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Tipos de Fundações

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Notas de Aula de Fundações - 51 
Pr of . Marc o Tú l i o - 0 2 /2 0 1 4 
CAPÍTULO III 
PRINCIPAIS TIPOS DE FUNDAÇÕES 
As fundações são usualmente separadas em dois grandes grupos, as fundações 
superficiais e fundações profundas, devido ao fato de possuírem superfícies de 
ruptura diferentes, que são função da profundidade, como mostrado abaixo. 
 
A distinção entre esses dois tipos é feita segundo o critério (arbitrário) de que uma 
fundação profunda é aquela cujo mecanismo de ruptura de base não surgisse na 
superfície do terreno. Como os mecanismos de ruptura de base atingem, acima 
dela, tipicamente duas vezes sua menor dime nsão, a norma NBR 6122 determinou 
que fundações profundas são aquelas que possuem sua ponta ou base assentes em 
profundidade superior ao dobro de sua menor dimensão em planta, e no mínimo 
3,0m de profundidade. 
Fundação Superficial (D f  2B) – t ransmite a carga ao solo somente através de 
pressões distribuídas sob sua base. 
– Sapata 
– Bloco de fundação 
– Radier 
 
 Notas de Aula de Fundações - 52 
Pr of . Marc o Tú l i o - 0 2 /2 0 1 4 
 
Fundação Profunda (D f  2B) – transmite a carga ao solo por sua superfície lateral 
(resistência de atrito do fuste) ou pela base (resistência de po nta) ou por 
combinação das duas. 
– Estaca (a) 
– Tubulão (b) 
 
 
 Notas de Aula de Fundações - 53 
Pr of . Marc o Tú l i o - 0 2 /2 0 1 4 
3.1 FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS 
3.1.1 - SAPATA 
Elemento de fundação superficial, de concreto armado, dimensionado de modo que 
as tensões de tração nele resultantes sejam resistidas pelo emprego de armadura 
especialmente disposta para esse fim. 
A utilização de sapata é uma opção interessante e atraente no que se refere ao 
aspecto econômico, desde que tecnicamente viável, pois para sua execução não é 
necessária a utilização de equipamento e de mão de obra especializada, permite 
com facilidade a inspeção do solo de apoio e o controle de qualidade do material 
utilizado, tanto no que se refere à resistência quanto à aplicação. Normalmente é a 
primeira solução a ser analisada, quando se inicia um estudo da esco lha do tipo de 
fundação a ser adotado em uma obra. 
 
Tipos de Sapatas 
 
 Notas de Aula de Fundações - 54 
Pr of . Marc o Tú l i o - 0 2 /2 0 1 4 
3.1.1.1 - Sapata Isolada – suporta apenas a carga de um pilar. 
 
3.1.1.2 - Sapata Corrida – sapata sujeita à ação de uma carga distribuída 
linearmente ou de pilares ao longo de um mesmo alinhamento . 
3.1.1.3 - Sapata Associada 
 Com viga alavanca – utilizada quando existem pilares na divisa nos quais se 
utiliza uma viga de travamento que funcione como alavanca de modo a 
equilibrar a excentricidade das cargas. 
 
B
Df
B
L
b
Sapata retangularFundação superficial < 2Df
B
 
 Notas de Aula de Fundações - 55 
Pr of . Marc o Tú l i o - 0 2 /2 0 1 4 
 
 Com viga de rigidez – utilizada quando a proximidade de pilares adjacentes 
inviabiliza a adoção de sapatas isoladas, devido a superposição das áreas. 
Neste caso os pilares são unidos por uma viga denominada de viga de rigidez 
de modo a permitir que as sapatas trabalhem com tensão constante. 
 
 Notas de Aula de Fundações - 56 
Pr of . Marc o Tú l i o - 0 2 /2 0 1 4 
 
 
 
 
 Notas de Aula de Fundações - 57 
Pr of . Marc o Tú l i o - 0 2 /2 0 1 4 
3.1.2 - BLOCO DE FUNDAÇÃO 
Elemento de fundação superficial de concreto, dimensionado de modo que as 
tensões de tração nele resultantes sejam resistidas pelo concreto, sem necessidade 
de armadura. 
 
3.1.3 - RADIER 
Elemento de fundação superficial que abrange parte ou todos os pilares de uma 
estrutura, distribuindo os carregamentos 
 
 
 
 Notas de Aula de Fundações - 58 
Pr of . Marc o Tú l i o - 0 2 /2 0 1 4 
3.2 FUNDAÇÕES PROFUNDAS 
3.2.1 - ESTACA 
Elemento de fundação profunda executado inteiramente por equipamentos ou 
ferramentas, sem que, em qualquer fase de sua execução, haja descida de pessoas. 
Os materiais empregados podem ser: madeira, aço, concreto pré -moldado, concreto 
moldado in loco ou pela combinação dos anteriores 
 
3.2.1.1 - Estaca Cravada por Percussão 
A própria estaca ou um molde é introduzido no terreno por golpes de martelo (de 
gravidade, de explosão, hidráulico ou martelo vibratório). Ex: estaca pré -moldada 
de concreto, estaca de madeira ou de aço. 
 Pré-moldada de concreto – estaca constituída de segmentos de concreto pré -
moldado, armado ou protendido, vibrado ou centrifugado com qualquer 
forma geométrica de seção transversal, devendo apresentar resist ência 
compatível com os esforços de projeto e decorrentes do transporte, 
manuseio, cravação e eventuais solos agressivos: 
- Duráveis e concreto de qualidade constante; 
- Perdas com as sobras; 
- Perigo de avarias durante transporte e cravação. 
Bloco de Estacas
resistência de ponta
atrito lateral
 
 Notas de Aula de Fundações - 59 
Pr of . Marc o Tú l i o - 0 2 /2 0 1 4 
 Metálica ou Aço – estaca cravada, constituída de elemento estrutural 
produzido industrialmente, podendo ser de perfis laminados ou soldados, 
simples ou múltiplos, tubos de chapa dobrada ou calandrada, tubos com ou 
sem costura e trilhos. 
- Material com excelente qualidade e gr ande resistência estrutural, apesar 
de suas dimensões relativamente pequenas; 
- Facilidade de manipulação devido ao pequeno peso das peças; 
- Otimização das perdas devido à inexistência de quebras e viabilidade de 
se emendar as sobras; 
 Madeira - Utilizada normalmente no Brasil em obras provisórias; 
- Fáceis de obter; 
- Tipo da madeira deve ser durável e ter resistência ao choque; 
- Devem ficar sempre submersas, caso contrário apodrecem; 
- Deve-se tomar cuidado com a cabeça de cravação e com a cravação; em 
terrenos muito rijos ou com pedregulhos. 
 
 
 Notas de Aula de Fundações - 60 
Pr of . Marc o Tú l i o - 0 2 /2 0 1 4 
 
3.2.1.2 - Estaca de Reação (mega ou prensada) 
Estaca introduzida no terreno por meio de macaco hidráulico reagindo contra uma 
estrutura já existente ou criada especificamente para esta finalidade. Utilizada 
como reforço de fundação ou como fundação normal quando há necessidade de 
evitar vibrações, choques, etc. Deve ser c ravada com uma carga igual a 1,5 vezes a 
de trabalho. 
 
 
 Notas de Aula de Fundações - 61 
Pr of . Marc o Tú l i o - 0 2 /2 0 1 4 
3.2.1.3 - Estaca Tipo Strauss 
Estaca executada por perfuração do solo com uma sonda ou piteira e revestimento 
total com camisa metálica, realizando -se o lançamento do concreto e retirada 
gradativa do revestimento com simultâneo apiloamento do concreto. 
Processo Executivo: 
A execução é iniciada atravésda aplicação de repetidos golpes com o pilão ou a 
piteira para formar um pré-furo com profundidade de 1,0 m a 2,0 m, dentro do qual 
é colocado um segmento curto de revestimento com coroa na ponta. A seguir 
prossegue-se a perfuração com repetidos golpes da sonda e eventual adição de 
água que vai removendo o solo. Na medida em que o furo é formado, os tubos de 
revestimento vão sendo introduzidos até que a profundidade prevista seja atingida. 
Concluída a perfuração, é lançada água no interior dos tubos para sua limpeza. A 
água e a lama são totalmente removidas pela piteir a e o soquete é lavado. 
O concreto é lançado através de funil no interior do revestimento, em quantidade 
suficiente para se ter uma coluna de aproximadamente 1,0m, que deve ser apiloado 
para formar a ponta da estaca. Continuando-se a execução da estaca, o concreto é 
lançado e apiloado com a simultânea retirada do revestimento. 
 
 
 Notas de Aula de Fundações - 62 
Pr of . Marc o Tú l i o - 0 2 /2 0 1 4 
A retirada do revestimento deve ser feita com guincho manual de forma lenta, para 
evitar a subida da armadura, quando existente, e a formação de vazios, garantindo -
se que o concreto esteja acima da ponta do revestimento. A concretagem deve ser 
feita até a superfície do terreno. 
O concreto deve ter consumo mínimo de cimento de 300kg/m 3 , fck ≥ 20 MPa com 
slump entre 8 e 12 para estacas não armadas e de 12 a 14 para estacas armadas e 
agregado com diâmetro máximo de 19 mm (brita 1). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Notas de Aula de Fundações - 63 
Pr of . Marc o Tú l i o - 0 2 /2 0 1 4 
3.2.1.4 - Estaca Tipo Franki 
Caracterizada por possuir uma base alargada, obtida introduzindo-se no terreno 
certa quantidade de material granular ou concreto, por meio de golpes de um pilão. 
Quanto ao fuste, ele pode ser moldado no terreno com revestimento perdido ou 
não, ou ser constituído por um elemento pré -moldado. 
Cravação do tubo: colocado o tubo verticalmente, ou segundo a inclinação prevista 
para a estaca, derrama-se nele uma certa quantidade de brita e areia, que é socada 
de encontro ao terreno, por um pilão de 1 a 4 toneladas (dependendo do diâmetro 
da estaca), caindo de vár ios metros de altura. Sob os golpes do pilão, a mistura de 
brita e areia forma na parte inferior do tubo uma "bucha" estanque, cuja base 
penetra ligeiramente no terreno e cuja parte superior, energicamente comprimida 
contra as paredes do tubo, arrasta -o por atrito no seu afundamento. Impelido pelos 
golpes do pilão, o tubo penetra no terreno e o comprime fortemente. Graças à 
bucha, a água e o solo não podem penetrar no tubo de maneira que, quando a 
cravação é terminada, obtém-se no solo uma forma absolutamente estanque. 
Execução da base alargada: terminada a cravação do tubo, inicia -se a fase da 
expulsão da bucha e execução da base alargada da estaca. Para isso, o tubo é 
ligeiramente levantado e mantido fixo aos cabos do bate -estacas, expulsando-se a 
bucha por meio de golpes de grande altura do pilão. Imediatamente após a 
expulsão da bucha, introduz-se concreto seco que, sob os golpes do pilão, é 
introduzido no terreno, formando a base alargada. 
Colocação da armadura: pronta a base alargada, coloca -se no tubo a armadura 
prevista, caso a natureza do terreno aconselhe a execução de estacas armadas ou as 
solicitações a que a estaca será submetida. Essa colocação é feita de maneira que a 
armadura fique entre o tubo e o pilão, de forma que esse possa trabalhar 
livremente no interior da armadura. Nas estacas de tração ou quando se prevê 
"levantamento do terreno", a armadura é colocada antes do término do alargamento 
da base, de sorte a ancorá-la na base. 
Concretagem do fuste da estaca : uma vez colocada a armadura, passa-se à 
execução do fuste, apiloando-se o concreto(fator água/ cimento 0,36) em camadas 
sucessivas de espessura conveniente, ao mesmo tempo que se retira 
correspondentemente o tubo, com o cuidado de deixar uma quantidade suficiente 
 
 Notas de Aula de Fundações - 64 
Pr of . Marc o Tú l i o - 0 2 /2 0 1 4 
de concreto para que a água e o solo não penetrem nele. O concreto deve ter 
consumo mínimo de cimento de 350kg/m 3 e fck ≥ 20 MPa. 
 
3.2.1.5 - Estaca Broca (Trado manual) 
Executada por perfuração com trado manual entre 20 e 40 cm de diâmetro e 
posterior concretagem. Utilizada em pequenas construções e empregada em 
situações em que a base fica acima do lençol freático ou em que se possa 
seguramente secar o furo antes da concretagem. 
 
 
 Notas de Aula de Fundações - 65 
Pr of . Marc o Tú l i o - 0 2 /2 0 1 4 
3.2.1.6 - Estaca Escavada com Trado Mecânico, sem Fluido Estabilizante 
São estacas moldadas in loco, por meio da concretagem de um furo executado por 
trado espiral, sendo empregadas onde o perfi l do subsolo tem características tais 
que o furo se mantenha estável sem necessidade de revestimento ou de fluido 
estabil izante. A profundidade é limitada ao nível do lençol freático. 
A perfuração é feita por perfuratriz rotativa montada sobre uma “mesa rotativa” 
que impõe giro a um tubo telescópico. A ponta deste tubo é munida de um trado 
helicoidal com aproximadamente 1 metro de comprimento que penetra e perfura o 
solo com diâmetros que variam entre 25 cm e 170 cm, até 27 metros de 
profundidade. 
Processo Executivo: 
A perfuração avança com a retirada do solo escavado a cada metro. A retirada do 
solo é feita com a suspensão do trado cheio de solo e com sua rotação já fora da 
perfuração. A limpeza do solo que cai sobre a superfície anexa à estaca deve ser 
feita imediatamente para que não ocorra a queda de volta para a escavação; 
Terminada a escavação na cota desejada, se especificado em projeto, deve -se 
apiloar o fundo; 
A concretagem deve ser feita no mesmo dia da escavação, lançando -se o concreto a 
partir da superfície do terreno, através de um funil que tenha um comprimento 
mínimo de 1,5 metros. O concreto deve ter consumo mínimo de cimento de 
300kg/m3 , fck ≥ 20 MPa com slump en tre 8 e 12 para estacas não armadas e de 12 a 
14 para estacas armadas e agregado com diâmetro máximo de 19 mm (brita 1). 
 
 
 Notas de Aula de Fundações - 66 
Pr of . Marc o Tú l i o - 0 2 /2 0 1 4 
 
Equipamento de Estaca Escavada 
3.2.1.7 - Estaca Escavada com uso de Fluido Estabilizante 
São estacas escavadas com uso de fluido estabilizante, que pode ser lama 
bentonít ica ou polímero sintético para sustentação das paredes da escavação. A 
concretagem é submersa, com o concreto deslocando o fluido estabilizante em 
direção ascendente para fora do furo. 
As estacas podem ter seções circul ares (também denominadas estações), 
retangulares (também denominadas barretes) ou par ede-diafragma, quando 
contínuas. 
São utilizadas em obras pesadas onde existe necessidade de adoção de estacas que 
absorvam grandes carregamentos. 
Escavação: 
Antes de iniciar a escavação da estaca e com o objetivo de guiar a ferramenta de 
escavação, deve ser cravada uma camisa metálica ou executada uma mureta -guia. 
Estas guias devem ser cerca de 5 cm maiores que a estaca projetada e devem ser 
embutidas no terreno com um comprimento não inferior a 1m. 
A escavação da estaca é feita simultaneamente ao lançamento do fluido, cuidando -
se para que o seu nível esteja sempre no mínimo 1,50 m acima do lençol freático. 
 
 Notas de Aula de Fundações - 67 
Pr of . Marc o Tú l i o - 0 2 /2 0 1 4 
A perfuração deve ser contínua até a sua conclusão. Caso não seja possível, o 
efeito da interrupção deve ser analisado, devendo ser adotadas medidas que 
garantam a carga de projeto, como, por exemplo, o seu aprofundamento. 
Uma vez terminada a escavação e antes da concretagem, deve ser verificada a 
porcentagem de areia em suspensão na lama e, em função deste valor, deve -se 
proceder à sua troca ou desarenação para garantir sua qualidade durante toda a 
concretagem. 
Tratando-se do polímero, a decantação é imediata, não necessitando de 
desarenação, apenas limpeza do fundo. 
Em função de especificação de projeto, podem ser necessários serviços adicionais 
para uma plena limpeza do fundo da escavação através de sistema air lift ou 
bombeamento submerso de eficiência equivalente, a fim de melhorar o contato 
concreto-solo ou rocha. 
Armação: 
As armaduras são montadas em gaiolas com os estribos amarrados e soldados, com 
espaçamento mínimo de 15 cm e devem ser fixadas nas muretas guias para evitar 
sua movimentação. São implantadas nas estacas após a conclusão da escavação, 
munidas de rolete que garantam o recobrimento mínimo de 5 cm. 
Concretagem: 
O concreto deve ter consumo mínimo de 400 kg/m 3 , slump de 20 ± 3 cm, fator 
água/cimento  0,6, fck ≥ 20 MPa e agregado com diâmetro máximo de 19 mm 
(brita 1). 
 A concretagem é executada com a instalação de tubo tremonha até o fundo da 
estaca e pelo lançamento do concreto no funil existente no topo do tubo; 
O concreto deve ser mais denso que a lama, expulsando -a, preenchendo a estaca de 
baixo para cima. 
Após a concretagem é comum a formação de borra de concreto na superfície da 
estaca com espessuras de 40 a 50 cm, que devem ser removidas até que seja 
atingido o concreto são, para incorporar a estaca no bloco de coroamento. 
 
 Notas de Aula de Fundações - 68 
Pr of . Marc o Tú l i o - 0 2 /2 0 1 4 
 
 
 
 
 Notas de Aula de Fundações - 69 
Pr of . Marc o Tú l i o - 0 2 /2 0 1 4 
 
 
 
 Notas de Aula de Fundações - 70 
Pr of . Marc o Tú l i o - 0 2 /2 0 1 4 
3.2.1.8 - Estaca Escavada com Injeção ou Microestacas 
A microestaca é uma estaca moldada in loco, executada através de perfuração 
rotativa com tubos metálicos (revestimento) ou rotopercussiva por dentro dos 
tubos, no caso de matacão ou rocha. Esta estaca é armada e injetada, com calda de 
cimento ou argamassa, através de tubo "manchete", visando aumentar a resistência 
do atrito lateral. 
Este tipo de estaca comporta duas variantes com relação à armadura: na primeira 
delas introduz-se um tubo metálico com função estrutural, dotado de manchetes 
para a injeção e na segunda a armad ura é constituída de barras (ou gaiola) e a 
injeção é feita através de um tubo plástico também dotado de manchetes. 
A perfuração em solo é executada por meio de perfuratriz rotativa que desce o 
revestimento através de rotação com o uso de circulação diret a de água injetada no 
seu interior. 
Quando ocorrerem solos muito duros ou muito compactos, pode -se executar pré-
perfuração avançada por dentro do revestimento. No caso de matacões ou rochas, a 
perfuração é prosseguida por dentro do revestimento mediante e mprego de martelo 
de fundo ou sonda rotativa. Esta operação, necessária para atravessar o matacão ou 
embutir a estaca na rocha causa, usualmente, uma diminuição do diâmetro da 
estaca que deve ser considerada no dimensionamento. 
Antes da colocação da armadura, limpa-se internamente o furo através de lavagem. 
Posteriormente é descida a armadura constituída de tubo metálico manchetado ou 
gaiola que é apoiada no fundo do furo. Quando em gaiola, as barras são montadas 
com um tubo de PVC manchetado. As válvulas m anchete devem ser espaçadas no 
máximo 1,0 m. 
A calda de cimento é aplicada por meio de bomba de injeção, através de hastes 
dotadas de obturadores duplos. A primeira injeção, chamada injeção da bainha ou 
preenchimento, deve ser feita a partir da extremidad e inferior do tubo e deve 
preencher o espaço anelar entre o tubo e o furo. 
O revestimento é retirado após a injeção da bainha . 
 
 Notas de Aula de Fundações - 71 
Pr of . Marc o Tú l i o - 0 2 /2 0 1 4 
As injeções posteriores (primária, secundária etc.) são feitas de baixo para cima 
em cada manchete, verificando-se os volumes, as pressões e critérios de injeção 
previstos em projeto 
A argamassa a ser utilizada deve ter consumo mínimo de cimento de 600kg/m3, fck 
≥ 20 MPa fator água/cimento entre 0,5 e 0,6com slump entre 8 e 12 para estacas 
não armadas e de 12 a 14 para estacas armad as e agregado com diâmetro máximo 
de 19 mm (brita 1). 
 
3.2.1.9 - Estaca Raiz 
A estaca raiz é uma estaca moldada in loco, em que a perfuração é revestida 
integralmente, em solo, por meio de segmentos de tubos metálicos (revestimento) 
que vão sendo rosqueados a med ida que a perfuração é executada. O revestimento 
é recuperado. 
A estaca raiz é armada em todo o seu comprimento e a perfuração é preenchida por 
uma argamassa de cimento e areia. 
A perfuração em solo é executada por meio de perfuratriz rotativa ou 
rotopercussiva que desce o revestimento através de rotação com o uso de 
circulação direta de água injetada no seu interior. 
 
 Notas de Aula de Fundações - 72 
Pr of . Marc o Tú l i o - 0 2 /2 0 1 4 
Quando ocorrerem solos muito duros ou muito compactos, pode -se executar pré-
perfuração avançada por dentro do revestimento. A seguir, a per furação é 
prosseguida por dentro do revestimento mediante emprego de equipamento 
adequado para perfuração de rocha. Esta operação, necessária para atravessar o 
matacão ou embutir a estaca na rocha, causa, usualmente, uma diminuição do 
diâmetro da estaca que deve ser considerada no dimensionamento. 
Após o término da perfuração e antes do início do lançamento da argamassa, 
limpa-se internamente o furo através da utilização da composição de lavagem e 
posteriormente procede-se à descida da armadura, que pode s er montada em feixe 
ou em gaiola, que é apoiada no fundo do furo. 
O furo é preenchido com argamassa mediante bomba de injeção, através de um 
tubo descido até a ponta da estaca. O preenchimento é feito de baixo para cima até 
a expulsão de toda a água de ci rculação contida no interior do revestimento 
Periodicamente, coloca-se a cabeça de injeção no topo do revestimento e aplica -se 
pressão que pode ser de ar comprimido ou através da bomba de injeção de 
argamassa. Após a aplicação da pressão e retirada dos tub os de revestimento, o 
nível da argamassa é completado. 
O processo de perfuração, não provoca vibrações nem qualquer tipo de 
descompressão do terreno, o que em conjunto com o reduzido tamanho do 
equipamento, torna este tipo de estaca particularmente indica do em casos como: 
reforço de fundações, terrenos com presença de matacões, fundações de obras com 
vizinhança sensíveis a vibraçõesou poluição sonora ou para obras de contenções 
de taludes. 
A argamassa a ser utilizada deve ter consumo mínimo de cimento de 600 kg/m3, 
fck ≥ 20 MPa fator água/cimento entre 0,5 e 0,6com slump entre 8 e 12 para 
estacas não armadas e de 12 a 14 para estacas armadas e agregado com diâmetro 
máximo de 19 mm (brita 1) 
 
 Notas de Aula de Fundações - 73 
Pr of . Marc o Tú l i o - 0 2 /2 0 1 4 
 
. 
Equipamento para Execução de Estaca Raiz 
 
 
 
 Notas de Aula de Fundações - 74 
Pr of . Marc o Tú l i o - 0 2 /2 0 1 4 
 
3.2.1.10 - Estaca Hélice Contínua Monitorada 
Constituída por concreto, moldada in loco, executada por meio de trado contínuo 
com comprimento variando entre 17 e 30 metros e injeção de concreto pela própria 
haste do trado. Possui grande velocidade de execução e ausência de vibraçõe s e 
ruídos excessivos. Seu principal problema é a impossibil idade de controle de 
arrasamento das estacas e perdas excessivas de concreto que giram em torno de 
20%. 
A haste de perfuração é composta por uma hélice espiral desenvolvida em torno de 
um tubo central . Quando introduzida no terreno, o solo vai sendo desagregado e 
penetra entre as hastes da hélice. O trado é introduzido no solo por meio de 
rotação e pelo peso próprio da hélice somado ao solo contido nela. 
A eventual entrada de solo dentro do tubo central é impedida por uma tampa 
existente na extremidade inferior do trado. 
Dependendo do torque da máquina, ela penetra em solos coesivos muito duros com 
SPT até 50 e alterações de rocha A-3 
Toda execução da estaca é monitorada com computador de bordo que fornece os 
seguintes elementos: 
 
 Notas de Aula de Fundações - 75 
Pr of . Marc o Tú l i o - 0 2 /2 0 1 4 
Durante a perfuração: 
- Inclinação do trado nas duas direções; 
- Rotação; 
- Torque para a introdução do trado; 
- Velocidade de avanço; 
- Profundidade 
- Durante a concretagem: 
- Profundidade da ponta; 
- Pressão do concreto no topo; 
- Volume de concreto injetado; 
- Sobreconsumo de concreto pontual e total da estaca; 
- Velocidade de subida do trado; 
Processo Executivo: 
O trado da hélice é introduzido no solo por meio de sua rotação até a profundidade 
especificada em projeto. 
A perfuração deve ser contínua com a introdução de trado totalmente completo 
(sem prolongamento) e sem retirada da hélice da perfuração. 
Após a perfuração executa -se a concretagem com concreto bombeado, injetando -o 
pelo tubo central que compõe a haste. Pra tanto, ergue -se um pouco o trado para 
possibilitar a abertura da tampa inferior e inicia -se a concretagem. O concreto é 
bombeado de forma contínua para o trado, que é sacado concomitantemente ao 
preenchimento da perfuração, até a superfície. A velocidade de subida e a pressão 
de injeção devem ser controladas, para que não haja sobreconsumo em excesso ou 
vazios no preenchimento da estaca. 
O concreto de enchimento deve ser composto por areia, pedrisco e cimento com 
consumo não inferior a 400 kg/m 3 e slump maior ou igual a 22 ± 3 cm (dependendo 
do comprimento da ferragem) e f ck ≥20 MPa. 
A ferragem é introduzida na estaca após a sua concretagem, normalmente com o 
auxílio de uma retro-escavadeira. Deve ser composta por barras de bitolas grossas 
com estribos helicoidais e uti lizar rolete s de plásticos para garantir o recobrimento 
mínimo. 
 
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3.2.1.11 - Estaca Hélice de Deslocamento Monitorada 
É uma estaca de deslocamento, de concreto moldado in loco, mediante a introdução 
no terreno, por rotação, de um trado com características tais que ocasionem um 
deslocamento do solo junto ao fuste e à ponta, não havendo retirada de solo. A 
injeção de concreto é feita pelo interior do tubo centra 
Devido à grande resistência desenvolvida durante a perfuração, o equipamento 
deve ter um torque compatível com o diâmetro da estacas e características do 
terreno, sendo de no mínimo de 200 kNm 
O equipamento de escavação deve ser posicionado e nivelado para assegurar a 
centralização e verticalidade da estaca. O diâmetro do trado deve ser verificado 
para assegurar as premissas de projeto. 
A haste é dotada de ponta fechada por uma tampa metálica recuperável ou não. 
A perfuração se dá de forma contínua por rotação, até a cota prevista em projeto. 
O concreto é bombeado pelo interior da haste com sua simultânea retir ada por 
rotação. A pressão do concreto deve ser sempre positiva para evitar a interrupção 
do fuste e é controlada pelo operador durante toda a concretagem. 
A concretagem é executada até a superfície do terreno. 
A colocação da armadura, em forma de gaiola, deve ser feita imediatamente após a 
concretagem. Sua descida pode ser auxiliada por peso ou vibrador sobre o seu 
topo. A armadura deve ser convenientemente enrijecida para facilitar a sua 
colocação. 
A estaca hélice de deslocamento permite ainda que a arm adura seja colocada pelo 
tubo central do trado antes da concretagem e neste caso a tampa metálica será 
perdida. 
O concreto de enchimento deve ser composto por areia, pedrisco e cimento com 
consumo não inferior a 400 kg/m3 e slump maior ou igual a 22 ± 3 c m 
(dependendo do comprimento da ferragem),fator água/cimento ≤ 0,6 e fck ≥20 
MPa. 
 
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Execução de estacas Ômega 
 
Execução de estacas Atlas 
 
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3.2.2 – TUBULÃO 
Elemento de fundação profunda, escavado no terreno em que, pelo menos na sua 
etapa final, há descida de pessoas, que se faz necessária para executar o 
alargamento de base ou pelo menos a limpeza do fundo da escavação, uma vez que 
neste tipo de fundação as cargas são transmitidas preponderantemente pela ponta. 
Os tubulões podem ser executados a céu aberto ou a ar comprimido. 
Os tubulões a céu aberto são executados com a abertura (manual ou mecânica) de 
um poço até que seja atingido um solo de boa qualidade. Após a abertura do poço 
executa-se o alargamento da base objetivando -se a distribuição das cargas de 
maneira uniforme no terreno de apoio. 
Necessitam de mão de obra especializada, composta por poceiros ou perfuratriz 
rotativa, porém são atrativos do ponto de vista econômico, pois a mão de obra de 
escavação normalmente é barata e são preenchidos por concreto simples (sem 
armadura e sem formas) com baixo consumo de cimento. Permitem a verificação 
“in loco” do solo de apoio e de suas dimensões finais. 
Existem situações onde a sua utilização pode se tornar onerosa, como no caso da 
necessidade de escavação em solos ri jos ou duros, com presença de pedregulhos, 
abaixo do lençolfreático, ou perigosa, como em solo sujeitos a desbarrancamentos. 
É sempre interessante a abertura de um poço de pesquisa para se verificar sua 
viabilidade técnica e financeira de execução. 
O tubulão a ar comprimido é feito quando o solo está totalmente submerso (como 
no caso de pontes), ou nas si tuações em que abaixo do nível d’água os solos não se 
mantém estáveis durante a escavação, com risco de desmoronamento ou que não 
apresentem segurança de escavação para o trabalhador. Assim como o tubulão a 
céu aberto, sua escavação é possível em solos bastante resistentes, ultrapassando 
camadas de matacões e N SP T elevados. Porém é necessário equipe altamente 
especializada para escavação, socorro médi co permanente na obra, câmara para 
descompressão, compressores e reservatórios de ar comprimido de reserva. Nos 
dias atuais é pouco utilizado, ficando limitado a obras especiais e de difícil 
acesso, devido à série de fatores relacionados com a segurança do trabalhador. 
 
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Tubulão a Ar Comprimido

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