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TCC Psicomotricidade como metodologia de ensino nas séries iniciais

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FACULDADE DE EDUCAÇÃO SÃO BRAZ
PSICOMOTRICIDADE COMO METODOLOGIA DE ENSINO NAS PRIMEIRAS SERIES
CURITIBA/PR
2018
�
FACULDADE DE EDUCAÇÃO SÃO BRAZ
DORALICE FERREIRA DE SOUZA
PSICOMOTRICIDADE COMO METODOLOGIA DE ENSINO NAS PRIMEIRAS SERIES
Trabalho entregue à Faculdade de Educação São Braz, como requisito legal para convalidação de competências, para obtenção de certificado de Especialização Lato Sensu, do curso de Especialização em Ensino em Tempo Integral, conforme Norma Regimental Interna e Art. 47, Inciso 2, da LDB 9394/96.
Orientador: Francisco Carlos Somavilla 
CURITIBA/PR
2018
RESUMO
O presente trabalho de conclusão tem por objetivo explicar o conceito de psicomotricidade e fazer considerações importantes acerca de sua importância na educação infantil, e também nos anos iniciais do ensino fundamental, visto que a psicomotricidade nos acompanha desde o útero materno, regendo todo o desenvolvimento motor, a parte do equilíbrio e também o desenvolvimento do intelecto da criança. É através da psicomotricidade que se percebe o desenvolvimento ou atraso da criança na fase escolar e define especialmente como se trabalhar com a criança em seus primeiros anos escolares. Para isso foram utilizados livros, artigos, revistas, envolvendo o tempo e sua aplicação na educação. Foi analisada toda a fundamentação teórica sobre a importância da psicomotricidade para a criança em seus primeiros anos escolares, além de saber qual é o papel da escola nesse processo de desenvolvimento físico e psíquico da criança e sobre como perturbações psicomotoras podem ocasionar em fracasso ou deficiência escolar. O objetivo, ao final do trabalho, é compreender como a psicomotricidade contribui para o desenvolvimento total da criança, tanto sua fala, como seus gestos, movimentos e aspectos físicos, afetivos e cognitivos.
Palavras-chave: Educação infantil. Psicomotricidade. Desenvolvimento. 
INTRODUÇÃO 
O primeiro movimento acerca da psicomotricidade surgiu na década de 1970 para contrapor o ensino da educação física tradicional. Apareceu como uma valorização do processo de desenvolvimento cognitivo, afetivo e psicomotor da criança, como forma de formação integral e se voltou diretamente para o aprimoramento no processo de desenvolvimento psicomotor da criança na educação infantil principalmente, portanto exige um trabalho adequando e profundo, propondo uma parceria entre o professor regente e o professor de educação física.
Sua aplicação no processo de alfabetização é primordial para a construção de diversos conceitos que são vistos como os pilares do processo de ensino aprendizagem. Deve utilizar as atividades lúdicas como impulsionadoras dos processos de desenvolvimento e aprendizagem, valorizando as aprendizagens significativas, espontâneas e exploratórias da criança e de suas relações interpessoais.
O objetivo do tema escolhido é refletir sobre como a psicomotricidade bem trabalhar pode estimular o desenvolvimento global da criança, e o contrário também é válido: se não for feita corretamente, pode fazer com que a criança não consiga progredir e até mesmo regredir. É notório que a criança que não é estimulada corretamente durante a educação infantil, na questão do movimento e psicomotricidade, tem por consequência movimentos descoordenados, desordenados, desinteresse por atividade física e lentidão ao realizar atividades normais do seu cotidiano, isso em seu ambiente social, o que atualmente vê-se com muita frequência no ambiente escolar e não raras vezes, em seu ambiente familiar, e é por esse motivo que o devido tema foi escolhido: saber como ajudar as crianças, desde a primeira infância até os primeiros anos do ensino fundamental a saberem trabalhar com seu corpo, e não ajam como robôs, prontos para aprender o que está sendo ensinado, sem relação com sua linguagem corporal.
Muitos professores do ensino fundamental tem conhecimento de que as dificuldades que os alunos carregam surgiram na educação infantil, basicamente no processo de alfabetização. Embora perceba-se ainda que poucos professores, educadores, pedagogos saibam realmente a verdadeira importância sobre o desenvolvimento desses pressupostos psicomotores, trabalhando com as crianças de forma mecânica, apenas disseminando o conteúdo sem se importar se dessa forma estão realmente aprendendo ou não.
Por esse motivo, o presente trabalho utilizou-se de uma pesquisa de campo investigativa, a fim de saber o que os professores atuais tem em mente quando o assunto é psicomotricidade e se sabem da importância e relevância que o assunto carrega consigo. Para essa pesquisa ter corpo e seu objetivo ser alcançado, foi utilizada uma escola da rede pública municipal, com professores das séries iniciais, do município de Assaí - Pr.
INÍCIO DA PSICOMOTRICIDADE 
O termo psicomotricidade surgiu no início do século XIX, mas não vinculado à educação e sim à neurologia, que pretendia estudar mais zonas do cérebro, além das motoras. Assim descobriu-se que o cérebro poderia estar normal, ou não lesionado, mas mesmo assim a pessoa possuía disfunções graves.
Dessa forma, alguns sintomas não apresentavam relação com um dano cerebral e muitas patologias já não podiam ser explicadas. Justamente nesse período que a psicomotricidade foi abordada, como uma forma de explicar certos fenômenos que os médicos não podiam relacionar com problemas neurológicos, no ano de 1870.
Um neuropsiquiatra muito importante que posteriormente seria muito conhecido, Dupré, em 1909, afirmou que a debilidade motora pode ser independente, se relacionada ao campo neurológico. A partir dele vários autores, pesquisadores, médicos, psicólogos se empenharam em descobrir mais sobre o assunto, como Henry Wallon, Edouard Guilmain e Julian de Ajuriaguerra.
Na década de 70 vários autores começaram a definir a psicomotricidade como uma motricidade de relação, separando-se e mostrando-se a diferença entre as posturas reeducativas e terapêuticas, ocupando-se mais do ser humano e suas relações, afetividade e emocional, onde começa-se a perceber o mundo individual da criança e como ela se comporta com o meio em que vive.
Dessa forma, a partir dos anos 80, a Educação Física se solidificava e se organizava, utilizando conhecimentos obtidos na Antropologia, Psicologia, Filosofia, Sociologia e na História, entendendo-se as influências que o meio físico e social tem sobre o desenvolvimento humano, trazendo clareza e visão crítica da realidade, para se entender a função da vivência das pessoas na sociedade.
Conforme Alves (2008), o ser humano não é e nem será feito de uma só vez, mas é construído aos poucos, por meio da ação com o meio em que vive e de suas próprias realizações, e é aí que a psicomotricidade torna-se essencial. Cada pessoa tem seu eixo corporal, adquirido pelo movimento e experiências, onde se adapta e busca sempre um equilíbrio melhor.
A criança não nasce pronta, já sabendo todos os movimentos, pelo contrário, é no dia a dia, de acordo com suas necessidades, que ela vai aprendendo como conseguir as coisas, e nesse ponto a psicomotricidade já começa a ter um papel importante.
A criança desde seus primeiros meses deve ser estimulada para que consiga desenvolver habilidades motoras. É um processo natural, pois ela começa a perceber os objetos que estão perto, já conseguindo ter noções básicas de perto e longe, alto e baixo. Ela toma consciência de si mesma a partir de seu primeiro ano de vida, e com o passar do tempo vai a cada dia mais se descobrindo, passando por fases onde tudo muda completamente. Tudo é transformado e ela se desenvolve física e mentalmente, pois mudam suas atitudes, seu pensar e seu comportamento.
Para Oliveira (2002, p. 28), "o desenvolvimento psicomotor aparece no nascimento e se estende gradativamente de acordo com o conhecimento que a criança possui em explorar o que a rodeia."E isso começa já na relação criada com a mãe, onde experimenta as primeiras sensações de movimento, onde ainda dentro do útero começa a exercer pressão contra as paredes uterinas ao mobilizar suas extremidades.
Após seu nascimento, continua explorando o corpo com o mundo que a cerca e dessa forma toma consciência de que possui um corpo e que pode utilizá-lo ao longo desses processos psicomotores.
A criança de um a três anos amplia sua capacidade de locomover-se assim que começa a andar, seu equilíbrio vai se tornando seguro, uma vez que já é capaz de saltar ou correr. Sua coordenação motora fina permite que segure com firmeza uma colher ou um copo. Imita, gesticula, reconhece seu próprio corpo.
Já a criança de quatro a seis anos coordena diversos segmentos motores, sendo capaz de realizar diversas ações, como:
[..] recortar, colar, encaixar pequenas peças etc., solidificam-se. Ao lado
disso, permanece a tendência lúdica da motricidade, sendo muito comum 
que as crianças, durante a realização de uma atividade, desviem a direção 
de seu gesto; é o caso, por exemplo, da criança que está recortando e que 
de repente põe-se a brincar com a tesoura, transformando-a num avião, 
numa espada etc.(BRASIL, 1998c, p. 24)
Alguns autores dizem que a psicomotricidade é a relação entre o pensamento e a ação envolvendo a emoção, ou seja, não existe corpo sem pensamento e vice-versa; para se ter o movimento é necessário um certo domínio mental.
2.1 A psicomotricidade nos anos iniciais do ensino fundamental 
É certo que o ser humano interage com o meio a partir da linguagem verbal e corporal. A criança domina primeiro a linguagem corporal tornando o movimento um meio de expressão de suas necessidades. Desta forma o movimento coloca a criança em contato com o mundo, mas à medida que vai crescendo e se desenvolvendo, aprende que a linguagem verbal em muitos momentos vem na frente do que a linguagem corporal.
Diante disso deve-se entender a relevância da Educação Física no currículo da Educação Básica e consequentemente também nos anos iniciais do Ensino Fundamental. Ressalta-se que nesta faixa etária o objetivo é desenvolver habilidades motoras, cognitivas, a percepção do movimento como fazendo parte da saúde, a comunicação e socialização, pois em boa parte estará em grupo realizando as atividades, além de auxiliar na construção da personalidade, prevenindo dificuldades de relacionamento.
Considerando que o processo de alfabetização é uma das fases mais importantes da vida da pessoa, pois é nela que se construem os pilares do processo de desenvolvimento ao longo de toda vida, a psicomotricidade deve estar ao seu lado, sendo uma ferramenta fundamental para garantir o sucesso do desenvolvimento e superação dos obstáculos que possam surgir durante o processo de aprendizagem.
O Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil foi concebido de maneira a servir como uma guia de reflexão de cunho educacional sobre objetivos, conteúdos e orientações didáticas para os profissionais que atuam diretamente com crianças de 0 a 5 anos, respeitando seus estilos pedagógicos e a diversidade cultural brasileira.
A psicomotricidade vem para romper o pensamento de que as crianças na educação infantil devem possuir posturas rígidas, mantendo-as em filas ou sentadas por tempo prolongado ou ainda de que devem ficar quietas, sem se moverem por entender que o movimento atrapalha a aprendizagem. Outro mito é o de que as crianças devem ser disciplinadas somente em sala de aula e não em outros ambientes, espaços diferenciados e por fim, a ideia de que a criança deve se adequar ao ritmo do outro, sem levar em consideração as personalidades diferentes que convivem no mesmo espaço, sendo assim, é normal que uma criança aprenda um assunto mais rápido que outra, e isso não é nenhuma deficiência.
Ao contrário disso, deve-se saber trabalhar com a criança de forma que ela tenha oportunidades de explorar o ambiente físico e social, participando de atividades desafiadoras e lúdicas, expressando sentimentos e pensamentos e sabendo que pode se manifestar por meio do seu próprio ritmo.
Ignorar os sinais que a criança demonstra, mesmo em silêncio, é um equívoco que precisa urgentemente ser corrigido, pois na fase escolar poderá apresentar uma caligrafia feia e sua leitura poderá não ser harmoniosa, sem contar as dificuldades para identificar entre esquerda e direita e em reconhecer a ordem de escrita em um quadro.
Assim como o trabalho da educação física na educação infantil não pode ser feita somente pelo fato de existir, no ensino fundamental continua o mesmo propósito. 
"[...] não se restringe ao simples exercício de certas habilidades e destrezas, 
mas sim de capacitar o indivíduo a refletir sobre suas possibilidades 
corporais e, com autonomia, exercê-las de maneira social e culturalmente 
significativa e adequada." (BRASIL, 1997, p. 27)
Para se trabalhar de forma eficaz no ensino fundamental é importante levar em consideração a relevância social do assunto, ou seja, a relação com a cultura e temas transversais; a característica dos alunos - sua diferença regional e sua individualidade; e as características da própria área, o movimento humano.
Outra coisa que se deve levar em consideração é a forma de avaliação dos alunos, individual ou em grupo, evitando comparações entre um e outro. Se planejar é fundamental, então para se trabalhar a psicomotricidade deve-se ter um diário, um planejamento, visando registrar todas as atividades, se deram certo em uma turma ou não em outra, e por quê não deram.
Nessa fase também é possível verificar como a criança enfrenta os desafios corporais na aprendizagem, diferente dos outros conteúdos. Como ela assimila, se comporta e reage frente às atividades propostas.
O professor deve conseguir a participação de todos, respeitando as regras e organização, fazendo com que todos interajam sem discriminação. É importante também que evite a avaliação por indicadores numéricos, pois é quase impossível mensurar o comportamento da criança, em relação ao corpo e movimento, em números.
Para que haja um bom entrosamento entre a tríade professor - aluno - aprendizagem, o trabalho da psicomotricidade é extremamente valioso, em qualquer idade ou fase escolar, por oferecer um paralelo entre o desenvolvimento das funções psíquicas, primordiais pelo bom comportamento social e escolar da pessoa.
Não se pode negar o quão necessário é o exercício físico para os desenvolvimentos mental, corporal e emocional da pessoa, especialmente da criança. Através do exercício físico a respiração é estimulada, bem como a circulação, o aparelho digestivo, fortalece os ossos, músculos e aumento da capacidade física geral, possibilitando pleno desenvolvimento ao corpo.
Se a criança não possuir nenhum problema neurológico, se possuir um bom controle de suas capacidades motoras, ela terá total capacidade de fazer experiências concretas e reais, ampliando seu conhecimento de atividades e conseguindo resolver problemas, o que lhe permite se conhecer e conhecer o mundo que a rodeia.
Mas para que o professor tenha sucesso em seu trabalho é fundamental que ele saiba como trabalhar a psicomotricidade e movimentos corporais, pois não basta tentar a educação "pela repetição", ou seja, ensinar os conceitos de alto e baixo, esquerda e direita, em seguida passar várias atividades em folhas de papel pedindo que a criança mostre qual o correto. Isso é válido contanto que seja aliado à psicomotricidade, fazendo com que as próprias crianças façam parte do exercício, pois para elas passa a ter um significado, um objetivo, uma consciência de movimentos, do seu "eu" para o mundo.
O pedagogo consciente da importância do seu trabalho e mais ainda, sobre como é essencial trabalhar a psicomotricidade na escola, orienta o professor, motiva-o e, juntos, conseguem chegar ao sucesso esperado.
2.2. Tipos de exercícios que auxiliam na aprendizagem e desenvolvimento 
Todasas atividades devem ter um objetivo claro, caso contrário perde seu sentido e as crianças apenas fazem por fazer, sem saber o porquê ou o que estão aprendendo com isso. O professor deve trabalhar movimentos naturais e atividades de rotina, como por exemplo o momento da higiene, como funciona a coordenação motora na hora da escovação dos dentes, bem como também deve prestar atenção às aptidões individuais, suas habilidades motoras e sua linguagem corporal ou não verbal.
Uma atividade interessante seria o de fazer o contorno do corpo da criança no chão e, como se fosse um espelho dela mesma, pedir que ela identifique qual o lado esquerdo e direito; qual o espaço (imaginado) ela ocupa, e assim por diante.
Os movimentos naturais são os que menos exigem explicação por parte do professor, pois são os movimentos que o próprio ser humano vai realizando à medida em que vai evoluindo em idade e conhecimento, como engatinhar, levantar, sentar, correr, agachar, saltar, e o que deve ser trabalhado são os movimentos engenhosos como os de arremessar, lançar, jogar, chutar além dos de manipulação como segurar, transportar e movimentar.
Quanto às aptidões, essas podem ser perceptivas ou físicas. Enquanto as primeiras se referem à capacidade de reagir a estímulos, sejam visuais, orais, sonoros, táteis, corporais, de percepção, as físicas são a capacidade orgânica do indivíduo, suas características de força, resistência e flexibilidade por exemplo.
A linguagem corporal deveria ser fácil de perceber mas muitas vezes, em meio a tantas distrações, tantos alunos e situações variadas, podem acabar fazendo com que o professor não note tanto quanto o desejável. São elas: linguagem corporal ao sentar, como cabeça baixa, coluna encolhida, como ao estar em pé, com os braços caídos, cabeça baixa, ombros caídos, ou seja sua postura, seu modo de andar, de gesticular e suas expressões faciais.
O ser humano vai passando por níveis de maturação, e quando a criança alcança um nível em que se reconhece sozinha, ela começa a se construir, pois sabe manipular seu corpo, descobre movimentos e abandona outros que estava acostumada, enfim a ação e reação da criança são atitudes dela consigo e com o meio.
2.3 Procedimento Metodológico de pesquisa
Para avaliar se a psicomotricidade está sendo aplicada, foi utilizada uma pesquisa junto aos professores da referida escola, onde conta com 310 alunos de 1º ao 5º ano, sendo 8 salas no período da manhã, mais a sala de recursos, e 5 salas no período da tarde.
Através da entrevista realizada, pôde-se perceber que todas as professoras regentes possuem a graduação em pedagogia, além das que também possuem magistério. Atualmente a escola não conta com auxílio de estagiárias e a única professora com formação diferente é a de educação física, por ser graduada na área em que atua.
Referente aos cursos, todos fazem os cursos que o município oferece, e algumas cursam também especializações e pós graduação.
Quanto à parte de atividade física, exercícios regulares, a grande maioria não se exercita, nem regular tampouco esporadicamente.
Quando a pergunta foi se sabem o conceito de psicomotricidade e se aplicam em suas aulas, todas disseram saber e também aplicar, admitindo também que sua aplicação torna mais fácil o aprendizado dos alunos.
3. CONCLUSÕES FINAIS 
Ao finalizar este trabalho foi possível verificar e demonstrar o quão importante é o uso correto da psicomotricidade e como exerce função vital na vida do aluno, passando por seus anos iniciais e o acompanhando por toda sua vida, seja social ou acadêmica e, inegavelmente percebe-se sua função durante o processo de alfabetização.
Tendo a psicomotricidade sido bem trabalhada, várias funções motoras e cognitivas são desenvolvidas: sua fala passa a ser melhor articulada, sua leitura, sua grafia começa a ter mais sentido.
Com o auxílio da pesquisa pôde-se notar que quando professores e a equipe pedagógica escolar sabem e aplicam a psicomotricidade os ganhos são reais e efetivos, pois conseguem desenvolver as lacunas de aprendizagem psicomotora, através de práticas e atividades que façam com que eles exercitem tanto de forma escrita, quanto oral e finalmente corporal.
Porém não basta simplesmente atirar atividades escritas e esperar que os alunos tenham um bom desenvolvimento na parte corporal, sem os devidos exercícios. E quando se fala em exercícios não é somente na aula de educação física, mas podendo ser também na aula de artes, na prática de lutas, danças, ou seja, tudo que envolva a parte motora e psíquica.
Se essa parte for bem estimulada e desenvolvida, a criança terá muito mais facilidade na alfabetização, porém esse estímulo também deve ocorrer no ambiente familiar, de forma natural. Problemas na fala, ou crianças que não conseguem segurar ou jogar objetos, tem a escrita feia, mas não apresentam nenhum desequilíbrio neurológico. Isso se deve a um mau desenvolvimento psicomotor, onde práticas habituais relativamente simples se tornem bem difíceis e mesmo impossíveis para quem não teve a psicomotricidade estimulada e desenvolvida.
Portanto conclui-se que o objetivo do presente trabalho foi alcançado, pois pode-se afirmar que a psicomotricidade possui um impacto altamente positivo e influenciador do pensamento e desenvolvimento motor e cognitivo dos alunos, afetando não somente sua vida acadêmica, mas também sua vida social, pois interfere diretamente no seu comportamento.
Da mesma forma os professores que se utilizam dessa prática sabem de sua importância em todos os quesitos de alfabetização e aprendizagem, pois faz com que as crianças se tornem seres independentes e com autonomia.
Ou seja, a escola deve ser um lugar de aprendizado, reflexão e troca, pois quando existe esse tripé, os professores se motivam por estar ensinando a todos com mais igualdade, tendo um olhar crítico sobre todas as dificuldades e soluções que podem alcançar, bem como os alunos se sentem mais motivados, pois tem na figura do professor a segurança necessária para superar suas dificuldades, sabendo que podem pensar, agir e questionar de forma diferente, sem serem pre julgados.
REFERÊNCIAS 
ALVES, F. Psicomotricidade: Corpo, Ação e Emoção. 1. ed. Rio de Janeiro: Wak, 2003.
BRASIL, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília, 1996.
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Brasília: MEC / SEF, 1998. 3. v., il.
JOSÉ, Elisabete da Assunção; COELHO, Maria Teresa. Problemas de Aprendizagem. 11. ed. São Paulo: Editora Ática, 1999.
LEBOUCH, Jean. O Desenvolvimento Psicomotor: do Nascimento aos 6 anos. Porto Alegre: Artes Médicas.
MEUR, A; STAES, L. Psicomotricidade: educação e reeducação. São Paulo: Editora Manole Ltda, 1984.
PSICOMOTRICIDADE, Associação Brasileira de. Histórico da psicomotricidade. Disponível em: < https://psicomotricidade.com.br/historico-da-psicomotricidade/>. Acesso em 18/03/2018.
VAGULA, Edilaine; STEINLE, Marlizete Cristina Bonafini. Organização do Trabalho Pedagógico na Educação Infantil: Reflexão e Pesquisa. Pearson Education do Brasil, 2013.
ANEXO 1 – QUESTIONÁRIOS APLICADOS
Gráfico 1: Formação dos professores
Gráfico 2: Cursos realizados pelos professores
Gráfico 3: Realizam atividade física
Gráfico 4: Conhecimento/aplicação da psicomotricidade

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