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1 Caderno e Gabarito Empresarial e Consumidor

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@CAMILLABARRIUNUEVO 
CADERNO DE QUESTÕES – EMPRESARIAL E CONSUMIDOR 
 
EMPRESARIAL – ATIVIDADE EMPRESÁRIA E NÃO 
EMPRESÁRIA/ ESTABELECIMENTO 
 
QUESTÃO 1 (OAB/EO - 2015 – XVII) Assinale a alternativa 
correta em relação aos conceitos de empresa e empresário 
no Direito Empresarial. 
 
 A) Empresa é a sociedade com ou sem personalidade 
jurídica; empresário é o sócio da empresa, pessoa natural ou 
jurídica com responsabilidade limitada ao valor das quotas 
integralizadas. 
B) Empresa é qualquer atividade econômica destinada à 
produção de bens; empresário é a pessoa natural que exerce 
profissionalmente a empresa e tenha receita bruta anual de 
até R$ 100.000,00 (cem mil reais). 
C) Empresa é a atividade econômica organizada para a 
produção e/ou a circulação de bens e de serviços; 
empresário é o titular da empresa, quem a exerce em caráter 
profissional. 
D) Empresa é a repetição profissional dos atos de comércio 
ou mercancia; empresário é a pessoa natural ou jurídica que 
pratica de modo habitual tais atos de comércio. 
 
QUESTÃO 2 (OAB/EO- 2014 - XIII) Olímpio Noronha é 
servidor público militar ativo e, concomitantemente, exerce 
pessoalmente atividade econômica organizada sem ter sua 
firma inscrita na Junta Comercial. 
 
Em relação às obrigações assumidas por Olímpio Noronha, 
assinale a alternativa correta. 
 
A) São válidas tanto as obrigações assumidas no exercício da 
empresa quanto estranhas a essa atividade e por elas 
Olímpio Noronha responderá ilimitadamente. 
B) São nulas todas as obrigações assumidas, porque Olímpio 
Noronha não pode ser empresário concomitantemente com 
o serviço público militar. 
C) São válidas apenas as obrigações estranhas ao exercício 
da empresa, pelas quais Olímpio Noronha responderá 
ilimitadamente; as demais são nulas. 
D) São válidas apenas as obrigações relacionadas ao 
exercício da empresa e por elas Olímpio Noronha 
responderá limitadamente; as demais são anuláveis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO 3 (OAB/EO - 2013 - XII) - No contrato de alienação 
do estabelecimento da sociedade empresária Chaves & Cia 
Ltda., com sede em Theobroma, ficou pactuado que não 
haveria sub-rogação do adquirente nos contratos celebrados 
pelo alienante, em vigor na data da transferência, relativos 
ao fornecimento de matéria-prima para o exercício da 
empresa. Um dos sócios da sociedade empresária consulta 
sua advogada para saber se a estipulação é válida. 
Consoante as disposições legais sobre o estabelecimento, 
assinale a afirmativa correta. 
A) A estipulação é nula, pois o contrato de alienação do 
estabelecimento não pode afastar a sub-rogação do 
adquirente nos contratos celebrados anteriormente para 
sua exploração. 
B) A estipulação é válida, pois o contrato de alienação do 
estabelecimento pode afastar a sub-rogação do adquirente 
nos contratos celebrados anteriormente para sua 
exploração. 
C) A estipulação é anulável, podendo os terceiros rescindir 
seus contratos com a sociedade empresária em até 90 
(noventa) dias a contar da publicação da transferência. 
D) A estipulação é considerada não escrita, por desrespeitar 
norma de ordem pública que impõe a solidariedade entre 
alienante e adquirente pelas obrigações referentes ao 
estabelecimento. 
 
QUESTÃO 4 (OAB/EO - 2013 - X) - Lavanderias Roupa Limpa 
Ltda. (“Roupa Limpa”) alienou um de seus estabelecimentos 
comerciais, uma lavanderia no bairro do Jacintinho, na 
cidade de Maceió, para Caio da Silva, empresário individual. 
O contrato de trespasse foi omisso quanto à possibilidade de 
restabelecimento da “Roupa Limpa”, bem como nada dispôs 
a respeito da responsabilidade de Caio da Silva por débitos 
anteriores à transferência do estabelecimento. 
 
Nesse cenário, assinale a afirmativa correta. 
 
A) O contrato de trespasse será oponível a terceiros, 
independentemente de qualquer registro na Junta 
Comercial ou publicação. 
B) Caio da Silva não responderá por qualquer débito anterior 
à transferência, exceto os que não estiverem devidamente 
escriturados. 
C) Na omissão do contrato de trespasse, Roupa Limpa 
poderá se restabelecer no bairro do Jacintinho e fazer 
concorrência a Caio da Silva. 
D) Não havendo autorização expressa, “Roupa Limpa” não 
poderá fazer concorrência a Caio da Silva, nos cinco anos 
subsequentes à transferência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
@CAMILLABARRIUNUEVO 
CADERNO DE QUESTÕES – EMPRESARIAL E CONSUMIDOR 
 
DIREITO CONSUMIDOR – DIREITOS BÁSICOS DO 
CONSUMIDOR 
 
QUESTÃO 5 (OAB/EO – 2016 - XX) – Inês, pretendendo fazer 
pequenos reparos e manutenção em sua residência, contrai 
empréstimo com essa finalidade. Ocorre que, desconfiando 
dos valores pagos nas prestações, procura orientação 
jurídica e ingressa com ação revisional de cédula de crédito 
bancário, questionando a incidência de juros 
remuneratórios, ao argumento de serem mais altos que a 
média praticada no mercado. Requereu a inversão do ônus 
da prova e, ao final, a procedência do pedido para 
determinar a declaração de nulidade da cláusula. 
 
A respeito desta situação, é correto afirmar que o Código de 
Defesa do Consumidor 
 
A) não é aplicável na relação jurídica entre Inês e a 
instituição financeira, motivo pelo qual o questionamento 
deve seguir a ótica dos direitos obrigacionais previstos no 
Código Civil, o que inviabiliza a inversão do ônus da prova. 
B) é aplicável na relação jurídica entre Inês e a instituição 
financeira, cabível a inversão do ônus da prova, se 
preenchidos os requisitos legais e, em caso de nulidade da 
cláusula, todo contrato será declarado nulo, tendo em vista 
que prática abusiva é questão de ordem pública. 
C) é aplicável na relação jurídica entre Inês e a instituição 
financeira, cabível a inversão do ônus da prova caso a 
consumidora comprove preenchimento dos requisitos 
legais, sendo certo que a declaração de nulidade da cláusula 
não invalida o contrato, salvo se importar em ônus excessivo 
para o consumidor, apesar dos esforços de integração. 
D) não é aplicável na relação jurídica entre Inês e a 
instituição financeira, motivo pelo qual o questionamento 
orienta-se pela norma especial de direito bancário, em 
prejuízo da inversão do ônus da prova pleiteado, ainda que 
formalmente estivessem cumpridos os requisitos legais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 QUESTÃO 6 (OAB/EO - 2015 - XVII) - Tommy adquiriu 
determinado veículo junto a um revendedor de automóveis 
usados. Para tanto, fez o pagamento de 60% do valor do bem 
e financiou os 40% restantes com garantia de alienação 
fiduciária, junto ao banco com o qual mantém vínculo de 
conta-corrente. A negociação transcorreu normalmente e o 
veículo foi entregue. Ocorre que Tommy, alguns meses 
depois, achou que a obrigação assumida estava lhe sendo 
excessivamente onerosa. Procurou então você como 
advogado(a) a fim de saber se ainda assim seria possível 
questionar o negócio jurídico realizado e pedir revisão do 
contrato que Tommy sequer possuía. 
 
A esse respeito, assinale a afirmativa correta. 
 
A) A questão versa sobre alienação fiduciária em garantia 
que transfere ao credor o domínio resolúvel e a posse 
indireta do bem alienado, não havendo aplicabilidade do 
Código de Defesa do Consumidor e, portanto, nem o pedido 
de revisão na hipótese, haja vista que a questão jurídica está 
submetida unicamente à leitura da norma geral civil, sem a 
inversão do ônus da prova. 
B) A questão comporta aplicação do CDC, mas para propor 
ação revisional, a parte deve ingressar com medida cautelar 
preparatória de exibição de documentos, sob pena de 
extinção da medida cognitiva revisional por falta de 
interesse de agir. 
C) A questão versa sobre alienação fiduciária em garantia, 
que transfere para o devedor a posse direta do bem, 
tornando-o depositário, motivo pelo qual a questãojurídica 
rege-se exclusivamente pelas regras impostas pelo Decreto-
lei nº 911, de 1969, que estabelece normas de processo 
sobre alienação fiduciária. 
D) A questão comporta aplicação do CDC, e a ação revisional 
pode ser proposta independentemente de medida cautelar 
preparatória de exibição de documentos, já que o pleito de 
exibição do contrato poderá ser formulado incidentalmente 
e nos próprios autos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CADERNO DE QUESTÕES – EMPRESARIAL E CONSUMIDOR 
 
QUESTÃO 7 (OAB/EO - 2012 - IX) A sociedade empresária 
XYZ Ltda. oferta e celebra, com vários estudantes 
universitários, contratos individuais de fornecimento de 
material didático, nos quais garante a entrega, com 25% de 
desconto sobre o valor indicado pela editora, dos livros 
didáticos escolhidos pelos contratantes (de lista de editoras 
de antemão definidas). Os contratos têm duração de 24 
meses, e cada estudante compromete-se a pagar valor 
mensal, que fica como crédito, a ser abatido do valor dos 
livros escolhidos. Posteriormente, a capacidade de entrega 
da sociedade diminuiu, devido a dívidas e problemas 
judiciais. Em razão disso, ela pretende rever judicialmente os 
contratos, para obter aumento do valor mensal, ou então 
liberar-se do vínculo. 
 
Acerca dessa situação, assinale a afirmativa correta. 
 
A) A empresa não pode se valer do Código de Defesa do 
Consumidor e não há base, à luz do indicado, para rever os 
contratos. 
B) Aplica-se o CDC, já que os estudantes são destinatários 
finais do serviço, mas o aumento só será concedido se 
provada a dificuldade financeira e que, ademais, ainda assim 
o contrato seja proveitoso para os compradores. 
C) Aplica-se o CDC, mas a pretendida revisão da cláusula 
contratual só poderá ser efetuada se provado que os 
problemas citados têm natureza imprevisível, característica 
indispensável, no sistema do consumidor, para autorizar a 
revisão. 
D) A revisão é cabível, assentada na teoria da imprevisão, 
pois existe o contrato de execução diferida, a superveniência 
de onerosidade excessiva da prestação, a extrema vantagem 
para a outra parte, e a ocorrência de acontecimento 
extraordinário e imprevisível. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO 8 (OAB/EO - 2013 – XII) - Maria e Manoel, 
casados, pais dos gêmeos Gabriel e Thiago que têm apenas 
três meses de vida, residem há seis meses no Condomínio 
Vila Feliz. O fornecimento do serviço de energia elétrica na 
cidade onde moram é prestado por um única concessionária, 
a Companhia de Eletricidade Luz S.A. Há uma semana, o casal 
vem sofrendo com as contínuas e injustificadas interrupções 
na prestação do serviço pela concessionária, o que já 
acarretou a queima do aparelho de televisão e da geladeira, 
com a perda de todos os alimentos nela contidos. O casal 
pretende ser indenizado. 
 
Nesse caso, à luz do princípio da vulnerabilidade previsto no 
Código de Proteção e Defesa do Consumidor, assinale a 
afirmativa correta. 
 
A) Prevalece o entendimento jurisprudencial no sentido de 
que a vulnerabilidade no Código do Consumidor é sempre 
presumida, tanto para o consumidor pessoa física, Maria e 
Manoel, quanto para a pessoa jurídica, no caso, o 
Condomínio Vila Feliz, tendo ambos direitos básicos à 
indenização e à inversão judicial automática do ônus da 
prova. 
B) A doutrina consumerista dominante considera a 
vulnerabilidade um conceito jurídico indeterminado, 
plurissignificativo, sendo correto afirmar que, no caso em 
questão, está configurada a vulnerabilidade fática do casal 
diante da concessionária, havendo direito básico à 
indenização pela interrupção imotivada do serviço público 
essencial. 
C) É dominante o entendimento no sentido de que a 
vulnerabilidade nas relações de consumo é sinônimo exato 
de hipossuficiência econômica do consumidor. Logo, basta 
ao casal Maria e Manoel demonstrá-la para receber a 
integral proteção das normas consumeristas e o 
consequente direito básico à inversão automática do ônus 
da prova e a ampla indenização pelos danos sofridos. 
D) A vulnerabilidade nas relações de consumo se divide em 
apenas duas espécies: a jurídica ou científica e a técnica. 
Aquela representa a falta de conhecimentos jurídicos ou 
outros pertinentes à contabilidade e à economia, e esta, à 
ausência de conhecimentos específicos sobre o serviço 
oferecido, sendo que sua verificação é requisito legal para 
inversão do ônus da prova a favor do casal e do consequente 
direito à indenização. 
@CAMILLABARRIUNUEVO 
GABARITO - CADERNO DE QUESTÕES – EMPRESARIAL E CONSUMIDOR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 – C 2 – A 3 – B 4 – D 
5 – C 6 – D 7 – A 8 – B

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