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BioCons_aula 7

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Conservação de 
comunidades e 
ecossistemas tropicais 
Dr. Márcio Efe 
2 
Comunidades 
Conjunto de todas as populações em uma determinada 
área, sejam elas de animais, vegetais ou microorganismos 
Ecossistema 
Unidade ecológica funcional básica a qual inclui tanto 
organismos quanto o ambiente abiótico interagindo entre si. 
3 
 Uma vez que é impossível conservar espécies 
individualmente em larga escala a solução é a 
conservação de comunidades e ecossistemas. 
 
 
 
 Três estratégias de ação: 
 
 áreas protegidas, 
 
 áreas não-protegidas e 
 
 áreas degradadas. 
4 
Áreas Protegidas 
 é uma área geográfica determinada um 
marco legal definido para garantir a 
conservação de suas particularidades e 
riquezas ambientais. 
Se as áreas estão fragmentadas, qual delas proteger ? 
5 
6 
+ espécies prioritárias 
+ processos ecológicos 
De que tamanho ? 
Mas, onde ? 
Qual estratégia ? 
7 
8 
Informações importantes 
Planejamento de áreas protegidas 
 
 
 
 
 tamanho do fragmento ? 
 
 Quantidade de fragmentos ? 
 
 Qualidade do ecossistema ? 
 
 Integridade do ecossistema ? 
 
 Conectividade dos fragmentos ? 
9 
10 
Planejamento de áreas protegidas 
 
 
 
 
 Formato do fragmento ? 
 
 Uniformidade do habitat ? 
 
 Interação com o homem ? 
 
 Situação fundiária ? 
 
 Apoio da sociedade ? 
Considerações 
 
 
 tamanho da reserva; 
 
 minimização dos efeitos de borda e de fragmentação; 
 
 corredores de hábitat; 
 
 ecologia da paisagem. 
11 
Manejo de áreas protegidas 
 
 ameaças 
 
 identificação 
 controle 
 interrupção 
 
 
 
 manejo de hábitat 
 
 permissivo 
 exclusivo 
12 
13 
Classificação de áreas protegidas da UICN 
São territórios protegidos para fins 
exclusivo de estudos científicos, educação 
e monitoramento ambiental. 
 
Permitem a manutenção de populações de 
espécies e a continuidade dos processos 
dos ecossistemas com a menor 
interferência possível. 
Reservas Naturais e Áreas Virgens 
14 
São áreas de grande beleza natural e 
cênica, mantidas com o propósito de dar 
proteção a um ou mais ecossistemas e 
para uso científico, educacional e 
recreativo. 
Parques Nacionais 
Classificação de áreas protegidas da UICN 
15 
São manejados como as reservas naturais 
porém pode ocorrer manipulação para 
manter as características da comunidade. 
 
Pode ser permitida extração controlada. 
Santuários ou Reservas Naturais 
Classificação de áreas protegidas da UICN 
16 
Permitem o uso tradicional não destrutivo 
de médio ambiente pela população local. 
 
Usualmente onde o uso tenha gerado uma 
área de características culturais, estéticas e 
ecológicas distintas. 
 
Esses locais oferecem oportunidades 
especiais para turismo ou recreação. 
Áreas de Proteção Ambiental 
Classificação de áreas protegidas da UICN 
17 
São áreas onde recursos naturais são 
preservados para o futuro. 
 
A utilização de recursos é controlada de 
forma compatível com as políticas 
nacionais. 
Reservas 
Classificação de áreas protegidas da UICN 
18 
Permitem que as sociedades tradicionais 
continuem mantendo seu modo de vida 
sem interferência externa. 
 
Freqüentemente as pessoas caçam, 
pescam ou extraem recursos ou praticam 
agricultura tradicional. 
Áreas Naturais Bióticas e Reservas Antropológicas 
Classificação de áreas protegidas da UICN 
19 
Permitem a utilização sustentável de 
recursos naturais, incluindo água, vida 
selvagem, pastagem para gado, extração 
de madeira, turismo e pesca. 
 
As atividades devem ser compatíveis com 
a preservação das comunidades biológicas. 
Áreas de Manejo de Uso Múltiplo 
Classificação de áreas protegidas da UICN 
20 
E quando as 
Áreas não 
estão 
Protegidas ? 
21 
 Áreas de amortecimento 
Conservação fora de Áreas Protegidas 
UC 
22 
 Corredores ecológicos 
Conservação fora de Áreas Protegidas 
UC 
23 
 Malhas ecológicos 
Conservação fora de Áreas Protegidas 
UC 
24 
Conservação fora de Áreas Protegidas 
25 
E quando as Áreas não estão em 
bom estado? 
26 
Conservação de Áreas Degradadas 
Restauração: processo de retornar a um estado original 
 
Reabilitação: restabelecer elementos da estrutura ou da 
função 
 
Reforma: restabelecer funções de áreas muito 
degradadas, sem que haja matrizes à restauração 
 
Recriação: utiliza modelos de outras áreas para restaurar 
áreas severamente degradadas 
 
Restabelecimento: busca restaurar a partir de um 
impulso artificial à sucessão natural, dependendo de uma 
série de fatores ao sucesso 
27 
28 
Conservação de Áreas Degradadas 
 Nucleação – integração da fauna e flora 
A -transposição de solo, B - empilhamento de galharia, C - poleiro artificial, D - ilhas de diversidade 
Manejo 
29 
Manejo 
Manipular ou proteger uma população para 
atingir um dado objetivo. 
• aplicação do conhecimento 
 
• interferência antrópica 
30 
l MANIPULATIVO - intervenções que provoquem 
mudanças em seus números populacionais. 
 
 oferta de alimento, habitat, densidade de predadores e 
doenças, densidade populacional. 
 
 
 
 
l CUSTODIAL - pretende minimizar influências externas 
sobre a população e seu habitat. 
 
 unidades de conservação e proteção de espécies ameaçadas 
31 
Uma população pode ser manejada para se : 
 
• promover o incremento populacional (espécies ameaçadas); 
 
• promover o decréscimo (espécies pragas); 
 
• promover o uso sustentado (espécies cinegéticas) 
 ou 
 
• quando a população não apresenta tendência anormal mas 
está sob atenção (espécies vulneráveis). 
32 
Para atingir os objetivos é necessário definir: 
 
1. Claramente o objetivo desejado; 
 
2. Qual opção de manejo é a mais apropriada; 
 
3. Por qual ação a opção de manejo será melhor 
executada. 
Manejo 
A primeira decisão requer um julgamento de valor, 
as demais julgamentos técnicos. 
33 
Objetivos – espécie ameaçada 
Redução 
das ameaças 
Recuperação da 
Viabilidade Populacional 
• Qual opção de manejo é a mais apropriada ? 
 
• Por quais ações a opção de manejo será melhor executada ? 
34 
Manejo 
35 
Necessidade Básica e 
Primordial à Conservação 
CONHECIMENTO 
36 
Manejo 
DECISÃO passa pela análises dos : 
 
• aspectos sociais, 
• políticos, 
• bio-ecológicos e 
• econômicos. 
37 
Manejo 
HIERARQUIAS DE DECISÃO 
 
1 - Onde pretendemos chegar ? 
2 - É possível conseguir isto ? 
3 - Temos como saber quando o objetivo for 
alcançado ? 
4 - O que vamos conseguir com isto ? 
5 - Quais as desvantagens ? 
6 - Quais os benefícios ? 
7 - Os benefícios superam as perdas ? 
 
“Peso” 
38 
PLANO DE MANEJO 
Diagnóstico (in-situ, ex-situ) 
 
• Levantamento das informações 
Manejo (in-situ, ex-situ) 
 
• Aplicação do conhecimento em prol da Conservação 
39 
 LEVANTAMENTO DAS INFORMAÇÕES 
 Diagnóstico 
Preliminar 
• Subpopulações existentes 
• Áreas de ocorrência 
• Ameaças 
• Áreas protegidas 
 Dinâmica 
Populacional 
• Taxa de natalidade 
• Taxa de mortalidade 
• Sucesso reprodutivo 
• Tamanho populacional efetivo 
40 
 LEVANTAMENTO DAS INFORMAÇÕES 
 Genética 
Populacional 
• Variabilidade genética 
• Tamanho efetivo populacional 
• Unidade evolutiva significativa (ESU) 
 Ecologia 
Populacional 
• Requisitosecológicos (guilda, nidificação) 
• Comportamentos (social, territorialista, 
monogâmico) 
• Características do habitat (qualidade, estrutura, tipos 
de uso) 
41 
 LEVANTAMENTO 
DAS 
INFORMAÇÕES 
Avaliação 
Populacional 
Genética 
• Sexagem 
• Consangüinidade 
• Polimorfismos 
• Variabilidade 
• Taxonomia 
• Mobilidade 
• Reações a estímulos 
Sanitária 
• Patógenos 
• Estrutura etária 
• Estrutura sexual 
Demográfica 
42 
AÇÕES 
 Restauração 
Ambiental 
• Corredores florestais 
• Criação de UCs 
 Enriquecimento 
Populacional 
• Translocações 
• Reintroduções 
43 
AÇÕES 
 Estabelecimento 
Populacional 
• Animais apreendidos 
• programa de reprodução em cativeiro 
• marcação individual (tatuagem, anilha, 
microchip) 
• organização dos dados (origem, filiação) - 
Studbook 
 Programa de 
Reprodução 
• Adequação do habitat 
• Acompanhamento comportamental 
• Pareamento 
• Acompanhamento do sucesso reprodutivo 
44 
OUTRAS AÇÕES 
 Educação 
Ambiental 
• Comunidades vizinhas às áreas de ocorrência 
• Proprietários de terras com habitat da espécie 
 Políticas 
Ambientais 
• Autoridades governamentais 
• Proprietários de terras com habitat da espécie 
• Gestão de habitats 
• Criação de UCs 
• RPPN 
• Reserva legal 
45 
 Corredores florestais 
 Plantio 
manual 
 Poleiros 
artificiais 
 Chuva de 
sementes 
 programa de reprodução 
 Estabelecimento 
Populacional 
 Restauração 
Ambiental 
 Ninho de 
madeira 
 Ninho 
de zinco 
 Ninho de 
cabaça 
A 
V 
A 
L 
I 
A 
Ç 
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O 
 
C 
O 
N 
S 
T 
A 
N 
T 
E 
 Ninho de 
madeira 
 Chuva de 
sementes 
MANEJO = PROCESSO DINÂMICO 
46 
CRIAÇÃO DE CENÁRIOS – Modelagem ambiental 
Análise de Viabilidade Populacional 
47 
CRIAÇÃO DE CENÁRIOS 
• Os resultados de 500 simulações 
para cada uma das populações indicam 
que populações com mais de 120 
indivíduos apresentam probabilidade de 
extinção abaixo de 5%; 
 
• Os resultados indicam que 
conservativamente, populações viáveis 
de Amazona rhodocorytha são 
atingidas a partir de tamanho 
populacional de 150 indivíduos. 
 
• o tamanho mínimo de fragmento 
capaz de manter populações viáveis 
deve ser de aproximadamente 4000 ha. 
48 
Inventariamento 
 
• Levantamento das informações 
Monitoramento 
 
• Acompanhamento das estratégias e ações 
Manejo 
 
• Aplicação do conhecimento em prol da Conservação 
Revisões 
e 
modificações 
Resumindo .... 
49 
PLANO DE MANEJO INTEGRADO 
PLANO DE MANEJO INTEGRADO 
Ecossistemas (Terrestre, costeiro e marinho) 
 
• Levantamento das informações nos três níveis 
Manejo integrado 
 
• Ações nos três níveis 
51 
PLANO DE MANEJO INTEGRADO 
• Princípios ecológicos e composição da biodiversidade devem 
ser mantidos (cadeia trófica e comunidades funcionais) 
• Ameaças externas => minimizadas; benefícios externos => 
maximizados 
• Processos evolucionários conservados (conexões populacionais) 
• Manejo => + adaptativo e - intrusivo 
 Princípios básicos 
52 
PLANO DE MANEJO INTEGRADO 
• Princípios ecológicos e composição da biodiversidade (UC) 
• Ameaças externas => caça; benefícios externos => 
conscientização 
• Processos evolucionários conservados (aumento populacional) 
• Manejo => ações integradas em terra e no mar 
 Estudo de caso – PROJETO BALEIA FRANCA 
53 
 Ações continentais 
54 
 Ações continentais 
55 
 Ações costeiras 
56 
 Ações marinhas 
57 
PLANO DE MANEJO INTEGRADO 
• Princípios ecológicos e composição da biodiversidade (cadeia 
trófica, regeneração florestal e controle de predadores) 
• Ameaças externas => cabras; benefícios externos => ilha 
militar 
• Processos evolucionários conservados (translocação) 
• Manejo => insular e marinho 
 Estudo de caso – Aves Marinhas - Tesourão-pequeno 
58 
Tesourão-pequeno - Fregata ariel 
59 
• A destruição do habitat, o distúrbio nas colônias reprodutivas, a introdução 
de predadores e a interferência direta do homem são as principais ameaças; 
 
 
 
• A sobrepesca de peixes predadores também pode afetar; 
 
 
 
• Em Trindade a derrubada ou descaracterização das árvores utilizadas para 
reprodução é a principal ameaça; 
 
 
 
• O treinamento militar, pode ser uma das sérias causas de distúrbio e 
ameaça para a espécie na região. 
Ameaças e ações de conservação 
60 
• Elaboração de estudos para confirmar a ocorrência de reprodução, definir 
tamanho e dinâmica populacional e requisitos ecológicos necessários à 
sobrevivência da espécie na ilha de Trindade e no arquipélago Martim Vaz. 
 
 
 
• Recomposição florestal e retirada ou confinamento do rebanho caprino 
 
 
 
• Transformação do grupo de ilhas em UC e estabelecimento de acordos com a 
Marinha para a interrupção de treinamentos militares na região. 
Ações de conservação 
61

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