-se quanto à abordagem como quantitativa e qualitativa, quanto aos objetivos é exploratória e descritiva e quanto ao método da pesquisa um estudo de caso. Quantitativa, pois visa analisar os custos e despesas da empresa, e qualitativa sendo aquela que responde a questões muito particulares, entende o fenômeno específico em profundidade e trabalha com significados, motivos, aspirações, crenças, valores e atitudes (Minayo, 1994). Caracteriza-se como exploratória, que conforme Gil (2010), objetiva proporcionar maior familiaridade com o problema e descritiva, têm como objetivo primordial a descrição das características de determinada população ou fenômeno. Quanto ao método foi um estudo de caso, que consiste no estudo profundo e exaustivo de um ou pouco objetivos, de maneira que permita seu conhecimento detalhado (GIL, 2010). Utilizou-se como instrumento de coleta de dados a pesquisa documental, conforme Yin (2003), a coleta de dados dispõe de várias técnicas, que nas pesquisas sociais, as mais utilizadas são a observação, os documentos e os registros, a entrevista e a dinâmica de grupo. Também foi utilizada entrevista semi-estruturada, nesta abordagem o pesquisador fica livre para exercitar sua iniciativa no acompanhamento da resposta a uma pergunta (HAIR, 2005), possibilitando ainda realizar perguntas relacionadas que não foram previamente imaginadas e que não estavam originalmente incluídas. Essa abordagem pode resultar no surgimento de informações inesperadas e esclarecedoras, melhorando as descobertas. 3.1. Sujeitos da pesquisa Num primeiro momento a realização da pesquisa, foi através de documentos e registros contábeis. Após, os sujeitos da pesquisa foram o Gerente Administrativo Financeiro (GAF) da Unidade de Atendimento onde será realizado o trabalho, e o Gerente Regional Administrativo Financeiro (GRAF) da Cooperativa Sicredi Centro Leste RS. 3.2. Definição e caracterização das variáveis A criação das variáveis norteia e categoriza a coleta e análise dos dados, com a finalidade de não “fugir” do foco da pesquisa e dos objetivos propostos (LAKATOS; MARCONI, 2000). Portanto, as variáveis da presente pesquisa estão relacionadas na tabela 1, que são os Custos, Direcionadores de Custos, Atividades e Direcionadores de Atividade. Tabela 1 - Variáveis e descrição das variáveis XXXIII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO A Gestão dos Processos de Produção e as Parcerias Globais para o Desenvolvimento Sustentável dos Sistemas Produtivos Salvador, BA, Brasil, 08 a 11 de outubro de 2013. 6 VARIÁVEIS DESCRIÇÃO DAS VARIÁVEIS Custos/Recursos São os gastos relativos a bens ou serviços utilizados na produção de outros bens ou serviços. Direcionadores de Custos/Recursos É o fato que determina as ocorrências das atividades. Demonstra a relação entre recursos gastos e as atividades. Atividades Pode ser definida como um processo que combina, de forma adequada, pessoas, tecnologias, materiais, métodos e seu ambiente, tendo como objetivo a produção de produtos ou prestação de serviços. Direcionadores de Atividades Indica a relação entre atividades e os produtos e serviços. Fonte: Martins (2008) 3.3. Técnicas de instrumentos de coleta de dados Lakatos e Marconi (2000) definem que a coleta de dados é a etapa da pesquisa em que se inicia a aplicação dos instrumentos elaborados e das técnicas selecionadas, a fim de se efetuar a coleta dos dados previstos. Para a realização deste trabalho, realizou-se a pesquisa em documentos e registros contábeis. A coleta de dados através de documentação e registros em arquivos é estável, discreta, exata e tem ampla cobertura (Yin, 2005). Posteriormente foram entrevistados os sujeitos mencionados item 3.1, com o intuito de aprofundar e melhorar a qualidade das informações obtidas na pesquisa em documento. 3.4. Tratamento, análise e interpretação dos dados A análise da pesquisa consiste na organização dos dados de forma que o pesquisador consiga tomar decisões e tirar conclusões a partir deles, desta forma, utilizar-se-á a técnica de análise de conteúdo. Conforme Gil (2010) a análise e interpretação é um processo que nos estudos de caso se dá simultaneamente à sua coleta. A rigor, a análise de inicia com a primeira entrevista, a primeira observação e a primeira leitura de um documento. 4. Análise e interpretação dos dados Neste capítulo são apresentados os resultados obtidos na coleta de dados, bem como a sua interpretação. Utilizaram-se, para a análise dos dados coletados as variáveis custos/recursos, direcionadores de custos/recursos, atividades e direcionadores de atividades. 4.1. Implementação do custeio ABC XXXIII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO A Gestão dos Processos de Produção e as Parcerias Globais para o Desenvolvimento Sustentável dos Sistemas Produtivos Salvador, BA, Brasil, 08 a 11 de outubro de 2013. 7 Para melhor compreensão deste estudo e principalmente para que fosse realizado o correto rateio dos custos, a Unidade de Atendimento Centro de Cachoeira do Sul, foi dividida em 03 (três) departamentos (Pessoa Física Urbano – PF Urbano, Pessoa Física Rural – PF Rural e Pessoa Jurídica – PJ), pois segundo Ching (2001) “o ABC é um método de rastrear os custos de um negócio ou departamento para as atividades realizadas e de verificar como estas atividades estão relacionadas para a geração de receitas e consumo dos recursos”. Após o rateio dos custos para os 03 (três) departamentos, cada departamento foi subdivido em produtos e serviços que cada departamento possui, são eles: cartões, consórcio, depósito a prazo, poupança, fundos de investimentos, capital social, crédito geral, crédito rural, previdência, seguro ramo elementares e seguro ramo vida, apenas com uma exceção no departamento PJ que não possui o produto cartão. Importante ressaltar que todos os valores utilizados neste estudo baseiam-se nos valores consolidados do ano de 2011 (período de 01/01/2011 à 31/12/2011). 4.2. Determinação das atividades Segundo Martins (2008) uma atividade é uma combinação de recursos humanos, materiais, tecnológicos e financeiros para se produzirem bens ou serviços. É composta por um conjunto de tarefas necessárias ao seu desempenho. E são elas necessárias para a concretização de um processo, que é uma cadeia de atividades correlatas, inter-relacionadas. Com base neste conceito, determinam-se as atividades que consumirão os recursos: PF Urbano, PF Rural e PJ. 4.2.1. Apuração dos custos diretos Para o rateio dos custos diretos, foram realizados os seguintes métodos: Custos com Captação: refere-se à pagamentos aos associados nos produtos de Depósitos a Prazo, Poupança e Fundos de Investimentos, portanto o direcionador de custo utilizado foi o percentual de receita com captação de cada departamento, aplicando-se esse percentual ao custo total obteve-se o percentual por departamento; Descontos Op. Crédito Geral: refere-se a descontos concedidos à associados para pagamentos antecipados, quitação ou renegociações. O direcionador utilizado foi o percentual da média anual de empréstimos concedidos por departamento; Salários, Benefícios, Encargos Sociais e Treinamento e formação Profissional: foram identificados os funcionários que estão diretamente ligados ao departamento, somado-se os valores percebidos pelos mesmos e calculado o percentual que esta soma representa do total de cada custo. Importante frisar também que essas mesmas contas aparecerão no XXXIII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO A Gestão dos Processos de Produção e as Parcerias Globais para o Desenvolvimento Sustentável dos Sistemas Produtivos Salvador, BA, Brasil, 08 a 11 de outubro de 2013. 8 rateio dos custos indiretos, uma vez que existem funcionários de setores administrativos e que são comuns a todos os departamentos; Obrigações por Empréstimos/Repasses e Descontos Op. Crédito Rural: esses dois custos incidem apenas no departamento PF Rural, pois trata-se de linhas de empréstimos oriundos de BNDES e BRDE, aplicáveis diretamente ao público rural. Da mesma forma os descontos concedidos nas operações de crédito rural, já está propriamente dito que este custo refere-se a esse departamento. 4.2.2. Definição
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