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Fichamento: Ordem e Linguagem

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL - UFFS 
Faculdade de Arquitetura e Urbanismo 
História da Arquitetura e do Urbanismo: Da Antiguidade ao Revivalismo 
Docente: Natália B. Pereira 
Discente: Karolyne Viebrantz 
 
FICHAMENTO – ORDEM E LINGUAGUEM 
 O CONCEITO DE ORDEM: 
 A contribuição inicial da arquitetura grega é a delimitação de seu território próprio, vai permitir 
compreender a arquitetura bem como as outras artes, quase como se fosse uma ciência e com regras 
objetivas, denominadas ordens. A diferença entre Ordem e Ordens se dá pela construção arquitetônica, 
seguindo a sequência de ordem dórica, ordem jônica, e assim por diante. 
 A ordem regula o processo da arquitetura, selecionando pouco a pouco os resultados e as melhores 
soluções, com uma margem de liberdade para adaptar-se particularmente a cada caso. As ordens são 
regras ideais capazes de desenvolver as melhores soluções para resolução, com uma linguagem, seguindo 
um ponto de referência. 
 O templo clássico entende-se como articulação de um conjunto racional de duas famílias construtivas: a 
vertical – com paredes e pilares sobre uma plataforma; e a horizontal – entablamento ou teto do recinto. 
Através das ordens é organizada a sucessão de diversas partes da estrutura e cobertura, seguindo 
diferentes modelos que acompanham a transposição da madeira à pedra, que é reconhecido em diversos 
elementos arquitetônicos. A partir de então, entra-se numa corrente de predominância de classificação 
formal das ordens, destacando-se a ordem direcional e a ordem adirecional. 
 As ordens determinam modelos formais para a sucessão das diversas partes do suporte e da cobertura. 
O sintagma dórico será a maneira particular de se articular a plataforma na ordem dórica, com o 
embasamento, a coluna, o capitel, o entablamento e o frontão, com os planos verticais e as articulações 
volumétricas. 
 Na coluna clássica, a altura está relacionada com o diâmetro e ambos, com as medidas do homem ideal, 
de modo que, destacando este mesmo caráter e inclusive simbolizando o componente antropológico 
clássico, tendo uma razão para a substituição do fuste por uma figura humana, atlante se é masculina, 
cariátide se for feminino, estabelecendo um diálogo entre a coluna e o pórtico. 
 As estruturas iniciais são transformadas com o passar do tempo. A ordem deixa de ser somente 
instrumento de controle, e passar a ser indispensável como linguagem. Torna-se um ponto de referência de 
sua capacidade de controle e a converter em mero instrumento de comunicação. 
 Com um dualismo entre estruturas e repertórios decorativos leva a uma relativa independência entre 
ambos e abre uma nova série de relações entre colunas, pilastras e arquitraves e os ambientes 
abobadados. No decorrer do tempo, surgem as mais variadas e férteis experiências. Pouco a pouco sua 
sofisticação se manifesta e apresenta uma evolução excepcional de possibilidades de utilização da 
linguagem clássica e de sua transformação por razões tanto formais quanto construtivas.

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