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Curso de Administração Pública (TJAA) – TRE-PE Aula 02 – Processo administrativo Profs. Vinicius Ribeiro e Allan Mendes www.pontodosconcursos.com.br | Profs. Vinicius Ribeiro e Allan Mendes 1 Aula 02 Administração Pública – TRE-PE Processo Administrativo Professor: Vinicius Ribeiro e Allan Mendes Curso de Administração Pública (TJAA) – TRE-PE Aula 02 – Processo administrativo Profs. Vinicius Ribeiro e Allan Mendes www.pontodosconcursos.com.br | Profs. Vinicius Ribeiro e Allan Mendes 2 Olá pessoal, vamos seguindo? Tópicos da Aula Processo Administrativo ...................................................................... 02 Questões.............................................................................................. 18 Vale a pena estudar de novo ................................................................ 26 Bibliografia .......................................................................................... 29 Exercícios Trabalhados ...................................................................... 30 Gabarito ............................................................................................ 38 1.4 Processo Administrativo. 1.4.1 Lei nº 9.784/1999. A Lei 9.787/99 é a norma que regula o processo administrativo na Administração Pública Federal (apenas para a União), seja a Administração Direta ou a Indireta. Esse normativo também se aplica aos Poderes Judiciário e Legislativo, quando no desempenho de funções administrativas. Ou seja, processos judiciários e legislativos não se enquadram no rol tratado na lei. Essa é uma lei geral sobre o processo, sendo que há outras normas que tratam de processos específicos. Nesses casos, A Lei 9.784/99 atua em caráter subsidiário à lei específica. Para a Lei n. 9.784/99, órgão deve ser entendido como a unidade integrante da Administração Direta e Indireta (entidade dotada de personalidade jurídica). Aula 02 Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Curso de Administração Pública (TJAA) – TRE-PE Aula 02 – Processo administrativo Profs. Vinicius Ribeiro e Allan Mendes www.pontodosconcursos.com.br | Profs. Vinicius Ribeiro e Allan Mendes 3 A Lei 9.784/99 trouxe uma série de princípios importantes para a Administração Pública. Alguns estão explícitos, mas outros são implícitos. Vamos conhecer todos: Agora vamos discorrer sobre esses princípios com base na lei em estudo. A norma já tratou de enumerar alguns no seu 2º Artigo. Vejamos: Art. 2o A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, Lei nº 9.784 legalidade impessoalidade finalidade indisponibilidade do interesse público moralidade publicidade razoabilidade proporcionalidade Lei nº 9.784 motivação segurança jurídica informalismo ampla defesa contraditório gratuidade dos processos administrativos oficialidade Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Curso de Administração Pública (TJAA) – TRE-PE Aula 02 – Processo administrativo Profs. Vinicius Ribeiro e Allan Mendes www.pontodosconcursos.com.br | Profs. Vinicius Ribeiro e Allan Mendes 4 moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência. Agora sim vamos discorrer: Legalidade: a atuação no processo conforme a lei e o Direito; Impessoalidade/Finalidade: atendimento a fins de interesse geral; objetividade no atendimento do interesse público, vedada a promoção pessoal de agentes ou autoridades; interpretação da norma administrativa da forma que melhor garanta o atendimento do fim público a que se dirige; Indisponibilidade do interesse público: atendimento a fins de interesse geral, sendo vedada a renúncia total ou parcial de poderes ou competências, salvo autorização em lei; Moralidade: atuação segundo padrões éticos de probidade, decoro e boa- fé; Publicidade: divulgação oficial dos atos administrativos, ressalvadas as hipóteses de sigilo previstas na Constituição; Razoabilidade/Proporcionalidade: adequação entre meios e fins, vedada a imposição de obrigações, restrições e sanções em medida superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento do interesse público; Motivação: indicação dos pressupostos de fato e de direito que determinarem a decisão; Segurança jurídica: observância das formalidades essenciais à garantia dos direitos dos administrados; adoção de formas simples, suficientes para propiciar adequado grau de certeza, segurança e respeito aos direitos dos administrados; É vedada aplicação retroativa de nova interpretação. Informalismo: adoção de formas simples, suficientes para propiciar adequado grau de certeza, segurança e respeito aos direitos dos administrados; Ampla defesa e contraditório: garantia dos direitos à comunicação, à apresentação de alegações finais, à produção de provas e à interposição Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Curso de Administração Pública (TJAA) – TRE-PE Aula 02 – Processo administrativo Profs. Vinicius Ribeiro e Allan Mendes www.pontodosconcursos.com.br | Profs. Vinicius Ribeiro e Allan Mendes 5 de recursos, nos processos de que possam resultar sanções e nas situações de litígio; SÚMULA VINCULANTE 3 - STF Nos processos perante o Tribunal de Contas da União, asseguram-se o contraditório e a ampla defesa quando da decisão puder resultar anulação ou revogação de ato administrativo que beneficie o interessado, excetuada a apreciação da legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma e pensão. Gratuidade dos processos administrativos: proibição de cobrança de despesas processuais, ressalvadas as previstas em lei; Oficialidade: impulsão, de ofício pela Administração, do processo administrativo, sem prejuízo da atuação dos interessados. Há ainda outro princípio, o da verdade material: é preciso buscar o conhecimento dos fatos que efetivamente ocorreram, o que normalmente possibilita serem trazidas aos autos do processo provas de fatos relevantes ainda que depois da fase prevista para a apresentação de provas. 1) (CESPE FUB 2015) É obrigatório que os procedimentos administrativos que ocorrem no âmbito dos órgãos da administração direta e indireta dos poderes executivos da União, dos estados, do DF e dos municípios sejam regulados pela Lei Federal n.º 9.784/1999. A Lei n. 9.784/99 aplica-se apenas à União. Gabarito: E 2) (CESPE FUB 2015) O princípio da motivação deve nortear a administração pública na prática dos seus atos. Por essa razão, o administrador, com o fim de propiciar segurança, deve adotar, nos Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Curso de Administração Pública (TJAA) – TRE-PE Aula 02 – Processo administrativo Profs. Vinicius Ribeiro e Allan Mendes www.pontodosconcursos.com.br | Profs. Vinicius Ribeiro e Allan Mendes 6 processos administrativos, formas e procedimentos complexos, com várias etapas e verificações. O princípio da motivação não determina que sejam adotados procedimentos complexos. Na verdade, o princípiodo informalismo afirma que o processo administrativo deve pautar-se pela adoção de formas simples, suficientes para propiciar adequado grau de certeza, segurança e respeito aos direitos dos administrados. Gabarito: E Direitos e Deveres O que pode o interessado e o que deve o interessado? Vejamos: Interessados E quem são os interessados (pessoas físicas ou jurídicas) em um processo administrativo? Vejamos Aqueles que o iniciem como titulares de direitos ou interesses individuais ou no exercício do direito de representação; Deveres •expor os fatos conforme a verdade •agir com lealdade, urbanidade (boa educação e respeito e boa-fé •não agir de maneira temerária (arriscada, imprudente) •colaborar para o esclarecimento dos fatos, prestando as informações solicitadas Direitos •ser tratado com respeito, tendo o exercício de seus direitos facilitado • ter ciência da tramitação processual, ter vista dos autos, obter cópias de documentos e conhecer as decisões • formular alegações, apresentar documentos antes das decisões • fazer-se asssitir, caso queira, por advogado (presença facultativa). Caso outra lei diga, poe haver obrigação de representação Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Curso de Administração Pública (TJAA) – TRE-PE Aula 02 – Processo administrativo Profs. Vinicius Ribeiro e Allan Mendes www.pontodosconcursos.com.br | Profs. Vinicius Ribeiro e Allan Mendes 7 Aqueles que têm direitos ou interesses que possam ser afetados pela decisão a ser adotada; As organizações e associações representativas, no tocante a direitos e interesses coletivos; As pessoas ou as associações legalmente constituídas quanto a direitos ou interesses difusos. O processo administrativo pode ser instaurado de ofício, por iniciativa da administração, ou a pedido do interessado. Vale ressaltar que é preciso ter 18 anos para ser considerado capaz, para fins de processo administrativo. No entanto, pode ato normativo próprio fazer algum tipo de previsão especial. 3) (CESPE CGE-PI 2015) O processo administrativo poderá iniciar-se de ofício ou em razão de requerimento do interessado. Tranquilo, não? Gabarito: C Delegação e avocação A autoridade administrativa poderá delegar parte de sua competência, mesmo que os órgãos delegados não lhe sejam hierarquicamente subordinados. Essas delegações e as respectivas revogações (a delegação pode ser revogada a qualquer tempo) precisam ser publicadas em meio oficial, em respeito ao princípio da publicidade. Qualquer decisão delegada deve mencionar essa delegação. A delegação só pode ocorrer sob parte da competência e com prazo determinado, sendo que ela transfere apenas a execução do ato, a titularidade permanece, sendo indelegável. O que mais precisamos conhecer são as exceções, ou seja, os casos em que a delegação é proibida. Vejamos: edição de atos de caráter normativo; Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Curso de Administração Pública (TJAA) – TRE-PE Aula 02 – Processo administrativo Profs. Vinicius Ribeiro e Allan Mendes www.pontodosconcursos.com.br | Profs. Vinicius Ribeiro e Allan Mendes 8 decisão de recursos administrativos; matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade. Diferente da delegação é a avocação, que é chamar para si algo delegado. Seria como se fosse o contrário de delegação. No entanto, para a Lei 9784/99, só é permitida a avocação temporária de competência atribuída a órgão hierarquicamente inferior, deve esse ato ocorrer apenas excepcionalmente e por motivos relevantes. 4) (CESPE TCU 2015) É proibido delegar a edição de atos de caráter normativo. Tranquilo, não?! Gabarito: C 5) (CESPE TCU 2015) Ao delegar a prática de determinado ato administrativo, a autoridade delegante transfere a titularidade para sua prática. A competência é indelegável, dessa forma, a delegação transfere apenas a execução do ato. Gabarito: E 6) (CESPE STJ 2015) Admite-se, em caráter excepcional, a avocação definitiva de competência atribuída a órgão hierarquicamente inferior. A avocação só é admitida excepcionalmente e temporariamente. Gabarito: E Impedimento e Suspeição É impedido de atuar em processo administrativo o servidor ou autoridade que: Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Curso de Administração Pública (TJAA) – TRE-PE Aula 02 – Processo administrativo Profs. Vinicius Ribeiro e Allan Mendes www.pontodosconcursos.com.br | Profs. Vinicius Ribeiro e Allan Mendes 9 Parentes até o terceiro grau: eu sei que você pensa que o seu primo, filho do irmão do seu pai, é de primeiro grau. Esquece isso. Para contar o grau, é preciso ir até o pai/mãe, que são de primeiro grau, juntamente com os filhos. Assim, o seu irmão e seus avós são de segundo grau, pois o seu parentesco passa primeiro pelos pais. Um tio, irmão de pai, é de terceiro grau. Para chegar até ele, você vai até o seu pai (1 grau), vai até o seu avô (+ 1 grau) para depois chegar ao seu tio (+ 1 grau). Consequentemente, o seu primo que você achava que era de terceiro grau, na verdade é de quarto grau!!! Entendido? Afins: parentesco por finalidade é aquele que ocorre em face de casamento. É como se traçasse um espelho entre você e sua esposa ou seu marido. Se o seu pai é de primeiro grau, o seu sogro também será, e assim por diante. Litigar: contestar. Voltando aos casos de impedimento e suspeição, vale mencionar que a autoridade que incorrer em impedimento deve comunicar esse fato à autoridade competente, abstendo-se de atuar. Não fazer isso é falta grave!! Servidor que tenha algum interesse (direto ou indireto) na matéria objeto do processo administrativo Servidor que tenha participado ou venha a participar como perito, testemunha ou representante no processo, ou se tais situações ocorrem quanto ao cônjuge, companheiro ou parente e afins até o terceiro grau Servidor que esteja litigando judicial ou administrativamente com o interessado (ou respectivo cônjuge ou companheiro) no processo. Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Curso de Administração Pública (TJAA) – TRE-PE Aula 02 – Processo administrativo Profs. Vinicius Ribeiro e Allan Mendes www.pontodosconcursos.com.br | Profs. Vinicius Ribeiro e Allan Mendes 10 E seu eu tenho amizade íntima ou inimizade notória (conhecida) com alguns dos interessados ou com os respectivos cônjuges, companheiros, parentes e afins até o terceiro grau? Nesse caso, trata-se de hipótese de suspeição. Ela poderá ser arguida, mas não se trata de impedimento obrigatório. Essa questão vai ser levantada e analisada. 7) (CESPE TRE-PI 2016) No curso de um processo administrativo, poderá ser arguida a suspeição de servidor que a) tiver participado como perito. b) estiver litigando administrativamente com o companheiro do interessado. c) estiver litigando judicialmente com o interessado. d) tiver amizade íntima com o cônjuge do interessado. e) tiver interesse indireto na matéria. Pode serarguida a suspeição de autoridade ou servidor que tenha amizade íntima ou inimizade notória com algum dos interessados ou com os respectivos cônjuges, companheiros, parentes e afins até o terceiro grau. Gabarito: D Comunicação dos Atos É hora de homenagear a publicidade, a ampla defesa, o contraditório, a segurança jurídica. A Administração precisa fazer o interessado saber daquilo que está ocorrendo. É direito de o interessado ter ciência do que está acontecendo até para que ele possa exercer os direitos de ampla defesa e do contraditório, não é? Importante dizer que a intimação observará a antecedência mínima de três dias úteis quanto à data de comparecimento. E como pode ser feita essa intimação? por ciência no processo; por via postal com aviso de recebimento; Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Curso de Administração Pública (TJAA) – TRE-PE Aula 02 – Processo administrativo Profs. Vinicius Ribeiro e Allan Mendes www.pontodosconcursos.com.br | Profs. Vinicius Ribeiro e Allan Mendes 11 por telegrama por outro meio que assegure a certeza da ciência do interessado. Apesar de toda a formalidade requerida, é possível que uma intimação não siga as prescrições legais e tenha validade. É que o comparecimento do administrado supre sua falta ou irregularidade. Questão de lógica, não é? Mas e se eu não sei onde a pessoa vive, ou se eu não sei direito nem que é (sei que tem alguém, mas não sei quem), eu vou enviar a intimação pra onde? Vou avisar com megafone na praça da cidade? Vou entrar no horário nobre, no intervalo da novela? Não!!! É só usar a cabeça e lembrar que você provavelmente descobriu o edital do concurso do Tribunal Regional Eleitoral - PE por meio do Diário Oficial da União. É o veículo oficial e é por lá que esse tipo de comunicação será feita. Veja: Art. 26 § 4o No caso de interessados indeterminados, desconhecidos ou com domicílio indefinido, a intimação deve ser efetuada por meio de publicação oficial. Instrução e Prazos Primeiro ponto quando falarmos em prazos: os atos do processo devem realizar-se em dias úteis. Os atos do órgão ou autoridade responsável pelo processo e dos administrados que dele participem devem ser praticados no prazo de cinco dias (podendo ser dilatado até o dobro com justificação), salvo motivo de força maior. Outro aspecto importante: os prazos começam a correr a partir da data da cientificação oficial, excluindo-se da contagem o dia do começo e incluindo-se o do vencimento. Vale dizer que um processo administrativo inicia de duas maneiras: de ofício, pela Administração a pedido do interessado, sendo esse requerimento formulado por escrito, salvo casos em que for admitida a solicitação oral. Os interessados serão intimados de prova ou diligência ordenada, com antecedência mínima de três dias úteis, mencionando-se data, hora e local Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Curso de Administração Pública (TJAA) – TRE-PE Aula 02 – Processo administrativo Profs. Vinicius Ribeiro e Allan Mendes www.pontodosconcursos.com.br | Profs. Vinicius Ribeiro e Allan Mendes 12 de realização. Vale ressaltar que são inadmissíveis no processo administrativo as provas obtidas por meios ilícitos. Há casos em que um órgão consultivo deve ser ouvido no processo. São casos em que órgãos com determinado conhecimento específico são fundamentais no processo. Nesses casos, o parecer deverá ser emitido no prazo máximo de quinze dias, salvo norma especial ou comprovada necessidade de maior prazo. Encerrada a instrução processual, o interessado terá o direito de manifestar-se no prazo máximo de dez dias, salvo se outro prazo for legalmente fixado. Concluída a instrução de processo administrativo, a Administração tem o prazo de até trinta dias para decidir, salvo prorrogação por igual período expressamente motivada. Em caso de risco iminente, a Administração Pública poderá motivadamente adotar providências acauteladoras sem a prévia manifestação do interessado! Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Curso de Administração Pública (TJAA) – TRE-PE Aula 02 – Processo administrativo Profs. Vinicius Ribeiro e Allan Mendes www.pontodosconcursos.com.br | Profs. Vinicius Ribeiro e Allan Mendes 13 8) (CESPE STJ 2015) No processo administrativo, após o encerramento da fase de instrução probatória, o poder público tem prazo de trinta dias para tomar a decisão, sendo possível a prorrogação por igual período, desde que devidamente motivada. Perfeito, 30 dias, podendo ser prorrogado! Gabarito: C Prazos - Lei n. 9.784/99 Intimação de atos 3 dias útes Intimação da instrução 3 dias úteis Intimação para alegação de recursos 5 dias úteis Decisão de reconsideração 5 dias Prática dos atos pela adm. 5 dias + 5 dias Manifestação da instrução 10 dias Interposição de recursos 10 dias Parecer de órgão consultivo 15 dias Decisão de recursos 30 dias + 30 dias Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Curso de Administração Pública (TJAA) – TRE-PE Aula 02 – Processo administrativo Profs. Vinicius Ribeiro e Allan Mendes www.pontodosconcursos.com.br | Profs. Vinicius Ribeiro e Allan Mendes 14 9) (CESPE TRE-GO 2015) Durante a realização de escavações para a expansão de obra de metrô, de responsabilidade do governo federal, ocorreu acidente que resultou na abertura de imensa cratera em área residencial e consequente desmoronamento de um edifício com soterramento de veículos. Os particulares prejudicados pretendem formular pedidos de ressarcimento junto à administração pública. Considerando essa situação hipotética e as regras contidas na Lei n.º 9.784/1999, julgue os item que se segue. O prazo para a interposição de recurso administrativo contra eventual decisão denegatória dos pedidos de ressarcimento é de 15 dias, contados a partir da data da intimação do interessado. O prazo para interposição de recurso é de 10 dias, contados da ciência da decisão. Gabarito: E Motivação Já falamos de motivação nos atos administrativos. Vamos apenas complementar com as situações em que ela é obrigatória: neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses; imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções; decidam processos administrativos de concurso ou seleção pública; dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório; decidam recursos administrativos; decorram de reexame de ofício; deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem de pareceres, laudos, propostas e relatórios oficiais; importemanulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato administrativo. Se olharmos para essa listagem, veremos que há uma coerência. Licitação não precisa, inexigibilidade, que é exceção, precisa. Concessão de direito não Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Curso de Administração Pública (TJAA) – TRE-PE Aula 02 – Processo administrativo Profs. Vinicius Ribeiro e Allan Mendes www.pontodosconcursos.com.br | Profs. Vinicius Ribeiro e Allan Mendes 15 precisa, limitação de direito precisa. Edição de ato não precisa, mas a sua revogação precisa. Casos de Extinção e Desistência do Processo Nos casos de exaurimento (cumprimento) da finalidade do processo e nas situações em que o objeto da decisão do processo se torna impossível, inútil ou prejudicado por algum fato superveniente (fato posterior), cabe a declaração de extinção do processo por parte do órgão competente. Mas e se houver desistência (total ou parcial) do processo ou renúncia de direitos por parte do interessado? Como fica? Pode isso Arnaldo? Poder pode. No entanto, se a Administração entender que o interesse público exige o prosseguimento do processo, ela o fará. E se eu renuncio ou desisto de um processo em que há vários outros interessados? Nesse caso, a desistência ou renúncia só atinge quem a tenha formulado. Ok? Recurso e Revisão Das decisões administrativas cabe recurso, em face de razões de legalidade e de mérito. O recurso será dirigido à autoridade que proferiu a decisão, a qual, se não a reconsiderar no prazo de cinco dias, o encaminhará à autoridade superior. O recurso não será conhecido quando interposto: fora do prazo; perante órgão incompetente (neste caso, será indicada ao recorrente a autoridade competente, iniciando-se novamente o prazo para recurso); por quem não seja legitimado; e após exaurida a esfera administrativa. O recurso administrativo tramitará no máximo por três instâncias administrativas. É de dez dias o prazo para interposição de recurso administrativo, contado a partir da ciência ou divulgação oficial da decisão recorrida. A decisão do recurso deverá ser feita no prazo máximo de trinta dias, havendo a possibilidade de prorrogação por igual período. Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Curso de Administração Pública (TJAA) – TRE-PE Aula 02 – Processo administrativo Profs. Vinicius Ribeiro e Allan Mendes www.pontodosconcursos.com.br | Profs. Vinicius Ribeiro e Allan Mendes 16 Interposto o recurso, o órgão competente para dele conhecer deverá intimar os demais interessados para que, no prazo de cinco dias úteis, apresentem alegações. Salvo disposição legal em contrário, o recurso não tem efeito suspensivo. Ou seja, em regra o recurso não suspende o andamento do processo. Os boleiros de plantão sabem que no futebol, é possível conseguir um efeito suspensivo e permitir que um jogador suspenso jogue uma partida. Havendo justo receio de prejuízo de difícil ou incerta reparação decorrente da execução, a autoridade recorrida ou a imediatamente superior poderá, de ofício ou a pedido, dar efeito suspensivo ao recurso. Vejam que nesses casos, não teria como não suspender o andamento. E como é essa tal de revisão? Os processos administrativos de que resultem sanções poderão ser revistos, a qualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando surgirem fatos novos ou circunstâncias relevantes suscetíveis de justificar a inadequação da sanção aplicada. Da revisão do processo não poderá resultar agravamento da sanção. SÚMULA VINCULANTE 21 - STF É inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento prévios de dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso administrativo. 10) (CESPE STJ 2015) Em regra, os recursos administrativos, quando interpostos pelos interessados, têm efeito suspensivo. Pelo contrário. Em regra, os recursos administrativos não têm efeito suspensivo. Gabarito: E Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Curso de Administração Pública (TJAA) – TRE-PE Aula 02 – Processo administrativo Profs. Vinicius Ribeiro e Allan Mendes www.pontodosconcursos.com.br | Profs. Vinicius Ribeiro e Allan Mendes 17 11) (CESPE Telebras 2015) Salvo disposição legal específica, é de dez dias o prazo para interposição de recurso administrativo, sem previsão legal de prorrogação. Correto. 10 dias após ciência do ato! Gabarito: C 12) (CESPE TCU 2015) Eventuais recursos contra decisão emanada em processo administrativo devem ser dirigidos à autoridade que a tiver proferido, que tem poder para realizar juízo de retratação e reconsiderar a decisão. Perfeito, devendo proceder esse juízo em até 5 cinco dias. Gabarito: C Prioridades Alguém tem prioridade na tramitação? Sim. Quando figurar como parte ou interessados os seguintes: pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos; pessoa portadora de deficiência, física ou mental; pessoa portadora de tuberculose ativa, esclerose múltipla, neoplasia maligna, hanseníase, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, hepatopatia grave, estados avançados da doença de Paget (osteíte deformante), contaminação por radiação, síndrome de imunodeficiência adquirida, ou outra doença grave, com base em conclusão da medicina especializada, mesmo que a doença tenha sido contraída após o início do processo. Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Curso de Administração Pública (TJAA) – TRE-PE Aula 02 – Processo administrativo Profs. Vinicius Ribeiro e Allan Mendes www.pontodosconcursos.com.br | Profs. Vinicius Ribeiro e Allan Mendes 18 Questões 13) (CESPE TCE-PR 2016) Acerca do recurso administrativo e tendo como base as disposições da Lei n.º 9.784/1999, assinale a opção correta. a) O recurso não será conhecido quando interposto em órgão incompetente, mas, nesse caso, terá de ser indicada ao recorrente a autoridade competente, sendo-lhe devolvido o prazo para recurso. b) É de trinta dias o prazo para a interposição de recurso administrativo, contado a partir da divulgação da decisão recorrida em diário oficial. c) O recurso administrativo terá, como regra geral, efeitos devolutivo e suspensivo. d) Contra as decisões administrativas cabe recurso que verse sobre a legalidade, mas não sobre o mérito administrativo. e) O recurso administrativo tramitará por uma única instância administrativa, devendo ser interposto à autoridade superior àquela que tiver proferido a decisão. Vamos analisar as alternativas: a) Correto. b) Errado. Salvo disposição legal específica, é de dez dias o prazo para interposição de recurso administrativo c) Errado. Em regra, o recurso administrativo não possui efeito suspensivo. d) Errado. O recurso poderá tratar sobre questões de mérito e legalidade. e) Errado. O recurso tramitará por até três instâncias, devendo serinterposto à autoridade que proferiu a decisão. Gabarito: A 14) (CESPE POLÍCIA CIENTÍFICA-PE 2016) O princípio que está expressamente previsto na lei que regula o processo administrativo no âmbito da administração pública federal (Lei n. 9.784/1999), dispondo que a administração pública deverá obedecê-lo, é o princípio da a) razoabilidade. Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Curso de Administração Pública (TJAA) – TRE-PE Aula 02 – Processo administrativo Profs. Vinicius Ribeiro e Allan Mendes www.pontodosconcursos.com.br | Profs. Vinicius Ribeiro e Allan Mendes 19 b) impessoalidade. c) publicidade. d) indisponibilidade. e) precaução. De acordo com art. 2º da Lei n. 9.784/99, a Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência. Gabarito: A 15) (CESPE PC-PE 2016) Considerando as regras e princípios previstos na Lei n.º 9.784/1999, que regula o processo administrativo no âmbito da administração pública federal, assinale a opção correta em relação ao processo administrativo. a) Em razão do princípio da oficialidade, exigir-se-á o reconhecimento da assinatura do interessado nas suas manifestações por escrito, que somente será dispensado nos casos expressamente previstos no regulamento do órgão responsável pelo julgamento. b) Os atos de processo independem de intimação do interessado, sendo dever do interessado acompanhar o andamento do processo junto à repartição, principalmente nos casos relativos à imposição de sanções ou restrição de direitos, sob pena de revelia. c) Devidamente protocolado o processo administrativo junto ao órgão público competente, o interessado não poderá desistir do pedido formulado, salvo se renunciar expressamente ao direito objeto da solicitação. d) O processo administrativo rege-se pelo princípio da inércia: deverá ser impulsionado pela atuação dos interessados, sendo vedada a sua impulsão de ofício pela autoridade julgadora. e) Em caso de risco iminente, a administração pública poderá, motivadamente, adotar providências acauteladoras, mesmo sem a prévia manifestação do interessado. Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Curso de Administração Pública (TJAA) – TRE-PE Aula 02 – Processo administrativo Profs. Vinicius Ribeiro e Allan Mendes www.pontodosconcursos.com.br | Profs. Vinicius Ribeiro e Allan Mendes 20 Vamos analisar as alternativas: a) Errado. O princípio da oficialidade refere-se ao seguimento do processo. b) Errado. A intimação observará a antecedência mínima de três dias úteis quanto à data de comparecimento. c) Errado. O interessado poderá desistir total ou parcialmente do pedido ou renunciar a direitos disponíveis. d) Errado. No processo administrativo vigora o princípio da oficialidade, ou seja, impulsão de ofício pela Administração, do processo administrativo, sem prejuízo da atuação dos interessados. e) Correto. Gabarito: E 16) (CESPE TCE-SC 2016) O Tribunal de Contas de determinado estado da Federação, ao analisar as contas prestadas anualmente pelo governador do estado, verificou que empresa de publicidade foi contratada, mediante inexigibilidade de licitação, para divulgar ações do governo. Na campanha publicitária promovida pela empresa contratada, constavam nomes, símbolos e imagens que promoviam a figura do governador, que, em razão destes fatos, foi intimado por Whatsapp para apresentar defesa. Na data de visualização da intimação, a referida autoridade encaminhou resposta, via Whatsapp, declarando-se ciente. Ao final do procedimento, o Tribunal de Contas não acolheu a defesa do governador e julgou irregular a prestação de contas. A partir da situação hipotética apresentada, julgue o item a seguir. É nula a intimação do governador, por ser obrigatório que seja feita por ciência no processo, via telegrama ou por via postal com aviso de recebimento. Lembrem-se que a ciência poderá ocorrer por outro meio que assegure a certeza da ciência do interessado, tais como o Whatsapp. Gabarito: E Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Curso de Administração Pública (TJAA) – TRE-PE Aula 02 – Processo administrativo Profs. Vinicius Ribeiro e Allan Mendes www.pontodosconcursos.com.br | Profs. Vinicius Ribeiro e Allan Mendes 21 17) (CESPE TJ-AM 2016) Conforme a Lei n.º 9.784 /1999, que trata dos atos administrativos, são indelegáveis a) a edição de atos normativos e as matérias de competência exclusiva do órgão. b) a elaboração de ofícios e a avaliação de recursos administrativos. c) a decisão de recursos administrativos e as matérias de competência privativa de autoridade. d) a revisão de atos administrativos e a edição de atos normativos. e) as matérias de competência exclusiva e a publicação de edital. São indelegáveis: edição de atos de caráter normativo; decisão de recursos administrativos; matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade. Gabarito: A 18) (CESPE TCE-SC 2016) Com base na doutrina e nas normas de direito administrativo, julgue o item que se segue. Situação hipotética: Dez anos após a data em que deveria ter ocorrido o primeiro pagamento de vantagem pecuniária a que José fazia jus, ele apresentou requerimento administrativo ao chefe do setor de recursos humanos solicitando o pagamento de tal vantagem. O pedido foi indeferido sob o fundamento de ocorrência da prescrição. José, então, apresentou recurso. Assertiva: Nesse caso, o chefe do setor de recursos humanos tem o prazo de cinco dias para reconsiderar a decisão; caso não o faça, deverá encaminhar o recurso ao seu superior hierárquico. O recurso será interposto à autoridade julgadora, que terá 5 dias para rever a questão. Gabarito: C 19) (CESPE TRE-PI 2016) Acerca do processo administrativo no âmbito da administração pública federal, regido pela Lei n.º 9.784/1999, assinale a opção correta. Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Curso de Administração Pública (TJAA) – TRE-PE Aula 02 – Processo administrativo Profs. Vinicius Ribeiro e Allan Mendes www.pontodosconcursos.com.br | Profs. Vinicius Ribeiro e Allan Mendes 22 a) As normas da lei em apreço não se aplicam ao Congresso Nacional, ainda que no exercício de função administrativa, em razão de esse órgão do Poder Legislativo não integrar a administração pública. b) O administrado, no processo administrativo, deverá ser assistido por advogado para poder formular alegações e apresentar documentos. c) Os prazos processuais podem ser suspensos, desde que o administradoapresente solicitação fundamentada nesse sentido. d) Nos processos administrativos, deve ser observado o critério de atendimento a fins de interesse geral, sendo possível a renúncia parcial de competências, desde que autorizada por decreto. e) Para os fins da lei em questão, é também considerada órgão aquela unidade integrante da estrutura da administração indireta. Vamos analisar as alternativas: a) Errado. As normas da Lei n. 9.784/99 se aplicam a toda União (todos os poderes), na função administrativa. b) Errado. A presença do advogado é facultativa. c) Errado. Salvo disposição legal em contrário, o recurso não tem efeito suspensivo. d) Errado. A renúncia de poderes e competências é vedada, salvo autorização legal. e) Correto. Gabarito: E 20) (CESPE ANAC 2012) A autoridade ou servidor que não comunicar o seu impedimento no processo administrativo comete falta grave para efeitos disciplinares. Perfeito. É dever do servidor/autoridade, nos casos de impedimento, comunicar o fato à autoridade competente. Nessas situações, esse servidor deve abster-se de atuar. Art. 19. A autoridade ou servidor que incorrer em impedimento deve comunicar o fato à autoridade competente, abstendo-se de atuar. Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Curso de Administração Pública (TJAA) – TRE-PE Aula 02 – Processo administrativo Profs. Vinicius Ribeiro e Allan Mendes www.pontodosconcursos.com.br | Profs. Vinicius Ribeiro e Allan Mendes 23 Parágrafo único. A omissão do dever de comunicar o impedimento constitui falta grave, para efeitos disciplinares. Gabarito: C 21) (CESPE ANAC 2012) No processo administrativo, o comparecimento do interessado de forma espontânea não supre a falta ou a irregularidade da intimação. Aqui existe uma lógica e uma razoabilidade. Se a pessoa já compareceu, ela já sabe, já tem ciência dos fatos. Para que então expedir uma intimação, gastar com correio? É perda de tempo e de dinheiro, não é? Sendo assim: Art. 26 § 5o As intimações serão nulas quando feitas sem observância das prescrições legais, mas o comparecimento do administrado supre sua falta ou irregularidade. Gabarito: E 22) (CESPE ANAC 2012) A desistência, ou renúncia, por parte do interessado no processo administrativo, gera automaticamente o arquivamento do processo. Automaticamente? Meio forte, não é? E o interesse público, não conta? Art. 51 § 2o A desistência ou renúncia do interessado, conforme o caso, não prejudica o prosseguimento do processo, se a Administração considerar que o interesse público assim o exige. Gabarito: E 23) (CESPE ANAC 2012) Em um processo administrativo, são considerados capazes os maiores de dezoito anos, ressalvada previsão especial em ato normativo próprio. Lembrando que essa é uma Lei Geral. Em caso de haver ato normativo próprio pode haver outra regra com relação à capacidade em um processo administrativo. Para a Lei 9.784/99, tem que ter 18 para poder dirigir, digo, para poder ser capaz em um processo administrativo. Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Curso de Administração Pública (TJAA) – TRE-PE Aula 02 – Processo administrativo Profs. Vinicius Ribeiro e Allan Mendes www.pontodosconcursos.com.br | Profs. Vinicius Ribeiro e Allan Mendes 24 Gabarito: C 24) (CESPE INPI 2013) A autoridade ou o servidor que tenha amizade íntima ou inimizade notória com algum dos interessados ou com os respectivos cônjuges, companheiros, parentes e afins até o terceiro grau estão impedidos de atuarem no mesmo processo. Não é bem assim. Não necessariamente estarão impedidos. Veja o que diz a norma: Art. 20. Pode ser arguida a suspeição de autoridade ou servidor que tenha amizade íntima ou inimizade notória com algum dos interessados ou com os respectivos cônjuges, companheiros, parentes e afins até o terceiro grau. “Pode ser”. Ou seja, essa autoridade não está impedida “de cara”. Gabarito: E 25) (CESPE TJDFT 2013) O servidor que estiver litigando judicialmente contra a companheira de um interessado em determinado processo administrativo estará impedido de atuar nesse processo. Isso mesmo. Companheiro ou cônjuge também entram nesse rol. Gabarito: C 26) (CESPE TJDFT 2013) O processo administrativo pode ser iniciado a pedido do interessado, mediante formulação escrita, não sendo admitida solicitação oral. Existe sim a possibilidade de solicitação oral, embora isso seja uma exceção. Gabarito: E 27) (CESPE INCA 2010) O processo administrativo estabelece uma relação bilateral, de um lado o administrado, que deduz uma pretensão, e de outro a administração, que, quando decide, não age como um terceiro, estranho à controvérsia, mas como parte. Perfeito. São duas partes, o interessado administrado e a Administração, colocando ambos em partes distintas. Gabarito: C 28) (CESPE INCA 2010) O processo administrativo pode ser instaurado de ofício, por iniciativa da administração, ou a pedido do interessado. Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Curso de Administração Pública (TJAA) – TRE-PE Aula 02 – Processo administrativo Profs. Vinicius Ribeiro e Allan Mendes www.pontodosconcursos.com.br | Profs. Vinicius Ribeiro e Allan Mendes 25 Caso instaurado a pedido deste, será vedado à administração impulsionar e instruir o processo, em atenção ao princípio da oficialidade. Muito pelo contrário. A Administração tem a obrigação de impulsionar o processo, em respeito ao princípio da oficialidade. Gabarito: E 29) (CESPE INCA 2010) Aos processos administrativos disciplinares instaurados para apurar infração disciplinar praticada por servidor público civil da União serão aplicadas, de forma subsidiária, as normas insertas na Lei n.º 9.784/1999 (lei que regula o processo administrativo no âmbito da administração pública federal). Perfeito. Como falamos, a Lei 9787/99 é norma geral, sendo subsidiária a normas específicas. Gabarito: C 30) (CESPE CNJ 2013) É defeso à administração recusar imotivadamente o recebimento de documentos. Nesse caso, o servidor deverá orientar o interessado quanto ao suprimento de eventuais falhas. Perfeito. A Administração deve orientar o interessado caso necessário. Defeso = proibido. Gabarito: C 31) (CESPE ANAC 2012) Ao recurso administrativo poderá ser conferido efeito suspensivo pela autoridade recorrida quando houver justo receio de prejuízo de difícil ou incerta reparação decorrente da execução de decisão administrativa proferida em processo administrativo. A regra é não haver o efeito, mas esse caso elencado comporta a suspensão sim. Gabarito: C Rodrigo Realce Rodrigo Nota que está intercalado Rodrigo Realce Curso de Administração Pública (TJAA) – TRE-PE Aula 02 – Processo administrativo Profs. Vinicius Ribeiro e Allan Mendes www.pontodosconcursos.com.br | Profs. Vinicius Ribeiro e Allan Mendes 26 32) (CESPE TRT - 8ª Região 2016) Acerca dos atos administrativos e do processo administrativo, assinale a opção correta conforme a Lei n.º 9.784/1999. a) O direito da administração de anular os seus próprios atos decai em cinco anos, ainda que constatada a má-fé do destinatário do ato. b) A convalidação dos atos administrativos que apresentemdefeitos sanáveis pode ser feita pela administração, desde que esses atos não acarretem lesão ao interesse público ou prejuízo a terceiros. c) O ato de exoneração do servidor público ocupante de cargo em comissão e os atos administrativos que decidam recursos administrativos dispensam motivação. d) A competência para a edição de atos normativos poderá ser delegada. e) A revogação do ato administrativo ocorre nas hipóteses de ilegalidade, devendo retroagir com efeitos ex tunc para desconstituir as relações jurídicas criadas com base no ato revogado. Vamos analisar as alternativas: a) Errado. O prazo decadência é de 5 anos, salvo comprovada a má-fé do destinatário. b) Correto. A convalidação, que é discricionária, corrige os vícios sanáveis de um ato, seja na competência (ratificação), seja na forma (retificação). Para haver convalidação, os atos não podem ter acarretado lesão ao interesse público nem prejuízo a terceiros. c) Errado. A decisão sobre recurso administrativo deverá ser motivada. d) Errado. Pelo contrário, é indelegável. e) Errado. A revogação ocorre por conveniência e oportunidade da Administração, tendo efeitos ex nunc. Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Curso de Administração Pública (TJAA) – TRE-PE Aula 02 – Processo administrativo Profs. Vinicius Ribeiro e Allan Mendes www.pontodosconcursos.com.br | Profs. Vinicius Ribeiro e Allan Mendes 27 Gabarito: B 33) (CESPE PC-PE 2016) Acerca dos atos do poder público, assinale a opção correta. a) A convalidação implica o refazimento de ato, de modo válido. Em se tratando de atos nulos, os efeitos da convalidação serão retroativos; para atos anuláveis ou inexistentes tais efeitos não poderão retroagir. b) A teoria dos motivos determinantes não se aplica aos atos vinculados, mesmo que o gestor tenha adotado como fundamento um fato inexistente. c) Atos complexos resultam da manifestação de um único órgão colegiado, em que a vontade de seus membros é heterogênea. Nesse caso, não há identidade de conteúdo nem de fins. d) Atos gerais de caráter normativo não são passíveis de revogação, eles podem ser somente anulados. e) Atos compostos resultam da manifestação de dois ou mais órgãos, quando a vontade de um é instrumental em relação à do outro. Nesse caso, praticam-se dois atos: um principal e outro acessório. Vamos analisar as alternativas: a) Errado. A convalidação se opera sobre atos anuláveis. b) Errado. Essa teoria aplica-se a atos vinculados e discricionários. c) Errado. No ato complexo temos um único ato, integrado por manifestações homogêneas de vontades de órgãos diversos. d) Errado. Atos gerais podem ser anulados por motivo de conveniência e oportunidade. e) Correto. Gabarito: E 34) (CESPE PC-PE 2016) O ato administrativo é uma espécie de ato jurídico de direito público, ou seja, suas características distinguem-no do ato jurídico de direito privado. Os atributos do ato administrativo — ato jurídico de direito público — incluem a a) legalidade, a publicidade e a imperatividade. Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Curso de Administração Pública (TJAA) – TRE-PE Aula 02 – Processo administrativo Profs. Vinicius Ribeiro e Allan Mendes www.pontodosconcursos.com.br | Profs. Vinicius Ribeiro e Allan Mendes 28 b) presunção de legitimidade, a imperatividade e a autoexecutoriedade. c) imperatividade, o motivo, a finalidade e a autoexecutoriedade. d) eficiência, a presunção de legitimidade e a continuidade. e) proporcionalidade, a motivação e a moralidade. São 4 os principais atributos de um ato, que são qualidades ou características inerentes aos atos, diferentes dos requisitos (competência, objeto, etc), que são condições dos atos. Gabarito: B 35) (CESPE PC-PE 2016) Ainda a respeito dos atos administrativos, assinale a opção correta. a) A convalidação é o suprimento da invalidade de um ato com efeitos retroativos. Presunção de Legitimidade •uma vez praticado o ato, ele se presume legítimo, apto a produzir seus efeitos •presente em todos os atos •admite prova em contrário, sendo o ônus da prova de quem alega Imperatividade •a administração pode, unilateralmente, criar obrigações ou impor restrições aos administrados •é um poder extroverso do Estado •não está presente em todos os atos, como aqueles de reconhecimento de direitos Auto-Executoriedade •atos que podem ser materialmente implementados •pode ser usada a força •não está presente em todos os atos •independe de ordem judicial Tipicidade •para Di Pietro: "o ato administrativo deve corresponder a figuras definidas previamente pela lei" •fundamentado na segurança jurídica Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Curso de Administração Pública (TJAA) – TRE-PE Aula 02 – Processo administrativo Profs. Vinicius Ribeiro e Allan Mendes www.pontodosconcursos.com.br | Profs. Vinicius Ribeiro e Allan Mendes 29 b) O controle judicial dos atos administrativos é de legalidade e mérito. c) A revogação pressupõe um ato administrativo ilegal ou imperfeito. d) Os atos administrativos normativos são leis em sentido formal e) O ato anulável e o ato nulo produzem efeitos, independentemente do trânsito em julgado de sentença constitutiva negativa. Vamos analisar as alternativas: a) Correto. b) Errado. A apreciação do Poder Judiciário recai sobre a legalidade e legitimidade, não sobre o mérito. c) Errado. Revogação se refere à conveniência e oportunidade do ato. d) Errado. Leis em sentido formal só são aquelas aprovadas pelo Poder Legislativo. e) Errado. O ato nulo não produz efeitos (efeito ex tunc). Gabarito: A 36) (CESPE TCU 2015) Conforme a teoria dos motivos determinantes, a validade do ato administrativo vincula-se aos motivos que o determinaram, sendo, portanto, nulo o ato administrativo cujo motivo estiver dissociado da situação de direito ou de fato que determinou ou autorizou a sua realização. Essa é uma teoria defendida pela ilustre jurista Maria Zanella de Pietro, de que toda a vez que um ato administrativo for motivado, mesmo nos casos em que a lei não exija essa motivação, a decisão tomada estará vinculada aos motivos expostos. Assim, um ato de exoneração (não precisa ser motivado) que tenha motivação discriminatória (racismo, por exemplo), gerará a invalidade desse ato. Gabarito: C Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Curso de Administração Pública (TJAA) – TRE-PE Aula 02 – Processo administrativo Profs. Vinicius Ribeiro e Allan Mendes www.pontodosconcursos.com.br | Profs. Vinicius Ribeiro e Allan Mendes 30 Bibliografia Livro/Texto Autor Direito Administrativo Descomplicado Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo Exercícios Trabalhados 1) (CESPE FUB 2015) É obrigatório que os procedimentos administrativos que ocorrem no âmbito dos órgãos da administração direta e indireta dos poderes executivos da União, dos estados, do DF e dos municípios sejam regulados pela Lei Federal n.º 9.784/1999. 2) (CESPE FUB 2015) O princípio da motivação deve nortear a administração pública na prática dos seus atos. Por essa razão, o administrador, com o fim de propiciar segurança, deve adotar, nos processos administrativos, formas e procedimentos complexos, com várias etapas e verificações. 3) (CESPE CGE-PI 2015) O processo administrativo poderá iniciar-se de ofício ou em razão de requerimentodo interessado. 4) (CESPE TCU 2015) É proibido delegar a edição de atos de caráter normativo. 5) (CESPE TCU 2015) Ao delegar a prática de determinado ato administrativo, a autoridade delegante transfere a titularidade para sua prática. 6) (CESPE STJ 2015) Admite-se, em caráter excepcional, a avocação definitiva de competência atribuída a órgão hierarquicamente inferior. 7) (CESPE TRE-PI 2016) No curso de um processo administrativo, poderá ser arguida a suspeição de servidor que a) tiver participado como perito. b) estiver litigando administrativamente com o companheiro do interessado. c) estiver litigando judicialmente com o interessado. d) tiver amizade íntima com o cônjuge do interessado. e) tiver interesse indireto na matéria. Curso de Administração Pública (TJAA) – TRE-PE Aula 02 – Processo administrativo Profs. Vinicius Ribeiro e Allan Mendes www.pontodosconcursos.com.br | Profs. Vinicius Ribeiro e Allan Mendes 31 8) (CESPE STJ 2015) No processo administrativo, após o encerramento da fase de instrução probatória, o poder público tem prazo de trinta dias para tomar a decisão, sendo possível a prorrogação por igual período, desde que devidamente motivada. 9) (CESPE TRE-GO 2015) Durante a realização de escavações para a expansão de obra de metrô, de responsabilidade do governo federal, ocorreu acidente que resultou na abertura de imensa cratera em área residencial e consequente desmoronamento de um edifício com soterramento de veículos. Os particulares prejudicados pretendem formular pedidos de ressarcimento junto à administração pública. Considerando essa situação hipotética e as regras contidas na Lei n.º 9.784/1999, julgue os item que se segue. O prazo para a interposição de recurso administrativo contra eventual decisão denegatória dos pedidos de ressarcimento é de 15 dias, contados a partir da data da intimação do interessado. 10) (CESPE STJ 2015) Em regra, os recursos administrativos, quando interpostos pelos interessados, têm efeito suspensivo. 11) (CESPE Telebras 2015) Salvo disposição legal específica, é de dez dias o prazo para interposição de recurso administrativo, sem previsão legal de prorrogação. 12) (CESPE TCU 2015) Eventuais recursos contra decisão emanada em processo administrativo devem ser dirigidos à autoridade que a tiver proferido, que tem poder para realizar juízo de retratação e reconsiderar a decisão. 13) (CESPE TCE-PR 2016) Acerca do recurso administrativo e tendo como base as disposições da Lei n.º 9.784/1999, assinale a opção correta. a) O recurso não será conhecido quando interposto em órgão incompetente, mas, nesse caso, terá de ser indicada ao recorrente a autoridade competente, sendo-lhe devolvido o prazo para recurso. b) É de trinta dias o prazo para a interposição de recurso administrativo, contado a partir da divulgação da decisão recorrida em diário oficial. Curso de Administração Pública (TJAA) – TRE-PE Aula 02 – Processo administrativo Profs. Vinicius Ribeiro e Allan Mendes www.pontodosconcursos.com.br | Profs. Vinicius Ribeiro e Allan Mendes 32 c) O recurso administrativo terá, como regra geral, efeitos devolutivo e suspensivo. d) Contra as decisões administrativas cabe recurso que verse sobre a legalidade, mas não sobre o mérito administrativo. e) O recurso administrativo tramitará por uma única instância administrativa, devendo ser interposto à autoridade superior àquela que tiver proferido a decisão. 14) (CESPE POLÍCIA CIENTÍFICA-PE 2016) O princípio que está expressamente previsto na lei que regula o processo administrativo no âmbito da administração pública federal (Lei n. 9.784/1999), dispondo que a administração pública deverá obedecê-lo, é o princípio da a) razoabilidade. b) impessoalidade. c) publicidade. d) indisponibilidade. e) precaução. 15) (CESPE PC-PE 2016) Considerando as regras e princípios previstos na Lei n.º 9.784/1999, que regula o processo administrativo no âmbito da administração pública federal, assinale a opção correta em relação ao processo administrativo. a) Em razão do princípio da oficialidade, exigir-se-á o reconhecimento da assinatura do interessado nas suas manifestações por escrito, que somente será dispensado nos casos expressamente previstos no regulamento do órgão responsável pelo julgamento. b) Os atos de processo independem de intimação do interessado, sendo dever do interessado acompanhar o andamento do processo junto à repartição, principalmente nos casos relativos à imposição de sanções ou restrição de direitos, sob pena de revelia. c) Devidamente protocolado o processo administrativo junto ao órgão público competente, o interessado não poderá desistir do pedido formulado, salvo se renunciar expressamente ao direito objeto da solicitação. Curso de Administração Pública (TJAA) – TRE-PE Aula 02 – Processo administrativo Profs. Vinicius Ribeiro e Allan Mendes www.pontodosconcursos.com.br | Profs. Vinicius Ribeiro e Allan Mendes 33 d) O processo administrativo rege-se pelo princípio da inércia: deverá ser impulsionado pela atuação dos interessados, sendo vedada a sua impulsão de ofício pela autoridade julgadora. e) Em caso de risco iminente, a administração pública poderá, motivadamente, adotar providências acauteladoras, mesmo sem a prévia manifestação do interessado. 16) (CESPE TCE-SC 2016) O Tribunal de Contas de determinado estado da Federação, ao analisar as contas prestadas anualmente pelo governador do estado, verificou que empresa de publicidade foi contratada, mediante inexigibilidade de licitação, para divulgar ações do governo. Na campanha publicitária promovida pela empresa contratada, constavam nomes, símbolos e imagens que promoviam a figura do governador, que, em razão destes fatos, foi intimado por Whatsapp para apresentar defesa. Na data de visualização da intimação, a referida autoridade encaminhou resposta, via Whatsapp, declarando-se ciente. Ao final do procedimento, o Tribunal de Contas não acolheu a defesa do governador e julgou irregular a prestação de contas. A partir da situação hipotética apresentada, julgue o item a seguir. É nula a intimação do governador, por ser obrigatório que seja feita por ciência no processo, via telegrama ou por via postal com aviso de recebimento. 17) (CESPE TJ-AM 2016) Conforme a Lei n.º 9.784 /1999, que trata dos atos administrativos, são indelegáveis a) a edição de atos normativos e as matérias de competência exclusiva do órgão. b) a elaboração de ofícios e a avaliação de recursos administrativos. c) a decisão de recursos administrativos e as matérias de competência privativa de autoridade. d) a revisão de atos administrativos e a edição de atos normativos. e) as matérias de competência exclusiva e a publicação de edital. 18) (CESPE TCE-SC 2016) Com base na doutrina e nas normas de direito administrativo, julgue o item que se segue. Curso de Administração Pública (TJAA) – TRE-PE Aula 02 – Processo administrativo Profs. Vinicius Ribeiro e Allan Mendes www.pontodosconcursos.com.br | Profs. Vinicius Ribeiro e Allan Mendes 34 Situação hipotética: Dez anos após a data em que deveria ter ocorrido o primeiro pagamento de vantagem pecuniária a que José fazia jus, ele apresentou requerimento administrativo ao chefe do setor de recursos humanos solicitando o pagamento de tal vantagem. O pedido foi indeferido sob o fundamento de ocorrência da prescrição. José, então, apresentou recurso. Assertiva: Nesse caso, o chefe do setor de recursos humanos tem o prazo de cinco dias parareconsiderar a decisão; caso não o faça, deverá encaminhar o recurso ao seu superior hierárquico. 19) (CESPE TRE-PI 2016) Acerca do processo administrativo no âmbito da administração pública federal, regido pela Lei n.º 9.784/1999, assinale a opção correta. a) As normas da lei em apreço não se aplicam ao Congresso Nacional, ainda que no exercício de função administrativa, em razão de esse órgão do Poder Legislativo não integrar a administração pública. b) O administrado, no processo administrativo, deverá ser assistido por advogado para poder formular alegações e apresentar documentos. c) Os prazos processuais podem ser suspensos, desde que o administrado apresente solicitação fundamentada nesse sentido. d) Nos processos administrativos, deve ser observado o critério de atendimento a fins de interesse geral, sendo possível a renúncia parcial de competências, desde que autorizada por decreto. e) Para os fins da lei em questão, é também considerada órgão aquela unidade integrante da estrutura da administração indireta. 20) (CESPE ANAC 2012) A autoridade ou servidor que não comunicar o seu impedimento no processo administrativo comete falta grave para efeitos disciplinares. 21) (CESPE ANAC 2012) No processo administrativo, o comparecimento do interessado de forma espontânea não supre a falta ou a irregularidade da intimação. 22) (CESPE ANAC 2012) A desistência, ou renúncia, por parte do interessado no processo administrativo, gera automaticamente o arquivamento do processo. Curso de Administração Pública (TJAA) – TRE-PE Aula 02 – Processo administrativo Profs. Vinicius Ribeiro e Allan Mendes www.pontodosconcursos.com.br | Profs. Vinicius Ribeiro e Allan Mendes 35 23) (CESPE ANAC 2012) Em um processo administrativo, são considerados capazes os maiores de dezoito anos, ressalvada previsão especial em ato normativo próprio. 24) (CESPE INPI 2013) A autoridade ou o servidor que tenha amizade íntima ou inimizade notória com algum dos interessados ou com os respectivos cônjuges, companheiros, parentes e afins até o terceiro grau estão impedidos de atuarem no mesmo processo. 25) (CESPE TJDFT 2013) O servidor que estiver litigando judicialmente contra a companheira de um interessado em determinado processo administrativo estará impedido de atuar nesse processo. 26) (CESPE TJDFT 2013) O processo administrativo pode ser iniciado a pedido do interessado, mediante formulação escrita, não sendo admitida solicitação oral. 27) (CESPE INCA 2010) O processo administrativo estabelece uma relação bilateral, de um lado o administrado, que deduz uma pretensão, e de outro a administração, que, quando decide, não age como um terceiro, estranho à controvérsia, mas como parte. 28) (CESPE INCA 2010) O processo administrativo pode ser instaurado de ofício, por iniciativa da administração, ou a pedido do interessado. Caso instaurado a pedido deste, será vedado à administração impulsionar e instruir o processo, em atenção ao princípio da oficialidade. 29) (CESPE INCA 2010) Aos processos administrativos disciplinares instaurados para apurar infração disciplinar praticada por servidor público civil da União serão aplicadas, de forma subsidiária, as normas insertas na Lei n.º 9.784/1999 (lei que regula o processo administrativo no âmbito da administração pública federal). 30) (CESPE CNJ 2013) É defeso à administração recusar imotivadamente o recebimento de documentos. Nesse caso, o servidor deverá orientar o interessado quanto ao suprimento de eventuais falhas. 31) (CESPE ANAC 2012) Ao recurso administrativo poderá ser conferido efeito suspensivo pela autoridade recorrida quando houver justo receio de prejuízo de Curso de Administração Pública (TJAA) – TRE-PE Aula 02 – Processo administrativo Profs. Vinicius Ribeiro e Allan Mendes www.pontodosconcursos.com.br | Profs. Vinicius Ribeiro e Allan Mendes 36 difícil ou incerta reparação decorrente da execução de decisão administrativa proferida em processo administrativo. 32) (CESPE TRT - 8ª Região 2016) Acerca dos atos administrativos e do processo administrativo, assinale a opção correta conforme a Lei n.º 9.784/1999. a) O direito da administração de anular os seus próprios atos decai em cinco anos, ainda que constatada a má-fé do destinatário do ato. b) A convalidação dos atos administrativos que apresentem defeitos sanáveis pode ser feita pela administração, desde que esses atos não acarretem lesão ao interesse público ou prejuízo a terceiros. c) O ato de exoneração do servidor público ocupante de cargo em comissão e os atos administrativos que decidam recursos administrativos dispensam motivação. d) A competência para a edição de atos normativos poderá ser delegada. e) A revogação do ato administrativo ocorre nas hipóteses de ilegalidade, devendo retroagir com efeitos ex tunc para desconstituir as relações jurídicas criadas com base no ato revogado. 33) (CESPE PC-PE 2016) Acerca dos atos do poder público, assinale a opção correta. a) A convalidação implica o refazimento de ato, de modo válido. Em se tratando de atos nulos, os efeitos da convalidação serão retroativos; para atos anuláveis ou inexistentes tais efeitos não poderão retroagir. b) A teoria dos motivos determinantes não se aplica aos atos vinculados, mesmo que o gestor tenha adotado como fundamento um fato inexistente. c) Atos complexos resultam da manifestação de um único órgão colegiado, em que a vontade de seus membros é heterogênea. Nesse caso, não há identidade de conteúdo nem de fins. d) Atos gerais de caráter normativo não são passíveis de revogação, eles podem ser somente anulados. Curso de Administração Pública (TJAA) – TRE-PE Aula 02 – Processo administrativo Profs. Vinicius Ribeiro e Allan Mendes www.pontodosconcursos.com.br | Profs. Vinicius Ribeiro e Allan Mendes 37 e) Atos compostos resultam da manifestação de dois ou mais órgãos, quando a vontade de um é instrumental em relação à do outro. Nesse caso, praticam-se dois atos: um principal e outro acessório. 34) (CESPE PC-PE 2016) O ato administrativo é uma espécie de ato jurídico de direito público, ou seja, suas características distinguem-no do ato jurídico de direito privado. Os atributos do ato administrativo — ato jurídico de direito público — incluem a a) legalidade, a publicidade e a imperatividade. b) presunção de legitimidade, a imperatividade e a autoexecutoriedade. c) imperatividade, o motivo, a finalidade e a autoexecutoriedade. d) eficiência, a presunção de legitimidade e a continuidade. e) proporcionalidade, a motivação e a moralidade. 35) (CESPE PC-PE 2016) Ainda a respeito dos atos administrativos, assinale a opção correta. a) A convalidação é o suprimento da invalidade de um ato com efeitos retroativos. b) O controle judicial dos atos administrativos é de legalidade e mérito. c) A revogação pressupõe um ato administrativo ilegal ou imperfeito. d) Os atos administrativos normativos são leis em sentido formal e) O ato anulável e o ato nulo produzem efeitos, independentemente do trânsito em julgado de sentença constitutiva negativa. 36) (CESPE TCU 2015) Conforme a teoria dos motivos determinantes, a validade do ato administrativo vincula-se aos motivos que o determinaram, sendo, portanto, nulo o ato administrativo cujo motivo estiver dissociado da situação de direito ou de fato que determinou ou autorizou a sua realização. Curso de Administração Pública (TJAA) – TRE-PE Aula 02 – Processo administrativo Profs. Vinicius Ribeiro e Allan Mendes www.pontodosconcursos.com.br| Profs. Vinicius Ribeiro e Allan Mendes 38 Gabarito: 1) E 2) E 3) C 4) C 5) E 6) E 7) D 8) C 9) E 10) E 11) C 12) C 13) A 14) A 15) E 16) E 17) A 18) C 19) E 20) C 21) E 22) E 23) C 24) E 25) C 26) E 27) C 28) E 29) C 30) C 31) C 32) B 33) E 34) B 35) A 36) C Abração e bons estudos!!!
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