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Mecânica I Cap 2 - Estática das Partículas Livro texto: Mecânica Vetorial para Engenheiros Beer e Johnston 2 Introdução Mecânica Ciência que descreve e prediz as condições de repouso ou movimento dos corpos sob a ação de forças: Aplicações – Cálculo Estrutural – Projeto de Máquinas – Escoamento de Fluídos – Instrumentação Elétrica – etc. 3 Conceitos úteis Espaço Região geométrica ocupada por corpos cujas posições são descritas por medidas lineares e angulares em relação a um sistema de coordenadas. Um ponto é definido no espaço por 3 coordenadas (x, y, z). Tempo Medida da sucessão de eventos. Além da posição no espaço, o instante em que ocorre cada evento deve ser conhecido. Massa Medida da inércia de um corpo. Força Representa a ação de um corpo sobre o outro. Esta ação pode ser por contato ou a distância (forças gravitacionais, forças eletromagnéticas). A força é uma grandeza vetorial sendo, então, representada por seu módulo, direção e sentido. 4 Conceitos úteis Partícula (ponto material) Porção da matéria que pode ser considerada como ocupando um único ponto no espaço (a sua forma e dimensão não são consideradas) Corpo Rígido É uma combinação de um grande número de partículas que ocupam posições fixas relativamente umas às outras. O corpo se desloca como um todo, não há movimento relativo entre as partículas, portanto não há deformação. 5 Princípios Fundamentais da Mecânica Lei do paralelogramo para adição de forças Duas forças atuantes sobre uma partícula podem ser substituídas por uma única força resultante obtida pela diagonal do paralelogramo. Este principio não pode ser demonstrado matematicamente, mas é verificado experimentalmente. Revisão de Vetores 6 •Operação com vetores P + (-P) = 0 P + Q = Q + P P – Q = P + (-Q) P + Q + S = (P+Q) + S Revisão de Vetores 7 •Produto escalar P+P = 2P P+P+P = 3P Soma de n vezes o vetor P= nP Produto de um escalar k (positivo ou negativo) por um vetor P = kP Tem a mesma direção Tem o mesmo sentido, se k for positivo Tem sentido oposto se k for negativo Intensidade é igual ao produto da intensidade de P pelo k angela marquez 8 )θ cos sen 0 sen θ cos θ · tg tg θ Revisão de trigonometria angela marquez 9 Arcos Notáveis 30° 150° 210° 330° 45° 135° 225° 315° 60° 120° 240° 300° cos sen 0 tg 90° 180° 270° 0°/360° angela marquez 10 arco 0° 30° 45° 60° 90° 180° 270° 360° rad 0 6 4 3 2 3 2 2 seno 0 2 1 2 2 2 3 1 0 - 1 0 cosseno 1 2 3 2 2 2 1 0 - 1 0 1 tangente cos sen 0 3 3 1 3 - - - 0 - - - 0 Tabela de Entes Trigonométricos ... angela marquez 11 Relações Trigonométricas no Triângulo Retângulo Ente Trigonométrico Relação no Triângulo Retângulo Seno de θ Cosseno de θ Tangente de θ HI CO sen HI CA cos CA CO tg )θ Hipotenusa angela marquez 12 Lei dos Senos Seja um triângulo ABC qualquer temos : Csen c Bsen b Asen a ) ( ^A ^ C ^ B A B C a c b angela marquez 13 Lei dos Cossenos Seja um triângulo ABC qualquer temos : Ccosba2bac ouBcosca2cab ouAcoscb2cba 222 222 222 ) ( ^A ^ C ^ B A B C a c b angela marquez 14 Lei dos Cossenos Curiosidade : Quando um dos ângulos do triângulo é reto, por exemplo, Â= 90°, temos : 90coscb2cba 222 Sabe-se que cos 90° = 0, logo ... 0cb2cba 222 Temos, portanto ... 222 cba Teorema de Pitágoras angela marquez 15 P-1 ângulos opostos congruentes P-2 lados opostos congruentes P-3 as diagonais dividem-se ao meio ( ponto médio ) M Propriedade dos Paralelogramos + = 180° angela marquez 16 P-4 todo paralelogramo que tem diagonais congruentes é retângulo P-5 todo paralelogramo que tem diagonais perpendiculares é losango P-6 todo quadrado é retângulo e também losango e portanto suas diagonais são congruentes e perpendiculares Propriedade dos Paralelogramos Exemplo 1 17 Uma barcaça é puxada por dois rebocadores. Se a resultante das forças exercidas pelos rebocadores é uma força de 22.250 N dirigida ao longo do eixo da barcaça, determine a força de tração em cada um dos cabos, sabendo que α = 45º e o valor de α para o qual a tração no cabo 2 é mínima. Exemplo 2 18 As forças P e Q agem sobre um parafuso A. Determine a sua resultante. Componentes retangulares de uma força. Vetores unitários Em muitos problemas será desejável decompor uma força em dois componentes perpendiculares entre si, Fx e Fy, aos quais chamaremos de componentes retangulares. 19 Vetores unitários São dois vetores de intensidade unitária dirigidos ao longo dos eixos x e y . Esses vetores são respectivamente i e j. Pela definição de produto escalar notamos que os componentes Fx e Fy da força F podem ser obtidos multiplicando-se respectivamente os vetores i e j pelos escalares apropriados. Daí Fx = Fx i Fy = Fy j 20 Componentes Os escalares Fx e Fy são denominados componentes escalares da força F, enquanto as verdadeiras forças Fx e Fy recebem o nome de componentes vetoriais de F. Durante o curso Fx e Fy serão sempre denominados simplesmente de componentes. 21 Componentes escalares Representando por F a intensidade da força F e por θ o ângulo entre F e o eixo x, medido no sentido anti-horário a partir do eixo x positivo, pode-se expressar os componentes escalares de F como: Fx = F cos θ Fy = F sen θ 22 Exemplo 1 Calcule os componentes vertical e horizontal da força F de 800 N de intensidade, exercida no parafuso A, conforme mostrado na figura. 23 Exemplo 2 Um homem puxa uma corda com a força de 300 N, amarrada a um edifício. Quais são os componentes Fx e Fy da força exercida pela corda no ponto A? 24 Exemplo 3 Quando a força for definida pelos seus componentes retangulares Fx e Fy a intensidade da força F pode ser obtida aplicando-se o teorema de Pitágoras. A direção da força F é dada pelo ângulo θ obtido por: 25 26 Equilíbrio de uma Partícula -Quando a resultante de todas as forças que atuam sobre uma partícula é zero, esta está em equilíbrio. -Uma partícula submetida à ação de duas forças estará em equilíbrio quando essas duas forças tiverem a mesma intensidade, a mesma direção e sentidos opostos, sendo nesse caso a resultante das duas forças zero. 100 N 100 N 27 Equilíbrio de uma Partícula Para exprimir algebricamente as condições necessárias de equilíbrio de uma partícula usamos: R = ∑ F = 0 Decompondo cada força F em componentes retangulares temos: ∑( Fxi + Fyj ) = 0 , ou (∑ Fx ) i + (∑ Fy ) j = 0 Condição necessária e suficiente para o equilíbrio da partícula. ∑ Fx =0 e ∑ Fy= 0, F4 = 1800 N F2 = 779,4 N F3 = 900 N F1 = 1350 N Exemplo 28 29 Primeira Lei de Newton “Se a força resultante que atua sobreuma partícula tem intensidade igual a zero, essa partícula permanece em repouso ou se move em movimento retilíneo uniforme.” 30 Problemas que Envolvem o Equilíbrio de uma Partícula– Diagrama de Corpo Livre Grande número de problemas que envolvem estruturas reais pode ser reduzidos efetivamente, a problemas referentes ao equilíbrio de uma partícula. Isto é feito escolhendo-se uma partícula conveniente e esquematizando-se um diagrama separado, mostrando todas as forças que sobre ele são exercidas. Este diagrama é chamado DIAGRAMA DE CORPO LIVRE. 31 Exemplo 1 Tem-se um caixote de 75kg que estava em 2 prédios e está agora sendo colocado sobre um caminhão. O caixote é suportado por um cabo vertical, unido no ponto A a duas cordas que passam por roldanas fixadas nos prédios em B e C. Deseja-se determinar a tração nas 2 cordas AB e AC. 32 Solução Diagrama de Corpo Livre Triangulo de Forças 33 Exemplo 2 Numa operação de descarregamento de um navio, um automóvel de 15750N é sustentado por um cabo. Uma corda é amarrada ao cabo em A e puxada para centrar o automóvel para a posição desejada. O ângulo entre o cabo e a vertical é de 2º, enquanto o ângulo entre a corda e a horizontal é de 30º. Qual é a tração na corda? 34 Solução 15750 N 15750 N Diagrama de Corpo Livre 35 Forças no espaço: Componentes Cartesianas Consideremos uma força F aplicada na origem O de um sistema de coordenadas cartesianas x,y,z. Para definir a direção de F, podemos desenhar o plano vertical OBAC que contém F. Esse plano contém o eixo vertical y e a sua orientação é definida pelo ângulo ø que forma com o plano xy, enquanto a direção de F dentro desse plano é definida pelo ângulo θy que F forma com o eixo y. 36 A força pode ser decomposto em uma componente vertical Fy e uma componente horizontal Fh. As componentes escalares são: Fy=Fcosθy Fh=Fsenθy Mas Fh pode ser decomposta em duas componentes cartesianas Fx e Fz, segundo os eixos x e z respectivamente. Essa operação é efetuada no plano xz. Obtemos então as seguintes expressões para as componentes escalares: Fx=Fhcosφ= F senθy cosφ Fz=Fhsenφ= F senθy senφ Forças no espaço: Componentes Cartesianas Componentes retangulares de uma força no espaço 37 38 Forças no espaço: Componentes Cartesianas Aplicando o teorema de Pitágoras aos triângulos OAB e OCD escrevemos: Triângulo OAB: (OA)2 = (OB)2 + (BA)2 = F2= Fy2 + Fh2 Triângulo OCD: (OC)2 = (OD)2 + (DC)2 = Fh2 = Fx2 + Fz2 Eliminando Fh2 dessas duas equações e calculando F obtemos: F2= Fx2+ Fy2 + Fz2 39 Forças no espaço: Componentes Cartesianas Se considerarmos os ângulos entre F e os respectivos eixos θx, θy e θz, que definem a direção da força F, concluímos que: Fx=Fcosθx , Fy=Fcosθy, Fz=Fcosθz São chamados de cossenos diretores de F os cos θx, cos θy e cos θz são chamados de cossenos diretores 40 Forças no espaço: Componentes Cartesianas Fy=Fcosθy Fx=Fcosθx Fz=Fcosθz 41 Forças no espaço: Componentes Cartesianas Introduzindo os vetores unitários i, j, k, orientados segundo os eixos x, y e z, respectivamente, podemos exprimir F na forma: F = Fx i + Fy j + Fz K •O angulo que a força F forma com um eixo deve ser medido a partir do lado positivo do eixo e será sempre entre 0o e 180º . 42 Forças no espaço: Componentes Cartesianas Sejam i, j e k os vetores unitários orientados segundo os eixos x, y e z respectivamente, então: F = Fx i + Fy j + Fz k e F = F (cosθx i + cosθy j + cosθz k) Seja λ um vetor de módulo unitário na mesma direção e sentido de F: λ = cosθx i + cosθy j + cosθz k λx λy λz Como o módulo de λ é igual a 1, tem-se que: λx2 + λy2 + λz2 = 1 cosθx2 + cosθy 2 + cosθz2 = 1 43 Forças no espaço: Componentes Cartesianas Quando os componentes Fx, Fy e Fz de uma força são dados , a intensidade F da força é obtida de F2= Fx2+ Fy2 + Fz2. Pode-se então resolver as relações para os cossenos diretores: cosθx = Fx/F cosθy = Fy/F cosθz = Fz/F Vetor posição 44 O vetor posição é definido como um vetor fixo que localiza um ponto do espaço em relação a outro. O vetor posição pode ser escrito na forma cartesiana. Em muitas aplicações, a direção de uma força F é definida pelas coordenadas de dois pontos , M (x1, y1, z1) e N (x2, y2, z2), localizados sobre sua linha de ação. 45 Força definida por um módulo e dois pontos de sua linha de ação Considerando o vetor MN, que liga os pontos M e N e que tem o mesmo sentido que F. Representando suas componentes escalares por dx, dy e dz, respectivamente escrevemos: MN = dx i + dy j +dz K O vetor unitário λ ao longo da linha de ação de F pode ser obtido dividindo-se o vetor MN por seu módulo MN λ = MN / MN MN = (dxi + dyj + dzK) MN = d logo, λ = (dx i + dy j +dz K ) X 1/d 46 Força definida por um módulo e dois pontos de sua linha de ação Lembrando que F é igual ao produto de F pelo vetor unitário λ tem-se: F λ = F/d (dx i + dy j +dz K ) Segue-se então que as componentes escalares de F são, respectivamente: cosθx = (dx / d) cosθy = (dy / d) cosθz = (dz / d) Problema 2.75 47 Para estabilizar uma árvore parcialmente arrancada durante uma tempestade, os cabos AB e AC são amarrados na parte superior do tronco da árvore e depois são presos a hastes de aço ancoradas no chão. Sabendo que a tração no cabo AB é de 4,2 kN, determine os componentes da força exercida por esse cabo na árvore e os ângulos θx, θy e θz que a força forma com os eixos em A paralelos aos eixos coordenados. 48 Exemplo 1 Um cabo de sustentação de uma torre está ancorado por meio de um parafuso em A. A tração no cabo é de 2500N. Determine a) Os componentes, Fx, Fy e Fz da força que atua sobre o parafuso. b) Os ângulos θx, θy e θz que definem a direção da força. 49 Solução Problema 2.87 50 Uma torre de transmissão é sustentada por 3 cabos de sustentação ancorados por parafusos em B, C e D. Se a tração no cabo AB é de 2100N, determine os componentes da força exercida pelo cabo no parafuso em B. 51 Adição de Forças Concorrentes no espaço Determinaremos a resultante R de duas ou mais forças no espaço pela soma de duas componentes cartesianas. Os métodos gráficos e trigonométricos geralmente não são práticos no caso de forças no espaço. Neste caso, R = ∑ F, decompondo cada força em suas componentes cartesianas e escrevemos R = Rx i + Ry j + Rz k = Σ (Fx i + Fy j + Fz k) R = (ΣFx) i + (ΣFy) j + (ΣFz) k Da qual decorre que: Rx =ΣFx Ry =Σ y Rz =ΣFz 52 Adição de Forças Concorrentes no espaço Módulo de R: R = √ Rx2 + Ry2 + Rz2 Cossenos diretores de R: cos θx = (Rx / R) cos θy = (Ry / R) cos θz = (Rz / R) 53 Equilíbrio de um Ponto Material no Espaço Como já é conhecido, um ponto material estará em equilíbrio se a resultante de todas as forças atuantes for zero. A componentes Rx, Ry e Rz devem ter resultante zero, e para que isso ocorra: ∑Fx=0 ∑Fy=0 ∑Fz=0 Isso representa as condições necessárias e suficientes para o equilíbrio de um ponto material no espaço. 54 Exemplo 2 Umaseção de um muro de concreto pré moldado é temporariamente segura pelos cabos mostrados. Sabendo que a tração é de 3780N no cabo AB e 5400N no cabo AC, determine a intensidade e a direção da resultante das forças exercidas pelos cabos AB e AC na estaca A. 8,1 m 4,8 m 3,3 m 2,4 m 55 Solução OBS: O desenho serve somente como informação os valores estão e outra unidade. Exercícios (BEER 7ª edição) 2.5 2.7 56 Exercícios 2.19 57 2.17 Exercícios 2.25 58 59 Exercicios 60 Exercicios 61 Exercicios 62 63 64 65
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