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1 99 9-1 Copyright (c) 2000 V. T. Motta Síntese Protéica:Síntese Protéica: Tradução da Tradução da MensagemMensagem GenéticaGenética 99 9-2 Copyright (c) 2000 V. T. Motta BiossínteseBiossíntese protéicaprotéica � A síntese ocorre nas seguintes etapas Amino acid activation Chain initiation Chain elongation Chain termination 2 99 9-3 Copyright (c) 2000 V. T. Motta Código genéticoCódigo genético � Características do código genético �� tripletetriplete: seqüência de três bases (conhecida como códon) é necessária para especificar um aminoácido �� Sem sobreposiçãoSem sobreposição: nenhuma base é compartilhada entre códons consecutivos aa 2 UGC aa 3 AUG aa 4 CAU aa 1 GCA Nonoverlapping code with no bases shaded between codons CAU AUG Overlapping code with bases shared between codons 99 9-4 Copyright (c) 2000 V. T. Motta Código genéticoCódigo genético �� Sem vírgulasSem vírgulas: não há bases intervindo entre os códons �� DegeneradoDegenerado: mais de um triplete pode codificar o mesmo aminoácido; Leu, Ser e Arg, por exemplo, são codificados por seis tripletes �� UniversalUniversal: mesmo para todos os organismos – em vírus, em procariotos e em eucariotos; as únicas exceções são alguns códons na mitocôndria � Todos os 64 códons têm significados conhecidos � 61 deles codificam para aminoácidos � 3 (UAA, UAG e UGA) são sinais de terminação � para 15 aminoácidos, o código têm 2, 3 ou 4 tripletes, sendo só a terceira letra do códon que varia. Gly, por exemplo, é codificado por GGA, GGG, GGC e GGU 3 99 9-5 Copyright (c) 2000 V. T. Motta UUU UUC UUA UUG UCU UCC UCA UCG UAU UAC UAA UAG UGU UGC UGA UGG U U C A G U C A G CUU CUC CUA CUG CUU CCC CCA CCG CAU CAC CAA CAG CGU CGC CGA CGG U C A G C A G AUU AUC AUA AUG ACU ACC ACA ACG AAU AAC AAA AAG AGU AGC AGA AGG U C A G U C A G GUU GUC GUA GUG GCU GCC GCA GCG GAU GAC GAA GAG GGU GGC GGA GGG Phe Phe Leu Leu Leu Leu Leu Leu Ile Ile Ile Met Val Val Val Val Ser Ser Ser Ser Pro Pro Pro Pro Thr Thr Thr Thr Ala Ala Ala Ala Tyr Tyr Stop Stop His His Gln Gln Asn Asn Lys Lys Asp Asp Glu Glu Cys Cys Stop Trp Arg Arg Arg Arg Ser Ser Arg Arg Gly Gly Gly Gly 5' 3' 99 9-6 Copyright (c) 2000 V. T. Motta Código genéticoCódigo genético � O significado dos tripletes está baseado em vários tipos de experimentos �� mRNAmRNA sintéticosintético: se o mRNA é poli A, a polilisina é formada; se o mRNA é poli ---ACACACACAC---, o poli(thr-his) é formado �� Ensaio de ligaçãoEnsaio de ligação: aminoacil-tRNAs se ligam fortemente aos ribossomos em presença de trinucleoídeos �Os trinucleotídeos (faz o papel de códon do mRNA) possíveis são sintetizados por métodos químicos �Os ensaios são para cada tipo de trinucleotídeo �ex: o aminoacil-tRNA para a isoleucina se liga ao ribossomos em presença de AUC; então a seqüência AUC pode ser o códon para isoleucina 4 99 9-7 Copyright (c) 2000 V. T. Motta Pareamento oscilantePareamento oscilante � Muitos tRNAs podem reconhecer mais de um códon por causa de variações nos padrões possíveis de pontes de hidrogênio � Essa variação é chamada oscilante (“wobble”) � Aplica-se à primeira base de um anticódon (oscilante) 5' 3' mRNA G C C 3' 5' C G G tRNA mRNA codon tRNA anticodon "wobble base 99 9-8 Copyright (c) 2000 V. T. Motta Pareamento oscilantePareamento oscilante � A base na posição oscilante de um anticódon pode parear-se com várias bases diferentes no códon, não apenas com a especificada pelo pareamento de Watson-Crick GC UA A ou GU C ou UG A, C ou UI (hipoxantina) Base no terminal 3’ do anticódon Base no terminal 5’ do anticódon 5 99 9-9 Copyright (c) 2000 V. T. Motta N N O H N N R N N H O R O Inosine Uridine N N N R O Cytidine N N O H N N R Inosine H H N N O H N N R Inosine N N H N HN NR Adenosine 99 9-10 Copyright (c) 2000 V. T. Motta Pareamento oscilantePareamento oscilante � A hipótese da posição oscilante permite entender alguns aspectos da degeneração do código � Em muitos casos, os códons degenerados para um certo aminoácido diferem somente na terceira base; assim, um número menor de tRNAs diferentes é necessário, já que um dado tRNA pode parear-se com vários códons � A existência dessas oscilações também minimiza os danos potenciais de leituras erradas do código; por exemplo, se o código da leucina CUU, for lido erradamente como CUC ou CUA ou CUG durante a transcrição do mRNA, esses códons seriam traduzidos como leucina durante a síntese protéica 6 99 9-11 Copyright (c) 2000 V. T. Motta Ativação dos aminoácidosAtivação dos aminoácidos � Componentes necessários � Aminoácidos � tRNAs � aminoacil-tRNA sintases � ATP, Mg2+ � Formação de um aminoacil-tRNA amino acid + ATP aminoacyl-AMP + PP i aminoacyl-AMP + tRNA aminoacyl-tRNA + AMP amino acid + ATP + tRNA aminoacyl-tRNA + AMP + PP i 99 9-12 Copyright (c) 2000 V. T. Motta Ativação dos aminoácidosAtivação dos aminoácidos PP i A - r ib - O - P - O P O P O - O - O O - O O - O ATP + - O - C - C H - R O NH 3 + Amino acid A - r ib - O - P - O - C - C H - R O - O O NH 3 + An aminoacyl-AMP Step 1: 7 99 9-13 Copyright (c) 2000 V. T. Motta Ativação dos aminoácidosAtivação dos aminoácidos AMP A - r i b - O - P - O - C - C H - R O - O O N H 3 + An aminoacyl-AMP H A H O H H O H H O t R N A + Transfer RNA H A H O H O H H O t R N A C - C H - R N H 3 + O An aminoacyl-tRNA Step 2: 99 9-14 Copyright (c) 2000 V. T. Motta Iniciação da cadeiaIniciação da cadeia � Componentes necessários � fmet-tRNAfmet (N-formilmetionina-tRNAfmet) � Códon de iniciação (AUG) no mRNA � Subunidade ribossômica 30S � Subunidade ribossômica 50S � Fatores de iniciação IF-1, IF-2 e IF-3 � GTP, Mg2+ 8 99 9-15 Copyright (c) 2000 V. T. Motta Iniciação da cadeiaIniciação da cadeia � Em procariotos, o aminoácido N-terminal inicial de todas as proteínas é a N-formilmetionina Met + tRNA fmet Met-tRNA synthetase (ATP) Met-tRNA fmet F o r m y l - F H 4 F H 4 Met-tRNA fmet formyltransferase C H 3 - S - C H 2 C H 2 C H C - t R NA O NH CH O N-Formylmethionine-tRNA fmet 99 9-16 Copyright (c) 2000 V. T. Motta Iniciação da cadeiaIniciação da cadeia � Ambos tRNAmet e tRNAfmet contém o triplete 3’-UAC-5’ � Esse triplete pareia com a com 5’-AUG-3’ no mRNA � O triplete para o tRNAfmet reconhece o triplete AUG (o sinal de iniciação) quando ele ocorre no começo da seqüência do mRNA que dirige a síntese polipeptídica � O mesmo triplete 3’-UAC-5’ no tRNAmet reconhece o triplete AUG quando corre em uma posição interna na seqüência do mRNA � O sinal de iniciação é precedido de um segmento líder do mRNA, a seqüência de Shine-Dalgarno, 5’- GGAGGU-3’, que geralmente fica cerca de 10 nucleotídios acima (upstream) do sinal de iniciação AUG (mais próximo da extremidade 5’ do RNA) 9 99 9-17 Copyright (c) 2000 V. T. Motta Iniciação da cadeiaIniciação da cadeia � O início da síntese de um polipeptídio requer a formação de um complexo de iniciação � mRNA � Subunidade ribossômica 30S � N-formilmetionina-tRNAfmet � GTP � IF-3 facilita a ligação do mRNA à subunidade ribossômica 30S � IF-2 liga GTP e ajuda na seleção do tRNA iniciador� IF-1, a função é menos clara � Subunidade ribossômica 50S 99 9-18 Copyright (c) 2000 V. T. Motta Iniciação da cadeiaIniciação da cadeia � A ligação dessas unidades produz o complexo de complexo de iniciaçãoiniciação 70S70S � O processo de iniciação de cadeia em eucariotos não foi estudado com a mesma profundidade que nas bactérias, mas várias diferenças já são conhecidas � Metionina é o aminoácido usado para a iniciação � Não existe uma seqüência de Shine-Dagarno � Existem pelo menos oito fatores de iniciação; eles são designados eIF-1, eIF-2 e assim por diante, com o “e” de eucarioto 10 99 9-19 Copyright (c) 2000 V. T. Motta Alongamento da cadeiaAlongamento da cadeia � Componentes necessários � Ribossomo 70S � Códons do mRNA � aminoacil-tRNAs � Fatores de alongamento (EF-Tu, EF-Ts e EF-G) � GTP, and Mg2+ � Ver Figura 9.8 para um resumo das etapas 99 9-20 Copyright (c) 2000 V. T. Motta Alongamento da cadeiaAlongamento da cadeia � Alongamento etapa 1 � Um aminoacil-tRNA liga-se ao sítio A do ribossomo; são necessários os fatores EF-Tu e GTP � O sítio P do ribossomo já está ocupado � Alongamento etapa 2 � EF-Tu é liberado em uma reação e regenerado em um processo que requer EF-Ts e GTP � Alongamento etapa 3 � A ligação peptídica é formada, resultando um tRNA não-carregado no sítio P 11 99 9-21 Copyright (c) 2000 V. T. Motta HH O H O H H O t R N A An aminoacyl-tRNA A d e n i n e C = OH 2 N - C H R HH O H O H H O t R N A f m e t N-Formylmethionine-tRNA fmet A d e n i n e C = OH - C - N H - C H C H 3 S C H 2 C H 2 O HH O H H O H H O t R N A f m e t A d e n i n e HH O H O H H O t R N A A d e n i n e C = OH - C - N H - C H - C - N H - C H C H 3 S C H 2 C H 2 O R O peptidyl transferase + 99 9-22 Copyright (c) 2000 V. T. Motta Alongamento da cadeiaAlongamento da cadeia � O modo de ação da puromicina HH O H O H H O C - C H - R N H 3 + O An aminoacyl-tRNA N N N N N H 2 t R N A - O P O - C H 2 O - O HH N H H O H H O C - C H - C H 2 N H 3 + O N N N N N H O - C H 2 C H 3 H 3 C O C H 3 Puromycin 12 99 9-23 Copyright (c) 2000 V. T. Motta Alongamento da cadeiaAlongamento da cadeia � Elongation step 4 � O tRNA não-cerregado é liberado � O peptidil-tRNA é translocado para o sítio P, desocupando o sítio A � Os fatores de alongamento EF-G e GTP são necessários � Um novo aminoacil-tRNA ocupa o sítio A desocupado 99 9-24 Copyright (c) 2000 V. T. Motta Terminação da cadeiaTerminação da cadeia � A terminação da cadeia necessita � Códons de terminação (UAA, UAG e UGA) ou mRNA � RF-1 que se liga ao UAA e UAG � RF-2 que se liga ao UAA e UGA � RF-3 que não se liga a nenhum códon de terminação, mas facilita a atividade dos fatores RF-1 e RF-2 � GTP e Mg2+ � O complexo todo se dissocia, deixando livres os fatores de liberação, o tRNA, o mRNA e as subunidades 30S e 50S do ribossomo 13 99 9-25 Copyright (c) 2000 V. T. Motta Modificação polipeptídicaModificação polipeptídica � Os polipeptídios recém-sintetizados são freqüentemente processados antes de atingirem a forma na qual apresentam atividade biológica � Em procariotos, a N-formilmetionina é removida � Ligações específicas nos precursores podem ser hidrolisadas, como no caso da conversão de pré-pró-insulina em pró-insulina e essa em insulina � Seqüências-líderes são reconhecidas e removidas por proteases específicas, associadas ao retículo endoplasmático; a proteína finalizada então entra no complexo de Golgi, que a prepara para exportá-la até seu destino final � Vários co-fatores, como grupos heme, são adicionados e pontes dissulfeto são formadas � Alguns aminoácidos são também covalentemente modificados, como a conversão de prolina a hidroxiprolina 99 9-26 Copyright (c) 2000 V. T. Motta Tradução AcopladaTradução Acoplada � Em procariotos, a tradução começa imediatamente após a transcrição do mRNA � É possível uma molécula de mRNA que está ainda sendo sintetizada ter vários ribossomos ligados a ela. Também é possível para o DNA estar em vários estágios do processo de transcrição � Algumas moléculas de RNA polimerase estão ligadas a um único gene, cada um em um estágio diferente da transcrição �� PolissomoPolissomo: mRNA ligado a vários ribossomos �� Tradução acopladaTradução acoplada: o processo no qual um gene procarioto está sendo transcrito e traduzido simultaneamente 14 99 9-27 Copyright (c) 2000 V. T. Motta Vírus, Câncer e AIDSVírus, Câncer e AIDS � Quando o vírus símio 40 (SV40) infecta as células de primata � O vírus entra na célula e perde sua capa protéica � O DNA viral é expresso como mRNA e depois como proteínas � A proteína T grande é a primeira a ser produzida, disparando a replicação do DNA viral, e, em seguida, das proteínas do capsídeo viral � O vírus passa controlar a maquinaria celular tanto para a replicação do DNA, como para a síntese protéica � Novas partículas virais são montadas e, eventualmente, a célula infectada libera novas partículas virais que infectarão outras células 99 9-28 Copyright (c) 2000 V. T. Motta Vírus, Câncer e AIDSVírus, Câncer e AIDS � Os resultados são diferentes quando o SV40 infecta células de roedores � O vírus entra na célula e perde seu capsídeo � O DNA viral é expresso como mRNA e, então, como proteínas � A proteína T-grande é primeiro produzida, mas a replicação do DNA viral não acontece � O DNA do SV40 já presente na célula pode perder-se, ou ser integrado ao DNA da célula hospedeira � Se o DNA do SV40 se perder, não ocorrerão sinais visíveis de infecção � Se for integrado ao DNA da célula hospedeira, a célula infectada perderá o controle de seu próprio crescimento 15 99 9-29 Copyright (c) 2000 V. T. Motta Vírus, Câncer e AIDSVírus, Câncer e AIDS � Como resultado do acúmulo da proteína T-grande, a célula infectada passa a comportar-se como uma célula cancerosa � O gene da proteína T-grande é um oncogeneoncogene, que causa câncer � Oncogenes � São transportados de uma célula a outra por vírus, mas tais vírus geralmente se originam em células anteriormente infectadas. � Existem análogos desses genes nas células normais de muitas espécies diferentes, ou seja, em células que não foram infectadas por vírus � Quando algum evento desencadeante acontece, as células são transformadas 99 9-30 Copyright (c) 2000 V. T. Motta Vírus, Câncer e AIDSVírus, Câncer e AIDS � Como conseqüência de uma mudança nesse gene, a célula torna-se um câncer � Os oncogenes virais foram incorporados nos genomas de muitos vírus e são carregados juntos com os genes necessários especificamente para a replicação do vírus � Muitos vírus que transmitem oncogenes são retrovírus; os vírus de RNA que usam a transcriptase reversa para copiar os seus genomas de RNA em DNA � Os genomas de RNA de todos os retrovírus possuem genes para as proteínas do capsídeo (PC), para a transcriptase (RT) e para a proteína do envelope (PE) 16 99 9-31 Copyright (c) 2000 V. T. Motta Vírus, Câncer e AIDSVírus, Câncer e AIDS CP RT EP Typical viral gene Rouse sarcoma virus Oncogene HIV Gene for envelope protein and other overlapping proteins CP RT EP RTCP
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