Trabalho de Desenvolvimento Humano I

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Trabalho de Desenvolvimento Humano I
Desenvolvimento físico infantil nas três etapas 
Primeira infância; os três primeiros anos
Diane E. Papalia nos mostra como os bebês vêm ao mundo, e discute modos de proteger sua vida e sua saúde. Mostra também a transformação das crianças de pacatas para ativas e a responsabilidade dos pais e outros em promover o desenvolvimento e crescimento saudável da criança. Ela inicia pelo processo de nascimento, na qual o pai não participava, era um ritual social feminino realizado por parteiras. Só no século XIX com o desenvolvimento da ciência da obstetrícia que profissionalizou o nascimento, mas somente a mães de classe média e alta tinham acesso. As altas reduções nos riscos que cercam a gravidez e o nascimento, devem-se a disponibilidade de antibióticos, transfusões de sangue, anestesias segura, aperfeiçoamento da higiene e medicamentos para induzir o parto quando necessário. O nascimento vaginal normal passa por quatro etapas que se superpõem: a primeira delas é a mais longa, são contrações uterinas regulares e cada vez mais frequentes, fazendo o cérvix se dilatar; já na segunda etapa, ela se inicia quando a cabeça do bebê começa a se deslocar pela cérvix em direção ao canal vaginal e termina quando o bebê está totalmente fora do corpo da mãe, mas ela ainda está ligada à placenta no corpo da mãe pelo cordão umbilical, que deve ser cortado e fechado; a placenta e o resto do cordão umbilical são expelidos da mãe dando-se a terceira etapa; e a última etapa é quando a mãe repousa no leito enquanto sua recuperação é monitorada. A criança também é monitorada, mais isso durante o parto. Esse processo visa a detectar falta de oxigênio, a qual pode causar dano cerebral. Existem alguns métodos de parto são eles parto vaginal e o parto cesariano, o parto que mencionamos antes é o parto normal, já o parto cesariano é um procedimento cirúrgico para retirar o bebê do útero através de uma incisão no abdome. Temos também o parto medicado e o não-medicado. No século XIX, a rainha da Inglaterra tornou-se a primeira mulher na história a ser sedada durante um parto. Hoje não se usa tanto a anestesia geral e sim a anestesia local. Os defensores dos métodos naturais alegam que o uso de drogas oferece riscos, entretanto, pesquisas posteriores sugerem que o parto medicado pode não causar danos detectáveis. Outro fator importante no parto é o ambiente e acompanhamento para o nascimento, porque podem influenciar na maneira em que a mãe se comporta e reage durante o parto. 
O recém-nascido
Os meninos tendem a ser ligeiramente mais compridos e pesados do que as meninas, e o primogênito tende a pesar menos ao nascer do que os filhos posteriores. As características de um recém-nascido são distintas, podem observar que eles nascem com a cabeça grande por causa do amoldamento e o queixo acentuado para a facilitação a amamentação. Muitos recém-nascidos têm um tom rosado porque sua pele é tão delgada, que mal esconde os capilares por onde o sangue passa. E todos eles são cobertos de vernix caseosa, proteção gordurosa contra infecções. O recém-nascido passa por um período crucial logo que entra em contato com o ar, ele precisa respirar sozinho em até cinco minutos, caso contrário pode sofrer dano cerebral, o que chamamos de anoxia, falta de oxigênio. O recém-nascido têm como um relógio hora para tudo, para se alimentar, dormir, até mesmo para seu humor e entre outros. Para a sobrevivência e saúde do recém-nascido são feitas avaliações nos primeiros minutos, dias e semanas de vida, o que são cruciais para o desenvolvimento, quanto mais cedo for possível identificar algum problema melhor será os cuidados a serem tomados. Dentro destas avaliações temos a escala de Apgar que é a medição padronizada da condição de um recém-nascido; ela avalia a aparência, o pulso, a expressão facial, a atividade e a respiração, outra escala é a Brazelton que avalia o comportamento do neonatal, são feitos testes neurológicos e comportamentais para medir a resposta do neonatal ao ambiente. Existem também as triagens neonatal para diagnosticar doenças raras que torna essa triagem custosa, entretanto, o custo de examinar milhares de recém-nascidos para detectar um caso de uma doença rara pode ser menor do que o custo de cuidar de uma criança com retardo mental por toda a vida.
Complicações do parto
Na hora do parto uma porcentagem dos bebês experiênciam dificuldades para passar no canal de parturição, o que pode causar um trauma, um ferimento no processo, um destes traumas é dano cerebral permanente, provocando retardo mental, problemas de comportamento ou até a morte. Alguns destes ferimentos no processo são; anoxia, doenças ou infecções ou danos mecânicos. Crianças também podem nascer com baixo peso natal que é a segunda causa mais importante de morte na primeira infância, depois dos defeitos congênitos. Baixo peso natal é quando o bebê nasce com o peso abaixo de 2,5Kg. Eles se dividem em duas categorias: pré-termo, que são bebê que não completaram a trigésima semana de gestação, e os bebês pequenos para a data, que são 90% menores do que os bebês da mesma idade gestativa. Alguns fatores podem aumentar o risco de um mãe ter um bebê com peso abaixo do normal; fatores demográficos e socioeconômico, fatores médicos anteriores à gravidez, fatores comportamentais e ambientais pré-natais e problemas de saúde associados à gravidez. Muitos desses fatores estão ligados e também a condição econômica influência muitos deles. Existem tratamentos para o bebê com peso abaixo do normal, administração a surfactante, substância de revestimento pulmonar essencial que protege os sáculos de ar, pode aumentar a taxa de sobrevivência destes bebês, contudo, esses bebês tendem a ter má saúde ou deficiência neurológica, um retardo mental e até mesmo paralisia cerebral. Causando assim problemas comportamentais, sociais, de atenção e de linguagem. Há também aqueles bebês que nascem depois da data prevista, o que chamamos de hipermaturação, eles tendem a ser compridos e magros, porque continuaram a crescer no útero, mas tiveram um suprimento de sangue insuficiente no final da gestação. Eles têm maior risco de dano cerebral ou até mesmo de morte.
Estudo sobre ambiente 
Em estudos feitos em relação ao ambiente em que os bebês nascem, foi destacado que o ambiente é de grande importância no desenvolvimento infantil, mas que são as qualidades próprias que fizeram a diferença.
Morte durante a primeira infância
Hoje se reduziu em muito a taxa de mortalidade infantil, proporção de bebês que nascem, mas morrem durante o primeiro ano de vida, graças à parte eficácia no tratamento para desconforto respiratório e à prevenção da síndrome de morte súbita do lactente (morte repentina e inexplicável de um bebê aparentemente saudável), e também dos avanços da medicina. Mas infelizmente ainda morrem muito bebês.
Desenvolvimento físico inicial
Parte de dois princípios; o princípio cefalocaudal e o próximo-distal. Quando o desenvolvimento ocorre da cabeça para a cauda é um princípio cefalocaudal, e é também quando o cérebro se desenvolve mais rápido, isto antes do nascimento, já a cabeça de um recém-nascido é desproporcionalmente grande. Agora quando o crescimento e desenvolvimento motor ocorrem do centro do corpo para fora é o princípio próximo-distal. As crianças crescem mais rápido durante os três primeiros anos de vida, especialmente durante os primeiros meses, do que em qualquer outro período da vida.
Nutrição e necessidade de sono
Esses fatores são de suma importância para o desenvolvimento saudável. Começando pelo nutriente, temos o leite materno com a fonte do alimento perfeito para os bebês, porque trazem muitos benefícios como físicos, cognitivos e emocionais. Mas é preciso ter cuidado, pois se a mãe apresentar alguma doença com AIDS, através da amamentação a mãe pode transmitir para o bebê. Outro fator importante em relação a amamentação é o vínculo que o bebê cria com genitor, o que as vezes é mais importantedo que o método de alimentação. A má alimentação pode causar anemia por deficiência de ferro o que pode resultar em testes cognitivos ruins. Em relação ao sono, eles podem estar relacionados com às praticas alimentares. 
O cérebro e o comportamento reflexo
O sistema nervoso central é o responsável para auxiliar o bebê no que se diz respeito a reação ao mamilo, ao iniciar os movimentos de sucção. O cérebro precisa apresentar um crescimento tanto antes como depois do nascimento para que o bebê possa ter seu desenvolvimento físico, cognitivo e emocional. Esse crescimento ocorre de uma forma intermitente. Os chamados surtos de crescimento cerebral são períodos de rápido crescimento e desenvolvimento cerebral, o que coincidem com mudanças no comportamento cognitivo. Quando o bebê nasce o surto de crescimento da medula espinal e do tronco encefálico (responsável pela funções corporais básicas) já está quase no fim. Aos seis meses de idade o bebê o córtex cerebral está maduro, ou seja, a visão e audição, mas a área do lobo frontal responsáveis pele realização de associações mentais, memoria e produção de respostas motoras permanecem imaturas. Durante os seis meses até os dois anos de vida se dá o grande aumento de peso do cérebro permitindo a emergência de novas capacidades perceptivas, cognitivas e motoras. O processo de morte celular começa durante o período pré-natal e continua após o nascimento, ajudando a criar um sistema nervoso eficiente. A mielinização das rotas sensórias e motoras, primeiramente na medula espinal do feto e, posteriormente, depois do nascimento, no córtex cerebral, pode explicar o aparecimento e desaparecimento dos primeiros reflexos. Reações inatas que são automáticas à alguma estimulação são chamadas de comportamentos reflexos, que desempenham um papel importante na estimulação do desenvolvimento inicial do sistema nervoso central e dos músculos. Reflexos primitivos como o de sucção e o de Moro, estão relacionados com as necessidades instintivas de sobrevivência e proteção. Quando os centros cerebrais superiores tornam-se ativos, o bebês começam a mostrar reflexos posturais; reações a mudanças de posição ou equilíbrio. Já os reflexos locomotores, assemelham-se aos movimentos voluntários que só aparecem meses depois que os reflexos desaparecem. Então podemos ver que o desenvolvimento neurológico de um bebê cerificando se certos reflexos estão presentes, mas devemos estar cientes que o que é normal varia um pouco de cultura para cultura. O surto de crescimento cerebral é importante para o desenvolvimento do funcionamento neurológico, todos os principais marcos sensórios, motores e cognitivos da infância só são possíveis com o rápido desenvolvimento do cérebro, especialmente do córtex cerebral. Esse ajustamento do cérebro podem ter efeitos duradouros sobre a capacidade do sistema nervoso central de aprender e armazenar informações. Portanto se determinadas conexões corticais não são estabelecidas bem cedo na vida, esses circuitos podem parar para sempre. Essas descobertas geraram tentativas bem-sucedidas de estimular o desenvolvimento físico e mental de crianças com síndrome de Down e ajudar vitimas de dano cerebral a recuperar funções. 
Capacidades sensórias inicias 
O cérebro em desenvolvimento permite que os recém-nascidos entendam bastante bem o que tocam, enxergam, cheiram, degustam e ouvem; seus sentidos desenvolvem-se rapidamente nos primeiros meses de vida. O tato parece ser o sentido que mais de desenvolve e é o sistema sensório mais maduro. os bebês podem sentir e sentem dor, contrario a que se afirmava antes, e sua sensibilidade à dor aumenta durantes os dias seguintes. Os sentidos do olfato e paladar também começam a desenvolver no útero. Através do leite materno, odores podem ser transmitido facilitando o aprendizado. O gosto de doce que é inato no recém-nascido pode ajudar na sua sobrevivência, pois o leite materno é bem adocicado. O precoce reconhecimento de vozes e linguagem ouvidas no útero pode estabelecer base para o relacionamento entre os pais e a criança. A visão é o sentido menos desenvolvido. 
Desenvolvimento motor
Quando o sistema nervoso central, os músculos e os ossos estão preparados e o ambiente oferece as devidas oportunidades de exploração e pratica, os bebês surpreendem os adultos a seu redor com novas capacidades. Esse desenvolvimento é marcado por marcos, capacidade que a criança adquire antes de avançar para outras, mais difíceis. Isso de forma sistemática, o bebê adquire as habilidades mais simples e depois as combinam em sistemas de ação cada vez mais complexos. O teste de avaliação do desenvolvimento de Denver é usado para acompanhar se o desenvolvimento é normal entre um mês e seis anos e identificar as crianças que não estão desenvolvendo-se normalmente, o que também avalia o desenvolvimento linguístico, social e da personalidade. A maioria dos bebês quando nascem são capazes de virar a cabeça quando estão de costas, o que chamamos de controle de cabeça, nascem com reflexo de preensão que é o controle de mão e começam a revirar-se deliberadamente à locomoção. Todos estes desenvolvimentos são marcos no caminho rumo à maior realização motora da infância, caminhar. O desenvolvimento motor é um processo continuo de interação entre o bebê e o ambiente. A maturação sozinha não pode explicar adequadamente essas observações. Bebê e ambiente formam um sistema interligado, e o desenvolvimento tem causas interativas, uma delas é a motivação do bebê para fazer alguma coisa. As características do bebê e sua posição em um determinado ambiente oferecem oportunidade e limites que influenciam se e como a meta pode ser atingida. Isso ajuda a entender porque uns bebês caminha mais cedo do que os outros. As percepções sensórias ajudam os bebês a aprender sobre seu ambiente para que possam se orientar nele e a experiência motora aguça e modifica as percepções que os bebês têm do que acontece se eles se moverem de determinada forma. Uma percepção que é inata ou adquirida muito cedo é a percepção de profundidade que é a capacidade de perceber objetos e superfícies em três dimensões. Culturas podem influenciar no desenvolvimento motor da criança através da diferenças étnicas de comportamento e praticas de criação. O treinamento pode acelerar a aquisição de habilidades motoras especificas por parte do bebê.
Segunda infância – três a seis anos
Crescimento e mudança corporal
Em torno dos 3 anos, as crianças começam a assumir a aparência delgada e atlética da infância. Essas mudanças na aparência refletem desenvolvimentos no interior do corpo. Essa mudanças coordenadas pelo amadurecimento do cérebro e do sistema nervoso, promovem o desenvolvimento de uma ampla gama de habilidade motoras. Elas comem menos por causa da desaceleração do crescimento, e ainda necessitam de uma soneca durante o dia. Falar e andar durante o sono é comum, mas perturbações persistentes do sono podem indicar um problema emocional. Urinar na cama é algum comum e é hereditário sem muita preocupação dos pais. A segunda infância é uma fase de grandes avanços nas habilidades motoras gerais, como correr e pular, isto por causa do desenvolvimento das áreas sensórias e motoras do córtex que permite a coordenação entre o que as crianças querem fazer e o que sabem fazer. Já a habilidades motoras refinadas permite que as crianças pequenas assumam mais responsabilidades por seu cuidado pessoal. A preferencia do uso das mãos acontece nessa fase e também é visto as mudanças no desenhos que refletem a maturação do cérebro e dos músculos.