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Universidade Federal da Integração Latino-Americana Instituto Latino-Americano de Tecnologia, Território e Infraestrutura Engenharia de Energia Prof. Fabyo Luiz Pereira fabyo.pereira@unila.edu.br UNILA – ILATTI – EE Foz do Iguaçu / PR Aula 13 – Geradores de Vapor (Parte 1) EER0013 – Máquinas Térmicas EER0013 – Máquinas Térmicas 2 / 24 Tópicos da Aula ● Geradores de Vapor: ● Principais componentes: ● Fornalha. ● Caldeira. ● Superaquecedor. ● Atemperador. ● Economizador. ● Aquecedor de ar. ● Classificação de caldeiras: ● Aquotubulares. ● Flamotubulares. ● Elétricas. ● Tipos de Fornalhas: ● De queima em suspensão. ● De queima em grelha. ● De queima em leito fluidizado. ● Fornalhas: ● Volume da fornalha. ● Queimadores. ● Ar de combustão. ● Taxa de carregamento. ● Tecnologias de queima de combustíveis: ● Queima de óleo. ● Queima de carvão pulverizado. ● Queima em grelha. ● Queima em leito fluidizado. 3 / 24 Componentes de um Gerador de Vapor Aquotubular ● Componentes de um Gerador de Vapor Aquotubular: ● Fornalha ou Câmara de combustão. ● Caldeira: ● Paredes d'água. ● Tambor. ● Superaquecedor: ● Radiante. ● Convectivo. ● Misto (radiante + convectivo). ● Atemperador. ● Reaquecedor (opcional). ● Economizador (opcional). ● Aquecedor de ar (opcional). 4 / 24 Componentes de um Gerador de Vapor Aquotubular ● Fornalha ou Câmara de Combustão: ● É onde ocorre a conversão da energia química do combustível em energia térmica. ● Queimadores sopram a mistura de carvão pulverizado e ar. ● Cinzas pesadas caem por gravidade no fundo. ● Cinzas leves são arrastadas pelos gases. ● Caldeira: ● É onde ocorre a mudança de fase da água líquida para vapor. ● Composta pelas paredes d'água e pelo tambor. ● Paredes d'água: Tubos dispostos lado a lado nas paredes. ● Tambor: ● Acumula o vapor saturado formado após a água circular por diferença de densidade nas paredes d'água. ● Possui a função de separar o vapor do líquido saturado. ● O vapor sai do tambor e segue aos superaquecedores. 5 / 24 Componentes de um Gerador de Vapor Aquotubular ● Superaquecedor: ● São trocadores de calor que objetivam aumentar a temperatura do vapor saturado vindo do tambor, transformando-o em vapor superaquecido, que é então enviado à turbina a vapor. ● Composto por um ou mais feixes tubulares. ● Absorvem energia por radiação e convecção. ● Atemperador: ● Objetiva controlar a temperatura final do vapor superaquecido que é enviado à turbina a vapor. ● O controle é feito injetando água líquida ou vapor saturado, quando o vapor superaquecido possui uma temperatura maior que a desejada. 6 / 24 Componentes de um Gerador de Vapor Aquotubular ● Reaquecedor: ● São trocadores de calor que possuem a mesma função do superaquecedor. ● Usado quando a turbina a vapor possui mais de um estágio, sendo necessário elevar a temperatura do vapor para o estágio seguinte. ● Economizador: ● São trocadores de calor que objetivam pré-aquecer a água líquida de alimentação. ● Instalado após os superaquecedores, absorvendo o calor residual dos gases de combustão. ● Aumenta o rendimento térmico da instalação. ● Minimiza o choque térmico. 7 / 24 Componentes de um Gerador de Vapor Aquotubular ● Aquecedor de ar: ● São trocadores de calor que objetivam pré-aquecer o ar de combustão, através da absorção do calor residual contido nos gases de combustão após passar pelo superaquecedor, reaquecedor e economizador. ● Contribui para aumentar a eficiência energética da planta. ● Temperatura final dos gases de combustão: ● Fator determinante do real aproveitamento térmico das unidades geradoras de vapor. ● Deve ficar entre 120 a 300oC. ● Geralmente se localiza depois do economizador. 8 / 24 Componentes de um Gerador de Vapor Aquotubular ● Correntes Paralelas x Correntes Opostas: ● Trocadores de calor que operam com correntes opostas (ou contra-corrente) são mais vantajosos que aqueles que operam com correntes paralelas, pois: ● Possuem maior eficiência. ● Apresentam menores superfícies de aquecimento. 9 / 24 Classificação de Caldeiras ● Classificação de caldeiras: ● Aquotubulares: ● Água circula pelos tubos (gases de combustão circulam por fora). ● Uso abrangente, atendendo desde pequenas fábricas a grandes centrais. ● Produzem vapor superaquecido (até 25 Mpa). ● Vapor é usado para acionamento mecânico (turbinas a vapor). ● Flamotubulares: ● Gases de combustão circulam pelos tubos (água circula por fora). ● Uso limitado a instalações de pequeno porte. ● Produzem vapor saturado (p ≤ 1,5 Mpa), com vazões mássicas ≤ 15 t/h. ● Vapor é usado em processos industriais (aquecimento, cocção, etc). ● Elétricas: ● Convertem a energia elétrica diretamente em energia térmica (efeito Joule). ● Usam resistências elétricas ou eletrodos. ● Uso restrito às regiões onde a energia elétrica é abundante e barata. 10 / 24 Fornalhas ● Fornalhas de queima em suspensão: ● Possuem aplicação abrangente. ● Permitem a queima de óleo, carvão pulverizado, casca de arroz, gás natural, serragem, resíduos industriais, etc. ● Fornalhas de queima em leito fluidizado: ● Aplicação restrita a carvões com alto teor de cinzas. ● Consomem combustíveis sólidos como carvão. ● Fornalhas de queima em grelha: ● Restrita a unidades de pequeno e médio porte. ● Consomem combustíveis sólidos como carvão mineral, carvão vegetal e lenha. 11 / 24 Fornalhas ● Volume da Fornalha: ● Deve ser suficiente para garantir uma combustão eficiente. ● Volumes pequenos: Combustão parcial com presença de incombusto nos gases. ● Volumes grandes: Menores temperaturas da fornalha (maior área superficial), dificultando a ignição. ● Carga térmica volumétrica: ● Depende do tipo de combustível, capacidade do gerador, processo de queima e características da câmara de combustão. ● Pode ser determinada por: q̄= q˙V cc 12 / 24 Fornalhas ● Queimadores: ● Equipamentos compactos instalados em fornalhas de queima em suspensão. ● Promovem o insuflamento e combustão da mistura ar + combustível na fornalha. ● Devem garantir chama estável e transferência de calor homogênea para as paredes d'água. ● Seu número depende da capacidade individual e da carga térmica da câmara. ● Disposição dos queimadores: ● Posição frontal: Mais comum para queima de carvão pulverizado e praticamente em todas as fornalhas a óleo. ● Posição vertical: Conveniente para fornalhas a carvão pulverizado com fundo úmido. ● Posição tangencial: Queimadores nos cantos da fornalha, que provocam um movimento rotacional de alta turbulência sobre o núcleo da chama. 13 / 24 Fornalhas ● Ar de Combustão: ● Primário: ● Usado para nebulização do óleo, transporte de partículas de combustível pulverizado ou na destilação preliminar de hidrocarbonetos. ● Secundário: ● Lançado de encontro à nuvem de mistura ar + combustível. ● Assegura uma combustão completa e estável. ● Terciário: ● Raramente usado. ● Mesmo objetivo do ar secundário. 14 / 24 Fornalhas ● Taxa de Carregamento: ● Define preliminarmente as dimensões de uma grelha para queima de combustíveis sólidos. ● Depende: ● Do tipo de grelha. ● Do tipo de combustível. ● Da tiragem dos gases de combustão. ● Pode ser determinada por: m̄cb= m˙cb Ag 15 / 24 Tecnologias de Queima de Combustíveis ● Queima de Óleo: ● Geralmente é utilizada para dar a partida em fornalhas de queima em suspensão. ● Densidades de potência:● Caldeiras flamotubulares Até 2.000 kW/m→ 3. ● Caldeiras aquatubulares Menores que 400 kW/m→ 3. 16 / 24 Tecnologias de Queima de Combustíveis ● Tipos de Queimadores de Óleo: Nebulização mecânica de pressão direta. Nebulização mecânica de pressão direta com retorno de óleo. Nebulização mecânica com fluido auxiliar. Nebulização mecânica por copo rotativo. 17 / 24 Tecnologias de Queima de Combustíveis ● Queima de Carvão Pulverizado: ● O uso de carvão exige cuidados com: ● Estabilidade da chama. ● Preparação (esteiras, silos, moinhos). ● Exige investimentos adicionais. ● Ar de combustão: ● Pré-aquecido pelos gases de combustão no aquecedor de ar. ● Uma parte é desviada para classificar, pré-secar e transportar o carvão pulverizado dos moinhos até os queimadores. ● Carvão pulverizado: ● Granulometria é variável. ● Boa pulverização 70 a 90% do carvão tem granulometria inferior a 75 → μm. 18 / 24 Tecnologias de Queima de Combustíveis ● Vantagens do Uso de Carvão Pulverizado: ● Atendem a caldeiras de grande porte. ● Alta eficiência térmica. ● Combinadas com queimadores a óleo ou a gás. ● Flexibilidade de operação (resposta rápida). ● Queimadores: ● Diversos tipos estão disponíveis. ● Defletores causam movimento (turbulência) de rotação nos dois jatos. ● Problema constante: ● Manter as condições de operação desejadas. ● Qualquer flutuação na demanda de vapor altera a temperatura de saída dos gases no topo da câmara de combustão. ● Queimadores inclináveis ou em diversos níveis viabilizam o reestabelecimento das condições desejadas de forma rápida e segura. 19 / 24 Tecnologias de Queima de Combustíveis ● Tipos de Fornalhas de Carvão Pulverizado: Fornalha de fundo seco. Fornalha de fundo úmido. Fornalha tipo ciclone. Comparação de porcentagem de cinzas retidas em unidades de 600 MW. 20 / 24 Tecnologias de Queima de Combustíveis ● Queima em Grelha: ● Atendem a caldeiras de pequeno e médio porte. ● Se adaptam ao consumo de vários tipos de combustíveis (carvão, lenha, bagaço de cana, resíduos industriais, etc). ● Queima de combustível é parcial Presença de carbono incombusto no cinzeiro.→ ● Área da grelha é determinada pela taxa de carregamento, que depende: ● Do tipo de grelha. ● Do grau de automação. ● Da forma de alimentação e extração de cinzas. ● Tipo de combustível, quantidade de cinzas e teor de voláteis. ● Fluxo de ar e tiragem dos gases de combustão. 21 / 24 Tecnologias de Queima de Combustíveis ● Tipos de Fornalhas de Grelha: Fornalha de grelha fixa ou estacionária. Fornalha de grelha móvel rotativa. Fornalha de grelha móvel de placas paralelas e oscilantes. 22 / 24 Tecnologias de Queima de Combustíveis ● Muitas vezes, a queima de combustíveis sólidos exige a instalação de queimadores a óleo ou a gás para, quando necessário, garantir a sustentação da chama ou auxiliar no acendimento. ● Exemplo 3.3 (pg 47). 23 / 24 Tecnologias de Queima de Combustíveis ● Queima em Leito Fluidizado: ● Queima em grelha e queima em suspensão demandam sempre investimentos adicionais para compensar a má qualidade de alguns combustíveis (carvão com alto teor de cinzas e enxofre). ● Sistemas de controle e remoção destes compostos envolvem altos custos e apenas minimizam o problema. ● Fornalhas de leito fluidizado: ● Alternativa viável para contornar todos estes problemas. ● Operam eficientemente com combustíveis menos nobres e a baixo custo. ● O combustível permanece em suspensão no leito, sob ação de uma corrente ascendente de ar, o tempo suficiente para que a combustão se complete. ● A concentração de combustível no leito é geralmente inferior a 5%. ● A remoção das cinzas é necessária sempre que houver excesso de material inerte no leito. 24 / 24 Tecnologias de Queima de Combustíveis ● Tipos de leito fluidizado: Fornalha de leito fluidizado estacionário ou borbulhante. Fornalha de leito fluidizado circulante. ● Movimentação contínua do leito garante: ● Taxas de transferência de calor muito acima das de outros tipos de fornalhas. ● Presença mínima de carbono incombusto nas cinzas. ● Grande vantagem: A absorção do calor liberado chega a ser maior que 50%. ● Exemplo 3.4 (pg 53). Título Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21 Slide 22 Slide 23 Slide 24
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