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LÍNGUA PORTUGUESA Sintaxe de Concordância

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Gramática| Material Complementar
Prof. Pablo Jamilk| https://www.facebook.com/pablo.jamilk
Concordância Verbal e Nominal 
Esse é um dos conteúdos mais importantes no universo dos concursos públicos, portanto, sua missão é ter tudo 
isso na ponta da língua. Vamos ao trabalho! 
Conceituação
“Concordar”, de uma maneira geral, significa modificar as palavras de modo de elas se relacionem 
harmoniosamente em uma sentença. Essa harmonia está relacionada à flexão dos termos. Sempre existirá, nos casos de 
concordância, uma palavra que servirá de “orientação” para realizar a adequação da flexão. 
A flexão da concordância pode ser feita de:
• Gênero: masculino e feminino.
• Número: singular e plural.
• Pessoa: 1ª, 2ª e 3ª pessoa.
Os casos mais incidentes, nas questões de concurso, são os de concordância de número. Isso não quer dizer que 
você não deva prestar atenção aos demais casos. 
Há três tipos de concordância: 
 Lógica ou gramatical: consiste em adequar o termo que concorda ao núcleo de seu referente para
concordância. Veja o exemplo:
o Os boatos não surtiram efeito.
Explicação: nessa sentença, o verbo realiza a concordância com o núcleo de seu sujeito, visto que ele (boatos) se 
encontra no plural. 
 Atrativa ou eufônica: consiste em adequar o termo que concorda ao termo que mais se aproxima dele.
Veja o exemplo.
o Surgiu a resposta e o problema no mesmo momento.
Explicação: nessa sentença, o verbo concorda com o núcleo do sujeito que mais se aproxima do verbo. Também seria 
correto concordar com os dois elementos, ou seja, escrever no plural. 
 Siléptica ou ideológica: consiste em adequar o termo que concorda com a ideia expressa pelo referente
e não com a palavra. Veja o exemplo.
o Os brasileiros somos receptivos.
Explicação: nessa sentença, o verbo não concorda com o sujeito inteiramente, uma vez que a referência para o sujeito 
está na terceira pessoa do plural (a lógica seria “os brasileiros são”). Ao escrever a forma “somos”, ocorre uma silepse 
de pessoa, por isso – de certo modo – o falante “se inclui” na expressão (mudança da terceira pessoa para a primeira 
pessoa do plural). 
Antes de começar, uma distinção importante: 
Concordância Verbal: análise que leva em consideração a relação entre sujeito e verbo. 
• Minhas alunas devem fazer aquela prova1.
Concordância Nominal: análise que leva em consideração a relação entre os termos do grupo nominal – 
substantivo, artigo, adjetivo, pronome e numeral. 
• “As pessoas boas devem amar seus inimigos.2”(Seu Madruga)
1 Nesse caso, o sujeito “minhas alunas” faz o verbo ser flexionado no plurar, a fim de estabelecer uma 
relação de concordância. 1
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Regras de Concordância Verbal 
• Regra Geral (também chamada de regra do Sujeito Simples): o verbo concorda com o núcleo do sujeito em
número e pessoa.
• Ocorreram manifestações ao longo do país.
• Duas pessoas duvidaram de que você viria para a festa.
• Regra do Sujeito Composto: há duas possibilidades claras:
a) Sujeito anteposto ao verbo: verbo deve ser empregado no plural
 Brasil e China hão de sediar o evento.
 O parlamentar e seu companheiro foram citados no processo.
b) Sujeito posposto ao verbo: verbo no plural ou concorda com o referente mais próximo:
 Chegou / chegaram Manoel e sua família.
 Foi citado / foram citados o parlamentar e seu companheiro no processo.
• Regra do Sujeito Oracional: verbo deve ficar no singular.
• É necessário que haja superávit primário.
• Convém que o aluno estude Gramática.
Regras relativas à Construção do Sujeito: 
• Sujeito construído com expressão partitiva seguida de nome no plural: verbo no singular ou no plural.
 Grande parte dos jogadores fez / fizeram uma preparação intensa.
• Sujeito construído com expressão que indica quantidade aproximada seguida de numeral: verbo concorda com
o substantivo que estiver na expressão.
 Cerca de 50 % das pessoas gabaritaram a prova.
 Cerca de 50% do povo gabaritou a prova.
Obs.: se houver porcentagem sem o substantivo, o verbo concorda com a noção de quantidade. 
• 50% gabaritaram a prova.
• Sujeito construído com substantivo plural: duas possibilidades.
a) Sem artigo ou com artigo no singular: verbo no singular.
 Minas Gerais exporta cultura.
 O Amazonas é vasto.
b) Com artigo no plural: verbo no plural.
 Os Estados Unidos entraram no conflito.
 Sujeito construído com pronome interrogativo / indefinido (no plural) + pronome pessoal: pode o verbo
concordar com um dos pronomes em questão: 
 Quais de nós encontrarão / encontraremos a resposta?
 Muitos de nós reivindicam / reivindicamos as medidas mencionadas.
Obs.: se os pronomes estiverem no singular, o verbo também permanece no singular: 
Qual de nós é capaz de resolver o problema? 
• Sujeito construído com a expressão “um dos que”: o verbo deve ir para o plural.
 César foi um dos intelectuais que mais apoiaram a nova visão de cultura.
• Sujeito construído com núcleos sinônimos: verbo no singular ou no plural.
 Tragédia, catástrofe e incidente é / são o futuro daquele lugar.
• Sujeito construído com núcleos em gradação: verbo no plural ou concorda com o último núcleo:
 Um dia, um mês, um ano, uma vida de opressão não é suficiente (são suficientes) para nos vencer.
2 Nessa frase, o núcleos nominais substantivos fazem que seus termos periféricos (artigo, adjetivo, 
pronome) estabeleçam relação de concordância. 2
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• Sujeito construído por pessoas gramaticais diferentes: o plural se dá para a pessoa predominante3:
 Marina e eu vamos à festa da praia hoje.
• Sujeito composto ligado pela palavra “com” (no sentido aditivo): o verbo deve ir para o plural:
 A menina com sua mãe registraram a queixa.
Obs.: se separada por vírgulas a expressão que inicia com a preposição o verbo fica no singular. 
A menina, com sua mãe, registrou a queixa. 
• Sujeito composto ligado pela palavra “nem”: não há consenso, mas o usual é empregar no plural:
a) Nem dinheiro nem fama encantavam aquela menina.
• Sujeito composto ligado pela palavra “ou”: há alguns casos:
a) Sem exclusão de referente: verbo no plural.
 Cebola ou tomate devem ser usados em qualquer almoço.
b) Com exclusão de referente: verbo no singular.
 Mariano ou Pedrito conquistará o cargo dos sonhos.
• Sujeito construído com a expressão “um e outro”: verbo no singular ou no plural, a menos que haja reciprocidade
(daí vai para o plural): 
 Um e outro fez / fizeram a inscrição do concurso.
 Um e outro se cumprimentaram naquela tarde quente.
 Sujeito construído com a expressão “um ou outro”: verbo deve ser empregado no singular.
 Dos meninos que estavam na sala, um ou outro entenderá a matéria explicada.
 Sujeito construído com a expressão “nem um, nem outro”: verbo deve ficar no singular.
 Das saídas propostas para a crise; nem uma, nem outra me parece cabível.
Regras com Verbos impessoais 
É muito comum haver questões a respeito desses verbos impessoais. A sugestão é memorizar e buscar 
compreender os casos em que o verbo deverá permanecer no singular. 
• Haver (no sentido de existir, ocorrer e acontecer): verbo fica no singular.
 Há meios de conseguir a vitória.
 Deve haver livros importantes na minha estante.
Mas, pelo amor de Deus, criatura; se a banca fizer trocas de verbos, preste atenção! O verbo que não possui sujeito 
é o verbo “haver”. “Existir”, “ocorrer” ou “acontecer” possuem sujeito e podem ir para o plural. Veja: 
 Existem meios de conseguir a vitória. (O verbo está no plural, porque o sujeito está posposto etem núcleo
no plural)
• Haver, fazer ou ir (no sentido de tempo transcorrido): verbo fica no singular. Muito cuidado, pois na oralidade
costumamos falar incorretamente.
 Há duas semanas, comecei a estudar para o concurso.
 Faz três meses que iniciei minha preparação.
 Vai para três anos que não pego nos cadernos.
• Regra do verbo “ser” (indicando tempo ou distância): o verbo deve concorda com o predicativo do sujeito4.
 Daqui até ali são 60 metros. (O verbo concorda com o núcleo “metros”)
 De Cascavel até São Paulo, é uma hora de avião. (O verbo concorda com o núcleo “hora)
 Hoje é dia 20 de dezembro. (O verbo concorda com o núcleo “dia”)
 Amanhã serão 25 de março. (Aqui a concordância é com a ideia de “25 dias passados de março”)
 Concordância do verbo “parecer” + um verbo no infinitivo: se o sujeito estiver no plural, há duas possibilidades:
3 A noção de predominância dá-se pela relação de ordem, ou seja, 1ª, 2ª e 3ª pessoa. 
4 Cuidado! Esse é um caso de concordância muito particular! Não erre! 3
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o O verbo “parecer” pode ficar no plural:
 Os alunos parecem estudar muito.
o O verbo no infinitivo pode ir para o plural (parece errado, mas não está):
 Os alunos parece estudarem muito.
• Pronome relativo “Que” (funcionando como sujeito da oração): verbo concorda com o referente do pronome.
 O indivíduo que vir esses indícios deve procurar ajuda.
 As mulheres que estudam crescem na vida.

• Pronome relativo “Quem” (como sujeito de oração): verbo fica na 3ª pessoa do singular5.
 Foram os bandeirantes quem explorou a área.
 São os homens quem destruiu o planeta.
• Verbo “dar” (indicando “bater” ou “soar”) + horas: deve-se identificar o sujeito para realizar a concordância.
 Deu três horas o relógio da parede.
 Deram três horas no relógio da parede.
Verbos acompanhados da palavra “SE” 
Quando se trabalha com verbos acompanhados da palavra “se”, o maior compromisso é desvendar a função da 
palavra “se”. A partir de então, torna-se mais fácil a análise da concordância. Veja os casos seguintes. 
a) Se – partícula apassivadora / pronome apassivador6: verbo concorda com o sujeito paciente:
• Vendem-se sapatos.
• Ofereceram-se prêmios ao vencedor da corrida.
• Sabe-se que há problemas no país.
b) Se – índice de indeterminação do sujeito7: verbo fica na 3ª pessoa do singular
• Visava-se a cargos importantes para o concurso.
• Não se fica famoso sem esforço.
• Vive-se feliz em algumas partes do mundo.
Agora, vamos dar uma olhada em algumas (apenas algumas) regras de concordância nominal. 
Concordância Nominal 
A Concordância Nominal investiga a relação entre os termos do grupo nominal. Para quem não se lembra de 
quais são esses termos, basta ver o seguinte esquema: 
5 Apesar de um descalabro gramatical, há algumas gramáticas que admitem a possibilidade de o verbo 
concordar com o referente do pronome, ou seja, flexionar para algo diferente da 3ª perceira do singular. 
6 Usualmente, os verbos transitivos diretos os verbos bitransitivos possuem voz passiva. Isso ajuda a 
identificar. 
7 Isso ocorre com verbo intransitivos, verbos de ligação e verbos transitivos indiretos. 4
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Além de saber quais são esses termos, é conveniente também lembrar quais são as palavras por natureza 
invariáveis (que não flexionam) da língua. 
Palavras invariáveis da Língua 
• Preposição
• Interjeição
• Conjunção
• Advérbio.
Regras de Concordância Nominal 
Regra Geral: o adjetivo, o numeral, o pronome e o artigo concordam em gênero e número com o substantivo a que se 
referem. 
• O primeiro momento árduo por que passei foi aquele citado por você.
Apesar de a concordância nominal ser fácil e praticamente intuitiva, é preciso atentar para alguns casos 
especiais. 
Casos especiais 
• Concordância atrativa: a fim de escolher o referente, flexiona-se o adjetivo:
Ex.: Trouxe casaco e sapato preto.
Ex.: Trouxe casaco e sapato pretos.
Ex.: Trouxe preto casaco e sapato.
Ex.: Trouxe pretos casaco e sapato.
Ex.: Trouxe camisa e sapato preto.
Artigo Adjetivo 
Numeral Pronome 
Substantivo 
5
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• Se houver adjetivo referindo-se a vários substantivos do singular e no mesmo gênero:
a) Se estiver posposto ao termo de referência: concorda com o plural e com o gênero do substantivo
ou fica no singular:
Ex.: Esforço, combate, resultado reunidos em apenas um dia.
Ex.: Miséria e tristeza humana era o que se via no mundo.
b) Se estiver anteposto ao termo de referência: concorda com o mais próximo:
Ex.: Especificada hora e situação, poderemos sair.
Atente para os próximos casos, pois eles tendem a ser sorrateiros. 
• Palavra “bastante”. Para não errar seu emprego, basta entender a diferença de classificação morfológica:
• Advérbio: invariável.
 O posicionamento do Governo mudou bastante.
• Pronome indefinido: variável.
 Meu irmão estudou bastantes matérias.
• Adjetivo: variável.
 Havia indícios bastantes sobre o caso.
A sugestão é tentar trocar a palavra “bastante” pela palavra “muito” e observar sua possibilidade de flexão. 
• A palavra “menos”: invariável, por ser um advérbio.
• Havia menos mulheres no festival.
• A palavra “meio”: pode ser variável, a depender da classificação.
• Advérbio: Aquela menina parece meio abatida. (O advérbio incide sobre o adjetivo)
• Numeral: Nhonho comeu meia melancia. (O numeral indica a metade)
• Substantivo: João não encontrou meios para mudar de vida. (A palavra “meios” pode ser interpretada
como um sinônimo de “modos”)
• Anexo, incluso e apenso: são termos variáveis e devem concordar com o substantivo.
• Seguem anexas as imagens descritas.
• Seguem apensos os documentos.
• Seguem inclusas as provas.
Obs.: A expressão “em anexo” é invariável: 
• Seguem em anexo as comprovações de renda.
• É necessário, é proibido, é permitido. Casos em que há verbo de ligação + um predicativo variável. Só variam se
houver na sentença um determinante à esquerda8 do núcleo do sujeito.
• É necessária a vinda antecipada/ É necessário chegar cedo.
• Concordância da palavra “Só”
o Se for um adjetivo: variável.
 O menino estava só.
 As crianças ficaram sós.
o Se for um advérbio: invariável.
 Hoje à noite, só quero estudar.
o Obs.: A expressão “a sós” é invariável.
 Depois da discussão, ela queria ficar a sós com a irmã.
• Obrigado, mesmo e próprio: concordam com o referente.
o Ela mesma enviou os envelopes.
o Ele mesmo falou com o empresário.
o A mulher disse: “obrigada!”
É evidente que existem muitíssimas regras de concordância. Aqui encontramos algumas das mais recorrentes 
em provas de concurso público. Com o estudo regrado e paciente, você será capaz de entender todas essas regras e 
8 Um artigo, um pronome ou um numeral, basicamente. 6
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reconhecê-las nos questionamentos. A banca pode esconder essas regras em questões sobre reescrita de sentenças. O 
principal é manter o foco e estudar sempre! Agora, vamos praticar o que aprendemos. 
Agora é hora de praticar! 
Questão 1: FCC - AFFE (SEFAZ PI)/SEFAZ PI/2015 
Atenção: Para responder à questão, considere o texto que segue. 
A primeira coisa a observar sobre o mundo na década de 1780 é que ele era ao mesmo tempo menor e muito maior que 
o nosso. Era menor geograficamente, porque até mesmo os homens mais instruídos e bem informadosda época −
digamos, um homem como o cientista e viajante Alexander von Humboldt (1769-1859) − conheciam somente pedaços do
mundo habitado. (Os mundos "conhecidos" de comunidades menos evoluídas e expansionistas do que a Europa
Ocidental eram obviamente ainda menores, reduzindo-se a minúsculos segmentos da terra onde os analfabetos
camponeses sicilianos ou o agricultor das montanhas de Burma viviam suas vidas, e para além dos quais tudo era e
sempre seria eternamente desconhecido.) A maior parte da superfície dos oceanos, mas não toda, de forma alguma, já
tinha sido explorada e mapeada graças à notável competência dos navegadores do século XVIII como James Cook,
embora os conhecimentos humanos sobre o fundo do mar tenham permanecido insignificantes até a metade do século
XX. Os principais contornos dos continentes e da maioria das ilhas eram conhecidos, embora pelos padrões modernos
não muito corretamente. O tamanho e a altura das cadeias das montanhas da Europa eram conhecidos com alguma
precisão, as localizadas em partes da América Latina o eram muito grosseiramente, as da Ásia, quase totalmente
desconhecidas, e as da África (com exceção dos montes Atlas), totalmente desconhecidas para fins práticos. Com
exceção dos da China e da Índia, o curso dos grandes rios do mundo era um mistério para todos a não ser para alguns
poucos caçadores, comerciantes ou andarilhos, que tinham ou podem ter tido conhecimento dos que corriam por suas
regiões. Fora de algumas áreas − em vários continentes elas não passavam de alguns quilômetros terra a dentro, a partir
da costa − o mapa do mundo consistia de espaços brancos cruzados pelas trilhas demarcadas por negociantes ou
exploradores. Não fosse pelas informações descuidadas de segunda ou terceira mão colhidas por viajantes ou
funcionários em postos remotos, estes espaços brancos teriam sido bem mais vastos do que de fato o eram.
(HOBSBAWM, Eric J. O mundo na década de 1780. In: A era das revoluções: 
Europa 1789-1848, tradução de Maria Tereza Lopes Teixeira e Marcos Penchel. 22. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2007, 
p. 23-24)
Não fosse pelas informações descuidadas de segunda ou terceira mão colhidas por viajantes ou funcionários em postos 
remotos, estes espaços brancos teriam sido bem mais vastos do que de fato o eram. 
A frase acima respeita as orientações da gramática normativa no que se refere à concordância verbal e nominal, assim 
como ocorre com a seguinte frase: 
a) Se não fosse, naquela época, as ações de certos viajantes, muito do que se sabe hoje permaneceria incógnito.
b) Fosse qual fossem as informações prestadas por andarilhos, tiveram todas sua utilidade para o conhecimento do
mundo do século XVIII. 
c) Fossem quais fosse as intenções dos informantes, o fato é que aquilo que notificaram recebeu registro, ainda
que as notícias fossem descuidadas. 
d) Caso fosse registrado com mais rigor as informações dos caçadores, e também se elas fossem mais detalhadas,
talvez mais se soubesse hoje sobre o conhecimento da época acerca dos rios da África. 
e) Quaisquer que fossem as circunstâncias, mais favoráveis, ou menos favoráveis, cada habitante sempre
enfrentava algo do mistério sobre as cadeias de montanhas que lhe eram próximas. 
Questão 2: FCC - ATE (SEFAZ PI)/SEFAZ PI/2015 
Instrução: A questão refere-se ao texto seguinte. 
Filosofia de borracharia 
7
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O borracheiro coçou a desmatada cabeça e proferiu a sentença tranquilizadora: nenhum problema com o nosso pneu, 
aliás quase tão calvo quanto ele. Estava apenas um bocado murcho. 
− Camminando si sgonfia* − explicou o camarada, com um sorriso de pouquíssimos dentes e enorme simpatia. 
O italiano vem a ser um dos muitos idiomas em que a minha abrangente ignorância é especializada, mas ainda assim 
compreendi que o pneu do nosso carro periclitante tinha se esvaziado ao longo da estrada. Não era para menos. Tendo 
saído de Paris, havíamos rodado muito antes de cair naquele emaranhado de fronteiras em que você corre o risco de não 
saber se está na Áustria, na Suíça ou na Itália. Soubemos que estávamos no norte, no sótão da Itália, vendo um 
providencial borracheiro dar nova carga a um pneu sgonfiato. 
Dali saímos − éramos dois jovens casais num distante verão europeu, embarcados numa aventura que, de camping em 
camping, nos levaria a Istambul – para dar carga nova a nossos estômagos, àquela altura não menos sgonfiati. O que 
pode a fome, em especial na juventude: à beira de um himalaia de sofrível espaguete fumegante, julguei ver fumaças 
filosóficas na sentença do tosco borracheiro. E, entre garfadas, sob o olhar zombeteiro dos companheiros de viagem, me 
pus a teorizar. 
Sim, camminando si sgonfia, e não apenas quando se é, nesta vida, um pneu. Também nós, de tanto rodar, vamos aos 
poucos desinflando. E por aí fui, inflado e inflamado num papo delirante. Fosse hoje, talvez tivesse dito, infelizmente com 
conhecimento de causa, que a partir de determinado ponto carecemos todos de alguma espécie de fortificante, de um 
novo alento para o corpo, quem sabe para a alma. 
* Camminando si sgonfia = andando se esvazia. Sgonfiato é vazio; sgonfiati é a forma plural.
(Adaptado de: WERNECK, Humberto – Esse inferno vai acabar. Porto Alegre, Arquipélago, 2011, p. 85-86) 
As normas de concordância verbal encontram-se plenamente observadas na frase: 
a) Entre os muitos idiomas de que o autor se confessou ignorante estava o italiano, mas acabaram por lhe parecer
inteligíveis as palavras ditas pelo borracheiro. 
b) É comum que, ao longo de uma viagem, a condição adversa das estradas descuidadas venham a desgastar os
pneus de um carro já periclitante. 
c) Não ocorreram aos jovens viajantes que aquele emaranhado de estradas fronteiriças poderiam ser esclarecidas
com um detalhado mapa daquela região. 
d) Não é incomum que se atribuam a palavras ditas inocentemente um sentido filosófico inteiramente fora do
alcance e da previsão de quem as proferiram. 
e) Muita gente gostaria de se aventurarem pelas estradas europeias, ainda que num carrinho periclitante e sem
conhecimento das línguas que se fala nos diferentes países. 
Questão 3: FCC - ATE (SEFAZ PI)/SEFAZ PI/2015 
Instrução: A questão refere-se ao texto seguinte. 
Filosofia de borracharia 
O borracheiro coçou a desmatada cabeça e proferiu a sentença tranquilizadora: nenhum problema com o nosso pneu, 
aliás quase tão calvo quanto ele. Estava apenas um bocado murcho. 
− Camminando si sgonfia* − explicou o camarada, com um sorriso de pouquíssimos dentes e enorme simpatia. 
O italiano vem a ser um dos muitos idiomas em que a minha abrangente ignorância é especializada, mas ainda assim 
compreendi que o pneu do nosso carro periclitante tinha se esvaziado ao longo da estrada. Não era para menos. Tendo 
saído de Paris, havíamos rodado muito antes de cair naquele emaranhado de fronteiras em que você corre o risco de não 
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saber se está na Áustria, na Suíça ou na Itália. Soubemos que estávamos no norte, no sótão da Itália, vendo um 
providencial borracheiro dar nova carga a um pneu sgonfiato. 
Dali saímos − éramos dois jovens casais num distante verão europeu, embarcados numa aventura que, de camping em 
camping, nos levaria a Istambul – para dar carga nova a nossos estômagos, àquela altura não menos sgonfiati. O que 
pode a fome, em especial na juventude: à beira de um himalaia de sofrível espaguete fumegante, julguei ver fumaças 
filosóficas na sentença do tosco borracheiro. E, entre garfadas, sob o olhar zombeteiro dos companheiros de viagem, me 
pus a teorizar. 
Sim, camminando si sgonfia, e não apenas quando se é, nesta vida, um pneu. Também nós, de tanto rodar, vamos aospoucos desinflando. E por aí fui, inflado e inflamado num papo delirante. Fosse hoje, talvez tivesse dito, infelizmente com 
conhecimento de causa, que a partir de determinado ponto carecemos todos de alguma espécie de fortificante, de um 
novo alento para o corpo, quem sabe para a alma. 
* Camminando si sgonfia = andando se esvazia. Sgonfiato é vazio; sgonfiati é a forma plural.
(Adaptado de: WERNECK, Humberto – Esse inferno vai acabar. Porto Alegre, Arquipélago, 2011, p. 85-86) 
Está inteiramente correta a redação deste livre comentário sobre o texto: 
a) O tosco borracheiro italiano seria incapaz de suspeitar que se atribuíssem aquela sua frase o alto sentido
filosófico que dela se derivou. 
b) Um dos jovens viajantes se dispôs à filosofar, atribuindo- se um sentido superior à frase que o simplório
borracheiro jamais poderia conter. 
c) Por vezes, é possível atribuir às palavras de uma frase simples, ou mesmo banal, um sentido outro, que elas
acabam por sugerir aos imaginosos. 
d) Já envelhecido, o autor da crônica confessa-nos de que a vida, de fato, lhe incutiu na frase do borracheiro um
sentido cada vez mais oportuno e atualizado. 
e) Em meio à países em cujas fronteiras se entrelaçam é difícil buscar-se orientação precisa, sobretudo quando se
desconhece a língua de uma região. 
Questão 4: FCC - ACE (TCM-GO)/TCM-GO/Controle Externo/2015 
Prazer sem humilhação 
O poeta Ferreira Gullar disse há tempos uma frase que gosta de repetir: “A crase não existe para humilhar ninguém”. 
Entenda-se: há normas gramaticais cuja razão de ser é emprestar clareza ao discurso escrito, valendo como ferramentas 
úteis e não como instrumentos de tortura ou depreciação de alguém. 
Acho que o sentido dessa frase pode ampliar-se: “A arte não existe para humilhar ninguém”, entendendo-se com isso 
que os artistas existem para estimular e desenvolver nossa sensibilidade e inteligência do mundo, e não para produzir 
obras que separem e hierarquizem as pessoas. Para ficarmos no terreno da música: penso que todos devem escolher 
ouvir o que gostam, não aquilo que alguém determina. Mas há aqui um ponto crucial, que vale a pena discutir: estamos 
mesmo em condições de escolher livremente as músicas de que gostamos? 
Para haver escolha real, é preciso haver opções reais. Cada vez que um carro passa com o som altíssimo de graves 
repetidos praticamente sem variação, num ritmo mecânico e hipnótico, é o caso de se perguntar: houve aí uma escolha? 
Quem alardeia os infernais decibéis de seu som motorizado pela cidade teve a chance de ouvir muitos outros gêneros 
musicais? Conhece muitos outros ritmos, as canções de outros países, os compositores de outras épocas, as tendências 
da música brasileira, os incontáveis estilos musicais já inventados e frequentados? Ou se limita a comprar no mercado o 
9
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que está vendendo na prateleira dos sucessos, alimentando o círculo vicioso e enganoso do “vende porque é bom, é bom 
porque vende”? 
Não digo que A é melhor que B, ou que X é superior a todas as letras do alfabeto; digo que é importante buscar conhecer 
todas as letras para escolher. Nada contra quem escolhe um “batidão” se já ouviu música clássica, desde que tenha tido 
realmente a oportunidade de ouvir e escolher compositores clássicos que lhe digam algo. Não acho que é preciso 
escolher, por exemplo, entre os grandes Pixinguinha e Bach, entre Tom Jobim e Beethoven, entre um forró e a música 
eletrônica das baladas, entre a música dançante e a que convida a uma audição mais serena; acho apenas que temos o 
direito de ouvir tudo isso antes de escolher. A boa música, a boa arte, esteja onde estiver, também não existe para 
humilhar ninguém. 
(João Cláudio Figueira, inédito) 
As normas de concordância verbal encontram-se plenamente observadas na frase: 
a) Não deve representar uma humilhação para nós as eventuais falhas de redação, que pode e precisa ser sanada.
b) Difunde-se, já há muito tempo, preconceitos contra a grande arte, sob a alegação de que ela é produzida para
uma pequena elite. 
c) Caso não hajam opções reais, o público acabará tendo acesso não a obras de arte, mas a mercadorias em oferta.
d) Traumatizados pelos decibéis do som que os atormenta, ocorre a alguns motoristas reagir com violência a esses
abusos. 
e) Ao autor do texto não incomodam as pessoas ouvirem qualquer coisa, mas sim o que a elas não é facultado
conhecerem. 
 Questão 5: FCC - Tec (CNMP)/CNMP/Apoio Técnico Administrativo/Administração/2015 
Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo. 
Na literatura internacional da Ciência Política, é hoje dominante o entendimento de que democracia é um arcabouço 
institucional para a pacificação das lutas inerentes à conquista e ao exercício do poder, não um padrão de sociedade 
fundado na igualdade socioeconômica substantiva. A democracia surge historicamente em sociedades com profunda 
desigualdade, estratificadas, sendo muito mais causa que consequência da redução das desigualdades sociais. 
De fato, certa tensão entre os conceitos institucional e substantivo da democracia existe por toda parte, mas articula-se 
de maneira específica no pensamento de cada país. Durante todo o século XX, a avaliação de que democracia só é 
“autêntica” quando estreitamente associada a avanços no plano da igualdade foi compartilhada por correntes 
ideológicas diversas. 
Endossar o conceito analítico da democracia como um arcabouço político-institucional, a meu ver correto, não significa 
que o corpo de hipóteses históricas e empíricas que explica a consolidação da democracia como sistema em casos 
concretos possa passar ao largo das desigualdades sociais e dos obstáculos culturais delas decorrentes. Como processo 
histórico, a evolução da democracia representativa deve ser compreendida como resultante de dois vetores. De um lado, 
a formação de uma autoridade central capaz de arbitrar disputas de poder, inclusive mediante a elaboração de uma 
complexa aparelhagem eleitoral; de outro, o crescimento econômico, com todas as implicações para a elevação do piso 
de bem-estar e desconcentração das posições de privilégio, status. Num período dilatado de tempo, tal processo propicia 
efetiva redistribuição de renda e riqueza, facilita o surgimento econômico e político de uma classe média e torna mais 
provável o fortalecimento da “sociedade civil”. 
Desde a Segunda Grande Guerra, o principal determinante da estabilidade democrática foi o crescimento econômico. 
Mesmo democracias que no início pareciam débeis foram se robustecendo à medida que ascendiam a níveis mais altos 
de renda per capita, melhoravam seus níveis educacionais e conseguiam atender as demandas básicas da população. 
Mas nada assegura que a configuração de fatores relevantes para a estabilidade permanecerá a mesma até, digamos, a 
metade do presente século. Na América Latina, o regime democrático sabidamente convive com níveis infamantes de 
desigualdade social, corrupção e criminalidade, e se beneficia cada vez menos da força moderadora de valores e 10
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instituições “tradicionais”. Assim, até onde a vista alcança, a estabilidade e o vigor da democracia dependerão muito do 
desempenho do sistema político e do aprimoramento moral da vida pública. 
(Adaptado de: LAMOUNIER, Bolivar. “Democracia: origens e presença no 
pensamento brasileiro. In: Agenda cultural. São Paulo, Cia. das Letras, 2009. p. 148-150) 
O elemento que justifica a flexão verbal em destaque está sublinhado em: 
a) ... não significa que o corpo de hipóteses históricas e empíricas que explica a consolidação da democracia como
sistema em casos concretos possa passar ao largo... 
b) De fato, certa tensãoentre os conceitos institucional e substantivo da democracia existe por toda parte,
mas articula-se de maneira específica... 
c) Mesmo democracias que no início pareciam débeis foram se robustecendo...
d) ... é hoje dominante o entendimento de que democracia...
e) Mas nada assegura que a configuração de fatores relevantes para a estabilidade permanecerá a mesma até,
digamos, a metade do presente século... 
Questão 6: FCC - Tec (CNMP)/CNMP/Apoio Técnico Administrativo/Segurança Institucional/2015 
As normas de concordância verbal e nominal estão inteiramente respeitadas em: 
a) É aceito por todos os habitantes a existência de um sino de ouro, apesar da pobreza geral, porque a beleza dos
sons por ele emitido não se comparam a nada. 
b) Um viajante que chega ao lugarejo deve achar incompatível as condições miseráveis de vida da população e o
alto valor de um sino de ouro ali existente. 
c) Somente os sons de um sino de ouro poderia tornar-se a maneira mais apropriada, para aqueles pobres homens,
de cultivarem e transmitirem seu sentimento religioso. 
d) Todos os dias, o som do sino de ouro que se espalha pelos ares enche de alegria o coração dos habitantes e lhes
traz uma doce sensação de paz e harmonia. 
e) Naquele lugar pequeno e pobre, os sons de um sino de ouro se transforma no maior presente que os moradores
é capaz de oferecer aos viajantes que casualmente passam por ali. 
Questão 7: FCC - Ana (CNMP)/CNMP/Apoio Técnico Especializado/Arquivologia/2015 
Atenção: Para responder à questão considere o texto abaixo. 
Falsificações na internet 
Quem frequenta páginas da internet, sobretudo nas redes sociais, volta e meia se depara com textos atribuídos a 
grandes escritores. Qualquer leitor dos mestres da literatura logo perceberá a fraude: a citação está longe de honrar a 
alegada autoria. Drummond, Clarice Lispector, Guimarães Rosa e Fernando Pessoa, por exemplo, jamais escreveriam 
banalidades recheadas de lugares comuns, em linguagem capenga e estilo indefinido. Mas fica a pergunta: o que motiva 
essas falsificações grosseiras de artistas da palavra e da imaginação? 
São muitas as justificativas prováveis. Atrás de todas está a vaidade simplória de quem gostaria de ser tomado por um 
grande escritor e usa o nome deste para promover um texto tolo, ingênuo, piegas, carregado de chavões. Os leitores 
incautos mordem a isca e parabenizam o fraudulento, expandindo a falsificação e o mau gosto. Mas há também o 
ressentimento malicioso de quem conhece seus bem estreitos limites literários e, não se conformando com eles, dispõe-
se a iludir o público com a assinatura falsa, esperando ser confundido com o grande escritor. Como há de fato quem 
confunda a gritante aberração com a alta criação, o falsário dá-se por recompensado enquanto recebe os parabéns de 
quem o “curtiu”. 
Tais casos são lamentáveis por todas as razões, e constituem transgressões éticas, morais, estéticas e legais. Mas 11
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fiquemos apenas com a grave questão da identidade própria que foi rejeitada em nome de outra, inteiramente postiça. 
Enganarse a si mesmo, quando não se trata de uma psicopatia grave, é uma forma dolorosa de trair a consciência de si. 
Os grandes atores, apoiando-se no talento que lhes é próprio, enobrecem esse desejo tão humano de desdobramento da 
personalidade e o legitimam artisticamente no palco ou nas telas; os escritores criam personagens com luz própria, que 
se tornam por vezes mais famosos que seus criadores (caso de Cervantes e seu Dom Quixote, por exemplo); mas os 
falsários da internet, ao não assinarem seu texto medíocre, querem que o tomemos como um grande momento de 
Shakespeare. Provavelmente jamais leram Shakespeare ou qualquer outro gênio citado: conhecem apenas a fama do 
nome, e a usam como moeda corrente no mercado virtual da fama. 
Tais fraudes devem deixar um gosto amargo em quem as pratica, sobretudo quando ganham o ingênuo acolhimento de 
quem, enganado, as aplaude. É próprio dos vícios misturar prazer e corrosão em quem os sustenta. Disfarçar a 
mediocridade pessoal envergando a máscara de um autêntico criador só pode aprofundar a rejeição da identidade 
própria. É um passo certo para alargar os ressentimentos e a infelicidade de quem não se aceita e não se estima. 
(Terêncio Cristobal, inédito) 
O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se concordando com o termo sublinhado na frase: 
a) O autor do texto acha que (ser) de se lamentar que tantas pessoas sejam enganadas pelos falsários da internet.
b) Seria preciso que se (aplicar) a esses falsários alguma sanção, para que não houvesse tantos abusos.
c) Quem jamais leu Shakespeare nem (imaginar) as lições literárias e as discussões éticas que está perdendo.
d) Não (dever) caber aos usuários da internet o direito de publicar o que quer que seja com assinatura falsa.
e) Infelizmente não se (punir) esses falsos gênios da internet com medidas rigorosas e exemplares.
Questão 8: FCC - AJ TRE RR/TRE RR/Judiciária/2015 
Atenção: Considere o texto abaixo para responder à questão. 
[...] ser independente significa bem mais do que ser livre para viver como se quer: significa, basicamente, viver com 
valores que façam a vida ser digna de ser vivida. Não basta um estado de espírito. Não basta, como diz o samba, “vestir 
a camisa amarela e sair por aí”. Tampouco basta sentir-se autônomo, fazendo parte do bando. É preciso algo mais. Ora, 
um dos valores que vêm sendo retomados pelos filósofos e que cabem como uma luva nessa questão é o da resistência. 
Na raiz da palavra resistere se encontra um sentido: “ficar de pé”. E ficar de pé implica manter vivas, intactas dentro de 
si, as forças da lucidez. Essa é uma exigência que se impõe tanto em tempos de guerra quanto em tempos de paz. 
Sobretudo nesses últimos, quando costumamos achar que está tudo bem, que está tudo “numa boa”; quando recebemos 
informações de todos os lados, sem tentar, nem ao menos, analisá-las, e terminamos por engolir qualquer coisa. 
Resistir como forma de ser independente é, talvez, uma maneira de encontrar um significado no mundo. Daí que, para 
celebrar a independência, vale mesmo é desconstruir o mundo, desnudar suas estruturas, investigar a informação. Fazer 
isso sem cansaço para depois termos vontade de, novamente, desejá-lo, inventá-lo e construí-lo; de reencontrar o 
caminho da sensibilidade diante de uma paisagem, ao abrir um livro ou a porta de um museu. Independência, sim, para 
defendermos a vida, para defendermos valores para ela, para que ela tenha um sentido. Independência de pé, com 
lucidez e prioridades. Clareza, sim, para não continuarmos a assistir, impotentes, ao espetáculo da própria impotência. 
(PRIORE, Mary Del. Histórias e conversas de mulher. São Paulo: Planeta, 2013, p. 281) 
Considere as alterações propostas nas alternativas abaixo para alguns segmentos do texto. Mantém-se a correção 
gramatical no que consta em: 
a) Na raiz da palavra resistere se encontra um sentido ...
 Na raiz da palavra resistere se encontra algumas indicações de seu significado ... 
b) Não basta um estado de espírito.
 Não basta algumas decisões tomadas nesse sentido. 
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c) Essa é uma exigência que se impõe tanto em tempos de guerra quanto em tempos de paz.
 Essa é uma das exigências que se impõem tanto em tempos de guerra quanto em tempos de paz. 
d) É preciso algo mais.
 Faz-se necessário as mudanças de visão e de atitudes. 
e) ... para que ela tenha um sentido.
 ... para que as metas estabelecidas a cada um tenha um sentido. 
Questão 9: FCC - TJ TRE RR/TRE RR/Administrativa/2015 
Atenção: Considere o texto abaixo para responder à questão. 
É indiscutível queno mundo contemporâneo o ambiente do futebol é dos mais intensos do ponto de vista psicológico. 
Nos estádios a concentração é total. Vive-se ali situação de incessante dialética entre o metafórico e o literal, entre o 
lúdico e o real. O que varia conforme o indivíduo considerado é a passagem de uma condição a outra. Passagem rápida 
no caso do torcedor, cuja regressão psíquica do lúdico dura algumas horas e funciona como escape para as pressões do 
cotidiano. Passagem lenta no caso do futebolista profissional, que vive quinze ou vinte anos em ambiente de fantasia, 
que geralmente torna difícil a inserção na realidade global quando termina a carreira. A solução para muitos é a 
reconversão em técnico, que os mantém sob holofote. Lothar Matthäus, por exemplo, recordista de partidas em Copas 
do Mundo, com a seleção alemã, Ballon d’Or de 1990, tornou-se técnico porque “na verdade, para mim, o futebol é 
mais importante do que a família”. *...+ 
Sendo esporte coletivo, o futebol tem implicações e significações psicológicas coletivas, porém calcadas, pelo menos em 
parte, nas individualidades que o compõem. O jogo é coletivo, como a vida social, porém num e noutra a atuação de um 
só indivíduo pode repercutir sobre o todo. Como em qualquer sociedade, na do futebol vive-se o tempo inteiro em 
equilíbrio precário entre o indivíduo e o grupo. O jogador busca o sucesso pessoal, para o qual depende em grande 
parte dos companheiros; há um sentimento de equipe, que depende das qualidades pessoais de seus membros. O 
torcedor lúcido busca o prazer do jogo preservando sua individualidade; todavia, a própria condição de torcedor acaba 
por diluí-lo na massa. 
(JÚNIOR, Hilário Franco. A dança dos deuses: futebol, cultura, sociedade. São Paulo: Companhia das letras, 2007, p. 
303-304, com adaptações)
*Ballon d’Or 1990 − prêmio de melhor jogador do ano
As normas de concordância verbal e nominal estão inteiramente respeitadas em: 
a) As torcidas organizadas, muitas vezes objeto de críticas por um comportamento violento e antissocial, tem sido
alvo de intervenções do poder público, no sentido de que se evite brigas que resultam, habitualmente, em morte de 
torcedores de times rivais. 
b) Nem sempre é aceitável, para um torcedor apaixonado por seu time, os reveses durante uma partida de
futebol, visto que uns poucos minutos de jogo pode definir um resultado negativo inesperado e contrariar todas as 
expectativas de sucesso. 
c) O noticiário de jornais, especialmente os esportivos, dão conta dos múltiplos interesses que envolvem times,
dirigentes, atletas, além do espetáculo, por vezes dramático, de jogadores que, estimulados pela torcida, busca atingir 
seu momento de glória. 
d) A brilhante atuação de um jogador em campo torna realizáveis todos os sonhos da grande massa fiel de
torcedores que veem, encantados, materializar-se a conquista das metas estabelecidas, em cada campeonato, pelos 
dirigentes de seu time favorito. 
e) Certos jogadores conseguem, em momentos do jogo, que passa a ser considerado quase mágica, fazer a bola
descrever curvas inesperadas que ludibriam barreiras e, principalmente, goleiros, que resulta no gol que hipnotiza os 
torcedores mais apaixonados. 
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Questão 10: FCC - JATTE (SEFAZ PE)/SEFAZ PE/2015 
A alternativa que apresenta frase clara e linguagem adequada, segundo os preceitos da gramática normativa, é: 
a) A jovem escritora, cujo primeiro romance não se sabe porque foi tão exaltado pela crítica, concedeu entrevista
no mesmo hotel onde conheceu e se apaixonou pelo grande incentivador de seu trabalho, poeta de renome 
internacional. 
b) Na comemoração de 2014, a presença maciça dos formandos de dez anos atrás e a alegria contagiante que
marcou os reencontros fez lembrar que amigos de tempos de escola suscitam memórias que tornam a todos felizes. 
c) A especialista em comportamento animal advertiu: é necessário evitar a coleira em filhotes dessa específica e
pouco conhecida raça, em especial nas fêmeas, pois elas as machucam muito quando as caminhadas tornam-se 
excessivas. 
d) No dia em que foi dispensado, vagou horas a fio em profundo pesar, até que viu passar um buldogue numa
moto com o dono todo paramentado; perante a isso, não pode deixar de sorrir e lembrar que a vida é sempre 
surpreendente. 
e) Nas adjacências do fórum, estudantes de direito digladiavam-se para conseguir uma senha, sem a qual não
poderiam assistir aos trabalhos do tribunal do júri; se pessoas mais sensatas não tivessem intervindo, o tumulto teria se 
exacerbado. 
Questão 11: FCC - AJ TRT15/TRT 15/Apoio Especializado/Odontologia (Endodontia)/2015 
Atenção: Para responder às questões de números, considere o texto abaixo. 
Não é preciso assistir a 12 Anos de Escravidão para saber que a prática foi uma das maiores vergonhas da humanidade. 
Mas é preciso corrigir o tempo do verbo. Foi? Melhor escrever a frase no presente. A escravidão ainda é uma das 
maiores vergonhas da humanidade. E o fato de o Ocidente não ocupar mais o topo da lista como responsável pelo crime 
não deve ser motivo para esquecermos ou escondermos a infâmia. 
Anos atrás, lembro-me de um livro aterrador de Benjamin Skinner que ficou gravado nos meus neurônios. Seu título era 
A Crime So Monstrous (Um crime tão monstruoso) e Skinner ocupava-se da escravidão moderna para chegar à conclusão 
aterradora: existem hoje mais escravos do que em qualquer outra época da história humana. 
Skinner não falava apenas de novas formas de escravidão, como o tráfico de mulheres na Europa ou nos Estados Unidos. 
A escravidão que denunciava com dureza era a velha escravidão clássica − a exploração braçal e brutal de milhares ou 
milhões de seres humanos trabalhando em plantações ou pedreiras ao som do chicote. [...] 
Pois bem: o livro de Skinner tem novos desenvolvimentos com o maior estudo jamais feito sobre a escravidão atual. 
Promovido pela Associação Walk Free, o Global Slavery Index é um belo retrato da nossa miséria contemporânea. [...] 
A Índia, tal como o livro de Benjamin Skinner já anunciava, continua a espantar o mundo em termos absolutos com um 
número que hoje oscila entre os 13 milhões e os 14 milhões de escravos. Falamos, na grande maioria, de gente que 
continua a trabalhar uma vida inteira para pagar as chamadas "dívidas transgeracionais" em condições semelhantes às 
dos escravos do Brasil nas roças. 
Conclusões principais do estudo? Pessoalmente, interessam-me duas. A primeira, segundo o Global Slavery Index, é que 
a escravidão é residual, para não dizer praticamente inexistente, no Ocidente branco e "imperialista". 
De fato, a grande originalidade da Europa não foi a escravidão; foi, pelo contrário, a existência de movimentos 
abolicionistas que terminaram com ela. A escravidão sempre existiu antes de portugueses ou espanhóis comprarem 
negros na África rumo ao Novo Mundo. Sempre existiu e, pelo visto, continua a existir. 
Mas é possível retirar uma segunda conclusão: o ruidoso silêncio que a escravidão moderna merece da intelectualidade 
progressista. Quem fala, hoje, dos 30 milhões de escravos que continuam acorrentados na África, na Ásia e até na 
América Latina? [...] 
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O filme de Steve McQueen, 12 Anos de Escravidão, pode relembrar ao mundo algumas vergonhas passadas. Mas 
confesso que espero pelo dia em que Hollywood também irá filmar as vergonhas presentes: as vidas anônimas dos 
infelizes da Mauritânia ou do Haiti que, ao contrário do escravo do filme, não têm final feliz. 
(Adaptado de: COUTINHO, João Pereira. "Os Escravos". Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br) 
O verbo em negrito deve sua flexão ao elemento sublinhado em: 
a) AÍndia, tal como o livro de Benjamin Skinner já anunciava...
b) ... com um número que hoje oscila entre os 13 milhões...
c) Pessoalmente, interessam-me duas.
d) A escravidão que denunciava com dureza...
e) ... o ruidoso silêncio que a escravidão moderna merece...
Questão 12: FCC - TP (MANAUSPREV)/MANAUSPREV/Administrativa/2015 
Atenção: O texto abaixo refere-se à questão. 
Na margem esquerda do rio Amazonas, entre Manaus e Itacoatiara, foram encontrados vestígios de inúmeros sítios 
indígenas pré-históricos. O que muitos de nós não sabemos é que ainda existem regiões ocultas situadas no interior da 
Amazônia e um povo, também desconhecido, que teria vivido por aquelas paragens, ainda hoje não totalmente 
desbravadas. 
Em 1870, o explorador João Barbosa Rodrigues descobriu uma grande necrópole indígena contendo vasta gama de 
peças em cerâmica de incrível perfeição; teria sido construída por uma civilização até então desconhecida em nosso país. 
Utilizando a língua dos índios da região, ele denominou o sítio de Miracanguera. A atenção do pesquisador foi atraída 
primeiramente por uma vasilha de cerâmica, propriedade de um viajante. Este informante disse tê-la adquirido de um 
mestiço, residente na Vila do Serpa (atual Itacoatiara), que dispunha de diversas peças, as quais teria recolhido na 
Várzea de Matari. Barbosa Rodrigues suspeitou que poderia se tratar de um sítio arqueológico de uma cultura 
totalmente diferente das já identificadas na Amazônia. 
Em seu interior as vasilhas continham ossos calcinados, demonstrando que a maioria dos mortos tinham sido 
incinerados. De fato, a maior parte dos despojos dos miracangueras era composta de cinzas. Além das vasilhas 
mortuárias, o pesquisador encontrou diversas tigelas e pratos utilitários, todos de formas elegantes e cobertos por uma 
fina camada de barro branco, que os arqueólogos denominam de “engobe”, tão perfeito que dava ao conjunto a 
aparência de porcelana. Uma parte das vasilhas apresentava curiosas decorações e pinturas em preto e vermelho. Outro 
detalhe que surpreendeu o pesquisador foi a variedade de formas existentes nos sítios onde escavou, destacando-se 
certas vasilhas em forma de taças de pés altos, as quais lembram congêneres da Grécia Clássica. 
Havia peças mais elaboradas, certamente para pessoas de posição elevada dentro do grupo. A cerâmica do sítio de 
Miracanguera recebia um banho de tabatinga (tipo de argila com material orgânico) e eventualmente uma pintura com 
motivos geométricos, além da decoração plástica que destacava detalhes específicos, tais como seres humanos sentados 
e com as pernas representadas. 
João Barbosa Rodrigues faleceu em 1909. Em 1925, o famoso antropólogo Kurt Nimuendaju tentou encontrar 
Miracanguera, mas a ilha já tinha sido tragada pelas águas do rio Amazonas. Arqueólogos americanos também 
vasculharam áreas arqueológicas da Amazônia, inclusive no Equador, Peru e Guiana Francesa, no final dos anos de 1940. 
Como não conseguiram achar Miracanguera, “decidiram” que a descoberta do brasileiro tinha sido “apenas uma 
subtradição de agricultores andinos”. 
Porém, nos anos de 1960, outro americano lançou nova interpretação para aquela cultura, concluindo que o grupo 
indígena dos miracangueras não era originário da região, como já dizia Barbosa Rodrigues. Trata-se de um mistério 
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relativo a uma civilização perdida que talvez não seja solucionado nas próximas décadas. Em pleno século 21, a cultura 
miracanguera continua oficialmente “inexistente” para as autoridades culturais do Brasil e do mundo. 
(Adaptado de: Museu Nacional do Rio de Janeiro. Disponível em: https://saemuseunacional.wordpress.com. SILVA, 
Carlos Augusto da. A dinâmica do uso da terra nos locais onde há sítios arqueológicos: o caso da comunidade Cai 
N’água, Maniquiri-AM / (Dissertação de Mestrado) – UFAM, 2010) 
A flexão do verbo em negrito deve-se ao termo sublinhado em: 
a) ...a descoberta do brasileiro tinha sido “apenas "uma subtração...
b) Outro detalhe que surpreendeu o pesquisador foi a variedade...
c) ...além da decoração plástica que destacava detalhes específicos...
d) ... Barbosa Rodrigues suspeitou que poderia se tratar de um sítio arqueológico...
e) A atenção do pesquisador foi atraída primeiramente por uma vasilha...
Questão 13: FCC - TP (MANAUSPREV)/MANAUSPREV/Administrativa/2015 
Atenção: O texto abaixo refere-se à questão. 
Na margem esquerda do rio Amazonas, entre Manaus e Itacoatiara, foram encontrados vestígios de inúmeros sítios 
indígenas pré-históricos. O que muitos de nós não sabemos é que ainda existem regiões ocultas situadas no interior da 
Amazônia e um povo, também desconhecido, que teria vivido por aquelas paragens, ainda hoje não totalmente 
desbravadas. 
Em 1870, o explorador João Barbosa Rodrigues descobriu uma grande necrópole indígena contendo vasta gama de 
peças em cerâmica de incrível perfeição; teria sido construída por uma civilização até então desconhecida em nosso país. 
Utilizando a língua dos índios da região, ele denominou o sítio de Miracanguera. A atenção do pesquisador foi atraída 
primeiramente por uma vasilha de cerâmica, propriedade de um viajante. Este informante disse tê-la adquirido de um 
mestiço, residente na Vila do Serpa (atual Itacoatiara), que dispunha de diversas peças, as quais teria recolhido na 
Várzea de Matari. Barbosa Rodrigues suspeitou que poderia se tratar de um sítio arqueológico de uma cultura 
totalmente diferente das já identificadas na Amazônia. 
Em seu interior as vasilhas continham ossos calcinados, demonstrando que a maioria dos mortos tinham sido 
incinerados. De fato, a maior parte dos despojos dos miracangueras era composta de cinzas. Além das vasilhas 
mortuárias, o pesquisador encontrou diversas tigelas e pratos utilitários, todos de formas elegantes e cobertos por uma 
fina camada de barro branco, que os arqueólogos denominam de “engobe”, tão perfeito que dava ao conjunto a 
aparência de porcelana. Uma parte das vasilhas apresentava curiosas decorações e pinturas em preto e vermelho. Outro 
detalhe que surpreendeu o pesquisador foi a variedade de formas existentes nos sítios onde escavou, destacando-se 
certas vasilhas em forma de taças de pés altos, as quais lembram congêneres da Grécia Clássica. 
Havia peças mais elaboradas, certamente para pessoas de posição elevada dentro do grupo. A cerâmica do sítio de 
Miracanguera recebia um banho de tabatinga (tipo de argila com material orgânico) e eventualmente uma pintura com 
motivos geométricos, além da decoração plástica que destacava detalhes específicos, tais como seres humanos sentados 
e com as pernas representadas. 
João Barbosa Rodrigues faleceu em 1909. Em 1925, o famoso antropólogo Kurt Nimuendaju tentou encontrar 
Miracanguera, mas a ilha já tinha sido tragada pelas águas do rio Amazonas. Arqueólogos americanos também 
vasculharam áreas arqueológicas da Amazônia, inclusive no Equador, Peru e Guiana Francesa, no final dos anos de 1940. 
Como não conseguiram achar Miracanguera, “decidiram” que a descoberta do brasileiro tinha sido “apenas uma 
subtradição de agricultores andinos”. 
Porém, nos anos de 1960, outro americano lançou nova interpretação para aquela cultura, concluindo que o grupo 
indígena dos miracangueras não era originário da região, como já dizia Barbosa Rodrigues. Trata-se de um mistério 
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relativo a uma civilização perdida que talvez não seja solucionado nas próximas décadas. Em pleno século 21, a cultura 
miracanguera continua oficialmente “inexistente” para as autoridades culturais do Brasil e do mundo. 
(Adaptado de: Museu Nacional do Rio de Janeiro. Disponível em: https://saemuseunacional.wordpress.com.SILVA, 
Carlos Augusto da. A dinâmica do uso da terra nos locais onde há sítios arqueológicos: o caso da comunidade Cai 
N’água, Maniquiri-AM / (Dissertação de Mestrado) – UFAM, 2010) 
A forma verbal que pode ser flexionada indiferentemente no singular e no plural encontra-se em: 
a) ... as quais lembram congêneres da Grécia Clássica.
b) Havia peças mais elaboradas, certamente para pessoas de posição mais elevada...
c) ...o grupo indígena dos miracangueras não era originário da região...
d) ...a variedade de formas existentes nos sítios onde escavou...
e) De fato, a maior parte dos despojos dos miracangueras era composta de cinzas.
Questão 14: FCC - AP (MANAUSPREV)/MANAUSPREV/Administrativa/2015 
Atenção: Considere o texto abaixo para responder à questão. 
Numa definição solta, a floresta tropical é um tapete multicolorido, estruturado e vivo, extremamente rico. Uma colônia 
extravagante de organismos que saíram do oceano há 400 milhões de anos e vieram para a terra. Dentro das folhas 
ainda existem condições semelhantes às da primordial vida marinha. Funciona assim como um mar suspenso, que 
contém uma miríade de células vivas, muito elaborado e adaptado. Em temperatura ambiente, usando mecanismos 
bioquímicos de complexidade quase inacessível, processam-se átomos e moléculas, determinando e regulando fluxos de 
substâncias e energias. 
A mítica floresta amazônica vai muito além de um museu geográfico de espécies ameaçadas e representa muito mais do 
que um simples depósito de carbono. Evoluída nos últimos 50 milhões de anos, a floresta amazônica é o maior parque 
tecnológico que a Terra já conheceu, porque cada organismo seu, entre trilhões, é uma maravilha de miniaturização e 
automação. Qualquer apelo que se faça pela valorização da floresta precisa recuperar esse valor intrínseco. 
Cada nova iniciativa em defesa da floresta tem trilhado os mesmos caminhos e pressionado as mesmas teclas. Neste 
comportamento, identificamos o que Einstein definiu como a própria insanidade: “fazer a mesma coisa, de novo, 
esperando resultados diferentes”. 
Análises abrangentes mostram numerosas oportunidades para a harmonização dos interesses da sociedade 
contemporânea com uma Amazônia viva e vigorosa. Para chegarmos lá, é preciso compenetração, modéstia, dedicação 
e compromisso com a vida. Com os recursos tecnológicos disponíveis, podemos agregar inteligência à ocupação, 
otimizando um novo uso do solo, que abra espaço para a reconstrução ecológica da floresta. Podemos também revelar 
muitos outros segredos ainda bem guardados da resiliente biologia tropical e, com isso, ir muito além de compreender 
seus mecanismos. 
A maioria dos problemas atuais podem se resolver por meio dos diversos princípios que guiam o funcionamento da 
natureza. Uma lista curta desses princípios, arrolados pela escritora Janine Benyus, constata que a natureza é propelida 
pela luz solar; utiliza somente a energia de que necessita; recicla todas as coisas; aposta na diversidade; demanda 
conhecimento local; limita os excessos internamente; e aproveita o poder dos limites. 
(Adaptado de: NOBRE, Antônio Donato. O Futuro Climático da Amazônia. Disponível em: www.ccst.inpe.br) 
Mantendo-se a correção, o verbo que pode ser flexionado em uma forma do singular, sem que nenhuma outra 
alteração seja feita na frase, encontra-se sublinhado em: 
a) Análises abrangentes mostram numerosas oportunidades... (4º parágrafo)
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b) A maioria dos problemas atuais podem se resolver por meio dos diversos princípios... (último parágrafo).
c) ... por meio dos diversos princípios que guiam o funcionamento da natureza. (último parágrafo)
d) ... processam-se átomos e moléculas... (1º parágrafo)
e) Dentro das folhas ainda existem condições semelhantes... (1º parágrafo)
Questão 15: FCC - Proc Con (TCE-CE)/TCE-CE/2015 
Atenção: A questão refere-se ao texto que segue. 
Lendo os clássicos 
Deveria existir um tempo na vida adulta dedicado a revisitar as leituras mais importantes da juventude. Se os livros 
permanecem os mesmos (mas também eles mudam, à luz de uma perspectiva histórica diferente), nós com certeza 
mudamos, e o reencontro é um acontecimento totalmente novo. De fato, poderíamos dizer que toda releitura de um 
clássico é uma leitura de descoberta. 
Essas considerações valem tanto para os clássicos antigos como para os modernos. Se leio a Odisseia, leio o texto de 
Homero, mas não posso esquecer tudo aquilo que as aventuras de seu protagonista, o herói Ulisses, passaram a 
significar através dos séculos, e não posso deixar de perguntar-me se tais significados estavam implícitos no texto ou se 
são incrustações, deformações ou dilatações que se acresceram com as sucessivas leituras. E se leio um clássico mais 
próximo de nós, como Os possuídos de Dostoiévski, não posso deixar de pensar em como suas personagens continuaram 
a reencarnar-se até os nossos dias. 
(Adaptado de: CALVINO, Ítalo. Por que ler os clássicos. São Paulo: Penguin, 2009) 
O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se concordando com o elemento sublinhado na frase: 
a) As leituras que, ao longo da História, se (fazer) das obras clássicas, constituem uma corrente de interpretações
reveladoras. 
b) A cada geração em que se (interpretar) as obras clássicas, comprova-se a riqueza da significação delas.
c) De todas as interpretações a que se (sujeitar) um autor clássico, valorizemos sobretudo as dos especialistas.
d) Nunca é tarde para se ler um clássico, pois em sua linguagem se (revelar) valores vivos dentro dos antigos.
e) Há autores modernos cuja obra já (promover) à condição de um clássico seus leitores mais aplicados.
Questão 16: FCC - Ag SegM (METRO SP)/METRO SP/2015 
Atenção: Considere o texto abaixo para responder à questão. 
− E se a vida for como um cardápio? A pergunta pegou Rosinha de surpresa. Ela levantou os olhos do menu e se deparou 
com o marido em estado reflexivo. − Ora, Alfredo, deixe de filosofar e escolha logo o prato que vai querer. Os dois 
haviam saído para jantar e estavam na varanda do Bar Lagoa, de onde se pode ver um cantinho de céu e o Redentor. − 
Rosinha, pense nas consequências do que estou dizendo. Se a vida for como um cardápio, nós talvez estejamos 
escolhendo errado. No lugar da buchada de bode em que nossas vidas se transformaram, poderíamos nos deliciar com 
escargots. Experimentar sabores novos, mais sofisticados... − Por que a vida seria como um cardápio, Alfredo? Tenha dó. 
− E por que não seria? Ninguém sabe de fato o que é a vida, portanto qualquer acepção é válida, até prova em contrário. 
− Benhê, acorda. Ninguém vai aparecer para servir o seu cardápio imaginário. Na vida, a gente tem que ir buscar. A vida 
é mais parecida com um restaurante a quilo, self-service, entende? − Boa imagem. Concordo com o restaurante a quilo. 
É assim para quase todo mundo. Mas, quando evoluímos um pouco, chega a hora em que podemos nos servir à la carte. 
Rosinha, nós estamos nesse nível. Podemos fazer opções mais ousadas. − Alfredo, se você está querendo aventuras, 
variar o arroz com feijão, seja claro. Não me venha com essa conversa de cardápio existencial. Além disso, se a nossa 
vida virou uma buchada de bode, com quem você pensa experimentar essa coisa gosmenta, o tal escargot? − Querida, 
não reduza minhas ideias a uma trivial variação gastronômica. Minha hipótese, caso correta, tem implicações 
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metafísicas. Se a vida for como um cardápio, do outro lado teria que existir o Grand Chef, o criador do menu. − Alfredo, 
fofo, agora você viajou na maionese. É o cúmulo querer reconstruir o imaginário religioso baseado no funcionamento de 
um restaurante.Só falta você dizer que, nesse seu céu, os anjos são os garçons! Nesse momento, dois chopes desceram 
sobre a mesa. Flutuaram entre as mãos alvas, quase diáfanas, de um dos velhos garçons do Bar Lagoa. Alfredo e Rosinha 
trocaram olhares de espanto e antes que pudessem dizer que ainda não haviam pedido nada, o garçom falou com voz 
grave: − Cortesia da casa. Já olharam o cardápio? 
(FARIA, Antônio Carlos de. "Cardápio existencial". Disponível em: 
http://www1.folha.uol.com.br/folha/pensata/ult686u141.shtml) 
Caso o segmento sublinhado seja substituído pelo que está entre parênteses, o verbo que deverá sofrer alteração 
encontra-se em: 
a) Ninguém vai aparecer para servir o seu cardápio imaginário... (os pratos solicitados)
b) ...do outro lado teria que existir o Grand Chef... (uma equipe de cozinheiros)
c) ...não reduza minhas ideias a uma trivial variação gastronômica... (variações gastronômicas)
d) Minha hipótese, caso correta, tem implicações metafísicas... (uma decorrência espiritual)
e) ...se a nossa vida virou uma buchada de bode... (nossas vidas)
Questão 17: FCC - ACE (TCE-CE)/TCE-CE/Controle Externo/Auditoria Governamental/2015 
Atenção: A questão refere-se ao texto que segue. 
Eduardo Coutinho, artista generoso 
Uma das coisas mais bonitas e importantes da arte do cineasta Eduardo Coutinho, mestre dos documentários, morto em 
2014, está em sua recusa aos paradigmas que atropelam nossa visão de mundo. Em vez de contemplar a distância 
grupos, classes ou segmentos, ele vê de perto pessoa por pessoa, surpreendendo- a, surpreendendo-se, surpreendendo-
nos. Não lhe dizem nada expressões coletivistas como “os moradores do Edifício”, os “peões de fábrica”, “os sertanejos 
nordestinos”: os famigerados “tipos sociais”, usualmente enquadrados por chavões, dão lugar ao desafio de tomar o 
depoimento vivo de quem ocupa aquela quitinete, de investigar a fisionomia desse operário que está falando, de 
repercutir as palavras e os silêncios do morador de um povoado da Paraíba. 
Essa dimensão ética de discernimento e respeito pela condição singular do outro deveria ser o primeiro passo de toda 
política. Nem paternalismo, nem admiração prévia, nem sentimentalismo: Coutinho vê e ouve, sabendo ver e ouvir, para 
conhecer a história de cada um como um processo sensível e inacabado, não para ajustar ou comprovar conceitos. Sua 
obsessão pela cena da vida é similar à que tem pela arte, o que torna quase impossível, para ele, distinguir uma da 
outra, opor personagem a pessoa, contrapor fato a perspectiva do fato. Fazendo dessa obsessão um eixo de sua 
trajetória, Coutinho viveu como um homem/artista crítico para quem já existe arte encarnada no corpo e suspensa no 
espírito do outro: fixa a câmera, abre os olhos e os ouvidos, apresenta-se, mostra-se, mostra-o, mostra-nos. 
(Armindo Post, inédito) 
O verbo indicado entre parênteses deve flexionar-se de modo a concordar com o elemento sublinhado na seguinte 
frase: 
a) A rejeição que demonstra Coutinho a preconceitos sociais (distinguir) sua obra da de outros documentaristas.
b) Grupos ou classes sociais, numa visão a distância, não (merecer) desse cineasta qualquer atenção especial.
c) Não (dever) satisfazer-se um bom documentarista com os paradigmas já cristalizados.
d) Aos tipos sociais já reconhecidos (faltar) a imprescindível singularização dos indivíduos.
e) Sertanejos nordestinos e peões de fábrica são designações que não (derivar) senão de uma mera tipologia.
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Questão 18: FCC - TCE (TCE-CE)/TCE-CE/Controle Externo/Auditoria de Tecnologia da Informação/2015 
Atenção: A questão refere-se ao texto que segue. 
Preconceitos 
Preconceitos são juízos firmados por antecipação; são rótulos prontos e aceitos para serem colados no que mal 
conhecemos. São valores que se adiantam e qualificam pessoas, gestos, ideias antes de bem distinguir o que sejam. São, 
nessa medida, profundamente injustos, podendo acarretar consequências dolorosas para suas vítimas. São pré-juízos. 
Ainda assim, é forçoso reconhecer: dificilmente vivemos sem alimentar e externar algum preconceito. 
São em geral formulados com um alcance genérico: “o povo tal não presta”, “quem nasce ali é assim”, “música clássica é 
sempre chata”, “cuidado com quem lê muito” etc. Dispensamnos de pensar, de reconhecer particularidades, de 
identificar a personalidade própria de cada um. “Detesto filmes franceses”, me disse um amigo. “Todos eles?” − 
perguntei, provocador. “Quem viu um já viu todos”, arrematou ele, coroando sua forma preconceituosa de julgar. 
Não confundir preconceito com gosto pessoal. É verdade que nosso gosto é sempre seletivo, mas ele escolhe por um 
critério mais íntimo, difícil de explicar. “Gosto porque gosto”, dizemos às vezes. Mas o preconceito tem raízes sociais 
mais fundas: ele se dissemina pelas pessoas, se estabelece sem apelação, e quando damos por nós estamos repetindo 
algo que sequer investigamos. Uma das funções da justiça institucionalizada é evitar os preconceitos, e o faz julgando 
com critério e objetividade, por meio de leis. Adotar uma posição racista, por exemplo, não é mais apenas preconceito: é 
crime. Isso significa que passamos, felizmente, a considerar a gravidade extrema das práticas preconceituosas. 
(Bolívar Lacombe, inédito) 
As normas de concordância verbal estão plenamente observadas em: 
a) Os preconceitos, ao se firmar, acabam por promover injustiças que nunca mais se repara.
b) Não deveriam caber aos preconceituosos insistirem em difundir seus juízos falsos e precipitados.
c) Consta, entre as convicções do autor, a certeza de que não nos seriam lícito eliminar todos os preconceitos.
d) Uma das prerrogativas da justiça está em reconhecer e penalizar as ações em que se promove o preconceito.
e) Qualificam-se como crime, na legislação atual, toda e qualquer manifestação de racismo.
Questão 19: FCC - ACI (CGM São Luís)/Pref SL/Abrangência Geral/2015 
Considerada a norma-padrão, a frase em que a concordância está correta é: 
a) Serão incluídos quaisquer que, nesta primeira etapa, for os desenhos que receberem dos jurados mais de três
votos a favor. 
b) Todos conhecemos atitudes fácil de tomar, mas difícil de ser sustentadas, por isso é bom que sempre as
avaliemos antes, para saber o que vão exigir de nós. 
c) Segundo o que se lê no contrato, a maioria das providências de que dependem várias etapas dos projetos é do
conhecimento de todos. 
d) Nenhum dos integrantes das comissões negarão esclarecimentos se esses forem solicitados no formato
adequado. 
e) Nem sempre as exigências das empresas contratantes de estagiários são coincidente com o que os jovens
recém-formados têm a oferecer. 
Questão 20: FCC - TM (MPE PB)/MPE PB/Técnico Ministerial/Suporte/2015 
Atenção: Considere o texto abaixo para responder à questão. 
"O ar da cidade liberta", diz um provérbio alemão do fim da Idade Média. Depois, no início do século 20, pensadores 
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como Georg Simmel e Walter Benjamin mostraram como a grande cidade, lugar da massa, é, paradoxalmente, o lugar 
da individualidade. Pois, no contexto de comunidades pequenas, a liberdade individual está sempre tolhida pelo olhar e 
julgamento do vizinho. Já na cidade, ao contrário, o sujeito é anônimo na multidão, por isso está livre para ser ele 
mesmo, isto é, ser outro, aquilo que não se esperaria dele. 
Toda a graça da cidade, assim, repousa no fato de que ela existe para dar espaço à individualidade, não ao 
individualismo. Lugar da coletividade, ela se funda sobre as noções de comum e de público. Na cidade, vivemos com uma 
multidão que não escolhemos. A boa convivência com esses outros depende daaceitação da diferença como algo 
estruturante. Aqui está o ponto crucial. A aceitação radical da diferença supõe a empatia, mas não a simpatia nem a 
recusa. É o que Richard Sennett, em "Juntos", define como conversa dialógica. Uma conversa que não supõe 
concordância total, mas uma gestão orquestrada de conflitos. 
Daí que o atributo essencial de um espaço público vivo seja o conflito, não a falsa harmonia. Igualmente, o temor da 
violência urbana, pretensamente protegido atrás de muros e cercas elétricas, aparentemente não enxerga o quanto 
acaba sendo, ele mesmo, produtor de violência, pois a cidade não pode ser segura apenas para alguns. Sua lição 
histórica é a de que a defesa do interesse individual não deve ser antagônica a uma visão solidária da coletividade. 
(Adaptado de: WISNIK, Guilherme. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/) 
O elemento que justifica a flexão do verbo em destaque está sublinhado em: 
a) Toda a graça da cidade, por isso, repousa no fato de que ela existe para dar espaço à individualidade...
b) Sua lição histórica é a de que a defesa do interesse individual não deve ser antagônica a uma visão solidária...
c) A boa convivência com esses outros depende da aceitação da diferença como algo estruturante.
d) Pois, no contexto de comunidades pequenas, a liberdade individual está sempre tolhida pelo olhar e
julgamento... 
e) Lugar da coletividade, ela se funda sobre as noções de comum e de público.
Gabarito
1) E 2) A 3) C 4) D 5) B 6) D 7) E8) C 9) D 10) E 11) B 12) C 13) E 14) B15) A 16) E 17) A 18) D 19) C 20) A
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