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D I S C I P L I N A : G E O T E C N I A A M B I E N T A L DISPOSIÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS INTRODUÇÃO • Definição: resíduo sólido é todo material sólido ou semi-sólido indesejável e que necessita ser removido por ter sido considerado inútil por quem o descarta, em qualquer recipiente destinado a este ato. ORIGEM DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS • Lixo doméstico ou residencial; • Lixo comercial; • Lixo público; • Lixo domiciliar especial: • Entulho de obras; • Pilhas e baterias; • Lâmpadas fluorescentes; • Pneus. LIXIVIADO (CHORUME) • Líquido de coloração escura altamente tóxico formado pela percolação da água através dos resíduos sólidos, dissolvendo substâncias orgânicas, inorgânicas e produtos em decomposição; • A principal característica do chorume é a variabilidade de sua composição em decorrência do esgotamento progressivo da matéria orgânica biodegradável; LIXIVIADO (CHORUME) • O volume de chorume produzido num aterro varia sazonalmente em função das condições climáticas da região e do sistema de drenagem local, sofrendo a influência: • da temperatura, • do índice de precipitação pluviométrica, • da evapotranspiração, • da existência de material de cobertura para as células, • da permeabilidade do material de cobertura utilizado, • da cobertura vegetal da área do aterro. GERAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS NO BRASIL GERAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS POR REGIÃO DESTINAÇÃO FINAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS NO BRASIL • Os vazadouros a céu aberto (lixões) constituíram o destino final dos resíduos sólidos em 50,8% dos municípios brasileiros; MODOS DE DESTINAÇÃO FINAL DOS RSU. Lixão: • É a descarga de resíduos sobre o solo sem medidas de proteção ao meio ambiente. Desconsidera: • A área que está sendo feito o descarte • O escoamento de líquidos formados • Liberação de gases • Espalhamento de resíduos leves pela ação do vento • Controle dos tipos e quantidade de resíduos • Proliferação de vetores • Contaminação do solo e águas subterrâneas • Disposição de resíduos de serviço de saúde e resíduos industriais • Presença de pessoas e animais sem qualquer tipo de proteção. MODOS DE DESTINAÇÃO FINAL DOS RSU. MODOS DE DESTINAÇÃO FINAL DOS RSU. Aterro Controlado: • É o confinamento dos resíduos sólidos por camadas de terra. Principais impactos: • Minimização da poluição visual • Desconsidera a formação de líquidos e gases • Não reduz a poluição do solo e água (não há impermeabilização ou sistemas de drenagem) MODOS DE DESTINAÇÃO FINAL DOS RSU. MODOS DE DESTINAÇÃO FINAL DOS RSU. Aterro Sanitário de resíduos sólidos urbanos: • Consiste na técnica de disposição de resíduos sólidos no solo, sem causar danos ou riscos à saúde pública, minimizando os impactos ambientais; • Utiliza princípios de engenharia para confinar os resíduos sólidos à menor área possível e reduzi-los ao menor volume permissível, cobrindo-os com uma camada de terra na conclusão de cada jornada. COMO FUNCIONAL UM ATERRO SANITÁRIO? ATERRO SANITÁRIO • Consiste nas seguintes unidades: • Unidades operacionais: • células de lixo domiciliar; • células de lixo hospitalar; • impermeabilização de fundo e superior; • sistema de coleta e tratamento dos líquidos percolados (chorume); • sistema de coleta e queima (ou beneficiamento) do biogás; • sistema de drenagem e afastamento das águas pluviais; • sistemas de monitoramento ambiental, topográfico e geotécnico; • pátio de estocagem de materiais. ATERRO SANITÁRIO • Unidades de apoio: • cerca e barreira vegetal; • estradas de acesso e de serviço; • balança rodoviária e sistema de controle de resíduos; • guarita de entrada e prédio administrativo; • oficina e borracharia. ATERRO SANITÁRIO • Etapas até o funcionamento: • Seleção de áreas; • Licenciamento; • Projeto executivo; • Implantação. SELEÇÃO DE ÁREAS • Seleção preliminar das áreas disponíveis • Critérios de seleção: • Critérios técnicos • Critérios econômico-financeiros • Critérios político-sociais • Priorização dos critérios de seleção; • Seleção da melhor área; • Análise da área selecionada frente aos critérios utilizados; • Ponderação do atendimento aos critérios; • Escolha da melhor área. LICENCIAMENTO • Pedido de licença prévia – LP • Elaboração do EIA/RIMA • Acompanhamento da análise e aprovação do EIA • Audiência pública • Obtenção da licença prévia – LP • Elaboração do projeto executivo • Entrada de pedido de licença de instalação – LI • Acompanhamento da concessão da LI • Implantação do aterro sanitário • Pedido de licença de operação – LO LICENCIAMENTO Observações: • A empresa responsável pelo EIA/RIMA não pode ser a mesma que elabora os projetos básico e executivo. • O projeto técnico também deve contemplar o detalhamento do plano operacional, abrangendo a operação do aterro sanitário, o monitoramento geotécnico e topográfico, o monitoramento ambiental, o sistema de controle de pesagem (se houver) e a manutenção de máquinas, veículos e equipamentos. IMPLANTAÇÃO DO ATERRO • Cercamento da área • Serviços de limpeza da área • Serviços de terraplanagem • Serviços de montagem eletromecânica • Estradas de acesso e de serviço • Serviços de impermeabilização • Serviços de drenagem • Drenagem de chorume • Serviços de construção civil • Execução dos poços de monitoramento ambiental • Serviços complementares • Suprimento de materiais e equipamentos SERVIÇOS DE IMPERMEABILIZAÇÃO • Camadas de baixa permeabilidade, que impedem a entrada de chuva no material confinado, bem como o escape de gases e o acesso de animais e águas superficiais; • Em geral, construídas com solos, misturas solo- aditivo e geossintéticos. SERVIÇOS DE IMPERMEABILIZAÇÃO • Barreiras Verticais • Impedem o fluxo horizontal de água contaminada; • Em geral, construídas em todo o perímetro da área contaminada, podendo ser engastadas em camada (natural) de baixa permeabilidade já existente; • Ou podem ser executadas somente à jusante da direção de fluxo subterrâneo, ou à montante, evitando entrada de água limpa no local contaminado. SERVIÇOS DE IMPERMEABILIZAÇÃO DRENAGEM DO CHORUME DRENAGEM DO CHORUME DRENAGEM DO CHORUME TRATAMENTO DO CHORUME POÇOS DE MONITORAMENTO OUTROS • Drenagem de águas pluviais; • Drenagem de gases: composto por poços verticais de 50cm de diâmetro, espaçados de 50 a 60m entre si, e executados em brita ou rachão. MONITORAMENTO AMBIENTAL • Análises físico-químicas e bacteriológicas do sistema de tratamento, nos efluentes bruto e tratado, envolvendo ensaios de pH, DBO, DQO, resíduos sedimentáveis, totais e fixos, cor, metais pesados, amônia, cloreto etc; • Análises dos poços de monitoramento construídos e dos locais de coleta nos corpos d'água de superfície, a montante e jusante do aterro, ensaiando os mesmos parâmetros. MONITORAMENTO GEOMÉTRICO E TOPOGRÁFICO • Cotas da massa de lixo e declividade dos drenos de chorume ; • Estabilidadegeotécnica da massa de lixo: • verificada através do monitoramento de marcos de concreto – acompanhamento de recalques
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