Buscar

Curso de Genética Forense 05

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 64 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 64 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 64 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Curso de 
DNA Forense 
 
 
 
 
 
 
MÓDULO V 
 
 
 
 
 
 
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para 
este Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização do 
mesmo. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores 
descritos na Referência Consultada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MÓDULO V 
 
Interpretação dos Resultados 
 
Após a visualização, dá-se a análise dos resultados comparando os fragmentos 
de DNA amplificados das amostras do pai, mãe e filho em caso de paternidade; ou das 
amostras encontradas na cena do crime, em corpos ou vítimas com as de suspeitos 
(INTERPOL, 2001; BUTLER, 2005). No entanto, durante a PCR, um grande número de 
artefatos pode ocorrer e interferir na interpretação e genotipagem dos alelos presentes na 
amostra de DNA, sendo visualizadas somente após a eletroforese. 
Entre esses artefatos (Figura 80) incluem: 
 
→ os produtos stutters (WALSH et al, 1996) 
→ adição de nucleotídeos não pertencentes ao DNA alvo, denominados picos “N” 
– N peaks – ou adenilação (CLARCK, 1988; Clayton et al, 1998). 
 
 
 Figura 80: Artefatos de técnica que podem prejudicar a análise dos alelos após a eletroforese: 
stutters e picos N. 
 
 
 
124 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
 
 
 
 
 
→ Produtos de stutters (Figura 81): 
Definição: Picos que se caracterizam pela perda de uma repetição 
consecutiva em relação ao alelo verdadeiro, resultante de um 
“deslizamento” da sequência durante a síntese de DNA, isto é, durante 
a amplificação. A enzima polimerase não amplifica uma sequência, 
aparentando um deslizamento. 
Os picos de stutters dificultam a análise de misturas de DNA. 
 
→ Adição de nucleotídeos que não fazem parte da sequência de DNA - Picos N 
ou adenilação (Figura 82): 
Definição: A enzima Taq polimerase frequentemente adiciona um 
nucleotídeo extra no final do produto de PCR, sendo o mais frequente a 
Adenina (A), denominando-se ADENILAÇÃO. 
Excesso de amostra de DNA na PCR pode resultar em uma incompleta 
adenilação. 
 
Figura 81: Definição de stutter e seus dois tipos. Verifique o “deslizamento” de uma sequência repetitiva. 
125 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
 
 
 
 
 
 
 Figura 82: Adição de nucleotídeos que não fazem parte da sequência de DNA: durante uma 
PCR, a enzima taq polimerase pode acrescentar uma adenina (A) na porção 5´ da dupla fita de DNA que 
está em excesso na reação. Esse artefato resulta na adenilação, que aparece no eletroferograma como dois 
picos bem próximos um do outro sendo um A- e outro A+, que correspondem às fitas da sequência de DNA. 
O eletroferograma em azul mostra a diferença no resultado quando se utiliza uma grande quantidade de 
DNA para a sua amplificação, resultando após a eletroforese em adenilação (para os STRs DES1358 e 
VWA) e picos fora da escala - off-scale (para o STR FGA). 
 
Outros fatores podem estar presentes na análise da STR e devem ser 
criteriosamente analisados, para serem diferenciados de artefatos. Segundo Butler 
(2005), são eles: 
 
microvariações alélicas (Figura 83 e 84) 
126 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
 
 
 
 
 
 
 
 
 Figura 83: Microvariação alélica: variações da sequência repetitiva que não fazem parte dos 
alelos incorporados no marcador alélico (allelic ladder), sendo que eles podem ou não estar descritos na 
literatura. A eletroforese do fragmento correspondente a um STR denominado DYS635, é comparado pelo 
programa automaticamente com o marcador ou padrão alélico acima, que possui diversos alelos para o 
mesmo STR. Verifique que o alelo da amostra 1 não está exatamente abaixo do alelo 22, que corresponde 
a 258 pares de bases e sim a 257, que significa que existe uma base a menos na sequência, que poderá 
ser analisada no encadeamento. Após o sequenciamento do DNA (caixa amarela), observa-se a falta de 
uma timina (T) na sequência total (vide abaixo da figura a sequência completa, sendo que [TCTA]4 é igual a 
TCTA TCTA TCTA TCTA; e assim por diante). 
 
127 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
 
 
 
 
 
 
 Figura 84: Quantidade de microvariações alélicas descritas para cada STR, sendo que existem, 
no total, 476 variantes descritas em todos os STRs dispostos no quadro. Entre parênteses encontra-se a 
quantidade de microvariações alélicas de cada STR. Exemplo: CSF1PO(19) – para o STR denominado 
CSF1PO tem-se 19 microvariações alélicas descritas mundialmente. Dados atualizados pelo site até 06 de 
outubro de 2008. 
 
 
padrão tri-alélico (Figura 85 e 86) 
 
 
 Figura 85: Característica do trialelo das STRs D18S51 (alelos 14, 15 e 22), TPOX (alelos 8, 10 
e 11) e D21S11(alelos 29, 30 e 31). 
 
128 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
 
 
 
 
 
 
 
 Figura 86: Quantidade de TRIALELOS descritos para cada STR, sendo que existem, no total, 
177 padrões trialélicos diferentes descritos em todos os STRs dispostos no quadro. Entre parênteses 
encontra-se a quantidade de trialelos de cada STR. Exemplo: CSF1PO(7) – para o STR denominado 
CSF1PO tem-se 7 trialelos diferentes descritos mundialmente. Dados atualizados pelo site até 23 de 
outubro de 2008 pelo site STRBase. 
129 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
 
 
 
 
 
 
 
perda de um alelo (Figura 87 e 88): 
 
 
 
Figura 87: Perda de alelo caracterizado pela pouca quantidade de amostra de DNA na reação de PCR. 
 
130 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
 
 
 
 
 
 
 
Figura 88: Perda do alelo decorrente da presença de mutação na sequência do DNA, que estão 
localizadas em regiões que hibridizam com os primers durante a PCR. 
 
 
131 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
 
 
 
 
 
 
 
mutações (Figura 89): 
Ocorre aproximadamente 1 em 1000 meioses; 
Incide mais frequentemente com o alelo paterno do que materno; 
VWA, FGA eD18S51 possuem altas taxas; 
TH01, TPOX e D16S539 possuem menores taxas. 
 
 
 
Figura 89: Mutação observada em um trio (mãe, pai e filho): observe a ausência do alelo paterno 
obrigatório do caso à direita, na qual não há o alelo 14 ou 18 e sim um alelo diferente 13. 
 
132 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
 
 
 
 
 
 
 
Figura 89: Lista de STRs e taxa de mutação. A mutação dos STRs utilizados em identificação 
humana é baixa. No entanto, deverá ser analisada, principalmente se ocorrer em testes de paternidade, 
devendo ser incorporada ao laudo pericial a taxa de mutação. 
133 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudodeste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
 
 
 
 
 
Havendo uma correlação entre as amostras, verifica-se a significância do 
resultado. A importância da evidência de DNA é dada por meio da probabilidade de que a 
casualidade tenha ocorrido. Para isso, tem-se antecipadamente a frequência dos perfis 
genéticos de uma população (Figura 90). Caso o perfil genético seja extremamente raro 
em uma dada população, pode-se dizer que a evidência é extremamente forte, caso 
contrário, pode consistir em uma mera casualidade. A constância de um perfil genético 
em uma determinada população é calculada com base na multiplicação das frequências 
do genótipo de cada locus (EVETT & WEIR, 1998). 
 
 
 
 
 
 
134 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
 
 
 
 
 
 
 
 Figura 90: Quadrado de Punnett mostrando a frequencia de dois alelos “A” e “a”, para “p” 
frequência do alelo “A” e q, de “a”. Lembrando que a soma de p e q deve ser sempre 1. A frequência de 
cada combinação alélica será calculada pela fórmula 2pq para heterozigotos e p2, para homozigotos. 
 
 
A constância do perfil genético de cada indivíduo foi calculada com base na razão 
de verossimilhança ou Likelihood Ratio (LR) (Evett & Weir 1998) (Figura 91). A seguir 
foram colocados exemplos de cálculos de perfil genético para treino e fixação. É 
conveniente lembrar que no exemplo inserimos somente 3 loci e não os 13 recomendados 
pelo FBI; somente para servir de exemplo, facilitar o entendimento e compreensão acerca 
da importância de se estabelecer a frequência alélica populacional. 
 
135 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
 
 
 
 
 
136 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
 
 
 
LR = 1/P 
 
P é frequência do perfil genético de um indivíduo, calculada a partir da multiplicação 
das constâncias alélicas de N locus: 
P= P1.P2.P3.PN, 
 
A frequência para cada locus PN, sendo “i” e “j” alelos de um genótipo cujas 
constâncias alélicas “q” que são determinadas previamente, é calculada: 
PN = qi2, para i=j 
PN = 2qiqj, para i≠j 
 
 
Figura 91: Demonstração do cálculo da frequência do perfil genético 
 
 
 
 
 
 
EXEMPLOS DE CÁLCULOS DE PERFIL DE DNA UTILIZANDO-SE COMO 
EXEMPLO DUAS POPULAÇÕES DISTINTAS 
 
BASEADO NA FREQUENCIA ALÉLICA DE CAUCASIANOS AMERICANOS 
Perfil de DNA Frequência alélica do
banco de dados 
Fórmula Frequência
Locus Alelos Vezes que o 
alelo foi 
observado 
Tamanho 
do banco 
de dados 
Frequência 
D13S317 11 
14 
205 
29 
604 p = 0,34 
q = 0,05 
2pq 0,03 
TH01 6 
6 
140 604 p = 0,23 
 
p2 0,05 
D18S51 14 
16 
83 
84 
604 p = 0,14 
q = 0,14 
2pq 0,04 
 
Frequência do perfil para a população caucasiana = razão de verossimilhança (LR) = 1/P
P é a multiplicação de todas as frequências alélicas = 0,03 x 0,05 x 0,04 = 0,00006 
OU 
LR = 1/0,00006 = 1 em 16666 
Pode-se dizer que o perfil genético em questão pode ser encontrado em 1 em 16666 
pessoas dentro da população de caucasianos americanos 
 
BASEADO NA FREQUENCIA ALÉLICA DE HISPÂNICOS AMERICANOS 
Perfil de DNA Frequência alélica do
banco de dados 
Fórmula Frequência
Locus Alelos Vezes que o 
alelo foi 
observado 
Tamanho 
do banco 
de dados
Frequência 
D13S317 11 
14 
66 
13 
280 p = 0,24 
q = 0,05 
2pq 0,02 
TH01 6 
6 
60 280 p = 0,21 
 
p2 0,04 
D18S51 14 
16 
39 
38 
280 p = 0,14 
q = 0,14 
2pq 0,04 
 
Frequência do perfil para a população caucasiana = razão de verossimilhança (LR) = 1/P
P é a multiplicação de todas as frequências alélicas = 0,02 x 0,04 x 0,04 = 0,000032 
OU 
LR = 1/0,000032= 1 em 31250 
Pode-se dizer que o perfil genético em questão pode ser encontrado em 1 em 31250 
pessoas dentro da população de hispânicos americanos 
 
 
 
137 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
 
 
 
 
 
138 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
Variações nos alelos dos loci mais utilizados na identificação humana já foram 
descritas nas diversas populações (RUITBERG et al, 2001; BUTLER, 2005). Entretanto, a 
determinação da frequência genética em um grupo étnico pode estar sujeita a 
divergências, principalmente na população brasileira, que é fruto de uma grande 
miscigenação (MOURA-NETO & BUDOWLE et al, 1997; SOARES-VIEIRA et al. 
2000,2001 ). 
Whittle et al (2004) analisou a frequência alélica de 19 STRs distintas utilizando o 
perfil genético de 13.000 indivíduos brasileiros. Constatou que a frequência da presença 
de perda de alelos e da taxa de mutação observada podem contribuir significativamente 
para a discriminação genética dessa população. 
Pimenta et al (2006) avaliaram 12 STRs de 752 indivíduos de São Paulo que 
foram divididos em categorias de cor de pele e analisando os dados não houve 
diferenciação genética significativa entre os três grupos. Esse resultado alerta o perigo em 
classificar a população brasileira pela cor de pele com seu ancestral geográfico (PENA, 
2005). 
 
Análise de Outros Perfis Genéticos 
 
Dependendo do tipo e finalidade de análise do perfil genético de um indivíduo, 
além dos STRs descritos anteriormente, alguns outros marcadores são utilizados para a 
investigação do DNA forense (Figura 92): 
→ DNA do cromossomo Y: linhagem paterna 
→ DNA mitocondrial: linhagem materna 
→ SNPs (Polimorfismos de base única): são necessários pelo menos 50 
SNPs diferentes para a análise do perfil genético de uma pessoa. 
 
 
 
 
 
 
 
 Figura 92: Diferença entre os STRs (por exemplo, aqueles recomendados pelo CODIS-FBI), que 
são autossômicos; os STRs do cromossomo Y, que são herdados somente para os filhos do sexo 
masculino; e do DNA mitocondrial, que são herdados pela mãe e repassados aos filhos, sendo idênticos 
entre parentes da linhagem materna. 
 
 
Cromossomo Y 
 
Segundo Butler (2005), os STRs do cromossomo Y são utilizados: 
→ Verificação da linhagem paterna, para analisar migrações populacionais, 
pois são transmitidos de pai para filho sem alteração, a não ser em casos específicos de 
mutação; 
→ Pesquisa histórica e genealógica da linhagem paterna; 
→ Análise do perfil genético em testes de paternidade, aumentando o poder de 
discriminação, principalmente quando o DNA do pai biológico não é obtido; 
→ Em casos de estupro, no qual existe vestígio biológico masculino para a 
análise de DNA em um corpo do sexo feminino; 
139 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
 
 
 
 
 
→ Verificação de contaminação da amostra biológica por DNA do sexo 
masculino. 
 
No entanto, existem algumas considerações na sua utilização: 
→ Uma combinação entre o perfil genético da evidência e do suspeito 
significará que qualquer parente do sexo masculino da linhagem paterna, como tios, 
primos, avôs, irmãos, etc possam ter contribuído com a amostra biológica; 
→ A presença de parentes do sexo masculino em acidentes em massa pode 
ser facilmente analisada pelo cromossomo Y (Figura 93). 
 
 
 Figura 93: O DNA do cromossomo Y poderá auxiliarna identificação de pessoas desaparecidas 
que possuem parentesco de linhagem paterna. 
140 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
 
 
 
 
 
 
 
Diversos STRs do cromossomo Y já foram estudados, conforme demonstra a 
figura 94 e tabela 11. Tais STRs do Y já foram incorporados em dois kits comerciais: 
PowerPlex Y (Figura 95) e Y-filer (Figura 96). 
 
 
 
 Figura 94: Diversos STRs, segundo sua localização no cromossomo Y. 
141 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
 
 
 
 
 
142 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
 
 
Tabela 11: STRs do cromossomo Y, segundo seu acesso no GenBank , a sequência de 
repetição, seus alelos e o tamanho do fragmento de PCR. Fonte: Butler (2005). 
 
 
Nome do 
marcador 
Acesso ao 
GenBank 
Repetição Alelos Tamanho do 
produto de PCR 
DYS19 X77751 TAGA 8-16 178-210 bp 
DYS385 Z93950 GAAA 10-22 252-300 bp 
DYS388 G09695 ATT 12-17 128-143 bp 
DYS389 I 
DYS389 II 
G09600 
G09600 
(TCTG) (TCTA) 
(TCTG) (TCTA) 
I: 7-13 
II:23-31 
239-263 bp 
353-385 bp 
DYS390 G09611 (TCTA) (TCTG) 18-27 191-227 bp 
DYS391 G09613 TCTA 8-13 275-295 bp 
DYS392 G09867 TAT 7-16 236-263 bp 
DYS393 G09601 AGAT 9-15 108-132 bp 
YCAIII AC006370 CA 19-25 192-204 bp 
DYS434 AC002992 ATCT 8-11 110-122 bp 
DYS435 AC002992 TGGA 9-13 210-228 bp 
DYS436 AC005820 GTT 10-15 128-143 bp 
DYS437 AC002992 TCTA 8-11 186-202 bp 
DYS438 AC002531 TTTTC 6-12 203-233 bp 
DYS439 AC002992 AGAT 9-14 238-258 bp 
Y-GATA-A4 G42670 AGAT 11-14 242-254 bp 
Y-GATA-A7.1 G42675 ATAG 7-12 161-181 bp 
Y-GATA-A7.2 G42671 TAGA 8-12 174-190 bp 
Y-GATA-A8 G42672 TCTA 8-14 219-244 bp 
Y-GATA-A10 G42674 TATC 11-14 160-172 bp 
Y-GATA-C4 G42673 TATC 11-16 251-271 bp 
Y-GATA-H4 G42676 TAGA 10-13 362-370 bp 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Figura 95: STRs do cromossomo Y contidos no kit multiplex PowerPlex Y®, da Promega 
Corporation, segundo sua região de amplificação e cor de fluorescência. 
 
143 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
 
 
 
 
 
 
 Figura 96: STRs do cromossomo Y contidos no kit multiplex AmpFlSTR® Y-Filer™ da Applied 
Biosystems, segundo sua região de amplificação e cor de fluorescência. 
 
 
No Brasil, frequências alélicas dos STRs do cromossomo Y foram realizados para 
o cálculo do perfil genético. Góis et al (2007) analisou 12 STRs do cromossomo Y 
incluídos no sistema PowerPlex® Y (Promega). A diversidade genética dessas STRs foi 
de 0,6746 e a diversidade haplotípica 0,9996. A comparação entre os resultados obtidos 
demonstrou que a variação dentro de cada grupo é maior que a variação entre os grupos. 
 
 
144 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
 
 
 
 
 
145 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
 
DNA Mitocondrial 
 
O DNA mitocondrial teve suas características descritas no módulo 2 desse curso, 
mas será exposta a metodologia de análise da sua sequência. 
 
O DNA mitocondrial é utilizado para (Butler, 2005): 
→ Verificação da linhagem materna, para analisar migrações populacionais, pois 
são transmitidos pela mãe a todos os filhos; 
→ Pesquisa histórica e genealógica da linhagem materna; 
→ Análise do perfil genético em testes de caracterização de vínculo genético, 
aumentando o poder de discriminação, principalmente quando o DNA do pai 
biológico não é obtido, e sim de parentes da linhagem materna; 
→ Análise de materiais degradados e em ínfima quantidade, como múmias, 
ossadas e material arqueológico, pois o DNA mitocondrial, por ser circular, 
conserva-se melhor do que o DNA genômico. 
 
O mtDNA foi sequenciado pela primeira vez por Anderson et al (1981), que 
tornou-se a referência durante muito tempo, sendo denominada sequência de Anderson 
ou de Cambridge (Figura 97). Atualmente, utiliza-se a fita leve do mtDNA, que possui 
menor peso molecular ao ser comparado com a fita pesada, da sequência de Anderson 
ou Cambridge. A fita pesada ainda possui uma quantidade maior de guanina (Butler, 
2005). 
 
 
 
 
 
 
Figura 97: Sequencia de referência das regiões HV1 e HV2 do mtDNA. 
 
 
O mtDNA possui polimorfismos de base única ou SNPs que variam de indivíduo 
para outro, sendo necessário o sequenciamento de toda a região a ser analisada. Para a 
reação de sequenciamento é necessário: 
146 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
 
 
 
 
 
 
 
 
Com isso, iremos abranger um pouco mais sobre a análise da sequência de 
mtDNA, após a realização da PCR. A próxima etapa é a purificação do produto de PCR, 
para a remoção de nucleotídeos não incorporados, primers, enzima polimerase, tampão e 
outros reagentes presentes na PCR que possam interferir na reação de sequenciamento. 
Usualmente, realizam-se purificações a base de etanol e álcool isopropílico, permitindo 
que todo produto de PCR seja precipitado e totalmente utilizado na reação de 
sequenciamento (Butler, 2005). 
A reação de sequenciamento é uma reação de amplificação de fragmentos de 
DNA que correspondem à fita sense ou antissense separadamente, ao contrário da PCR. 
Para tal finalidade, além dos dNTPs utilizados na PCR, utilizam-se 
didesoxirribonucleotídeos (ddNTPs) que não permitem a incorporação de outros 
nucleotídeos, como demonstra a figura 98: 
147 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
 
 
 
 
 
 
 Figura 98: processo de seqüenciamento do DNA com ddNTPs marcados com fluoróforos. 
 
 
As sequências posteriormente são alinhadas e analisadas em programas 
específicos, como BioEdit (http://www.mbio.ncsu.edu/BioEdit/BioEdit.html), comparando-
as com a sequência referência de Anderson (Figura 99). Pode também ocorrer 
heteroplasmias que é a presença de mais de um tipo de mtDNA em um único indivíduo 
(Figura 100). Duas ou mais populações de mtDNA podem estar presentes em um único 
indivíduo, seja em diferentes tecidos, regiões do corpo e idades. Com isso, é necessário 
ter cautela ao analisar uma sequência de mtDNA encontrada em amostra referência e 
evidências forenses. 
 
148 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
 
 
 
 
 
 
 Figura 99: Alinhamento de duas sequências de mtDNA de pessoas distintas (A e B) comparadas 
com a sequência referência, demonstrando a posição da variação e sua nomenclatura. 
 
 
 Figura 100: Heteroplasmia encontrada na posição 16093 contendo o nucleotídeo T (vermelho) e 
C(azul), que é representado pela letra “Y” no eletroferograma. 
 
 
 
 
149 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
 
 
 
 
 
150 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
Controlede Qualidade dos Laboratórios 
 
O FBI acrescenta alguns itens para o controle de qualidade dos laboratórios que 
trabalham com evidências de DNA forense, que inclui além desses cuidados a realização 
de periódicos testes de proficiência (a cada 180 dias) e auditorias anuais, para a 
manutenção da garantia de qualidade. O teste de proficiência é utilizado para monitorar o 
rendimento e para identificar tópicos que devem ser aperfeiçoados, e a auditoria para 
averiguar a qualidade das atividades realizadas pelo laboratório (DNA Advisory Board, 
2000). 
O grupo espanhol e português da Sociedade Internacional de Genética Forense 
(Grupo Español Y Portugués - International Society for Forensic Genetics), objetivando a 
padronização das metodologias aplicadas e o controle de qualidade, realiza testes anuais 
de controle e de proficiência inclusive para laboratórios brasileiros credenciados. Esses 
testes consistem na análise de amostras de sangue e outro fluido biológico que simulam 
um caso forense para a manutenção da qualidade na análise do DNA de amostras (ISFG, 
2000). 
No teste de vínculo genético familiar, a quantidade de amostra coletada 
normalmente é previsível e constante, não havendo muitos problemas com sua 
quantidade e qualidade. Entretanto, há materiais biológicos utilizados nestes testes que 
são coletados post-mortem oriundos de corpos exumados ou putrefeitos. Nesse caso, o 
material predominante está degradado da mesma maneira que as evidências de material 
biológico encontrado na cena do crime. O produto obtido de provas forenses é único e 
muitas vezes a garantia de sua qualidade só é adquirida através de alguma forma de 
controle independente e indireto (FBI, 2001, INTERPOL, 2001). 
Controles de qualidade internos e externos servem para esse propósito. Os 
laboratórios forenses podem utilizar como controle interno, padrões reconhecidos e 
devidamente testados para tal finalidade. Controles externos devem ser introduzidos por 
programas administrados por organizações certificadas, que, inicialmente, preparam 
padrões de espécimes conhecidas, como sangue, e envia para todos os laboratórios 
credenciados. A metodologia utilizada e os respectivos resultados devem ser informados 
 
 
 
 
 
151 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
para o comitê, que analisará os dados e avaliará as alterações entre os laboratórios 
(THOMPSON, 1974; KLOOSTERMAN, 2001; BLICK & PASSEY, 2003). 
 
Controle de Qualidade Interno 
 
Ao analisar uma amostra biológica destinada à caracterização de vínculo 
genético, seja familiar ou em casos forenses, quaisquer contaminações com DNA 
estranho ou metodologias inadequadamente aplicadas podem resultar na impossibilidade 
de obter o DNA para amplificação, o não estabelecimento dos perfis genéticos e na 
inutilização da amostra. A primeira preocupação no estudo do perfil genético para a 
identificação humana é avaliar o quanto as metodologias de detecção utilizadas pelos 
laboratórios são válidas, assim como seus princípios. Para assegurar resultados, um 
programa de controle de qualidade é fundamental para os laboratórios que realizam 
identificação humana pelo DNA. Todas as metodologias de análise de DNA forense 
devem ser submetidas à validação para assegurar a reprodutibilidade e a robustez da 
técnica (KLOSTERMAN, 2001). 
Procedimentos inadequados que levem à contaminação de amostras pelos 
investigadores e os profissionais do laboratório podem resultar em uma incorreta 
interpretação do perfil genético. Dessa maneira, o desenvolvimento e cumprimento de 
normas e procedimentos de boas práticas de laboratórios são imprescindíveis, assim 
como treinamentos específicos para o exame de DNA tornaram-se obrigatórios 
(NEUMAYER, 1998; INTERPOL, 2001). 
Desde 1992, a ISFH faz recomendações para a análise de DNA pela PCR. A 
contaminação pode ser evitada atendendo a certos cuidados durante todo o processo de 
análise de DNA. Eles vão desde a coleta e armazenamento do material biológico do qual 
será extraído o DNA até o próprio local de preparação da PCR (ISFG, 1992). 
A preservação do DNA para a amplificação pela PCR também envolve o controle 
da temperatura, da umidade, o valor do pH (BENDER, 2004), a presença de ácido húmico 
e fúlvico e microorganismos. A temperatura baixa pode preservar o DNA, seja ele datado 
de milhares de anos, ou de amostras forenses, assim como o DNA pode ser mais bem 
preservado em ambientes secos e com o mínimo crescimento de microorganismos. A 
 
 
 
 
 
152 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
presença de ácido fúlvico e húmico inibe a enzima Taq DNA polimerase. O pH neutro ou 
levemente alcalino na amostra também ajuda na preservação do DNA. Os 
microorganismos em grande quantidade podem degradar o DNA por completo (BURGER 
et al., 1999). 
O FBI e a INTERPOL estabeleceram normas para os laboratórios forenses que 
participam da construção dos bancos de DNA internacional. Relacionam-se, 
principalmente, com procedimentos de coleta de amostras biológicas para análise do DNA 
que podem ser consideradas evidências, assim como vários aspectos importantes para o 
treinamento técnico. No Brasil, a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São 
Paulo e a Secretaria Nacional de Segurança Pública – SENASP elaboraram documentos 
na tentativa de padronizar métodos e cuidados de coleta e manutenção das amostras 
pelos peritos criminais. 
Sucintamente, a coleta do material deve ser realizada em condições assépticas e 
o indivíduo responsável pela coleta estar devidamente paramentado para se evitar 
contaminação em ambos os sentidos, como, por exemplo, utilização de hastes com 
algodão, tubos, frascos e envelopes plásticos ou de papel. Para a coleta de amostras 
biológicas umedecidas é aconselhável a posterior secagem em ambiente estéril para o 
seu acondicionamento. No entanto, se isso não for possível, transporta-se imediatamente 
para o laboratório e congela-se a -20°C, no mínimo (SÃO PAULO, 1999; FBI, 1999 e 
2001; INTERPOL, 2001; SENASP, 2006). Não se deve descongelar e congelar as 
amostras repetidamente, pois causaria a degradação do DNA. 
A escolha de métodos de extração de DNA está relacionada ao tipo de material e 
é importante para que se obtenha sucesso no estudo das STRs. Dessa maneira, cada 
laboratório deve realizar testes e otimizações de técnicas específicas para cada tipo de 
amostra forense (FBI, 2001; INTERPOL 2001; BUTLER, 2005; BONACCORSO, 2005). 
Em 1996, a maioria dos laboratórios entrevistados por uma filial da Sociedade 
Internacional de Genética Forense (53%) realiza a purificação do DNA pelo método 
orgânico (67%) seguido por não orgânico (33%). 
Hoff-Olsen et al (1999) avaliaram cinco métodos de extração de DNA de tecidos 
humanos em estado de decomposição, que normalmente encontram-se altamente 
degradados, para análise das STRs. Os métodos empregados foram: extração orgânica 
 
 
 
 
 
153 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
com fenol-clorofórmio, sílica, filtro de fibra de vidro, Insta Gene Matrix™ e Chelex. O 
método da sílica, além de ser mais econômico, obteve melhores resultados ao comparar 
com método fenol-clorofórmio e resultou em um perfil genético completo em 90% dos 
casos contra 60%. Isso torna a sílica o método mais indicado pelos autores para a 
extração de DNA de amostras degradadas. O método de Chelex não foi satisfatório para 
dentes,demonstrando que ele deve ser indicado principalmente para saliva, como 
descreveu Sweet et al. Em casos como esse, emprega-se controle positivo constituído de 
amostra conhecida, para verificar se o método foi eficaz (FBI, 2001; INTERPOL, 2001). 
Kwok & Higuchi (1989) e Neumaier (1998) descreveram várias recomendações 
para assegurar a qualidade dos métodos de biologia molecular em diagnósticos clínicos 
referentes às fases pré-analíticas e analíticas, principalmente para a realização da PCR. 
Objetivando evitar a contaminação das amostras, recomenda-se o isolamento físico da 
área de preparação da PCR, de seus reagentes e todos os materiais descartáveis 
utilizados na reação que devem ser previamente esterilizados. Outros cuidados são 
fundamentais: os reagentes devem ser aliquotados; a utilização de luvas descartáveis é 
obrigatória e devem ser constantemente trocadas; deve-se ter cuidado ao abrir os tubos, 
pois parte do produto da PCR pode estar na sua tampa, possibilitando o seu desperdício; 
a mistura dos reagentes da PCR deve ser feita em um único tubo para posteriormente 
aliquotá-los em tubos individuais; deve-se adicionar o DNA individualmente em cada tubo 
e, finalmente, a inclusão obrigatória de controles negativos e positivos que auxiliam na 
detecção de contaminantes. 
Atualmente utiliza-se a linhagem de célula comercial K562 como controle positivo 
(BJERRE et al, 1997; FBI, 2001; INTERPOL, 2001) ou uma amostra de DNA previamente 
validada pelo próprio laboratório ou externamente, como ocorre em kits de identificação 
humana (LAFOUNTAIN et al, 2001; KRENKE et al, 2002; LEVEDAKOU et al, 2002; 
SCHLENK et al, 2004). Com o intuito de unificar os loci a serem utilizados em 
identificação humana para a incorporação de perfis genéticos de criminosos em seu 
banco de dados (CODIS), o FBI indicou a utilização de 13 loci para a sua análise; a saber, 
CSF1PO, FGA, TH01, TPOX, vWA, D3S1358, D5S818, D7S820, D8S1179, D13S317, 
D16S539, D18S51, e D21S11 (BUDOWLE & MORETTI, 1999) (Tabela 12). 
 
 
 
 
 
 
154 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
Tabela 12 – Informação das 13 STRs recomendadas pelo CODIS. 
 
Nome do 
Locus 
Localização no 
cromossomo 
Unidade 
de 
repetição 
Acesso de 
GenBank 
Variação 
dos 
alelos 
Número de 
alelos 
observados 
CSF1PO 5q33.1 
c-fms pronto-
oncogene, 
6° intron 
TAGA X14720 6-16 15 
FGA 4q31.3 
fibrinogênio 
3° intron 
CTTT M64982 15-51,2 69 
TH01 11p15.5 
Tirosina 
hidroxilase 
1° intron 
TC|AT D00269 3-14 20 
TPOX 2p25.3 
Tiróide peroxidase 
10° intron 
GAAT M68651 6-13 10 
VWA 12p13.31 
von Willebrand 
factor 
40° intron 
[TCTG] 
[TCTA] 
M25858 10-24 28 
D3S1358 3q21.31 [TCTG] 
[TCTA] 
NT_00599
7 
9-20 20 
D5S818 5q23.2 AGAT G08446 7-16 10 
D7S820 7q21.11 GATA G08616 6-15 22 
D8S1179 8q24.13 [TCTA] 
[TCTG] 
G08710 8-19 13 
D13S317 13q31.1 TATC G09017 5-15 14 
D16S539 16q24.1 GATA G07925 5-15 10 
D18S51 18q21.33 AGAA L18333 7-27 43 
D21S11 21q21.1 [TCTA] 
[TCTG] 
complexo 
AP000433 24-38 70 
Adaptado de Butler, 2005 
 
 
 
 
 
155 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
 
Esse conjunto de loci tornou-se referência para todos os países no que se refere 
à ciência forense (SUN et al, 2003). Essa normatização permitiu estudos de frequências 
alélicas populacionais comparativas mais adequadas, possibilitando a universalização dos 
dados genéticos com critérios homogêneos. Com o objetivo futuro de implantar um banco 
de perfis genéticos de criminosos como o CODIS, o governo federal brasileiro já adotou 
as STRs sugeridas pelo CODIS como referência em seu Manual de Padronização de 
Exames de DNA em Perícias Criminais (SECRETARIA NACIONAL DE SEGURANÇA 
PÚBLICA - SENASP, 2005). 
Esses loci contêm repetições bem caracterizadas que podem ser facilmente 
determinados com uso de uma referência de tamanho de fragmento de DNA. As 
vantagens da utilização de marcadores de tamanho em análise de DNA têm sido 
observadas desde o início das análises de VNTRs (WYMAN & WHITE, 1980). 
A reprodutibilidade do método de detecção é confirmada observando a 
intensidade dos fragmentos do marcador podendo fornecer informações relativas à 
possível variação linha a linha na migração eletroforética de um mesmo material. O 
marcador é aplicado em linhas dispostas em regiões distintas, destinado a abranger uma 
maior região do gel. A separação eletroforética depende não somente do tamanho dos 
fragmentos, mas também da sequência do nucleotídeo (FRANK & KOSTER, 1979). 
Dessa maneira, os marcadores de tamanho só garantem a eficácia da leitura do 
comprimento do DNA quando o marcador e o fragmento de DNA desconhecido têm a 
mesma continuação e o mesmo tamanho. 
Se as sequências do marcador e dos fragmentos das amostras não são os 
mesmos, a migração das amostras em relação os fragmentos do marcador podem ser 
diferentes. Isso se deve a parâmetros ambientais como porcentagem de agarose ou 
poliacrilamida, a quantidade de sais no tampão de corrida, a voltagem da eletroforese 
(BUDOWLE et al, 1995; MISCICKA-SLIWKA, 1997; SULLIVAN, 1992) ou mesmo a 
detecção da emissão de fluorescência presente no fragmento amplificado, como ocorre 
na utilização de iniciadores marcados com fluorescência (GRIFFITHS et al; 1998; 
WATSON et al, 2001). 
Inúmeros marcadores de tamanho de fragmentos de DNA para eletroforese são 
disponibilizados comercialmente: 10, 50, 100 bp e 1Kb (INVITROGEN, 2007), ILS600 
 
 
 
 
 
CXR presente no PowerPlex®16 (PROMEGA, 2007) e GS500 LIZ, no AmpFlSTRS® 
Identifilier™ (APPLIED BIOSYSTEMS, 2005); marcadores de peso molecular, como o 
Low DNA Mass Ladder (INVITROGEN, 2005-2); marcadores ou padrões alélicos que 
possuem os diversos alelos de um determinado locus (PUERS et al, 1993; SULLIVAN et 
al, 1992). 
O marcador alélico é uma mistura artificial de alelos presentes em uma população 
de uma determinada STR (SAJANTILLA et al, 1992, SULLIVAN et al, 1992). Esses 
marcadores alélicos servem como padrão de migração para cada STR. Eles devem ser 
ajustados para os diferentes tamanhos de mensuração presente em instrumentos e 
condições de cada laboratório (BUTLER, 2005) (Figura 101). 
 
 
 
 Figura 101: Marcador alélico presente no Kit AmpSlTR® Identifiler™, da Applied Biosystems. 
Verifique a presença de diversos alelos em uma mesma amostra e a sua separação eletrofóretica. Os 
marcadores são utilizados para a comparação com os produtos de amplificação. 
 
156 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
 
 
 
 
 
157 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
Liu et al (1997) sugeriu a importância da análise do polimorfismo populacional que 
encontraram após o estudo da frequência alélica na população japonesa e chinesa e a 
construção do respectivo marcador alélico para a STR ACTBP2. Além de observarem 
alelos raros dentro de cada população, analisaram dois alelos que só foram encontrados 
na população japonesa, enquanto outros dois, somente na chinesa. Esse fato demonstra 
a variação dos polimorfismos em populações diferentes. Os autores encontraram também 
algumas microvariações alélicas raras. Todas essas variações foram incorporadas no 
marcador alélico construído pelos autores, possibilitando uma maior discriminação alélica. 
Umamistura de diversos marcadores alélicos foi desenvolvida para a sua 
utilização em sistemas multiplex, e possuíam as seguintes STRs: HUMTH01, D21S11, 
D18S51, D8S1179, HUMVWA, HUMFIBRA/FGA e amelogenina. Os produtos da PCR 
possuindo os alelos amplificados foram sequenciados e posteriormente agrupados para a 
sua análise em um sistema automático (GRIFFITHS et al; 1998; WATSON et al, 2001). 
Outro marcador alélico multiplex foi desenvolvido por Fujii et al (2000) para as STRs 
HUMTH01, D9S304 e D3S1744, e também homogeneizaram os produtos da PCR. 
Outro fator que pode interferir na caracterização dos alelos é a quantidade de 
DNA utilizada na PCR, podendo ser um fator crucial para sua amplificação correta. 
Kobayashi et al (2004) ao analisar os produtos de DNA obtidos pela PCR da STR TH01 
de amostras de DNA de diferentes concentrações constataram a perda de um alelo com 
quantidades de DNA muito baixas. De 100pg a 10ng, o DNA foi corretamente amplificado, 
mas quando analisou utilizou 10pg ou 1pg de DNA houve a perda de um dos alelos ou 
não foi possível detectá-los, sendo que o indivíduo era heterozigoto. Esse dado nos 
fornece justificativas para analisar cuidadosamente a quantidade de DNA a ser colocada 
para PCR, evitando a amplificação errônea dos fragmentos. 
 
Controle de Qualidade Externo: Testes de Proficiência em Genética Forense 
 
Atualmente são realizados diversos testes de proficiência: o Serviço Cooperativo 
de Testes (Collaborative Testing Services), o Colégio Americano de Patologistas (College 
of American Pathologists), o Instituto de Pesquisas Sorológicas (Serological Research 
Institute), Grupo de Diagnóstico Cellmark (Cellmark Diagnostic´s Internacional Quality 
 
 
 
 
 
158 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
Assurance Survey) a Associação Americana de Bancos de Sangue (AABB), a Sociedade 
Americana de Diretores de Laboratórios Criminais (ASCLD/LAB), o Grupo Europeu de 
Perfil de DNA (EDNAP) e o Grupo Espanhol e Português da Sociedade Internacional de 
Genética Forense (GEP-ISFG) (PETERSON et al, 2003). 
O primeiro teste de proficiência em análises clínicas relatado foi realizado em 
1946 quando Belk e Sunderman distribuíram espécies anônimas para laboratórios de 
hospitais para avaliar o desempenho e padronizar os resultados, que variaram entre os 
laboratórios, avaliando-se a causa das discrepâncias dos resultados e a qualidade do 
trabalho realizado (BELK, SUNDERMAN, 1988). 
Em 1974, a Fundação de Ciência Forense (Forensic Science Foundation) 
conduziu um estudo que trouxe diversos problemas na análise e interpretação dos 
resultados. Uma combinação de grandes esforços dos laboratórios resultou no 
aperfeiçoamento na educação e nas oportunidades de treinamento, implementação de 
programas de certificação e creditação, bem como a realização de testes de proficiência e 
implementação de programas de controle de qualidade (PETERSON & MARKHAM, 1995 
a e b). 
A AABB publicou, em 1991, um conjunto de controle de qualidade em teste de 
DNA utilizando-se RFLP. O Grupo de Trabalho Técnico em Métodos Baseados em 
Análise de DNA (TWGDAM) foi criado nos Estados Unidos em 1988 e realizou sua 
primeira publicação de 1991 (PETERSON et al, 2003). Estabeleceu-se, nos EUA, um 
conjunto de padrões em controle de qualidade e testes de proficiência para aplicação em 
laboratórios forenses. Em 1994, criou-se o Conselho de DNA (DAB) cujos membros 
reportam-se diretamente ao diretor do FBI (ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA, 1994). 
Desde 1989, a Sociedade Internacional de Hemogenética Forense (ISHF), que 
atualmente é denominada de Sociedade Internacional de Genética Forense (ISFG), 
publica recomendações sobre análise de polimorfismos de DNA descrevendo e discutindo 
procedimentos para melhoria na reprodutibilidade e exatidão das metodologias utilizadas. 
O FBI recomenda outros detalhes sobre o controle de qualidade dos laboratórios que 
trabalham com evidências de DNA forense, que inclui além desses cuidados, a realização 
de testes periódicos de proficiência (a cada 180 dias) e auditorias anuais, para a 
manutenção da garantia de qualidade. O teste de proficiência é utilizado para monitorar o 
 
 
 
 
 
159 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
rendimento e para identificar tópicos que devem ser aperfeiçoados, e a auditoria para 
averiguar a qualidade das atividades realizadas pelo laboratório (DNA ADVISORY 
BOARD, 2000). 
O Instituto Nacional de Padronização e Tecnologia (NIST) desenvolve e certifica 
padrões físicos e químicos para comercialização, manufatura e utilização em pesquisas, 
incluindo os utilizados em análise de ácidos nucléicos. Entre eles, aqueles utilizados em 
diagnóstico molecular de doenças infecciosas, genéticas, câncer e, também, vínculo 
genético. O NIST também conduz um abrangente teste de validação interlaboratorial para 
análises forenses e identificação genética humana (BARKER, 2002). 
A conduta de avaliação proposta para laboratórios que realizam vínculo genético 
normalmente são constituídos de amostras biológicas de indivíduos mãe, filho e suposto 
pai, com o intuito de comparar as estratégias utilizadas, seus protocolos metodológicos, 
assim como os resultados obtidos entre os participantes (BJERRE et al, 1997; 
HALLENGERG & MORLING; 2001). 
A avaliação do DNA degradado por diversas condições foi realizada por vários 
laboratórios europeus. Inicialmente, células foram degradadas em condições específicas 
(BENDER, 2004) e encaminhadas para 50 laboratórios europeus, com o objetivo de 
melhorar o entendimento sobre os diferentes parâmetros que influenciam a tipagem pelas 
STRs de DNA degradado. Abrange ainda a tentativa de otimização para minimizar 
problemas. Após a análise dos resultados de 38 laboratórios participantes concluíram que 
para superar os efeitos da degradação do DNA, protocolos da PCR devem ser otimizados 
para todos os parâmetros. Protocolos flexíveis para a interpretação dos perfis alélicos 
devem ser desenvolvidos e, se necessário, elaborados softwares para auxiliar na análise 
(SCHNEIDER et al, 2004). 
Em 2004, O NIST (KLINE et al, 2005) realizou estudo de quantificação de DNA 
entre 80 laboratórios que participaram do 14° Simpósio Internacional de Identificação 
Humana que foi realizado em Phoenix, AZ, EUA. Oito amostras de DNA extraídas foram 
liofilizadas e entregues aos laboratórios objetivando: examinar os resultados avaliando a 
performance dos laboratórios quando se utiliza concentrações baixas de DNA, fato 
frequente em casos forenses, e examinar a consistência das diversas metodologias 
utilizadas entre os laboratórios. Ao final do estudo houve uma variabilidade de 20% nos 
 
 
 
 
 
160 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
resultados utilizando-se 19 metodologias. Desses, 65% derivaram de técnicas 
abrangendo hibridização Slot Blot e 21% da PCR em tempo real. Comparando-se os 
resultados de todos os laboratórios houve uma variação de 20% com emprego de 
técnicas diferentes. Com isso, estabeleceu-se que o controle positivo externo que foi 
gerado deveria ter os seus resultados comparados dentro de cada metodologia utilizada, 
quando o material fosse aproveitado em testes de proficiência. 
Um exercício colaborativo foi realizado em 1989 por 12 laboratórios Europeus 
utilizando-se VNTR pYNH24. Os resultados demonstraram que a correlação entre os 
perfis genéticos adquiridos podemser alcançados tanto intra como entre os laboratórios, 
sob condições mínimas de padronização (SCHNEIDER et al, 1991). Um dos primeiros 
estudos em controle de qualidade das STRs foi realizado entre laboratórios participantes 
de um encontro do TWGDAM em 1995. Empregou-se, inicialmente, um triplex que 
amplificava as STRs CSF1PO, TPOX, TH01 e posteriormente foi acrescentado vWA, 
tornando-se um quadruplex. Mesmo utilizando-se protocolos idênticos, inúmeros fatores 
contribuíram para a variabilidade de tamanho dos alelos identificados que chegaram a 
uma diferença de acima de 4bp. Entre todos os fatores discutidos, a instabilidade 
eletroforética dos equipamentos pode ser considerado como primordial (MICKA et al, 
1999). 
A análise das STRs não substituiu de imediato os VNTRs. Em 1995 e 1996, um 
grupo filiado à Sociedade Internacional de Genética Forense (BJERRE, 1997) observou 
que as VNTRs eram analisadas por RFLP e seus fragmentos identificados utilizando-se 
sistema de câmera de detecção (57%) e 14% ainda empregavam réguas para 
mensuração. Um estudo semelhante foi realizado em 1997, 1998 e 1999 pelo mesmo 
grupo, no qual houve uma diminuição na análise de VNTR por de sondas de locus e 
RFLP de 83% em 1997 a 66% em 1999, enquanto mais de 90% dos laboratórios já 
utilizavam sistemas baseados na PCR. O coeficiente de variação foi de 1,3% na análise 
de VNTRs e de menos de 0,3% na análise das STRs. Segundo os autores, esse baixo 
valor se deu pela incorporação de conjuntos comerciais para análise de STR, melhorando 
a qualidade da mesma (HALLENBERG & MORLING 2001). 
No Brasil, os exercícios de controle de qualidade em identificação humana pelo 
DNA são realizados pelo GEP-ISFG e pela SLAGF, não havendo um grupo brasileiro 
 
 
 
 
 
161 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
específico que realize testes de proficiência. Desde 1992, o GEP-ISFG realiza um 
programa de controle de qualidade, sendo relatados como membros: 324 geneticistas 
forenses de 118 laboratórios de 19 países. Espanha, Portugal, Brasil, Argentina e 
Colômbia são os países mais representativos do grupo. A maioria dos laboratórios está 
relacionada com testes de paternidade, sendo 58% envolvidos com casos criminais 
(GOMÉZ et al, 2004). 
As amostras incluídas nos testes de proficiência realizados pelo GEP-ISFG de 
2002 a 2005 (GARCIA-HIRSCHFELD et al, 2005; GÓMEZ et al, 2004), variaram de cinco 
a seis amostras diversificando entre: 100µL de sangue, incluindo casos de teste de 
paternidade; um fio de cabelo de 2 cm, realizado desde 2000; e amostras forenses 
incluindo saliva, em 1997; amostras mistas, em 1998, 2000, 2003, 2004 e 2005; sêmen, 
em 2002 e não humanas em 2001. O número total de erros variou de 0,6% a 2,3% em 
diferentes anos, sendo que esse valor está concentrado principalmente em laboratórios 
que utilizaram sistemas manuais de eletroforese e marcadores alélicos construídos 
internamente. 
A SLSGF observou que a porcentagem dos laboratórios participantes que estão 
obtendo resultados de análise corretos vem crescendo progressivamente, variando de 
48% em 1998 até 84% em 2004-2005 (PENACINO et al, 2005). Isso demonstra uma 
crescente melhoria da análise e de formação de recursos humanos mais adequados. 
Também já foram realizados testes de proficiência para a análise de DNA mitocondrial 
(SCHNEIDER et al, 1999) e DNA do cromossomo Y (CARRACEDO et al, 1998; 
CARRACEDO et al, 2001), observando-se a importância e a crescente incorporação de 
programas de controle de qualidade e testes de proficiência em identificação humana pelo 
DNA pelos laboratórios. 
 
 
Considerações Finais 
 
Os exames de DNA para caracterização de vínculo genético familiar ou análise de 
evidências forenses têm evoluído de forma rápida e constante nos últimos 10 anos. No 
entanto, apesar da incorporação de tecnologias para a análise de SNPs com microchips 
 
 
 
 
 
(Figura 102), por exemplo, a análise do perfil genético dos STRs após eletroforese capilar 
é a mais utilizada no mundo inteiro. 
 
 
Figura 102: Microchip para análise de SNPs, que pode ser utilizado para DNA forense. 
 
 
Pode-se dizer que, mesmo com o desenvolvimento da tecnologia, os princípios 
básicos da análise de DNA serão os mesmos, com a diferença que o equipamento, os 
reagentes ou os métodos podem diferenciar no nome ou no modelo. Por exemplo, 
podemos citar a extração de DNA que possui sempre a mesma “regra” básica: lise celular, 
precipitação de proteínas e isolamento do DNA. A lise celular sempre existirá, mas poderá 
ser feita com diversos reagentes e diversos métodos, que vão depender do tipo de 
amostra a ser analisada, de suas condições físico-químicas ou biológicas e do recurso 
tecnológico que possuir no laboratório. 
162 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
 
 
 
 
 
163 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
O investimento para construir um laboratório de DNA forense é bastante alto, 
impossibilitando a troca imediata da tecnologia de análise de STRs, mtDNA, Y STRs, 
SNPs e miniSTRs. Para se ter uma idéia, somente o equipamento de eletroforese capilar 
novo – que realiza a análise de fragmentos de STR e de sequências – custa cerca de R$ 
400.000,00 sem contar os reagentes, os kits e todos os outros equipamentos básicos para 
a sua realização, podendo chegar a quase R$ 1.000.000,00 de investimento (informações 
baseadas no ano de 2008). 
 
 
 
 
-----------FIM DO MÓDULO V----------- 
 
 
 
 
 
 
164 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
 
 
 
GLOSSÁRIO 
 
ABI 310 Genetic Analyzer 
Instrumento de eletroforese capilar produzido pela Applied 
Biosystems, introduzido na comunidade científica em 1995. 
Muitos laboratórios adotam, atualmente, o ABI 3100 ou 
ABI3130 ou ABI3130XL. 
ABI 3100 Genetic Analyzer 
Instrumento de eletroforese capilar produzido pela Applied 
Biosystems, que possui todo o sistema computadorizado, 
inclusive de injeção de polímero. 
ABI (Applied Biosystems 
Incorporation) 
Companhia que produz e comercializa instrumentos e 
reagentes utilizados em Biologia Molecular, localizado em 
Foster City, Califórnia. 
Ácido desoxirribonucléico 
(DNA) 
Material genético de organismos, usualmente dupla fita, 
fazendo parte da classe de ácidos nucléicos identificados 
pela presença de desoxirribose, um açúcar e quatro 
nucleobases. 
Alelo (frequência) 
A proporção quantitativa de um determinado alelo entre os 
cromossomos dos indivíduos de uma mesma população. 
Alelo 
Uma forma alternativa de um gene ou de uma parte do DNA 
localizado em uma determinada região genética (locus). Os 
marcadores de STRs frequentemente possuem múltiplos 
alelos. 
 
 
 
 
 
165 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
Amelogenina 
Um marcador utilizado para tipagem sexual, cujo gene 
codifica o esmalte dentário, ocorre em ambos os 
cromossomos X e Y. 
Amostra de referência 
Uma amostra (normalmente sangue ou saliva) obtida de uma 
pessoa conhecida que é utilizada para comparação com a 
evidência. 
Amplicon 
O produto de amplificação do DNA pela Reação em Cadeia 
pela Polimerase (PCR). 
AmplificaçãoUm aumento no número de cópias de um fragmento 
específico de DNA, podendo ser in vitro ou in vivo. 
Artefato 
Qualquer produto não relacionado ao alelo que pode ocorrer 
durante o processo de amplificação do DNA. EX: stutters e 
adenilação 
Autossômico 
Um cromossomo não envolvido em determinação do sexo, 
como os 23 pares de cromossomos que possuímos, sendo 
que os outros dois cromossomos X e Y são sexuais. 
Ciência forense 
A aplicação de conhecimento científico para questões civis e 
criminais, tipicamente através da apresentação de resultados 
de evidências. 
CODIS 
Abreviação de Combined DNA Index System ou Sistema de 
Indexação de DNA Combinado, que é um banco nacional de 
dados de perfis genéticos dirigido pelo FBI, Estados Unidos. 
Cromossomo 
A estrutura no qual a informação hereditária é fisicamente 
transmitida de uma geração a outra. 
 
 
 
 
 
166 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
Cromossomos sexuais 
Cromossomos que são diferentes nos dois sexos e estão 
envolvidos na determinação do sexo: cromossomo X e Y. 
Degradação 
A fragmentação, ou a quebra da molécula de DNA, devido a 
agentes químicos ou físicos. 
DNA mitocondrial (mtDNA) 
Molécula de DNA pequena, circular, de herança materna, 
localizada na mitocôndria e contém aproximadamente 16.500 
nucleotídeos. A abundância das mitocôndrias em uma única 
célula facilita a sua amplificação pela PCR, mesmo em 
amostras degradadas ou limitadas. 
Eletroforese capilar 
Uma técnica de eletroforese para separação de moléculas de 
DNA pelo seu tamanho e baseia-se na migração através de 
um tubo capilar preenchido com um polímero viscoso. 
Eletroforese 
É uma técnica na qual as moléculas são separadas pela sua 
velocidade em um campo elétrico. 
Eucarioto Organismo cujas células contêm núcleo. 
Evidência biológica 
Amostra biológica coletada na cena do crime, de pessoas ou 
de objetos associados ao crime. 
Exclusão 
O teste de DNA indica que um indivíduo é excluído (não 
ocorre combinação de alelos em determinados loci), como a 
fonte da evidência de DNA. Em casos criminais, “exclusão” 
não equivale a “inocente”, pois existem outras provas que 
são analisadas. 
 
 
 
 
 
167 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
Fluorescência 
A emissão de luz de uma molécula consequente da sua 
excitação por uma fonte de energia de luz. Na análise de 
DNA, marcadores fluorescentes permitem a detecção 
simultânea de tamanhos similares de produtos de PCR 
através da emissão fluorescente em diferentes cores. 
Gene 
Unidade básica de hereditariedade, uma sequência de DNA 
em um cromossomo. 
Genoma 
Todo material genético em um cromossomo de um 
organismo particular. 
Genótipo 
Constituição genética de um organismo, que é caracterizado 
por particularidades físicas ou fenótipo. 
Hereditariedade A transmissão de características de uma geração para outra. 
Heterozigoto 
Indivíduo que possui diferentes alelos em um locus, em 
cromossomos homólogos. 
Homozigoto 
Indivíduo que possui alelos maternos e paternos idênticos em 
um locus em cromossomos homólogos. 
Identifiler 
Um kit de PCR multiplex da Applied Biosystems que amplifica 
simultaneamente 15 STRs, incluindo os 13 STRs 
recomendados pelo CODIS e o marcador sexual 
amelogenina. 
In vitro Procedimento realizado fora de organismo. 
In vivo Procedimento realizado dentro de organismo. 
 
 
 
 
 
168 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
Inconclusivo 
Situação na qual nenhuma conclusão poderá ser dada em 
um teste sendo resultante de uma entre muitas razões: 
resultados não foram obtidos, resultados não-interpretáveis 
ou falta de amostra de referência para confronto. 
Loci de CODIS 
Um conjunto de 13 STRs recomendados para a inclusão de 
um perfil de DNA no banco de dados do CODIS/FBI. Esse 
conjunto tornou-se referência mundial para a análise de perfil 
genético de seres humanos visando a identificação humana, 
sendo que os laboratórios utilizam no mínimo essas 13 
STRs. 
Loci Plural de Locus (vide Locus). 
Locus 
Localização física específica de um gene em um 
cromossomo. 
Marcador 
Um gene ou sequência específica de DNA de uma região 
conhecida em um cromossomo utilizado como um ponto de 
referência em um mapeamento de outro loci. 
Mutação 
Qualquer mudança não hereditária na sequência do DNA. 
Uma alteração ou troca de um alelo em um locus genético 
resultando em uma inconsistência entre o familiar biológico 
ou evidências. Pode ser considerada também qualquer 
alteração genética com frequência menor que 1% em uma 
população humana. Mas nesse curso adotamos o primeiro 
conceito. 
Núcleo 
Organela celular em eucariotos que contém o material 
genético. 
 
 
 
 
 
169 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
Nucleotídeo 
Uma unidade de acido nucléico composto por fostato, ribose 
ou desoxirribose e uma base purina ou piridina. 
Par de base 
Dois nucleotídeos complementares ligados por ponte de 
hidrogênio. Ex: adenina-timina; citosina-guanina. 
PCR multiplex 
Co-amplificação de múltiplas regiões do genoma com mais 
de um conjunto de primers (ou iniciadores) em uma única 
PCR, diminuindo a quantidade de DNA e reagentes a ser 
empregado em uma PCR singular (que possui somente um 
par de primers para amplificar somente um locus. 
Perfil genético 
A análise completa de no mínimo 13 loci de um único 
indivíduo pode determinar o perfil genético. No entanto, esse 
perfil poderá estar incompleto, principalmente em amostras 
degradadas. 
Poder de discriminação 
O potencial de um marcador genético ou conjunto de 
marcadores em diferenciar duas pessoas escolhidas por 
acaso. 
Polimorfismo 
Diferença na sequência de DNA entre indivíduos. Variação 
genética que ocorre em mais de 1% da população pode ser 
considerada polimorfismo na análise de ligação. 
População 
Um grupo de indivíduos que residem em uma mesma área 
em um mesmo período. 
Power Plex 16 
Kit multiplex da Promega Corporation que co-amplifica 15 
STRs, sendo que 13 recomendados pelo CODIS-FBI, e mais 
o marcador sexual amelogenina. 
 
 
 
 
 
170 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
Primer (ou iniciador) 
Uma cadeia polinucleotídica curta sintetizada artificialmente 
que possui normalmente de 18 a 30 bases, que se hibridiza 
em uma região específica do DNA e permite que a enzima 
DNA polimerase inicie a síntese da fita complementar. 
Probabilidade de exclusão 
(PE) 
Uma porcentagem da população que pode ser excluída como 
potencial contribuidor em um resultado de mistura de DNA. 
Reação em Cadeia pela 
Polimerase (ou da 
Polimerase) – PCR 
Processo in vitro que permite a amplificação de milhões de 
cópias de um DNA específico através de repetidos ciclos 
envolvendo a enzima DNA polimerase. 
Sequências 
complementares 
As sequências de ácidos nucléicos formam uma estrutura de 
dupla fita por pareamento de bases, como adenina-timina, 
citosina-guanina. Por exemplo, a sequência complementar de 
GTACCG é CATGGC. 
SNP 
Polimorfismo de base única. Qualquer variação polimórfica 
de um nucleotídeo. A maioria dosSNPs apresenta-se 
bialélicos com a frequência do menor alelo a menos de 1%. 
STR 
Repetições Consecutivas Curtas. Sequência de DNA 
arranjada em sucessão direta ou consecutivas na qual a 
unidade de repetição varia de 2 a 6 pares de bases. Os STRs 
normalmente ocorrem em regiões não-codificadoras e o 
número de unidades repetitivas pode variar de indivíduo para 
indivíduo. 
Teste de proficiência 
Medidas que visam assegurar a qualidade utilizada para 
monitorar a performance de um analista e identificar áreas 
nos quais melhorias são necessárias. Pode ser interno 
(produzidos pelo próprio laboratório) ou externo (produzidos 
por outros grupos). 
 
 
 
 
 
171 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
Zigoto 
Célula formada quando um DNA nuclear do espermatozóide 
combina com o DNA nuclear do óvulo, resultando em uma 
célula diplóide. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
172 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
 
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 
 
AAIJ C., BORST P. The gel electrophoresis of DNA. Biochim Biophys Acta. 1972. pp. 192-
200. 
ALVES H. B. Avaliação de três métodos de extração de DNA de tecido ósseo para 
identificação humana post mortem através da análise de marcadores do DNA. São Paulo, 
2000. Dissertação. Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP. 
ANDERSEN J. Quantification of DNA by slot-blot analysis. In: Lincoln PJ, Thompson J. 
Methods in molecular biology, vol. 98: Forensic DNA profiling protocols. Totowa: Humana 
Press; 1998. pp. 19-26. 
ANDERSON S. et. al. Sequence and organization of the human mitochondrial genome. 
Nature. 1981. pp. 457-65. 
ANZAI E. K. et al. Extração de DNA de saliva humana depositada sobre a pele e sua 
aplicabilidade aos processos de identificação individual. Odontol Soc.: 2001. pp. 5-7. 
ANZAI-KANTO E. et al. DNA extraction from human saliva deposited on skin and its use in 
forensic identification procedures. Pesqui Odontol Bras.: 2005. pp. 216-222. 
AKANE, A. Sex determination by PCR analysis of the X–Y amelogenin gene. In: 
LINCOLN, P. J.; THOMSON, J. Forensic profiling protocols. Totowa: Humana Press, 
1998. cap. 21, pp. 245-49. 
BEARD N. S.; J. R. ARMENTROUT S. A. Protein synthesis by reticulocyte ribosomes. 3. 
Description of a ribonucleoprotein fraction which stimulates messenger RNA-ribosomal 
interaction. Proc. National Academy Science USA. 1967. pp. 750-7. 
BEIGUELMAN, Bernardo. Genética de Populações Humanas. Disponível em: 
<http://www.desvirtual.com/bbeiguel/ebook02.htm>. Acesso em: 20 Fevereiro 2006. 
 
 
 
 
 
173 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
BIENVENUE J. M.; WILSON K. L.; LANDERS J. P.; FERRANCE J. P. Evaluation of 
sieving polymers for fast, reproducible electrophoretic analysis of short tandem repeats 
(STR) in capillaries. J. Forensic Sci.: 2005. pp. 842-8. 
BJERRE A.; COURT D. S.; LINCOLN P.; MORLING N. A report of the 1995 and 1996 
Paternity Testing Workshop of the English Speaking Working Group of the International 
Society for Forensic Haemogenetics. Forensic Sci. Int.: 1997 v. 90. pp. 41-55. 
BORSTING C.; SANCHEZ J. J.; MORLING N. Multiplex PCR, amplicon size and 
hybridization efficiency on the NanoChip electronic microarray. Int. J. Legal Med.: 2004. 
pp. 75-82. 
BRASIL. Lei n. 5.081, de 24 de agosto de 1966. Regula o Exercício da Odontologia. 
BRETTELL T. A.; BUTLER J. M.; SAFERSTEIN R. Forensic science. Anal Chem.: 2005. 
pp. 3839-60. 
BUDOWLE B.; ALLARD M. W.; WILSON M. R.; CHAKRABORTY R. Forensics and 
mitochondrial DNA: applications, debates, and foundations. Annu. Rev. Genomics Hum. 
Genet.: 2003. pp. 119-41. 
––––––. D1S80 population data in African Americans, Caucasians, southeastern 
Hispanics, southwestern Hispanics, and Orientals. J. Forensic Sci.: 1995. pp. 38-44. 
BUDOWLE B.; MORETTI T. R. Genotype profiles for six population groups at the 13 codis 
short tandem repeat core loci and other PCR based loci. Forensic Sci. Commun. 
Disponível em: http://www.fbi.gov/hq/lab/fsc/backissu/july1999/budowle.htm Acesso em: 
10 Novembro 2002. 
BURGER J.; HUMMEL S.; HERMANN B.; HENKE W. DNA preservation: a microsatellite-
DNA study on ancient skeletal remains. Electrophoresis: 1999. pp. 1722-8. 
BUTLER, J. M. 2004 Short tandem repeat analysis for human identity testing. Current 
Protocols in Human Genetics: 2001. John Wiley & Sons, Hoboken, N. J., Unit 14.8, 
(Supplement 41), pp. 14.8.1-14.8.22. 
 
 
 
 
 
174 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
CHAKRABORTY R. et al. The utility of short tandem repeat loci beyond human 
identification: implications for development of new DNA typing systems. Electrophoresis: 
1999. pp. 1682-96. 
CHEN B. Estudo dos polimorfismos das regiões hipervariáveis HVI e HV2 do DNA 
mitochondrial da população Brasileira aplicado à identificação humana. Dissertação, 
Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2003. 
COMMITTEE ON DNA FORENSIC SCIENCE. The evaluation of forensic DNA evidence. 
Washington: National Academy Press, 1996. 
CONSELHO FEDERAL DE ODONTOLOGIA (CFO). Resolução CFO-63/2005. 
DANGE, A. H.; MALVANKAR, A. G.; MADIWALE, M. S. Determination of sex origin of 
theeth. Arch. Kriminol.: 1978. v.162, pp. 115-119. 
DELAHUNTY C.; et al. Testing the feasibility of DNA typing for human identification by 
PCR and an oligonucleotide ligation assay. Am J. Hum Genet:. 1996. pp. 1239-46. 
DIVNE AM.; ALLEN M. A DNA microarray system for forensic SNP analysis. Forensic Sci 
Int.: 2005. pp. 111-21. 
DNA ADVISORY BOARD. Quality assurance standarts for forensic DNA testing 
laboratories. Forensic Sci Commun Disponível em: 
http://www.fbi.gov/hq/lab/fsc/backissu/july2000/ codis2b.htm. Acesso em: 10 Junho 2005. 
DRANCOURT, M.; ABOUDHARAM, G.; SIGNOLI, M.; DUTOUR, O.; RAOULT, D. 
Detection of 400 year old Yersinia pestis DNA in human dental pulp: Na approach to the 
diagnosis of ancient septicemia. Proc. Natl. Acad. Sci. USA: 1998. v. 95, p. 12637-40. 
EDWARDS A. DNA typing and genetic mapping with trimeric and tetrameric tandem 
repeats. Am. J. Hum. Genet.: 1991. pp. 746-56. 
––––––. Genetic variation at five trimeric and tetrameric tandem repeat loci in four human 
population groups. Genomics: 1992. pp. 241-53. 
 
 
 
 
 
175 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
EVETT I. W.; WEIR B. S. Interpreting DNA evidence. Suderland: Sinauer Associates, 
1998. 
FALLA-SOTELO F. et al. Analysis and discussion of trace elements in teeth of different 
animal species. Brazilian Journal of Physics: 2005. pp. 101-02. 
FEDERAL BUREAU OF INVESTIGATION (FBI). Handbook of forensic services: Evidence 
examinations – DNA general. Disponível em: 
http://www.fbi.gov/hq/lab/handbook/examsdna.htm. Acesso em: 28 Setembro 2001. 
FEDERAL BUREAU OF INVESTIGATION (FBI). Quality assurance audit for forensis DNA 
and convicted offender DNA databasing laboratories. Forensic Sci. Commun. Disponível 
em: http://www.fbi.gov/hq/lab/fsc/backissu/jan2001/dnaaudit.htm. Acesso em: 22 Outubro 
2002. 
FEDERAL BUREAU OF INVESTIGATION (FBI). The FBI's Combined DNA Index System 
Program. Disponível em: http://www.fbi.gov/hq/lab/codis/brochure.pdf. Acesso: 03Novembro 2002. 
FINDLAY I. et al. DNA fingerprint from single cells. Nature: 1997. pp. 389: 555-6. 
FRANK R.; KOSTER H. DNA chain length markers and the influence of base composition 
on electrophoretic mobility of oligodeoxyribonucleotides in polyacrylamide-gels. Nucleic 
Acids Res.: 1979. pp. 2069-87. 
FRÉGEAU C.; FOURNEY M. DNA Typing with fluorescently tagged short tandem repats: 
a sentitive and accurate approach to human identification. Biotechniques: 1993. pp. 100-
19. 
FRUDAKIS T. et al. Sequences associated with human iris pigmentation. Natural 
Genetics: 2003. pp. 2071-83. 
FUNARI P. P. Arqueologia. Rio de Janeiro: Contexto, 2003. pp. 125. 
GILL P. et al. Automated short tandem repeat (STR) analysis in forensic casework – a 
strategy for the future. Eletrophoresis: 1995. pp. 1543-52. 
 
 
 
 
 
176 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
––––––. An assessment of whether SNPs will replace STRs in national DNA databases. 
Sci Justice: 2004. pp. 51-3. 
GINTHER C.; ISSEL-TARVER L.; KING M. C. Identifying individuals by sequencing 
mitochondrial DNA from teeth. Natural Genetics: 1992. pp. 135-8. 
GRIFFITHS R. et al. New reference allelic ladders to imrpove allelic designation in a 
muttiplex STR system. Int. J. Legal Med.: 1998. pp. 111-267. 
GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL. Lei Distrital n. 803, de 08 de dezembro de 1994. 
GUILLEN M. et al. Ethical-legal problems of DNA databases in criminal investigation. J 
Med Ethics: 2000. pp. 226-71. 
HAERTING, A.; CRAINIC, K.; DURIGON, M. Identification médico-légale par le système 
dentarie. Press. Med.: 1985. v. 14, n. 9, pp. 543-545. 
HAGELBERG E.; GRAY I. C.; JEFFREYS A. J. Identification of the skeletal remains of a 
murder victim by DNA analysis. Nature: 1991. pp. 352:427-9. 
HALLENBERG C.; MORLING N. A report of the 1997, 1998 and 1999 paternity testing 
workshops of the English Speaking Working Group of the International Society for 
Forensic genetics. Forensic Sci. Int.: 2001. pp. 23-33. 
––––––. A report of the 2000 and 2001 paternity testing workshops of the English 
Speaking Working Group of the International Society for Forensic Genetics. Forensic Sci. 
Int.: 2002. pp. 43-50. 
HAMMOND H. A.; JIN L.; ZHONG Y.; CASKEY C. T.; CHAKRABORTY R. Evaluation of 
13 short tandem repeat loci for use in personal identification applications. Am. J. Hum. 
Genet.: 1994. pp. 175-89. 
HANAOKA, Y.; MINAGUCH, K. D4S43 Locus DNA typing in the Japanese population and 
application to teeth with degraded DNA. J. Forensic Sci.: 1998. pp. 406-409. 
 
 
 
 
 
177 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
HOFF-OLSEN P.; JACOBSEN S.; MEVAG B.; OLAISEN B. Microsatellite stability in 
human post-mortem tissues. Forensic Sci. Int.: 2001. pp. 273-8. 
HOCHMEISTER M. N.; RUDIN O.; AMBACH E. PCR analysis from cigaret butts, postage 
stamps, envelope sealing flaps, and other saliva-stained material. In: Lincoln PJ, 
Thompson J. Methods in molecular biology. vol. 98: Forensic DNA profiling protocols. 
Totowa: Humana Press, 1998. pp. 27-32. 
HOCHMEISTER M. N.; PCR analysis of DNA from fresh and decomposed bodies and 
skeletal remains in medicolegal death investigations. In: Lincoln P. J., Thompson J. 
Methods in molecular biology, vol. 98: Forensic DNA profiling protocols. Totowa: Humana 
Press, 1998. pp. 19-26. 
HUANG Y.; SHIRAJIAN J.; SCHRODER A.; YAO Z.; SUMMERS T.; HODKO D.; 
SOSNOWSKI R. Multiple sample amplification and genotyping integrated on a single 
electronic microarray. Electrophoresis: 2004. pp. 3106-16. 
HUMMEL S.; SCHULTES T.; BRAMANTI B.; HERRMANN B. Ancient DNA profiling by 
megaplex amplifications. Electrophoresis: 1999. pp. 1717-21. 
INTERNACIONAL CRIMINAL POLICE ORGANIZATION (INTERPOL). INTERPOL 
handbook on DNA data exchange and pratice. Disponível em: 
http://www.interpol.int/Public/Forensic/dna/HandbookPublic.pdf. Acesso em: 1 Março 
2002. 
INTERNACIONAL SOCIETY FOR FORENSIC HAEMOGENETICS (IFSH). 
Recommendations of the DNA commission of the internacional society for forensic 
haemogenetics relating to the use of PCR-based polymorphism. Forensic Sci. Int.: 1992. 
pp. 55:1-3. 
INTERNATIONAL SOCIETY FOR FORENSIC GENETICS (ISFG). The 1998 – 1999 
collaborative exercisesand proficiency testing program on DNA typing of the Spanish and 
Portuguese Working Group of the International Society for Forensic Genetics (GEP-ISFG). 
Forensic Sci. Int.: 2000. pp. 114:21-30. 
 
 
 
 
 
178 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
JEFFREYS A. J.; WILSON V.; THEIN S. L. Hypervariable 'minisatellite' regions in human 
DNA. Nature: 1985. pp. 7-13; 314:67-73. 
JIN L.; UNDERHILL P. A.; BUONCRISTIANI M. R.; ROBERTSON J. M. Defining 
microsatellite alleles by genotyping global indigenous human populations and non-human 
primates. J. Forensic Sci.: 1997. pp. 42(3):496-9. 
JOBIM L. F. Identificação humana pelo DNA. In: JOBIM L. F.; COSTA L. R.; SILVA M. 
Identificação humana Volume II. Campinas: Millennium, 2006. pp.3-100. 
KIMPTON C. P.; GILL P.; WALTON A.; URQUHART A.; MILLICAN E. S.; ADAMS M. 
Automated DNA profiling employing multiplex amplification of short tandem repeat loci. 
PCR Methods Appl..: 1993. pp.3(1):13-22. 
KLOOSTERMAN A. D. Credibility of forensic DNA typing is driven by stringent quality 
standards. Accred Qual Assur: 2001. pp. 6:409-414. 
KRENKE B. E. et al. Validation of a 16-locus fluorescent multiplex system. J. Forensic 
Sci.: 2002. pp. 47:773-85. 
KWOK S.; HIGUCHI R. Avoiding false positives with PCR. Nature: 1989. pp. 18; 339:237-
8. 
LAU G.; TAN W. F.; TAN P. H. After the Indian Ocean tsunami: Singapore's contribution to 
the international disaster victim identification effort in Thailand. Ann Acad Med Singapor: 
2005. pp. 34(5):341-51. 
LEVEDAKOU E. N. et al. Characterization and validation studies of powerPlex 2.1, a nine-
locus short tandem repeat (STR) multiplex system and penta D monoplex. J. Forensic 
Sci.: 2002. pp. 47(4):757-72. 
LI H.; SCHMIDT L.; WEI M. H. et al. Three tetranucleotide polymorphisms for loci: 
D3S1352, D3S1358, D3S1359. Hum. Mol. Genet.: 1993. pp. 2:1327. 
MANDREKAR M. N.; ERICKSON A. M.; KOPP K.; et al. Development of a human DNA 
quantitation system. Croat. Med. J.: 2001. pp. 42(3):336-9. 
 
 
 
 
 
179 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
MARMUR J.; DOTY P. Heterogeneity in deoxyribonucleic acids. I. Dependence on 
composition of the configurational stability of deoxyribonucleic acids. Nature: 1959. pp. 
183(4673):1427-9. 
McNALLY, L.; SHALER, R. C.; BAIRD, M.; et al. The effects of environment and substrata 
on deoxyribonucleic acid (DNA): The use of casework samples from New York City. J. 
Forensic Sci.: 1989. v. 34, n. 5, pp. 1070-1077. 
MESQUITA R. A.; ANZAI E. K.; OLIVEIRA R. N.; NUNES F. D. Evaluation of 3 methods 
of DNA extraction from paraffin-embedded material for the amplification of genomic DNA 
using PCR. Pesquise Odontol. Bras.: 2001. pp. 15(4):314-9. 
MISCICKA-SLIWKA D.; GRZYBOWSKI T. High microvariation sequence polymorphism at 
short tandem repeat loci: human beta-actin related pseudogene as an example. 
Electrophoresis: 1997. pp. 18(9):1613-9. 
MOLLER A.; WIEGAND P.; GRUSCHOW C. et al. Population data and forensic efficiency 
values for the STR systems HumVWA, HumMBP and HumFABP. Int. J. Leg.

Outros materiais