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Teoria do Estado
M a q u i a v e l
Os fins justificam os meios
Inaugura a Ciência Política e o Realismo Político.
PONTO DE RUPTURA
Ruptura com a filosofia política antiga: o filósofo
questiona filósofos da tradição que pensavam a política
não a partir da sua realidade concreta, palpável,
observável, mas a partir de idealizações: imaginando
repúblicas e principados que em nada correspondem à
realidade efetiva das coisas;
Combate a ideia de uma ordem natural e eterna.
PROBLEMAS CENTRAIS
Como fazer reinar a ordem?
Como instaurar um Estado estável?
MÉTODO
Propõe que se parta da realidade, dos dados concretos
para, a partir deles, projetar os posteriores passos;
Ele escreveu O Príncipe através do viés racional e
empírico. Analisando a realidade como ela é e não como
se gostaria que ela fosse. Substituindo o DEVER SER
pelo SER;
Realidade efetiva das coisas
ORDEM
Não é eterna, nem natural, nem manifestação de uma
vontade extraterrena e não resulta do acaso;
Ela deve ser construída pelos homens para evitar caos e
barbárie;
Não é definitiva, sempre correndo o risco de ser desfeita;
POLÍTICA E ÉTICA
“Política pela política”
A política tem uma ética e uma lógica próprias;
A política é resultante de feixes de forças, proveniente das
ações concretas dos homens em sociedade, ainda que
nem todas as suas facetas venham do reino da
racionalidade e sejam de imediato reconhecíveis;
Pensa uma política muito mais autônoma, desprendida
de valores éticos, morais e religiosos para dar liberdade
ao Príncipe (governante) para agir de acordo com as
necessidades do governo, mesmo que a sua ação custe
dissabores aos governados;
O filósofo não associa, de forma necessária, política e
ética, mostrando que pode-se governar bem a uma
cidade mesmo rompendo, quando necessário,com os
parâmetros éticos;
A ação política deve ser analisada a partir da sua efetiva
eficácia e não do quanto ela se adequa aos valores
sociais vigentes;
Percebe o transitório e circunstancial em determinada
ordem;
O espaço da política é regido por mecanismos distintos
dos que norteiam a vida privada.
VIRTÚ x FORTUNA
Contra a crença na predestinação humana (dogma
religioso);
Fortuna: honra, riqueza,glória e poder= não
relaciona-se a predestinação, mas sim à ocasião dada
pelas coisas.
Virtú: virilidade, coragem, sabedoria= capacidade de
decidir diante de determinada situação, cuja
necessidade deve-se a fortuna. Não são valores cristãos,
mas sabedoria no uso da força.
A virtú conquista a fortuna.
MORAL
O homem não se relaciona por laços morais,mas por
interesse.
PODER
O poder político tem origem mundana e a única
possibilidade de se enfrentar conflitos;
Fala do poder que todos sentem mas não conhecem;
O poder se funda na força, mas é necessário virtú para
semanterno poder, pois não há garantia que o domínio
permaneça;
O poder do governante associa-se à ideia da incerteza e
da contingência e de que nada é estável.
HISTÓRIA E NATUREZA HUMANA
Ao buscar na história antiga e na sua prática, percebe
que os homens possuem traços humanos imutáveis
como: ingratidão, volúpia, simulação, covardia, avidez
por lucro;
Esses atributos da natureza humana levam ao conflito e
à anarquia;
A permanência desses instintos humanos em todas as
épocas e sociedades transformam a história numa
privilegiada fonte de ensinamentos;
A História é um desfile de fatos dos quais se deve extrair
as causas e os meios utilizados para enfrentar o caos
resultante da expressão da natureza humana;
A história é cíclica, pois não há meios absolutos de
domesticar a natureza humana;
A ordem sucede à desordem que clama por uma nova
ordem;
O que varia são os tempos de duração das formas de
convívio entre os homens.
ANARQUIA x PRINCIPADO E REPÚBLICA
Há duas presenças opostas na sociedade: a que quer
dominar e a que não quer ser dominada;
Problema político principal: encontrar mecanismos que
imponham a estabilidade das relações, que sustentem
uma correlação de forças;
Há 2 respostas à anarquia: o Principado e a República,
e sua escola depende da situação concreta;
Principado: quando a nação encontra-se ameaçada de
deterioração, quando a corrupção alastrou-se é
necessário um governo forte que iniba a vitalidade das
forças desagregadoras e centrífugas. O príncipe não é
um ditador, mas um fundador do Estado, um agente de
transição numa fase em que a nação acha-se ameaçada
de decomposição.
República: quando a sociedade já encontrou formas de
equilíbrio, o poder político já cumpriu sua função
regeneradora e educadora. Aqui o povo é virtuoso, as
instituições são estáveis e contemplam a dinâmica das
relações sociais. Nesse caso, os conflitos são fonte de
vigor, sinal de cidadania ativa.
Na Itália era necessário o surgimento de um homem
virtuoso para fundar um Estado,ou seja, um principado.
QUALIDADES DE UM PRINCÍPE
O governante não é, necessariamente, o mais forte, mas
o que demonstra mais virtú;
Os ditames da moralidade convencional podem ser a
ruína de um príncipe;
Há vícios que são virtudes;
O príncipe deve-se guiar pela necessidade e não pela
moral;
Deve aprender os meios de não ser bom e usá-los
conforme a necessidade;
Deve ter a sabedoria de agir conforme as circunstâncias,
aparentando possuir as qualidades valorizadas pelos
governados;
O jogo entre aparência e essência sobrepõe-se à
distinção tradicional entre virtudes e vícios;
A virtú política também exige os vícios e o
reenquadramento da força (agir como homem e
animal).
Príncipe virtuoso: cria mecanismos que facilitam o
domínio- boas leis, boas instituições, boas armas;
Quer como homem, quer como leão (para amedrontar
os lobos), quer como raposa (para conhecer os lobos), o
que conta é o “triunfo das dificuldades e a manutenção
do Estado”.
PRINCIPADO HEREDITÁRIO x PRINCIPADO
NOVO
É necessário ainda mais virtú nos domínios recém
adquiridos do que naqueles acostumados há longo
tempo com o governo do príncipe e sua família;
Nem mesmo o principado hereditário é seguro;
Não há garantias de que o poder permaneça – essa
máxima de Maquiavel vale para todas as formas de
organização do poder
Sem virtú, sem boas leis, geradoras de boas instituições,
e sem boas armas, um poder rival poderá impor-se.
“Minha missão é falar sobre o Estado”
“O mundo da política não leva ao céu, mas sua ausência
é o pior dos infernos”
“Em política, os aliados de hoje são os inimigos de
amanhã"
“Os homens são maus por natureza. E dão preferência
aos seus interesses, portanto, justifica a presença do
Estado na sociedade para proteger o cidadão e sua
propriedade"
“Parece-me muito mais seguro ser temido do que
amado se só puder ser uma delas”

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