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Aula 6 - ESCOLA INGLESA

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PROF. FERNANDA KOTZIAS
ESCOLA INGLESA
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Matriz Curricular
Teoria das Relações Internacionais (3830) – 60 Horas 
 Idealismo: características, temas abordados e principais autores. Realismo: características, temas abordados e principais autores. Neo-realismo, teoria dos jogos e a abordagem sistêmica das relações internacionais.
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Escola Inglesa
Mapa Teórico
Realismo Clássico
Idealismo Clássico
Realismo Moderno
Idealismo Moderno
Neo-Realismo
Interdependência Complexa
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Escola Inglesa
Primeiro grande movimento a ganhar destaque fora dos Estados Unidos
1958 – Criação do Comitê Britânico de Política Internacional (Fundação Rockefeller)
Herbert Butterfield (Cambridge) e Martin Wight (London School of Economics)
Analisar premissas ligadas à atividade diplomática, política externa, ética dos conflitos internacionais e a condução científica dos estudos relacionados à política internacional
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Fases da Escola Inglesa
1959 – 1966: foco no sistema internacional e na sociedade internacional;
1966 – 1977: publicação dos principais livros – “O Sistema de Estados” (Wight) e “A Sociedade Anárquica” (Bull);
1977 – 1992: consolidação da Escola Inglesa e transição para uma nova geração de intelectuais – desenvolvimento das principais idéias e nomeação de Escola Inglesa por Roy Jones;
1992 – hoje: terceira geração de acadêmicos com pouca ou nenhuma ligação com o Comitê – confronto com as idéias Neo-realistas, Construtivistas, e outras teorias contemporâneas;
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Escola Inglesa
Principais expoentes: Wight e Bull
1985 – Dissolução formal do Comitê com a morte de Bull
Escola inglesa continuou existindo como importante referência da construção das teorias de RI
Foco na análise das RIs a partir do marco filosófico fixado por Hugo Grotius
Argumentação em torno da existência de uma “sociedade internacional”
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Escola Inglesa
O uso do conceito de uma “sociedade internacional” permitiria encontrar um meio termo entre as correntes hobbesiana e kantiana
Bull – densa teia de relações que supõem alta dosagem de cooperação
Partilha de valores comuns tornou-se possível com a ocidentalização do mundo promovida pelos Estados europeus a partir da Idade Moderna
Distinção entre “sistema internacional” x “sociedade internacional” x “sociedade mundial”
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Martin Wight (1913-1972)
Formação em Oxford sob orientação de Butterfield
Professor de História Moderna na London School of Economics
1937 – Royal Institute of International Affairs
Seus trabalhados foram reunidos, editados e publicados após a sua morte por sua esposa e Hedley Bull – “A Política do Poder”
Primeiro a diferenciar sociedade internacional e mundial de sistema internacional
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Martin Wight – “Rs”
Realismo: relações entre Estados baseadas na soberania (o sistema anárquico leva à balança de poder) – associado ao conceito de sistema internacional e ao positivismo (comportamento recorrente e regular);
Racionalismo: campo de estudo da Sociologia e da História das RI – diálogo entre os Estados, normas e leis (cooperação) – associado à construção da sociedade internacional – abordagem interpretativa;
Revolucionismo: centralidade do indivíduo nas RI e de sua precedência em relação aos Estados e às Relações Internacionais – associado à sociedade mundial;
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Martin Wight – “Rs”
As RIs não podem ser entendidas somente por meio de uma das teorias, mas sim pela fusão das três
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Sistema Internacional
Hobbes/ Maquiavel
Refere-se à política de poder entre Estados
A configuração do poder em uma ordem anárquica leva a busca de um balanço de poder, principalmente em termos militares
Nem sempre esta busca é consciente
Basta que haja qualquer tipo de interação entre Estados (Ex: guerra)
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Sociedade Internacional
Grotius
Idéia central no pensamento da Escola
Os Estados, assim como as pessoas, são constituídos em sociedade, e ela molda e é moldada por seus membros
Os Estados não formam meramente um sistema
O comportamento dos outros é considerado na formulação de políticas
Diálogo, regras comuns e instituições na condução das relações interestatais
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Sociedade Internacional
Destaca a idéia de construção de uma “ordem internacional”
Surge quando os Estados não só se reconhecem enquanto autoridades soberanas, mas estão dispostos a se relacionarem sob regras comuns
Adoção do Direito Internacional como norma de relacionamento entre um determinado grupo de Estados
Institucionalização do relacionamento exige que os Estados possuam valores morais e culturais compatíveis
Valores heterogêneos – predomínio do sistema internacional
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Sociedade Internacional
Global ou regional
Ex: União Européia
Membros deixaram de se balancear o poder e regem seus relacionamentos através de normas – direito comunitário
Admissão de novos membros passa pela questão da adaptação normativa e cultural a estes valores e regras comuns
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Sociedade Mundial
Kant
Leva em conta os indivíduos e as ONGs (sem fins lucrativos e empresas transnacionais)
Valores são compartilhados pelos indivíduos
Transcende a ordem dos Estados
Propõe novos padrões, com a adoção de novos sujeitos de direito internacional
Evidencia a questão dos Direitos Humanos 
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Sociedade Mundial
Wight e Butterfield – soc. mundial é pré-requisito para a sociedade internacional, já que os valores culturais compartilhados são os laços da sociedade
Bull - ordem internacional baseada na soberania estatal passa a ser ameaçada
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Vertentes da Escola Inglesa
Estrutural – contribui para a identificação da estrutura da sociedade internacional contemporânea (Bull, Manning, James)
Funcional – expande a discussão para a investigação das dinâmicas e vantagens da estrutura internacional existente (Bull, Vincent)
Histórica – foca na evolução histórica da estrutura institucional nas RIs (Wigth, Buzan)
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Hedley Bull (1932-1985)
Nasceu na Austrália
Formado em Filosofia e Direito (Universidade de Sydney)
Pós-graduação em Ciência Política (Oxford)
Aluno de Martin Wight (London School of Economics)
Principal Obra – “A Sociedade Anárquica” (1977)
Formulação de uma Teoria Normativa das RI inspirada na filosofia jurídica de Grotius
Objetividade dos valores morais – “todos estão submetidos à lei natural e integrados à sociedade internacional”
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Hedley Bull (1932-1985)
Atenção aos aspectos culturais envolvidos nas RI
Foco principal – ordem internacional
Parte da perspectiva britânica das RIs (experiência colonialista e imperialista)
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Contribuição da Escola Inglesa
Debate Pós-Guerra Fria
Reflexões sobre a sociedade internacional e suas dinâmicas
Trabalha a estrutura mas desenvolve questões materiais importantes – diversificação da agenda internacional
Ética
Justiça
Direitos Humanos
Valores e cultura internacional
Solidariedade/ Cooperação
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E. Carr e a Escola Inglesa
Até que ponto a obra “Vinte Anos de Crise” deve ser considerada uma obra Realista?
Pontos Principais da obra:
Ciência da Política Internacional (utopia x realidade)
Reconhece limitações do Realismo
Aborda a questão da moral internacional
Solução Jurídica de Litígios (Dto Internacional)
Introduz a expressão “sociedade” internacional
Conclui com a necessidade de uma nova ordem internacional
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Leituras Complementares
WIGHT, M. A Política do Poder. Brasília: UNB, 2002, p. 91-115.
BULL, H. A Sociedade Anárquica. Brasília: UNB, 2002, p. 7-64.
CARR, E. Vinte anos de Crise. Brasília: UNB, 2002.

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