Buscar

direito tributario para fgv

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 54 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 54 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 54 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Assuntos da Rodada 
DIREITO TRIBUTÁRIO: Conceito e Classificação dos Tributos. Competência 
Tributária. Limitações Constitucionais ao Poder de Tributar. Princípios Constitucionais 
Tributários. Imunidades. Obrigação Tributária Principal e Acessória. Fato Gerador da 
Obrigação Tributária. Sujeição Ativa e Passiva. Solidariedade. Capacidade Tributária. 
Domicílio Tributário. Responsabilidade Tributária. Conceito. Responsabilidade dos 
Sucessores. Responsabilidade de Terceiros. Responsabilidade por Infrações. Crédito 
Tributário. Conceito. Constituição do Crédito Tributário. Lançamento. Modalidades de 
Lançamento. Hipóteses de alteração do lançamento. Suspensão da Exigibilidade do 
Crédito Tributário. Modalidades. Extinção do Crédito Tributário. Modalidades. 
Pagamento Indevido. Exclusão do Crédito Tributário. Modalidades. Garantias e 
Privilégios do Crédito Tributário. Tributos de Competência da União. Tributos de 
Competência dos Estados. Tributos de Competência dos Municípios. Simples 
Nacional. Administração Tributária. Fiscalização. Dívida Ativa. Certidões Negativas. 
Legislação Tributária. Constituição. Emendas à Constituição. Leis Complementares. Leis 
Ordinárias. Leis Delegadas.Medidas Provisórias. Tratados Internacionais. Decretos. 
Resoluções. Decretos Legislativos Convênios Normas Complementares. Código 
Tributário Nacional – CTN. Vigência da Legislação Tributária. Aplicação da Legislação 
Tributária. Interpretação e Integração da Legislação Tributária. 
 
Rodada #1 
Direito Tributário 
 
Professor Ricardo Wermelinger 
 
 
 
 
 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
2 
Recados importantes! 
➢ A reprodução indevida, não autorizada, deste material ou de qualquer parte 
dele sujeitará o infrator a multa de até 3 mil vezes o valor do curso, à apreensão 
das cópias ilegais, à responsabilidade reparatória civil e persecução criminal, nos 
termos dos artigos 102 e seguintes da Lei 9.610/98. 
➢ Você poderá fazer mais questões destes assuntos no teste semanal, liberado 
ao final da rodada. 
➢ Tente cumprir as metas na ordem que determinamos. É fundamental para o 
perfeito aproveitamento do treinamento. 
➢ Qualquer problema com a meta, envie uma mensagem para o WhatsApp oficial 
da Turma Elite (35) 9106 5456. 
➢ Eu organizei as matérias do edital pela ordem em que estudaremos, no quadro 
da página anterior. Ali está exatamente tudo do edital, copiei e colei, só troquei 
a ordem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
3 
a. Teoria 
 
1. Tributo é tudo que você é obrigado a pagar pro governo, sem ser multa. 
 
2. A definição de tributos que cai nas provas naturalmente não é essa, mas sim a do 
artigo 3º do CTN: 
Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa 
exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante 
atividade administrativa plenamente vinculada. 
 
3. Prestação Pecuniária em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir: Tributo 
deve ser calculado em moeda e cobrado em moeda. 
O que cai na prova? 
Pagamento de tributos com mercadoria: não pode. 
Pagamento de tributos com trabalho: não pode. 
Tributos ad valorem x específicos: tributos ad valorem são os tradicionais: alíquota 
de 10% sobre o valor da mercadoria, por exemplo. São calculados sobre o valor (daí 
o valorem). Tributos específicos são calculados sobre a unidade: R$ 10 por garrafa 
de whisky, ou R$ 5 por tonelada de ferro. Aqui não se tributa por valor, mas por 
quantidade. Em ambos os casos, o valor do tributo será expresso normalmente em 
moeda, ambos são permitidos e largamente usados. 
 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
4 
4. Compulsória: tributo não decorre do acordo de vontades, ninguém pode escolher 
não pagar tributo. E o Estado também não pode escolher cobrar ou não. 
O que cai na prova? 
Caráter contratual/sinalagmático: tributo não tem isso. 
Vontade do contribuinte de pagar: é irrelevante, tem que pagar com ou sem 
vontade. 
 
5. Que não constitua sanção de ato ilícito: grande parte das questões dos alunos 
nos fóruns são sobre essa parte. Iremos estudar isso em três momentos da 
matéria; agora, ao estudar as funções dos tributos, e ao estudar obrigação 
tributária. Eu vou transmitir a ideia para vocês, então, em sucessivas camadas de 
profundidade. Hoje vamos ao básico. 
Sacam o que é tipo tributário? A mesma coisa de tipo penal.... É a previsão legal de 
uma situação que gerará uma consequência. No direito penal temos o tipo: matar 
alguém. Pena: 6 a 20 anos. Tipo: Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia 
móvel (furto). Pena: de 1 a 4 anos. 
Em direito tributário é a mesma coisa. Tipo: auferir renda. Consequência: pagar 
imposto de renda. Tipo: ser proprietário de veículo automotor. Consequência: 
pagar IPVA. 
O tipo tributário precisa ser lícito. Não se pode ter tipo tributário ilícito. Os tipos 
ilícitos são do direito penal. Para eles, como consequência, temos uma punição 
(uma pena). Em direito tributário a consequência é o pagamento de um tributo, 
mas o tributo não é uma pena. Você que ganha muito dinheiro não está pagando 
imposto de renda como uma punição por ser bem sucedido. 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
5 
Afinal, um dos principais objetivos de punir alguém é tentar educar a pessoa para 
não repetir o comportamento ilegal. Se trouxéssemos isso para o direito tributário, 
significaria dizer que o governo quer que todo mundo faça voto de pobreza, pare 
de ganhar dinheiro ou ter bens. 
Tributo, portanto, não é pena. Assim sendo, não se aplica aos comportamentos 
ilegais, apenas aos legais. 
Entenderam? 
As duas próximas “camadas” desse assunto são: o uso dos tributos para 
desestimular comportamentos, parecido com a função educativa da pena 
(exemplo: taxação altíssima dos cigarros), e o imposto de renda do ladrão de 
banco. Cada coisa na sua hora, mas fica a sementinha plantada aí na cabeça de 
vocês... 
 
6. Instituída em lei: Esse tema irá se desdobrar em vários tópicos ao longo do curso. 
Por agora, vejamos... 
O que cai na prova? 
Medida provisória tem força de lei (ordinária). 
Multas e demais penalidades tributárias também precisam ser criadas em lei. 
 
7. Cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada: Aqui entra 
o conhecimento de direito administrativo que sei que vocês têm! Plenamente 
vinculada, zero margem para a Administração. 
O que cai na prova? 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
6 
Margem de discricionariedade da administração: zero. Nenhuma. Mesmo. 
Deixar de cobrar tributo por motivo qualquer: não pode. Ocorreu o fato gerador do 
tributo, precisa ser cobrado. Ainda veremos melhor, mas essa cobrança começa 
pelo chamado lançamento tributário. 
 
8. Vamos para as espécies de tributo. Para estudarmos o que de mais marcante 
diferencia um tributo do outro, precisamos começar por vinculação. Vinculação, 
aqui, não tem a menor relação com a atividade plenamente vinculada que vimos há 
pouco, é outro conceito. 
Os tributos podem ser vinculados a uma atuação estatal. São chamados tributos 
contraprestacionais, pois são cobrados contra prestação do Estado (em razão de 
prestação do Estado). 
Outros são não vinculados. Não é necessário que o Estado faça nada para que 
ocorra seu fato gerador. 
Tributo vinculado: taxa de emissão de passaporte, taxa de fiscalização da vigilância 
sanitária, taxa de coleta de lixo. 
Tributo não vinculado: imposto de renda, IPVA, IPTU, ICMS, ISS... 
No popular, as pessoas reclamam “pago IPVA em dia mas as ruas estão 
esburacadas!”. Para o nosso estudo,essa crítica não procede. O IPVA não possui 
relação com a atuação do Estado de conservar as ruas. Ele apenas depende de 
haver propriedade de veículo. 
 
9. Impostos: esses são os tributos não vinculados em sua essência. Tanto que a 
definição do CTN diz apenas isso: 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
7 
CTN 16 Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação 
independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte. 
 
 
10. Taxas: são os tributos vinculados em sua essência. 
CTN 77 As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos 
Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o 
exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço 
público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição. 
Existem dois tipos de taxa: a de polícia e a de serviço. 
O Poder de polícia ocorre quando o Estado resolve regulamentar uma atividade 
qualquer, restringindo a liberdade privada por questões de segurança, saúde, 
interesse público, etc e tal. Quem exerce essa atividade precisa pagar uma taxa, 
cujo objetivo é custear essa regulação. 
Em outras palavras: certas atividades são especiais, dão um trabalho diferente 
para o Estado regular e fiscalizar. Em vez de todo mundo pagar o pato, apenas 
aquelas pessoas que praticam a atividade bancam esse “Estado xerife”. 
Já a taxa de serviço é aquela que custeia uma atividade do “Estado empresário”. 
Quando o Estado oferece à população algo específico e divisível, cabe ao usuário 
pagar. Específico: deve ser uma atividade estatal determinada. Não vale “cuidar da 
higiene das pessoas”, mas sim “recolher o lixo”. E divisível: cada usuário deve ser 
identificado. Não vale “varrer a calçada”, pois todos a usam, não só o morador da 
casa que fica em frente, mas sim “recolher o lixo” daquela casa. 
O serviço não precisa ser efetivamente prestado, basta estar à disposição e ser 
obrigatório. Exemplo, sempre o mesmo: coleta de lixo. É obrigatória, pois por 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
8 
saúde pública ninguém pode queimar seu lixo ou enterrar no quintal. E basta estar 
à disposição, pois ainda que a casa esteja vazia, o serviço será cobrado, desde que 
o caminhão passe na porta para recolher. 
Existe uma regra sobre taxas que costuma cair: as taxas não podem ter base de 
cálculo própria dos impostos. O que significa isso? Que as taxas não podem ter 
como base de cálculo uma atuação do contribuinte, mas sim a atuação estatal. A 
forma de calcular o tributo, da mesma forma, não pode ser como nos impostos, 
mas baseada na atuação estatal. 
Sabe onde isso se vê na prática? Coleta de lixo, rsrs. Algumas prefeituras tentaram 
cobrar tendo como base de cálculo o valor dos imóveis. Porém, isso é a base de 
cálculo do IPTU, e um imóvel valer mais do que o outro não significa que produzirá 
mais lixo do que o outro. 
O ideal seria a cobrança calculada com base no número de sacos ou peso do lixo 
recolhido. Isso é impossível, claro. Outra solução seria cobrar com base no número 
de moradores da casa. Possível, mas muito difícil. A solução que se encontrou foi a 
cobrança com base no tamanho do imóvel, independente do seu valor. Presume-
se que uma casa maior produzirá mais lixo que uma menor. Não é o ideal, mas é 
razoável, essa foi a solução mais aceita pelos Tribunais, dentre as várias que os 
municípios tentaram. 
Mudando de assunto, existem serviços que, apesar de prestados pelo Estado ou 
por concessão, não são obrigatórios. Se não é obrigatório, a pessoa usa se quiser. 
Se ela usa se quiser, ela paga se quiser, certo? (desde que use) 
Esses serviços não são remunerados por taxa, são remunerados por 
tarifa/preço público. 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
9 
Tarifa/preço público não é tributo, é prestação civil. Aqui temos um caráter 
contratual do serviço, a pessoa contratou porque quis. Nada do que virmos em 
nossas aulas se aplica a tarifa. 
Exemplo: tarifa de telefonia. 
 
11. Contribuição de melhoria: muito simples. Se o Estado faz uma obra e essa obra 
gera valorização no preço dos imóveis da vizinhança, pode ser cobrada uma 
contribuição de melhoria. 
Veja que são duas condições simultâneas: a obra, e a valorização decorrente da 
obra. Obra que desvaloriza o imóvel não poder ser tributada. Valorização que não 
decorreu de obra também não. 
Esse tributo tem dois limites: o custo total da obra, e a valorização individual de 
cada imóvel. O somatório de todas as contribuições cobradas de todos os 
envolvidos não pode superar o custo total da obra. E o valor que cada contribuinte 
terá que pagar não pode exceder a valorização individual do seu imóvel. 
Logo, uma obra muito cara que valorizou pouco os imóveis esbarrará no teto da 
valorização, e obra barata que valorizou muito esbarrará no teto do custo total da 
obra. 
 
12. Antes de seguirmos com as espécies tributárias, precisamos separar aqui o CTN da 
CF. Se olharmos o CTN, artigo 5º, veremos que “os tributos são impostos, taxas e 
contribuições de melhoria”. 
Mais importante ainda, veremos o seguinte: 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
10 
CTN 4º A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador da 
respectiva obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la: 
I - a denominação e demais características formais adotadas pela lei; 
II - a destinação legal do produto da sua arrecadação. 
Assim sendo, pelo CTN, nem o nome nem o destino da arrecadação são 
importantes para definir as espécies tributárias. Quanto ao nome tudo bem, 
mas já o destino... 
O CTN é anterior à CF. Na CF, duas novas espécies tributárias foram criadas. E a 
diferença entre elas e as demais é justamente a destinação legal do produto da sua 
arrecadação. 
Vamos a elas. 
 
13. Contribuições Especiais: Englobam algumas categorias, cujo detalhamento acho 
melhor deixarmos pra ver na aula sobre contribuições: 
• Contribuições Sociais (ver CF 194) 
• Contribuição de Intervenção no domínio econômico (CIDE) 
• Contribuições de interesse das categorias profissionais (OAB, CFM, CREA e 
afins) 
• COSIP (iluminação pública) 
A diferença entre as contribuições e os impostos é justamente que as contribuições 
possuem o produto da sua arrecadação previamente determinado, ao passo que a 
receita dos impostos vai para o “bolo” geral do orçamento. 
Quem não lembra da CMPF, criada para custear a saúde? 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
11 
A COSIP foi criada inicialmente como imposto, reconhecido inconstitucional pelo 
STF. Depois, promoveu-se a mudança no texto constitucional por emenda. Consta 
da constituição que essa contribuição pode ser cobrada na conta de energia 
elétrica, uma preocupação com os detalhes para garantir que o STF não visse 
nenhum outro problema no novo tributo. 
 
14. Empréstimos Compulsórios: nossa última espécie. O que diferencia os 
empréstimos compulsórios das demais é que, além de eles terem o produto da sua 
arrecadação previamente determinado, esse produto em algum momento terá que 
ser devolvido aos contribuintes. 
Só podem ser criados pela União, mediante Lei Complementar, em casos 
específicos, previstos na Constituição: 
CF 148 A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios: 
I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de 
guerra externa ou sua iminência; 
II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, 
observado o disposto no art. 150, III, "b". 
Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientesde empréstimo compulsório 
será vinculada à despesa que fundamentou sua instituição. 
Existem questionamentos jurisprudenciais sobre esse parágrafo único: se o 
desvirtuamento da aplicação dos recursos possuiria relação direta com a 
(in)constitucionalidade da cobrança do tributo. 
 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
12 
O entendimento é de que o desvirtuamento dos recursos teria impacto na 
inconstitucionalidade do tributo. 
Teoricamente, o mesmo questionamento poderia ser feito em relação ao 
desvirtuamento do produto das contribuições, porém, naquele caso, se entende 
que uma irregularidade orçamentária/de direito financeira não teria reflexos na 
inconstitucionalidade da cobrança em si da contribuição. 
 
15. Ficamos, portanto, com duas classificações dos tributos: 
CTN: 3 espécies, o destino da arrecadação é irrelevante 
CF: 5 espécies, o destino da arrecadação é relevante 
Se o enunciado mencionar expressamente o CTN, marque 3. Se não falar nada, ou 
falar na CF ou em entendimento do STF, marque 5. 
A banca costuma confundir o candidato, aqui, misturando um tópico de 
competência tributária. Ainda vamos estudar, mas já adianto, para garantir que 
vocês conseguirão matar as questões que encontrarem: 
Existem 5 espécies tributárias na CF, porém, apenas 3 podem ser criadas por todos 
os entes da federação (impostos, taxas e contribuições de melhoria). 
A pegadinha é a pergunta vir assim: “Conforme a Constituição, União, Estados, DF e 
Municípios podem instituir as seguintes espécies tributárias:” 
A resposta são 3. Apesar de haver 5 espécies tributárias na CF, apenas 3 podem ser 
criadas pelas três esferas do Governo. 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
13 
Existem contribuições que apenas a União cria. Empréstimos compulsórios 
também são só dela. A contribuição de iluminação pública, por outro lado, é 
exclusiva de municípios e DF, e por aí vai. 
Assim sendo, em resumo: Existem 3 espécies no CTN. Na CF, existem 5, sendo que, 
dessas 5, apenas 3 podem ser criadas por todos, que são justamente as mesmas 3 
previstas no CTN. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
14 
b. Mapas mentais 
 
 
 
 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
15 
c. Revisão 1 
 
QUESTÃO 01 – FGV – CODEMIG – ANALISTA – 2015 
O tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer 
atividade estatal específica, relativa ao contribuinte, é: 
a) contribuição de melhoria; 
b) imposto; 
c) taxa; 
d) royaltie; 
e) participação especial. 
 
QUESTÃO 2 - ESAF – MPOG - 2010 
É sabido que, de acordo com o art. 3o do Código Tributário Nacional, tributo é toda 
prestação pecuniária, compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, 
que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade 
administrativa plenamente vinculada. 
Consoante tal entendimento, é errado afirmar-se que: 
a) as multas pelo descumprimento da obrigação tributária não são tributos, mas 
consideradas pelo CTN como obrigação tributária, ao lado do tributo, para que se 
submetam ao mesmo regime de constituição, discussão administrativa, inscrição em 
dívida ativa e execução dos tributos. 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
16 
b) o poder de tributar é prerrogativa do Poder Público, que o faz para custear suas 
ações no interesse da sociedade. A fiscalização tributária implica exercício do poder de 
polícia, e somente mediante atividade administrativa pode ser exigido o pagamento de 
tributo. 
c) ocorrido o fato gerador da obrigação tributária, a autoridade administrativa tem o 
dever de exigir o cumprimento da obrigação por parte do contribuinte, havendo, no 
entanto, alguma margem de discricionariedade nesta atividade. 
d) a aquisição de renda e a promoção da circulação de mercadorias com o produto de 
renda advinda do jogo do bicho, por exemplo, apesar de fatos ilícitos, são passíveis de 
tributação. 
e) nem toda prestação pecuniária prevista em lei constitui tributo, mas sim toda 
prestação pecuniária que reúna o conjunto dos requisitos constantes do art. 3o do 
CTN, como por exemplo o caráter obrigatório. 
 
QUESTÃO 3 – FGV – NITERÓI – AGENTE FAZENDÁRIO – 2015 
Sobre a disciplina da espécie tributária “taxa” na Constituição Federal e no CTN, é 
correto afirmar que: 
a) é um tributo de competência privativa da União; 
b) poderá ter base de cálculo própria de imposto; 
c) é tributo de competência comum à União, Estados, Distrito Federal e Municípios; 
d) é tributo que poderá ter como fato gerador a prestação de serviço público específico 
e indivisível; 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
17 
e) é um tributo cuja majoração da respectiva base de cálculo é exceção ao princípio da 
anterioridade. 
 
QUESTÃO 4 – FGV – NITERÓI – AGENTE FAZENDÁRIO – 2015 
A Constituição Federal prevê várias espécies tributárias, entre as quais a modalidade 
cujo fato gerador pode ser o exercício do poder do Estado de limitar as liberdades 
individuais em prol do bem da coletividade. Esse tributo é: 
a) empréstimo compulsório; 
b) contribuição de melhoria; 
c) imposto; 
d) taxa; 
e) contribuição parafiscal. 
 
QUESTÃO 5 – ESAF – AFPS – 2002 
Com referência a tributo e suas espécies, é correto afirmar que: 
a) empréstimo compulsório, contribuição de melhoria, contribuição de intervenção no 
domínio econômico e compensação financeira aos Estados pela exploração de 
petróleo por empresas privadas são espécies tributárias. 
b) tributo é um gravame cuja obrigação tem por fato gerador uma situação 
independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte. 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
18 
c) são espécies tributárias, entre outras, imposto, taxa, contribuição em favor de 
categoria profissional, preço público e contribuição de intervenção no domínio 
econômico. 
d) tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda, ou cujo valor nela se 
possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada 
mediante atividade administrativa plenamente vinculada. 
e) tributo é a prestação pecuniária compulsória, em moeda, ou cujo valor nela se possa 
exprimir, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente 
vinculada, que não constitua sanção de ato ilícito, ressalvado o caso de ato ilícito que 
requeira reparação em virtude de guerra. 
 
QUESTÃO 6 – ESAF – MPOG - 2012 
Quanto ao conceito de tributo pode-se afirmar, exceto: 
a) a cobrança do tributo é atividade plenamente vinculada, não deixando margem à 
discricionariedade do agente público. 
b) tributo é prestação pecuniária em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir. 
c) o tributo é prestação que não pode se constituir em sanção de ato ilícito. 
d) o tributo só pode ser criado por lei, mas existem exceções como os impostos de 
importação e o imposto sobre produtos industrializados, que podem ser criados por 
decreto. 
e) o dever de pagar o tributo é imposto pela lei, independentemente da vontade das 
partes envolvidas. 
 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
19 
QUESTÃO 7 – ESAF – SEFAZ CE – 2007 
Preços públicos: 
a) confundem-se com taxas. 
b) confundem-se com impostos. 
c) confundem-se com contribuições de melhoria. 
d) não se confundem com contribuições sociais, porque estas, diferentemente deles, 
não são vinculadas. 
e) não se confundem com taxas, porque estas, diferentemente deles, são 
compulsórias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO20 
d. Revisão 2 
 
QUESTÃO 8 – ESAF – SUSEP (melhor autarquia do mundo) – 2010 
Uma das espécies de tributos elencada pela Constituição Federal é a Contribuição de 
Melhoria, decorrente de obras públicas. Tal espécie visa a uma distribuição mais justa 
dos ônus decorrentes de determinadas obras públicas, que beneficiam a sociedade 
como um todo, mas acabam por beneficiar particularmente determinadas pessoas, 
inclusive acarretando valorização imobiliária. 
Sobre o tema Contribuição de Melhoria, analise os itens a seguir, classificando-os 
como verdadeiros ou falsos. Em seguida, escolha a opção adequada às suas respostas. 
I. Seu objetivo principal é fazer com que pessoas diretamente beneficiadas pela 
execução de uma obra pública participem com maior intensidade de seu custeio, 
suportando-o total ou parcialmente. 
II. O princípio da vedação do enriquecimento sem causa justifica, para alguns 
doutrinadores, a instituição e a cobrança da contribuição de melhoria. 
III. Pode-se eleger como parâmetro da cobrança da contribuição de melhoria, de modo 
geral, o custo total da obra (rateado entre os principais beneficiados) ou a valorização 
imobiliária dela decorrente (individualmente analisada). 
a) Está correto apenas o item I. 
b) Está correto apenas o item III. 
c) Estão corretos apenas os itens I e III. 
d) Estão corretos apenas os itens II e III. 
e) Todos os itens estão corretos. 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
21 
 
QUESTÃO 9 – ESAF – AFRFB – 2009 
Em relação aos empréstimos compulsórios, é correto afirmar que: 
a) é um tributo, pois atende às cláusulas que integram o art. 3º do Código Tributário 
Nacional. 
b) é espécie de confisco, como ocorreu com a retenção dos saldos de depósitos a vista, 
cadernetas de poupança e outros ativos financeiros, por ocasião do chamado "Plano 
Collor" (Lei n. 8.024/90). 
c) o conceito de 'despesa extraordinária' a que alude o art. 148, inciso I, da Constituição 
Federal, pode abranger inclusive aquelas incorridas sem que tenham sido esgotados 
todos os fundos públicos de contingência. 
d) se conceitua como um contrato de direito público, com a característica da 
obrigatoriedade de sua devolução ao final do prazo estipulado na lei de sua criação. 
e) se subordina, em todos os casos, ao princípio da anterioridade da lei que o houver 
instituído. 
 
QUESTÃO 10 – ESAF – MPOG – 2012 
Assinale a opção correta. 
a) A contribuição de melhoria e as taxas são tributos vinculados, já que dependem de 
uma atuação específica do Estado. 
b) As taxas decorrentes do poder de polícia são tributos vinculados; já as taxas 
decorrentes de serviços são tributos não vinculados a uma atividade estatal. 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
22 
c) O imposto é, por excelência, um tributo vinculado a uma atividade estatal específica. 
d) Todos os impostos são não vinculados, com exceção do imposto sobre a renda da 
pessoa física, que é utilizado para reduzir as desigualdades regionais. 
e) As taxas de serviços são tributos vinculados; já as taxas decorrentes do poder de 
polícia são tributos não vinculados a uma atividade estatal específica. 
 
QUESTÃO 11 – FGV – CUIABÁ – AUDITOR – 2016 
Assinale a opção que define corretamente preço público. 
a) Preço público constitui uma prestação pecuniária a um serviço específico e divisível, 
prestado a um indivíduo ou posto à sua disposição. 
b) Preço público é uma prestação pecuniária não compulsória, decorrente de uma 
relação contratual. 
c) Preço público está sujeito às limitações ao poder de tributar e decorre de uma 
relação de cunho negocial. 
d) Preço público é uma receita originária e seu pagamento é compulsório. 
e) Preço público é uma receita derivada, e sua majoração somente pode ser cobrada 
no exercício financeiro seguinte. 
 
QUESTÃO 12 – FGV – PGE RO – ANALISTA - 2015 
Município situado em uma região do Brasil realizou serviços e obras de rede de água 
potável e esgoto de certo bairro, durante o primeiro semestre de 2013, que valorizou 
igualmente 100 (cem) imóveis da região em R$ 40.000,00 (quarenta mil reais) cada um. 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
23 
O custo total da obra correspondeu a R$ 3.500.000,00 (três milhões e quinhentos mil 
reais). Após o término da obra, a municipalidade inicia a cobrança de Contribuição de 
Melhoria, com igual valor, de todos os 100 (cem) proprietários dos imóveis. Com base 
nisso, poderá ser cobrado de cada proprietário dos imóveis valorizados o valor 
máximo de: 
a) R$ 40.000,00; 
b) R$ 38.000,00; 
c) R$ 37.000,00; 
d) R$ 35.000,00; 
e) R$ 30.000,00. 
 
QUESTÃO 13 – FGV – NITERÓI – AGENTE FAZENDÁRIO – 2015 
É motivo que possibilite à União instituir empréstimo compulsório a necessidade de: 
a) atender a despesas extraordinárias, decorrentes de guerra interna; 
b) enfrentar conjuntura que exija a absorção temporária de poder aquisitivo; 
c) atender a despesas ordinárias, decorrentes de guerra interna; 
d) realizar investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional; 
e) atender a despesas extraordinárias, decorrentes de conflito armado no interior do 
país. 
 
QUESTÃO 14 – ESAF – AFRFB – 2002 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
24 
A assertiva errada, entre as constantes abaixo, é a que afirma que 
a) a instituição de empréstimos compulsórios só pode ser feita por lei complementar. 
b) um dos fundamentos possíveis do empréstimo compulsório é a calamidade pública. 
c) a simples iminência de guerra externa pode justificar a instituição de empréstimos 
compulsórios. 
d) no caso de investimento público de relevante interesse nacional e de caráter 
urgente não se aplica o princípio da anterioridade. 
e) os recursos provenientes de empréstimo compulsório só podem ser aplicados para 
atender à despesa que tiver fundamentado a sua instituição. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
25 
e. Revisão 3 
 
QUESTÃO 15 – FGV – NITERÓI – AGENTE FAZENDÁRIO – 2015 
Dentistas, médicos, contadores e outros profissionais liberais pagam às suas entidades 
de fiscalização do exercício de suas profissões uma espécie de tributo. De acordo com 
as disposições constitucionais, esse tributo é: 
a) um imposto para o financiamento das entidades de fiscalização do exercício de 
profissões regulamentadas por lei; 
b) uma contribuição social para financiar as atividades desenvolvidas pelas entidades 
de fiscalização; 
c) uma taxa pelo exercício do poder de polícia das entidades de fiscalização do 
exercício de profissões regulamentadas por lei; 
d) uma contribuição de interesse das categorias profissionais ou econômicas, para 
financiamento das entidades que exercem o poder de polícia em relação aos 
profissionais afiliados; 
e) uma contribuição de melhoria para o incremento das atividades das entidades que 
exercem o poder de polícia em relação aos profissionais afiliados. 
 
QUESTÃO 16 – ESAF – ACE – 2002 
Denomina-se preço público: 
a) a prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, 
que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade 
administrativa plenamente vinculada. 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
26 
b) a prestação pecuniária exigida pelo Poder Público, decorrente de tributo cuja 
obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade 
estatal específica, relativa ao contribuinte. 
c) a prestação pecuniária decorrente de tributo instituído para fazer face ao custo de 
obras públicas de que resulte valorização imobiliária. 
d) a obrigação do sujeito passivo, que surgecom a ocorrência do fato gerador e tem 
por objeto o pagamento de tributo. 
e) a prestação pecuniária, decorrente da livre manifestação do comprador, exigida 
pelo Estado, por órgão estatal, ou por entidade ligada ao Poder Público, pela venda de 
um bem material ou imaterial. 
 
QUESTÃO 17 – ESAF – MIN FAZ – 2009 
A determinação da natureza jurídica específica do tributo, de acordo com o Código 
Tributário Nacional, decorre, especificamente: 
a) do fato gerador da respectiva obrigação. 
b) da destinação legal do produto da arrecadação. 
c) da denominação. 
d) da fixação do agente arrecadador. 
e) das peculiaridades dos sujeitos ativo e passivo da obrigação. 
 
QUESTÃO 18 – ESAF – SEC FAZ RJ – 2010 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
27 
As taxas, no direito tributário, são espécies tributárias que decorrem, entre outros 
fatos geradores, do exercício regular do poder de polícia. Sobre estes, julgue os itens a 
seguir: 
I. entende-se por regular o poder de polícia quando desempenhado por órgão 
competente, nos limites da lei, observando devido processo legal, e exercida sem 
desvio ou excesso de poder; 
II. a exigência da taxa em decorrência do exercício do poder de polícia não mais exige a 
concreta fiscalização por parte dos órgãos competentes, ou seja, a simples regulação 
de certas atividades por meio de atos normativos também caracteriza o exercício 
desse poder; 
III. a atuação fiscalizadora do Estado, em rigor, visa ao interesse da coletividade e não 
ao do contribuinte da taxa, isoladamente. É este, porém, que provoca a atuação do 
Estado, sendo isso que justifica a imposição da taxa; 
IV. exercendo o poder de polícia, o Estado impõe restrições aos interesses individuais 
em favor do interesse público, conciliando esses interesses. 
Estão corretos: 
a) apenas os itens I e III. 
b) apenas os itens I, III e IV. 
c) todos os itens estão corretos. 
d) apenas os itens III e IV. 
e) apenas os itens II, III e IV. 
 
QUESTÃO 19 – FGV – NITERÓI – AGENTE FAZENDÁRIO – 2015 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
28 
Conforme previsão constitucional, a contribuição para o custeio do serviço de 
iluminação pública pode: 
a) ser cobrada na fatura de consumo de energia elétrica; 
b) ser instituída pela União e pelos Estados; 
c) ter alíquotas máximas e mínimas fixadas pelo Senado Federal; 
d) ser cobrada no mesmo exercício financeiro em que seja publicada a lei que a 
instituir; 
e) ter suas alíquotas aumentadas por decreto. 
 
QUESTÃO 20 – ESAF – SEFAZ SP – 2009 
Assinale a opção que representa uma taxa pública. 
a) Serviço de água. 
b) Serviço de energia. 
c) Serviço de esgoto. 
d) Pedágio explorado diretamente ou por concessão. 
e) Serviço postal. 
 
QUESTÃO 21 – ESAF – ACE – 2002 
O tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer 
atividade estatal específica, relativa ao contribuinte, denomina-se: 
a) taxa 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
29 
b) contribuição de melhoria 
c) imposto 
d) empréstimo compulsório 
e) preço público 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
30 
f. Normas comentadas 
 
CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL (arts. 3º a 5º, 16, 77 a 79 e 81) 
 Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo 
valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e 
cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada. 
Art. 4º A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador 
da respectiva obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la: 
I - a denominação e demais características formais adotadas pela lei; 
II - a destinação legal do produto da sua arrecadação. 
Esse inciso II não foi recepcionado pela Constituição, só vale para questões que 
indiquem “conforme o CTN...” 
Art. 5º Os tributos são impostos, taxas e contribuições de melhoria. 
[....] 
Art. 16. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação 
independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte. 
[....] 
Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou 
pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o 
exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço 
público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição. 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
31 
Parágrafo único. A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos 
aos que correspondam a imposto nem ser calculada em função do capital das empresas. 
Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, 
limitando ou disciplinando direito, interêsse ou liberdade, regula a prática de ato ou 
abstenção de fato, em razão de intêresse público concernente à segurança, à higiene, à 
ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades 
econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranqüilidade 
pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos. 
Art. 79. Os serviços públicos a que se refere o artigo 77 consideram-se: 
I - utilizados pelo contribuinte: 
a) efetivamente, quando por ele usufruídos a qualquer título; 
b) potencialmente, quando, sendo de utilização compulsória, sejam postos à sua 
disposição mediante atividade administrativa em efetivo funcionamento; 
II - específicos, quando possam ser destacados em unidades autônomas de 
intervenção, de utilidade, ou de necessidades públicas; 
III - divisíveis, quando suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de 
cada um dos seus usuários. 
[....] 
Art. 81. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo 
Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída 
para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo 
como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da 
obra resultar para cada imóvel beneficiado. 
 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
32 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL (arts. 148, 149 caput, 195 parte) 
Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos 
compulsórios: 
I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, 
de guerra externa ou sua iminência; 
II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse 
nacional, observado o disposto no art. 150, III, "b". 
Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo 
compulsório será vinculada à despesa que fundamentou sua instituição. 
Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de 
intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou 
econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o 
disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, 
relativamente às contribuições a que alude o dispositivo. 
[....] 
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma 
direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da 
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições 
sociais: 
I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, 
incidentes sobre: 
a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a 
qualquer título, à pessoafísica que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício; 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
33 
b) a receita ou o faturamento; 
c) o lucro; 
II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo 
contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência 
social de que trata o art. 201; 
III - sobre a receita de concursos de prognósticos. 
IV - do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele 
equiparar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
34 
g. Gabarito 
 
1 2 3 4 5 
B C C D D 
6 7 8 9 10 
D E E A A 
11 12 13 14 15 
B D D D D 
16 17 18 19 20 
E A C A E 
21 ☺  ☺  
C - - - - 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
35 
h. Breves comentários às questões: 
 
QUESTÃO 01 – FGV – CODEMIG – ANALISTA – 2015 
O tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer 
atividade estatal específica, relativa ao contribuinte, é: 
a) contribuição de melhoria; 
b) imposto; 
c) taxa; 
d) royaltie; 
e) participação especial. 
COMENTÁRIO 
É a chamada não vinculação dos impostos. Também se fala que são tributos não 
contraprestacionais, por não haver prestação de nada pelo estado (diferente das taxas). 
Opção B correta. 
 
QUESTÃO 2 - ESAF – MPOG - 2010 
É sabido que, de acordo com o art. 3o do Código Tributário Nacional, tributo é toda 
prestação pecuniária, compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, 
que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade 
administrativa plenamente vinculada. 
Consoante tal entendimento, é errado afirmar-se que: 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
36 
a) as multas pelo descumprimento da obrigação tributária não são tributos, mas 
consideradas pelo CTN como obrigação tributária, ao lado do tributo, para que se 
submetam ao mesmo regime de constituição, discussão administrativa, inscrição em 
dívida ativa e execução dos tributos. 
b) o poder de tributar é prerrogativa do Poder Público, que o faz para custear suas 
ações no interesse da sociedade. A fiscalização tributária implica exercício do poder de 
polícia, e somente mediante atividade administrativa pode ser exigido o pagamento de 
tributo. 
c) ocorrido o fato gerador da obrigação tributária, a autoridade administrativa tem o 
dever de exigir o cumprimento da obrigação por parte do contribuinte, havendo, no 
entanto, alguma margem de discricionariedade nesta atividade. 
d) a aquisição de renda e a promoção da circulação de mercadorias com o produto de 
renda advinda do jogo do bicho, por exemplo, apesar de fatos ilícitos, são passíveis de 
tributação. 
e) nem toda prestação pecuniária prevista em lei constitui tributo, mas sim toda 
prestação pecuniária que reúna o conjunto dos requisitos constantes do art. 3o do 
CTN, como por exemplo o caráter obrigatório. 
COMENTÁRIO 
Questão muito simples, pois o conceito de tributo fala em “atividade administrativa 
plenamente vinculada”, e a opção c) menciona discricionariedade. 
Nós ainda veremos os tópicos das opções a), b) e d), mas desde já quero enfatizar um 
ponto: a cobrança de tributo relativo a atividade ilícita cai direeeeeto. Essa opção d), 
portanto, vai se repetir muito, apenas trocando os exemplos. 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
37 
Por fim, o principal motivo de a questão estar aqui: reparem que o conceito de tributo já 
vem no próprio enunciado. Temos bancas, como a FGV, que cobram esse conceito nas 
opções – já a ESAF prefere cobrar as consequências ou aplicações práticas dele. Sorte de 
vocês que vão prestar pra primeira. 
Opção C correta. 
 
QUESTÃO 3 – FGV – NITERÓI – AGENTE FAZENDÁRIO – 2015 
Sobre a disciplina da espécie tributária “taxa” na Constituição Federal e no CTN, é 
correto afirmar que: 
a) é um tributo de competência privativa da União; 
b) poderá ter base de cálculo própria de imposto; 
c) é tributo de competência comum à União, Estados, Distrito Federal e Municípios; 
d) é tributo que poderá ter como fato gerador a prestação de serviço público específico 
e indivisível; 
e) é um tributo cuja majoração da respectiva base de cálculo é exceção ao princípio da 
anterioridade. 
COMENTÁRIO 
A taxa é uma contraprestação por um serviço público fornecido pelo estado. Qualquer 
esfera que preste serviços públicos pode instituir a respectiva taxa. Como, no Brasil, 
qualquer esfera presta algum tipo de serviço, pelo menos, todas topem instituir taxas. 
Opção C correta. 
 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
38 
QUESTÃO 4 – FGV – NITERÓI – AGENTE FAZENDÁRIO – 2015 
A Constituição Federal prevê várias espécies tributárias, entre as quais a modalidade 
cujo fato gerador pode ser o exercício do poder do Estado de limitar as liberdades 
individuais em prol do bem da coletividade. Esse tributo é: 
a) empréstimo compulsório; 
b) contribuição de melhoria; 
c) imposto; 
d) taxa; 
e) contribuição parafiscal. 
COMENTÁRIO 
Nesse caso, o enunciado descreveu a taxa relativa a poder de polícia, e não aquela cobrada 
em face da prestação de serviços públicos específicos e divisíveis. 
Opção D correta. 
 
QUESTÃO 5 – ESAF – AFPS – 2002 
Com referência a tributo e suas espécies, é correto afirmar que: 
a) empréstimo compulsório, contribuição de melhoria, contribuição de intervenção no 
domínio econômico e compensação financeira aos Estados pela exploração de 
petróleo por empresas privadas são espécies tributárias. 
b) tributo é um gravame cuja obrigação tem por fato gerador uma situação 
independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte. 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
39 
c) são espécies tributárias, entre outras, imposto, taxa, contribuição em favor de 
categoria profissional, preço público e contribuição de intervenção no domínio 
econômico. 
d) tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda, ou cujo valor nela se 
possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada 
mediante atividade administrativa plenamente vinculada. 
e) tributo é a prestação pecuniária compulsória, em moeda, ou cujo valor nela se possa 
exprimir, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente 
vinculada, que não constitua sanção de ato ilícito, ressalvado o caso de ato ilícito que 
requeira reparação em virtude de guerra. 
COMENTÁRIO 
a) essa compensação financeira, que normalmente é chamada de Royalties (no plural), não 
é tributo. 
b) essa é a definição de imposto, não de tributo. 
c) preço público não é tributo, possui natureza de obrigação civil. 
d) a definição do CTN. 
e) precisa nem comentar. 
Opção D correta. 
 
QUESTÃO 6 – ESAF – MPOG - 2012 
Quanto ao conceito de tributo pode-se afirmar, exceto: 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
40 
a) a cobrança do tributo é atividade plenamente vinculada, não deixando margem à 
discricionariedade do agente público. 
b) tributo é prestação pecuniária em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir. 
c) o tributo é prestação que não pode se constituir em sanção de ato ilícito. 
d) o tributo só pode ser criado por lei, mas existem exceções como os impostos de 
importação e o imposto sobre produtos industrializados, que podem ser criados por 
decreto. 
e) o dever de pagar o tributo é imposto pela lei, independentemente da vontade das 
partes envolvidas. 
COMENTÁRIO 
Acredito que não tenham tido dúvidas acerca das opções a não marcar. Quanto à opção D, 
o que pode serfixado em decreto é a alíquota desses impostos, mas não a sua criação. São 
criados por lei, a lei dá uma baliza de alíquota (exemplo: de 0 a 8%), e aí sim o Executivo, 
por decreto, pode fixar o percentual exato dentro desse intervalo. 
Opção D correta. 
 
QUESTÃO 7 – ESAF – SEFAZ CE – 2007 
Preços públicos: 
a) confundem-se com taxas. 
b) confundem-se com impostos. 
c) confundem-se com contribuições de melhoria. 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
41 
d) não se confundem com contribuições sociais, porque estas, diferentemente deles, 
não são vinculadas. 
e) não se confundem com taxas, porque estas, diferentemente deles, são 
compulsórias. 
COMENTÁRIO 
Preço Público e tarifa são expressões sinônimas. Tem professor que tenta diferenciar, mas é 
furada. 
São obrigações de natureza civil, que remuneram um serviço opcionalmente usado pelo 
cidadão. Não se confundem com as taxas, pois taxas são compulsórias, como os demais 
tributos. 
Opção E correta 
 
QUESTÃO 8 – ESAF – SUSEP (melhor autarquia do mundo) – 2010 
Uma das espécies de tributos elencada pela Constituição Federal é a Contribuição de 
Melhoria, decorrente de obras públicas. Tal espécie visa a uma distribuição mais justa 
dos ônus decorrentes de determinadas obras públicas, que beneficiam a sociedade 
como um todo, mas acabam por beneficiar particularmente determinadas pessoas, 
inclusive acarretando valorização imobiliária. 
Sobre o tema Contribuição de Melhoria, analise os itens a seguir, classificando-os 
como verdadeiros ou falsos. Em seguida, escolha a opção adequada às suas respostas. 
I. Seu objetivo principal é fazer com que pessoas diretamente beneficiadas pela 
execução de uma obra pública participem com maior intensidade de seu custeio, 
suportando-o total ou parcialmente. 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
42 
II. O princípio da vedação do enriquecimento sem causa justifica, para alguns 
doutrinadores, a instituição e a cobrança da contribuição de melhoria. 
III. Pode-se eleger como parâmetro da cobrança da contribuição de melhoria, de modo 
geral, o custo total da obra (rateado entre os principais beneficiados) ou a valorização 
imobiliária dela decorrente (individualmente analisada). 
a) Está correto apenas o item I. 
b) Está correto apenas o item III. 
c) Estão corretos apenas os itens I e III. 
d) Estão corretos apenas os itens II e III. 
e) Todos os itens estão corretos. 
COMENTÁRIO 
Questão da prova que me arrumou meu cargo atual, tem valor sentimental para mim, 
espero que tenham acertado. 
Olhando inicialmente para a questão me dá vontade de marcar “Estão corretos os itens I e 
II”, porém, não há essa opção. 
Acredito que no item III não haveria opção, os dois fatores (custo e valorização) deveriam 
ser usados como parâmetro, nem que seja apenas como parâmetro de cobrança máxima. 
A banca, porém, deve ter entendido que em certos casos apenas o uso de um dos dois já 
seria suficiente (numa obra muito cara com pouca valorização, usar apenas a valorização, 
por exemplo). 
Opção E correta. 
 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
43 
QUESTÃO 9 – ESAF – AFRFB – 2009 
Em relação aos empréstimos compulsórios, é correto afirmar que: 
a) é um tributo, pois atende às cláusulas que integram o art. 3º do Código Tributário 
Nacional. 
b) é espécie de confisco, como ocorreu com a retenção dos saldos de depósitos a vista, 
cadernetas de poupança e outros ativos financeiros, por ocasião do chamado "Plano 
Collor" (Lei n. 8.024/90). 
c) o conceito de 'despesa extraordinária' a que alude o art. 148, inciso I, da Constituição 
Federal, pode abranger inclusive aquelas incorridas sem que tenham sido esgotados 
todos os fundos públicos de contingência. 
d) se conceitua como um contrato de direito público, com a característica da 
obrigatoriedade de sua devolução ao final do prazo estipulado na lei de sua criação. 
e) se subordina, em todos os casos, ao princípio da anterioridade da lei que o houver 
instituído. 
COMENTÁRIO 
a) na década de 90 se discutia se empréstimo compulsório seria tributo ou não. Atualmente 
não há mais essa dúvida. 
b) realmente o Collor usou o empréstimo compulsório para “confiscar” as poupanças, com 
base num dispositivo do CTN que não vigora mais. Porém, sua natureza jurídica não pode 
ser “confisco”, até porque isso seria ilegal. 
c) isso não é tópico da nossa matéria, porém, o caráter excepcionalíssimo do empréstimo 
compulsório permite presumir que, havendo outras fontes de custeio possível, há de se 
preferi-las ao empréstimo. 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
44 
d) contrato não, tributo. Ninguém pode se negar a “assinar” esse contrato. 
e) não estudamos isso, mas reparem no artigo da CF que fala dos empréstimos que, na 
hipótese de investimento urgente, deve-se observar a anterioridade do exercício financeiro. 
Essa vedação não existe na hipótese de guerra ou calamidade, logo, a opção tem que estar 
errada. 
Opção A correta. 
 
QUESTÃO 10 – ESAF – MPOG – 2012 
Assinale a opção correta. 
a) A contribuição de melhoria e as taxas são tributos vinculados, já que dependem de 
uma atuação específica do Estado. 
b) As taxas decorrentes do poder de polícia são tributos vinculados; já as taxas 
decorrentes de serviços são tributos não vinculados a uma atividade estatal. 
c) O imposto é, por excelência, um tributo vinculado a uma atividade estatal específica. 
d) Todos os impostos são não vinculados, com exceção do imposto sobre a renda da 
pessoa física, que é utilizado para reduzir as desigualdades regionais. 
e) As taxas de serviços são tributos vinculados; já as taxas decorrentes do poder de 
polícia são tributos não vinculados a uma atividade estatal específica. 
COMENTÁRIO 
TODOS os impostos são não vinculados, ao passo que TODAS as taxas são vinculadas. 
Simples assim. 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
45 
Como a contribuição de melhoria depende de uma obra pública, ela também entra no 
conceito de vinculação, afinal, tal obra é a prestação estatal a que a contribuição se 
vincula. 
Opção A correta. 
 
QUESTÃO 11 – FGV – CUIABÁ – AUDITOR – 2016 
Assinale a opção que define corretamente preço público. 
a) Preço público constitui uma prestação pecuniária a um serviço específico e divisível, 
prestado a um indivíduo ou posto à sua disposição. 
b) Preço público é uma prestação pecuniária não compulsória, decorrente de uma 
relação contratual. 
c) Preço público está sujeito às limitações ao poder de tributar e decorre de uma 
relação de cunho negocial. 
d) Preço público é uma receita originária e seu pagamento é compulsório. 
e) Preço público é uma receita derivada, e sua majoração somente pode ser cobrada 
no exercício financeiro seguinte. 
COMENTÁRIO 
Preço público não é tributo, tem caráter contratual. É como qualquer valor que se paga a 
uma empresa privada pela prestação de um serviço. 
Opção B correta. 
 
QUESTÃO 12 – FGV – PGE RO – ANALISTA - 2015 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
46 
Município situado em uma região do Brasil realizou serviços e obras de rede de água 
potável e esgoto de certo bairro, durante o primeiro semestre de 2013, que valorizou 
igualmente 100 (cem) imóveis da região em R$ 40.000,00 (quarenta mil reais) cada um. 
O custo total da obra correspondeu a R$ 3.500.000,00 (três milhões e quinhentos mil 
reais). Após o término da obra, a municipalidade inicia a cobrança de Contribuição de 
Melhoria, com igual valor, de todos os 100 (cem) proprietários dos imóveis. Com base 
nisso, poderá ser cobrado de cada proprietário dos imóveis valorizados o valor 
máximo de: 
a) R$ 40.000,00; 
b) R$ 38.000,00; 
c) R$ 37.000,00;d) R$ 35.000,00; 
e) R$ 30.000,00. 
COMENTÁRIO 
São dois limites, o individual e o global. 
Se cada imóvel foi valorizado em 40mil, esse é o limite individual. 
Se a obra custou 3,5 milhões, esse é o limite global. 
Dividindo-se o limite global pelos 100 imóveis, teremos 35mil para cada um, menos do que 
os 40mil da valorização individual. 
Naturalmente, aplica-se o menor limite, de 35mil. 
Opção D correta. 
 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
47 
QUESTÃO 13 – FGV – NITERÓI – AGENTE FAZENDÁRIO – 2015 
É motivo que possibilite à União instituir empréstimo compulsório a necessidade de: 
a) atender a despesas extraordinárias, decorrentes de guerra interna; 
b) enfrentar conjuntura que exija a absorção temporária de poder aquisitivo; 
c) atender a despesas ordinárias, decorrentes de guerra interna; 
d) realizar investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional; 
e) atender a despesas extraordinárias, decorrentes de conflito armado no interior do 
país. 
COMENTÁRIO 
A despesa extraordinária é para guerra externa (A, C e E) 
A opção B trata de uma hipótese de empréstimo compulsório que existia no CTN, mas não 
foi recepcionado pela CF de 1988. Apesar desse fato, foi o dispositivo usado pelo Collor para 
justificar o confisco da poupança (de forma ilegal, mas até o caso ser julgado pelo STF, o 
dinheiro já tinha sido devolvido). 
Opção D correta. 
 
QUESTÃO 14 – ESAF – AFRFB – 2002 
A assertiva errada, entre as constantes abaixo, é a que afirma que 
a) a instituição de empréstimos compulsórios só pode ser feita por lei complementar. 
b) um dos fundamentos possíveis do empréstimo compulsório é a calamidade pública. 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
48 
c) a simples iminência de guerra externa pode justificar a instituição de empréstimos 
compulsórios. 
d) no caso de investimento público de relevante interesse nacional e de caráter 
urgente não se aplica o princípio da anterioridade. 
e) os recursos provenientes de empréstimo compulsório só podem ser aplicados para 
atender à despesa que tiver fundamentado a sua instituição. 
COMENTÁRIO 
O texto da CF fala expressamente do respeito ao artigo 150, III, b, no caso de investimento 
público relevante. E esse é o artigo da anterioridade do exercício financeiro (que já 
estudaremos). Daí essa opção estar errada. 
Opção D correta. 
 
QUESTÃO 15 – FGV – NITERÓI – AGENTE FAZENDÁRIO – 2015 
Dentistas, médicos, contadores e outros profissionais liberais pagam às suas entidades 
de fiscalização do exercício de suas profissões uma espécie de tributo. De acordo com 
as disposições constitucionais, esse tributo é: 
a) um imposto para o financiamento das entidades de fiscalização do exercício de 
profissões regulamentadas por lei; 
b) uma contribuição social para financiar as atividades desenvolvidas pelas entidades 
de fiscalização; 
c) uma taxa pelo exercício do poder de polícia das entidades de fiscalização do 
exercício de profissões regulamentadas por lei; 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
49 
d) uma contribuição de interesse das categorias profissionais ou econômicas, para 
financiamento das entidades que exercem o poder de polícia em relação aos 
profissionais afiliados; 
e) uma contribuição de melhoria para o incremento das atividades das entidades que 
exercem o poder de polícia em relação aos profissionais afiliados. 
COMENTÁRIO 
Também chamadas de contribuições corporativas, cabem aos órgãos de cada categoria 
profissional regulamentada. 
Opção D correta. 
 
QUESTÃO 16 – ESAF – ACE – 2002 
Denomina-se preço público: 
a) a prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, 
que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade 
administrativa plenamente vinculada. 
b) a prestação pecuniária exigida pelo Poder Público, decorrente de tributo cuja 
obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade 
estatal específica, relativa ao contribuinte. 
c) a prestação pecuniária decorrente de tributo instituído para fazer face ao custo de 
obras públicas de que resulte valorização imobiliária. 
d) a obrigação do sujeito passivo, que surge com a ocorrência do fato gerador e tem 
por objeto o pagamento de tributo. 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
50 
e) a prestação pecuniária, decorrente da livre manifestação do comprador, exigida 
pelo Estado, por órgão estatal, ou por entidade ligada ao Poder Público, pela venda de 
um bem material ou imaterial. 
COMENTÁRIO 
Preço público nem é compulsório nem é tributo. Possui caráter contratual, e decorre do 
exercício da atividade econômica pelo Estado (ou por concessão/permissão). Dá pra ir 
“riscando” rapidinho todas as erradas por falarem em tributo e compulsoriedade. 
Opção E correta. 
 
QUESTÃO 17 – ESAF – MIN FAZ – 2009 
A determinação da natureza jurídica específica do tributo, de acordo com o Código 
Tributário Nacional, decorre, especificamente: 
a) do fato gerador da respectiva obrigação. 
b) da destinação legal do produto da arrecadação. 
c) da denominação. 
d) da fixação do agente arrecadador. 
e) das peculiaridades dos sujeitos ativo e passivo da obrigação. 
COMENTÁRIO 
Lembram que eu comentei que, sobre esse tema, o CTN diz uma coisa e a CF diz outra? Aqui 
a banca perguntou especificamente como está no CTN, então tem que responder conforme 
o CTN. 
Opção A correta. 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
51 
 
QUESTÃO 18 – ESAF – SEC FAZ RJ – 2010 
As taxas, no direito tributário, são espécies tributárias que decorrem, entre outros 
fatos geradores, do exercício regular do poder de polícia. Sobre estes, julgue os itens a 
seguir: 
I. entende-se por regular o poder de polícia quando desempenhado por órgão 
competente, nos limites da lei, observando devido processo legal, e exercida sem 
desvio ou excesso de poder; 
II. a exigência da taxa em decorrência do exercício do poder de polícia não mais exige a 
concreta fiscalização por parte dos órgãos competentes, ou seja, a simples regulação 
de certas atividades por meio de atos normativos também caracteriza o exercício 
desse poder; 
III. a atuação fiscalizadora do Estado, em rigor, visa ao interesse da coletividade e não 
ao do contribuinte da taxa, isoladamente. É este, porém, que provoca a atuação do 
Estado, sendo isso que justifica a imposição da taxa; 
IV. exercendo o poder de polícia, o Estado impõe restrições aos interesses individuais 
em favor do interesse público, conciliando esses interesses. 
Estão corretos: 
a) apenas os itens I e III. 
b) apenas os itens I, III e IV. 
c) todos os itens estão corretos. 
d) apenas os itens III e IV. 
e) apenas os itens II, III e IV. 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
52 
COMENTÁRIO 
Questão ótima para estudar, porque ao vermos vários itens certos aprendemos com ele. 
Nem sempre o item errado está errado pelo motivo que nós identificamos, então as opções 
certas são sempre mais garantidas para entendermos a cabeça de cada banca. 
Cada item representa uma construção doutrinária/teórica acerca das taxas. Todas corretas. 
Opção C correta. 
 
QUESTÃO 19 – FGV – NITERÓI – AGENTE FAZENDÁRIO – 2015 
Conforme previsão constitucional, a contribuição para o custeio do serviço de 
iluminação pública pode: 
a) ser cobrada na fatura de consumo de energia elétrica; 
b) ser instituída pela União e pelos Estados; 
c) ter alíquotas máximas e mínimas fixadas pelo Senado Federal; 
d) ser cobrada no mesmo exercício financeiro em que seja publicada a lei que a 
instituir; 
e) ter suas alíquotas aumentadas por decreto. 
COMENTÁRIOSem mistério. E basta, na sua casa, ver a conta para conferir que é verdade. 
Opção A correta. 
 
QUESTÃO 20 – ESAF – SEFAZ SP – 2009 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
53 
Assinale a opção que representa uma taxa pública. 
a) Serviço de água. 
b) Serviço de energia. 
c) Serviço de esgoto. 
d) Pedágio explorado diretamente ou por concessão. 
e) Serviço postal. 
COMENTÁRIO 
Questão para aprender. Em direito administrativo, estudaram aquela parte que fala dos 
serviços que são ou não monopólio do Estado e que são de prestação obrigatória ou 
opcional por ele? 
Então, os correios são monopólio de prestação obrigatória, correto? 
Em razão disso, o valor pago aos correios são considerados tributo. Taxa, no caso. 
As demais opções se referem a preço público/tarifa. Cobranças de natureza contratual, 
privada. 
Esgoto e pedágio já deram muuuuito pano pra manga na justiça, mas convencionou-se 
judicialmente que não são remunerados por taxa, mas sim por tarifa. 
Opção E correta. 
 
QUESTÃO 21 – ESAF – ACE – 2002 
O tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer 
atividade estatal específica, relativa ao contribuinte, denomina-se: 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
54 
a) taxa 
b) contribuição de melhoria 
c) imposto 
d) empréstimo compulsório 
e) preço público 
COMENTÁRIO 
Só para ganhar confiança! Esse conceito do enunciado é o conceito de não vinculação, 
típico dos impostos. 
Opção C correta.

Continue navegando