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Aula 02 Pacto Andino e Mercosul

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CURSOS ONLINE – COMÉRCIO INTERNACIONAL - PROF. RODRIGO LUZ 
www.pontodosconcursos.com.br 1
AULA 2: PACTO ANDINO 
 
Oi, pessoal, 
 
Pacto Andino 
O Pacto Andino também é chamado Comunidade Andina. 
Quando estudamos a ALADI na aula anterior, vimos que o Tratado de 
Montevidéu permitiu a criação de “panelinhas” dentro do bloco. As “panelinhas” 
são, como vimos, os acordos de alcance parcial. 
Desta forma, todos os benefícios e vantagens concedidos dentro de uma 
”panelinha” não precisariam ser estendida para os demais países do bloco. 
Pôxa, mas a “panelinha” não pode atrapalhar o processo de integração da 
ALADI? Pode. Mas a outra alternativa é ser rígido demais, obrigando que toda 
concessão feita a um país seja estendida aos demais países do bloco. A 
ALALC era assim e, por isso, fracassou. Os países reconheceram que seria 
mais fácil começar a integração “comendo pelas beiradas” do que tentar 
arrancar a integração a fórceps. E, por isso as panelinhas são permitidas. A 
única coisa que ficou decidida na ALADI é que essas “panelinhas” não 
poderiam ser blocos fechados. Pelo Princípio da Convergência, consagrado no 
Tratado de Montevidéu, esses acordos de alcance parcial tenderiam a, no 
futuro, crescer e crescer e crescer incluindo os outros membros da ALADI. 
Assim, a integração começaria com alguns países, mas as “panelinhas” iriam 
crescendo até que se atingisse o total dos países da ALADI. 
O Pacto Andino é uma das “panelinhas” da ALADI. A outra é o Mercosul. 
Foi criado em 1969 pelo Acordo de Cartagena e atingiu o estágio de área de 
livre comércio em 1993. 
Sempre que pensamos na Cordilheira dos Andes, pensamos obviamente no 
Chile. Mas, no Pacto Andino, o Chile não está presente. Os países membros 
são: Bolívia, Colômbia, Equador, Venezuela e Peru. 
Hoje está na forma de união aduaneira, mas o Peru ainda não usa a TEC – 
Tarifa Externa Comum. 
A união aduaneira entre os cinco países tinha previsão de estar concluída em 
10 de maio de 2005. Mas, somente em 15 de julho de 2005, os países 
decidiram aumentar o prazo e a situação será decidida em 2 de dezembro 
deste ano. 
Os países tinham a intenção de, neste ano de 2005, chegar ao mercado 
comum. Isto pode ser confirmado no site oficial do bloco: 
www.comunidadandina.org (“d” mudo), que ainda está desatualizado, pois, se 
não chegaram nem à união aduaneira, é claro que não vão chegar ao mercado 
comum. 
O estudo do Pacto Andino é bom por outra particularidade: podemos ver que a 
ESAF reconheceu, em 2002, que o Bruno Ratti estava desatualizado e parou 
de usá-lo como fonte de questões sobre blocos comerciais. Veja a questão 
seguinte: 
 
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(AFRF/2002-2) O Mercado Comum do Sul e a Comunidade Andina (CAN) 
estão negociando a formação de uma área de livre comércio entre os 
blocos sub-regionais. 
Se comparada ao Mercosul, é correto afirmar sobre a Comunidade Andina 
que: 
a) Possui objetivos diferentes, alcançou nível de integração comercial mais 
profundo e seu arcabouço institucional é mais avançado. 
b) Possui objetivos diferentes, alcançou nível de integração comercial menos 
profundo e seu arcabouço institucional é menos avançado. 
c) Seus objetivos, o nível de integração comercial alcançado e seu arcabouço 
institucional são semelhantes. 
d) Possui objetivos semelhantes, alcançou o mesmo nível de integração 
econômica e possui arcabouço institucional mais avançado. 
e) Possui objetivos semelhantes, alcançou nível de integração econômica mais 
profundo e possui arcabouço institucional mais avançado. 
 
Resp.: Letra D. 
A Comunidade Andina tem o mesmo objetivo que o Mercosul: mercado 
comum. 
Estão ambos no mesmo nível de integração: união aduaneira. 
E a Comunidade Andina possui arcabouço institucional mais avançado. Basta 
ver a relação de órgãos na estrutura: 1) Conselho Presidencial Andino, 2) 
Conselho Andino de Ministros de Relações Exteriores, 3) Comissão, 4) 
Secretaria Geral, 5) Tribunal de Justiça Andino, 6) Parlamento Andino, 7) 
Convênios, 8) Corporação Andina de Fomento, 9) Fundo Latino-Americano de 
Reservas, 10) Conselho Consultivo Trabalhista, 11) Conselho Consultivo 
Empresarial e 12) Universidade Andina Simón Bolivar. 
O Mersosul possui apenas 7 órgãos como veremos a seguir. 
O Bruno Ratti cita, à página 482, que a Comissão e a Junta são os órgãos 
principais. Na verdade, foram. A Junta nem existe mais como podemos ver na 
lista acima. 
A partir de 2002, portanto, a ESAF deixou de usar exclusivamente o Bruno 
Ratti como referência e as questões passaram a ser tiradas também de outros 
livros. 
 
(AFRF/2003) Sobre a Comunidade Andina (CAN), é correto afirmar que: 
a) Foi criada no âmbito da Associação Latino-Americana de Livre Comércio 
(ALALC), estando, no presente, integrada por Bolívia, Chile, Equador, Peru, 
Colômbia e Venezuela. 
b) Conforma uma união aduaneira, uma vez que teve sua tarifa externa comum 
implementada em todos os países-membros a partir de 1995. 
c) Contempla o livre comércio para bens e serviços entre todos os países-
membros, estando a Colômbia temporariamente suspensa em razão do conflito 
interno que atravessa. 
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d) Instaurou, desde 1993, uma área de livre comércio para bens da qual 
participam todos os países-membros, exceto o Peru que a ela está se 
incorporando gradualmente. 
e) Conforma um mercado comum, na medida em que foram abolidas as 
restrições ao comércio de bens e de serviços e à movimentação dos fatores de 
produção. 
 
Resp.: Letra D. 
A letra A é falsa, pois o Chile não pertence ao bloco. 
A letra B é falsa, pois a TEC ainda não inclui o Peru. 
A letra C é falsa. Colômbia não está nem esteve suspensa. 
A letra E é falsa, pois o Pacto é só uma união aduaneira. 
 
NAFTA – North American Free Trade Area 
 
O site oficial do bloco é www.nafta.org. 
O NAFTA é um aprofundamento da integração da América do Norte. 
Inicialmente, EUA e Canadá fizeram um acordo de livre comércio (1988). 
Posteriormente, em 1990, lembrando que precisavam de mão-de-obra barata, 
chamaram o México para fazer parte do acordo. 
Em 1992, o México passa a fazer parte do acordo que ganha o nome de 
NAFTA. 
Mas só em 1994 entrou em vigor, sendo que o objetivo é estar configurada a 
área de livre comércio em 01/01/2009. 
O que é mais interessante no NAFTA é que só querem a área de livre 
comércio, não querendo (os EUA e o Canadá) que a mão-de-obra mexicana 
entre livremente no país. Por isso, não tencionam o mercado comum. 
Como vimos, no mercado comum há livre movimentação de mão-de-obra e de 
capital. Quanto à mão-de-obra, nã-nã-ni-nã-não. Mas em relação ao capital, os 
EUA e o Canadá quiseram que circulasse livremente. São espertos: a mão-de-
obra mexicana não tem livre circulação, mas os capitais norte-americano e 
canadense têm. 
Hoje não há mais banco de capital mexicano. Foi tudo comprado pelos norte-
americanos. 
 
(ACE/97) O NAFTA representa o que é considerado como um dos 
modelos mais bem sucedidos de liberalização comercial, sem desvio de 
comércio, em nível regional. A respeito do NAFTA, podem-se fazer as 
seguintes afirmações, exceto: 
a) Teve como principal antecedente o Tratado de Livre Comércio entre EUA e 
Canadá, de 1988. 
b) O NAFTA, como uma área de livre comércio, tem como meta maior a 
eliminação de barreiras tarifárias. 
c) Os entendimentos entre EUA e México iniciaram-se em 1990. 
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d) O NAFTA promove a harmonização de legislações nacionais. 
e) O acordo foi concluído durante a administração Clinton, em 1993. 
 
Resp.: A Letra B é a única incorreta. 
Vamos ver as letras B e D. 
Na letra B, há duas leituras. O que a ESAF quis dizer com “o NAFTA,como 
uma área de livre comércio”? 
Nas duas leituras, vemos que há erro na resposta. 
Em primeiro lugar, se a ESAF estiver dizendo “o NAFTA É uma área de livre 
comércio” já está errado, pois o NAFTA PRETENDE SER uma área de livre 
comércio. 
Em segundo lugar, se a ESAF estiver dizendo “o NAFTA, quando for uma área 
de livre comércio, tem como meta maior a eliminação de barreiras tarifárias”, 
também estará errado porque quando for uma área de livre comércio não terá 
como meta a eliminação das barreiras, pois estas já terão sido eliminadas, 
senão nem seria uma área de livre comércio. 
A letra D eu comento só para reafirmar: hamonização de política econômica só 
na União Econômica e o NAFTA só quer chegar ao estágio de área de livre 
comércio. Mas a letra D não está falando de harmonização de política 
econômica, está dizendo simplesmente harmonização de políticas e ponto final. 
Por exemplo, é lógico que a política comercial intra-zona será harmonizada, 
pois haverá a eliminação de barreiras no comércio recíproco. 
 
(AFRF/2002-1) O Acordo de Livre Comércio da América do Norte, quando 
comparado ao Mercado Comum do Sul (Mercosul), configura iniciativa: 
a) De natureza, forma e objetivos coincidentes com os do bloco do Cone Sul. 
b) Mais abrangente e profunda, por envolver a livre circulação dos fatores de 
produção. 
c) De integração econômica menos profunda por limitar-se à liberalização do 
comércio de bens e de serviços. 
d) Mais abrangente por constituir uma união aduaneira. 
e) Cujos objetivos são contrários aos do Mercosul. 
 
Resp.: Vamos ainda estudar o Mercosul em detalhes, mas já vimos 
superficialmente que o Mercosul pretende chegar ao mercado comum (está no 
próprio nome dele – MerCoSul). Como o NAFTA visa apenas à área de livre 
comércio, a resposta é a letra C. 
 
(AFRF/2003) O Tratado de Livre Comércio da América do Norte, 
conhecido por NAFTA, foi firmado pelos Estados Unidos, Canadá e 
México em 1992, representando o primeiro grande acordo preferencial de 
que tomavam parte os Estados Unidos. Sobre o mesmo, é correto afirmar 
que: 
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a) Prevê a criação de um mercado comum entre seus membros a fim de fazer 
frente ao projeto de integração da Comunidade Econômica Européia. 
b) Foi precedido de acordo bilateral entre os Estados Unidos e o Canadá, o 
qual apresentou o primeiro grande acordo preferencial de que tomavam parte 
os Estados Unidos. 
c) Compreende a totalidade dos bens e serviços comercializados pelos três 
países, além de disciplinas complementares relacionadas ao meio ambiente e 
a direitos trabalhistas. 
d) Prevê prazo de doze anos para a total liberalização do comércio de bens 
entre Estados Unidos e Canadá e de quinze para a total abertura do mercado 
mexicano às exportações desses dois países. 
e) Representa um acordo totalmente conforme à normativa da Organização 
Mundial do Comércio (OMC). 
 
Resp.: B. Que o NAFTA foi precedido de acordo EUA-Canadá, nós ficamos 
sabendo. Mas se é o primeiro grande acordo ou o segundo ou o terceiro que os 
EUA celebram, eu é que vou saber? Eu não estudei a política externa de 
integração norte-americana... 
A única outra alternativa em que há uma dúvida é a letra E. A ESAF considerou 
correta a afirmativa da opção E. Aí tem que ter manha de prova. Desconfie 
toda vez que aparecerem as palavras “totalmente”, “sempre”, ou “nunca”. Na 
própria vida é difícil encontrar alguma situação que não comporte exceção. Até 
matar é permitido... se for em legítima defesa... 
No Direito e na vida não há lugar para posições radicais. Portanto, fique com 
um pé atrás se disserem “...totalmente conforme à normativa...” 
Esta questão só dá para matar com prática de prova. 
Só uma perguntinha: alguém sabe o que no NAFTA não está conforme à 
normativa da OMC? Não é nas cláusulas de salvaguarda, pois elas são 
permitidas na OMC. Se alguém souber, sabe onde me encontrar. Agradeço a 
resposta... Eu já procurei e não encontrei. Talvez só a ESAF saiba... 
 
MERCOSUL 
 
Antecedentes 
O Mercosul foi criado em março de 1991 pelo Tratado de Assunção. Mas este 
só entrou em vigor em novembro de 1991 depois que houve a ratificação pelos 
quatro países. 
Foi resultado de um processo iniciado em 1986 por Brasil e Argentina. Sarney 
e Alfonsin, presidentes, assinaram a Ata para Integração Argentino-Brasileira. 
É interessante notar que eles aí não haviam decidido o atingimento de nenhum 
estágio de integração. Eles haviam apenas decidido “aumentar a integração”. 
Veja como isso foi pedido pela ESAF na prova de Analista de Comércio 
Exterior em 1997: 
 
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(ACE/97) O Tratado de Cooperação Econômica (1986) firmado pelos ex-
presidentes José Sarney (Brasil) e Raul Alfonsin (Argentina) propunha: 
a) Aumentar a integração econômica. 
b) Criar uma área de livre comércio entre Brasil e Argentina. 
c) Estimular o comércio em alguns setores da economia. 
d) Criar uma união aduaneira entre Brasil e Argentina. 
e) Criar um mercado comum entre Brasil e Argentina. 
Resp.: Letra A. 
 
Mas, em 1988, decidiram que já era hora para definir alguma coisa mais 
palpável. Assinaram então o Tratado de Integração, Cooperação e 
Desenvolvimento. Estava decidido que os dois países atingiriam o estágio de 
área de livre comércio dali a 10 anos. 
Mas quando Collor e Menem assumem o poder, a veia liberal saltou. Decidiram 
que o tempo para se promover a integração era muito grande e que o estágio 
pretendido (área de livre comércio – ALC) era muito superficial. Em resumo, 
aumentaram o objetivo (ALC para mercado comum) e reduziram o tempo para 
isso (de 10 anos para 31/12/1994). 
Não podia dar certo. E não deu. Hoje, 2005, ainda não foi atingido o nível de 
mercado comum. 
 
(AFTN/96) Os instrumentos básicos de ação previstos no Tratado de 
Assunção para o MERCOSUL são: 
a) Redução progressiva de barreiras tarifárias e não-tarifárias, até a eliminação 
total das barreiras entre os países-membros; o estabelecimento de uma 
autoridade supranacional com representantes dos países-membros e a 
ampliação gradativa do quadro de países-membros. 
b) Redução progressiva de barreiras tarifárias e não-tarifárias, até a eliminação 
total das barreiras entre os países-membros; o estabelecimento de uma tarifa 
externa comum; acordos setoriais para o mercado de fatores; sistema 
provisório de solução de controvérsias e coordenação gradual de políticas 
macroeconômicas. 
c) Estabelecimento de prazos para a redução das barreiras tarifárias e não-
tarifárias, até a sua total eliminação entre os membros da união; 
estabelecimento de tarifa externa comum; criação de uma moeda comum, num 
prazo previamente acordado, a exemplo da União Européia. 
d) Eliminação de barreiras tarifárias e não-tarifárias entre os países-membros; 
estabelecimento de tarifa externa comum e ampliação gradativa do número de 
países-membros para que se fortaleça pela amplidão gradativa dos mercados. 
e) Estabelecimento de tarifa externa comum; criação de sistema de 
compensação para os negócios feitos no âmbito do sistema; eliminação 
progressiva das barreiras tarifárias e não-tarifárias entre os países-membros; 
estabelecimento de um sistema de solução de controvérsia. 
 
Resp.: Letra B. Podemos pegar o artigo 5o do Tratado de Assunção: 
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“Artigo 5o – Durante o período de transição, os principais instrumentos para a 
constituição do Mercado Comum são: 
a) Um Programa de Liberação Comercial, que consistirá em reduções tarifárias 
progressivas, lineares e automáticas, acompanhadas da eliminação de 
restrições não-tarifárias ou medidas de efeito equivalente, assim como de 
outras restrições ao comércio entreos Estados-Partes, para chegar a 31 de 
dezembro de 1994 com tarifa zero, sem barreiras não-tarifárias sobre a 
totalidade do universo tarifário (Anexo I); 
 b) A coordenação de políticas macroeconômicas que se realizará gradualmente 
e de forma convergente com os programas de desgravação tarifária e 
eliminação de restrições não-tarifárias, indicados na letra anterior; 
c) Uma tarifa externa comum, que incentiva a competitividade externa dos 
Estados-Partes; 
d) A adoção de acordos setoriais, com o fim de otimizar a utilização e 
mobilidade dos fatores de produção e alcançar escalas operativas eficientes.” 
No Mercosul, houve o Programa de Liberação Comercial que previa um 
cronograma semestral de desgravação até que se atingisse em 31/12/1994 o 
mercado comum. Este cronograma não foi cumprido, pois só em 1999 passou 
a haver comércio livre para as mercadorias entrando na Argentina ou no Brasil. 
E em 2000, passou a haver comércio livre para as mercadorias entrando no 
Paraguai e no Uruguai. 
 
Perceba que na letra (b) está escrito “coordenação de políticas 
macroeconômicas” e não harmonização. Se estivesse escrito harmonização, o 
objetivo do Mercosul seria o atingimento de uma união econômica. 
Mas o que é coordenar? O artigo 1o do Tratado de Assunção informa que 
coordenar é não influenciar negativamente o outro, ou seja, as políticas 
macroeconômicas poderiam ser diferentes, mas não poderiam ser conflitantes. 
Não poderiam ser políticas que gerassem danos para os outros países. 
A tarifa externa comum decorre da idéia de que os países teriam a mesma 
política comercial em relação a terceiros países. 
Em relação à “adoção de acordos setoriais”, podemos perceber que a política 
liberal foi resguardada, pois, quando o Tratado diz que vão “otimizar a 
utilização e mobilidade dos fatores de produção”, estão dizendo que cada país 
vai se especializar naquela ou naquelas indústrias que promovam a otimização 
da alocação dos fatores de produção. Cada país vai produzir aquilo onde é 
bom e adquirir o resto por comércio, como ensinava Adam Smith por volta de 
1760. 
Vamos ver por que as demais alternativas da questão do AFTN/96 estão 
erradas. 
A Letra A fala em “autoridade supranacional”. Na aula anterior, vimos que 
autoridades supranacionais são autoridades “acima das nações”, ou seja, que 
criam normas vinculando as populações e os Governos dos Estados. No 
Mercosul, as instituições não são supranacionais, mas intergovernamentais. 
Tanto isto é verdade que uma norma decidida pelo Mercosul não tem vigência 
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imediata. Somente o terá depois que os quatro países tiverem internalizado a 
decisão regional. 
A Letra C fala de moeda comum. Mercosul com moeda comum? Nem em 
sonho. 
A Letra D fala que o aumento do número de participantes é instrumento básico 
para a integração no Mercosul. Não há este instrumento básico. A permissão 
para que entrem novos membros no Mercosul existe, mas isto não é objetivo 
básico do Acordo. 
A Letra E fala de sistema de compensação. Não existe isto no Mercosul. O que 
é o sistema de compensação? É um sistema em que os valores das 
exportações do país A para o país B não são enviados de um para o outro 
país. Cada Banco Central paga diretamente aos exportadores sediados em seu 
território. 
E o valor das importações do país A de mercadorias procedentes de B é pago 
ao Banco Central e não ao exterior. 
Desta forma, no final de um tempo, o Banco Central do país A entra em contato 
com o Banco Central do País B para se acertarem. Quem exportou maior valor, 
tem direito a receber do outro Banco Central o saldo. Funciona basicamente 
como o sistema de compensação de cheques do sistema bancário. Se eu 
deposito, na minha conta na CEF, um cheque relativo a uma conta no Itaú, este 
banco não vai repassar o valor imediatamente para a CEF, pois talvez nem o 
seja necessário. No final do dia, o banco cujos correntistas tiverem emitido 
mais do que os valores recebidos repassa o excesso para o outro banco. 
Por exemplo, milhares de cheques da CEF são depositados no Itaú todos os 
dias. E milhares de cheques do Itaú são depositados em contas da CEF. Se 
um correntista do Itaú deposita um cheque da CEF que recebeu no valor de R$ 
100,00 e se um correntista da CEF recebeu um cheque de R$ 60,00, por que 
ficar transferindo R$ 100,00 para lá e R$ 60,00 para cá a cada cheque 
depositado? Basta que no final do dia, façam a compensação e a CEF transfira 
para o Itaú o valor de R$ 40,00, que é a diferença do total de depósitos. 
O único sistema de compensação que envolve o Brasil é o Convênio (ou 
Sistema) de Créditos Recíprocos – CCR, usado na ALADI e não no Mercosul. 
Pelo CCR, os bancos centrais dos países da ALADI que importaram mais do 
que venderam transferem, a cada quatro meses, o saldo para um banco 
centralizador, o Banco Central do Peru. E este faz a divisão do “bolo” entre os 
países que exportaram mais do que importaram. Sempre a conta fecha pois a 
soma das importações é igual à soma das exportações, já que a mercadoria 
importada por um país é exportada por outro. 
 
Situação atual 
A situação atual é de união aduaneira, isto é, já não há barreiras no comércio 
recíproco (há duas exceções) e, em relação a terceiros países, a alíquota de II 
cobrada é a mesma (há exceções). 
Em relação às exceções no comércio recíproco, temos os automóveis e o 
açúcar. São produtos considerados sensíveis e, por isso, ainda não houve 
vontade política de liberar este comércio. Mas isso não desvirtua o bloco, ou 
seja, apesar de não haver comércio 100% livre, considera-se atingida a união 
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aduaneira. A previsão colocada na Decisão Conselho Mercado Comum 70, de 
2000, é que os automóveis passem a circular livremente em 1o/jan/2006. 
Já o açúcar não tem data prevista para o livre comércio. 
Em relação às exceções no comércio com terceiros países, cada país tem 
liberdade de relacionar até 100 produtos para tributar como quiser. Além 
destes, alguns bens de informática e telecomunicações podem ter alíquotas 
diferentes nos países do Mercosul. 
Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, ao criarem o Mercosul, decidiram que 
não haveria barreiras no comércio recíproco, que teriam a mesma política em 
relação a terceiros países e que a mão-de-obra e o capital circulariam 
livremente. 
 
(AFRF/2002-1) O Mercado Comum do Sul (Mercosul) foi criado em março 
de 1991 tendo como objetivo final: 
a) O estabelecimento de um regime de comércio administrado por meio de um 
sistema de preferências tarifárias no âmbito da Associação Latino-Americana 
de Integração (ALADI). 
b) A completa liberalização do comércio de bens entre os quatro países-
membros no prazo de quatro anos. 
c) A harmonização das políticas comerciais mediante a adoção de uma tarifa 
externa comum. 
d) A liberalização do comércio de bens e de serviços, a livre circulação de mão-
de-obra e de capitais e a coordenação de políticas macroeconômicas entre os 
quatro países-membros. 
e) A unificação das políticas comerciais, cambiais, monetárias e fiscais dos 
quatro países-membros. 
 
Resp.: Letra D. 
A letra A está errada pois não se falou em preferência tarifária (redução 
tarifária), mas em eliminação das tarifas. Eliminar é mais do que reduzir. 
A letra B está errada porque total liberalização nunca existiu nem vai existir em 
nenhum bloco. Basta perguntar o seguinte: Está liberada a entrada de boi com 
febre aftosa? Está liberada a entrada de drogas ilícitas? Está autorizada a 
entrada de armas? 
O estágio de livre comércio não significa completa liberalização. 
A letra C não está errada. Basta ver o artigo 1o do Tratado de Assunção: 
“Artigo 1o – Os Estados Partes decidem constituir um Mercado Comum, que 
deverá estarestabelecido a 31 de dezembro de 1994, e que se denominará 
Mercado Comum do Sul (MERCOSUL). 
Este Mercado Comum implica: 
- A livre circulação de bens, serviços e fatores produtivos entre os países, 
através, entre outros, da eliminação dos direitos alfandegários e restrições não-
tarifárias à circulação de mercadorias e de qualquer outra medida de efeito 
equivalente; 
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- O estabelecimento de uma tarifa externa comum e a adoção de uma política 
comercial comum em relação a terceiros Estados ou agrupamentos de Estados 
e a coordenação de posições em foros econômicos-comerciais regionais e 
internacionais; 
- A coordenação de políticas macroeconômicas e setoriais entre os Estados-
Partes – de comércio exterior, agrícola, industrial, fiscal, monetária, cambial e 
de capitais, de serviços, alfandegária, de transportes e comunicações e outras 
que se acordem, a fim de assegurar condições adequadas de concorrência 
entre os Estados-Partes; e 
- O compromisso dos Estados-Partes de harmonizar suas legislações, nas 
áreas pertinentes, para lograr o fortalecimento do processo de integração.” 
 
Veja que o quarto item listado no artigo 1o fala de harmonização de legislações 
NAS ÁREAS PERTINENTES. Está falando de harmonização de política 
econômica? Não, pois se assim o fosse, estaríamos falando de união 
econômica e não mercado comum. Mas quais são as áreas pertinentes? Ora, 
basta ver o que será liberado no comércio intrazona: os bens, serviços e os 
fatores produtivos (mão-de-obra e capital). Assim, devem ser harmonizadas as 
políticas comerciais intrazona e extrazona. Além disso, as políticas trabalhista, 
previdenciária e de capitais devem ser harmonizadas para que o capital e o 
trabalho estejam submetidos a políticas semelhantes. 
Portanto, harmonização de políticas comerciais é sim objetivo. Mas, como você 
já sabe, com a ESAF não basta encontrar a resposta correta, tem que 
encontrar a mais completa e, por isso, a resposta é a letra D. 
A letra D fala de três coisas: 1) liberalização de bens e serviços, 2) livre 
circulação de mão-de-obra e capital e 3) coordenação de políticas 
macroeconômicas. Todos os três inclusive aparecem citados no artigo 1o 
transcrito. 
Pelo amor de Deus, mais uma vez: coordenação não é sinônimo de 
harmonização. Se estivesse escrito “harmonização” estaríamos falando de 
união econômica. “Coordenar” é fazer com que as políticas econômicas não 
sejam conflitantes, mas podem ser totalmente diferentes. 
A letra E é tão absurda que nem merecia explicação, mas vamos lá. Unificação 
das políticas monetária, cambial e fiscal só para bloco de integração econômica 
total, que é o quinto estágio de integração. 
 
(AFRF/2002-2) A partir de dezembro de 1994, o Mercado Comum do Sul 
(Mercosul) instituiu uma área de livre comércio e uma união aduaneira 
que ainda carecem de aperfeiçoamento. São medidas necessárias para tal 
fim: 
a) Eliminar barreiras não-tarifárias ainda existentes, promover a liberalização 
dos fluxos de capital e de serviços e coordenar políticas macroeconômicas. 
b) Aplicar integralmente o Programa de Liberalização Comercial, estabelecer 
regras de origem e incorporar produtos mantidos em listas de exceções à 
Tarifa Externa Comum. 
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c) Aperfeiçoar o sistema de salvaguardas intramercosul, implementar um 
regime de compras governamentais e introduzir mecanismo de salvaguardas 
comerciais. 
d) Liberalizar o comércio de serviços, coordenar políticas macroeconômicas e 
estabelecer a livre circulação de capital e mão-de-obra. 
e) Eliminar barreiras não-tarifárias ainda existentes, promover a liberalização 
do comércio de serviços e incorporar à tarifa externa comum produtos mantidos 
à margem da mesma. 
 
Resp.: Letra E. Esta questão não está muito boa, mas não é por causa da 
resposta, mas por causa da pergunta. Vejamos. 
No enunciado da questão está escrito que o Mercosul instituiu uma área de 
livre comércio (ALC) E uma união aduaneira (UA). Peraí, OU é área de livre 
comércio OU é união aduaneira. Não dá para dizer que a ALC E a UA carecem 
de aperfeiçoamento. 
Já a resposta está perfeita. 
Faço as seguintes perguntas relativas às cinco alternativas: 
1) o Mercosul pretende eliminar barreiras não-tarifárias ainda existentes? 
Sim. Ainda há regime de quotas para alguns produtos como, por 
exemplo, os têxteis e os eletrodomésticos brasileiros. 
2) Pretende promover a liberalização dos fluxos de capital? Sim. 
3) Pretende coordenar políticas macroeconômicas? Sim. Devem ter 
políticas monetárias, cambiais e fiscais não-conflitantes. (Importante: Se 
tivessem coordenado as políticas cambiais, não teria havido a crise na 
Argentina a partir de 1999 quando o Brasil mudou seu regime cambial, 
passando das bandas cambiais para o regime de flutuação suja, como 
vocês verão na aula de controle cambial) 
4) Pretende aplicar integralmente o programa de liberação comercial? Sim, 
pois ainda existem mercadorias que não estão com o comércio livre: 
automóveis e açúcar. 
5) Pretende estabelecer regras de origem? Não, pois estas já estão 
definidas, como veremos a seguir. 
6) Pretende incorporar produtos mantidos à margem da TEC? Sim, isto 
significa que pretendem acabar com as listas de exceções à TEC para 
todos cobrarem a mesma alíquota de mercadorias procedentes de fora 
do bloco (A princípio, Brasil e Argentina eliminarão as listas de exceções 
à TEC em 31/12/2005. Paraguai e Uruguai só em 2010!) 
7) Pretendem aperfeiçoar o sistema de salvaguardas? Não, pois 
salvaguardas só podiam ser usadas até 31/12/1994. O que são 
salvaguardas? São medidas para defender a indústria afetada 
negativamente pela liberação comercial. Imagine que, em função da 
eliminação das tarifas no comércio recíproco, a indústria brasileira de 
calçados comece a cambalear, o Governo brasileiro estava autorizado 
até 31/12/94 a reerguer as barreiras, ou seja, a impor uma cláusula para 
salvaguardar sua indústria. 
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8) Pretendem implementar um regime de compras governamentais? Não, 
disso nem se fala. 
9) Introduzir mecanismo de salvaguardas comerciais? Não, sua 
possibilidade de uso foi até 31/12/94. 
10) Liberalizar o comércio de serviços? Sim. Alguns serviços ainda são 
monopolizados pelos brasileiros como, por exemplo, o serviço de 
seguros. Os importadores brasileiros só podem contratar seguro com 
empresa brasileira, ou seja, as seguradoras argentinas, paraguaias e 
uruguaias não têm os mesmos direitos das brasileiras. Cabe exceção 
quanto à regra citada, mas não é exceção para o Mercosul, é para 
seguradora de qualquer país quando não houver interesse ou 
capacidade de seguradoras nacionais. 
11) Pretendem liberalizar a circulação de mão-de-obra e capital? Sim. 
 
Pelas respostas acima, encontramos três possíveis soluções para a questão: 
as letras A, D e E. 
Então, por que a resposta é a letra E? 
Por que a pergunta é “O que deve ser feito para completar, aperfeiçoar a 
UNIÃO ADUANEIRA?” 
Para ter união aduaneira, como vimos na primeira aula, basta haver o comércio 
livre de bens e serviços e a aplicação da TEC. 
Para aperfeiçoar então a união aduaneira, precisa liberar integralmente o 
comércio de bens e serviços e acabar com as listas de exceção à TEC, como 
está escrito na letra E. 
Para frisar: Se eles tivessem perguntado: “O que falta para cumprir o decidido 
em relação ao MERCOSUL?”, a resposta seria as letras A, D e E. 
Mas perguntaram “O que falta para aperfeiçoar a UNIÃO ADUANEIRA?“ 
 
 
No tópico 5 do edital, está sendo pedido: “5. Mercosul. O comércio intrabloco. 
Textos Legais. Estrutura e Funcionamento. O sistema de solução de 
controvérsias.As negociações e os acordos comerciais envolvendo o 
Mercosul.” 
Vejamos a estrutura e o funcionamento do Mercosul. 
 
Estrutura e Funcionamento 
 
O Tratado de Assunção trouxe uma estrutura que iria funcionar durante o 
período de transição, ou seja, de 1991 até 31/12/1994. 
A estrutura provisória era composta de apenas dois órgãos: Conselho do 
Mercado Comum (órgão superior) e Grupo Mercado Comum (órgão executivo). 
As decisões eram tomadas pelo Conselho e deveriam ser executadas pelo 
Grupo Mercado Comum. 
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Dentro do Grupo, havia ainda a Secretaria Administrativa do Mercosul, que 
tinha (e tem) a mesma função de qualquer secretaria de qualquer órgão. 
Mas o próprio Tratado de Assunção definia que, antes de 31/12/94, deveria ser 
criada a estrutura definitiva. Por isso, foi criado em 1994 o “Protocolo de Ouro 
Preto – Protocolo Adicional ao Tratado de Assunção sobre a Estrutura 
Institucional do Mercosul”. 
O Protocolo de Ouro Preto definiu também que “o MERCOSUL terá 
personalidade jurídica de Direito Internacional” (art. 34). 
Pelo Protocolo, passaram a existir seis órgãos: 
1) Conselho do Mercado Comum 
2) Grupo Mercado Comum 
3) Comissão de Comércio do Mercosul 
4) Comissão Parlamentar Conjunta 
5) Foro Consultivo Econômico-Social 
6) Secretaria Administrativa do Mercosul 
 
O Conselho do Mercado Comum continuou com a mesma função quando 
criado pelo Tratado de Assunção: é o órgão superior que decide e encaminha o 
processo de integração. 
O Grupo Mercado Comum também ficou com a mesma função de antes: é o 
órgão que executa as políticas traçadas pelo Conselho. Por isso, é chamado 
“órgão executivo”. 
A Comissão de Comércio do Mercosul foi criada para fiscalizar o cumprimento 
das políticas comerciais. Como as políticas comerciais (tanto a intrazona 
quanto a extrazona) já estão harmonizadas, alguém tem que fiscalizar para ver 
se não há nenhum país “andando fora da linha”. A CCM é o fiscal das políticas 
comerciais dos quatro países. 
Como as normas decididas pelos três órgãos anteriores devem ser 
internalizadas pelos quatro países para terem vigência, estes decidiram 
nomear deputados e senadores para acompanhar o processo de elaboração 
das normas do Mercosul. Isto para que depois estes parlamentares ajudassem 
(desculpem o paradoxo) na internalização. Cada país manda dezesseis 
parlamentares para comporem a Comissão Parlamentar Conjunta. Depois 
estes parlamentares ajudam nas várias comissões do seu respectivo 
Parlamento. 
Acabamos de ver que os órgãos decisórios são os três primeiros. Os três 
últimos são órgãos auxiliares. Estes não criam normas, apenas ajudam no 
processo de integração. Só os três primeiros criam normas para serem 
internalizadas. 
O Foro Consultivo Econômico-Social tem representantes dos setores 
econômicos e sociais para legitimar a criação de uma norma do Mercosul. No 
Foro estão representantes dos sindicatos, empresários, ONGs, federações de 
comércio e de indústria, entre outros. O Foro é consultado toda vez que uma 
norma for criada para que se saiba a opinião da sociedade sobre aquilo que vai 
ser criado. O que o Foro acha ou não acha não vincula as decisões. O órgão 
decisório não é obrigado a atender a opinião da sociedade, mas é óbvio que é 
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bom fazê-lo, pois senão os parlamentares serão pressionados na hora de 
internalizar a norma. 
A Secretaria Administrativa do Mercosul mantém a mesma função de antes, 
com apenas uma diferença. Agora, na estrutura definitiva, ela não está dentro 
do Grupo Mercado Comum. É um órgão independente. 
 
Vamos ver mais uma coisa sobre o funcionamento do Mercosul. 
Uma vez criada a norma por um dos três órgãos decisórios, já sabemos que 
ela deve ser internalizada. 
Só depois que os quatro países tiverem internalizado a norma e informado isto 
à Secretaria Administrativa do Mercosul (SAM), esta comunica a todos que a 
norma está em contagem regressiva. Ela entrará em vigência simultânea 30 
dias após a comunicação que a SAM fizer. 
Vamos ver como a ESAF cobra esta estrutura nas provas? 
 
(ACE/97) Seguindo o modelo da União Européia, o MERCOSUL também 
procurou criar uma série de mecanismos e instituições que compõem a 
sua Estrutura Institucional. Todos os citados abaixo descrevem a 
estrutura do MERCOSUL, exceto: 
a) Conselho do Mercado Comum. 
b) Comissão do Mercado Comum. 
c) Grupo do Mercado Comum. 
d) Comissão Parlamentar Conjunta. 
e) Foro Consultivo Econômico e Social. 
 
Resp.: Letra B. Comissão do Mercado Comum não existe. O que existe é a 
Comissão de Comércio do Mercosul, que tem a função de fiscalizar as políticas 
comerciais dos países do Mercosul. 
 
(AFTN/98) Identifique, nas opções abaixo, o órgão superior do Mercado 
Comum do Sul (Mercosul), ao qual incumbe a condução política do 
processo de integração e a tomada de decisões para assegurar o 
cumprimento dos objetivos estabelecidos pelo Tratado de Assunção: 
a) Foro Consultivo Econômico-Social. 
b) Conselho do Mercado Comum. 
c) Comissão de Comércio do Mercosul. 
d) Secretaria Administrativa do Mercosul. 
e) Comissão Parlamentar Conjunta. 
 
Resp.: Outra questão tranqüila. Vimos que o órgão superior do Mercosul é o 
Conselho do Mercado Comum. Letra B. 
 
(AFTN/98) Não faz parte da estrutura jurídica do Mercosul: 
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a) Comissão Parlamentar Conjunta. 
b) Sistema de Solução de Controvérsias. 
c) Foro Consultivo Econômico-Social. 
d) Comissão de Comércio do Mercosul. 
e) Secretaria Administrativa do Mercosul. 
 
Resp.: Cuidado com a questão. Está perguntando sobre a estrutura do 
Mercosul. O sistema de solução de controvérsias existe, foi criado pelo 
Protocolo de Olivos, que veremos a seguir, mas não faz parte da ESTRUTURA 
JURÍDICA do Mercosul. 
 
Sistema de Solução de Controvérsias 
 
No Tratado de Assunção, foram previstas as diretrizes para o sistema para 
solucionar controvérsias surgidas entre dois ou mais Estados-Parte. Surgiu 
então o Protocolo de Brasília no mesmo ano da assinatura do Tratado de 
Assunção. Atualmente, está em vigor o Protocolo de Olivos, que revogou mas 
manteve o mesmo esqueleto do Protocolo de Brasília, e criou o sétimo órgão 
no Mercosul: o Tribunal Permanente de Revisão, que veremos à frente. 
Toda vez que um país do Mercosul se sente prejudicado por um outro, também 
do Mercosul, pode iniciar o sistema de solução da controvérsia. 
Este sistema se inicia com negociações diretas. As partes sentam juntas para 
negociar aquilo que está incomodando uma ou outra parte. Esta negociação 
não pode passar de quinze dias, exceto se houver acordo em contrário. 
Se não ficar resolvida a pendência, eles podem solicitar a intervenção de um 
órgão “neutro”: o Grupo Mercado Comum, que faz recomendações visando ao 
término da controvérsia. 
Caso a solução proposta pelo GMC não seja acolhida pelos “brigões”, a parte 
que se sentir prejudicada pode recorrer ao tribunal arbitral. Este é um tribunal 
de exceção (tribunal ad hoc), criado apenas para resolver esta briga. Ele é 
composto de três árbitros. Cada brigão indica um árbitro, e o terceiro, que será 
o presidente do tribunal arbitral, é escolhido por consenso. Este terceiro árbitro 
pode ser de qualquer país, até mesmo de país estranho ao Mercosul. Só por 
curiosidade: na primeira vez em que o Tribunal Arbitral foi constituído, o 
presidente escolhido foi um norte-americano e, por incrível que pareça, o Brasil 
teve uma sentença favorável contra a Argentina. 
O tribunal arbitral é um tribunal temporário. Só surge para resolver aquela 
controvérsia e, logo a seguir, se extingue. Até mesmo porque a sua 
composição depende de quais países estejam envolvidosna controvérsia. 
Até o Protocolo de Olivos, de 2002, que entrou em vigor em 2004, não havia 
recurso contra as decisões exaradas nos laudos arbitrais. 
Mas o Tribunal Permanente de Revisão (TPR) foi criado para ser a “segunda 
instância” do processo de solução de controvérsias. Caso uma parte queira, 
pode recorrer ao TPR. 
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Mas o TPR não tem apenas esta função: ele também pode servir de órgão de 
consulta. Como é um tribunal permanente, toda vez que houver alguma dúvida 
na interpretação de alguma norma do Mercosul, ele pode dar opiniões 
consultivas, a pedido de alguns entes. Somente podem fazer consulta ao TPR, 
conforme dispõe o artigo 2o do Protocolo de Olivos: “todos os Estados Partes, 
atuando conjuntamente, os órgãos com capacidade decisória do MERCOSUL 
[CMC, GMC, CCM] e os Tribunais Superiores dos Estados Partes com 
jurisdição nacional...” 
O Tribunal Permanente de Revisão também pode agir como instância única se 
os países decidirem “pular” o tribunal arbitral. Neste caso, o TPR terá que julgar 
com os cinco árbitros (um de cada país + um escolhido por consenso 
obrigatoriamente sendo natural do Mercosul). 
Se agir como segunda instância, pode atuar com apenas três árbitros. 
Sobre o sistema de solução de controvérsias, houve uma questão muito mal 
feita pela ESAF no ano de 1997: 
 
(ACE/97) De um modo geral, um processo de integração precisa de um 
instrumento, ainda que flexível, de solução de controvérsias. Não é certo 
dizer, sobre o mecanismo de solução de controvérsias e o MERCOSUL, 
que: 
a) O Protocolo de Ouro Preto dotou o MERCOSUL de Personalidade Jurídica 
Internacional. 
b) O Conselho pode firmar acordos com outros países em nome do 
MERCOSUL. 
c) O sistema de Controvérsias do MERCOSUL, adotado em 1991, foi 
confirmado pelo Tratado de Ouro Preto. 
d) O processo de solução de controvérsias se divide nos seguintes níveis: 1) 
exame técnico da questão 2) exame pelo Grupo do Mercado Comum 3) 
negociação direta entre os países envolvidos 4) submissão do caso a um 
tribunal ad hoc. 
e) O tribunal ad hoc é uma corte de justiça permanente formada por juristas 
dos quatro países. 
 
Resp.: A letra E é a incorreta, pois o tribunal arbitral é um tribunal temporário e 
é composto por apenas três árbitros. 
A letra A está perfeita. 
A letra B está correta, pois se o MERCOSUL é pessoa jurídica, quem responde 
por ele é o órgão superior, ou seja, o Conselho Mercado Comum. 
O Protocolo de Ouro Preto ratificou, no artigo 43, o sistema do Protocolo de 
Brasília. 
A letra D está esquisita. As etapas do sistema de solução de controvérsias são: 
1) negociações diretas 
2) intervenção do Grupo Mercado Comum 
3) tribunal arbitral 
4) E, a partir de 2004, Tribunal Permanente de Revisão 
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A letra D dá uma lista diferente e fora de ordem. Em relação à ordem não há 
muito problema, pois ele não pediu na questão a ordem respectiva. 
Mas em relação aos níveis, ele cita “exame técnico da questão” que, na 
verdade, não é um nível do processo de solução de controvérsias. 
É obvio que há o exame técnico da questão, mas dentro das etapas. Por 
exemplo, quando o GMC faz a intervenção (2a etapa), ele faz o exame técnico 
da questão. Quando o tribunal arbitral julga, também faz o exame técnico da 
questão. 
Repito o que já disse antes: Infelizmente com a ESAF a gente tem que procurar 
o errado e o mais errado. Às vezes, isso é muito subjetivo, mas essa é a 
ESAF... 
O tribunal arbitral não é permanente. Isto é fato. 
 
 
Regime de Origem no Mercosul 
Para encerrar o assunto Mercosul, vejamos como funciona o regime de origem 
do bloco. 
Toda vez que um benefício é concedido a um país, deve ser criado algum 
controle que evite que terceiros se aproveitem deste benefício. Por exemplo, se 
o Brasil concede um benefício à Argentina, ao Paraguai e ao Uruguai, a 
Aduana brasileira tem que checar se as mercadorias importadas foram de fato 
produzidas naqueles países. Assim, evita-se, por exemplo, que a Bolívia tente 
colocar suas mercadorias no Brasil via Argentina. 
O Regime de Origem no Mercosul define que uma mercadoria somente obterá 
o benefício se cumprir uma das seguintes condições: 
1) foi totalmente produzida em um dos países do Mercosul; 
2) foi produzida parcialmente, mas três países do Mercosul respondem por 
mais de 60% do produto que está sendo exportado para o quarto país 
do Mercosul ou 
3) mesmo que não atinja os 60%, a mercadoria pode ser considerada 
originária do Mercosul caso tenha sido dada uma nova individualidade à 
mercadoria. Por nova individualidade, entende-se que um país 
transformou a mercadoria em outra, alterando sua classificação nos 
quatro primeiros dígitos. 
Quando você estudar classificação fiscal com o Missagia, vai ver que 
toda mercadoria é classificada no Mercosul em códigos de oito (8) 
dígitos. Os dois primeiros indicam o capítulo no qual a mercadoria se 
encontra. Os dois seguintes indicam a posição dentro do Capítulo. 
Assim, a mercadoria será considerada produzida na Argentina, pelo 
terceiro critério, se a mercadoria mudar de posição na NCM. Pode 
mudar de posição, mantendo-se no mesmo capítulo ou mudando 
também de capítulo. 
Quando uma mercadoria é industrializada e muda de posição na NCM, 
diz-se que houve o “salto tarifário”. 
 
Perceba o seguinte: Como é que a Bolívia teria vantagem em entrar no Brasil 
via Argentina? A alíquota cobrada por Brasil e Argentina não são iguais? 
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Depende. Se aquele produto estiver numa lista de exceções à TEC, seja do 
Brasil, seja da Argentina, pode haver um diferencial que gere a vantagem para 
o boliviano. Se o Brasil estiver cobrando uma alíquota de 10% e se a Argentina, 
5%, poderia o boliviano tentar se dar bem. 
Mas e se as alíquotas forem iguais, o boliviano poderia tentar se dar bem? 
Não, já que a alíquota seria a mesma. Neste caso, precisa apurar a origem do 
produto? Não. 
Somente se apura a origem do produto se ele estiver em uma lista de exceções 
à TEC do exportador ou do importador. 
Veja como isto foi pedido em 1997 pela ESAF na prova de Analista de 
Comércio Exterior: 
 
(ACE/97) O Regime de Origem de Produto é fundamental em um processo 
de integração regional, pois determina quais e de que forma os mesmos 
serão comercializados dentro da área de integração. São consideradas 
regras básicas do Regime de Origem no MERCOSUL as abaixo 
especificadas, exceto: 
a) Para ser considerado da região, um produto tem de ter 60% do valor 
agregado regionalmente. 
b) Para ser considerado da região, observa-se onde se inicia o processo 
industrial do produto. 
c) Um produto originário da região tem direito à tarifa zero. 
d) É preciso que o produto tenha tido algum tipo de transformação ou 
processamento substancial na região. 
e) No caso de uma união aduaneira, o controle de origem só é necessário se o 
produto em questão figurar em uma lista de exceções à Tarifa Externa Comum. 
 
Resp.: A errada é a letra B. Não interessa onde se iniciou o processo industrial 
do produto. Mesmo que tenha se iniciado no exterior, a mercadoria pode ser 
considerada originária do Mercosul se os países do bloco responderem por 
mais de 60% do produto exportado para outro país do Mercosul. Ou também se 
a mercadoria ganhou uma nova individualidade. 
No Mercosul, o índice para se considerar originário é de 60% regional, ou seja, 
se o Brasil importa uma mercadoria da Argentina e esta mercadoria foi 
produzida 25% neste país, 25% no Paraguai e 20% no Uruguai, a mercadoria 
será considerada originária do Mercosul. 
Na ALADI não é assim, pois, como os países da ALADI têm tratamentos 
diferenciados, o Brasilsó pode dar a redução para a Bolívia se ela foi 
produzida na Bolívia. Não há a soma das parcelas de cada país, senão a 
Colômbia industrializaria, depois mandava passar pela Bolívia para ganhar o 
tratamento das importações provenientes desta. Sacou? Como a Colômbia e a 
Bolívia ganham descontos diferentes dentro da ALADI (lembre que o tamanho 
da preferência tarifária depende do nível do país importador e do país 
exportador), o índice é de 50% de conteúdo nacional e não regional. 
 
Na prova de AFRF/2003, a questão 17 deveria ter sido anulada: 
 
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17- Assinale a opção correta. 
a) Para ser considerado originário de país-membro, o produto deve ter, no 
mínimo, 50% de conteúdo nacional, sendo de 40% para os países de menor 
desenvolvimento regional da ALADI, e para ser considerado originário do 
Mercosul, deve ter 60%, no mínimo, de conteúdo nacional. 
b) Para ser considerado originário de país-membro, o produto deve ter, no 
mínimo, 60% de conteúdo nacional, sendo de 50% para os países de menor 
desenvolvimento regional da ALADI, e para ser considerado originário do 
Mercosul, deve ter 40%, no mínimo, de conteúdo nacional. 
c) Para ser considerado originário de país-membro da ALADI, o produto deve 
ter, no mínimo, 40% de conteúdo nacional, para os países de menor 
desenvolvimento econômico relativo (PMDER), 50% para os países de 
desenvolvimento intermediário (PDI) e de 60%, para os demais. 
d) Para ser considerado originário de país-membro do Mercosul, o produto 
deve ter, no mínimo, 60% de conteúdo nacional, sendo de 50% para os 
produtos do Paraguai e do Uruguai, países de menor desenvolvimento 
regional. 
e) Para ser considerado originário de país-membro, o produto deve ter, no 
mínimo, 50% de conteúdo regional, sendo de 40 % para os países de menor 
desenvolvimento regional da ALADI e, para ser considerado originário do 
Mercosul, deve ter 60%, no mínimo, de conteúdo regional. 
 
Resp.: O gabarito oficial foi a letra A. 
Mas o certo seria ALADI – 50% de índice nacional, com possibilidade de 40% 
para os de menor desenvolvimento econômico relativo. 
Mercosul – 60% de índice regional 
Não há opção correta. A letra A está quase perfeita, só errou na palavra 
“nacional” para o Mercosul. 
 
Negociações do MERCOSUL com outros países/blocos 
Em 1995, o Brasil assinou com a União Européia para o atingimento de uma 
área de livre comércio em 10 anos. No entanto, este projeto está adiado sine 
die. Já deveria neste ano de 2005 estar implementada a área de livre comércio. 
Com o Chile, houve em 1996 um acordo com os mesmos objetivo e prazo. 
Criação de área de livre comércio em 10 anos. 
Com a Bolívia, o mesmo em 1997, ou seja, acordaram ter uma área de livre 
comércio em 10 anos. 
Neste ano de 2005, o Presidente Lula, em viagem, assinou um protocolo de 
intenções objetivando também a criação de uma área de livre comércio com o 
Pacto Andino, sem definição concreta de prazo. 
 
Para arrematar o MERCOSUL, uma última questão: 
(AFTN/98) Não constitui objetivo ou característica do Mercosul: 
a) Eliminação de Direitos Aduaneiros e Barreiras Não-Tarifárias entre os seus 
membros. 
b) Tarifa Externa Comum (TEC). 
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c) Livre circulação de bens e fatores de produção, exceto pessoas. 
d) Coordenação de Política Macroeconômica. 
e) Realização de Acordos Setoriais. 
 
Resp.: Letra C, pois o MERCOSUL tem por objetivo a livre movimentação de 
pessoas (“mão-de-obra”). 
 
 
Resumo: 
 
Blocos 
NAFTA – Entrou em vigor em 1/1/94. Objetivo é Área de Livre Comércio. Entre 
EUA e Canadá já não há barreiras comerciais. Mas com o México, a previsão é 
1/1/2009. 
Pacto Andino – União Aduaneira (o Peru não usa a TEC ainda) querendo 
chegar ao Mercado Comum. Cinco países: Venezuela, Bolívia, Equador, 
Colômbia e Peru. 
Mercosul – Criado em 1991. União Aduaneira querendo chegar ao Mercado 
Comum. 4 países: Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. 
 
MERCOSUL 
 
Órgãos: 
Conselho do Mercado Comum – órgão superior 
Grupo Mercado Comum – órgão executivo 
Comissão de Comércio do Mercosul – órgão fiscalizador das políticas 
comerciais dos 4 países 
Comissão Parlamentar Conjunta – seus membros (parlamentares) são 
coadjuvante no processo de internalização das normas criadas pelos três 
órgãos anteriores, chamados órgãos decisórios. 
Foro Consultivo Econômico-Social – É a sociedade representada na estrutura 
do MERCOSUL e que emite opiniões sobre as normas que estão sendo 
criadas. 
Secretaria Administrativa do Mercosul – órgão de apoio operacional. 
Tribunal Permanente de Revisão – Criado pelo Protocolo de Olivos. Funções: 
1) órgão de julgamento, revisando os laudos arbitrais ou julgando em instância 
única, e 2) órgão de consulta. 
 
Etapas do Sistema de Solução de Controvérsias: 
1) Negociações Diretas 
2) Intervenção do Grupo Mercado Comum 
3) Tribunal Arbitral 
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4) Revisão do laudo arbitral ou Julgamento em Instância Única pelo 
Tribunal Permanente de Revisão 
 
Regime de Origem: 
Para ser considerado originário do Mercosul: 
1) 100% produzido ou 
2) > 60% produzido regionalmente ou 
3) nova individualidade 
 
 
Um abraço, 
Rodrigo Luz

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