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3. HND

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HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA
Epidemiologia
Profa Msc Núbia Regina S. Santos
2011
Epidemiologia
+
Patologia Clínica (outras disciplinas)
Finalidade
Descrever os padrões de ocorrência de doenças
 em populações
Objetivo
Identificar as causas e o modo 
como participam do processo doença
HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA
Obtendo uma série de informações capazes de explicar como e por que tais eventos acontecem,
 tornando possível a elaboração de um modelo descritivo capaz de explicar as diferentes etapas da interação estabelecida entre elementos envolvidos no processo doença
(agente – hospedeiro ou suscetível – ambiente)
Este modelo descritivo foi denominado de:
HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA (Leavel&Clark, 1976)
Sobre a Tríade Epidemiológica,
processos de interações entre componentes de 
um mesmo sistema
Sistema
agente
Hospedeiro/susceptpível
ambiente
Contemplam todos os fatores e influências capazes 
de afetar a vida e o desenvolvimento de 
um organismo
Tríade epidemiológica
Suscetível
Agente
Meio Ambiente
Vetor
Sobre a Tríade Epidemiológica
 Sistema
Agente
todas as substâncias, elementos ou forças, 
animados ou inanimados,
cuja presença ou ausência pode,
mediante contato efetivo com um hospedeiro
susceptível, constituir estímulo p/ perpetuar
um processo de doença
hospedeiro
ambiente
Interações se processam, efetivamente, 
entre componentes de um mesmo sistema
Sobre a Tríade Epidemiológica
Sistema
agente
Suscetível – todos os organismos
 passíveis de abrigar ou sofrer
 influências dos fatores causais capazes
de provocar agravos à sua saúde
ambiente
Interações se processam, efetivamente, 
entre componentes de um mesmo sistema
Sobre a Tríade Epidemiológica
Sistema
agente
Hospedeiro/susceptível
ambiente
Nesse processo a tríade epidemiológica 
estabelece ações e reações 
em que o hospedeiro/suscetível 
busca a cada instante o equilíbrio relativo 
referido nos conceitos de saúde e doença
ESTUDO DAS INFLUÊCIAS EXTERNAS .......
TORNA A PREVENÇÃO POSSÍVEL
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TRÍADE EPIDEMIOLÓGICA DAS DOENÇAS
SUSCETÍVEL/HHOSPEDEIRO
-Idade
-Sexo
-Estado civil
-Ocupação
-Escolaridade
-Estado emocional
-Estado imunológico
-Características genéticas
AGENTE
BIOLÓGICO (Microorganismos)
FÍSICO (Trauma, calor, radiação)
QUÍMICO (Mercúrio, álcool, drogas)
NUTRICIONAL (carência – excesso)
AMBIENTE
DETERMINANTES FÍSICO-QUÍMICOS 
(temperatura, umidade, poluição, acidentes....)
DETERMINANTES BIOLÓGICOS 
(infecções, ....)
DETERMINANTES SOCIAIS 
(comportamento, organização social, sit.econômica.....)
Então, podemos dizer que:
O Modelo descritivo HND
tem como principal utilidade 
apontar os diferentes métodos de prevenção e controle.
Podemos ainda dizer sobre esse modelo descritivo da história natural da doença:
Dá suporte à descrição das múltiplas e diferentes enfermidades;
Sua utilidade é apontar os diferentes métodos de prevenção e controle e tornando possível a operacionalização de medidas de prevenção
História Natural da Doença
Ocorre em dois períodos sequenciados:
1- Período de pré-patogênese (período epidemiológico)
 interesse dirigido p/relações suscetível-ambiente, 
 onde no meio ambiente ocorre as pré-condições
2- Período de patogênese (período patogênico)
 interesse p/as modificações que se passam no organismo vivo;
 o meio interno, locus da doença, onde se processa uma série de
 modificações bioquímicas, fisiológicas e histológicas, próprias de
 uma determinada enfermidade.
PERÍODO PRÉ-PATOGÊNESE
História Natural da Doença
Seu conjunto forma a estrutura epidemiológica
As pré-condições que condicionam a produção de doenças em indivíduos e na coletividades humana
estão interligadas e são interdependentes
Entendendo melhor a estrutura epidemiológica 
 Conjunto formado pelos fatores vinculados ao suscetível e ao ambiente, incluindo aí o agente etiológico.
E o que acontece se um componente na estrutura epidemiológica sofrer alteração ?
 Repercutirá e atingindo os demais, num processo em que o sistema busca novo equilíbrio trazendo uma maior ou menor incidência de doenças, modificações na variação cíclica e no seu caráter epidêmico ou endêmico
 
Onde se situa o Homem nesse processo ?
se faz presente em todas as etapas;
é gerador das condições sócio-econômicas favorecedoras das anomalias ecológicas;
é a principal vítima do contexto de agressão à saúde por ele favorecido
História Natural das Doenças – Período pré-patogênese
Para San Martin (1981), o sistema epidemiológico social é formado pelo:
ambiente, população, economia e cultura.
Componentes essenciais e determinantes no processo saúde e doença
Qualidade e dinâmica do ambiente sócio-econômico;
Modos de produção;
Tipo de desenvolvimento econômico; 
Desigualdades sócio econômica;
Concentração de riquezas; resp. social e coletiva....
E outros
:
E então, vamos realizar uma atividade agora ?
Entendendo o sistema a partir dos seguintes fatores:
Fatores sociais (econômico, político, cultural, psicossocial)
 Fatores ambientais, genéticos e multifatoriais
FATORES SÓCIO-ECONÔMICOS 
Os grupos sociais economicamente privilegiados estão menos sujeitos à ação dos fatores ambientais que ensejam ou que estimulam a ocorrência de certos tipos de doenças cuja incidência é acintosamente elevada nos grupos economicamente desprivilegiados. 
os pobres:
-  são percebidos como mais doentios;
-  são de duas ou três vezes mais propensos a enfermidades graves;
-  permanecem doentes mais amiúde;
-  morrem mais jovens;
-  procriam crianças de baixo peso, em maior proporção:
- sua taxa de mortalidade infantil é mais elevada.
FATORES SÓCIO-POLÍTICOS 
 decisão política;
higidez política
participação consentida e valorização da 	cidadania;
participação comunitária efetivamente exercida;
transparência das ações e acesso à informação.
FATORES SÓCIO-CULTURAIS 
Preconceitos e hábitos culturais, crendices, comportamentos e valores, valendo como fatores pré-patogênicos contribuintes para a difusão e manutenção de doenças. 
FATORES PSICOSSOCIAIS 
Marginalidade;
Ausência de relações parentais estáveis;
 Desconexão em relação à cultura de origem;
 Falta de apoio no contexto social em que se vive, condições de trabalho extenuantes ou estressantes;
 Promiscuidade;
 Transtornos econômicos, sociais ou pessoais;
 Falta de cuidados maternos na infância;
 Carência afetiva de ordem geral;
 Competição desenfreada;
 Agressividade vigente nos grandes centros urbanos e desemprego.
Estes estímulos têm influência direta sobre o psiquismo humano, com conseqüências somáticas e mentais danosas.
FATORES AMBIENTAIS 
Agressores ambientais são agentes que, de forma imediata, sem mais intermediações, podem pôr-se em contato direto com o suscetível.
a)  Agentes que, por má administração ou manipulação inábil de meios e recursos, por importação passam a se fazer presentes de forma perceptível, como agentes, em algum evento epidemiológico – agrotóxicos, adubos...
b) Agentes que explodem em situações anormais de grande monta como são as macroperturbações ecológicas, os desastres naturais e as catástrofes.
FATORES AMBIENTAIS
Fatores Ambientais Naturais
 Localização
 Relevo
 Hidrografia
 Solo
 Clima
 Vegetação
 Fauna
FATORES AMBIENTAIS
Fatores Ambientais Artificiais 
 modificação ou destruição da paisagem natural;
 emissão de poluentes ambientais;
 emprego incorreto e uso abusivo e indiscriminados de agrotóxicos;
 contaminação de alimentos por agentes microbiológicos, químicos e radiativos;
 introdução de aditivos químicos e de hormônios;
 restrição na quantidade e na diversificação dos alimentos disponíveis;
 organização do espaço urbano;
FATORES GENÉTICOS 
Os fatores genéticos provavelmente determinam a maior ou menor suscetibilidade das pessoas quanto à aquisição
de doenças. 
PERÍODO DE PATOGÊNESE 
PERÍODO DE PATOGÊNESE
Este período se inicia com as primeiras ações que os agentes patogênicos exercem sobre o ser afetado. 
PERÍODO DE PATOGÊNESE
Esse período se inicia com as primeiras ações que os agentes patogênicos exercem sobre o ser afetado
Níveis de evolução da doença:
 1- Interação estímulo suscetível;
2- Alterações bioquímicas, fisiológicas e histológicas;
3- Sinais e sintomas
4- cronicidade, defeitos permanentes
E então, vamos
discutir cada nível da Patogênese
PERÍODO DE PATOGÊNESE
1- Interação estímulo-suscetível
↗ A doença ainda ñ tomou desenvoltura, porém todos os fatores necessários p/sua ocorrência estão presentes;
↗ Suscetível sujeito à ação subsequente de outros agentes patogênicos:
Ex. má nutrição predispõe à ação do bacilo de tuberculose;
Ex. fator genético diminui a defesa orgânica – abre porta às infecções
PERÍODO PATOGÊNESE
2- Alterações bioquímicas, fisiológicas e histológicas
↗ a doença já está instalada no organismo afetado;
↗ manifestações clínicas ainda não percebíveis;
↗ pode ser percebida através de exames clínicos ou laboratorial;
↗ possibilidade de regressão do estágio patológico nesta etapa;
Sinais e sintomas
↑ HORIZONTE CLÍNICO ↓
manifestações bioquímicas, fisiológicas e histológicas
que precedem as manifestações clínicas da doença
Período de incubação
PERÍODO DE PATOGÊNESE
3- Sinais e sintomas
↗ Sinais iniciais da doença tornam-se nítidos, 
 transformam-se em sintomas. 
 Denominado estágio clínico
↗ a doença pode passar ao período de cura e
 evoluir para cronicidade;
 ou progredir p/invalidez ou morte
PERÍODO DE PATOGÊNESE
4- Cronicidade
↗ progressão ao estado de cronicidade;
↗ produzir lesões que serão porta de entrada p/novas doenças;
↗ conduzir o indivíduo a incapacidade física, invalidez permanente ou morte
Prevenção
Em saúde pública significa: a ação antecipada, 
 
objetivo interceptar ou anular a evolução de uma doença.
A epidemiologia é a ciência que estabelece ou indica e avalia os métodos e processos usados pela saúde pública para prevenir doenças
A prevenção deve anteceder a ação dos especialistas em saúde. Deve começar ao nível das estruturas políticas e econômicas.
Níveis de prevenção
A prevenção pode ser feita nos 
períodos de:
Pré-patogênese
Patogênese
PREVENÇÃO PRIMÁRIA
Se faz com a intercepção dos fatores pré-patogênicos
a) Promoção da saúde - condições satisfatórias de recreação; 
moradia e alimentação adequadas, educação geral
 e em saúde, educação sexual, etc.
b)Proteção específica - imunização, controle de vetores, 
saúde ocupacional, higiene pessoal , EPI, EPC, uso de 
Preservativo, regime alimentar, etc.
PREVENÇÃO SECUNDÁRIA
Realizada no indivíduo sob ação do agente patogênico, ao nível do estado de doença (inclui:)
 
 
Diagnóstico precoce- exames periódicos,
 isolamento p/evitar propagação de doença, 
 tratamento p/evitar a propagação da doença....
Limitação da incapacidade ou invalidez
 evitar futuras complicações e sequelas
PREVENÇÃO TERCIÁRIA
Consiste na prevenção da incapacidade através de medidas destinadas à reabilitação
Reabilitação – impedir a incapacidade total
Fisioterapia;
Terapia ocupacional;
Modelo da História Natural das Doenças:
Período pré-patogênico
Período patogênico
Promoção da saúde
Proteção específica
Diagnóstico precoce
 e tratamento imediato
Limitação de incapa-cidade
Reabilitação
Adaptado de LEAVELL E CLARK, 1976.
Prevenção 
primária
Prevenção 
secundária
Prevenção
 terciária

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