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Policiamento Comunitário Escolar

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2 
 
 
 
 
 
Caro(a) aluno(a), 
Seja bem-vindo(a)! 
Este curso tem por finalidade contribuir para que a promoção de uma cultura de segurança, de bem-
estar e de paz se constitua como uma estratégia prioritária nas escolas, por meio de ações inerentes ao 
policiamento comunitário escolar, sendo assim, de extrema importância para a formação dos profissionais que 
atuam na área de segurança pública. Nele, você estudará procedimentos a serem adotados pelos principais 
órgãos governamentais que compõem o sistema de proteção das escolas, bem como a tipificação de crimes, 
contravenções e atos infracionais que possam ocorrer no ambiente escolar. 
O ensinamento de valores como bondade, honestidade e justiça demonstra o quanto é importante 
abraçar e promover a educação. Esses valores, dentre outros, serão aprendidos e acompanharão os educandos 
por toda a vida. 
A comunidade escolar é composta por todos: gestores, professores, alunos, pais e demais profissionais 
que atuam no espaço escolar. Portanto, realizar este curso significa, principalmente, que você está fazendo um 
compromisso pessoal a fim de contribuir para que a segurança e a paz nas escolas sejam garantidas. 
Espera-se que ao concluir o curso você possa contribuir – não só por obrigação normativa, mas por se 
tratar de assegurar a todos um ambiente agradável e seguro – para a qualidade do sistema educativo e para o 
desenvolvimento de competências para o exercício da cidadania. A segurança e a educação potencializam-se 
mutuamente e são recursos indispensáveis à vida. 
Bons estudos! 
 
Objetivo do curso 
Este curso tem por objetivo criar condições para que você: 
 
1. Ampliar conhecimentos para: 
 Definir o que é um ambiente escolar e as necessidades de sua proteção; 
 Identificar os processos de policiamento e os diferentes tipos de operações realizadas no ambiente 
escolar; 
 Distinguir as competências da Escola e dos órgãos de segurança nas ações de enfrentamento à 
violência na escola; 
 Entender que deve haver a participação de toda a comunidade para a manutenção e melhoria da 
segurança escolar. 
 
 
 3 
 2. Desenvolver habilidades para: 
 Saber o que fazer para diminuir as incidências de pontos sensíveis que tornam vulnerável a 
segurança em um ambiente escolar; 
 Identificar o que cada componente da rede de proteção escolar pode contribuir para a melhoria 
da segurança do ambiente escolar; 
 Saber como se postar diante de cada operação do policiamento comunitário escolar; 
 Colaborar com o policiamento comunitário escolar. 
 
3. Fortalecer atitudes para: 
 Ser um multiplicador da promoção da cultura de segurança, bem-estar e paz nas escolas; 
 Exercitar a cidadania observando seus direitos e obrigações em relação à segurança nas escolas. 
 
Estrutura do curso 
Este curso está estruturado nos seguintes módulos: 
 
 Módulo 1 – O ambiente escolar 
 Módulo 2 – Características do policiamento nas escolas 
 Módulo 3 – Composição e competências dos órgãos do sistema de segurança escolar 
 Módulo 4 – Eventos que influenciam na segurança do ambiente escolar 
 Módulo 5 – Atribuições das escolas e dos órgãos de segurança nas ações de enfrentamento da 
violência no ambiente escolar 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 4 
 
 
 
 
 
 
Apresentação do módulo 
Os fatos frequentemente divulgados na mídia reforçam a necessidade de conhecimento sobre o 
ambiente escolar. Mais do que conhecer, é preciso criar mecanismos de interação de seus integrantes, visando 
à adoção de medidas efetivas para prevenção das diversas formas de violência. 
 
Neste módulo você conhecerá o ambiente escolar, tendo condições de identificar seus 
principais integrantes, assim como contribuir para ações de prevenção e enfrentamento da violência 
que o envolve. 
 
Objetivo do módulo 
Ao final do estudo deste módulo, você será capaz de: 
 
 Caracterizar o ambiente escolar; 
 Enumerar pontos sensíveis no ambiente escolar; 
 Identificar formas para sua proteção e preservação; 
 Ter consciência de que a preservação do ambiente escolar contribui para o aumento da sensação 
de segurança da comunidade escolar e para manutenção de uma cultura de paz nas escolas. 
 
 
Estrutura do Módulo 
 Este módulo está organizado da seguinte forma: 
 
 Aula 1- O que é ambiente escolar e por que ele deve ser protegido? 
 Aula 2 - Quem faz parte do ambiente escolar? 
 Aula 3 - Pontos sensíveis à segurança no ambiente escolar. 
 
 
 
 
MÓDULO 
1 
O AMBIENTE ESCOLAR 
 5 
Aula 1 – O que é ambiente escolar e por que ele deve ser 
protegido? 
 
O Ambiente Escolar é... 
A interação do aluno, professor, currículo, ambiente, família e comunidade. 
 
É um microcosmo do universo: o espaço físico delimita o mundo; o sistema escolar e sua organização 
revelam a sociedade; as pessoas envolvidas na experiência de aprendizado formam a população. (Taylor & 
Vlastos, 1983). 
 
Importante! 
Sob essa ótica, é possível inferir que o ambiente escolar possui uma amplitude muito maior do que 
aquela dada por uma visão estrutural circunscrita intramuros. Ela envolve também a visão relacional 
que ultrapassa o espaço físico da escola, incluindo a comunidade vizinha e os órgãos que atuam 
diretamente na segurança escolar. 
 
1.2. Por que a escola deve ser protegida? 
A escola é um dos principais agentes socializadores, sendo responsável não apenas pela difusão de 
conhecimentos, mas pela transmissão dos valores de uma cultura entre gerações (Martin-Baró, 1992). O 
ambiente escolar é o caminho que a sociedade percorre para crescer e exercer a sua cidadania. 
 
 
Aula 2 – Composição do ambiente escolar 
 
O ambiente escolar deve favorecer o aprendizado. Conhecer sua composição e as formas de interação 
é condição necessária para o desenvolvimento da educação. 
A seguir você estudará sobre cada componente deste mundo fantástico que é a escola. 
 
Corpo docente 
Relativo a professores, que ensinam. É constituído pelo conjunto de Professores devidamente 
habilitados, selecionados e contratados por uma instituição de ensino, conforme legislação em vigor. 
Corpo discente 
Relativo a alunos, que aprendem. Fazem parte do Corpo Discente os alunos regularmente 
matriculados em um estabelecimento de ensino. 
 
 
 
 
 
 6 
Veja quais são as definições descritas na lei entre crianças e adolescentes e jovens e adultos: 
 
Crianças e adolescentes 
Considera-se criança, para os efeitos da Lei n° 8069/2008 – Estatuto da Criança e do adolescente (ECA) 
- a pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade. (Art. 
2º). 
Jovens e adultos 
Segundo o artigo 37 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - Lei n° 9.394, de 20 de dezembro 
de 1996, a educação de jovens e adultos destina-se àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos 
no Ensino Fundamental e Médio em idade apropriada. 
 
Corpo administrativo 
Relativo aos funcionários. É composto pelos demais servidores, incluindo os seguranças da escola. 
 
Aula 3 – Pontos sensíveis à segurança no ambiente escolar 
 
A existência de pontos sensíveis à segurança é fator preocupante no ambiente escolar. Reconhecer 
tais pontos, bem como adotar providências para neutralizá-los ou minimizá-los é obrigação de toda a 
comunidade escolar. 
Fatores como falta de iluminação, mato alto, árvores sem poda, depósito de lixo nas 
proximidades do estabelecimento de ensino, muros e cercas danificadas, enfim, a ausência de infraestrutura 
e saneamento básico contribuemde maneira relevante para a prática de delitos, de ações de desordem e, 
também, acabam sendo potenciais causadores da proliferação de doenças. 
 
Importante! 
Atuando de modo não verbal, por sua vez, o meio físico tem impacto direto e simbólico sobre seus 
ocupantes, facilitando e/ou inibindo comportamentos. 
 
A comunidade deve zelar para que o seu ambiente escolar esteja sempre seguro e limpo. Não se deve 
conviver com estruturas danificadas, pois com o tempo pode haver aceitação coletiva de normalidade de um 
dano ou da ausência de investimento estatal. 
É necessário o empenho de todos para melhoria do ambiente escolar (conscientização da comunidade 
para a preservação e cobrança das autoridades competentes para implemento das políticas públicas adequadas 
e necessárias). 
 
 
 
 7 
Refletindo sobre a questão 
Muitas vezes estamos cercados por pontos sensíveis à segurança no ambiente escolar, mas absorvidos 
pela rotina do dia a dia não os percebemos. Essa atividade de reflexão possibilitará, por meio de fotos* 
previamente selecionadas, que você exercite seu olhar para perceber esses pontos. Ao mesmo tempo, por meio 
do texto A teoria das janelas quebradas**, criará condições para que reflita sobre a relação “ambiente e 
segurança escolar”. 
*Veja na biblioteca do curso o arquivo “PCE_conjunto_fotos_09_a_14” 
** http://www.portaldafamilia.org/artigos/artigo361.shtml 
 
Finalizando... 
 
Neste módulo, você estudou que: 
 
• O ambiente escolar é a interação do aluno, professor, currículo, ambiente, família e comunidade. 
• O ambiente escolar possui uma amplitude muito maior do que aquela dada por uma visão 
estrutural circunscrita intramuros. 
• A escola é um dos principais agentes socializadores, sendo responsável não apenas pela difusão 
de conhecimentos, mas pela transmissão dos valores de uma cultura entre gerações (Martin-Baró, 
1992). 
• O ambiente escolar é composto pela parte física e pelas pessoas que o circundam. Tem como 
composição básica: o corpo docente, o corpo discente e o corpo administrativo. 
• A existência de pontos sensíveis à segurança é fator preocupante no ambiente escolar. Reconhecer 
tais pontos, bem como adotar providências para neutralizá-los ou minimizá-los é obrigação de 
toda a comunidade escolar. 
• É necessário o empenho de todos para melhoria do ambiente escolar (conscientização da 
comunidade para a preservação e cobrança das autoridades competentes para implemento das 
políticas públicas adequadas e necessárias). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 8 
Exercícios 
 
1. Veja o poema “A Escola” atribuído a Paulo Freire, reflita e responda: Em sua opinião, por 
que o ambiente escolar deve ser protegido? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 9 
 
2. Analise novamente as fotos* e leia o texto “Teoria das janelas quebradas”. Escreva cinco 
situações que tornam a segurança escolar vulnerável (utilizar o bloco de notas). 
* Veja na biblioteca do curso o arquivo “PCE_conjunto_fotos_09_a_14” 
 
Teoria das "janelas quebradas" 
Um exemplo que vale a pena conhecer: 
 
Em três anos, o número de delitos em Nova Iorque foi reduzido à metade. O índice de homicídios 
é o menor dos últimos 30 anos. Para isso, foi utilizada a teoria das janelas quebradas: resolver os 
problemas enquanto ainda são pequenos. 
Dois criminologistas da Universidade de Harvard, James Wilson e George Kelling, publicaram a 
teoria das "janelas quebradas" em The Atlantic, em março de 1982. A teoria baseia-se num 
experimento realizado por Philip Zimbardo, psicólogo da Universidade de Stanford, com um 
automóvel deixado em um bairro de classe alta de Palo Alto (Califórnia). Durante a primeira semana 
de teste, o carro não foi danificado. Porém, após o pesquisador quebrar uma das janelas, o carro 
foi completamente destroçado e roubado por grupos vândalos, em poucas horas. 
De acordo com os autores, caso se quebre uma janela de um edifício e não haja imediato conserto, 
logo todas as outras serão quebradas. Algo semelhante ocorre com a delinquência. 
A teoria começou a ser aplicada em Boston, onde Kelling, assessor da polícia local, recebeu a 
incumbência de reduzir a criminalidade no metrô - um problema que afastava muitos passageiros, 
gerando um prejuízo de milhões de dólares. Contudo, o programa não chegou a ser concluído por 
causa de uma redução orçamentária. 
Em 1990, Kelling e Wilson Bratton, foram destinados a Nova Iorque e começaram a trabalhar 
novamente. O metrô foi o primeiro laboratório para provar que, se "arrumassem as janelas 
quebradas", a delinquência seria reduzida. A polícia começou a combater os delitos menores. 
Aqueles que entravam sem pagar, urinavam ou ingeriam bebidas alcoólicas em público, 
mendigavam de forma agressiva ou que pichavam as paredes e trens eram detidos, fichados e 
interrogados. As pichações eram apagadas na hora, e os "artistas" não podiam admirá-las por 
muito tempo. 
Após vários meses de campanha, a delinquência no metrô foi reduzida em 75% e continuou caindo 
de ano para ano. Após o sucesso no metrô e nos parques, foram aplicados os mesmos princípios 
em outros lugares e em outras cidades. Não se afirma que os resultados obtidos sejam exclusivos 
destas medidas, mas a experiência de Nova Iorque repercutiu em todo o país. 
Artigo extraído do jornal Interprensa - junho/1997 
*Disponível em: http://www.portaldafamilia.org/artigos/artigo361.shtml 
 
 
 
 
 
 
 10 
 
3. Com base no que estudou na aula 1, marque as sentenças verdadeiras: 
 
a. A escola é lugar de educação, não tem nada haver com socialização ou transmissão dos valores de 
uma cultura entre gerações, isso é papel exclusivo da mídia e do governo. 
b. O importante na escola é estudar (alunos) e trabalhar (profissionais). O que existir, além disso, é pura 
imaginação de mentes ociosas. 
c. O exercício da cidadania pode e deve ser fortalecido no ambiente escolar. 
d. A escola, mais do que base física, é o ambiente a partir e por meio do qual são transmitidos os valores 
de uma cultura entre gerações. 
 
4. Com base no que estudou na aula 2, marque a sentença falsa: 
 
a. O ambiente escolar representa uma parte do universo das pessoas que nele convivem. Neste 
ambiente há fortes influências sobre a vida dessas pessoas. 
b. Um dos fatores que apresenta grau considerável de interferência na aprendizagem é a qualidade do 
relacionamento que os escolares mantêm com seus pares. 
c. A relação aluno-a/aluno-a não vai além da importância para a aprendizagem em si, possuindo valor 
educativo que contribui muito pouco para a socialização da criança. 
 
5. Com base no que estudou na aula 3, marque as sentenças verdadeiras: 
 
a. As pessoas envolvidas na experiência de aprendizado necessitam de um ambiente seguro e saudável 
para poder desempenhar suas atividades. 
b. Atuando de modo não verbal, por sua vez, o meio físico tem impacto direto e simbólico sobre seus 
ocupantes, facilitando e/ou inibindo comportamentos. 
c. A má conservação das estruturas escolares não é um fator relevante para a segurança escolar, afinal 
o que se deve preservar são as pessoas e não as construções. 
d. De acordo com os autores da teoria das janelas quebradas (broken windows), caso se quebre uma 
janela de um edifício e não haja imediato conserto, logo todas as outras serão quebradas. Algo semelhante 
ocorre com a delinquência no ambiente escolar. 
 
 
 
 
 
 
 
 11 
 
Gabarito 
 
1. Orientação de resposta: Protegendo o ambiente escolar possibilita-se que haja a promoção de uma 
cultura de segurança, bem-estar e paz nas escolas. 
2. Orientação de resposta: Ausência de murosadequados; 2. Deficiência ou ausência de saneamento 
básico; 4. Iluminação pública deficiente ou ausente; 5. Pichações nos muros ou na escola; 6. 
Existência de sujeira no ambiente escolar, etc. 
3. Respostas corretas: Alternativas C e D 
4. Resposta correta: Alternativa C 
5. Resposta correta: Alternativas A, B e D 
 
 
 
 
 
 12 
 
 
 
 
 
Apresentação do módulo 
 
Um policiamento de qualidade é pautado no conhecimento da missão, bem como na busca de uma 
maior integração com os outros órgãos de segurança pública. 
 
Neste módulo, você estudará as características do policiamento comunitário escolar (PCE), tendo 
condições de identificar seus requisitos básicos, processos, detalhes de sua preparação, bem como seus 
tipos. Estudará também o policiamento escolar aplicado ao trânsito. 
 
Objetivos do módulo 
Ao final do estudo deste módulo, você será capaz de: 
 
 Apontar as características do Policiamento Comunitário Escolar; 
 Identificar os processos e as operações de Policiamento Comunitário Escolar; 
 Enumerar os tipos de Policiamento Comunitário Escolar; 
 Ser um profissional de segurança pública consciente de que colaborar para a segurança nas escolas 
e respeitar as normas de trânsito representam o exercício de cidadania. 
 
Estrutura do Módulo 
Este módulo está organizado da seguinte forma: 
 
 Aula 1 - Características do policiamento comunitário escolar 
 Aula 2 - Processos de policiamento comunitário escolar 
 Aula 3 - Operações realizadas no policiamento comunitário escolar 
 Aula 4 - O policiamento escolar aplicado ao trânsito 
 
MÓDULO 
2 
CARACTERÍSTICAS DO POLICIAMENTO 
COMUNITÁRIO ESCOLAR 
 13 
Aula 1 – Características do policiamento comunitário escolar 
 
Nesta aula você estudará as características do Policiamento Comunitário Escolar, como realizar um 
policiamento eficiente, as posturas e condutas necessárias, e as que devem ser evitadas durante a realização do 
policiamento. 
 
1.1 O que é Policiamento Comunitário Escolar (PCE*)? 
*Adaptado do Manual de Policiamento Escolar. Batalhão Escolar – PMDF-2011) 
 
É o processo de policiamento que trabalha em parceria preventiva com a comunidade escolar para 
identificar, priorizar e resolver os problemas existentes. 
 
A comunidade escolar é formada pelos professores, servidores, alunos, pais de alunos, comunidade 
do perímetro escolar, Polícia Militar, Conselho Tutelar - CT, Vara da Infância e Juventude - VIJ, Ministério 
Público – MP, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros, Secretaria de Educação, Prefeituras e Administrações 
Regionais, entre outros. 
 
Essa parceria busca melhorar a qualidade de vida da comunidade escolar, proporcionando a 
integração dos educadores, educandos, policiais militares e demais profissionais, com o intuito de aprimorar a 
segurança e a educação desenvolvidas nas escolas. 
 
Importante! 
O objetivo do policiamento comunitário escolar é prevenir a violência e a prática do ato infracional, 
que possam ser cometidos por crianças e/ou adolescentes. A comunidade escolar deve ser estimulada a 
colaborar com o policial militar, em contrapartida, este tem que dar crédito às informações recebidas. 
 
1.1.1 O que é necessário para um policiamento escolar eficiente? 
Para a realização de um policiamento escolar eficiente, é necessário: 
 
 Conhecer a localização, problemas de segurança recorrentes na escola e arredores (práticas 
delituosas recorrentes e tipos de desordens ocorridas com frequência), características da 
comunidade do entorno da escola, perfil socioeconômico dos alunos e a rotina de funcionamento 
do estabelecimento de ensino (horários de entrada, saída, intervalos, início e término do ano letivo, 
período de férias); 
 Executar o policiamento dentro da escola e no perímetro escolar, visando à garantia da 
promoção da segurança e tranquilidade; 
 Promover a fluidez e segurança do trânsito nas imediações da escola; 
 Fiscalizar o Transporte Escolar; 
 
 14 
 Gerenciar a travessia na faixa de pedestres próximo à escola; 
 Ser um mediador de conflitos no ambiente escolar; 
 Portar os equipamentos de proteção individual regulamentares, de acordo com a instituição 
(armamento, aparelhos de comunicação, colete balístico, etc.); e 
 Estabelecer um Canal de Comunicação com a Direção da Escola, de forma a dar sensação de 
segurança por meio de visitações constantes, contatos telefônicos, redes sociais ou outro meio 
eficaz. 
 
1.1.2 Postura do policial no PCE 
No contexto de polícia preventiva, é de suma importância a adoção de posturas assertivas do policial 
do PCE nos seguintes âmbitos de atuação: 
 
 Relações entre a Polícia e Escola; (Ver na biblioteca do curso o documento: 
PCE_relacoes_entre_policia_e_escola) 
 Operações/Abordagens realizadas nas escolas; e (Ver na biblioteca do curso o documento: 
PCE_operacoes_abordagens) 
 Policiamento aplicado ao trânsito no ambiente escolar. (Ver na biblioteca do curso o documento: 
PCE_policiamento_aplicado_ao_transito) 
 
1.1.3 O que o policial deve fazer? 
Para a eficácia do Policiamento Comunitário Escolar é necessária uma maior aproximação entre o órgão 
de segurança pública e a comunidade escolar. O policial deve ser transparente e mostrar qual é o seu papel 
nesse cenário, ressaltando que a participação de todos é fundamental para a qualidade da segurança no 
ambiente escolar, para tanto deverá: 
 
 Manter bom relacionamento com: direção, professores, servidores, educandos e comunidade no 
perímetro escolar, a fim de montar uma rede de relacionamento que pode ser útil na prevenção e 
enfrentamento à violência na escola. Eles são grandes aliados no policiamento comunitário escolar; 
 Procurar saber dos professores quais alunos podem gerar problemas (eles estão em contato direto 
com os educandos); 
 Analisar se o caso é crime, ato infracional ou se pode ser resolvido administrativamente de acordo 
com o regimento escolar; 
 Ter atenção especial na porta da escola nos horários de entrada, saída e intervalo (recreio); é 
quando o policial fica mais vulnerável devido à quantidade e proximidade dos alunos; 
 Solicitar apoio para fazer abordagem quando estiver trabalhando sozinho ou sempre que for 
necessário para manter a ordem; 
 Tratar todos com cordialidade; 
 Promover a proteção tanto da vítima quanto do autor e testemunhas; 
 15 
 Agir com respeito aos direitos humanos com ênfase na prevenção e articulação com a comunidade 
(ILANUD, 2001); 
 Priorizar suas ações e rondas no perímetro escolar, agindo em situações que não possam ser 
resolvidas pedagogicamente (ILANUD, 2001); 
 Em casos excepcionais que a situação exija, o policial fará uso diferenciado da força (Portaria 
4.226/2010). 
 
1.1.4 O que o policial NÃO DEVE fazer? 
 
 Ficar sozinho com criança ou adolescente durante a abordagem*; 
 Fazer busca em pessoas ou em seus pertences sem a presença de testemunha; 
 Usar algemas**; 
 Transportar criança ou adolescente no compartimento de presos da viatura policial; 
 Deixar de requerer, quando for o caso, o Termo de Aquiescência*** para atuar dentro do 
Estabelecimento de ensino, quando solicitado pela instituição; e 
 Fazer suspeições generalizadas e usar medidas repressivas desproporcionais, sendo que a atuação 
do policial no ambiente escolar é prioritariamente educativa, preventiva, dentro dos parâmetros 
do respeito aos direitos humanos e à dignidade da pessoa humana (ILANUD, 2001). 
* Por se tratar de público sensível, (crianças e adolescentes), deve-se buscar a proteção integral de maneira que quanto 
mais garantias forem ofertadas, mais próximo estará desse objetivo.Testemunhas durante as abordagens (direção da 
escola, professores e outros profissionais da educação, demais alunos, servidores, etc.) constituem medidas preventivas 
que visam evitar possíveis ocorrências de abusos e discriminação. Ademais constitui segurança operacional para as 
Instituições (Escola e PM), bem como para o menor abordado e o policial. 
** Só é lícito o uso de algemas em casos de resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física 
própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de 
responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do ato processual a 
que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado” (Súmula Vinculante 11 - STF). 
*** Documento onde a Direção da Escola autoriza o prosseguimento da operação 
 
Importante! 
Procedimento relativo à arma do policial militar: 
Durante todo o serviço o policial deverá estar devidamente fardado. A arma integra o seu uniforme, 
logo você, como Policial Comunitário Escolar, entrará em qualquer ambiente da escola que for 
solicitado, portando seu armamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 16 
Aula 2 – Processos de policiamento comunitário escolar 
 
2.1 Os processos: 
 
No PCE são utilizados os seguintes processos: 
 a pé; 
 em bicicletas; 
 em motocicletas; 
 em viaturas; 
 montado (a cavalo). 
 
A seguir, você estudará as características de cada processo, bem como as formas e o seu 
adequado emprego. Todos eles possuem particularidades que devem ser compreendidas. 
 
2.1.1 A pé 
 É o processo de policiamento mais utilizado no policiamento escolar. É empregado nas escolas 
onde há grande fluxo de alunos, maior risco de ocorrências ou em eventos onde educandos 
estejam envolvidos; 
 O efetivo mínimo é de 2 (dois) policiais. 
 
2.2.2 Em bicicletas 
 Segue as mesmas regras do policiamento a pé, sendo que cobre uma maior quantidade de escolas, 
devido a sua mobilidade; 
 Empregado principalmente em setores onde há grande número de estabelecimento escolar; 
 O efetivo mínimo deve ser de 2 (dois) policiais e 2 (duas) bicicletas. 
 
2.2.3 Em motocicletas 
 É empregado no patrulhamento escolar e fiscalização; 
 É elemento de apoio rápido ao PCE a pé; 
 Deve fazer Ponto Base - PB em várias escolas durante o turno de trabalho; 
 Auxilia as viaturas nas operações; 
 Faz levantamento de risco e da necessidade de policiamento nas escolas; 
 O efetivo mínimo ideal é de 3 (três) policiais em 3 (três) Motocicletas, pois poderá haver a 
necessidade de um dos motociclistas permanecer com as motos; 
 
 
 
 17 
2.2.4 Em viaturas 
 Apoia o PCE a pé e de motocicletas pela capacidade adicional de transporte de pessoas e de 
material; 
 Atua em escolas de riscos onde estejam descobertas pelo policiamento a pé e em motocicletas; 
 Faz levantamento de risco e da necessidade de policiamento nas escolas. 
 
2.2.5 Montado (a cavalo) 
 Processo de policiamento ostensivo que, utilizando como meio de locomoção o cavalo, visa a 
satisfazer as necessidades basilares de segurança pública, inerentes a qualquer comunidade ou a 
qualquer cidadão; 
 O efetivo mínimo é de 3 (três) policiais, pois será necessário que um guarde as montadas enquanto 
os outros atendem a eventuais ocorrências; 
 Apoia o PCE a pé e de motocicletas em áreas críticas de grandes extensões; 
 A posição de comandamento, que dá ao policial uma visão privilegiada, e o impacto psicológico 
causado pela presença do animal tornam esse processo eficaz e eficiente em locais com grande 
fluxo de pessoas e veículos. 
 
Aula 3 – Operações realizadas no policiamento comunitário 
escolar 
 
As operações consistem em ações de segurança, de cunho preventivo/repressivo, realizadas pela Polícia 
Militar visando a inibir o risco de ilícitos no ambiente escolar e promover apreensões de armas e substâncias 
entorpecentes, entre outros produtos ilícitos. 
Estude, a seguir, os principais pontos sobre as operações. 
 
3.1. Preparação das operações 
A preparação para uma Operação é uma das fases essenciais para o sucesso do Policiamento 
Comunitário Escolar. O conhecimento das particularidades do local, do tipo de Operação a ser realizada e de 
seus participantes, não só garantem o êxito da Operação, como também contribuem para sua efetividade. 
 
3.1.2. Quem realiza essas operações? 
Realizadas por Policiais Militares que, divididos em frações, atuam em diversas áreas da escola, 
simultaneamente. 
 
Importante! 
Policiais femininas são imprescindíveis na composição das frações para busca pessoal em alguém do 
sexo feminino. 
 
 
 18 
3.1.3. Quem autoriza essas operações nas escolas? 
O Diretor ou representante Legal da escola. Em regra, somente a operação varredura necessita estar 
amparada por um Termo de Aquiescência. 
 
3.2. Tipos de Operações do Policiamento Comunitário Escolar 
A realização de uma operação na escola ou em suas proximidades é algo que requer uma mobilização 
considerada de efetivo. Sua efetivação pressupõe o uso de técnicas específicas, além de cuidados 
indispensáveis ao seu êxito. 
É de suma importância, que você conheça os vários tipos de operações, sua composição, quando, 
onde e as orientações para realizá-las. 
 
Importante! 
Deve ficar bem claro a todos os policiais/alunos/responsáveis/docentes/servidores que essas operações 
podem envolver crianças e adolescentes e, portanto, devem inspirar os cuidados devidos. 
 
Nota 
As Operações aqui elencadas são as utilizadas na PMDF. Podem haver variações de procedimentos ou 
de nomes em outros Estados. Pesquise em sua Região se existe operações no Policiamento Escolar e identifique 
as semelhanças e distinções com as que serão apresentadas. 
 
São utilizadas as seguintes operações no PCE: 
 
 Operação Varredura; 
 Operação Escola Livre; 
 Operação Bloqueio Escolar; 
 Operação Blitz Escolar; 
 Operação Volta às Aulas; e 
 Operação Escola Polo. 
 
Estude, a seguir, sobre cada uma delas. 
 
3.2.1. Operação Varredura 
 O que é? 
É a realização de revista em educandos NO INTERIOR DAS SALAS DE AULA, utilizando-se detectores de 
metais e verificação visual em seus pertences. 
 
 
 
 19 
Como é composta a Operação Varredura? 
 
 Recursos humanos: 
A fração mínima é de 07 (sete) policiais por sala de aula com a presença de policiais femininas, assim 
distribuídos: 
 
Qtd de policiais Atuação 
01 (um) Orador* 
03 (três) Verificadores** 
01 (um) Observador Interno*** 
02 (dois) Observadores Externos**** 
*Acesse na biblioteca do curso o documento: PCE_orador. 
** Os verificadores são responsáveis pela revista de todos os educandos, fazendo o uso de detectores de metais e da verificação 
visual. 
*** Os observadores atuam como elemento de segurança dentro da sala de aula, buscam identificar possíveis ocultações ou 
dispensas de objetos, detectando também comportamentos suspeitos, considerados atentatórios à segurança de todos. 
**** Os observadores externos se posicionam do lado de fora das salas de aula, são responsáveis por identificar eventuais 
dispensas de objetos pelas janelas. 
 
 Recursos materiais 
- Detectores de metais 
 
Importante! 
O efetivo deve ser aumentado de acordo com a avaliação do Comandante da Operação, diante da 
proporcionalidade do número de estudantes, periculosidade do local e o objetivo específico da 
operação, entre outros aspectos. 
 
Quais os procedimentos policiais e da direção antes da Operação Varredura?20 
Do policial Da direção da escola 
 Informar a direção sobre data, horário e os 
objetivos da operação; 
 Solicitar que o diretor ou o representante legal da 
escola assine o Termo de Aquiescência, sem o 
qual não poderá haver a operação; 
 Orientar a direção sobre o procedimento correto, 
no caso de ser encontrada alguma criança ou 
adolescente de posse de objetos e/ou 
substâncias ilegais, com o intuito de se evitar 
situações de constrangimento atentatórias à 
dignidade dos educandos; 
 Traçar um itinerário prévio do caminho que será 
utilizado até a escola, a fim de garantir que o 
sigilo da chegada do efetivo seja um elemento 
surpresa, necessário ao sucesso da operação; 
 O Comandante da Operação deverá designar os 
observadores externos. 
 Informar previamente aos professores os 
objetivos da operação e a conduta esperada deles 
antes, durante e depois de cada revista, além de 
tentar identificar e sanar possíveis resistências por 
parte de alguns destes profissionais à realização 
da operação; 
 Manter os educandos dentro de sala de aula não 
permitindo que circulem nos corredores, 
havendo consentimento somente após o término 
de toda operação ou nos casos de absoluta 
necessidade desde que devidamente 
acompanhados; 
 Designar integrante da direção para acompanhar 
a revista, cabendo a este o primeiro contato com 
os alunos acerca da operação a ser realizada. 
 
 
 
Quais os procedimentos adotados durante a Operação Varredura? 
 
 Utilizar o princípio da celeridade, para que se interfira o mínimo possível na rotina das aulas, porém 
não quer dizer que por ser uma operação “rápida” que se deixará de atentar para alguns dos 
princípios da abordagem: Unidade de Comando, Segurança e Ação Enérgica; 
 O representante da direção, acompanhado pelo orador, realizará o primeiro contato com os alunos, 
abordando o assunto de maneira serena e natural, demonstrando a necessidade da operação para 
a segurança da comunidade escolar e a importância da cooperação voluntária de todos durante a 
revista; 
 O Orador se apresentará e exporá os objetivos da operação de maneira cordial e educada; 
 Durante as apresentações do representante da direção e do orador, os demais integrantes da 
fração deverão aguardar do lado de fora da sala de aula, fora do campo de visão dos educandos, 
objetivando evitar a dispersão da atenção, mantendo sempre a postura e a compostura, 
aguardando serem convocados pelo orador; 
 
Ao serem convocados para a revista, os policiais deverão entrar na sala tomando as seguintes posições 
e adotando as seguintes condutas: 
 
 21 
- O OBSERVADOR se encaminhará para o fundo da sala adotando postura serena, mas atenta a todo 
desenrolar da revista, identificando possíveis ocultações ou dispensas de objetos. Deve atuar como elemento 
de segurança, buscando identificar comportamentos suspeitos, considerados atentatórios à segurança de todos; 
- O ORADOR permanecerá de frente para os alunos representando a figura de referência para todos, 
sendo o responsável pela verbalização quando necessária, também exercendo o papel de observador e de 
segurança, de acordo com a conveniência do momento e durante toda a operação; 
- OS VERIFICADORES trabalharão por colunas, iniciando a revista sempre com educação e simpatia, 
lançando mão de expressões tais como: - “Bom Dia”, “Boa Tarde” ou “Boa Noite”, respondendo de maneira 
objetiva e educada, somente ao que lhe for perguntado, de acordo com a conveniência. 
 
Importante! 
O representante da direção deverá acompanhar as revistas enquanto elas durarem. 
 
Veja o Esquema da Operação Varredura 
 
 
 
3.2.2 Operação Escola Livre 
 O que é? 
É a realização de revista em educandos no horário de ENTRADA DAS ESCOLAS, utilizando detectores 
de metais e verificação visual em seus pertences. 
 
 
 
 22 
Como é composta a Operação Escola Livre? 
 
 Recursos humanos 
A fração mínima é de 8 (oito) policiais para cada grupo de 40 (quarenta) alunos, sendo 3 (três) policiais 
femininas. 
 Recursos materiais 
 - 1 (uma) viatura; 
 - 2 (duas) motocicletas. Caso não haja, pode ser realizada apenas com as viaturas; 
 - 1 (um) micro-ônibus para transporte do efetivo empregado 
 - 1 (um) veículo descaracterizado (para policiamento velado, quando necessário). 
 
Quais os procedimentos policiais e da direção antes da Operação Escola Livre? 
 
Antes da Operação Escola Livre, o policial deve: 
 Informar a direção sobre os objetivos da operação; 
 Observar o princípio da antecipação, estando presente no local no mínimo 30 (trinta) minutos antes 
da entrada dos alunos; 
 Posicionar as viaturas estrategicamente de maneira a minimizar o impacto visual para que não haja 
exposição do estabelecimento de ensino, preservando sua mobilidade no caso de intervenções 
rápidas; 
 Posicionar o policiamento velado a pé de modo a detectar possíveis ocultações de objetos, de 
armas de fogo e substâncias entorpecentes, bem como, identificar seus autores, antecipando a 
qualquer comportamento que coloque em risco a segurança de todos; 
 A escolha do local da operação deverá ser baseada na acessibilidade, evitando-se a interferência 
do público externo, atentando-se também às condições climáticas do momento. 
 
Antes da Operação Escola Livre, a direção da escola deve: 
 Designar o integrante da direção para acompanhar a revista; 
 Dar ciência sobre a operação a ser realizada somente àquelas pessoas estritamente necessárias a 
fim de assegurar o sigilo da operação. 
 
Quais os procedimentos adotados durante a Operação Escola Livre? 
O policial deve realizar a revista pessoal nos educandos, preferencialmente, com o detector de metais, 
procedendo à busca pessoal em caso de fundada suspeita. Conferir seus pertences por meio da verificação 
visual. 
 
 
 
 23 
3.2.3. Operação Bloqueio Escolar 
 
 O que é? 
É a operação realizada em SITUAÇÕES CRÍTICAS, ou seja, quando está sendo constante o cometimento 
de ilícitos na escola ou dentro do Perímetro de Segurança Escolar. 
Perímetro de Segurança 
 
O Distrito Federal definiu o perímetro de segurança no Decreto Distrital n° 12.387 de 22 de maio de 
1990*. 
Posteriormente, o Decreto Distrital n° 29.446, de 28 de agosto de 2008, alterou esta definição para: 
Art. 1°. Fica estabelecido o Perímetro de Segurança Escolar, assim entendido a área contígua aos 
estabelecimentos de ensino da rede pública e particular. 
§ 1º Onde não houver regra oficial estabelecida, o perímetro de segurança escolar abrangerá uma faixa 
de 100 (cem) metros de extensão a partir dos portões de acesso de estudantes da área em que se situar o 
estabelecimento de ensino. 
§ 2º Dentro do referido perímetro fica proibida a instalação de vendedores ambulantes e 
estabelecimentos que comercializem bebidas alcoólicas, cigarros e quaisquer tipos de jogos, em especial os 
jogos eletrônicos. 
§ 3º Excetuam-se deste artigo os mercados que não tenham consumação no local e os restaurantes. 
Em São Paulo, o Decreto Estadual n° 28.643, de 3 de agosto de 1988, define assim o perímetro de 
segurança: 
Art. 1º - Fica estabelecido o perímetro escolar de segurança, assim entendido a área contígua** aos 
estabelecimentos de ensino da rede pública estadual. 
* Este decreto instituiu o Programa de Segurança Escolar no DF 
**Muito próxima, adjacente; junto. 
 
Investigando a realidade 
 
Levante em seu Estado (ou município) se há legislação semelhante ao Decreto Distrital n° 29.446, de 28 
de agosto de 2008. 
 
Essa operação consiste em uma busca geral em locais de concentração de pessoas no Perímetro de 
SegurançaEscolar, como bares, quiosques, lanchonetes, e ainda em veículos suspeitos. 
São instalados pontos de bloqueio nos acessos à área da escola para as abordagens. A busca pessoal 
será realizada em pessoas com fundadas suspeitas. 
 
Importante! 
Dentro da área do Perímetro Escolar de Segurança, o poder público deve disciplinar a instalação de 
vendedores ambulantes e de estabelecimentos, regulares ou informais, que comercializem bebidas 
 
 24 
alcoólicas, cigarros, fogos de artifício, combustíveis, medicamentos, animais e quaisquer tipos de 
jogos, em especial os jogos eletrônicos. 
 
Como é composta a Operação Bloqueio Escolar? 
 Recursos humanos 
 10 (dez) Policiais Militares, onde cada viatura empregada terá 4 (quatro) policiais militares e uma 
dupla de motociclistas. 
 
 Recursos materiais 
 - 2 (duas) Viaturas 
 - 2 (duas) Motocicletas. 
 
Importante! 
Esse efetivo poderá ser aumentado diante de algumas variáveis, tais como: proporcionalidade ao 
número de pessoas; estabelecimentos a serem vistoriados; periculosidade do local e objetivos 
específicos da operação. 
 
Quais os procedimentos policiais e da direção antes da Operação Bloqueio Escolar? Veja: 
Dos policiais Da direção 
A Polícia Militar deverá adotar o 
Princípio da Surpresa, executando as 
abordagens simultaneamente com a 
ocupação do terreno. Quanto mais 
articulada e treinada for a tropa, maior a 
chance de sucesso nesse tipo de operação. 
Antes da Operação Bloqueio 
Escolar, a direção da escola deve seguir as 
orientações do Comandante da Operação. 
 
 
 
Quais os procedimentos policiais para a Operação Bloqueio Escolar? 
 
Abordagens em pessoas 
 
 Os policiais militares durante as abordagens no perímetro de segurança escolar só deverão fazer a 
busca pessoal, quando tiverem fundadas suspeitas sobre a pessoa que vai sofrer a busca; 
 Antes de proceder à revista pessoal, informar ao cidadão e as pessoas presentes que se trata de 
uma operação da Polícia Militar; 
 Os policiais devem efetuar as abordagens sempre com educação e polidez, porém nunca deixar de 
observar o princípio da segurança. 
 
 25 
Abordagens em bares 
 As abordagens nos bares deverão ser feitas com o máximo de cautela e segurança para a equipe; 
 O policial NUNCA deverá fazer a abordagem sozinho. As abordagens normalmente são a comando 
ou em situação de emergência; 
 Ao entrar no estabelecimento, o Comandante da equipe informará que se trata de uma operação 
do Policiamento Escolar e pedirá a colaboração de todos; 
 O policial militar não deverá entrar sem autorização do proprietário nas dependências internas do 
balcão do estabelecimento, salvo em caso de flagrante delito. 
 
Abordagens em veículos suspeitos 
 Durante as abordagens a veículos suspeitos, os policiais deverão empregar o princípio da 
segurança, rapidez e ação enérgica; 
 Durante a revista ao veículo, o policial solicitará ao proprietário que o acompanhe; 
 Depois de ter feito a busca pessoal nos ocupantes do veículo, deverá ser feita a verificação dos 
documentos de porte obrigatório. 
 
Abordagens nos pontos de bloqueio próximos às escolas 
 Nos pontos de bloqueio deverá ser feita a colocação de cones e sinalização, de forma que os 
veículos entrem na área de abordagem de maneira correta; 
 As motocicletas da polícia deverão ser estacionadas de forma a possibilitar uma saída de 
emergência, nos casos de evasão de abordagem; 
 É de fundamental importância que o policial tome todos os procedimentos de segurança, não 
esquecendo que as abordagens estão sendo feitas próximas aos estabelecimentos de ensino, e 
que poderão ter alunos nas imediações das escolas. 
 
3.2.4 Operação Blitz Escolar 
É a realização simultânea das Operações Varredura, Escola Livre e Bloqueio Escolar. Nessa operação 
ocorrem buscas, revistas e abordagens, tanto no interior da escola quanto em seu exterior, abrangendo todo o 
Perímetro de Segurança Escolar e suas adjacências (ruas de acesso à escola, estabelecimento comerciais, entre 
outros). 
Esse tipo de operação é realizado quando se verifica que em uma determinada escola ou em suas 
mediações há alto índice de ocorrências, envolvendo os educandos e/ou a comunidade escolar. Seu objetivo 
principal é restabelecer a sensação de paz e ordem pública naquela localidade, promovendo com isso a: 
 
CIDADANIA E A CULTURA DE PAZ NO AMBIENTE ESCOLAR 
 
 
 
 
 
 26 
3.2.5. Operação Volta às Aulas 
 O que é? 
É operação realizada no retorno das férias e dos recessos escolares. Consiste na recepção aos alunos e 
orientação de toda comunidade escolar na prevenção de crimes, contravenções e atos infracionais, por meio da 
adoção de medidas que tenham como objetivo melhorar a convivência no espaço público ao redor das escolas. 
Promove o respeito à cidadania, estimulando a Cultura da Paz no ambiente escolar, por meio da 
distribuição de informativos orientadores para pais, alunos e professores, sobre ações a serem adotadas para a 
melhoria da convivência no uso do espaço compartilhado por toda a comunidade escolar. 
Orienta condutores de Vans e Ônibus Escolares a verificarem possíveis irregularidades de seus veículos. 
 
Como é composta a Operação Volta às Aulas? 
 
 Recursos humanos 
 Sugere-se 6 (seis) policiais militares por local previamente selecionado. A operação pode ser 
realizada em vários estabelecimentos escolares. Esses locais são escolhidos com base em critérios 
estabelecidos previamente. Com a seguinte composição: 
 1 (um) policial será o selecionador dos veículos a serem abordados; 
 2 (dois) policiais atuarão como verificadores. Abordarão e verificarão os veículos selecionados, 
posicionando-se sempre do lado do motorista e um pouco a sua retaguarda; 
 1 (um) policial fará a segurança dos demais; 
 De acordo com o grau de periculosidade do local, 1 (um) policial poderá ser o terceiro verificador 
ou segurança dos verificadores; 
 1 (um) policial poderá ser o comandante e ficará em local que permita a visualização de todos os 
procedimentos adotados pelos policiais. 
 
Importante! 
Esse efetivo poderá ser aumentado diante de algumas variantes, tais como: proporcionalidade dos 
veículos a serem abordados ou pessoas a serem orientadas; periculosidade do local e objetivos 
específicos da operação. 
 
 Recursos materiais 
 2 (duas) Viaturas; 
 2 (duas) Motocicletas; 
 Material Informativo. 
 
 
 
 
 27 
Quais os procedimentos policiais antes da operação Volta às Aulas? 
 
Antes da Operação Volta às Aulas, a Polícia deve: 
 Definir o local e recursos a serem utilizados na operação; 
 Verificar a quantidade de policiais que atendam a necessidade da Operação; 
 Chegar ao local da operação com no mínimo 30 (trinta) minutos de antecedência; 
 Efetuar a montagem da barreira policial, utilizando-se cones na via ou área destinada ao 
estacionamento, de tal forma que seja possível uma abordagem segura sem ocasionar a 
interrupção do fluxo de veículos. 
 
Quais os procedimentos policiais durante a Operação Volta às Aulas? 
 
Durante da Operação Volta às Aulas, o policial deve: 
 Cumprimentar o condutor abordado; 
 Informar que se trata de uma operação educativa, que visa orientar a comunidade escolar; 
 Entregar os informativos que disponibilizam tais orientações; 
 Liberar imediatamente o condutor caso não haja a constatação de irregularidade; 
 Caso os veículos escolares abordados apresentarem alguma irregularidade, deverão ser adotados 
os procedimentos previstos no Policiamento Escolar Aplicado ao Trânsito. 
 
Observação! 
Todas as operações realizadas pelo Batalhão Escolardo Distrito Federal são fundamentadas em parecer 
do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios. O MPDFT editou a Cartilha intitulada Segurança na 
Escola. Na página 11 da Cartilha há referências de quais as operações podem ocorrer nas escolas. 
 
3.2.6. Operação Escola Polo. 
 O que é? 
 
É uma operação que otimiza as demais existentes, consistindo na seleção de estabelecimentos de 
ensino com histórico de violência escolar que exigem ações específicas por parte da Polícia. Esse 
estabelecimento funciona como base fixa, irradiando policiamento para outras escolas preestabelecidas. 
 
 
 
 28 
 
Como é composta a Operação Escola Polo? 
 
 
 
 Recursos humanos 
 Sugere-se 1 (gestor/a) Subtenente ou 1º Sargento e 12 (doze) policiais militares por Polo de 
Policiamento. Esses Recursos Humanos devem ter recebido treinamento específico nas seguintes 
áreas, entre outras: 
 Filosofia de Polícia Comunitária; 
 Gestão de Liderança; 
 Comunicação não violenta. 
 Para fins de policiamento, cada Polo deverá possuir no mínimo duas policiais. 
 
 Recursos materiais por polo 
 Uma Viatura tipo Van que serve como base móvel a ser empregada nas escolas onde se registram 
maiores quantidades de ocorrências; 
 2 (duas) Viaturas para patrulhamento; 
 2 (duas) Motocicletas; 
 Material Informativo. 
 
Quais os procedimentos policiais e da direção de ensino antes da Operação Escola Polo? 
 
Antes da Operação Escola Polo... 
 
A Secretaria de Educação/Regional de Ensino das Escolas em conjunto com o Batalhão definirão: 
 
 
 
 29 
- As escolas que funcionarão como Polo; 
- Local em cada Escola que servirá como base fixa para abrigar os policiais, com condições de apoiar 
todas as ações a serem desenvolvidas no Polo; 
- O número de Escolas que o “Polo” será responsável. Esse número deverá ser proporcional à sua 
capacidade operacional e à distância geográfica entre as escolas; 
- Outras que poderão surgir no desenrolar da Operação. 
 
Quais os procedimentos da polícia (Gestor e sua equipe) antes da Operação Polo? 
 
Antes da Operação Polo a polícia deve: 
 - Estimar prazo para a duração da Operação. Esta possui, em tese, duração perene. Porém, as ações 
desenvolvidas nas escolas pertencentes ao “Polo” serão de acordo com as necessidades levantadas. 
Os processos de policiamento e as operações do PCE poderão variar. 
 - Planejar quais ações serão desenvolvidas durante a Operação; 
 
Durante a Operação Polo os policiais devem: 
 Cada “Escola Polo” possuirá uma base móvel (situação desejável), que será empregada no 
perímetro escolar que requeira ações operacionais mais específicas (ocorrências diversas e eventos 
que atraiam número considerável de pessoas); 
 Essa base móvel, que será guarnecida por até 4 policiais, possuirá todo material necessário à 
execução das atividades de apoio à Operação Polo (computadores, terminal embarcado, rádios 
transmissores, telefones, etc.); 
 Durante da Operação Polo, o policial deve realizar (quando necessário): 
o Contato diário com os respectivos Diretores/as; 
o Operação “Escola Livre”; 
o Operação “Varredura”; 
o Operação “Blitz Escolar”; 
o Operação “Volta às aulas”; 
o Operação “Bloqueio Escolar”; 
o Intensificação nas rondas; 
o Palestras (Drogas, Bullying, Vários tipos de Violências, etc.); 
o Entregar os informativos que disponibilizam orientações. 
 
Organograma da Operação Polo 
 
Veja, a seguir, o organograma de um Batalhão Escolar do Distrito Federal para Operação Polo. 
 
Nota 
Este organograma poderá ser diferente em outras Unidades Federativas, com a implantação da “Escola 
Polo” por fase. 
 
 30 
 
 
Legenda: 
P1.0 = Polo da Primeira Companhia na fase zero (fase de experimentação e reconhecimento); 
P2.3 = Polo da segunda Companhia na fase 3. 
 
 
Aula 3 – O Policiamento Escolar Aplicado ao Trânsito 
 
Geralmente nas imediações das escolas acontecem as ocorrências de trânsito que requerem a 
intervenção do policial. O Policiamento Ostensivo de Trânsito - POT, nas proximidades das escolas visa à 
proteção da integridade física da comunidade escolar, a fluidez do trânsito e a garantia ampla do cumprimento 
das normas de trânsito previstas no Código de Trânsito Brasileiro - CTB. 
 
Trânsito 
Considera-se trânsito a utilização das vias por pessoas, veículos e animais, isolados ou em grupos, 
conduzidos ou não para fins de circulação, parada, estacionamento e operação de carga ou descarga (Parágrafo 
1º do art. 1º da Lei nº 9.503, de 23-9-97. Código de Transito Brasileiro – CTB). 
 31 
 
4.1. Ações do Policiamento Escolar na Faixa de Pedestres 
 Policiamento Escolar na faixa de pedestre ocorre quando o policial opera diretamente na faixa de 
trânsito, organizando a travessia dos alunos e demais pedestres. É importante que durante essa 
fiscalização, o policial não confunda os condutores nem os pedestres; 
 O policial (ou guarda municipal, onde esta competência lhe couber) deverá orientar alunos e 
pedestres que, ao atravessarem a faixa, deverão sinalizar com gestos (sinal da vida) aos condutores 
de veículos, da sua intenção em atravessar; 
 Em se tratando de crianças ou qualquer pessoa deficiente, o policial auxiliará de forma presente e 
educativa. Utilizará os gestos e os silvos do apito do agente de trânsito previstos no CTB em 
consonância. 
 
4.2. Ações do Policiamento Escolar na Entrada/Saída da Escola 
O policial (ou guarda municipal, onde esta competência lhe couber) nos horários de grandes fluxos de 
veículos deverá zelar pela fluidez e segurança do trânsito nas proximidades das escolas, de forma a não 
prejudicar a entrada e saída dos alunos. Para que essa fluidez ocorra, faz-se necessário que o policial tenha uma 
ampla visão de toda proximidade escolar, onde, se imperativo for, deverá usar cones para que os veículos que 
fazem o transporte de alunos possam efetuar de forma correta a parada para embarque e desembarque dos 
educandos. 
 
De acordo com o CTB, tem-se que: 
- PARADA é a imobilização do veículo com a finalidade e pelo tempo estritamente necessário para 
efetuar embarque ou desembarque de passageiros. Devendo o policial dentro das formalidades de educação 
para o trânsito, orientar os condutores de vans e pais de alunos quanto às sanções previstas no CTB. 
- ESTACIONAMENTO é a imobilização de veículos por tempo superior ao necessário para embarque 
ou desembarque de passageiros. 
 
4.3. Infrações de trânsito cometidas no perímetro escolar 
As principais infrações de trânsito cometidas no perímetro escolar são: 
 Avanço de faixa de pedestre; 
 Estacionamento irregular; 
 Excesso de velocidade; 
 O não uso do cinto de segurança; 
 Condutor ao volante falando ao celular; 
 Condutor de van escolar sem autorização; 
 Pais de alunos sem os documentos de porte obrigatório. 
 
4.4. O Policiamento Escolar na Fiscalização do Transporte Escolar 
Consiste na abordagem e fiscalização em ônibus e vans escolares na via pública que dá acesso à escola. 
 
 32 
Durante a fiscalização de transportes escolares, o policial deve observar os itens estabelecidos na 
legislação de trânsito. 
 
Finalizando... 
Neste módulo, você estudou que... 
 
 Policiamento comunitário escolar é o processo de policiamento que trabalha em parceria 
preventiva com a comunidade escolar para identificar, priorizar e resolver os problemas existentes. 
 No contexto de polícia preventiva, é de suma importância a adoção de posturas assertivas do 
policial do PCE nos seguintes âmbitos de atuação: relações entre a Polícia e Escola; 
Operações/Abordagens realizadas nas escolas;e Policiamento aplicado ao trânsito no ambiente 
escolar. 
 No PCE são utilizados os seguintes processos: a pé; em bicicletas; em motocicletas; em viaturas e 
montado (a cavalo). 
 As operações consistem em ações de segurança, de cunho preventivo/repressivo, realizadas pela 
Polícia Militar visando inibir o risco de ilícitos no ambiente escolar e promover apreensões de armas 
e substâncias entorpecentes, entre outros produtos ilícitos. 
 São utilizadas as seguintes operações no PCE: Operação Varredura; Operação Escola Livre; 
Operação Bloqueio Escolar; Operação Blitz Escolar; Operação Volta às Aulas e Operação Escola 
Polo. 
 O Policiamento Ostensivo de Trânsito - POT, nas proximidades das escolas, visa à proteção da 
integridade física da comunidade escolar, a fluidez do trânsito e a garantia ampla do cumprimento 
das normas de trânsito previstas no Código de Trânsito Brasileiro 
 CTB. 
 
Exercícios 
 
1. De acordo com o que é necessário para um policiamento escolar eficiente, marque as sentenças 
verdadeiras: 
a. O policial deve conhecer bem a localização e particularidades da escola, a fim de identificar possíveis 
pontos geradores de ocorrências. 
b. O policial deve ser um mediador de conflitos no ambiente escolar. 
c. O policial necessita dominar outros idiomas, principalmente o inglês e o espanhol. 
d. O policial deve ser um fiscal de venda de bebida alcoólica nos bares próximos da escola. 
e. O policial deve gerenciar a travessia dos educandos na faixa de pedestres. 
 
 
 
 33 
2. Concernente ao policiamento comunitário escolar, marque a resposta correta: 
a. O objetivo do policiamento comunitário escolar é prevenir a violência e a prática do ato infracional, 
que possa ser cometido por crianças e/ou adolescentes. 
b. A comunidade escolar deve ser estimulada a colaborar com o policial militar que em contrapartida 
não terá que dar crédito às informações recebidas, mas deverá filtrá-la sempre. 
c. O policiamento escolar efetivo tem como missão a segurança do prédio da escola. 
d. A comunidade escolar é formada apenas pelos professores, servidores, alunos e pais de alunos. 
 
3. Marque a resposta correta. Durante o Policiamento comunitário escolar o Policial deve: 
a. Manter relacionamento indiferente com direção, professores, servidores, alunos e comunidade no 
perímetro escolar. 
b. Procurar saber dos professores quais os alunos que podem trazer problemas a fim de isolá-los dos 
demais. 
c. Agir com respeito aos direitos humanos com ênfase na prevenção e articulação com a comunidade. 
d. Realizar a abordagem sozinho. 
 
4. Considerando os processos empregados no PCE, numere a segunda coluna de acordo com a 
primeira: 
(1) A pé 
(2) Em bicicleta 
(3) Em Motocicleta 
(4) Montado 
(5) Em Viatura 
 
( ) Processo de policiamento mais usado no Batalhão de Policiamento Escolar. É empregado nas 
escolas onde há grande fluxo de alunos, maior risco de ocorrências ou em eventos onde educandos 
estejam envolvidos; 
( ) Realiza levantamento de risco e da necessidade de policiamento nas escolas. Atua nas escolas de 
risco. 
( ) A posição de comandamento, que dá ao policial uma visão privilegiada, torna esse processo eficaz 
e eficiente em locais com grande fluxo de pessoas e veículos. 
( ) É elemento de apoio rápido ao PCE a pé; empregado principalmente em setores onde se encontram 
um grande número de estabelecimento Escolar; 
( ) Segue as mesmas regras do policiamento a pé, sendo que cobre uma maior quantidade de escolas, 
devido à sua mobilidade; 
 
 
 
 
 
 34 
5. Analise as afirmações abaixo e, em seguida, marque as alternativas falsas. 
a. As operações consistem em ações de segurança, de cunho preventivo/repressivo, realizadas pela 
Polícia Militar visando inibir o risco de ilícitos no ambiente escolar e promover apreensões de armas e 
substâncias entorpecentes, entre outros produtos ilícitos. 
b. Todas as operações devem estar amparadas por um Termo de Aquiescência, documento no qual o 
Comandante da Operação e o Diretor ou Representante Legal da escola autorizam o prosseguimento da 
operação. Sem essa autorização, a operação não poderá continuar. 
c. Na operação varredura, a fração mínima é de 8 (oito) policias para cada grupo de 40 (quarenta) 
educandos, sendo que o efetivo deverá possuir no mínimo 2 (duas) policiais femininas. 
d. A operação bloqueio escolar é realizada em SITUAÇÕES CRÍTICAS, quando está sendo constante o 
cometimento de ilícitos na escola ou fora do Perímetro de Segurança Escolar. 
 
6. Julgue as afirmações e depois responda: 
I. Os policiais militares durante as abordagens no Perímetro de Segurança Escolar só deverão fazer a 
busca pessoal, quando tiverem fundadas suspeitas sobre a pessoa que vai sofrer a busca. 
II. Os policiais devem efetuar as abordagens sempre com educação e polidez, porém nunca deixar de 
observar o princípio da segurança. 
III. O policial militar não deverá entrar sem autorização do proprietário nas dependências internas do 
balcão do estabelecimento, salvo em caso de flagrante delito. 
IV. Durante as abordagens a veículos suspeitos, os policiais deverão empregar o princípio da segurança, 
rapidez e ação enérgica. 
V. A operação blitz escolar é o somatório das Operações Escola Livre, Varredura e Bloqueio Escolar, 
realizadas simultaneamente. 
 
a. Estão corretas as questões II e III e IV somente 
b. Estão corretas as questões I, III e V, somente 
c. Estão corretas as questões III e IV, somente 
d. Todas as questões estão corretas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 35 
Gabarito 
1. Resposta correta: Alternativas A, B e E. 
2. Resposta correta: Alternativa A 
3. Resposta correta: Alternativa C 
4. Resposta correta: 1-5-4-3-2 
5. Resposta correta: Alternativas B, C e D 
6. Resposta Correta: Alternativa D 
 
 
 
 36 
 
 
 
 
Apresentação do Módulo 
Olá, desejamos as boas-vindas a você, neste terceiro módulo do curso. Nele você conhecerá a 
composição e as competências dos diversos órgãos do sistema de segurança escolar. 
O módulo foi estruturado para possibilitar que você seja capaz tanto de identificar o papel de 
cada órgão componente da rede de proteção escolar com suas características e peculiaridades, como 
também saber a quem e como encaminhar as ocorrências que possam acontecer no ambiente escolar. 
 
Objetivos do módulo 
 Ao final deste módulo, você deverá ser capaz de: 
 
 Listar a composição e as competências dos diversos órgãos que compõe o sistema de segurança 
escolar; 
 Identificar o papel de cada órgão componente da rede de proteção escolar; 
 Saber a quem e como encaminhar as ocorrências que possam sobrevir ao ambiente escolar; 
 Ser um profissional de segurança pública consciente das ações corretas que devem ser adotadas 
nos casos de ocorrência no ambiente escolar. 
 
Estrutura do módulo 
 Este módulo está organizado da seguinte forma: 
 
 Aula 1 - A Polícia Militar 
 Aula 2 - Bombeiro Militar 
 Aula 3 - Guarda Municipal 
 Aula 4 - Vara da Infância e da Juventude – VIJ 
 Aula 5 - Ministério Público 
 Aula 6 - Polícia Civil 
 Aula 7 - Conselho Tutelar 
 Aula 8 - Conselhos de Segurança Escolar 
 
 
 
MÓDULO 
3 
COMPOSIÇÃO E COMPETÊNCIAS DOS ÓRGÃOS 
DO SISTEMA DE SEGURANÇA ESCOLAR 
 37 
Aula 1 – A Polícia Militar 
 
Estabelece o parágrafo 5º do artigo 144 da CF/88 que às Polícias Militares cabem a polícia ostensiva 
e a preservação da ordem pública. 
Não se pode desconsiderar o fato de as Polícias Militares terem missão dupla: 
1. uma de interesse da segurança dos cidadãos nos seus respectivos Estados; 
2. e outra de interesseda União, dado que não pode ser ignorado quando da análise do sistema policial 
estadual. (Silva, 2008 ). 
 
As Polícias Militares e os Corpos de Bombeiros Militares são forças auxiliares e reserva do Exército, 
e juntamente com as Polícias Civis, por imperativo constitucional, artigo 144, § 6º, subordinam-se aos 
governadores dos Estados e do Distrito Federal - DF. 
No DF, esses três órgãos da segurança pública são organizados e mantidos pela União, artigo 21, XIV 
da CF/88. Nos demais entes da federação tal tarefa compete aos respectivos Estados. 
O Policiamento Comunitário Escolar, portanto, insere-se no conjunto de ações realizadas pela Polícia 
Militar com o fim de cumprir sua competência constitucional. 
No tocante à preservação da ordem pública, às Polícias militares não só cabe o exercício da polícia 
ostensiva, mas também a competência residual de exercício de toda a atividade policial de segurança 
pública não atribuída aos demais órgãos. 
Com relação ao tema, assim se posiciona Lazzarini (1999, p.61): 
 
Competência Residual – no caso de falência operacional dos demais órgãos 
policiais, a exemplo de suas greves e outras causas, que os tornem inoperantes ou 
ainda incapazes de dar conta de suas atribuições, caberá à Polícia Militar agir. 
 
Nessa ótica, caberá aos policiais do policiamento comunitário escolar realizar as missões, no âmbito 
do perímetro escolar, dos demais órgãos policiais, caso ocorram situações que os tornem incapazes de dar 
conta de suas atribuições. 
Você já estudou no módulo 2 que o policiamento comunitário escolar é o processo de policiamento 
que trabalha em cooperação preventiva com a comunidade escolar para identificar, priorizar e resolver os 
problemas existentes. Essa parceria busca melhorar a qualidade de vida da comunidade escolar, 
proporcionando a integração dos educadores, educandos, policiais militares e demais profissionais, com o 
intuito de melhorar a segurança e a educação desenvolvida nas escolas. 
O objetivo do policiamento comunitário escolar é prevenir a violência escolar e a prática do ato 
infracional, que possa ser cometido por crianças e/ou adolescentes. 
 A comunidade escolar deve ser estimulada a colaborar com o policial militar, em contrapartida, este 
tem que dar crédito às informações recebidas. 
 
 38 
No Distrito Federal, o mister do policiamento comunitário escolar coube, por determinação legal, ao 
Batalhão Escolar da PMDF, que surgiu da necessidade de se oferecer maior tranquilidade e segurança à 
Comunidade Escolar. 
A ideia de um policiamento exclusivo para as escolas surgiu de uma reunião com membros da 
Fundação Educacional do Distrito Federal, atual Secretaria de Educação do DF, em setembro de 1988. Já nesse 
período a PMDF começou a formar Policiais Militares voltados para esse fim, objetivando a implantação do 
Policiamento Escolar. Em novembro do mesmo ano por meio do Decreto nº 11.958 foi criado o Batalhão 
Escolar. 
 
Investigando a realidade 
No seu estado há um batalhão escolar? 
A quem cabe a tarefa da segurança da comunidade escolar? 
 
 
Aula 2 – Bombeiro Militar 
 
2.1. Bombeiro Militar e a orientação à prevenção e ao combate a incêndio 
nas escolas 
A atividade-fim dos Corpos de Bombeiros é a de prevenção e combate a 
incêndios, busca e salvamento e defesa civil, prevista no art. 144, § 5º, da CF/88. Diz 
respeito à tranquilidade pública e à salubridade pública, ambas integrantes do conceito 
da ordem pública. 
Você estudará a seguir os trabalhos desenvolvidos pelo Corpo de Bombeiros na orientação à prevenção 
e ao combate a incêndio nas escolas. 
O trabalho de prevenção contra incêndio é o melhor caminho para promover uma edificação segura. 
O controle da quantidade de material combustível armazenado, tais como papéis, materiais de madeira e 
objetos inflamáveis guardados em almoxarifados e depósitos, é de suma importância. Atenção especial deve ser 
concedida às fontes de calor e ao manuseio de gás GLP na cozinha (www.fde.sp.gov.br). 
 
2.2. Medidas de Proteção Passiva 
 
As Medidas de Proteção Passiva são aquelas incorporadas, desde a etapa de projeto, ao sistema 
construtivo que reagem ao desenvolvimento do incêndio, de modo a não contribuírem com o seu crescimento 
e propagação. Desse modo, facilitam tanto a fuga dos usuários do edifício quanto permitem o ingresso de 
pessoal treinado para as operações de combate e resgate. 
 
 
 
 39 
2.3. Medidas de Proteção ativa 
Medidas de Proteção Ativa são aquelas que entram em ação quando acionadas automaticamente e/ou 
manualmente. A essas estão vinculadas as provisões dos seguintes equipamentos e sistemas: 
a. Equipamentos portáteis (extintores); 
b. Sistema de hidrantes e mangotinhos; 
c. Sistema de detecção e alarme; 
d. Sistema de iluminação de emergência; 
e. Sinalização de emergência. 
 
 
 
Importante! 
Diante de quaisquer indícios de incêndio, as medidas preventivas devem ser adotadas e o Corpo de 
Bombeiros deve ser acionado imediatamente, por meio do telefone 193. 
 
Aula 3 – Guardas Municipais 
 
O § 8º da CF/88 estabelece que os Municípios poderão constituir guardas municipais destinadas à 
proteção de seus bens, serviços e instalações, conforme dispuser a lei. 
Embora esse preceito não confira às Guardas Municipais atribuições policiais, elas poderão constituir 
importante instrumento de integração comunitária, pois estão voltadas à garantia de interesses especificamente 
municipais. Insere-se nesse mister a proteção dos prédios das escolas municipais que sofrem com atos de 
vandalismo (CEPAM, 1990) que favorecem a violência, como já estudado no texto “janelas quebradas” no módulo 
1. 
Ao escrever O Município na Constituição de 1988, (SILVA, 1990, p.11) reafirma que: 
 
 
 40 
Enfim, os municípios poderão constituir guardas municipais destinadas à proteção 
de seus bens, serviços e instalações, conforme dispuser em lei. É mera faculdade. 
Não serão obrigados a criar e manter tais guardas (...). Não é, portanto, polícia de 
segurança pública, mas guarda de bens, serviços e instalações municipais”. 
 
Importante! 
Vale ressaltar que há Propostas de Emenda à Constituição que pretendem alterar o § 8º do artigo 144 
da CF/88 para ampliarem as competências das Guardas Municipais possibilitando que realizem 
policiamento ostensivo mediante convênio firmado com o Estado membro. (PEC 534/2002 e PEC 
537/2006). 
 
Sobre a utilização da guarda municipal, assim se manifesta Lazzarini (1999, p.121) 
 
Vê-se, de plano, que as guardas municipais, sem extrapolar a determinação 
constitucional, podem ser úteis à coletividade, protegendo as escolas, os hospitais, 
prontos-socorros, centros de saúde, parques, creches, centros educacionais, 
mercados, monumentos, prédios públicos em geral, cemitérios, enfim toda a 
infraestrutura municipal que vem sendo atacada diuturnamente por atos de 
vandalismo. (grifo do conteudista) 
 
Importante! 
Registra-se que no dia 8 de agosto de 2014 foi promulgada a Lei Nº 13.022, que dispõe sobre o 
Estatuto Geral das Guardas Municipais, instituindo normas gerais e disciplinando o § 8° do art. 144 da 
Constituição Federal. 
 
O Estatuto* Geral das Guardas trata dos seguintes temas: 
*Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13022.htm 
 dos princípios; 
 das competências; 
 da criação; 
 das exigências para investidura; 
 da capacitação; 
 do controle; 
 das prerrogativas; 
 das vedações; e 
 da representatividade. 
 
As Guardas Municipais não foram transformadas em Órgãos Policiais, mas indubitavelmente tiveram 
suas competências ampliadas. 
 41Aula 4 – Vara da Infância e da Juventude – VIJ 
 
Vara especializada e exclusiva da infância e da juventude, pertencente ao Poder Judiciário, que por 
sua vez deve estabelecer a sua proporcionalidade por número de habitantes, dotá-las de infraestrutura e dispor 
sobre o seu atendimento, inclusive em plantões. (ECA, art.145) 
Cabe ao Juiz da VIJ aplicar ao adolescente as medidas socioeducativas e as restritivas de liberdade 
referentes às representações de apuração de ato infracional; dos pedidos de adoção, das irregularidades em 
entidades de atendimento, das infrações administrativas previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente 
ou dos casos encaminhados pelo Conselho Tutelar. 
Cabe ainda à VIJ a designação de comissários voluntários, conhecimento dos pedidos de guarda e 
tutela, destituição do pátrio poder e questões de adoção, entre outros, inclusive a fiscalização da execução das 
medidas socioeducativas. 
Nas ações de Policiamento Comunitário Escolar, essa Instituição pode auxiliar nas diversas Operações 
realizadas no ambiente escolar, além de atuações específicas nas resoluções de problemas envolvendo alunos. 
 
Aula 5 – Ministério Público 
 
Nossa Carta Magna estabelece que o Ministério Público - MP é instituição permanente, essencial à 
função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos 
interesses sociais e individuais indisponíveis (Art. 127 CF/88). 
 O MP abrange o Ministério Público da União e os Ministérios Públicos dos Estados. 
O MP da União compreende (Art. 128 CF/88): 
 
a) o Ministério Público Federal; 
b) o Ministério Público do Trabalho; 
c) o Ministério Público Militar; 
d) o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios. 
 
O Ministério Público da União tem por chefe o Procurador-Geral da República, que é nomeado pelo 
Presidente da República dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e cinco anos, após a aprovação de seu 
nome pela maioria absoluta dos membros do Senado Federal, para mandato de dois anos, permitida a 
recondução. 
Já os Ministérios Públicos dos Estados e o do Distrito Federal e Territórios têm por chefe o Procurador-
Geral Estadual, que será nomeado pelo Chefe do Poder Executivo para mandato de dois anos, permitida uma 
recondução. Fato interessante é que no DF o chefe do MP estará ligado ao Procurador-Geral e a sua 
nomeação será feita pelo Presidente da República, já que quem organiza e mantém o Poder Judiciário, o 
Ministério Público e a Defensoria Pública no DF é a União. 
 
 42 
Em relação à criança e ao adolescente, a Lei nº 8.069 de 1990 – Estatuto da Criança e do Adolescente, 
em seu artigo 201, estabelece uma série de competências ao Ministério Público. Veja: 
 Promover e acompanhar os procedimentos relativos às infrações atribuídas a adolescentes; 
 Promover o inquérito civil e a ação civil pública para a proteção dos interesses individuais, difusos 
ou coletivos relativos à infância e à adolescência; 
 Instaurar sindicâncias, requisitar diligências investigatórias e determinar a instauração de inquérito 
policial, para apuração de ilícitos ou infrações às normas de proteção à infância e à juventude; 
 Zelar pelo efetivo respeito aos direitos e garantias legais assegurados às crianças e adolescentes, 
promovendo as medidas judiciais e extrajudiciais cabíveis; 
 Inspecionar as entidades públicas e particulares de atendimento e os programas de que trata essa 
Lei, adotando de pronto as medidas administrativas ou judiciais necessárias à remoção de 
irregularidades porventura verificadas; 
 Requisitar força policial, bem como a colaboração dos serviços médicos, hospitalares, educacionais 
e de assistência social, públicos ou privados, para o desempenho de suas atribuições. 
 
O representante do Ministério Público, no exercício de suas funções, terá livre acesso a todo local onde 
se encontre criança ou adolescente. 
 
Importante! 
Em todas as ações envolvendo crianças e adolescentes esse órgão estatal necessita participar de todas 
as fases. 
 
Aula 6 – A Polícia Civil 
 
Estabelece nossa Constituição que às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de carreira, 
incumbem, ressalvada a competência da União, as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais, 
exceto as militares (§ 4º, art. 144, CF/88). 
Os principais órgãos da PC especializados no atendimento à criança e adolescente são a Delegacia da 
Criança e do Adolescente – DCA e a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente – DPCA. Veja, a 
seguir, sobre cada uma delas. 
 
Delegacia da Criança e do Adolescente - DCA 
Tem como objetivo a operacionalização do ECA, no que diz respeito à prioridade de atendimento e 
agilização dos encaminhamentos. Atuará nas atividades de polícia judiciária e de investigação, por meio de 
procedimentos especiais referentes às infrações atribuídas a adolescentes, em ocorrências envolvendo crianças, 
promovendo-lhes o auxílio e o encaminhamento previsto na legislação própria, possibilitando também a efetiva 
 43 
parceria entre os órgãos e entidades ligadas ao atendimento de crianças e adolescentes, para a solução 
adequada dos problemas ocorrentes. 
 
Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente - DPCA: 
Tem a competência para fiscalizar, investigar e instaurar inquérito e procedimentos policiais nos casos 
de infração penal praticada contra crianças e adolescentes. Isso significa que a DPCA é responsável por crimes 
em que as crianças e adolescentes são as vítimas e não autores do delito. 
 
Nas ocorrências envolvendo criança e adolescente, os policiais do Policiamento Comunitário Escolar 
conduzem o caso, quando este requer, para esses órgãos especializados, nos Estados onde eles existam, ou 
órgão similar nos demais Estados. 
 
Aula 7 – Conselho Tutelar – CT 
 
É um órgão público, permanente, não jurisdicional e autônomo, que atua na esfera Distrital/municipal, 
encarregado de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente. Não pode ser dissolvido 
pelo Governador/Prefeito e nem sofrer qualquer interferência em relação ao modo de cumprimento de suas 
atribuições e na oportunidade e conveniência da aplicação de suas medidas de proteção (ECA, art. 131ª 140). 
As competências do CT estão estatuídos nos art. 136 do ECA. O Conselho Tutelar atua em duas frentes 
de ação, igualmente importantes: uma preventiva, fiscalizando entidades, mobilizando sua comunidade ao 
exercício de direitos assegurados a todo cidadão, cobrando as responsabilidades dos devedores do atendimento 
de direitos à criança e ao adolescente e à sua família; e outra repressiva, agindo diante da violação consumada, 
defendendo e garantindo a proteção especial preconizada pelo ECA. Suas atribuições* estão centradas em 
vários artigos do ECA. 
*Acesse na biblioteca do curso o documento: Mod 3_ Atribuições do Conselho Tutelar 
 
Saiba mais 
Saiba mais sobre os Conselhos Tutelares lendo as Perguntas e Respostas* que constam dos Subsídios 
para o Fundo Municipal da Criança e do Adolescente (www.oab.cs.org.br) 
*Disponível em: http://www.sdh.gov.br/assuntos/criancas-e-adolescentes/cadastramento-de-fundos/fundos-2014/duvidas-
frequentes 
 
Importante! 
Em 2015 foi publicado pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República – SDH e pela 
Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente, o Guia de Orientações para 
o Processo de Escolha em data unificada em todo o território nacional dos Membros dos Conselhos* 
Tutelares. 
*Disponível em: http://www.sdh.gov.br/assuntos/bibliotecavirtual/criancas-e-adolescentes/publicacoes-2015/pdfs/guia-de-
orientacoes-processo-de-escolha-em-data-unificadados-membros-dos-conselhos-tutelares/

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