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Aula 2 - Maquiavél

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Os Clássicos da Política. vol 1 - - Maquiavel. (Capítulo 2)
Natureza Humana e História: 
* Maquiavél percebe que os homens possuem traços imutáveis “ingratos, volúveis, simuladores, 
covardes ante os perigos 
Anarquia x Principado e Republica
* dominadores x dominados - o grupo dominado nega a força do grupo dominante
* Maquiavel pensa que quando a nação se encontra em fase de deterioração é necessário um principe 
(não um ditador, mas um agente fundador do estado.. um agente de transição) que mantenha o poder 
até que o equilibrio se instaure e a nação esteja preparada para a Republica (fase que ele chama de 
liberdade, onde existe instabilidade e relações sociais dinamicas). Os conflitos, nessa fase, são sinal 
de uma cidadania ativa e não de incompetencia da força no poder em questão e por isso, o conlito é 
desejável, pois desencadeia numa mudança/melhoria social. 
* considerações sobre a fortuna: maquiavel acredita que a fortuna venha através do virtù (bravura, 
coragem e que demonstram ter virtù). além de comparar a fortuna com uma mulher - que busca 
sempre ser dominada e seduzida por aquele que possui o maior virtù, ele declama sobre a 
incapacidade do homem de manter sua fortuna, partindo do princípio que o homem tem dificuldade de 
se adaptar, principalmente uma vez que ele sucede tendo cautela e paciencia. 
* Maquiavel afirma que sem virtù, sem boas leis - geradoras de boas instituições e sem boas armas, 
um poder rival poderá impor-se. 
A força explicaria o fundamento/origem do poder, mas a quantidade de virtù é a chave para o sucesso 
de um governo. (manutenção da conquista). 
A maior qualidade exigida de um principe que deseja manter-se no poder é a capacidade de agir 
conforme as circunstâncias, no entanto o principe deve sempre aparentar possuir as qualidades 
admiradas por aqueles que governa. 
“os fins justificam os meios”, em suma. 
MAQUIAVEL - AULA 1
1) Preocupação com o estado real, capaz de impor a ordem que é construída pelos homens (via o 
exercício do poder) para evitar o caos/barbárie.
2) A estabilidade, uma vez alcançada, não será definitiva, pois não há meios absolutos de domesticar 
a natureza humana. 
3) Para construir essa ordem é preciso emancipar a política da moral cristã (antropocentrismo substitui 
o teocentrismo). Ela é regida por mecanismos distintos da vida privada (maleabilidade do conceito de 
bom). 
4) Há duas respostas possíveis à anarquia decorrente do conflito de grupos: 
 I) Principado - quando o território encontra-se ameaçado de deterioração é preciso criar e armar 
com instrumentos de poder para evitar as forças desagregadoras.
 II) Republica - Quando o principado cumpriu sua missão regeneradora, o povo é virtuoso, as 
instituições são estáveis e o conflito é fonte de vigor. 
5) Como conservar o poder? Não há receita, mas nada melhor do que o planejamento das ações. O 
príncipe precisa de virtù para se manter no poder. 
 Características da virtù: 
 I) Ter claro que quanto menos se confia na fortuna, mais tempo se mantém no poder;
 II) Agir de acordo com as circunstâncias;
 III) Evitar o ódio e desdém do povo;
 IV) Aparentar ter as qualidades valorizadas pelos governados; 
 V) Ter sólidos alicerces, boas leis e bons exércitos (um não existe sem o outro). 
 VI) Fazer com que o valor do antigo príncipe desapareça.
 VII) Não alterar as leis a todo momento ou impostos. 
 VIII) Criar boas - e sólidas - instituições. 
MAQUIAVEL - AULA 2
6) Flexibilidade moral para evitar a perda do poder. O apego a ética cristã pode levar a perda de foco 
da política e ao abalo das estruturas estatais. 
vulgo: “os fins justificam os meios”.
7) A maldade não impede a criação de boas instituições; apesar da natureza humana não ser 
controlável o tempo inteiro, a instituição serve para controlar as situações de desordem.
8) Perspectivas realistas.
9) A reflexão política precisa partir de desejos opostos.
10) Virtù é a maior virtude do príncipe. 
11) As instituições podem sofrer corrupção. A república pode ruir. Nada é perfeito, depende da gestão. 
12) As instituições necessitam de reforma e zelo para evitar a decadência da república.

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