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Uel-CTU Depto de Estruturas Concreto Estrutural I Prof. Roberto Buchaim 12/09/2012 pag. 1 Exemplo de determinação da máxima carga de cálculo de uma viga contínua Dados: ��� = 30 � , ��� = �,����� �� = 18,21 � , aço CA-50 ��� = ��� �� = 435 � Seção transversal: �; ℎ; ; ! = 250; 850; 784; 66 $$ Armadura: %&,'ã) = %&* = 1448 $$+ Tipo de carga e geometria da viga contínua: Figura 1 Solução: (a) Determinação do momento resistente de cálculo para flexão simples, com armadura simples Para a taxa mecânica ,� = � � = -���. /���.0 = 11�×13� +��×4�1× �,+ = 0,1763 < 0,8 × 0,45 = 0,36, a seção é dúctil. O momento resistente vale: 6� = ,�71 − 0,5,�9 = 0,1608, e, portanto, �� = 6�� +��� = 0,1608 × 250 × 784 + × 18,21 × 10:; = 450 <=$. Este momento do Estádio III no diagrama momento-curvatura, na situação de cálculo, é constante, como mostra a Figura 2. Figura 2: Momento-curvatura para as resistências de cálculo ��� e ��� (b) Cálculo da carga para a formação da 1ª. rótula plástica Na viga contínua da Figura 1, a 1ª. rótula plástica se forma no apoio B, pois aí se localiza o máximo momento da distribuição elástica, o qual vale ��� = >.�0? @ � , enquanto o máximo % A % B = 10 $ B = 10 $ C� = D�C� ��7<=$9 7 1 E 9 $: 450 F = GHíJGK K LMJK $LHNK O�� = 2,07/1000 Q = L�KE$ çãK BG$GNL NGHSG O�T = 3,5 1000 KU O&,?VW = 80/1000 Uel-CTU Depto de Estruturas Concreto Estrutural I Prof. Roberto Buchaim 12/09/2012 pag. 1 momento solicitante no vão é menor que este valor e igual a $ X��,'ã) = Y>.�0? @ +� = Z 0@[ 0 [ >.�0? @ � = 0,5625 × 450 = 253,1 <=$. Note-se que no vão o momento resistente é maior que este valor e igual a 450 <=$. Portanto, não foi ainda atingido. Como em B �� = ��� = 450 <=$, esta carga vale C�� = �×1�� �@ = 36 <=/$. Nesta etapa forma-se uma rótula plástica em B (ponto Y da Figura 2), que passa a ter rotação plástica, sem que o momento nela se altere, para aumento do carregamento. (c) Cálculo do acréscimo de carga até a formação da segunda rótula plástica A partir desta etapa, dá-se um acréscimo ∆C� na carga para que seja atingido no vão o momento de plastificação, que no exemplo é também igual a �� = ��� = 450 <=$, pois a seção e a armadura são iguais às do apoio. Como o momento em B não mais se altera, a viga se comporta como isostática para o acréscimo de carga ∆C�, com um par de momentos conhecidos aplicados em B. Figura 3: Cálculo da carga que leva à formação da rótula plástica no vão A reação em A é ^- = 5C��+ − _.� � = 5C��+ − 45, e o ponto onde o cortante é nulo decorre de ^- − C��+X̅ = 0, ou X̅ = 5 − 1� >.�@ . Usando esta abscissa, calcula-se o máximo momento no vão, conhecido e dado por 450 = 75C��+ − 459X̅ − C��+ a̅@ + . Como são duas incógnitas, 7X̅, C��+9, insere-se X̅ nesta equação e resolve-se por tentativas, obtendo-se C��+ = 52,456 <=/$, e, portanto, X̅ = 4,142 $. Logo, a partir da formação da 1ª. rótula (em B), foi possível aumentar a carga em ∆C� = C��+ − C�� = 52,46 − 36 = 16,46 <=/$. Este acréscimo de carga constitui a redistribuição dos B = 10 $ B = 10 $ C��+ % A % ��� = 450 <=$ X % A ��� = 450 <=$ ��� = 450 <=$ % X̅ Rótula sem momento Rótula com momento Uel-CTU Depto de Estruturas Concreto Estrutural I Prof. Roberto Buchaim 12/09/2012 pag. 1 esforços solicitantes, típico apenas das estruturas hiperestáticas. Com isto, chega-se a um estágio em que não é mais possível nenhum acréscimo de carga na viga contínua, pois nos dois vãos há três rótulas em cada qual, formando um mecanismo. Ou seja, a estrutura transformou-se em hipostática. Assim, a máxima carga a que a viga resiste é C��+ = 52,456 <=/$, e em valor característico, C��� = �+,1�; ,1 = 37,47 ≅ 37,5 �n W . Nas Figuras 4 e 5, confere-se os resultados pelo Ftool. A redistribuição de momentos fletores é feita com referência à solução elástica, através do coeficiente o = _.,pq.r�sprtuí.v _.,qwá�sr�r.y.q wrzqyp = 1�� �+,1�;× �@/� = 1�� ;��,4 = 0,69. Isto quer dizer que 31% do momento elástico em B foi redistribuído para o vão, aumentando-o de Y +� 52,456 × 10+ = 368,8 <=$ para 450 <=$, com uma alteração na posição de cortante nulo, na elástica igual a 0,375B e na atual 0,4142B. Na verdade, é preciso controlar a rotação plástica na rótula B, que gira desde a sua formação até o início da formação da segunda rótula plástica (no vão), para que não seja ultrapassada em B nenhuma deformação limite, seja a do concreto, seja a da armadura. Isto será visto em outra parte do curso. Como sugestão, o leitor pode repetir este exercício, escolhendo, por exemplo, %&* = 1,5%&,'ã) = 1,5 × 1448 = 2172 $$ + . Figura 4: Momentos fletores de cálculo �� X̅=4,142 m Uel-CTU Depto de Estruturas Concreto Estrutural I Prof. Roberto Buchaim 12/09/2012 pag. 1 Figura 5: Diagrama de força cortante }� e reações de apoio ^� Finalmente, note-se que: (1) Houve redistribuição também na força cortante e nas reações de apoio, que na solução elástica seria, p.ex., ^-,~?&V�V��~ ?V~ = 0,375C��+B = 196,7 <= e na atual ^-,~�V&V/Tí�) = 0,4142C��+B = 217,3 <=. (2) Se houvesse no apoio B um recalque diferencial em relação aos apoios A, o seu efeito praticamente desapareceria na formação do mecanismo, quando a estrutura transforma- se em isostática, e em seguida hipostática, perdendo sua rigidez. X̅=4,142 m
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