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prisão preventiva

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE MARANGUAPE, ESTADO DO CEARÁ.
Processo nº 01234
CARÁTER DE URGÊNCIA
JOSIVALDO PICCOLO, brasileiro, casado, porteiro, portador do RG n° 123123120, inscrito no CPF sob o n° 62626768, titular do e-mail josi@gmail.com, residente e domiciliado na Rua Star Wars, n° 110, bairro Centro, na cidade de Maranguape/CE, CEP 6210120, vem por intermédio de seu advogado que esta subscreve, com procuração em anexo e endereço localizado na Rua Nelson Alencar, n° 726, bairro Centro, na cidade de Maranguape/CE, onde recebe intimações e notificações de estilo, com o devido acatamento perante Vossa Excelência, requerer:
PEDIDO DE REVOGAÇÃO PREVENTIVA
Com fulcro no artigo 5°, LVI e LV da Constituição Federal e os artigos 312 e 316 do Código de Processo Penal, pelas razões de fato e de direito aduzidas abaixo:
DOS FATOS
Consta-se na Ação Penal que no dia 23 do mês de fevereiro de 2018, às 19h57min, o indiciado teve a sua prisão decretada pela suposta prática do delito presente no artigo 217-A do Código Penal (estupro de vulnerável).
Entende-se, que na decisão fundamentada foi necessária a aplicação da prisão preventiva tendo em vista tratar-se de crime de repulsa social. Sua fundamentação foi baseada na garantia da ordem pública em virtude de evitar que o acusado viesse a praticar novos delitos, cujo é inocente conforme o suceder da presente peça processual.
Destaca-se, que o acusado possui boa conduta e é réu primário, conforme comprova os documentos em anexos, não impondo risco para a ordem pública e não havendo requisitos de autoria suficientes presentes em lei.
Posto isso, requer a revogação da prisão preventiva, devendo o requerente ser posto imediatamente em liberdade visto que não faz jus a todos os critérios estabelecidos em lei.
DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS
I – Da ausência dos requisitos da prisão preventiva
	De acordo com a Constituição Federal, é assegurado como direito fundamental a garantia do direito a liberdade quanto a sua não privação sem o devido processo legal, conforme alude o artigo 5°, LIV e LV:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
(...)
LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal;
LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;
Constata-se que na prisão preventiva, não se configurou os requisitos exigidos pelo artigo 312 do Código de Processo Penal. Dispõe o artigo:
Art. 312.  A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de autoria.
Parágrafo único.  A prisão preventiva também poderá ser decretada em caso de descumprimento de qualquer das obrigações impostas por força de outras medidas cautelares.
	Em virtude disso, não há motivos para mantê-lo preso preventivamente, tendo em vista que não apresenta nenhum risco a ordem pública atentando-se ao fato que possui boa conduta e que é réu primário.
	Vale ressaltar, que na ausência dos requisitos necessários, não estará completa a motivação da decisão e sendo assim, a prisão não poderá ocorrer. Sob a égide do Código de Processo Penal, versa o artigo 315: 
Art. 315.  A decisão que decretar, substituir ou denegar a prisão preventiva será sempre motivada.  
Posto isso, na ausência das condições necessárias para a retenção em cárcere, determina-se a revogação da prisão preventiva, conforme dispõe o artigo 316 do Código de Processo Penal:
Art. 316. O juiz poderá revogar a prisão preventiva se, no correr do processo, verificar a falta de motivo para que subsista, bem como de novo decretá-la, se sobrevierem razões que a justifiquem. 
Logo, diante dos fatos jurídicos supramencionados, é nítida a legitimidade do requerente.

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