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Sistema tributário e repartição das receitas

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FACULDADE INDEPENDENTE DO NORDESTE - FAINOR
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS 
SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL E
REPARTIÇÃO DAS RECEITAS TRIBUTÁRIAS
Vitória da Conquista - Bahia
2014
Sistema Tributário Nacional e Repartição das Receitas Tributárias
COMPONENTES:
D’lian de Jesus Moreira
Élide Nascimento Bispo
Fábio Santos Moreira
Iago dos Santos Silva
Josadaque Matos Miranda
Leonel Santos Silva
MarcielSilva Santos
Rodrigo de Souza Costa
Susiene Gonçalves Vieira
Valdimar Correia Santos
Vanda Ribeiro Rocha
Wendell Lima Oliveira.
	Artigo científico apresentado à Faculdade Independente do Nordeste, como exigência de requisito avaliativo da III unidade da disciplina Orçamento Público do 4º semestre do curso de Ciências Contábeis.
					Orientador: Prof. Alexssandro Campanha
Vitória da Conquista - Bahia
2014
SUMÁRIO
1-Introdução
Com a promulgação da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, foi instituído em nosso ordenamento jurídico o “Sistema Tributário Nacional” através da inclusão no texto constitucional das normas de natureza tributária, elencadas entre os artigos 145 e 162 da CF/88, as quais têm a finalidade de classificar os diferentes tipos de tributos existentes, regulamentar as formas de aplicação do poder de tributar do Estado, bem como de prever formas de arrecadação e distribuição dos tributos através dos sistemas de repartição de competências e receitas.
Imprescindível ressaltar que, assim como todo o ordenamento, o Sistema Tributário pátrio é regido por princípios basilares, os quais se aplicam com o objetivo de limitar a atuação do Estado, bem como de prever regras para a aprovação, instituição, majoração e incidência dos tributos em geral. 
Não obstante a previsão constitucional de um Sistema específico para tratamento dos tributos, também haverá de ser elencado no presente trabalho dispositivo do Código Tributário Nacional que conceitua “Tributo” e que merecerá participar do debate em razão de ser pertinente à matéria que ora é objeto central de trabalho. 
Ademais, serão aqui exauridas as regras que definem as competências tributárias atribuídas pela CF/88 individualmente a cada ente federativo, destacando, ainda, as diferentes formas de exercício das competências tributárias outorgadas pela CF/88 aos entes políticos em conjunto nas três esferas de governo. 
O Sistema Tributário Nacional, juntamente com os seus pilares princípios lógicos, se constituem objeto de debate do presente artigo científico, o qual foi elaborado almejando tratar os pontos mais importantes dos dispositivos de natureza tributárias, buscando verificar, ainda, o verdadeiro alcance das normas ali contidas, com especial atenção às regras atinentes à repartição das competências e receitas tributárias, conforme se encontram positivadas no texto constitucional.
2-Sistema Tributário Nacional - Conceito
Para entendermos o que o é Sistema Tributário Nacional, precisamos a princípio ter a ideia do conceito de sistema.
 Segundo Kiyoshi Hadara (2011), denomina sistema como: “Sistema pressupõe um conjunto de elementos, organizado de forma harmônica, formando um todo uniforme através de princípios que presidem o agrupamento desses elementos”.
Em outras palavras, Sistema é um conjunto de elementos que interagem entre si, com o objetivo de formar todo organizado.
No sistema global temos o sistema jurídico brasileiro, onde se caracteriza o todo harmônico, que didaticamente é o próprio Sistema Constitucional, e esse sistema pode ser separado como Sistema Constitucional do Trabalho, Sistema Constitucional Tributário, entre outros. E que podemos classifica-los como sistema parcial. 
Em se tratando do Sistema Constitucional Tributário, que iremos discorrer no decorrer deste trabalho, temos sua definição:
	Sistema Tributário Nacional é o conjunto de normas constitucionais de natureza tributária, inserida no sistema jurídico global, formado por um conjunto unitário e ordenado de normas subordinadas aos princípios fundamentais, reciprocamente harmônicos, que organiza os elementos constitutivos do Estado, que outra coisa não é senão a própria Constituição. (KIYOSHI HADARA, 2011)
Com base nesse conceito, podemos afirmar que o Sistema Tributário Nacional (sistema parcial) está inserido no sistema maior chamado sistema Constitucional, (sistema global). 
É importante destacar que o principal referencial para Sistema Tributário Nacional (STN) é estudo do conjunto de normas constitucionais que tenha referencia com o Tributo e consequentemente com o Direito Tributário. E para a denominação desse sistema, a Constituição dedica 18 (dezoito) artigos que vão do Artigo 145 ao Artigo 162. E são regidos por princípios próprios, chamados de princípios Tributários.
	
2.1 - Inovações do Sistema Tributário Nacional 
O Sistema Tributário Nacional teve sua reforma mais significativa no ano de 1966 com a criação do Código Tributário Nacional, que entrou em vigor no ano de 1967. Segundo Oliveira (1981) o objetivo dessa reforma foi aumentar os recursos do Governo e aumentar, a fim de reduzir o déficit publico e de propiciar ao Estado Condições financeiras para desempenhar suas novas funções impulsionar, promover e orientar o processo de acumulação. 
Outro período importante para o Sistema Tributário, foi a Constituição Federal de 1988, que trouxe as inovações e a redefinição da repartição de receitas entre os Entes federativos (União, Estados, D. F. e Municípios) e de suas competências. E também a inovação ao sistema tributário prevendo os empréstimos compulsórios e as contribuições especiais como espécies tributárias, que antes eram definidos apenas os impostos, taxas e contribuições de melhoria. 
3 - Classificação dos Princípios Constitucionais
	A Constituição Federal prescreveu inúmeros princípios tributários, visando a preservação do regime político adotado, à saúde da economia, ao respeito aos direitos fundamentais e a proteção de valores espirituais. Por isso, esses princípios tributários são conhecidos como limitações constitucionais ao poder de tributar.
3.1 - Princípio da Legalidade Tributaria
A origem desse princípio, de natureza nitidamente política, está ligada à luta dos povos contra a tributação não consentida.
Está disposto no artigo 150, I da Constituição Federal de 1988, que diz o seguinte: “Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: I – exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça.”
Assim o Princípio da Legalidade garante ao contribuinte que é vedada a cobrança e o aumento do tributo sem lei que o estabeleça. O Estado de direito tem como infestável garantia individual a serviço dos cidadãos, implicando como inexorável convergência e, também, equivalência de ambos: se há Estado de Direito, há reflexamente, a legalidade no fenômeno da tributação. O tributo depende da lei para ser instituído e para ser majorado. Se o tributo é veículo de invasão patrimonial, é prudente que isso ocorra segundo a vontade popular, cuja lapidação se dá no poder legislativo em suas casas legislativas.
A lei tributária deve servir de parâmetro para criar e, em outro giro, para extinguir o tributo; para aumentar e, em outra banda, reduzir a cuidado.
3.2 - Princípio da Anterioridade e Princípio Nonagésimal ou Noventena
No princípio da anterioridade da lei a cobrança do tributo está vinculada a cada exercício financeiro. Segundo HARADA (2011), esse princípio é uma garantia fundamental, insusceptível de supressão via emenda constitucional. De fato, o Estado tem a capacidade de criar novos tributos e elevar os existentes quando quiser, mas sua cobrança fica diferida para o exercício seguinte ao da publicação da lei que os institui ou aumentou. 
Ainda conforme o autor, a chamada noventena não chega a ser um princípio tributário se assemelha a um prazo de carência concedido pelas instituições bancarias, para o iníciode resgate das importâncias mutuadas. A introdução dessa noventena, sem prejuízo do princípio da anterioridade, representada uma inovação do Texto Constitucional contrariando a tradição das Casas Legislativas, não habituadas a aprovar a legislação tributária com antecedência mínima de noventa dias, em relação ao exercício da cobrança.
3.3 - Princípio da Isonomia Tributária
	A Constituição Federal, em seu art. 5º, estabelece que todos somos iguais perante a lei, e o Princípio da Isonomia Tributária iguala todos perante o fisco: 
Art.150 da Constituição Federal: é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Munícipios:
(...)
II – instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por ele exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos.
Diante desse artigo, Harada (2011, p.371) aponta, nitidamente, que o Princípio da Isonomia veda o tratamento diferenciado de pessoas sob os mesmos pressupostos de fato impede discriminações tributárias, privilegiando ou favorecendo determinadas pessoas físicas ou jurídicas. 
3.4 - Princípio da Capacidade Contributiva
O princípio tem por finalidade o atingimento da justiça fiscal, repartindo os encargos do Estado na proporção das possibilidades de cada contribuinte, (HARADA, 2011). O texto refere corretamente à capacidade econômica do contribuinte, que corresponde à capacidade contributiva, conforme expresso na Constituição Federal de 1988, no § 1° do art. 145:
Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultando à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.
	Ichihara (2009, p.66) complementa informando que mais precisamente este princípio é essencial ao tributo da espécie tributária: imposto. Incidindo sobre uma atividade, situação ou operação em que haja a exteriorização da capacidade contributiva.
3.5 - Princípio do Não-Confisco
Prescreve o art. 150, IV, da Constituição Federal, que é vedado “utilizar tributo com efeito de confisco”. 
A expressão é vaga e imprecisa, afirma Harada (2011). Porém, é fora de dúvida que tributo de efeito confiscatório não se confunde com aquele confisco relacionado com a infração e que é o único admitido pela doutrina e jurisprudência. Alguns autores entendem que haveria efeito confiscatório de impostos sobre a produção e a circulação sempre que alíquota real do tributo for maior que a margem de lucro com que o contribuinte opera. 
 3.6 - Princípio da Imunidade Recíproca
No art. 150 da Constituição Federal de 88, diz que é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: instituir impostos sobre o patrimônio, renda ou serviços uns dos outros. A constituição vem comtemplando o princípio de imunidade recíproca, de sorte que nenhuma entidade política poderá exigir impostos sobre o patrimônio, a renda ou serviços de outra. Contudo esse princípio não terá aplicação quando se tratar de exploração, pelos poderes públicos, suas autarquias ou fundações, de atividades econômicas regidas por normas próprias de empreendimentos privados, bem como houver contraprestação ou pagamento de tarifas pelo usuário, nem exonera o promitente comprador da obrigação de pagar o imposto relativamente ao bem imóvel.
3.7 - Princípio da Não Limitação ao Tráfego de Pessoas e Bens
Prescreve o art. 150, V, da Constituição Federal:
Art.150. 
(...)
V - Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Munícipios estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvado a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público.
O referido princípio é uma decorrência natural da imunidade econômica e política do território nacional. Objetiva assegurar a livre circulação de bens e de pessoas ou meios de transportes, que não pode ser limitada ou embaraçada por tributação interestadual ou municipal ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo poder público.
 3.8 - Princípio da Uniformidade Geográfica 
Disposto no art. 151, I, da Constituição Federal que:
É vedado à União: I – instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou que implique distinção ou preferência em relação à Estado, ao Distrito Federal ou a Município, detrimento de outro, admitida a concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento socioeconômico entre as diferentes regiões do País.
	Este princípio decorre da unidade política do Estado Federal Brasileiro, que faz que o território nacional se apresente como um todo ponto de vista econômico. Uniformidade de tributo federal não significa que não possa haver discriminações, isto é que todos devem pagar exatamente igual. O que o referido princípio veda é a discriminação de tributo federal em virtude do lugar da ocorrência do fato gerador. Isto quer dizer, por exemplo, que o imposto sobre renda, que incide sobre os ganhos de capital, deve ser o mesmo no estado de São Paulo, e no estado do Paraná e em outros em termos de base de cálculo e alíquota.
3.9 - Princípio da Não Discriminação em Razão da Procedência ou do Destino
Prescreve o art. 152 da Constituição Federal: “É vedado as Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer diferença entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino.’’ 
Esse princípio decorre do princípio federativo proíbe qualquer tipo de barreira tributaria entre os Estados ou Municípios, que, no passado tomaram longo tempo dos tribunais. Veda-se, pela não discriminação tributária em razão da procedência ou do destino, a existência de comunidades estados ou comunidades de municípios dentro da própria federação, estabelecendo entre eles, posições tributárias vantajosas em detrimento daqueles que não participarem desses pactos.
A manutenção do pacto federativo implica, para os entes políticos, a vedação a hierarquias de forma tributária: todos devem relacionar-se em pé de igualdade, com autonomia política limitada nos termos da Constituição. 
3.10 - Princípio da Imunidade de Pequenas Glebas Rurais
No art. 153, § 4º da Constituição Federal diz o seguinte a respeito desse Princípio: “§ 4º O imposto previsto no inciso VI do caput: II -não incidirá sobre pequenas glebas rurais, definidas em lei, quando as explore o proprietário que não possua outro imóvel.”
Trata se de imunidade especifica e condicionada do ITR. Três são os requisitos específicos: definição legal de pequenas glebas rurais, exploração do imóvel pelo proprietário, não possuir o proprietário outro imóvel. O primeiro requisito constitucional depende de regulamentação legal: I – cem hectares se localizado em município compreendido na Amazônia Ocidental ou no Pantanal Mato–Grossense e Sul-Mato-Grossense; II - cinquenta hectares, se localizando em município compreendido no Polígono das Secas ou na Amazônia Oriental; Trinta hectares, se localizando em qualquer município. O segundo requisito é que o próprio proprietário explore o imóvel, não podendo o proprietário arrendar o imóvel rural. O terceiro requisito exige que o proprietário favorecido pela imunidade não tenha outro imóvel. Caso tenha outro imóvel, mesmo que de natureza urbana, não poderá gozar da imunidade.
4 – Competências Tributárias
A constituição federal não cria tributos, apenas outorga competência para que os entes políticos o façam por meio de leis própria, dessa forma podemos dizer que Competência tributaria é o poder constitucionalmente atribuído de editar leis que instituam tributos. Cada ente deve decidir de acordo com seus critérios de oportunidade e conveniênciapolitica e principalmente econômica, sobre o exercício da competência tributaria.
	
4.1-Competência Privativa
Pois somente o ente político definido constitucionalmente pode exercê-la:
União: Imposto de Importação; Imposto de Exportação; Imposto de Renda; Imposto sobre Produtos Industrializados; Imposto sobre Operações Financeiras; Imposto Territorial Rural; Impostos extraordinários de Guerra (art. 154, II, CF/88); Imposto sobre Fortunas; Imposto da competência residual (não previstos na Constituição) – art. 154, I, Constituição Federal 1988.
Estados e DF: (sempre lei ordinária): Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doações; Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços; Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores.
Municípios e DF: (sempre lei ordinária): Imposto sobre Propriedade Predial e Territorial Urbana; Imposto sobre Transmissão Inter vivos onerosa de bens imóveis; Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza, definidos em lei complementar nº 116/03. 
4.2-Competência Comum
É a competência que a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios têm para a instituição de taxas e contribuições de melhoria.
4.3-Competência Residual
Pertence apenas à União que poderá instituir outros impostos que não estejam previstos na CF/88, desde que observem requisitos específicos previstos no art. 154, I. Tais requisitos, de forma cumulativa, são: * Instituição mediante lei complementar; * Que tais impostos sejam não cumulativos; * Que tenham o fato gerador e a base de cálculo diferente de todos os impostos já previstos na Constituição Federal. *Também é estendida nos casos de outras contribuições sociais não previstas na CF/88, com a intenção da expansão da seguridade social, conforme determina o art. 195, § 4., da CF/1988, devendo obedecer aos mesmos parâmetros do art. 154,1, da CF/1988.
4.4-Competência Extraordinária
É somente da União para instituição de tributos em situações excepcionais, em que se comprove a inexistência de recursos financeiros para fazer frente a gastos públicos imprevisíveis, tais como nos casos de guerra, calamidade pública etc. Neste caso, a União poderá instituir dois tributos distintos: Empréstimos Compulsórios e Impostos Extraordinários de Guerra (IEG).
4.5-Competência Cumulativa
Pertencente ao Distrito Federal permite que este ente federativo possa instituir os impostos de competência dos Estados e dos Municípios, cumulativamente. Importa ressaltar que, apesar da instituição desses impostos, o DF não partilha essas receitas, permanecendo com todo o produto arrecadado, conforme estabelecem os Arts. 155 e 147 ambos da Constituição Federal de 1988.
	Tipologia da Competência Tributária
	- Competência comum: É a competência que todos os entes federados detêm para a instituição de taxas e contribuições de melhoria.
	- Competência privativa: os impostos passíveis de instituição constam, todos, na Constituição, que os atribui a cada ente, com exclusividade.
	- Competência cumulativa: (1°) como o Distrito Federal não pode subdividir-se em Municípios, cabe lhe a instituição dos impostos municipais em sua área;(2°) como os territórios não tem competência tributária, é a União quem lá institui os impostos estaduais e, se o Território não for dividido em Municípios, também os impostos municipais.
	- Competência residual: só a União pode instituir ou contribuição novos, não especificamente previsto na Constituição.
	- Competência extraordinária: a União pode instituir, na eminencia ou em caso de guerra externa, impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação.
			Tipologia da Competência Tributária- Tributos
	Competência
	Tributos abrangidos
	Comum
	Taxas e contribuições de melhoria
	
Privativa
	- Impostos, contribuições e empréstimos compulsórios 
	
Cumulativa
	- União: impostos, contribuições e empréstimo compulsórios;
- União: impostos municipais em Território Federal não dividido em Municípios;
- Distrito Federal: impostos residuais;
	Residual
	- União: impostos residuais (CF, art.154, I), contribuições residuais (CF, art. 195, § 4°);
	Extraordinária
	- União: Impostos extraordinários de guerra (CF, art. 154, II).
5 – Tributos: definição no âmbito do Direito Tributário
A definição oficial de Tributo é dada pelo Código Tributário Nacional, que traz em seu 3º artigo a seguinte definição:“Art. 3º. Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada”.
Com esse conceito, segundo Alexandre, 2013, o Tributo é receita derivada, cobrada pelo Estado, no uso de seu poder de império. O dever de paga-lo é, portanto, imposto pela lei, sendo irrelevante a vontade das partes.
A lei é a fonte direta e imediata em se tratando de obrigações tributarias, visto que o surgimento da lei não depende nem da vontade nem do conhecimento do sujeito passivo. Por conta disso o tributo é caracterizado como obrigatório (compulsório) e não voluntário. 
Os Tributos são instituídos por leis, podendo estas ser complementares ou ordinárias. E são provenientes de ato licito diferentemente da Multa, que também é designada como receita derivada, provém de sanção, penalidade por um ato ilícito. HARADA (2011, p.295) acrescenta que somente poderá ser exigido através de uma relação jurídica entre o Estado e o súdito-contribuinte, a qual, resulta exclusivamente da lei.
É importante enfatizar que na definição de Tributos pelo CTN, é uma prestação cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada. Alexandre (2013) explica:
A vinculação da atividade de cobrança do tributo decorre do fato de ele ser instituído por lei e se configurar como uma prestação compulsória (obrigatória). A autoridade tributária, não pode analisar se é conveniente, se é oportuno cobrar tributo. A cobrança é feita de maneira vinculada, sem concessão de qualquer margem de discricionariedade ao administrador. Mesmo que o fiscal, o auditor ou o procurador se sensibilizem com uma situação concreta, devem cobrar o tributo.
Os tributos, de acordo a Constituição Federal de 1988, são classificados em:
Impostos;
Taxas;
Contribuição de Melhoria;
Empréstimo Compulsório;
Contribuições Especiais.
5.1 - Tributos de Competência da União	
De acordo a Constituição Federal de 1988, a União pode instituir os seguintes tributos:
 Taxas: em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos ou divisíveis, prestados aos contribuintes ou postos a sua disposição.
Contribuições de Melhorias, decorrente de obras públicas: em que o fato gerador será a valorização imobiliária em virtude de obras públicas.
Empréstimo Compulsório: para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência e no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, "b“ (princípio da anterioridade). Art. 150, III, b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou.
Contribuições Especiais: é a modalidade de tributo caracterizada por sua destinação específica. São tributos qualificados por sua destinação, pelo destino das receitas auferidas. É um tributo criado, no sistema jurídico, para custear atividades estatais específicas. Segundo Alexandre (2013) são divididas em: Contribuições Sociais, Contribuições de Seguridade Social e outras Contribuições, Contribuições Sociais Gerais, Contribuições de Intervenção do Domínio Econômico (CIDE), Contribuições de Interesse da Categorias Profissionais ou Econômicas – Contribuições Coorporativas e por fim as Contribuições de Iluminação Pública (COSIP).
Imposto Sobre Importação (II): De acordo Alexandre (2013) pode se declarar que este impostotem a função marcantemente extrafiscal, visto que seu objetivo é de regular e controlar as importações e não acarretar recursos para os cofres públicos.
O fato gerador deste imposto é definido no art. 19 do Código Tributário Nacional que apresenta o seguinte termo: “Art.19. O imposto, de competência da União, sobre a importação de produtos estrangeiros tem como fato gerador a entrada destes no território nacional”. Para tanto, importar não significa a compra de mercadoria estrangeira e sim a entrada dela no território nacional.
A base de calculo para este imposto está definida no Código Tributário Nacional, no seu art. 20:
I – quando a alíquota seja especifica¹, a unidade de medida adotada pela Lei tributária;
II – quando a alíquota seja ad valorem², o preço normal que o produto, ou seu similar, alcançaria, ao tempo da importação, em uma venda em condições de livre concorrência, para entrega do porto ou lugar de entrada do produto no País.
III – quando se trate de produto apreendido ou abandonado, levado a leilão, o preço da arrematação.
Os contribuintes do Imposto sobre Importação também estão especificados no Código Tributário Nacional em seu artigo 22, são definidos como: o importador ou quem a lei a ele equiparar e o arrematante de produtos apreendidos ou abandonados.
Imposto Sobre Exportação (IE): Assim como o II, o Imposto de Exportação também é um tributo com função marcantemente extrafiscal, e serve como instrumento da atuação da União no controle do comércio exterior. A Constituição Federal denomina este tributo é em função de produtos nacionais ou nacionalizados. Tem como fato gerador, de acordo o art. 23 do Código Tributário Nacional, a saída de mercadoria ou produtos do território nacional.
A base de calculo para este tributo, está definida no art. 24 do Código Tributário Nacional:
I – quando a alíquota seja especifica¹, a unidade de medida adotada pela lei tributária;
II – quando a alíquota seja ad valorem², o preço normal que o produto ou seu similar, alcançaria, ao tempo da exportação, em uma venda em condições de livre concorrência.
Parágrafo único. Para os efeitos do inciso II, considera-se a entrega como efetuada no porto ou lugar da saída do produto, deduzidos os tributos diretamente incidentes sobre a operação de exportação e, nas vendas efetuadas a prazo superior aos correntes no mercado internacional o custo do financiamento.
Segundo o art. 27 do Código Tributário Nacional, o contribuinte deste imposto é o exportador ou quem a lei a ele se equiparar.
Imposto de Renda (IR): O Imposto de Renda é considerado, segundo Alexandre (2013) o maior arrecadador entre os impostos federais e não incidem apenas sobre as rendas, mas também sobre os proventos de qualquer natureza (CF, art. 153, III). Seu fato gerador está disposto no art. 43 do Código Tributário Nacional: 
(...) tem como fato gerador a aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica:
I- de renda, assim entendido o produto do capital, do trabalho ou da combinação de ambos.
II- de proventos de qualquer natureza, assim entendidos os acréscimos patrimoniais não compreendidos no inciso anterior. 
O artigo coloca ainda que a incidência deste imposto independe da denominação da receita ou do rendimento, da localização, condição jurídica ou nacionalidade da fonte, da origem, e da forma de percepção.
A base de calculo para este imposto será o montante, real, arbitrado ou presumido da renda ou dos proventos tributáveis (art. 44, CTN). Alexandre (2013) coloca a definição dos contribuintes do imposto de renda com base no art. 45 do Código Tributário Nacional: “Titular da disponibilidade a que se refere o art. 43, sem prejuízo de atribuir a lei essa condição ao possuidor, a qualquer titulo dos bens produtores de renda ou dos proventos tributáveis”.
Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI): Considerado o segundo maior arrecadador dos impostos federais (perdendo apenas para IR). Alexandre (2013) resume	 esse tributo como uma exceção à anterioridade do exercício financeiro, embora esteja submetido à noventena. O fato gerador deste imposto está disciplinado no art. 46 do Código Tributário Nacional, conforme abaixo:
I – o seu desembaraço aduaneiro, quando de procedência estrangeira;
II – a sua saída dos estabelecimentos a que se refere o paragrafo único do art. 51;
III – a sua arrematação, quando apreendido ou abandonado e levado a leilão.
Parágrafo único. Para os efeitos deste imposto, considera-se industrializado o produto que tenha sido submetido a qualquer operação que lhe modifique a natureza ou a finalidade, ou a aperfeiçoe para o consumo.
A base de cálculo para este imposto está prevista no art. 47 do Código Tributário Nacional. A Receita Federal do Brasil designa-a da seguinte forma: na operação interna: O valor total da operação de que decorrer a saída do estabelecimento industrial ou equiparado a industrial; na importação: O valor que servir ou que serviria de base para o cálculo dos tributos aduaneiros, por ocasião do despacho de importação, acrescido do montante desses tributos e dos encargos cambiais efetivamente pagos pelo importador ou deste exigíveis. 
Os contribuintes para o IPI são também determinados pelo Código Tributário Nacional em seu art. 51:
I – o importador ou quem a lei a ele equiparar;
II – o industrial ou quem a lei a ele equiparar;
III – o comerciante de produtos sujeitos ao imposto, que os forneça aos contribuintes definidos no inciso anterior;
IV – o arrematante de produtos apreendidos ou abandonados, levados a leilão.
Parágrafo único. Para os efeitos deste imposto, considera-se contribuinte autônomo qualquer estabelecimento de importador, industrial, comerciante ou arrematante.
Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF): A Constituição Federal trata deste imposto em seu art. 153, V, onde atribui a União a competência para instituir o imposto sobre operações de crédito, câmbio e seguro ou relativa a títulos ou valores mobiliários, que são denominados como IOF. Segundo Alexandre (2013) tem finalidade extrafiscal, uma vez que possibilita a União intervir no funcionamento do mercado financeiro (aquecendo-o ou esfriando-o de acordo com a necessidade).
O fato gerador a este tributo está no art. 63 do CTN: I - quanto às operações de crédito, a sua efetivação pela entrega total ou parcial do montante ou do valor que constitua o objeto da obrigação, ou sua colocação à disposição do interessado; II - quanto às operações de câmbio, a sua efetivação pela entrega de moeda nacional ou estrangeira, ou de documento que a represente, ou sua colocação à disposição do interessado em montante equivalente à moeda estrangeira ou nacional entregue ou posta à disposição por este; III - quanto às operações de seguro, a sua efetivação pela emissão da apólice ou do documento equivalente, ou recebimento do prêmio, na forma da lei aplicável; IV - quanto às operações relativas a títulos e valores mobiliários, a emissão, transmissão, pagamento ou resgate destes, na forma da lei aplicável. 
A base de cálculo é conforme determina o art. 64 do Código Tributário Nacional:
I – quanto às operações de crédito, o montante da obrigação, compreendendo o principal e os juros;
II – quanto às operações de câmbio, o respectivo montante em moeda nacional, recebido, entregue ou posto a disposição;
III – quanto às operações de seguro, o montante do prêmio;
IV – quanto às operações relativas a títulos e valores mobiliários:
a) na emissão, o valor nominal mais o ágio, se houver;
b) na transmissão, o preço ou o valor nominal, ou o valor da cotação em Bolsa, como determinar a lei.
c) no pagamento ou resgate, o preço.
Os contribuintes deste imposto são, conforme art. 64 do Código Tributário Nacional, quaisquer das partes na operação tributária, como dispuser a lei.
	Imposto Sobre Propriedade Territorial Rural (ITR): o fato gerador deste tributo está definido no art. 29 do Código Tributário Nacional: a propriedade, o domínio útil, ou a posse de imóvel por natureza localizada fora da zonaurbana do município.
	O CTN também define sua base de cálculo no art. 30, que define-o como valor fundiário. No entanto, de acordo com a legislação específica (art. 35 do Regulamento do ITR e art. 10 § 1º, I, da Lei 9.393/1996) o valor fundiário é o valor da terra nua tributável, ou seja, o valor do imóvel excluídos os valores relativos a construções, instalações, benfeitorias, culturas permanentes e temporárias, pastagens cultivadas e melhoradas, e florestas plantadas.
	O contribuinte do ITR é o proprietário de imóvel, titular de seu domínio útil, ou o seu possuidor a qualquer título.
 Imposto Sobre Grandes Fortunas (IGF):Está disposto no art. 153, VII, da Constituição Federal, que atribuiu a União a competência para instituir imposto sobre grandes fortunas nos termos da Lei Complementar. Segundo Alexandre (2013) a União não exerceu ainda essa competência. 
A União pode, ainda, obedecendo a critérios constitucionais, instituir outros Impostos além desses. E, em casos especiais, o Imposto Extraordinário de guerra - IEG.
	De todos os tributos citados acima, Alexandre (2013) afirma, com base na Constituição Federal de 1988, que a União somente não exerceu sobre o Imposto Sobre Grandes Fortunas. E além das competências ordinárias, a União possui as Competências Residual e Extraordinária previstas nos incisos I e II do art. 154 da Constituição Federal.
		
5.2 - Tributos de Competência dos Estados
Taxas: Assim como na esfera da União, os Estados poderão instituir taxa em razão do exercício do poder de policia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos ou divisíveis, prestados aos contribuintes ou postos a sua disposição.
Contribuições de Melhorias, Decorrente de Obras Públicas: Em que o fato gerador será a valorização imobiliária em virtude de obras públicas.
Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) – imposto cobrado sobre qualquer produto ou serviço usado na esfera estadual. Cada estado tem autonomia para determinar o percentual de ICMS a ser cobrado. E tem como fato gerador: a saída de mercadoria de estabelecimento do contribuinte; o desembaraço aduaneiro de mercadorias importadas; o início da execução do serviço de transporte intermunicipal e interestadual e a entrada no estabelecimento de mercadorias ou serviços, oriundos de outras UF que não estejam vinculadas à operação subsequente. (Para cálculo do diferencial de alíquota). A base de calculo é o próprio montante do tributo. 
Os contribuintes deste imposto são definidos no art. 4º da Lei Complementar 87/1996, que determina o seguinte: 
Contribuinte é qualquer pessoa, física ou jurídica, que realize, com habitualidade ou em volume que caracterize intuito comercial, operações de circulação de mercadoria ou prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior.
Parágrafo único. É também contribuinte a pessoa física ou jurídica que, mesmo sem habitualidade: 
I - importe mercadorias do exterior, ainda que as destine a consumo ou ao ativo permanente do estabelecimento; 
II - seja destinatária de serviço prestado no exterior ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior; 
III - adquira em licitação de mercadorias apreendidas ou abandonadas; 
IV - adquira lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos derivados de petróleo oriundos de outro Estado, quando não destinados à comercialização.
Imposto Sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) – Incide sobre a propriedade de veículos automotores, com a fabricação e circulação autorizada e destinada ao transporte de mercadorias, pessoas ou bens, ou seja, qualquer veículo automotor que tenha sido licenciado no estado. Segundo Alexandre (2013) não há norma nacional definindo fato gerador, base de cálculo e contribuinte do IPVA o que defere aos Estados o exercício da competência legislativa plena em tal matéria. 
Imposto Sobre Transmissão “Causa Mortis” e Doações (ITCMD) – é também conhecido popularmente de “imposto do inventário”, e segundo Alexandre (2013) possui natureza eminentemente arrecadatória (fiscal).
O Código Tributário Nacional é quem disciplina este imposto e define como fato gerador em seu artigo 35, que é a transmissão, por causas mortis ou por doações, de quaisquer bens ou direitos, ou seja, o ITCMD é cobrado em caso de transmissão de bem por herança ou dívida. O autor (acima citado) descreve com base no art. 38 do CTN que a base de cálculo como o valor de mercado dos bens ou direitos transmitidos. Ainda nos termos do Código Tributário Nacional, art. 42, os contribuintes deste imposto são considerados sendo quaisquer das partes na operação tributada.
5.3 - Tributos de Competência dos Municípios	
Taxas - Assim como na esfera da União e Estados, os Municípios poderão instituir taxa em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos ou divisíveis, prestados aos contribuintes ou postos a sua disposição.
Contribuições de Melhorias, Decorrente de Obras Públicas - em que o fato gerador será a valorização imobiliária em virtude de obras públicas.
Imposto Sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) – Possui característica predominantemente fiscal, sendo importante fonte de arrecadação municipal. Alexandre (2013) destaca que o IPTU, ao contrário do ITR, incide sobre os imóveis localizados em zona urbana. 
Segundo o art. 32 do Código Tributário Nacional, o IPTU tem como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de bem imóvel por natureza ou por acessão física, localizado na zona urbana do município. E sua base de cálculo é o valor venal do imóvel. Os contribuintes do IPTU são definidos pelo art. 34 do CTN, como todo proprietário do imóvel, o titular do seu domínio útil, ou o seu possuidor a qualquer titulo. 
Imposto Sobre a Transmissão de Bens Imóveis (ITBI) –sua tributação tem finalidade fiscal. O fato gerador é a transmissão inter vivos, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição. (CF, art. 156 inc. II), sua base de calculo está definida no art. 38 do CTN: “(...) a base de calculo do imposto é o valor venal dos bens ou direitos transmitidos, ou seja, o valor de mercado.
O contribuinte desse imposto é caracterizado pelo art. 42 do Código Tributário Nacional, que define como qualquer das partes na operação tributada, como dispuser a lei.
Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza (ISSQN) –o tributo possui nítida finalidade fiscal, constituindo-se em importantes fontes de recursos para o desempenho da atividade financeira do município (ALEXANDRE, 2014, p.631). O fato gerador está definido no art. 1º da Lei Complementar 116/2003, que pode ser resumido como a prestação por empresas ou profissional autônomo, com ou sem estabelecimento fixo, de serviços incluídos na lista estabelecida na referida Lei. A base de cálculo para este imposto é o preço do serviço, e não poderia ser diferente, visto que a base de calculo deve ser sempre uma grandeza que quantifique a riqueza tributada pelo imposto, e o contribuinte é o prestador dos serviços.
6-Repartição das Receitas Tributárias - Histórico
A partir da criação do Estado Federativo Brasileiro em 15 de novembro de 1889, com a Proclamação da República, pode-se observar os três entes federativos, sendo eles a União, os Estados-Membros e os Municípios, criados a partir do Decreto n°1, sendo implantado a partir de 1891 com a Constituição Federal. Com isso, os mesmos alcançaram competência para a arrecadação tributária, havendo assim a possibilidade desta arrecadação ser repartida entre os entes.
O início da República foi definido por grandes dificuldades financeiras herdadas pelo antigo império e a abolição dos escravos. 
A Constituição não fazia menção à discriminação dos produtos de arrecadação estipulada, mas no art. 5° dizia que cada Estado era responsável pelassuas necessidades administrativas, recorrendo a União somente em casos de calamidade pública, fica explicito em seu texto que ela não buscava a diminuição das desigualdades regionais.
A Revolução dos anos 30, assim como a crise econômica do setor cafeeiro, ditou uma nova fase da republica, onde a burguesia perde o poder de administrar financeiramente suas regiões, abrindo espaço para a esfera federal.
Com a Constituição de 1934, ampliou os poderes da União. A partir da mesma, desenvolveu-se a repartição tributária, como explica Andrade (2010):
Com a Carta Política de 34 surgiram os impostos regionais, consubstanciados pela criação do imposto de indústria e profissões, regulado e lançado pelos Estados, mas com o produto da arrecadação dividido igualmente entre o Estado e seus Municípios. Todavia, o maior interesse dos Estados em seus impostos exclusivos prejudicou esse tipo de transferência.
A Constituição de 1934 criou também os impostos arrecadados pela União e Estados, onde o seu produto de arrecadação era dividido entre os entes federativos (União com 30%, Estados com 50% e Municípios com 20%). Nela também surge a possibilidade de transferências de impostos que pertence aos Estados para os Municípios e também foi a partir dela que o auxílio ao Nordeste se tornou obrigatório.
Mais na frente, com o golpe militar de 1964, a concentração de poderes a União foi tamanha. Na esfera tributária essa concentração de tributos de competência da União foi de igual tamanho, alterando sua estrutura, estabelecendo um rigoroso controle tributário.
Essa reforma tributária estabeleceu as entidades o mínimo de recursos para suprir suas funções, onde o sistema de transferências intergovernamentais garantia o mínimo de receitas para entidades de precária capacidade tributária.
Com o estabelecimento da Constituição de 1988, estabeleceu-se o fortalecimento da Federação, assegurando este sistema como cláusula pétrea, promovendo também, o desenvolvimento da autonomia fiscal dos Estados e Municípios e a descentralização dos recursos tributários e sua transferência a União.
Segundo Andrade (2010), atualmente além das receitas transferidas pela União aos Estados, Distrito Federal e Municípios transfere através dos fundos de participação, a mesma transfere para as esferas de governo:
3% do produto de arrecadação dos impostos sobre produtos industrializados, aos Estados o Distrito Federal, proporcionalmente ao valor das respectivas exportações de produtos industrializados; 50% do imposto territorial rural (ITR) aos Municípios onde a arrecadação for efetuada; 30% do imposto sobre operações financeiras (IOF) – ouro, aos Estados e 70% aos Municípios produtores de ouro; 2/3% da distribuição do salário educação destinam-se ao estado onde a arrecadação for efetuada.
6.1 - Conceito
O sistema de repartição de receitas tributárias ocorre entre os entes federativos, União Federal, pela qual é instituída uma transferência de rendas entre os entes, pois os recursos financeiros decorrentes da receita tributária por si só não seriam suficientes para garantir a autonomia dos Estados, Municípios e DF.
 Segundo Alexandre (2013),
	Para atingir a autonomia financeira necessária à efetividade do poder de auto-organização e normatização, autogoverno e auto administrativo, o legislador contribuinte brasileiro se utilizou de duas técnicas de repartição de renda: a atribuição de competência tributária própria (discriminada por fonte) e a participação dos entes menores na receita arrecadada pelos entes maiores (discriminação por produto). Assim, o sistema brasileiro de discriminação de rendas tributárias se classifica como misto.’
Desta forma a União entrega parcela de sua arrecadação para Estados, Distrito Federal e Municípios, não recebendo repasses constitucionais de nenhum deles. Os estados repartem parcela de suas receitas com os municípios situados em seu território, não recebendo deles qualquer repasse. Os Municípios podem ser o menor ente federado não faz nenhum repasse aos demais entes. O mesmo ocorre com o Distrito Federal, que, por não poder ser dividido em Municípios de acordo com o Art. 32, caput, da CF/1988, não possui um ente que lhe seja menor, de forma a não efetuar repasses constitucionais.
	Esta participação na parcela da arrecadação do ente maior pode ocorrer de duas formas: direta onde os Estados e municípios se apropriam diretamente da parcela que lhe é de direito, e indiretamente onde a participação se opera por meio de fundo e sob a égide de lei complementar como informado na citação abaixo.
 A repartição constitucional de receitas tributárias ocorre basicamente de duas formas: a direta e a indireta. Às vezes, o ente beneficiado pela repartição da receita recebe-a diretamente, sem qualquer intermediário e sem que esta receita faça parte de qualquer fundo constitucional. São os casos de repartição direta. (...) Em outras situações os recursos a serem repartidos são destinados a um fundo de repartição, cujas receitas são divididas entre os beneficiários, seguindo os critérios legais e constitucionais previamente definidos. (...) ao citado fundo, tem-se um exemplo de repartição indireta. (Alexandre, Ricardo 2013)
A Federação tem como característica, a descentralização político-administrativa sob uma base de repartição das competências, sendo elas a legislativa, administrativa e tributária entre os entes federativos dotadas de autonomia. Ela tem por principal objetivo, a preservação da autonomia dos entes políticos.
O princípio da prevalência do interesse é utilizado como critério para definir as competências de cada ente. Conforme Andrade (2010), “se o interesse for local, a competência é do Município, se nacional o interesse, a competência é da União”, sendo que é residual a competência dos Estados.
O poder tributário é de competência partilhada, assim, o poder de instituir e cobrar por tributos são divididos entre os entes federativos, visando garantir a autonomia financeira dos mesmos. Essa arrecadação é feita conforme o quadro abaixo: 
Salientando que ao Distrito Federal, cabe a arrecadação de impostos estaduais e municipais.
É importante diferenciar os conceitos de competência tributária e de repartição da receita tributária quando há suposição de que a entidade que se beneficia possui o direito de pleitear a criação e a cobrança dos tributos passíveis de repartição. 
A competência tributária é “a delimitação do poder de tributar (...) entendido como poder do ente federativo” (ANDRADE, 2010). A repartição das receitas, por sua vez, diz respeito à distribuição do tributo arrecadado, não tendo o ente o poder de tributar, ou seja, não pode fiscalizar, cobrar ou instituir tal tributo.
A repartição dos tributos gera aos estados, Distrito Federal e aos municípios, uma dependência do governo federal, pois cabe a ele a distribuição das receitas mais significativas. De acordo Coelho (2001):
Uma distribuição equitativa dos impostos poderia prescindir desse mecanismo de repartição de receitas tributárias. De fato, não há como deixar de reconhecer que a União além de concentrar em suas mãos os principais impostos, detém tradicionalmente a competência residual nessa matéria.
A atribuição de receitas busca a diminuição do custo na arrecadação dos tributos assim como, a coerência dos objetivos alcançados. Com tudo, a arrecadação e repartição dos tributos de divide da seguinte forma:
	Repartição Geral das Receitas Tributária
Esta participação na parcela da arrecadação do ente maior pode ocorrer de duas formas: direta onde os Estados e municípios se apropriam diretamente da parcela que lhe é de direito, e indiretamente onde a participação se opera por meio de fundo e sob a égide de lei complementar como informado na citação abaixo.
A repartição constitucional de receitas tributárias ocorre basicamente de duas formas: a direta e a indireta. Às vezes, o ente beneficiado pela repartição da receita recebe-a diretamente, sem qualquer intermediário e sem que esta receita faça parte de qualquerfundo constitucional. São os casos de repartição direta. (...) Em outras situações os recursos a serem repartidos são destinados a um fundo de repartição, cujas receitas são divididas entre os beneficiários, seguindo os critérios legais e constitucionais previamente definidos. (...) ao citado fundo, tem-se um exemplo de repartição indireta. (Alexandre, 2013)
6.2 - Repartição Direta
Por assim dizer a repartição direta fica para os Estados, o Distrito Federal e Municípios, “o produto da arrecadação do imposto da União sobre a renda e proventos de qualquer natureza, incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por eles suas autarquias e pelas fundações que instituírem e mantiverem” (Art. 157, I e 158, I da CF).
No sistema constitucional anterior, o imposto de renda só pertencia aos Estados, Distrito Federal e Municípios relativos aos rendimentos proventos do trabalho e títulos de dívida públicos por eles pagos. Os pagamentos recebidos de outros rendimentos estavam sujeitos a retenção e recolhimento aos cofres federais. Por sua vez, na nova Constituição, o IR retido na fonte não são destinados aos cofres federais, permanecendo nos cofres do ente que os recolheu.
Os Estados e o DF também recebem 20% da arrecadação dos impostos que a União instaurar com fundamento em sua competência residual. Os municípios recebem também 50% de toda arrecadação do ITR, ou seja, a União deverá entregar metade do que foi arrecadado, para o município onde o imóvel estiver localizado.
Em suma, na forma direta, o Ente que se beneficiar da repartição do produto arrecadatório, receberá diretamente os recursos, sem intermediários.
6.3- Repartição Indireta
A participação indireta está prevista na Constituição, nos Arts. 159 e 161 e observamos que as repartições são feitas através de fundos.
Fundo financeiro é uma das formas para o armazenamento de receitas para uma aplicação futura em um determinado tipo de investimento regulamentado por lei. As Leis Ordinárias e a Constituição Federal que regem a utilização de tais receitas.
De uma maneira geral, podemos dizer que o conceito de fundo é um conjunto de recursos utilizados como instrumento para a distribuição de riquezas, cujas fontes de receita lhe são destinadas para uma determinada finalidade ou para serem redistribuídas seguindo alguns critérios previamente estabelecidos.
Apesar de a doutrina reconhecer que vários fundos são dotados de capacidade processual, os fundos que aqui serão citados possuem particularidades que os impedem que seja atribuída a natureza jurídica de entidades com capacidade postulacional.
Isso acontece porque os fundos citados não possuem nenhum tipo de autonomia ou liberdade na administração de recursos, tanto com relação aos recebimentos, quanto às distribuições, determinadas por regras estabelecidas na CF e na legislação infraconstitucional.
O fato de os fundos não terem personalidade jurídica, eles também não praticam qualquer ato jurídico, motivo pelo qual eles não podem ser responsabilizados muito menos responsabilizar terceiros por atos que os prejudiquem. Eventuais prejuízos serão possíveis apenas com os destinatários dos recursos dos fundos, que, quando prejudicados terão seus direitos violados e poderão exigi-los por vias próprias.
Perante a Constituição temos os mais importantes fundos:
-Fundo de Participação dos Estados e Distrito Federal (FPE)
-Fundo de Participação dos Municípios (FPM)
-Fundo de Financiamento das Regiões Norte(FNO), Nordeste(FNE) e Centro-Oeste(FCO)
-Fundo de Compensação dos Estados pelas Exportações de Produtos Industrializados, e
-Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (FUNDEF)
Conforme o Art. 159, parágrafo I da Constituição Federal, os seis primeiros fundos são formados por 47% das receitas de IR e IPI. O FUNDEF é constituído pelos recursos próprios do Estado e de seus próprios Municípios de acordo com o Art. 60 e respectivos parágrafos da ADCT.
Os fundos citados fazem com que exista um certo equilíbrio econômico e social entre os Estados e os Municípios. Estabelecendo critérios como superfície, população e inverso da renda per capta nos termos previstos no Art. 161, (parágrafo) II da Constituição Federal, é esse equilíbrio federativo que é procurado com a criação desses fundos.
6.4 – Tributos Não Passíveis de Repartição
Mesmo que os impostos sejam os tributos tecnicamente mais apropriados para adotar a técnica de discriminação por produto, alguns não passam pelo processo de repartição de despesas, sendo que todas as arrecadações de receita desses impostos pertencem ao ente que possua competência para instituí-lo.
O ITBI, IPTU e ISS nunca são repartidos, pois, pertencem aos municípios a que os competem. Os impostos estaduais arrecadados pelo Distrito Federal, mesmo os que sofrem repartição, também não serão repartidos, pois é impossibilitada a existência de municípios em área distrital.
O ITCD (Imposto estadual sobre transmissão causa mortis e doações) não sofre repartição porque compete ao estado sua instituição.
Já os impostos sobre importação, exportação, grandes fortunas e os extraordinários de guerra são instituídos pela União, então também não sofre repartição.
6.5 – Garantias de Repasse
Os recursos derivados da repartição das receitas tributárias, bem como quaisquer recursos públicos, estão sujeitos fiscalização e controle estabelecidos pela CF, onde o controle da Administração Pública é assegurado mediante um órgão controlador, devendo haver um controle interno, condicionado pelos três Poderes controlando seus próprios atos, e um controle externo, realizado pelo Poder Legislativo sobre os demais órgãos.
Os principais órgãos responsáveis pelo controle externo do sistema de repartição são os Tribunais de Contas onde, segundo Andrade (2010) “são órgãos independentes e autônomos, cujas funções lhes são concedidas pela Constituição, e operam como auxiliares do Poder Legislativo”, no que diz respeito ao exercício do controle externo, sem que exista vínculo de hierarquia ou subordinação. O Tribunal não é preposto do Legislativo. 
Os Tribunais de Contas têm funções da maior importância na repartição das receitas, cabendo a eles zelar pela entrega dos recursos às entidades beneficiadas além de fiscalizar o emprego desses recursos. Merece destaque, ainda conforme Andrade (2010) “o seu papel no que se refere aos fundos de participação, pois, segundo disposição da própria Constituição, art. 161, parágrafo único, o Tribunal de Contas da União é o responsável pelo cálculo das quotas e da liberação dos recursos destes fundos.”
Exercida a entrega dos recursos aos entes beneficiários, estes passam a compor as receitas dos mesmos. Levando em consideração, não haver uma destinação específica dos mesmos, passam a ser fiscalizados e controlados por parte dos órgãos responsáveis por estes atos.
Cabe aos Tribunais de Contas da União fiscalizar a correta distribuição dos recursos dos fundos de participação e o cálculo do valor de suas respectivas cotas.
Ainda sobre sua autoridade, este tem o direito de sancionar aos responsáveis por incorreções, aplicando a eles penalidades, que vão desde multa até a inabilitação para o exercício de cargo público, adicionado a possibilidade de afastamento temporário do responsável de suas funções, decretação da indisponibilidade de seus bens, inelegibilidade e outros.
7 – Fundos de Participação – Breve histórico
Os Fundos de Participação é um mecanismo federativo brasileiro, que teve origem com a publicação da Carta Magna de 1934, onde os Estados eram obrigados a entregar, dos impostos que não eram previstos no art. 10 da Constituição regente, dentro do primeiro trimestre do exercício seguinte, 30% à União, e 20% aos Municípios de onde deliberaram.
Se o Estado não realizasse tal pagamento devido à União e/ou aos Municípios, o lançamento e a arrecadação passarão a ser feitos pelo Governo federal, que atribuiria, nesse caso, 30% ao Estado e 20% aos Municípios.
A classificação "Fundo deParticipação dos Municípios e Fundo de Participação dos Estados" foi instituída pelo art. 26 da Constituição Federal de 1967.
As mudanças tributárias concebidas através da Constituição de 1988, no contexto da redemocratização do País, segundo Gasparini; Miranda (2006) “concentraram-se na redistribuição da competência tributária, permitindo o aumento da participação das instâncias subnacionais de governo na receita tributária global”. A nova Constituição beneficiou, assim, a desconcentração tributária com a ampliação da base arrecadatória dos níveis inferiores de governo e proporcionou maior participação dos mesmos nos tributos federais. Isso aconteceu devido a ampliação dos fundos de participação estadual e municipal como pela criação de novos fundos. 
Referência aos percentuais desses fundos temos a seguinte tabela de evolução desses percentuais seguindo seus respectivos dispositivos legais:
Evolução dos percentuais dos Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e Fundo de Participação dos Estados (FPE) 
(Em %) 
___________________________________________________________________________________
 Ano Dispositivo legal FPM FPE______ 
1967/1968 Emenda Constitucional 18/65 10,0 10,0 
1969/1975 Ato Complementar 40/68 5,0 5,0 
1976 Emenda Constitucional 5/75 6,0 6,0 
1977 Emenda Constitucional 5/75 7,0 7,0 
1978 Emenda Constitucional 5/75 8,0 8,0 
1979/1980 Emenda Constitucional 5/75 9,0 9,0 
1981 Emenda Constitucional 17/80 10,0 10,0 
1982/1983 Emenda Constitucional 17/80 10,5 10,5 
1984 Emenda Constitucional 23/83 13,5 12,5 
1985 Emenda Constitucional 23/83 16,0 14,0 
1985/1988 Emenda Constitucional 27/85 17,0 14,0 
1988 Constituição Federal de 1988 20,0 18,0 
1989 Constituição Federal de 1988 20,5 19,0 
1990 Constituição Federal de 1988 21,0 19,5 
1991 Constituição Federal de 1988 21,5 20,0 
1992 Constituição Federal de 1988 22,0 20,5 
1993 Constituição Federal de 1988 22,5 21,5______ 
Fonte: STN (2006) 
7.1 - Fundos de Participação Estadual
Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal (FPE) teve origem através da Emenda Constitucional n°18, de 1º de dezembro de 1965 (modificação feita à Constituição de 1946), art. 21 que, por sua vez exigia a regulamentação do Fundo através de Lei Complementar.
O FPE é uma transferência de dinheiro do Governo Federal para os estados e o Distrito Federal, e tem por objetivo, igualizar a capacidade financeira dos entes que possui menor capacidade de arrecadar impostos com os entes que possui atividade econômica de mais volume e maior probabilidade de obtenção de receitas.
O fundo de participação é distribuído com base em cotas fixas desde 1989, ou seja, cada estado recebe um percentual fixo dos recursos do Fundo. Anteriormente defendia um sistema em que as cotas eram recalculadas anualmente, embasadas em oscilações da renda per capita e população de cada ente. Com isso, estados que se desenvolvessem lentamente ou maior crescimento populacional receberiam uma parcela maior dos recursos desse Fundo.
7.2 - Fundo de Participação Municipal
Como previsto no Art. 159 § I, item B, o Fundo de Participação dos Municípios (FPM) é constituído por 22,5% do que for arrecadado pela União com o Imposto de Renda (IR) e Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI), sendo 90% dessa arrecadação destinada aos municípios e 10% as capitais.
O critério para a repartição para os munícipios é o número de Habitantes. As faixas populacionais são fixadas e cabe a cada uma delas um percentual de participação.
O IBGE, responsável pelo Senso Demográfico, divulga anualmente as estatísticas populacionais dos municípios e o Tribunal de Contas publica no Diário Oficial da União os percentuais dos municípios com bases nessas estatísticas.
De acordo coma a Lei Complementar 62/89, os recursos do FPM deverão ser transferidos nos dias 10,20 e 30 de cada mês, sempre sobre a arrecadação do IR e IPI da década anterior ao repasse.
O Tribunal de Contas da União irá fixar os percentuais individuais para os novos municípios que entrará no somatório geral de cada estado para a repartição dos recursos, que fará com que as cotas individuais de todos os outros sejam reduzidos.
8 – Considerações Finais
Desta forma, como o sistema é um conjunto de elementos que se interagem com o objetivo de formar um todo organizado, com o Sistema Tributário Nacional não poderia ser diferente sendo considerado um conjunto de normas constitucionais de natureza tributária, inserida no sistema jurídico global. 
	Antes da Constituição de 1988, o Código Tributário Nacional definia as espécies tributarias em: impostos, taxas e contribuições de melhoria. Com a Constituição Federal de 1988, houve algumas inovações onde foram acrescentadas como espécies tributárias os empréstimos compulsórios e as contribuições especiais, esta se divide em: Contribuições Sociais, contribuições de Intervenção de Domínio Econômico (CIDE), Contribuições de Iluminação Pública (COSIP), entre outras. Além de tal novidade a Constituição prescreve os princípios tributários que são o verdadeiro alicerce do Sistema Tributário onde se dispõe de fundamentos básicos para melhor entendimento do sistema normativo.
	Conforme foi estudado no trabalho presente, o sistema das receitas tributárias, tem como seu objetivo principal a promoção do equilíbrio financeiro dentre todas as esferas de governo. 
	Há em questão, regiões no país que são capazes de produzir muitas riquezas, assim como existem regiões que necessitam de recursos de outros por serem incapacitados de produzirem tal recurso. 
 Desse modo, segundo Hadara (2001) e Silva (1998), o sistema atuante das repartições tributárias deveria ser modificado, quando se refere as entidades de governo que possuem condições de gerar receitas suficientes para prestação dos serviços públicos de forma autônoma, não dependesse dos recursos repassados pela União. Onde as entidades que não possuem essa capacidade de geração de riqueza, seria beneficiada pelos repasses federais, evitando as desigualdades regionais, que é também objetivo desse sistema. 
 Contudo, visto no presente estudo, conclui-se que, o sistema da repartição das receitas tributárias, foi a solução encontrada pelos legisladores frente a dificuldade de se modificar as competências tributárias previstas pela Constituição.
Referências
ALEXANDRE, Ricardo. Direito Tributário Esquematizado / Ricardo Alexandre. – 7. ed. rev. e atual. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2013.
ANDRADE. Luana de Oliveira. A repartiçãodas receitas tributárias. Rio de Janeiro, 2010. Disponível em: <http://www.scielo.br/>. Acesso em: 11 nov. 2014. 
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil: texto constitucional promulgado em 5 de outubro de 1988, com as alterações determinadas pelas Emendas Constitucionais de Revisão nº 1 a 6/94, pelas Emendas Constitucionais nº 1/92 a 81/2014 e pelo Decreto Legislativo nº 186/2008. – Brasília: Senado Federal, Coordenação de Edições Técnicas, 2014. 478 p.
________. Ministério da Fazenda. Secretaria do Tesouro Nacional. Disponível em http://www3.tesouro.fazenda.gov.br/servicos/download/cartFPEeFPM.pdf. Acesso em 16/11/2014. 
_______. Receita Federal do Brasil: Conceito de IPI. Disponível em: http://www.receita.fazenda.gov.br/pessoajuridica/ipi/conceito.htm. Acesso em 16 de Novembro de 2014.
________. Tribunal de contas da União – TCU. Disponível em: http://portal2.tcu.gov.br/TCU. Acesso em 16/11/2014. 
GASPARINI. C. E.; RAMOS, F. S. Avaliação da eficiência pública municipal: o caso de Pernambuco. Revista Econômica do Nordeste, v. 34, n. 2, p. 288-307, abr.-jun. 2003. 
HARADA, Kiyoshi. Direito Financeiro e Tributário / KiyoshiHarada. – 20. ed. – São Paulo: Atlas, 2011.
ICHIARA, Yoshiaki. Direito Tributário: atualizado de acordo com as Emendas Constitucionais/ Yoshiaki Ichiara. – 16. Ed. – São Paulo : Atlas, 2009.
SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. 15 ed. São Paulo: Malheiros Editores, 1998.
Anexo I – Slides
Anexo II – Questionário
1. Que inovações a Constituição Federal de 1988 trouxe ao sistema tributário brasileiro?
A Constituição Federal de 1988 trouxe como inovação a redefinição da repartição de receitas entre os Entes federativos (União, Estados, D. F. e Municípios) e de suas competências. E também a inovação ao sistema tributário prevendo os empréstimos compulsórios e as contribuições especiais como espécies tributárias, que antes eram definidos apenas os impostos, taxas e contribuições de melhoria.
2. Discorra sobre princípios tributários.
A Constituição Federal prescreveu inúmeros princípios tributários, visando a preservação do regime político adotado, à saúde da economia, ao respeito aos direitos fundamentais e a proteção de valores espirituais. Por isso, esses princípios tributários são conhecidos como limitações constitucionais ao poder de tributar, onde temos:
Princípio da Legalidade Tributária – A origem desse princípio, de natureza nitidamente política, está ligada à luta dos povos contra a tributação não consentida. Assim o princípio da legalidade garante ao contribuinte que é vedada a cobrança e o aumento do tributo sem lei que o estabeleça.
Princípio da Anterioridade – Pelo Princípio da anterioridade, os entes tributantes (U, E, DF e M) não podem cobrar tributos no mesmo exercício financeiro em que tenha sido publicada a Lei. A expressão “exercício financeiro” deve ser assimilada como “ano fiscal” que, no Brasil, coincidentemente representa o ano civil (de 1° de Janeiro a 31 de Dezembro).
 O Princípio da Anterioridade deriva do Princípio da segurança jurídica, garantindo inicialmente, que o contribuinte não seja surpreendido por uma nova exigência tributária. Pode se fundamentar em : 
Exercício Financeiro
Nonagesimal ou Noventena
 Princípio da Isonomia Tributária – A isonomia segue o princípio no qual todos são iguais perante a lei. Para exemplificar podemos citar o Imposto de renda, onde suas alíquotas dependem da capacidade contributiva do sujeito passivo. (Artigo 150. Inciso, II ).
 Princípio da Capacidade Contribuitiva – Os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultando à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.
(Inscrito no § 1° do art. 145 da CF/88).
Princípio da Vedação de Efeitos Confiscatórios – Confiscar é tomar para o Fisco, desapossar alguém de seus bens em proveito do Estado, porém, é fora de dúvida que tributo de efeito confiscatório não se confunde com aquele confisco relacionado com a infração e que é o único admitido pela doutrina e jurisprudência. Tributos confiscatórios são aqueles que absorvem todo o valor da propriedade, aniquilam a empresa ou impedem o exercício de uma atividade lícita e moral. 
Princípio da Imunidade - A imunidade para tributos representa uma delimitação negativa da competência tributária. É que o Legislador constituinte adotou a técnica de traçar, de modo cuidadoso, as áreas que refutam a incidência das exações tributárias, levando em consideração nosso sistema rígido de distribuição de competências impositivas. O Princípio da Imunidade pode se subdividir em:
Princípio da Imunidade Recíproca - É vedado aos Entes Federativos instituir impostos sobre o patrimônio, renda ou serviços uns dos outros. A constituição vem contemplando o princípio de imunidade recíproca, de sorte que nenhuma entidade política poderá exigir impostos sobre o patrimônio, a renda ou serviços de outra. 
Princípio da Imunidade Genérica e Específica - É vedado aos Entes Federativos instituir impostos sobre templos de qualquer culto; patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais de trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendendo os requisitos da lei; livros, jornais, periódicos e o papel destinado à sua impressão. 
Princípio da imunidade de Tráfego Interestadual e Intermunicipal -Objetiva assegurar a livre circulação de bens e de pessoas ou meios de transportes, que não pode ser limitada ou embaraçada por tributação interestadual ou municipal ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo poder público.
Princípio da Uniformidade - É vedado à União, instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou que implique distinção ou preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em detrimento de outro, admitida a concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento socioeconômico entre as diferentes regiões do País.
Princípio da Transparência - Destina-se a mostrar à sociedade a carga tributária embutida em produtos e serviços da tributação indireta do IPI, ICMS e ISSQN. Um exemplo desse princípio é a Lei Complementar nº 101/2001, ou seja, a Lei de Responsabilidade Fiscal. A referida norma é a regulamentação do art. 163 da Constituição Federal, ao dispor sobre os princípios e normas de finanças públicas e estabelecer um “regime de gestão fiscal responsável”
3. Discorra sobre os tipos de competência tributárias existentes.
O poder de criar tributos é repartido entre vários entes políticos, de modo que cada um tem competência para impor prestações tributarias, dentro da esfera que lhe é assinalada pela constituição. Temos assim a competência tributária, ou seja, aptidão de criar tributos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
Dentre as diversas classificações da competência tributária temos:
	Tipologia da competência tributária - Resumo
	- Competência comum: É a competência que todos os entes federados detêm para a instituição de taxas e contribuições de melhoria.
	- Competência privativa: os impostos passiveis de instituição constam, todos, na Constituição, que os atribui a cada ente, com exclusividade.
	- Competência cumulativa: (1°) como o Distrito Federal não pode subdividir-se em Municípios, cabe lhe a instituição dos impostos municipais em sua área;(2°) como os territórios não tem competência tributária, é a União quem lá institui os impostos estaduais e, se o Território não for dividido em Municípios, também os impostos municipais.
	- Competência residual: só a União pode instituir tributos ou contribuição nova, não especificamenteprevista na Constituição.
	- Competência extraordinária: a União pode instituir, na eminencia ou em caso de guerra externa, impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação.
			Tipologia da competência tributária- Tributos
	Competência
	Tributos abrangidos
	Comum
	Taxas e contribuições de melhoria
	
Privativa
	- Impostos, contribuições e empréstimos compulsórios. 
	
Cumulativa
	- União: impostos, contribuições e empréstimo compulsórios;
- União: impostos municipais em Território Federal não dividido em Municípios;
- Distrito Federal: impostos residuais;
	Residual
	- União: impostos residuais (CF, art.154, I), contribuições residuais (CF, art. 195, § 4°);
	Extraordinária
	- União: Impostos extraordinários de guerra (CF, art. 154, II).
	
4. Quais os tributos de competência da União?
De acordo a Constituição Federal de 1988, a União pode instituir os seguintes Tributos: 
	Taxas: Em razão do exercício do poder de policia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos ou divisíveis, prestados aos contribuintes ou postos a sua disposição.
Contribuições de melhorias, decorrente de obras publicas: Em que o fato gerador será a valorização imobiliária em virtude de obras públicas.
Empréstimo Compulsório: Para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência e no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional.
Contribuições Especiais: São tributos qualificados por sua destinação, pelo destino das receitas auferidas. É um tributo criado, no sistema jurídico, para custear atividades estatais específicas. São divididas em: Contribuições Sociais, Contribuições de Seguridade Social e outras Contribuições, Contribuições Sociais Gerais, Contribuições de Intervenção do Domínio Econômico (CIDE), Contribuições de Interesse da Categorias Profissionais ou Econômicas – Contribuições Coorporativas e por fim as Contribuições de Iluminação Pública (COSIP).
Imposto Sobre Importação (II): Em como fato gerador a entrada de mercadoria estrangeira no território nacional.
Imposto Sobre Exportação (IE): Tem como fato gerador a saída de mercadoria do território nacional.
Imposto Sobre Rendas e Proventos de Qualquer Natureza (IR): A aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica de renda e de proventos de qualquer natureza.
Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI): O desembaraço aduaneiro de produto de procedência estrangeira, ou a saída de produto do estabelecimento industrial, ou equiparado ao industrial.
Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF): O IOF ocorre em qualquer tipo de operações de crédito, câmbio, seguro e qualquer outro tipo de operações relacionadas a títulos e valores mobiliários. 
	Imposto Sobre Propriedade Territorial Rural (ITR): Incide sobre o domínio útil, ou a posse de imóvel por natureza localizada fora da zona urbana do município.
	Imposto Sobre Grandes Fortunas ( IGF): Imposto de competência da União que depende da regulamentação por lei complementar, ainda inexistente.
		
5. Quais os tributos de competência dos Estados?
Taxas: instituída em razão do exercício do poder de policia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos ou divisíveis, prestados aos contribuintes ou postos a sua disposição.
Contribuições de melhorias, decorrente de obras publicas: em que o fato gerador será a valorização imobiliária em virtude de obras públicas.
Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) – imposto cobrado sobre qualquer produto ou serviço usado na esfera estadual. Cada estado tem autonomia para determinar o percentual de ICMS a ser cobrado. E tem como fato gerador: a saída de mercadoria de estabelecimento do contribuinte; o desembaraço aduaneiro de mercadorias importadas; o início da execução do serviço de transporte intermunicipal e interestadual e a entrada no estabelecimento de mercadorias ou serviços, oriundos de outras UF que não estejam vinculadas à operação subsequente.
Imposto Sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) – Incide sobre a propriedade de veículos automotores que tenha sido licenciado no estado. 
Imposto Sobre Transmissão “Causa Mortis” (ITCM) – é também conhecido popularmente de “imposto do inventário”, é cobrado em caso de transmissão de bem por herança ou dívida.
6. Quais os tributos de competência dos municípios?	
Taxas: instituídas em razão do exercício do poder de policia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos ou divisíveis, prestados aos contribuintes ou postos a sua disposição.
Contribuições de melhorias, decorrente de obras publicas: em que o fato gerador será a valorização imobiliária em virtude de obras públicas.
Imposto Sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) - tem como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de bem imóvel por natureza ou por acessão física, localizado na zona urbana do município.
Imposto Sobre a Transmissão de Bens Imóveis (ITBI) – transmissão inter vivos, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição.
Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza (ISSQN) - tem como fato gerador a prestação por empresas ou profissional autônomo, com ou sem estabelecimento fixo, de serviços incluídos na lista estabelecida na Lei Complementar n.º 116/2003.
7. Discorra sobre a repartição das receitas pela União.
	REPARTIÇÃO DAS RECEITAS PELA UNIÃO
	IMPOSTO
	ESTADOS
	MUNICÍPIOS
	IRRF
	100%
	100%
	Impostos de Competência Residual
	20%
	****
	IPI
	10%
	****
	CIDE Combustíveis
	29%
	****
	IOF
	30%
	70%
	ITR
	****
	50% imóveis do DF, ressalva a hipótese art. 153 (100% se optarem pela cobrança) 
8. Discorra sobre a repartição das receitas pelos Estados.
	REPARTIÇÃO DAS RECEITAS PELOS ESTADOS
	IMPOSTO
	MUNÍCÍPIOS
	OBS.
	IPVA
	50%
	Veículos licenciados em seus territórios
	ICMS
	25%
	****
	IPI
	2,5%
	Equivale a 25% dos 10% que os Estados recebem da União
	CIDE Combustíveis
	25%
	Dos 29% que o Estado recebe da União
9. Como fica a composição geral das receitas dos municípios após a repartição tributária?
	RECEITAS TRIBUTÁRIAS DO MUNICIPIO APÓS REPARTIÇÃO
	ENTE REPARTIDOR 
	IMPOSTO
	MUNICÍPIOS
	MUNICÍPIOS
	UNIÃO
	IRRF
	100%
	Recebidos da União
	
	IOF
	70%
	Recebidos da União
	
	ITR
	50%
	Ressalva a hipótese art. 153 (100% se optarem pela cobrança). Recebidos pelo União
	ESTADOS
	IPVA
	50%
	Veículos licenciados em seus territórios. Recebidos pelo Estado
	
	ICMS
	25%
	****
	
	IPI
	2,5%
	Equivale a 25% dos 10% que os Estados recebem da União
	
	CIDE Combustíveis
	25%
	Dos 29% que o Estado recebe da União
10. Discorra sobre o fundo de participação dos estados (FPE) e dos municípios (FPM).
Pela Constituição Brasileira, o FPE e o FPM foram criados com o objetivo de promover o equilíbrio socioeconômico entre os Estados e Municípios. O Fundo de Participação é uma transferência constitucional (CF, Art. 159, I, b), composto de 22,5% da arrecadação do Imposto de Renda e do Imposto sobre Produtos Industrializados. A distribuição dos recursos aos Municípios é feita de acordo o número de habitantes. São fixadas faixas populacionais, cabendo a cada uma delas um coeficiente individual. 
FUNDO DE PARTICIPAÇÃO DOS ESTADOS/DF (FPE): 21,5% do IPI E IR, já excluindo o IRRF que pertence integralmente aos Estados; 
FUNDO DE PARTICIPAÇÃO DOS MUNICÍPIOS (FPM): 22,5% +1% da arrecadação do IPI e do IR já excluindo a parcela do IRRF que pertence integralmente aos municípios.

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