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A culpabilidade e seus elementos
As palavras “culpa” e “culpado” têm sentido léxico e comum de indicar que uma pessoa é responsável por uma falta ou transgressão, ou seja, por ter praticado ato condenável.
Somos “culpados” de nossas ações, de termos causado um dano, uma lesão, etc.
Esse resultado lesivo, entretanto, só pode ser atribuído a quem lhe deu causa, se essa pessoa pudesse ter procedido de outra forma, se pudesse, com seu comportamento, ter evitado a lesão.
A culpabilidade é, assim, a reprovação da conduta típica e antijurídica.
 Elementos da Culpabilidade
Para que se possa dizer que uma conduta é reprovável, ou seja, que há culpabilidade, é necessário que o autor da ação tivesse podido agir de acordo com o direito. 
É indispensável, para o juízo de reprovação, que o sujeito passe a conhecer, mediante algum esforço de consciência, a antijuridicidade da sua conduta. 
É imprescindível apurar se o sujeito poderia estruturar, em lugar da vontade antijurídica da ação praticada, outra conforme o direito, ou seja, se conhecia a ilicitude do fato ou se podia reconhecê-la. 
Só assim há falta ao dever imposto pelo ordenamento jurídico. Essa condição intelectual é chamada possibilidade de conhecimento da antijuridicidade do fato (ou da ilicitude do fato).
 Exclusão da Culpabilidade
Foi visto que a lei prevê a inexistência de crime quando ocorre uma causa que exclui a antijuridicidade. Existente a antijuridicidade do fato típico, ocorre crime. 
É necessário, porém, para se impor pena, que se verifique se há culpabilidade, ou seja, se existem os elementos que compõem a reprovação da conduta. Inexistente um deles, não há culpabilidade, condição indeclinável para a imposição da pena.
A lei prevê as causas que excluem a culpabilidade pela ausência de um dos seus elementos.
Em primeiro lugar, existem os casos de inimputabilidade de sujeito:
d) Doença mental, desenvolvimento mental incompleto e desenvolvimento mental retardado (art.26).
e) Desenvolvimento mental incompleto por presunção legal, do menor de 18 anos.
f) Embriaguez fortuita completa (art. 28, § 1°).
Há ausência de culpabilidade também pela inexistência da possibilidade de conhecimento do ilícito nas seguintes hipóteses:
c) Erro inevitável sobre a ilicitude do fato (art.21).
d) Erro inevitável a respeito do fato que configuraria uma descriminante – descriminantes putativas (art. 20, § 1º).
e) Obediência à ordem, não manifestada ilegal, de superior hierárquico (art. 22, segunda parte).
Por fim, exclui-se a culpabilidade pela inexigibilidade de conduta diversa na coação moral irresistível (art. 22, primeira parte).

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