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BACIA HIDROGRÁFICA) Miriam Rita Moro Mine BACIA HIDROGRÁFICA Unidade fundamental de gerenciamento dos recursos hídricos BACIA HIDROGRÁFICA Bacia Hidrográfica de um rio em uma dada seção é igual a superfície limitada por um contorno, dentro do qual toda água precipitada quando não é evaporada ou retida, escoa para aquela seção. Constitui um sistema extremamente complexo. Bacia hidrográfica Bacia Hidrográfica Sistema complexo que importa chuva e exporta vazão e evaporação Q BACIA P E SISTEMA HIDROLÓGICO Região do espaço limitada por uma fronteira (contorno, divisor de águas) que recebe água +…. (entrada) , modifica suas características e fornece uma saída. OPERADOR Ω ENTRADA SAÍDA I (t) Q (t) CONCEITO DE SISTEMA Sistema = conjunto de “partes” inter-relacionadas = partes que interagem. Em hidrologia ”partes” = processos hidrológicos. Bacia Hidrográfica do rio Iguaçu em FA Modelo É uma representação do comportamento do sistema; Os modelos matemáticos, também chamados de digitais, são os que representam a natureza do sistema, através de equações matemáticas; Estes modelos são mais versáteis, porque pode-se facilmente modificar a sua lógica, obtendo-se resultados de diferentes situações de um mesmo sistema ou de diferentes sistemas, além da grande velocidade de resposta; A desvantagem deste tipo de modelo está na discretização de processos contínuos e na dificuldade na apresentação matemática de alguns processos físicos; Em determinadas áreas de estudo, ainda não existem funções matemáticas que representem convincentemente certos fenômenos físicos. Exemplo de Modelo em Hidrologia S= k.Q dS/dt = I - Q k dQ/dt + Q = I ou (1 +kD)Q= I (D= d/dt) ou Q=(1+kD)-1. I BACIAS HIDROGRÁFICAS BRASILEIRAS BACIAS HIDROGRÁFICAS BRASILEIRAS BACIAS HIDROGRÁFICAS BRASILEIRAS Consulte o “site” abaixo para mais informações sobre bacias hidrográficas brasileiras. (http://www.aneel.gov.br/area.cfm?idArea =104): A bacia hidrográfica superficial e subterrânea • Os limites do sistema de drenagem superficial e subterrâneo não necessariamente coincidem no plano. • A descarga subterrânea pode entrar e sair do volume de controle, independente do que ocorre da bacia superficial, dependendo da geologia da região. • Bacia de drenagem superficial (“Catchment” ) – é uma área dentro de uma curva fechada projetada num plano horizontal, tal que todo escoamento superficial produzido pela precipitação que cai nesta área, passa por um ponto limite chamado exutória. Características físicas da bacia hidrográfica As características físicas primárias da bacia de drenagem são: Área; Configuração; Elevação; Declividade; Orientação; Tipo de solo; Sistema de drenagem ou canal. Características físicas da bacia hidrográfica Efeitos óbvios no escoamento. Por exemplo, o tipo de solo controla: Infiltração; Armazenamento superficial; Água no solo e armazenamento subterrâneo; Ligado com o tipo de solo e uso do solo está a cobertura vegetal. Bacias hidrográficas pequenas e grandes Os efeitos combinados de todos os fatores físicos permitem a classificação das bacias hidrográficas como hidrologicamente pequenas ou grandes. O tamanho da área sozinha não é um fator decisivo. Duas bacias hidrográficas de mesmo tamanho podem comportar-se totalmente diferentes. Bacias hidrologicamente grandes Predominância dos efeitos de armazenamento em cursos d’água e lagos,etc. A resposta da bacia hidrográfica para a chuva é mais lenta, há um grande efeito compensador. Não é sensível à variação da intensidade da chuva e ao uso do solo. Bacias hidrologicamente pequenas: • São controladas pelo “overland-flow”; • Uso do solo; • Declividade, etc. • Têm uma forte influência na grandeza da descarga de pico. Efeitos do armazenamento são pequenos e a bacia hidrográfica é muito sensível à chuva, isto é, responde rapidamente. Características físicas da bacia hidrográfica A descrição das características de uma bacia de drenagem não é facilmente formulada. O estudo da interação do clima e geologia forma uma parte de uma ciência própria, GEOMORFOLOGIA. A estrutura física dos padrões de escoamento superficial é visível, e há certas semelhanças com árvores, etc, que resultam de condições geológicas e climáticas similares. Estas semelhanças tornam possível introduzir certas classificações e algumas formalidades na descrição das bacias hidrográficas superficiais. Características físicas da bacia hidrográfica Para o escoamento superficial, o aspecto mais importante é o sistema da rede de canais (rios). O escoamento superficial é produzido pela precipitação na bacia hidrográfica e é descarregado, junto com solutos e sedimentos, pela exutória da bacia hidrográfica. Em detalhe , as condições variam com o tempo por causa das variações na superfície da terra, por exemplo, variações sazonais da vegetação, da umidade do solo,etc. Configuração dos rios Os padrões de drenagem de uma bacia hidrográfica em dado clima e geologia são caracterizados pela rede de canais. Geomorfologistas têm dado nomes a este padrões de rios , e a figura a seguir ilustra algumas dessas classificações. Padrões de drenagem reconhecíveis em fotografias aéreas Rede de canais idealizada Classificação dos rios Strahler (1952) definiu as ordens do rio como segue: • Os menores canais constituem os segmentos de 1ª ordem. • O segmento de 2ª ordem é formado pela junção de dois de 1ª ordem, etc... • O sistema de canais é uma árvore com a vazão na estação de saída formando a raiz. Bacia hidrográfica no plano Semelhança geométrica A relação entre a área e o comprimento é constante Raio de elongação (Schumm) Relação entre o diâmetro de um círculo com a mesma área da bacia e o comprimento da bacia. Estrutura da rede de canais Lei das áreas dos rios Lei dos comprimentos dos rios Lei dos números de rios Densidade de drenagem Estrutura da rede de canais Estudar este assunto no livro: EAGLESON P. S. Dynamic hydrology , McGraw- Hill Book Company, New York, USA, 1970. Relevo da bacia hidrográfica Lei das declividades dos rios Relação entre a declividade do vale lateral e do canal Análise hipsométrica Índices morfológicos do comportamento hidrológico Geometria do canal do rio Densidade de drenagem Declividade média da bacia Corte transversal de uma bacia A bacia hidrográfica do escoamento subterrâneo pode ser diferente. Divisores: Topográfico e Freático Fonte: Villela & Mattos, 1975 33 Principais Variáveis • Área de drenagem Bacia km² Rio Barigüi 269 Rio Atuba 126 Rio Belém 90 • Comprimento do rio principal; • Declividade média do rio principal; • Densidade de drenagem. • Desnível. Finte: Kit de sensibilização sobre rio Kunene - África Delimitação de bacias 34 Manual Cartas topográficas TIN Triangulated Irregular Network MNT - Modelo Numéricodo Terreno Automática • Gráfica ou • por Geoprocessamento Curvas de nível Fonte: Profª Maria Cecília Bonato Brandalize – PUC-PR Escala Equidistância 1:25.000 10,0m 1:50.000 25,0m 1:100.000 50,0m 1:200.000 100,0m Escala Equidistância 1:500 0,5m 1:1.000 1,0m 1:2.000 2,0m 1:10.000 10,0m Escala Equidistância 1:250.000 100,0m 1:500.000 200,0m 1:1.000.000 200,0m 1:10.000.000 500,0m Divisor de águas Divisor de águas: linha formada pelo encontro de duas vertentes opostas (pelos cumes) e segundo a qual as águas se dividem para uma e outra destas vertentes. Figura de DOMINGUES (1979). Fonte: Profª Maria Cecília Bonato Brandalize – PUC-PR Talvegue Talvegue: linha de encontro de duas vertentes opostas (pela base) e segundo a qual as águas tendem a se acumular formando os rios ou cursos d’água. Figura de DOMINGUES (1979). Fonte: Profª Maria Cecília Bonato Brandalize – PUC-PR Escoamento em rios MNT – Modelo Numérico do Terreno 720 700 680 740 680 700 720 740 720 720 adaptado do original de Francisco Olivera, Ph.D., P.E. Texas A&M University Department of Civil Engineering MNT derivado de mapa por interpolação No lugar de mapas: Delimitação automática de bacias 40 MN T Bacia Distância Acúmulos Aspecto 1 2 4 8 16 32 64 128 Código de direção de fluxo Comprimento do rio principal Define-se o rio principal de uma bacia hidrográfica como aquele que drena a maior área no interior da bacia. A medição do comprimento do rio pode ser por: - curvímetro ou - por geoprocessamento; Curvímetro: Mede o comprimento de linhas retas e curvas. Acúmulos Área de drenagem • Mapas em papel, escala razoavelmente grandes (1:50.000) Área plana (projeção horizontal) inclusa entre seus divisores topográficos. Determinação: 1. Planimetria Área da Bacia hidrográfica Determinação: 2. Softwares de geoprocessamento • Modelos numéricos do terreno (resolução espacial) 30m ~ 90m Aspecto Forma da bacia Importante devido tempo de concentração. Tempo de concentração: Tempo que leva a água do ponto mais distante para atingir a saída. Tempo que toda a bacia passa a contribuir na seção de estudo. Wilson, 1969, apud Studart, 2006 Forma da bacia Geralmente: Grandes rios forma de pera ou leque Pequenos rios variam muito, dependendo da estrutura geológica do terreno Densidade de drenagem (Dd) Identificação do grau de desenvolvimento de um sistema de drenagem Relação entre comprimento total dos cursos de água (efêmeros, intermitentes e perenes) da BH Área 0,5 km/km2 3,5 km/km2 Dd Drenagem pobre Excepcionalmente bem drenada Características do relevo Fatores meteorológicos Fatores hidrológicos T, EV, P, etc Velocidade de escoamento (declividade do terreno) Velocidade: Influênciam: Ciclo hidrológico A declividade controla em boa parte a velocidade do escoamento superficial (tempo que leva a água da chuva para concentrar-se nos leitos dos rios que constituem a rede de drenagem) Elevação mediana da bacia Representação gráfica do relevo médio da BH Mostra o percentual de área que existe acima ou abaixo das altitudes. Determinação: • Planimetria das áreas entre curvas de níveis • Quadrícula • Geoprocessamento Curva hipsométrica 50% Altitude mediana Altitude máxima Altitude mínima 100% Bacias Hidrográficas do Paraná 16 bacias
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